Você está na página 1de 8

ANP21 – Tópico Especial IV de Antropologia

disciplina opcional – 2 créditos

– Tópico Especial IV de Antropologia - Tecnologias de governo

Ministrada por Patrice Schuch


Semestre 2020-2 –

Imprimir

Súmula:

Leituras e discussões relativas a temas específicos na área da antropologia. Aprofundamento de temáticas


desenvolvidas nas teses e dissertações no Programa. Estudos dirigidos em consonância com as linhas de
pesquisa.

Objetivos:

A partir das inspirações da noção de tecnologias de governo, o curso objetiva abordar trabalhos etnográficos
que desenvolvem alguns de seus desdobramentos conceituais e analíticos em variados campos de pesquisa.
Objetiva-se conhecer a noção de tecnologias de governo, bem como analisar os conceitos de políticas da vida,
as propostas de antropologia do devir e a noção de necropolítica e sua relevância para as políticas públicas.

I – Tecnologias de
Poder

Apresentação do curso (05/11) + Reunião da Associação Brasileira de Antropologia

Voltando ao clássico... (12/11)


FOUCAULT, Michel. “Método”. História da Sexualidade 1: A Vontade do Saber. RJ, Graal, 1977, p. 88-97.

FOUCAULT, Michel. “A Governamentalidade”. Microfísica do Poder. RJ, Edições Graal, 1979. (11º
impressão), p. 277-293.

FOUCAULT, Michel. “Aula de 17 de Março de 1976”. Em Defesa da Sociedade. Curso no Collège de France.
São Paulo, Martins Fontes, 2002, p. 285-315.

FOUCAULT, Michel. “Introdução. A problematização moral dos prazeres”. História da Sexualidade 2: o uso
dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 07-32.
FOUCAULT, Michel. “A cultura de si”. História da Sexualidade 3: O cuidado de si. RJ, Edições

Graal, 1985, p. 43-75. Leitura opcional:


DELEUZE, Gilles. “As dobras, ou o de dentro do pensamento (subjectivação)”. In: DELEUZE, Gilles.
Foucault. Lisboa,Vega, 1987, p. 127-163.

FONSECA, C. et al. Apresentação. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 22, n. 46, p. 9-34,

jul./dez. 2016. RABINOW, Paul. “Sujeito e Governamentalidade: elementos do trabalho de Michel


Foucault”. In: .
Antropologia da Razão. RJ, Relume Dumará, 1999, p. 27-53.

Do Biopoder às Políticas da Vida (19/11)


FASSIN, Didier. “Introduction” (XI-XXIV), “Living with Death” (228-270) e “Conclusion” (271-279). In: When
Bodies Remember. Experiences and politics of AIDS in South Africa. Berkeley:Los Angeles, University of
California Press, 2007.

FASSIN, Didier. Another Politics of Life is Possible. In: Theory, Culture and Society, 2009, 26 (5): 44-60.

II-
Desdobramentos

Moral, Moralidades e Antropologia Pública (26/11)

FASSIN, Didier. “Gobernar por los Cuerpos, Políticas de Reconocimiento Hacia los Pobres y los
Imigrantes”. Educação, v. 28, n. 2 (56), Maio/Ago. 2005, p. 201-226.

FASSIN, Didier. “Além do Bem e do Mal? Questionando o desconforto antropológico com a moral”. In:
RIFIOTIS, Theophilos e SEGATA, Jean. Políticas Etnográficas no Campo da Moral. POA, Ed. da UFRGS,
2019. p. 35-50.

FASSIN, Didier. “As Economias Morais Revisitadas”. In: RIFIOTIS, Theophilos e SEGATA, Jean. Políticas
Etnográficas no Campo da Moral. POA, Ed. da UFRGS, 2019. p.51-87.

FASSIN, Didier. “Why ethnography matters: on anthropology and its publics.”. Cultural Anthropology, [S.l.],
ish. 28, n. 4, p. 621-646, 2013.

Leituras opcionais:

SCHUCH, P. “Antropologia publica: a ética da inquietude no trabalho de Didier Fassin”. In: LOYOLA,
A.; Diniz, D. (Org.). Didier Fassin:entrevistado por Debora Diniz. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2016b. p.
81-119.

SCHUCH, Patrice. “Antropologia pública”: notas para um debate. In: SCHUCH, Patrice. MULLER, Cintia e
SCHUCH, Patrice. Cidadania e direitos humanos: pontos de vista antropológicos. Salvador, EdUFBA, 2018,
p.281-298.

Antropologia do Devir (03/12)


BIEHL, João. “Antropologia do devir: psicofármacos – abandono social – desejo”. In: Revista de
Antropologia. Vol. 51, n. 2. SP, USP, 2008, p. 413-449.

BIEHL, J.; PETRYNA, A. (Ed.). When people come first: critical studies in global health. Princeton:
Princeton University Press, 2013 (introdução + epílogo).

