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A cirurgia endoscópica

de coluna é superior à
cirurgia aberta em
relação a resultados
clínicos e complicações?

PTC Nº 3 / 2019

NATS-HC/UFPE
C578 A cirurgia endoscópica de coluna é superior à cirurgia aberta em relação a
resultados clínicos e complicações? [recurso eletrônico] / Rossana
Lins [et al.]. – Recife: Hospital das Clínicas da UFPE: EBSERH, 2019.

19 p.

Parecer Técnico Científico 03/2019. Universidade Federal de


Pernambuco. Hospital das Clínicas. Núcleo de Avaliação da Tecnologia
em Saúde.

Inclui referências e anexo.

1. Endoscopic surgical procedure. 2. Spinal. 3. Microdiscectomy.


I. Lins, Rossana. II. Título.

614 CDD (23.ed.) UFPE (CCS 2021 - 072)


SIGLÁRIO
OMS – Organização Mundial da Saúde
HC/UFPE – Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco
PTC – Parecer Técnico Científico
PICO – População, Intervenção, Controle, Outcomes
CPK– Creatina Fosfoquinase
PCR– Proteína C Reativa
IL-6– Interleucina
VAS – Visual Analogue Scale
NASS – North American Spine Society Instrument
UBE – Endoscópica unilateral biportal
OLM – Microdissectomia Aberta
TO – Tempo de Operação
EBL – Perda Estimada de Sangue
HS – Tempo de Internação
ODI – Oswestry Disability Index
MD – Microdiscectomia
PELD – Discectomia Endoscópica Lombar Percutânea
PEID – Discectomia Interlaminar Endoscópica percutânea
UBED – Discectomia Endoscópica Biportal Unilateral
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 7
3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 7
3.1 Busca e análise ................................................................................................................ 7
3.2 Critérios de seleção e exclusão de artigos ........................................................................ 8
4. RESULTADOS .................................................................................................................... 9
5. RECOMENDAÇÃO ........................................................................................................... 11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 12
7. ANEXOS ............................................................................................................................ 14
7.1 Quadros-resumo de artigos selecionados ........................................................................ 14
PARECER TÉCNICO-CIENTÍFICO

Título: A cirurgia endoscópica de coluna é superior à cirurgia aberta em relação a


resultados clínicos e complicações?
Órgão demandante: Serviço de Neurocirurgia.
Autores: Rossana Lins, Maria Ângela de Lima, Nicholas Anibal Micheloto.
Declaração de conflitos de interesse: Todos os autores declararam ausência de conflito
de interesses.

RESUMO EXECUTIVO

Tecnologia: Kit de cirurgia endoscópica de coluna.


Indicação: Cirurgia endoscópica minimamente invasiva como alternativa aos métodos
tradicionais de cirurgias de coluna.
Caracterização da tecnologia: Técnicas endoscópicas são modalidades minimamente
invasivas para cirurgia da coluna vertebral, enquanto as técnicas microscópicas abertas
são o tratamento cirúrgico mais comum para discos rompidos ou herniados e outras lesões
da coluna. Permitindo melhor visualização espacial, a técnica endoscópica utiliza uma
abordagem menos invasiva que os métodos convencionais para o tratamento de doenças
da coluna vertebral.

Busca e análise: Realizou-se uma busca em bases de dados de literatura científica durante
o mês de agosto de 2019 com as seguintes palavras-chave: “endoscopic [Title]”,
“spinal[Title]”, e “surgery[Title]”. Os seguintes bancos de dados foram
utilizados:CADTH - Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health;INAHTA
- International Network of Agencies for Health Technology Assessment;NICE - National
Institute for Health and Clinical Excelence; The Cochrane Library;Medline (via
Pubmed); LILACS;Centre for Reviews and Dissemination;Tripdatabase. Foram
selecoionados 11 artigos: 3 observacionais, 5 ensaios clínicos randomizados e 3 revisões
sistêmicas.

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Resultado: Os dados científicos na atualidade indicam que, embora existam evidências
moderadas de que a cirurgia endoscópica seja capaz de proporcionar menor tempo de
internação e menor incidência de infecção para cirurgias de coluna vertebral, o alívio da
dor e a recuperação da capacidade física, que compõem os objetivos principais, são
alcançados em ambas as técnicas cirúrgicas.

Recomendação: não existe um consenso ao uso rotineiro da cirurgia minimamente


invasiva para discectomia cervical ou lombar, estudos mais bem planejados do ponto de
vista metodológico são necessários devido à falta de evidências de alta qualidade.

Palavras –chaves: endoscopic surgical procedure, spinal, microdiscectomy.

