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Apostila de Teoria

Npo Trancoso - Neojiba


2015
Índice
Notação Musical ..................................................Pg. 1
Linhas suplementares ............................................Pg. 2
Tessitura das Claves ..............................................Pg. 3
Figuras Musicais ..................................................Pg. 7
Compasso Simples .................................................Pg. 8
Ligaduras e Ponto de Aumento ...........................Pg.11
Andamentos .........................................................Pg.12
Metrônomo ..........................................................Pg.13
Dinâmicas ............................................................Pg.14
Variações de Intensidade .....................................Pg.15
Sinais de Repetição ..............................................Pg.16
Abreviaturas ........................................................Pg.17
Quiálteras ............................................................Pg.18
Tons e Semitons naturais .....................................Pg.19
Alterações ............................................................Pg.21
Intervalos Naturais .............................................Pg.24
Ciclo de Quintas ............................................................Pg.28
Escalas menores nas 3 Formas ......................................Pg.29
Compasso Composto e Alternado...................................Pg.30
Síncopes e Contratempos................................................Pg.33
Notas atrativas.............................................................Pg.35
Tons Vizinhos................................................................Pg.36
Formação de Acordes.....................................................Pg.37
Caderno de Exercícios....................................................Pg.40
Percepção.......................................................................Pg.50
Sobre a apostila:
A presente apostila foi compilada com o objetivo de atender as necessidades de um músico de
orquestra, o levando a compreender todos os procedimentos teóricos, a fim de aperfeiçoar a prática do
instrumento. Para tanto foram utilizados aqui como Fonte Bibliografia:
Apostila de Teoria Musical do Centro Cultura Musical de Campos - RJ
Teoria da Música – Bohumil Med
Teoria Musical – Maria Luiz Priolli
Guia Teórico-Prático para o Ensino do Ditado Musical – Pozzoli
Rítmica – José Gramani
Método Prince – Leitura e Percepção – Adamo Prince

O presente trabalho não possui fins lucrativos, e tem sua utilização voltado para formação de jovens de
orquestras em projetos sociais.

Sobre o idealizador da apostila:


Marcos Rangel é mestre em música pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, sob a orientação do maestro André Cardoso, onde defendeu importante trabalho sobre a Sinfonia em
sol menor de Alberto Nepomuceno. Atualmente atua como regente da Orquestra Mariuccia Iacovino e regente
adjunto da Orquestra Municipal de Campos - RJ, ambas vinculadas a Orquestrando a Vida, o primeiro núcleo
do El Sistema no Brasil.
Membro fundador do El Sistema Brasileiro iniciou seus estudos musicais, em 1999, atuando como
trompista da Orquestra por vários anos tendo ampliado seus estudos com piano, viola e percussão. Com as
orquestras excursionou em concertos por vários países como Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela,
Portugal, atuando como músico e regente.
Em 2001, aos 14 anos iniciou seus estudos de regência orquestral tendo estudado com os professores
Jony William Villela Vianna e Luís Maurício Carneiro, onde ingressou no curso técnico de regência orquestral
no Conservatório Brasileiro de Musica do Rio de Janeiro em 2003. Tendo sido aprovado em todas as
disciplinas com notas de excelência. Começou em 2007 o bacharel em Regência Orquestral, tendo como mestres
os maestros Marco Maceri e Ueslei Banus. Além de manutenção de classes regulares com o maestro Ricardo
Rocha, onde se aprofundou no conhecimento de compositores como Bach, Beethoven e Brahms.
Nos anos de 2006 e 2007 participou de cursos em Caracas – VENEZUELA, através do Sistema de
Orquestas Juveniles y Infantiles de la Venezuela (FESNOJIV) recebendo classes com o maestro Angelino
Monroy.
Participou como aluno ativo do Festival de Musica de Inverno de Campos no Rio de Janeiro
(FEMUSICA) estudando sob a direção do maestro Ricardo Rocha dirigindo a Orquestra Acadêmica do
Festival em 2005 e 2006.
Em 2007 participou do Masterclass com o diretor de orquestra Kurt Masur promovido pela
Orquestra Sinfônica Brasileira do Rio de Janeiro.
Em 2009 participou do Masterclass com o maestro Osvaldo Ferreira promovido pela Orquestra
Sinfônica Brasileira do Rio de Janeiro.
Nos anos de 2009, 2010 e 2011 participou como aluno ativo da classe de Regência Orquestral da
Oficina de Música de Curitiba com o maestro português Osvaldo Ferreira.
Em 2010 participou de curso de regência no Bard College Conservatory of music, em Annandale-on-
Hudson – NY – EUA, onde obteve classes com maestros de renome internacional como: Harold Farberman,
Lawrence Golan, Eduardo Navega, Leon Bostein, Raymond Harvey, Apo Hsu. Tendo residido um mês na
universidade e tendo classes perante a orquestra todos os dias durante este período com vasto repertório.
Em 2011 foi aluno participante da classe do maestro Isaac Karabtchevsky, no MIMO (Mostra
Internacional de Música de Olinda – PE). Atuando a frente da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa.
Em 2012 e 2013 atuou em concertos à frente da Orquestra da Escola de Música da UFRJ.
Em 2014 esteve na Venezuela atuando como regente convidado da Orquestra de Acarigua-Araure.
Em 2015 foi aluno participante da 1ª Oficina de Regência Orquestral da Orquestra de Santo André –
SP, estando à frente da Orquestra Sinfônica de Santo André no concerto de encerramento.
Já atuou como professor de Regência Orquestral, Harmonia, Análise, Percepção, História da Música e Teoria
Musical no Centro Cultura Musical de Campos – RJ, onde coordenou o curso técnico da instituição e na
Orquestrando a Vida onde atuou como maestro e coordenador executivo.
Atualmente trabalha como coordenador e maestro do Núcleo de Prática Orquestral de Trancoso –
Porto Seguro - BA, em uma parceria entre o Neojiba e o Instituto Trancoso.
Notação Musical

