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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO ALVORECER DA JUVENTUDE (ISPAJ)

INTRODUÇÃO A CARDIOPNEUMOLOGIA
Tema:

CINTILOGRÁFIA DE PERFUSÃO MIOCARDICA

Sala: 10E
Turma: B/ Período: Tarde
Curso: Cardiopneumologia
Grupo n°:

ABDIEL VAN-DÚNEM
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Docente

LUANDA AOS 2023/2024


CINTILOGRÁFIA DE PERFUSÃO MIOCARDICA

LISTA DE INTEGRANTES:

1. CESSALTINA NAIVA JOSEFA SAMUTETE


2. FÁBIO DOMINGOS CATECO
3. IMACULADA MANUEL BIUNDA
4. LUCASSA PAULA JULIANO
5. NGOIA CLEMENTINA DIUR SANGUMBUE

LUANDA AOS 2023/2024


DEDICATORIA

Dedicamos esse trabalho a todos que de alguma forma direita ou endireita nos ajudam
na nossa formação com conselhos e ensinamento como os nossos familiares, amigos,
professores e também a todos aqueles a quem esta pesquisa possa ajudar de alguma
forma.
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus o autor e consumador da nossa fé por nos proporcionar o


folego de vida e saúde para estarmos aqui hoje, por ter permitido que tivéssemos determinação
para não desanimar durante a realização deste trabalho e aos nossos pais que incansavelmente
nos insentivaram e apoiaram em todos aspectos para que esse momento se concretizasse e aos
nossos professores que nos deram ensinamentos e instruções.
Conteúdo
I INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

II OBJECTIVOS .......................................................................................................................... 7

2.1 OBJECTIVO GERAL: ........................................................................................................ 7

2.2 OBJECTIVO ESPECÍFICO: ................................................................................................ 7

III JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 7

IV METODOLOGIA ..................................................................................................................... 8

4.1 Enquadramento metodológico ..................................................................................... 8

V FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................ 9

5.1 CONCEITO ...................................................................................................................... 9

5.2 PARA QUE SERVE ........................................................................................................... 9

5.3 INDICAÇÕES ................................................................................................................... 9

5.4 CONTRA-INDICAÇÕES .................................................................................................. 10

5.5 PREPARO PARA O EXAME............................................................................................ 10

5.6 REPAROS ADICIONAIS ................................................................................................. 11

5.7 COMO É FEITO O EXAME ............................................................................................. 11

5.8 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS............................................................................ 12

5.9 Exame realizado em duas etapas: repouso e estresse................................................ 12

VI CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 14


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I INTRODUÇÃO

A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de óbito em países


desenvolvidos. Estima-se a prevalência de angina em 12-14% dos homens e em 10-12%
das mulheres com idade entre 65 a 84 anos.

A cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) avalia a repercussão de uma obstrução


coronariana (caso ela exista) na musculatura cardíaca, de acordo com o território de
irrigação coronariana. Ela é importante não apenas para o diagnóstico de áreas
miocárdicas com menor perfusão, decorrentes de obstruções coronarianas, mas,
sobretudo, pode informar a magnitude (intensidade e extensão) da área acometida, o
que auxilia na decisão terapêutica.

A cintilografia miocárdica oferece, ainda, informações sobre a função ventricular


esquerda, tamanho da cavidade ventricular e possível presença de radiofármaco nos
pulmões, dados estes importantes, visto que indivíduos com fração de ejeção do
ventrículo esquerdo reduzida, dilatação da cavidade ventricular e captação pulmonar
têm pior prognóstico.

O conceito geral da CPM é demonstrar um mapa da perfusão miocárdica regional


através de dois eventos sequenciais: 1) chegada do radiofármaco (RF) ao miocárdio e 2)
presença de células miocárdicas metabolicamente ativas, viáveis, para permitir a
entrada do RF. Deste modo a CPM mostrará uma área pobre em fótons se esta área
apresentar diminuição do fluxo (como na obstrução coronariana) ou perda da
viabilidade celular (como no IAM).