1. INTRODUÇÃO
A dor lombar é uma condição que pode atingir até 65% das pessoas anualmente e
até 84% das pessoas em algum momento da vida, apresentando uma prevalência pontual
de aproximadamente 11,9% na população mundial, o que causa grande demanda aos
serviços de saúde1. A dor lombar aguda geralmente tem evolução favorável, com
recuperação da capacidade física, determinando retorno ao trabalho no primeiro mês. O
quadro costuma regredir completamente ao longo de três meses. No entanto, a dor lombar
persistente ou crônica afeta milhões de indivíduos no mundo sendo considerada pela
OMS, um problema de saúde pública. Nas lombalgias crônicas, o tratamento se concentra
no controle da dor e no aprimoramento da atividade. Apenas uma pequena parcela de
pacientes que sofrem de lombalgia crônica, precisa de cirurgia. As intervenções cirúrgicas
se enquadram em duas amplas categorias de tratamento: na dor radicular, mais
comumente devido a hérnia de disco ou estenose espinhal, com ou sem espondilolistese
degenerativa; e na lombalgia inespecífica, geralmente relacionada às alterações
degenerativas nos discos intervertebrais ou nas articulações das facetas. Existem dois
tipos principais de cirurgias: o primeiro é a microdiscectomia convencional, realizada
com o auxílio de ampliação do microscópio ou discectomia aberta, onde os cirurgiões não
usam ferramentas ópticas auxiliares; o segundo tipo de cirurgia é de discectomia
minimamente invasiva, executada geralmente com a utilização de técnicas endoscópicas.
Esse segundo tipo de cirurgia está relacionado a uma incisão menor e menos danos ao
tecido circundante. Revisamos as evidências para verificar se um tipo de técnica cirúrgica
tem vantagens sobre a outra, em relação ao alívio da dor e recuperação da atividade

6
funcional; nestes trabalhos também existe análise quanto ao tempo de cirurgia, duração
de internamento e necessidade de reintervenção a curto ou médio prazo.

A cirurgia endoscópica representa a evolução do acesso cirúrgico minimamente


invasivo em patologias da coluna vertebral. Embora os primeiros procedimentos
endoscópicos da coluna vertebral tenham sido realizados no início dos anos 80 nos
Estados Unidos, houve um aumento constante e persistente de sua popularidade,
principalmente na Europa e na Ásia. Com a evolução contínua das técnicas cirúrgicas,
inovações tecnológicas e abordagens para a coluna cervical e torácica, as técnicas
endoscópicas têm ganhado apelo mais amplo. Como todas as novas tecnologias e
procedimentos, o escrutínio rigoroso das vantagens e limitações potenciais é fundamental
para definir o verdadeiro benefício de adoção e implementação mais amplas dessa
técnica2.

2. OBJETIVOS
Realizar uma análise da literatura científica sobre o a técnica endoscópica em
cirurgias de coluna, investigando os benefícios, desvantagens e desafios quanto à
aquisição e implementação dessa tecnologia. Para tal, deve-se separar, selecionar e
analisar estudos sobre diferentes tipos de cirurgia para o tratamento de patologias
associadas à coluna, bem como compará-los levando em consideração os diferentes
resultados entre eles. Por fim, elaborar um parecer técnico científico para o Hospital das
Clínicas da UFPE – HC/UFPE.

3. METODOLOGIA
3.1 Busca e análise

Realizou-se uma busca em bases de dados de literatura científica durante o mês


de agosto de 2019 com as seguintes palavras-chave: “endoscopic [Title]”, “spinal[Title]”,
e “surgery[Title]”. Os seguintes bancos de dados foram utilizados:

• CADTH - Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health;


• INAHTA - International Network of Agencies for Health Technology
Assessment;
• NICE - National Institute for Health and Clinical Excelence;
• The Cochrane Library;
• Medline (via Pubmed);

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• LILACS;
• Centre for Reviews and Dissemination;
• Tripdatabase.

3.2 Critérios de seleção e exclusão de artigos

A especificação da pergunta orientadora desse PTC baseou-se na proposta de


utilização do formato PICO, conforme descrito abaixo.

• População: pacientes a serem submetidos a cirurgias de coluna;


• Intervenção: técnica de cirurgia endoscópica de coluna;
• Controle: técnica microcirúrgica (aberta) convencional de coluna;
• Outcomes: complicações de pós-operatório e dores recorrentes.

A primeira seleção de artigos foi realizada pelo título e resumo, avaliando-os se


correspondiam à nossa questão clínica. Posteriormente, estes artigos selecionados foram
lidos com maior detalhamento para julgar se realmente se enquadravam ao PICO. A
estratégia de busca levou à identificação de 48 artigos, dos quais 11 foram selecionados
para análise sobre eficácia da intervenção. O fluxograma a seguir exibe mais
detalhadamente o procedimento de apuração sistemática.

Publicações identificadas através da Publicações adicionais identificadas


pesquisa nas bases de dados (n = 33) por meio de outras fontes (n = 15)

Publicações após a remoção


das duplicatas (n = 48) Duplicatas excluídas (n = 0)

Publicações selecionadas Publicações excluídas, com


(n = 48) justificativa (n = 37)

Artigos com texto completo


Artigos com texto completo excluídos, com justificativa
elegíveis (n = 11) (n =0)

Estudos incluídos (n = 11)

Figura 1. Organograma de seleção dos estudos.