Os sons musicais são representados graficamente por sinais chamados notas e, à escrita da música dá-se
o nome de notação musical.

As notas são 7: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ e SI

Essas 7 notas ouvidas sucessivamente formam uma série de sons à qual se dá o nome de escala.
Quando essa série de sons segue sua ordem natural ( dó, ré, mi, fá, sol, lá, si ) temos uma escala
ascendente; seguindo em ordem inversa ( si, lá, sol, fá, mi, ré, dó ) temos uma escala descendente.

Pauta – É o conjunto de 5 linhas e 4 espaços nos quais se colocam as notas musicais. As linhas e os
espaços se enumeram de baixo para cima. A pauta é também chamada de PENTAGRAMA.

A posição das notas é indicada pela CLAVE segundo é ela colocada sobre tal, ou tal linha a quem dá o seu
nome.

Há três claves: a de SOL – que s assenta na segunda linha; a de FA – que se põe sobre a terceira e quarta

linha; e a de DÓ – que se coloca na primeira, segunda, terceira e quarta linha.


CLAVE DE SOL

CLAVE DE FÁ

CLAVE DE DÓ

É possível escrevermos dentro da pauta apenas 9 notas.


Estas são escritas dentro das linhas de dos espaços da pauta.

Ex.:

Mas existem notas que podem ser escritas fora da pauta. Estas são chamadas de suplementares.

Linhas Suplementares
Linhas suplementares são pequenos traços colocados acima e abaixo da pauta ou pentagrama. Esses
traços são utilizados para escrever as notas que excedem ao pentagrama.

As linhas que se colocam abaixo do pentagrama são chamadas inferiores.


As linhas que se colocam acima são chamadas superiores.
Ex1:

2
Ex2:

As linhas e os espaços são contados a partir da pauta.


Os nomes das notas e a sua altura dependem da clave que for usada. A princípio, estudaremos apenas
três claves: a de sol, a de fá na linha quatro e a de dó na linha três.

A seqüência das notas musicais será sempre a mesma em quaisquer claves.


A clave de fá é usada para escrever as notas graves e a de sol as mais agudas.
Sendo assim, teremos uma seqüência de sons do grave para o agudo, partindo da clave de fá para a de
sol, sendo a de dó intermediária:

3
Exercícios
1) Coloque os nomes nas notas:

4
5
2) Escreva as notas das linhas na clave de sol com seus nomes:

3) Escreva as notas dos espaços na clave de sol com seus nomes:

4) Escrevas as notas das linhas na clave de fá com seus nomes:

5) Escreva as notas dos espaços da clave de fá com seus nomes:

6
Figuras Musicais

Nem todas as notas têm a mesma duração. Para representar as várias durações dos sons musicais usamos
as figuras.
A figura de maior valor é a semibreve, e seguindo a ordem abaixo, cada uma terá como duração a
metade da anterior. As pausas e as figuras não só têm o mesmo nome como também o mesmo valor.