O Sestamibi é um cátion monovalente lipofílico que se difunde passivamente a partir do


compartimento vascular e aparentemente se localiza na mitocôndria e no citoplasma
das células com base no potencial de carga elétrica negativa.
A captação do Sestamibi no miocárdio é rápida, proporcional ao fluxo sanguíneo e sofre
redistribuição desprezível. O Sestamibi é marcado com tecnécio, por isso fornece
imagens de alta qualidade e disponibilidade.
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II OBJECTIVOS

2.1 OBJECTIVO GERAL:

Ter o conhecimento sobre o exame de cintilografia de perfusão miocardica.

2.2 OBJECTIVO ESPECÍFICO:

 Saber quais são as fases do exame de cintilografia de perfusão miocardica.


 Descrever a suas indicações e contra-indicações.

III JUSTIFICATIVA

O presente tema é muito importante porque desperta a consciência dos estudantes de


Cardiopneumologia sobre o conhecimento do exame de cintilografia de perfusão miocardica.
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IV METODOLOGIA

O método na visão de Marconi e Lakatos (2010) refere-se ao conjunto das actividades


sistemáticas e racionais que permite alcançar o objectivo, traçando o caminho a ser
seguido e auxiliando as decisões do cientista. Da mesma forma, Fachin (2003) comenta
que o método é um instrumento que proporciona aos pesquisadores orientação geral
que facilita planejar uma pesquisa, formular uma hipótese, coordenar investigações e
interpretar os resultados.

4.1 Enquadramento metodológico


A pesquisa a ser desenvolvida no presente projecto caracteriza-se por:

 Descritiva

Segundo Silva e Menezes (2000, P.21) ” a pesquisa descritiva visa descrever as


características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados:
questionário, observação sistemática. Assume em geral a forma de levantamento”.
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V FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 CONCEITO

A cintilografia de perfusão miocárdica é mais um exame da medicina nuclear. Este


exame permite avaliar a irrigação sanguínea do coração e a sua capacidade funcional
(como está contraindo o coração e a percentagem de sangue que o coração bombeia
em cada batimento). Este estudo avalia a função e irrigação cardíaca em condições de
estresse (exercício o estímulo farmacológico) e em condição de repouso.

5.2 PARA QUE SERVE

A cintilografia miocárdica é solicitada pelo médico para avaliar a existência ou não de


doenças cardíacas, principalmente doenças das artérias coronárias, mas também serve
para avaliar os tratamentos cardiológicos, como para infarto e angina. O exame também
serve para fazer o acompanhamento de pacientes que já foram submetidos a
procedimentos de revascularização, como por exemplo a colocação de Stents nas
artérias coronárias e após cirurgias cardíacas.

5.3 INDICAÇÕES

No diagnóstico de isquemia miocárdica decorrente de coronariopatia obstrutiva em


pacientes:
- Com probabilidade pré-teste intermediária, isto é quando há discordância entre
a clínica e a prova funcional, (paciente assintomático com teste ergométrico positivo,
paciente sintomático com teste ergométrico negativo, mulheres com angina atípica);
- Ritmos de pré-excitação, ritmo de marca-passo, hipertrofi a ventricular
esquerda;

• Na investigação de indivíduos com alto risco ocupacional (piloto de avião, por


exemplo) ou impossibilitados de realizar teste ergométrico efi caz por limitações
osteoarticulares, vasculares periféricas, uso de medicações que impeçam a elevação da
frequência cardíaca ou baixa capacidade funcional;
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• Em pacientes com coronariopatia obstrutiva conhecida, na avaliação da


repercussão isquêmica de lesão limítrofe (30 a 60% de obstrução pela coronariografi a);