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4. RESULTADOS
Nossa busca literária sobre o tratamento cirúrgico para as patologias da coluna
vertebral foi direcionada para as indicações de controle da dor e recuperação funcional
dos movimentos. Dividimos nossos resultados em três categorias de tipos de artigos:
estudos observacionais, ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas.

Inicialmente descreveremos os 3 estudos observacionais, sendo 2 relacionados à


melhora da dor e capacidade funcional e um terceiro sobre as alterações de marcadores
pró inflamatórios, envolvidos na gênese dos sintomas descritos. Kim3 relatou que o
sangramento transoperatório e tempo de hospitalização são menores na cirurgia
endoscópica quando comparada à convencional. No entanto, a dor, a capacidade
funcional e a satisfação do paciente não apresentaram diferença nos dois grupos. Por outro
lado, Choi4, analisando os marcadores inflamatórios (CPK, PCR e IL-6) antes e após as
cirurgias de microdiscectomia e discectomia endoscópica, observou que quanto maior o
trauma cirúrgico, maior a elevação desses marcadores, o que poderia explicar uma dor
mais intensa no pós-operatório. A cirurgia endoscópica, por ser menos invasiva, também
mostrou um tempo cirúrgico menor com alta hospitalar precoce. Durante esse período,
foram analisados o grau de deficiência funcional utilizando o Index de Oswestry e a
intensidade de dor pela escala visual analógica. O autor observou que 70% dos pacientes
não tiveram queixas no período, 18% apresentaram algum episódio de dor e, 12%
nenhuma melhora em comparação ao pré-operatório. Lesão da dura-máter ocorreu em
seis pacientes. Concluiu que a cirurgia de coluna por via endoscópica é uma técnica eficaz
e necessita de experiência prévia. O trabalho de Bresnahan5 analisa a área de secção nos
músculos eretores da espinha e multifídeos, após técnica cirúrgica. Houve
acompanhamento por um período de dois anos, com 163 pacientes submetidos à cirurgia
convencional e a endoscópica; posteriormente, dados foram obtidos por ressonância
magnética. Os dados mostram que, após 16 meses da cirurgia, a área de lesão muscular é
menor após cirurgia convencional (5,4% e DP = 10,6%) quando comparada à lesão após
cirurgia endoscópica (9,9% e DP = 14,4%). Esses dados indicam uma perda de função
muscular maior na técnica convencional, em comparação à endoscópica. Apesar de se
tratar uma amostra pequena, os resultados obtidos necessitam de outros estudos para
melhor avaliação.

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Na pesquisa de literatura encontramos 5 trabalhos relevantes de ensaios clínicos
randomizados. Ruetten6 2009 analisou 161 pacientes divididos em dois grupos, 81
pacientes foram submetidos à descompressão de medula por via totalmente endoscópica
e 80 pacientes à microcirurgia. O acompanhamento durante dois anos mostrou que 74,5%
do total de pacientes não teve mais dor nos membros inferiores e 20,50%, apenas
ocasionalmente, nos pacientes submetidos à técnica endoscópica. Em relação ao tempo
cirúrgico, complicações, trauma e reabilitação funcional a técnica endoscópica parece
mostrar algumas vantagens. O autor sugere ser uma alternativa segura e eficiente para
cirurgia de coluna. Em estudo prospectivo, randomizado e controlado em 74 pacientes,
Kang7 comparou a técnica endoscópica biportal à técnica microcirúrgica. Os resultados
encontrados foram similares em relação a melhora da dor, porem um menor tempo de
hospitalização no grupo de cirurgia endoscópica. Komp8, em estudo prospectivo,
controlado e randomizado comparou os resultados em 135 pacientes divididos em 2
grupos. O autor observou que 72% dos pacientes apresentaram remissão total da dor e,
21% tinha, dores ocasionais. Os resultados foram similares nos dois grupos. Em relação
aos outros parâmetros os resultados de Komp se sobrepõem aos de Kang, com menor
tempo de cirurgia e de hospitalização. Conforme descrito anteriormente, na técnica
cirúrgica convencional a intensidade da dor parece estar relacionada ao grau de lesão
tecidual e consequente liberação de enzimas pró-inflamatórias. Heo9 em estudo
prospectivo acompanhou 88 pacientes divididos em dois grupos, sendo 42 pacientes
submetidos à discectomia convencional e outros 46 à discectomia por via endoscópica.
Observou não haver diferença nos dois grupos quando analisou a evolução da dor e da
capacidade funcional utilizando, respectivamente, a VAS e o Index de Oswestry. Lei
Pan10 comparou as alterações de enzimas pró-inflamatórias, evolução da dor e nível de
satisfação dos pacientes em dois grupos submetidos à discectomia convencional e por via
endoscópica. Observou que o alívio da dor (VAS) e o grau de satisfação (MacNab) foi
similar nos dois grupos após seis meses de cirurgia. Em relação aos níveis das enzimas
em tempos diferentes de pós-operatório (1 h, 6 h, 12 h, 24 h e 48 h), foram inferiores no
grupo da discectomia endoscópica. Esses resultados são similares aos encontrados por
Choi, corroborando para a hipótese de que a lesão tecidual tenha sido maior na técnica de
microdiscectomia convencional.