7
Exercícios

1) Complete o quadro das figuras:

SEMIBREVE

SEMICOLCHEIA

32

2) Complete com números:

= _________________ = _________________

= _________________
= _________________

= _________________
= _________________

= _________________
= _________________

= _________________
= _________________
= _________________
= _________________

8
Compassos Simples

Compasso é a divisão da música em partes iguais. Esta divisão deve ser feita com muita exatidão, afim
de conseguir que o discípulo venha a ser um bom músico.
Para indicar o compasso de uma composição musical, sempre usamos uma forma de fração no princípio
do trecho musical.

Numerador: indica a quantidade de tempos em cada compasso

Denominador: indica a figura que vale um tempo em cada compasso

Há três espécies de compassos mais usados:

Quaternário: com numerador 4


Ternário: com numerador 3
Binário: com numerador 2

Unidade de tempo é a figura que vale um tempo.


Unidade de compasso é a soma total dos tempos de um compasso.

Exemplo:

4 UT: UC:
Exercícios

Escreva a figura correspondente à unidade de tempo e de compasso das frações abaixo:

_2_ u. t. _4_ u. t.
8 u. c. 4 u. c.
---------------- ----------------
_3_ u. t. _2_ u. t.
16 u. c. 2 u. c.
--------------- ----------------
_4_ u. t. _3_ u. t.
8 u. c. 8 u. c.

Barras ou travessões são linhas que atravessam verticalmente a pauta e servem para dividir os
compassos ou finalizar uma peça musical.

Barra de Travessão

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Barra final ou travessão dobrado

Exercícios

Passe a barra de divisão:

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Ligaduras

A ligadura tem por finalidade somar ou unir duas ou mais notas da mesma altura e do mesmo nome.
Quando solfejamos uma nota com ligadura, cantamos a primeira nota e somamos o valor das outras ligadas a
ela.
Existe ainda a ligadura de portamento, é a que se coloca sobre duas ou mais notas de altura diferente,
dando as notas uma execução muita unida.

Ponto de Aumento

Um ponto colocado ao lado direito de uma nota ou de uma pausa, acresce o valor da metade dela
mesma.

Uma nota pode receber mais de um ponto de aumento. Neste caso o 2° ponto é a metade do 1° e assim
sucessivamente.

Exercício

Substitua figuras pontuadas por ligadas:

.. = . = .. =

. = .. = ... =

... = . = .. =

. = . = ... =

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Fermata
Este sinal, colocado acima ou abaixo de uma nota ou pausa, indica a suspensão momentânea da mesma.
Quando executada por um solista pode ter a duração que este quiser, mas quando executada em grupo, o spala
(líder do grupo) ou maestro são responsáveis por sua duração.

Exemplo:

Andamentos

Toda música possui um tempo determinado pelo compositor para ser executada.
È o que chamamos de andamento.
Dividem-se em três classes os andamentos: Lentos – Moderados – Rápidos.
Classificados da seguinte maneira:

Largo O mais devagar possível.


Andamentos Larghetto Um pouco menos vagaroso do que o Largo. Lentos
Lento Um pouco menos vagaroso do que o Larghetto.
Adágio Um pouco menos vagaroso do que o Lento.

Andate Um pouco menos lento que o Adágio.


Andamentos Andantino Diminutivo de Andante. Moderados
Moderato Um pouco menos lento do que o Andantino.
Allegretto Um pouco menos lento do que o Moderato.

Allegro Um pouco mais vivo que o Allegretto.


Andamentos Vivace Mais vivo que o Alegro. Rápidos
Presto Mais vivo que o Vivace.
Prestíssimo O mais vivo possível.

Obs. Algumas vezes emprega-se o termo grave para designar um andamento lento de caráter solene.

Aos andamentos principais podem se acrescentar outros que funcionam como adjetivos, exprimindo, o
caráter expressivo do trecho.