SCHUCH, Patrice. Antropologia entre o inesperado e o inacabado: entrevista com João Biehl. Horiz.
antropol. [online]. 2016, vol.22, n.46, p.389-423.

Leitura opcional:

BIEHL, João e ESKEROD, Torben. Vita. Life in a zone of social abandonment. California: California
University Press, 2005.

BIEHL, João e ESKEROD, Torben. Will to live. AIDS therapies and the politics of survival. Princeton,
Oxford: Princeton University Press, 2007.

BIEHL, João e LOCKE, Peter. “Deleuze and the Anthropology of Becoming”. In: Current Anthropology. Vol.
51, n. 3, June 2010, p. 317-351.

DELEUZE, Gilles. “O que é um dispositivo?”. In: . O mistério de Ariadne. Ed. Vega –


Passagens . Lisboa, 1996, 5p.

DELEUZE, Gilles. “Desejo e prazer”. Tradução de: Désir et plaisir. Magazine Littéraire. Paris, n. 325, oct,
1994, pp. 57-65.
O Inacabado: a plasticidade como desafio analítico (10/12)

BIEHL, João e LOCKE, Peter. Introduction. Ethnographic Sensorium. In: BIEHL, João e LOCKE, Peter
.Unfinished. The Anthropology of Becoming. Duke University Press, 2017, p. 1-38.

RALPH, Laurence. “Becoming Aggrieved”. In: BIEHL, João e LOCKE, Peter. Unfinished. The Anthropology
of Becoming. Duke University Press, 2017, p.93-110.

Burocracia, Bio e Necropolítica (a definir a data)

GUPTA, A. Red tape: bureaucracy, structural violence, and poverty in India. Durham:Duke University Press,
2012 (Part 1: 1.1.Introduction. Poverty as Biopolitics; 1.2. The State and the Politics of Poverty;p.3-70.
(sugestão complementar: Cap. 7:

, p.237-270 +Epilogo, p. 237-280 ).

MBEMBE, Achille. “Introdução. O devir negro do mundo; Cap. 1. A Questão da Raça”. In: Crítica da Razão
Negra. Portugal, Antígona, 2014 (2013). p 1-22.

Apresentação dos Trabalhos (14/01/2021)

Apresentação e debate dos trabalhos finais

v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape


{behavior:url(#default#VML);} Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */
table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-
para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:none; text-autospace:none; font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-
family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-
font:minor-bidi; mso-ansi-language:EN-US; mso-fareast-language:EN-US;}

Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE


O curso se constituirá de dois eixos temáticos: I- Tecnologias de Poder; II- Desdobramentos:

I – Tecnologias de
Poder

1. Apresentação do curso (05/11) + Reunião da Associação Brasileira de Antropologia

2. Voltando ao clássico... (12/11)


FOUCAULT, Michel. “Método”. História da Sexualidade 1: A Vontade do Saber. RJ, Graal, 1977, p. 88-97.

FOUCAULT, Michel. “A Governamentalidade”. Microfísica do Poder. RJ, Edições Graal, 1979. (11º
impressão), p. 277-293.

FOUCAULT, Michel. “Aula de 17 de Março de 1976”. Em Defesa da Sociedade. Curso no Collège de France.
São Paulo, Martins Fontes, 2002, p. 285-315.

FOUCAULT, Michel. “Introdução. A problematização moral dos prazeres”. História da Sexualidade 2: o uso
dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 07-32.
FOUCAULT, Michel. “A cultura de si”. História da Sexualidade 3: O cuidado de si. RJ, Edições

Graal, 1985, p. 43-75. Leitura opcional:


DELEUZE, Gilles. “As dobras, ou o de dentro do pensamento (subjectivação)”. In: DELEUZE, Gilles.
Foucault. Lisboa,Vega, 1987, p. 127-163.

FONSECA, C. et al. Apresentação. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 22, n. 46, p. 9-34,

jul./dez. 2016. RABINOW, Paul. “Sujeito e Governamentalidade: elementos do trabalho de Michel

Foucault”. In: .
Antropologia da Razão. RJ, Relume Dumará, 1999, p. 27-53.

3. Do Biopoder às Políticas da Vida (19/11)


FASSIN, Didier. “Introduction” (XI-XXIV), “Living with Death” (228-270) e “Conclusion” (271-279). In: When
Bodies Remember. Experiences and politics of AIDS in South Africa. Berkeley:Los Angeles, University of
California Press, 2007.

FASSIN, Didier. Another Politics of Life is Possible. In: Theory, Culture and Society, 2009, 26 (5): 44-60.
II-
Desdobramentos

4. Moral, Moralidades e Antropologia Pública (26/11)

FASSIN, Didier. “Gobernar por los Cuerpos, Políticas de Reconocimiento Hacia los Pobres y los
Imigrantes”. Educação, v. 28, n. 2 (56), Maio/Ago. 2005, p. 201-226.

FASSIN, Didier. “Além do Bem e do Mal? Questionando o desconforto antropológico com a moral”. In:
RIFIOTIS, Theophilos e SEGATA, Jean. Políticas Etnográficas no Campo da Moral. POA, Ed. da UFRGS,
2019. p. 35-50.