Entre as revisões sistemáticas citamos Rasouli11que em 2014 avaliou 11 estudos


(1127 pacientes) e destes, 7 tinham alto risco de viés. O autor observou que as diferenças

10
no alívio da dor entre as cirurgias endoscópica e convencional parecem ser pequenas e
podem não ter importância clínica. As vantagens potenciais da cirurgia endoscópica
seriam de menor risco de infecção no sítio e outras infecções e sugere que mais estudos
são necessários para definir a indicação de cirurgia endoscópica como alternativa à
cirurgia padrão. Zhang12 em 2018 revisou 9 estudos (5 prospectivos e 4 retrospectivos
com 1527 pacientes) e concluiu que a cirurgia endoscópica tem menor tempo de
internação, no entanto, não houve diferença significativa em relação à dor, recuperação
funcional e incidência de complicações. Evaniew13 revisou 14 estudos (4 de discectomia
cervical e 10 sobre discectomia lombar) num total de 1593 pacientes. As evidências
sugerem índice maior de lesão da raiz nervosa, durotomia incidental e reoperação com
cirurgia minimamente invasiva do que com cirurgia aberta. As infecções foram mais
comuns com a cirurgia aberta do que com a cirurgia minimamente invasiva, embora a
diferença não tenha sido estatisticamente significativa. Conclui que não existe um
consenso ao uso rotineiro da cirurgia minimamente invasiva para discectomia cervical ou
lombar, e que estudos mais bem planejados do ponto de vista metodológico são
necessários devido à falta de evidências de alta qualidade.

O site uptodate14 consultado 15 de agosto de 2019 afirma que “técnicas de


discectomia minimamente invasivas não demonstraram ser superiores aos métodos
tradicionais de discectomia e podem não ser aplicáveis a muitos pacientes. Para pacientes
com sintomas radiculares lombares de pelo menos 6 a 12 semanas que são bons
candidatos à cirurgia e desejam cirurgia com base na tomada de decisão compartilhada,
sugerimos discectomia aberta ou microdiscectomia”.

5. RECOMENDAÇÃO
Diante do exposto e considerando os dados relevantes na literatura pesquisada, até
a presente data não temos ferramentas que sugiram que a técnica cirúrgica endoscópica
é, de fato, superior à convencional em cirurgia de coluna.

Os dados científicos na atualidade indicam que, embora existam evidências


moderadas de que a cirurgia endoscópica seja capaz de proporcionar menor tempo de
internação e menor incidência de infecção para cirurgias de coluna vertebral, o alívio da
dor e a recuperação da capacidade física, que compõem os objetivos principais, são
alcançados em ambas as técnicas cirúrgicas.

11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Nascimento PRC, Costa LOP. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão
sistemática. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31(6):1141-1155, jun, 2015

[2] Hasan S, Härtl R, Hofstetter CP. The benefit zone of full-endoscopic spine
surgery. J Spine Surg 2019;5(Suppl 1) S41-S56

[3] Kim SK., Kang SS., Hong YH., Clinical comparison of unilateral biportal
endoscopic technique versus open microdiscectomy for single-level lumbar
discectomy: a multicenter, retrospective analysis. Journal of Orthopaedic Surgery
and Research (2018) 13:22.

[4] Choi KC., Shim HK., Hwang JS., Comparison of Surgical Invasiveness Between
Microdiscectomy and 3 Different Endoscopic Discectomy Techniques for
Lumbar Disc Herniation. World Neurosurg. (2018) 116:e750-e758.

[5] Bresnahan LE., Smith JS., Ogden AT., Assessment of Paraspinal Muscle Cross-
Sectional Area Following Lumbar Decompression: Minimally Invasive versus
Open Approaches. BSD Journal of Spinal Disorders and Techniques.

[6] Ruetten S., Komp M., Merk H., Surgical treatment for lumbar lateral recess
stenosis with the full-endoscopic interlaminar approach versus conventional
microsurgical technique: a prospective, randomized, controlled study. J
Neurosurg Spine 10:000–000, 2009.

[7] Kang T., Park SY., Kang CH., Is biportal technique/endoscopic spinal surgery
satisfactory for lumbar spinal stenosis patients? Medicine (2019) 98:18.

[8] Komp M., Hahn P., Oezdemir S., Bilateral Spinal Decompression of Lumbar
Central Stenosis with the Full-Endoscopic Interlaminar Versus Microsurgical
Laminotomy Technique: A Prospective, Randomized, Controlled Study. Pain
Physician 2015; 18:61-70.

[9] Heo DH., Quillo-Olvera J., Park CK., Can Percutaneous Biportal Endoscopic
Surgery Achieve Enough Canal Decompression for Degenerative Lumbar
Stenosis? Prospective Case Control Study. World Neurosurg. (2018) 120:e684-
e689.