Allegro con Brio Alegre e com brilho


Allegro Moderatto Alegre e moderado
Ten. (tenuto) Prolongando (arrastando)a nota
Non. Tropp. (Non troppo) Não muito
Molto ou Assai Muito
Cômodo Comodante
Piú Mais

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São também comuns os andamentos indicados por nomes de danças tradicionais:

Tempo di Mazurca Movimento de Mazurca


Tempo di Márcia Movimento de Marcha
Tempo di Valzer Movimento de Valsa ligeira
Tempo de Polaca Moderadamente

Algumas modificações momentâneas, parciais, são indicadas com os seguintes termos:

accelerando ac.
Indicam mais rapidez affrettando aff.
stringendo str.
stretto st.

rallentando ral.
Indicam menos rapidez ritardando rit.
allargando al.
rilasciando ril.

Metrônomo

O metrônomo é um relógio que mede o tempo musical. Produzindo pulsos de duração regular, ele pode
ser utilizado para fins de estudo ou interpretação musical. O metrônomo mecânico consiste num pêndulo
oscilante cujas oscilações, reguladas pela distância de um peso na haste do pêndulo, se podem tornar mais lentas
ou mais rápidas, sendo que a cada oscilação corresponde um tempo do compasso. Há também metrônomos
eletrônicos, em que cada tempo do compasso é indicado pelo piscar de um LED (light-emitting diode) e por um
som eletrônico.

HISTÓRIA

O metrônomo foi inventado por Dietrich Nikolaus Winkel, um relojoeiro de Amsterdã, em 1812. Johann
Mälzel copiou muitas das idéias de Winkel e recebeu a patente pelo metrônomo portátil em 1816. Ludwig van
Beethoven foi o primeiro compositor a indicar marcas de metrônomo nas suas partituras em 1817, embora as
marcas extremamente rápidas que colocou em algumas peças levaram alguns estudiosos modernos a acreditar
que o metrônomo que ele utilizava fosse muito impreciso.

UTILIZAÇÃO

Os músicos utilizam metrônomos para manter um tempo padrão, ou seja, um pulso regular ao longo de
toda a composição ou uma de suas seções. Mesmo em peças que não possuem marcação rígida de tempo (tempo
rubato), um metrônomo pode ser usado para indicar o tempo em torno do qual as variações serão realizadas.

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Os compositores incluem marcações de metrônomo no início da partitura ou quando há uma alteração de
andamento para indicar com precisão a velocidade com que desejam que a peça seja executada. Por exemplo,
considera-se normalmente que o allegro pode variar entre 120 e 168 batidas por minuto (bpm). Quando o
compositor indica no início da partitura:

Allegro

Ele informa ao músico que ele deseja que a música seja executada precisamente a 120 batidas por
minuto, ou seja, que cada pulso deve durar 0,5 segundo.

CURIOSIDADES

O compositor húngaro György Ligeti compôs a peça Poème Symphonique pour 100 metronomes (Poema
sinfônico para 100 metrônomos) em 1962.

A peça exige dois "executantes" que trabalham antes da entrada da audiência. Cada um dos 100
metrônomos mecânicos, montados sobre uma plataforma no palco, tem sua mola totalmente carregada e é
ajustado para uma velocidade diferente. Depois disso eles são disparados da maneira o mais simultânea
possível. Depois disso a platéia é admitida e toma seus lugares enquanto os metrônomos soam até que todos
parem. À medida que param o pulso de cada metrônomo restante se torna mais distinguível dos demais. A
"execução" normalmente termina com um dos metrônomos soando sozinho por alguns compassos. A peça foi
gravada várias vezes. Uma das versões mais recentes dura cerca de 20 minutos.

Dinâmicas

A dinâmica, trata do colorido musical, isto é, da variação de intensidade dos sons.

Dinâmicas O que indicam? Abreviaturas


Pianissimo Suavíssimo, Muito brando, Pouca Intensidade Pp
Piano Suave, brando pouca intensidade P
Mezzo Piano Um pouco mais intensidade que o piano Mp
Mezzo Forte Um pouco menos intensidade que o forte Mf
Forte Intensidade forte, vigoroso F
Fortíssimo Muita forte, vigorosíssimo Ff

Expressões O que indicam? Abreviaturas


Aumentando Gradativamente mais intenso aum.
Diminuendo Gradativamente menos intenso dim.
Crescendo Gradativamente mais intenso cresc.
Decrescendo Gradativamente menos intenso decresc.
Rinforzando Gradativamente mais intenso rinf.
Smorzando Gradativamente menos intenso smorz.