FASSIN, Didier. “As Economias Morais Revisitadas”. In: RIFIOTIS, Theophilos e SEGATA, Jean. Políticas
Etnográficas no Campo da Moral. POA, Ed. da UFRGS, 2019. p.51-87.

FASSIN, Didier. “Why ethnography matters: on anthropology and its publics.”. Cultural Anthropology, [S.l.],
ish. 28, n. 4, p. 621-646, 2013.

Leituras opcionais:
SCHUCH, P. “Antropologia publica: a ética da inquietude no trabalho de Didier Fassin”. In: LOYOLA,
A.; Diniz, D. (Org.). Didier Fassin:entrevistado por Debora Diniz. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2016b. p.
81-119.

SCHUCH, Patrice. “Antropologia pública”: notas para um debate. In: SCHUCH, Patrice. MULLER, Cintia e
SCHUCH, Patrice. Cidadania e direitos humanos: pontos de vista antropológicos. Salvador, EdUFBA, 2018,
p.281-298.

5. Antropologia do Devir (03/12)


BIEHL, João. “Antropologia do devir: psicofármacos – abandono social – desejo”. In: Revista de
Antropologia. Vol. 51, n. 2. SP, USP, 2008, p. 413-449.

BIEHL, J.; PETRYNA, A. (Ed.). When people come first: critical studies in global health. Princeton:
Princeton University Press, 2013 (introdução + epílogo).

SCHUCH, Patrice. Antropologia entre o inesperado e o inacabado: entrevista com João Biehl. Horiz.
antropol. [online]. 2016, vol.22, n.46, p.389-423.

Leitura opcional:
BIEHL, João e ESKEROD, Torben. Vita. Life in a zone of social abandonment. California: California
University Press, 2005.

BIEHL, João e ESKEROD, Torben. Will to live. AIDS therapies and the politics of survival. Princeton,
Oxford: Princeton University Press, 2007.

BIEHL, João e LOCKE, Peter. “Deleuze and the Anthropology of Becoming”. In: Current Anthropology. Vol.
51, n. 3, June 2010, p. 317-351.
DELEUZE, Gilles. “O que é um dispositivo?”. In: . O mistério de Ariadne. Ed. Vega –
Passagens . Lisboa, 1996, 5p.

DELEUZE, Gilles. “Desejo e prazer”. Tradução de: Désir et plaisir. Magazine Littéraire. Paris, n. 325, oct,
1994, pp. 57-65.

6. O Inacabado: a plasticidade como desafio analítico (10/12)


BIEHL, João e LOCKE, Peter. Introduction. Ethnographic Sensorium. In: BIEHL, João e LOCKE, Peter
.Unfinished. The Anthropology of Becoming. Duke University Press, 2017, p. 1-38.

RALPH, Laurence. “Becoming Aggrieved”. In: BIEHL, João e LOCKE, Peter. Unfinished. The Anthropology
of Becoming. Duke University Press, 2017, p.93-110.

7. Burocracia, Bio e Necropolítica (a definir a data)


GUPTA, A. Red tape: bureaucracy, structural violence, and poverty in India. Durham:Duke University Press,
2012 (Part 1: 1.1.Introduction. Poverty as Biopolitics; 1.2. The State and the Politics of Poverty;p.3-70.
(sugestão complementar: Cap. 7:

, p.237-270 +Epilogo, p. 237-280 ).

MBEMBE, Achille. “Introdução. O devir negro do mundo; Cap. 1. A Questão da Raça”. In: Crítica da Razão
Negra. Portugal, Antígona, 2014 (2013). p 1-22.

8. Apresentação dos Trabalhos (14/01/2021)

Apresentação e debate dos trabalhos finais

Bibliografia:

Conteúdo programático:

Avaliação:

Os alunos serão avaliados pelas seguintes atividades: 1) Participação em aula e realização dos trabalhos
solicitados ao longo do semestre (40%); 2) Trabalho final (60%), referente a uma dentre duas possibilidades: a)
um ensaio bibliográfico sobre a problemática explorada na disciplina ou uma das perspectivas debatidas durante
a sua efetivação; b) um artigo etnográfico referente a um tema de livre escolha do aluno, desde que apresente
intersecções com a problemática abarcada pela disciplina.

Método de trabalho:
aulas expositivas dialogadas, seminários, discussão dos textos e realização de trabalhos. Os alunos deverão
entregar, nas aulas, um pequeno texto (cerca de 1 ou 2 páginas, no máximo) com suas reflexões sobre a
temática tratada nos textos da aula, contendo uma questão/provocação/dúvida a ser discutida ou ponto de vista
sobre as problemáticas estudadas. Cada aluno deverá entregar, no mínimo, três textos durante o curso. As
aulas serão ministradas através da plataforma Teams e os materiais estarão dispostos no Moodle.

Você também pode gostar