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LIVRO2_QUIMICA_2023_ALICE.

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Físico-Química
Cinética Química
2
Enzimas

123RF \ Easypix Brasil

A enzima catalase é um antioxidante fundamental para o organismo.

A Cinética Química estuda a velocidade com que as reações se processam. Analisa, por
exemplo, os catalisadores, substâncias capazes de acelerar a velocidade das reações tornando possível
a produção de diversos produtos, como alimentos, remédios e cosméticos, os quais sem os
catalisadores necessitariam de maior tempo para serem formados.

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Os catalisadores aumentam a velocidade de uma reação química sem serem consumidos. Eles não
alteram a quantidade de produto, mas, sim, diminuem o tempo necessário para formá-lo. São
substâncias que aumentam a velocidade da reação direta e da reação inversa.
Um exemplo de catalisador é a enzima.

a) O substrato reage com a b) O complexo enzima-substrato c) Os produtos são liberados e a


enzima numa reação rápida pode se decompor for mando enzima está apta para reagir
e reversível. os reagentes ou os produtos. com outra molécula do
substrato.

Enzima é uma proteína que catalisa uma reação que ocorre em um organismo vivo. Em uma
única célula, podem ser encontradas até 3 000 enzimas. A maioria delas é de proteínas globulares e,
portanto, solúveis em água. As cadeias de aminoácidos e a forma tridimensional das enzimas
desempenham um papel muito importante em sua atividade catalítica.
O peróxido de hidrogênio (H2O2) forma-se no metabolismo e é tóxico para o organismo. A
enzima peroxídase (ou catalase) acelera a sua decomposição. A molécula de H2O2 liga-se a uma parte
específica da enzima, chamada de sítio ativo. O reagente é chamado de substrato e o composto
resultante é denominado complexo enzima-substrato. No complexo, a ligação O — H quebra-se
e as ligações oxigênio-oxigênio formam-se. A enzima libera os produtos e está pronta para reagir com
outra molécula de H2O2. Esse modelo da ação catalítica da enzima é chamado de modelo da chave
e fechadura (ou chave-cadeado).
enzima
H2O2(aq) ⎯⎯⎯→ H2O(l) + 1/2O2(g)

Quando uma reação que ocorre em um organismo vivo é catalisada por composto orgânico
(principalmente enzima), temos uma biocatálise.
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1. Reações rápidas e lentas 2. Velocidade ou rapidez de uma


Existem transformações nas quais só se percebe o reação
sinal de mudança depois de um longo tempo. Em outras A velocidade da reação é a relação entre a
transformações, o sinal aparece rapidamente. quantidade consumida ou produzida e o intervalo de
Os gases tóxicos CO e NO, que existem nos tempo gasto para que isso ocorra.
escapamentos dos automóveis, combinam-se formando
os inofensivos CO2 e N2. velocidade de quantidade de A ou B consumida
= –––––––––––––––––––––––––––––
desaparecimento intervalo de tempo
CO + NO → CO2 + 1/2N2
ou
No entanto, sob condições comuns, a velocidade des-
velocidade de quantidade de C ou D produzida
sa reação é muito baixa, demorando muito tempo para o = –––––––––––––––––––––––––––––
desaparecimento intervalo de tempo
CO e o NO serem convertidos totalmente em CO2 e N2.
Quando se dissolve um comprimido efervescente em
água, o aparecimento do sinal de mudança é imediato. Essas quantidades são normalmente expressas em mols.

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A medida do tempo é também expressa em qualquer unidade
que se ajuste à determinada reação:
– microssegundos para a explosão do gás de botijão com o
oxigênio.
– minutos ou horas para a combustão de uma vela.
– dias para a oxidação do ferro (enferrujamento).
– meses para o apodrecimento da madeira.
– séculos para a formação do petróleo.

Dissolução de um comprimido efervescente em água.

Cinética química é a parte da Química que estuda


a velocidade ou rapidez das reações.

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Inicialmente, imaginamos uma reação genérica:

A + B → C + D

Colocamos A e B em contato. Eles reagem para


produzir C e D. A rapidez com que esta reação ocorre é
Podemos, então, usar uma expressão para o cálculo
notada pelo tempo em que A e B “desaparecem” ou pelo
da velocidade de uma reação:
tempo em que C e D “aparecem”. Uma reação será rápi-
da quando os produtos se formarem depressa e será lenta |Δ n |
se esse processo demorar para acontecer. Deve-se notar vm = ––––
Δt
que A e B devem ser consumidos no mesmo tempo em
que C e D se formam, portanto, podemos expressar a vm = velocidade média da reação.
rapidez da reação em termos do consumo dos reagentes Δ n = variação da quantidade em mols de um componente (em módulo).
ou do aparecimento dos produtos. Δ t = tempo gasto nessa variação.