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Variações de Intensidade
As variações de intensidade são indicadas por símbolos gráficos na partitura ou através de textos:

Sforzando
Esta marca, colocada abaixo de uma nota na partitura, denota um aumento súbito de intensidade
ao longo de uma única nota.

Crescendo
Um crescimento gradual do volume. Essa marca pode ser estendida ao longo de muitas notas,
sob a pauta para indicar que o volume cresce gradualmente ao longo da frase musical.

Diminuendo
Uma diminuição gradual do volume. Essa marca, colocada sob a pauta, pode ser estendida por
várias notas como o crescendo.

A indicação dinâmica crescendo aplicada a um trecho musical significa intensidade sonora que aumenta
gradativamente desde piano até forte, ou desde pianissimo até fortissimo; o contrário é diminuendo.

Tenuta, Acento e Staccato

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SINAIS DE REPETIÇÃO
A repetição de alguns compassos ou uma parte inteira, é indicada com uma barra grossa, uma fina e dois
pontos no meio; esse sinal se chama Ritornello.

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ABREVIATURAS

Abreviaturas são certos sinais e palavras usados na música para evitar a repetição de muitos compassos.
Existem vários tipos de abreviação:

O termo símile ou Segue, junto a um trecho, expressa que este deve ser executado exatamente da mesma
forma que o primeiro compasso.
Por exemplo:

LINHA DE OITAVA
Este sinal 8ª............ que se assina quase sempre superiormente a um determinado número de notas, serve
para as transportar uma oitava mais alta, até encontrar-se o termo Lóco, ou o pontilhado interronpido.

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Quiálteras

Quando um compositor precisa alterar o número de notas por tempo, seja para mais ou para menos , ele
utiliza as quiálteras. Elas abrangem dois casos diferentes:

1° Caso: Quiálteras aumentativas.


2° Caso: Quiálteras diminutivas.

Quiálteras Aumentativas
São aquelas qe aumentam para mais a quantidade de notas estabelecida por tempo.
As quialteras aumentativas se subdividem e 2 grupos: quiálteras regulares e irregulares.

São regulares aquelas que contém o número normal de figuras por tempo mais a metade disso. Para melhor
memorizarmos, é só lembrar que todas as quiálteras pares são regulares, com a exceção da quiáltera de 3 que é
ímpar e é irregular.

São irregulares os grupos de número ímpar e os de número par que não preencham a divisão estabelecida no
exemplo anterior (Número normal mais sua própria metade).

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Quiálteras Diminutivas
São aquelas que alteram para menos a divisão normal.

Tons e Semitons naturais

(ESCALA DIATÔNICA DE DÓ – SUA FORMAÇÃO E SEUS GRAUS)

Semitom – É menor intervalo, entre dois sons, que o ouvido pode perceber e classificar.
Tom – É o intervalo, entre dois sons, formado por dois semitons.
Escala diatônica – É a sucessão de 8 sons conjuntos guardando de um para outro intervalo de tom ou de
semitom.

Os tons e semitons contidos na escala diatônica são chamados naturais.


A cada uma das notas da escala, de acordo com a sua função na própria escala, dá-se o nome de grau.
Tem a escala diatônica, por conseguinte, 8 graus, sendo o VIII grau a repetição do I.

Os graus de escala são assim denominados:

I grau – TÔNICA
II grau – SUPERTÔNICA
III grau – MEDIANTE
IV grau – SUBDOMINANTE
V grau – DOMINANTE
VI grau – SUPERDOMINANTE
VII grau – SENSÍVEL

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A escala diatônica é formada por 5 tons e 2 semitons.
Os semitons são encontrados:
Do III para o IV
Do VII para o VIII

Os tons são encontrados:


Do I grau para o II
Do II grau para o III
Do IV para o V
Do V para o VI
Do VI para o VII

O I grau (tônica) é o mais importante da escala.