• Em coronariopatas, na estratifi cação de risco e avaliação prognóstica de


pacientes com angina estável, e consequentemente no auxílio da decisão terapêutica
(clínica X cirúrgica);

• Na estratifi cação de risco pós-IAM e angina instável, e na estratifi cação de risco


para pacientes que vão se submeter a cirurgias não cardíacas (em especial vascular);

• Na avaliação de isquemia após procedimento de revascularização miocárdica ou


angioplastia (detecção de reestenose ou complicações);

• Na monitorização terapêutica e avaliação da eficácia de tratamento clínico;

• Na detecção da presença de viabilidade miocárdica em pacientes com


miocardiopatia isquêmica com disfunção ventricular.

5.4 CONTRA-INDICAÇÕES

5.4.1 CONTRA-INSICAÇÕES RELEVANTES: Gravidez e amamentação

5.5 PREPARO PARA O EXAME


O preparo do exame normalmente começa 36 horas antes. É necessário suspender o
uso de medicações para enxaqueca, medicamentos como aminofilina, teofilina e outras
xantinas (substâncias encontradas normalmente em medicamentos para asma e
bronquite).

É necessário suspender a ingestão de qualquer medicação ou alimento contendo


cafeína, como café, chá, refrigerantes, chocolates e cigarros por 24 horas antes do
exame.

Solicitamos evitar exercício físico (corrida, caminhadas, natação, ginástica, etc.) na


véspera do exame.
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No caso da etapa de stress ser realizada com exercício (teste ergométrico) é


aconselhável suspender as medicações para coração ou pressão que possam interferir
no teste ergométrico, como por exemplo beta bloqueadores. Esta suspensão só poderá
ser feita se o seu médico clínico solicitar. Não deve suspender a medicação por conta
própria em nenhuma hipótese. O seu exame será realizado sem prejuízo mesmo que
estas medicações não forem suspensas.

Não fumar pelo menos nas 2 horas que antecedem o exame. Não ingerir bebidas
alcoólicas em excesso na véspera e no dia do exame.

5.6 REPAROS ADICIONAIS


Se o stress for realizado com exercício físico, trazer roupa confortável (tênis, bermuda
e camisa aberta na parte da frente). Se possível trazer também uma toalha de rosto.

Pacientes do sexo feminino devem utilizar duas peças (calça e blusa/ bermuda e blusa).

5.7 COMO É FEITO O EXAME


Esse exame constitui-se de duas etapas, por isso ele é demorado.

1ª Etapa - Repouso:

Após chegada à clínica, o paciente será encaminhado à recepção para o preenchimento


de seu cadastro.

Em seguida, será direcionado à sala de injeção e uma pequena quantidade do material


radioativo será injetada na sua veia, preferencialmente do antebraço.

O paciente deverá aguardar, no mínimo, 40 minutos até a aquisição das imagens. Para
que o excesso desse material radioativo seja eliminado pelo fígado e intestino,
orientamos o paciente a se alimentar e a caminhar durante esse intervalo. Quando
retornar a clinica, o paciente será encaminhado à sala de exame e posicionado na maca
do aparelho, onde deverá permanecer deitado por aproximadamente 20 minutos.

2ª Etapa - Esforço:

Após o término da primeira etapa, o paciente realizará o teste ergométrico (esteira), que
será supervisionado pelo médico cardiologista. Quando o paciente estiver
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caminhando/correndo na esteira e atingir o número de batimentos cardíacos desejado,


será injetada a segunda dose do mesmo traçador, numa veia previamente puncionada.

Uma vez finalizado o teste ergométrico, o paciente será orientado a aguardar até a
aquisição de novas imagens, da mesma forma que o procedimento da primeira fase.
Alguns pacientes não podem ou não conseguem realizar esforço físico devido às suas
limitações funcionais. Nesses casos, substituímos o estresse físico pelo farmacológico,
não sendo necessário nenhum tipo de esforço.