[10] Pan L., Zhang P., Yin Q., Comparison of tissue damages caused by endoscopic
lumbar discectomy and traditional lumbar discectomy: A randomised controlled
trial. International Journal of Surgery 12 (2014) 534:537.

[11] Rasouli MR., Rahimi-Movaghar V., Shokraneh F., Minimally invasive


discectomy versus microdiscectomy/open discectomy for symptomatic lumbar
disc herniation. Cochrane Database of Systematic Reviews 2014, Issue 9.

[12] Zhang B., Liu S., Liu J., Transforaminal endoscopic discectomy versus
conventional microdiscectomy for lumbar discherniation: a systematic review and
meta-analysis. Journal of Orthopaedic Surgery and Research (2018) 13:169.

12
[13] Evaniew N., Khan M., Drew B., Minimally invasive versus open surgery for
cervical and lumbar discectomy: a systematic review and meta-analysis. CMAJ
OPEN 2014, 2(4). DOI: 10.9778/cmajo20140048.

[14] Chou R. Subacute and chronic low back pain: Nonsurgical interventional
treatment. Disponível em: < http://www.uptodate.com/online>. Acesso em:
15/08/19.

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7. ANEXOS
7.1 Quadro-resumo de artigos selecionados

TÍTULO MÉTODO RESULTADOS CONCLUSÃO


Can Percutaneous Biportal Entre agosto de 2009 e janeiro de Durante o período de acompanhamento, 114 Cirurgias totalmente endoscópicas
Endoscopic Surgery Achieve 2012, 163 pacientes (74 homens e (70%) pacientes não apresentaram queixas, 30 interlaminares ou transforaminais são
Enough Canal Decompression 89 mulheres) foram submetidos à (18%) pacientes apresentaram dor ocasional e modalidades de tratamento seguras e
for Degenerative Lumbar discectomia lombar totalmente 19 (12%) pacientes não apresentaram melhora. eficazes para hérnias discais lombares.
Stenosis? Prospective Case- endoscópica. Todos os pacientes Durante o acompanhamento pós-operatório, 8 Apesar das dificuldades de adquirir essa
Control Study 9 foram acompanhados por um ano pacientes necessitaram de uma repetição da nova técnica, bons resultados podem ser
após a cirurgia. O Oswestry cirurgia devido a reincidência ou fragmentos obtidos após treinamento adequado.
Disability Index e uma escala visual residuais. No pós-operatório, quatro pacientes
analógica foram usados para apresentaram disestesia, que se resolveu
analisar os resultados. completamente com o tempo. Complicações
neurológicas ocorreram em 5 pacientes, 4 dos
quais se recuperaram completamente sem
qualquer intervenção. Lesões durais ocorreram
em 6 pacientes.
Minimally invasive versus open Pesquisou-se o MEDLINE, Embase Foram incluídos 4 ensaios no grupo de A evidência atual não dá suporte ao uso
surgery for cervical and lumbar e a Cochrane Library em busca de discectomia cervical (n = 431) e 10 no grupo de rotineiro da cirurgia minimamente invasiva
discectomy: a systematic review relatos de ensaios controlados discectomia lombar (n = 1159). A evidência para discectomia cervical ou lombar.
and meta-analysis 13 randomizados relevantes geral foi de qualidade baixa a moderada. Ensaios bem traçados do ponto de vista
publicados até 12 de janeiro de Descobriu-se que a cirurgia minimamente metodológico são necessários, devido à
2014. Dois revisores avaliaram a invasiva não melhorou a função a longo prazo, falta de evidências de alta qualidade.
elegibilidade dos artigos nem reduziu a dores dos membros de longo
relacionados e o risco de viés dos prazo em comparação com a cirurgia aberta. As
estudos inclusos. Analisou-se evidências sugeriram taxas gerais mais altas de
resultados funcionais e de dor lesão da raiz nervosa, durotomia incidental e
usando diferenças de média reoperação com cirurgia minimamente invasiva
padronizadas (SMDs) que foram do que com cirurgia aberta. As infecções foram
ponderadas e agrupadas usando mais comuns com a cirurgia aberta do que com
um modelo de efeitos aleatórios. a cirurgia minimamente invasiva, embora a
diferença não tenha sido estatisticamente
significativa.
Surgical treatment for lumbar Trata-se de um ensaio clínico Os resultados mostram que 74,5% dos Os resultados clínicos da técnica
lateral recess stenosis with the randomizado com 192 pacientes. pacientes relataram não ter mais dores nas interlaminar de FE são iguais aos da
full-endoscopic interlaminar Após 2 anos de acompanhamento, pernas e 20,5% apenas dores ocasionais. Os técnica microcirúrgica. Ao mesmo tempo,
approach versus conventional somente 161 pacientes foram resultados clínicos foram os mesmos nos dois existem vantagens na técnica de