Todos os demais graus têm com ele afinidade absoluta.
É o grau (tônica) que dá seu nome à escala e que a termina de um modo completo, sem nada deixar a
desejar.
Vejamos a seguinte escala:

Temos aí nota nota Dó em função de tônica. Esta escala é, portanto, chamada escala de Dó, ou ainda
escala no tom de Dó.
Depois da tônica, as notas de maior importância são a dominante (V grau) e a subdominante (IV grau).
Os graus da escola também se classificam como conjuntos ou disjuntos.
São conjuntos quando sucessivos, de acordo com sua relação de altura.
São disjuntos quando entre ambos vem intercalado um ou mais graus.

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Exercícios

1) Escrever como se chama e qual o número correspondente a estes graus na escala de Dó:

2) Formar 2 graus conjuntos e 3 graus disjuntos com cada nota:

Alterações
Dá-se o nome de alterações o sinal que coloca antes de uma nota e serve para modificar-lhe a entonação.
A entonação das notas, conforme o sinal de alteração, poderá ser elevada ou abaixada um ou dois
semitons.
São estes os sinais de alteração:
(sustenido) (bemol) (dobrado-sustenido)

(dobrado-bemol) e (bequadro)

Nas notas naturais a função das alterações é a seguinte:

Eleva um semitom
Eleva dois semitons
Abaixa um semitom
Abaixa dois semitons
Anula o efeito de qualquer um dos sinais precedentes, fazendo a nota voltar à entonação natural.
Nas notas sustenizadas o dobrado-sustenido eleva um semitom, e nas notas benolizadas o dobrado-
bemol abaixa um semitom.

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O bequadro é uma alteração de duplo efeito.
Ora é ascendente, quando modifica a entonação de uma nota bemolizada; ora é descendente, quando
moifica a entonação de uma nota sustenizada.

Observação: se o sustenido modificar a entonação de uma nota alterada por um dobrado-sustenido terá
efeito descendente.

Se o bemol (b) modificar a entonação de uma nota alterada por um dobrado-bemol (bb) terá efeito
ascendente.

A única alteração cujo efeito é sempre ascendente é o dobrado-sustenido. Também a única alteração cujo
efeito é sempre descendente é o dobrado bemol.

22
Exercícios

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Intervalo
Melódico – quando as notas são ouvidas sucessivamente.

INTERVALO

Harmônico – quando as notas são ouvidas simultaneamente.

Os intervalos melódicos também se classificam como ascendentes (quando a primeira nota é mais grave
que a segunda) ou descendentes (quando a primeira nota é mais aguda que a segunda).

Intervalos formados com as notas naturais

2ª - são todas maiores (dó-ré, ré-mi etc.), com exceção de mi-fá e si-dó, que são menores.

3ª - todas as que contiverem intercalado um dos semitons, mi-fá ou si-dó, são menores (ré-fá, mi-sol
etc); aquelas que não contiverem o semitom intercalado são maiores (dó-mi etc).

4ª - são todas justas (dó-fá, ré-sol etc), com exceção de fá-si que é aumentada.

5ª - são todas justas (dó-sol, ré-lá etc), com exceção de si-fá que é diminuta.

6ª - todas as que contiverem intercalado um dos semitons, mi-fá ou si-dó são maiores (dó-lá, dó-si etc.);
aquelas que contiverem ambos os semitons são 7ª menores (mi-dó, mi-ré etc.).

8ª - são todas justas.

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Esses intervalos chamam-se naturais e são encontrados na escala diatônica de dó.
Consideramos quanto ao número de sons que abrangem. Os intervalos dividem-se em: simples e
compostos.

Simples – são os que se acham contidos no limite da 8ª.


Exemplo de intervalos simples:

Compostos – são os que ultrapassam a 8ª.


Exemplo de intervalos compostos:

Intervalo simples:

De segunda (2ª) contém de 2 notas.


De terça (3ª) contém 3 notas.
De quarta (4ª) contém 4 notas.
De quinta (5ª) contém 5 notas.
De sexta (6ª) contém 6 notas.
De sétima (7ª) contém 7 notas.
De oitava (8ª) contém 8 notas.

Obs: Conta-se a nota de saída e a de chegada.


Não se levam em consideração os possíveis acidentes.

Intervalo composto é aquele que é maior que a oitava.

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Intervalo composto:
De nona (9ª) contém 9 notas.
De décima (10ª) contém 10 notas.
De undécima (11ª) ou décima primeira contém 11 notas.
De duodécima (12ª) ou décima segunda contém 12 notas etc.