Não há necessidade de permanecer nas dependências da clínica nos intervalos entre as


injeções e a aquisição das imagens.

• É fundamental seguir as recomendações acima para que o seu exame seja realizado
dentro dos requisitos do protocolo, evitando assim, o reagendamento e assegurando a
qualidade do exame. • As duas etapas do exame podem ser realizadas no mesmo dia ou
em dias diferentes.

5.8 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Em indivíduos com probabilidade intermediária/alta de DAC, uma CPM normal implica


taxa muito baixa de eventos agudos, como morte e infarto do miocárdio, inferior a 1%
ao ano. Por outro lado, o risco aumenta proporcionalmente à gravidade das alterações
de perfusão sugestivas de isquemia, chegando a 3% ao ano quando são discretas e a 7
% ao ano quando são de grande intensidade.

5.9 EXAME REALIZADO EM DUAS ETAPAS: REPOUSO E ESTRESSE.

O estresse pode ser tanto físico, quanto farmacológico. Pessoas que conseguem correr
na esteira geralmente são encaminhados para o estresse físico. Pessoas sem preparo
físico adequado, ou que possuem alguma limitação física, geralmente realizam o
estresse farmacológico. RADIOTRAÇADOR: Sestamibi-99mTc
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VI CONCLUSÃO

A cintilografia é um método que apresenta extensa validação na literatura para


avaliação diagnóstica de DAC e estratificação de risco cardiovascular. Esta técnica pode
ser utilizada com ótima acurácia em subgrupos de pacientes, como diabéticos e
mulheres, sendo muito útil também em situações clínicas específicas, como avaliação
de dor torácica aguda, após infarto agudo do miocárdio e na pesquisa de viabilidade
miocárdica. Novas aplicações estão emergindo, como na Síndrome de Takotsubo e na
avaliação concomitante do Sistema Nervoso Autônomo para determinação do risco de
morte súbita, bem como para demonstração de memória isquêmica. O seu alto valor
preditivo negativo e a possibilidade de quantificação da severidade e extensão da
isquemia permitem que a CM não só exclua ou faça o diagnóstico de CI, mas determine
adequadamente o prognóstico do paciente. Por todas estas características e pela
experiência e conhecimento adquiridos nas últimas décadas, a CM é um método de
imagem de grande importância para a avaliação de pacientes com CI suspeita ou
estabelecida.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Beller GA. Clinical Nuclear Cardiology: Detection of Coronary Artery Disease.


W.B. Saunders Company; 1995

2. Corbett JR, Ficaro EP. Clinical review of attenuationcorrected cardiac SPECT. J


Nucl Cardiol 1999; 6: 54-68.

3. DePuey EG, Garcia EV. Optimal specificity of thallium201 SPECT through


recognition of imaging artifacts. J Nucl Med 199; 30: 1-9.

4. DePuey EG, Rozanski A. Using gated technetium-99msestamibi SPECT to


characterize fixed myocardial defects as infarct or artifact. J Nucl Med 1995; 36: 952-55.

5. Hachamovitch R, Berman DS, Kiat H, Cohen I, Cabico A, Friedman J, et al.


Exercise myocardial perfusion SPECT in patients without known coronary artery
disease. Circulation 1996; 93: 905-91

6. Hachamovitch R, Berman DS, Shaw LJ, Kiat H, Cohen I, Cabico A, et al.


Incremental prognostic value of myocardial perfusion single photon emission computed
tomography for the prediction of cardiac death. Circulation 1998; 97: 535-43.

7. Iskander S, Iskandrian AE. Risk assessment using single photon emission


computed tomography technetium-99msestamibi imaging. J Am Coll Cardiol 199; 32: 5-
62.

8. Smanio PE, Watson DD, Segalla DL, Vinson EL, Smith WH, Beller GA. Value of
gating of technetium-99m sestamibi single-photon emission computed tomographic
imaging. J Am Coll Cardiol. 199; 30:16-92.

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