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microsurgical technique: a incluídos no estudo, submetidos a grupos. A taxa de complicações e revisões foi operação, como trauma reduzido. O
prospective, randomized, descompressão totalmente significativamente reduzida no grupo FE. As procedimento de descompressão espinhal
controlled study 6 endoscópica (FE) ou técnicas de FE trouxeram vantagens nas interlaminar por FE é uma
descompressão microcirúrgica. seguintes áreas: operação, complicações, complementação segura e uma alternativa
Além dos parâmetros gerais e trauma e reabilitação. aos procedimentos microcirúrgicos.
específicos, foram utilizados os
seguintes instrumentos de medida:
escala analógica visual, versão
alemã do instrumento North
American Spine Society e o
questionário de incapacidade de dor
lombar Oswestry.
Is biportal technique/endoscopic Setenta pacientes com estenose Os dados demográficos e o nível da cirurgia A cirurgia descompressiva lombar com
spinal surgery satisfactory for espinhal lombar submetidos a foram comparáveis entre os dois grupos. Menor técnica biportal / endoscópica mostrou
lumbar spinal stenosis patients? laminectomia foram incluídos neste tempo de operação (36 ± 11 vs 54 ± 9 min), resultados clínicos favoráveis, menos dor e
7
estudo. Uma tabela numérica foi menor vazão de drenagem de hemovac (25,5 ± menor tempo de internação em
usada para randomizar os 15,8 vs 53,2 ± 32,1 ml), menor uso de opioides comparação à cirurgia microscópica em
pacientes em dois grupos: um (2,3 ± 0,6 vs 6,5 ± 2,5 T) e menor tempo de pacientes com estenose espinhal lombar.
grupo de técnica biportal / cirurgia internação (1,2 ± 0,3 vs 3,5 ± 0,8 dias) foram
endoscópica (BG-36) e um grupo mostrados na BG. O BG não apresentou
de cirurgia microscópica (OG-34). diferenças significativas nos resultados clínicos
Um cirurgião realizou técnica em comparação com o OG. Resultados clínicos
biportal / descompressão favoráveis foram mostrados aos 6 meses após a
endoscópica ou descompressão cirurgia nos dois grupos.
microscópica usando um afastador
tubular, dependendo do grupo em
que o paciente foi randomizado.
Dados perioperatórios e resultados
clínicos no pós-operatório de 6
meses foram coletados e
analisados.

Bilateral Spinal Decompression 135 pacientes submetidos No pós-operatório, 72% dos pacientes não Os resultados registrados demonstram que
of Lumbar Central Stenosis with randomicamente a descompressão tinham mais dores nas pernas ou a dor estava a descompressão bilateral interlaminar
the Full-Endoscopic Interlaminar microcirúrgica (MI) ou totalmente quase completamente reduzida e 21,2% totalmente endoscópica, adotando uma
Versus Microsurgical endoscópica (FI) foram relatavam dores ocasionais. Os resultados abordagem unilateral, fornece um
Laminotomy Technique: A acompanhados por 2 anos. Além clínicos foram os mesmos nos dois grupos. A complemento adequado e seguro e uma
Prospective, Randomized, dos parâmetros gerais e taxa de complicações e revisões foi alternativa à técnica convencional de
Controlled Study 8 específicos, também foram significativamente reduzida no Grupo FI. laminectomia microcirúrgica bilateral
utilizados para a investigação os quando os critérios de indicação são

15
seguintes instrumentos de medida: preenchidos. Ao mesmo tempo, oferece as
Escala Visual Analógica (VAS), vantagens de uma intervenção
versão alemã do NASS (North minimamente invasiva.
American Spine Society
Instrument), Questionário Oswestry
sobre lombalgia e incapacidade
(ODI).
Clinical comparison of unilateral Este estudo incluiu 141 pacientes A coorte do estudo foi de 56,7% de mulheres e A UBE para discectomia de nível único
biportal endoscopic technique com doença degenerativa do disco a idade média dos pacientes foi de 50,98 ± produziu resultados clínicos semelhantes
versus open microdiscectomy que necessitavam de discectomia 18,23 anos. A EVA (VAS) média (costas e aos do OLM, incluindo controle da dor,
for single-level lumbar em um único nível, de L2 a L3 até perna), escore MacNab e ODI melhoraram incapacitação funcional e satisfação do
discectomy: a multicenter, L5 a S1. Um total de 60 e 81 significativamente do período pré-operatório até paciente, mas incorreu em EBL, HS e dor
retrospective analysis 3 pacientes foram submetidos a UBE o último acompanhamento (12,92 ± 3,92) nos nas costas pós-operatória mínima.
(endoscópica unilateral biportal) e dois grupos (p <0,001). Uma semana após a
OLM (microdissectomia aberta), operação, a pontuação do EVA de dor nas
respectivamente. A análise foi costas no grupo UBE mostrou uma melhora
baseada na comparação de significativamente maior do que no grupo OLM.
métricas perioperatórias, tempo de A EVA de 1 semana, 3 meses e 12 meses
operação (TO); perda estimada de (costas e perna), melhora do ODI, pontuação
sangue (EBL); tempo de internação MacNab modificada e OT não foram
(HS); resultados clínicos, incluindo significativamente diferentes entre os dois
avaliação usando a Visual Analogue grupos. No grupo UBE, o EBL (34,67 ± 16,92)
Scale (VAS) e o Oswestry Disability foi menor e o HS (2,77 ± 1,2) foi menor que o do
Index (ODI); satisfação do paciente grupo OLM (140,05 ± 57,8, 6,37 ± 1,39). O TO
(a pontuação MacNab); e a (70,15 ± 22,0) foi maior no grupo UBE do que no
incidência de reoperação e grupo OLM (60,38 ± 15,5), e a diferença foi
complicações. estatisticamente significante. As diferenças na
taxa de conversão cirúrgica e complicações
entre os dois grupos não foram estatisticamente
significativas.
Comparison of Surgical Este estudo de 80 pacientes O grupo MD apresentou os maiores níveis de PELD é a técnica cirúrgica espinhal menos
Invasiveness Between comparou lesão muscular CPK nos dias 1 e 3 de pós-operatório e relação invasiva.
Microdiscectomy and 3 Different paraespinhal após 4 técnicas CPK (P <0,01, P [0,02, P [0,04). Os níveis
Endoscopic Discectomy cirúrgicas: microdiscectomia (MD), séricos de proteína C-reativa foram maiores no
Techniques for Lumbar Disc 4 discectomia endoscópica lombar grupo MD (P <0,01). Os grupos PELD e PEID
percutânea (PELD), discectomia apresentaram menor nível de proteína C-reativa
interlaminar endoscópica no dia 1 do pós-operatório que o grupo UBED.
percutânea (PEID), discectomia O grupo MD teve a maior área transversal (P
endoscópica biportal unilateral <0,01). A área transversal foi maior no grupo
(UBED). Oitenta pacientes UBED do que nos grupos PELD e PEID (P