Exercícios
Analise os intervalos abaixo:

Com quaisquer notas, forme os intervalos abaixo:

4ªJ 3ªm 8ªJ 2ªM

5ªdim 3ªM 2ªm 6ªm

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7ªM 6ªM 2ºM 3ªM

7ªm 4ªaum 5ºJ 10ª

9ª 12ª 11º 13ª

Identifique os intervalos:

Classifique os intervalos por seu tamanho e diga se eles são Maiores (M), menores (m), Justos
(J), Aumentados (aum.) ou diminutos (dim.).

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Ciclo de Quintas

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COMPASSO COMPOSTO
O Compasso composto foi criado para atender a necessidade de se haver um compasso onde o tempo
seria dividido em 3 partes, e não mais em 2 partes, como no compasso simples. Observe o exemplo abaixo:

Desta forma teremos a transformação dos compassos. O Binário 2/4 passará a ser o 6/8, o ternário 3/4
passará a ser 9/8 e o quaternário 4/4 passará a 12/8.

Como chegamos a estes números?


Chegamos a estes números porque no compasso composto contamos o número de colcheias contido em
cada compasso, desta forma chegamos aos números 6, 9 e 12, o número de baixo, é 8, pois consideramos a
colcheia valendo um tempo.
Podem existir compassos compostos com outros denominadores, como no compasso simples?

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Sim, o que determina se o compasso é composto ou simples são os números de cima 6, 9 ou 12, no
número de baixo colocamos os números que queremos que valham 1 tempo. Por isso existem compassos 6/4,
9/4 ou 12/4; 6/16, 9/16 ou 12/16, que são todos compassos compostos.
Todas as semínimas, mínimas e semibreves do compasso composto serão pontuadas, porque agora em
cada tempo teremos 3 colcheias e não mais 2. Observe abaixo:

OBS.: O compasso pode ser executado de duas formas. De forma lenta onde pensamos em cada colcheia, tendo
então: 6, 9 ou 12 tempos. Ou de forma rápida, quando agrupamos de 3 em 3 colcheias e pensamos em 2, 3 ou 4
tempos ( lembrando que em cada tempo teremos 3 colcheias).

COMPASSOS ALTERNADOS
O Compasso alternado foi criado, como o próprio nome sugere, para atender a necessidade de se haver
um compasso onde o tempo alternadamente seria dividido em 2 e 3 partes, não importando necessariamente a
ordem dessa divisão.

Formando desta forma compassos alternados e com numeradores bem peculiares como: 5, 7, 10 e
qualquer outro numero que possa ter uma subdivisão por 2 e 3, chegando a existir compassos mais exóticos com
numeradores como; 11, 13, entre outros.
Em relação ao denominador, como em todos os compassos que estudamos denominam a figura que vale
1 tempo, e devem sempre ser os mesmos: 1,2,4,8,16,32 ou 64. No compasso alternado seguimos exatamente a
mesma regra para denominadores.

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Sendo assim os compassos alternados mais comuns, além do 5/8 que vimos acima teremos também o:

Poderemos ainda ter o compasso 10/8 que poderá ser (2+2+3+3), (2+3+3+2),( 3+3+2+2), (3+2+2+3),
(2+3+2+3), (3+2+3+2). Como podemos observar podemos nesse compasso ter várias opções de subdivisões do
tempo que somados sempre darão o número 10. A partir desta informação todos os numeradores diferentes que
encontrarmos na música deverão, normalmente em sua estrutura apresentar uma subdivisão alternadamente de 2
ou 3 partes.
Essa subdivisão poderá ser notada através de números entre parênteses no início do compasso, ou
através da forma em que as colcheias, ou as figuras utilizadas estão conectadas. Ou ainda, poderemos ter dentro
do compasso uma subdivisão feita com um traço pontilhado.

Compassos já consagrados em algum formato como simples ou composto podem sofrer alterações em
sua estrutura para se tornar alternado?
Sim, o mais comum deles é o compasso 9/8, que no compasso composto tem a seguinte estrutura:
(3+3+3), mas que modificado pode receber a seguinte estrutura: (2+2+2+3), ou semelhante a essa, como
podemos ver abaixo:

Utilizaremos para transformar estas colcheias em semínimas o mesmo processo que utilizamos para os
compassos simples e compostos:

Assim como foi explicado no compasso composto, os compassos alternados podem ser executados de
forma lenta ou rápida. Peguemos como exemplo o compasso 5/8, de forma lenta ele terá exatos 5 tempos, de
forma rápida executaremos ele pensando num binário, onde um tempo será simples e o outro composto, ou vice
versa.