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submetidos a MD, PELD, PEID e <0,01). O tempo cirúrgico e a permanência
UBED foram observados hospitalar foram menores no grupo PELD (P
prospectivamente. Os níveis de <0,01, P <0,01). O grupo MD apresentou
creatina fosfoquinase (CPK) e escores visuais significativamente maiores na
proteína C-reativa foram medidos escala analógica visual para dor nas costas nos
na admissão e no pós-operatório dias 1 e 3 de pós-operatório do que os outros
dias 1, 3, 5 e 7. A razão CPK foi grupos (P <0,01, P [0,02).
calculada como CPK no pós-
operatório 1 / CPK na admissão. A
área da seção transversal da lesão
de alta intensidade no músculo
paraespinhal foi medida em
ressonância magnética após a
cirurgia. O tempo cirúrgico e a
permanência hospitalar também
foram examinados. O desfecho
clínico foi avaliado usando a escala
visual analógica para dores nas
costas e nas pernas.

Transforaminal endoscopic Uma pesquisa sistemática da Foram incluídos cinco estudos prospectivos e A discectomia endoscópica transforaminal
discectomy versus conventional literatura foi realizada usando os quatro retrospectivos envolvendo 1527 é superior à microdiscectomia aberta no
microdiscectomy for lumbar bancos de dados PubMed, pacientes. Somente dois estudos exibiram tempo de internação. No entanto, não
discherniation: a systematic EMBASE e Cochrane Library para diferenças significativas entre os dois grupos no houve diferenças na dor nas pernas,
review and meta-analysis 12 ensaios escritos em inglês. Os tempo de internação, favorecendo o grupo TED. recuperação funcional e incidência de
estudos randomizados e estudos No entanto, não houve diferenças significativas complicações entre TED e MD no
observacionais que preencheram os nos escores da escala visual analógica da perna tratamento de hérnias de disco lombares.
nossos critérios de inclusão foram (EVA), nos índices do Índice de Incapacidade
posteriormente incluídos. Dois Oswestry (ODI) e na incidência de complicações
revisores, respectivamente, e recorrência.
extraíram os dados e estimaram o
risco de viés. Todas as análises
estatísticas foram realizadas
usando o Review Manager 5.3.

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Comparison of tissue damages A perda de sangue no pré e pós- Os pacientes do grupo discectomia lombar O PELD teve menos danos aos tecidos
caused by endoscopic lumbar operatório, as internações e o endoscópica percutânea (PELD) tiveram menos humanos do que o OD tradicional. O PELD
discectomy and traditional tamanho das feridas dos pacientes perda de sangue (p <0,01), menor tempo de tem valor clínico.
lumbar discectomy: A nos dois grupos foram registrados. internação (p <0,01) e feridas cirúrgicas
randomised controlled trial 10 Foram medidas as alterações da menores (p <0,01) do que os pacientes
interleucina-6 (IL-6), proteína C submetidos à cirurgia de discectomia lombar
reativa (PCR) e creatina aberta tradicional (DO). MacNab avaliou que os
fosfoquinase (CPK) pré-operação e níveis de satisfação estavam acima de 90% nos
1 h, 6 h, 12 h, 24 h e 48 h após a dois grupos no pós-operatório de seis meses.
cirurgia correspondente. Escala Não houve diferença significativa no índice de
visual analógica e critérios MacNab dor entre os dois grupos (p> 0,05). Além disso,
modificados foram utilizados para os níveis de PCR, CPK e IL-6 no grupo PELD
avaliar os resultados pós- foram todos inferiores aos do grupo DO com
operatórios. diferença significativa (p <0,01).