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

PROVA DE BIMESTRE – OSE - B

Nome:_______________________________________________

1 – Dê nome as notas:

2 – Complete o quadro das figuras:

1
mínima

colcheia 8

32
semifusa

40
3- Coloque barra de compasso:

4 – Preencha estes compassos usando qualquer figura que corresponda aos tempos do compasso.

5 – De que outra forma estas figuras podem ser desenhadas (use as ligaduras)?

. =

. =

. =

.. =

41
PROVA DE LINGUAGEM MUSICAL – OSE A

Nome:_______________________________________________

1 – Dê nome as notas:

2 – Quem são os semitons naturais?

_____ _____ e _____ ______.

3 – Componha uma música em andamento rápido (de sua escolha), que possua tenutas, staccatos,
acentos, sforzando, fermatas e dinâmica. Sua música tem que ter Casa 1, Casa 2 e Ritornello.

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4 – Como se chamam estas figuras desenhadas abaixo?

5 - Escreva aqui o ditado rítmico que o professor vai executar:

5 - Escreva aqui o ditado melódico que o professor vai executar:

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PROVA DE 4º BIMESTRE – OS Infanto-Juvenil

Nome: _____________________________________________________________.

1 – Em que tom estamos?

2 - Coloque barra de compasso:

3 – Desenhe a armadura de clave.

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4 – Classifique os intervalos por seu tamanho e diga se eles são Maiores (M), menores (m), Justos (J),
Aumentados (aum.) ou diminutos (dim.).

5 – Componha uma música em andamento rápido (de sua escolha), que possua tenutas, staccatos,
acentos, sforzando, fermatas e dinâmica. Sua música precisa estar em Mi maior (armadura de clave). E
que ela tenha Casa 1, Casa 2, Ritornello, além de voltar do S e pular para o Coda.

6 - Escreva aqui o ditado melódico que o professor vai executar:

45
SIMULADO – O S Jovem
Nome: _____________________________________________________________.

01 - Classifique os intervalos por seu tamanho e diga se eles são Maiores (M), menores (m), Justos (J),
Aumentados (aum.) ou diminutos (dim.).

02 – Componha uma música em andamento rápido (de sua escolha), que possua tenutas, staccatos,
acentos, sforzando, fermatas, dinâmica, Ritornello, Casa 1 e casa 2. Sua música precisa estar em Do
menor. Utilize armadura de clave.

03 – Em que tonalidades maiores e menores utilizamos estas armaduras:

46
04– Divida os compassos:

05- Desenhe as 3 escalas menores:

06 – Forme os acordes pedidos abaixo e depois escreva suas cifras:

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SIMULADO – O S Jovem – 2010 – semestre2

Nome: _____________________________________________________________.

01 - Classifique os intervalos por seu tamanho e diga se eles são Maiores (M), menores (m), Justos (J),
Aumentados (aum.) ou diminutos (dim.).

02 – Componha uma música em compasso ALTERNADO (de sua escolha), em tom MENOR (elevando a
sensível) que possua andamento, tenutas, staccatos, acentos, sforzando, fermatas, dinâmica, Ritornello,
Casa 1 e casa 2.

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03– Divida os compassos:

04- Desenhe a escala menor que possui 4 bemois nas três formas, cuidado com as claves:

05 – Forme os acordes pedidos abaixo e depois escreva suas cifras:

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AULA 1 – NÍVEL 1 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

50
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AULA 2 – NÍVEL 1 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

52
53
AULA 4 – NÍVEL 1 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

54
55
56
AULA 1 – NÍVEL 2 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

57
58
AULA 3 – NÍVEL 2 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

59
60
AULA 1 – NÍVEL 3 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

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63
AULA 2 – NÍVEL 3 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

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AULA 1 – NÍVEL 4 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

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AULA 2 – NÍVEL 4 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

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AULA 4 – NÍVEL 3 – SOLFEJO E LEITURA RÍTMICA

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