Assessment of Paraspinal 18 pacientes foram submetidos à A idade média dos pacientes tratados com as Comparado com a abordagem aberta para
Muscle Cross-Sectional Area descompressão posterior de um abordagens aberta e MEDS foi de 55,2 e estenose lombar, o MEDS teve um
Following Lumbar nível para estenose lombar (9 66,4 anos, respectivamente (p = 0,07). A CSA impacto significativamente menos negativo
Decompression: Minimally abertos, 9 MEDS). A RM lombar foi do músculo paraespinhal diminuiu em média na CSA do músculo paraespinhal.
Invasive versus Open obtida antes da cirurgia e após a 5,4% (DP = 10,6%; intervalo: -24,5% a + 7,7%) Relatórios anteriores documentaram
Approaches 5 cirurgia (abordagem aberta em em pacientes tratados com a abordagem aberta efeitos negativos da lesão muscular
média 16,3 meses; MEDS em e aumentou em média 9,9% (DP = 14,4%, paraespinhal, incluindo fraqueza,
média 16,6 meses). A média de intervalo: - 9,8% a + 33,1%) nos pacientes incapacidade e dor. Coletivamente, esses
CSA (área de seção transversal) tratados com MEDS (p = 0,02). Para a dados sugerem que a abordagem MEDS
dos músculos paraespinhais foi abordagem aberta, as alterações na CSA não para descompressão lombar é menos
calculada ao longo da distância do diferiram significativamente entre os lados destrutiva para os músculos
local cirúrgico. esquerdo e direito dos músculos eretores da paraespinhosos do que a abordagem
espinha (p = 0,35) ou multifídeos (p = 0,90). aberta e pode facilitar melhores resultados
Seguindo a abordagem MEDS, não houve clínicos.
diferenças significativas entre os lados dilatado
e contralateral no que diz respeito à alteração
na CSA dos eretores da espinha (p = 0,85) ou
dos músculos multifídeos (p = 0,95).

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Minimally invasive discectomy Foram utilizados procedimentos Foram identificados 11 estudos (1172 MID pode ser inferior em termos de alívio
versus microdiscectomy/open metodológicos padrão esperados participantes). Avaliou-se sete dos 11 estudos da dor nas pernas, dor lombar e re-
discectomy for symptomatic pela The Cochrane Collaboration. como tendo alto risco geral de viés. Havia hospitalização; no entanto, as diferenças
lumbar disc herniation 11 Utilizou-se formulários pré- evidências de baixa qualidade de que a MID no alívio da dor parecem ser pequenas e
desenvolvidos para extrair dados e estava associada a pior dor nas pernas do que podem não ser clinicamente importantes.
dois autores avaliaram MD/OD no seguimento variando de seis meses As vantagens potenciais da MID são o
independentemente o risco de viés. a dois anos (por exemplo, em um ano: MD 0,13, menor risco de infecção no sítio cirúrgico e
Para análise estatística, foram IC 95% 0,09 a 0,16), mas as diferenças eram outras infecções. O MID pode estar
utilizadas a razão de risco (RR) pequenas (menos de 0,5 pontos na escala de 0 associado a uma menor permanência no
para resultados dicotômicos e a a 10) e não atingiu os limites padrão para hospital, mas a evidência foi inconsistente.
diferença média (MD) para diferenças clinicamente significativas. Havia Dadas essas vantagens potenciais, são
resultados contínuos com intervalos evidências de baixa qualidade de que a MID necessárias mais pesquisas para definir
de confiança de 95% (IC) para cada estava associada a pior dor lombar do que indicações apropriadas para o MID como
resultado. MID se refere a técnicas MD/OD no seguimento de seis meses e em dois uma alternativa ao MD/OD padrão.
endoscópica e outras minimamente anos. Não houve diferença significativa em um
invasivas, enquanto MD/OD se ano. Não houve diferenças claras entre as
refere a microdiscectomia e técnicas MID e MD/OD em outros desfechos
discectomia aberta. primários relacionados à incapacidade funcional
maior que seis meses no pós-operatório e
persistência de déficits neurológicos motores e
sensoriais, embora as evidências sobre déficits
neurológicos tenham sido limitadas pelos
pequenos números dos participantes nos
ensaios com déficits neurológicos na linha de
base. Para desfechos secundários, a MID foi
associada a menor risco de sítio cirúrgico e
outras infecções, mas maior risco de re-
hospitalização devido a hérnia de disco
recorrente. Além disso, o MID foi associado a
uma qualidade de vida um pouco menor (menos
de 5 pontos em uma escala de 100 pontos) em
algumas medidas de qualidade de vida. Alguns
estudos descobriram que o MID está associado
a uma menor duração da hospitalização que o
MD/OD, mas os resultados foram
inconsistentes.

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