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Exemplo Velocidade de desaparecimento de A no intervalo de


Consideremos a reação A + B → C + D, realizando-se num 0 a 10min:
sistema fechado. Determinemos a quantidade em mols de C em dois
instantes: m 2 – m1 70g – 100g
vA = ––––––––– = ––––––––––––– = 3g/min
t1 = 10min → n1 = 2mol t2 – t1 10min – 0min
t2 = 20min → n2 = 3mol
Velocidade de aparecimento de B no intervalo de
A velocidade média será: 10min a 20min:
Δn n 2 – n1 3mol – 2mol m 2 – m1 50g – 30g
vm = ––– = ––––––– = ––––––––––––––– = 0,1mol/min vB = ––––––– = –––––––––––––– = 2g/min
Δt t2 – t1 20min – 10min t2 – t1 20min – 10min

A velocidade instantânea é o limite para o qual tende


Em média, a cada minuto forma-se 0,1mol de C.
a velocidade média, quando Δ t tende a zero.
A velocidade média ou rapidez da reação pode ser
v = lim vm = lim Δn
––––– dn
= ––––
calculada utilizando-se de várias grandezas:
Δt→0 Δt→0 Δt dt

|Δn |
a) vm = ––––
Δt 3. Classificação das reações
Δ n: variação da quantidade de matéria (mols). quanto à velocidade
Reações instantâneas
|Δm | Reações que se realizam com velocidade altíssima,
b) vm = –––––
Δt cuja determinação é extremamente difícil.
Δ m: variação da massa. Exemplos
Reações explosivas, reações de precipitação, reações de
|ΔV | neutralização de ácido por base etc.
c) vm = –––––
Δt
AgNO3 + NaCl → ↓AgCl + NaNO3
ΔV: variação do volume. ppt

|Δ M |
d) vm = ––––– Reações lentas
Δt
Reações que ocorrem com velocidade baixa.
Δ M: variação da concentração em quantidade
Exemplos
de matéria, mol/L.
Nas condições ambientais, sem fatores externos
(faísca elétrica, aumento de temperatura, catalisador) a
Todas essas variações são tomadas em módulo, de reação do gás hidrogênio com gás oxigênio é muito lenta.
maneira a fazer com que a velocidade resulte em uma
2H2 + O2 → 2H2O
quantidade positiva.
Exemplos
Na reação do KMnO4 com ácido oxálico, a colora-
A ⎯⎯⎯→ B ção violeta passa lentamente para incolor.
t=0 100g 0g
2KMnO4 + 3H2SO4 + 5H2C2O4 →
t = 10min 70g 30g violeta

→ K2SO4 + 2MnSO4 + 10CO2 + 8H2O


t = 20min 50g 50g
incolor

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Reações moderadas Trace uma tangente à curva pelo ponto P.


São reações que ocorrem com velocidade interme-
diária. Apresentam maior interesse na cinética química,
porque sua velocidade pode ser medida com razoável
precisão.
Exemplos
Reações de esterificação:

Escolha, sobre a tangente, dois pontos, A e B. No


triângulo retângulo ABC, a tangente trigonométrica do
ângulo α é dada por:
Reações de metais (não muito reativos) com ácidos:
cateto oposto –––
AC = rapidez
tgα = –––––––––––––– = –––––
Zn + 2HCl → ZnCl2 + H2 cateto adjacente –––
BC

Em geral, reações entre compostos inorgânicos são


A tangente do ângulo α (inclinação da curva) expres-
rápidas e entre os compostos orgânicos são lentas.
sa a velocidade da reação no instante t.
O volume de H2 formado aumenta com o passar do
4. Rapidez da transformação tempo. A velocidade no instante t em termos de variação
e concentração do volume de H2 formado com o tempo pode ser
Considere a reação de zinco com ácido clorídrico calculada pelo mesmo processo.
liberando gás hidrogênio:

Zn(s) + 2HCl(aq) → ZnCl2(aq) + H2(g)

À medida que decorre o tempo, a concentração de


HCl vai diminuindo, conforme o gráfico:

–––
BC
tgα = –––––
––– = rapidez
AC

Velocidade média única da reação


É possível apresentar uma velocidade média única da
reação sem precisar especificar a substância. Basta
dividir as variações de concentração pelos respectivos
coeficientes estequiométricos. Por exemplo, na reação
Como calcular a velocidade (rapidez) da reação no
N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)
instante t?

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a velocidade média única é dada por: Exemplo


Supondo que a velocidade da reação seja 1,20mol . L–1 . h–1, com
1 Δ[N2] 1 Δ[H2] 1 Δ[NH3] relação ao NH3, temos:
– –– . –––––– = – –– . –––––– = –– . ––––––
1 Δt 3 Δt 2 Δt
Com relação ao H2: 1,80mol . L–1 . h–1.
Com relação ao N2: 0,60mol . L–1. h–1.
Como os reagentes são consumidos, a concentração
decresce com o tempo e a variação da concen tração Velocidade única da reação =
1 1
Δ[R] é negativa. O sinal de menos assegura que a = –– . 0,60mol . L–1 . h–1 = –– . 1,80mol . L–1 . h–1 =
1 3
velocidade é positiva (convenção em cinética química).
A variação da concentração de um produto, Δ[P], é 1
= –– . 1,20mol . L–1 . h–1 = 0,60mol . L–1 . h–1
positiva. 2

1. (UFMG) – Analise este gráfico, em que está representada a Obteve-se a tabela abaixo:
variação da concentração de um reagente em função do
Mols de CO2 Tempo em minutos
tempo em uma reação química:
0 0
20 10
35 20
45 30
50 40
52 50

Qual a velocidade média dessa reação no intervalo de 0 a 10 mi-


nutos?
Considerando-se as informações desse gráfico, é correto afir- Resolução
mar que, no intervalo entre 1,00 e 5,00 minutos, a velocidade Δn
A velocidade de uma reação é dada pela relação: v = ––– , na qual
média de consumo desse reagente é de Δt
a) 0,200(mol/L)/min. b) 0,167(mol/L)min. Δn é a variação da quantidade de matéria e Δt é o tempo
c) 0,225(mol/L)/min. d) 0,180(mol/L)min. gasto nessa variação.
Resolução Δn 20 – 0
v0 – 10 = ––– = ––––––– = 2
A velocidade média de uma reação química pode ser dada por: Δt 10

ΔM M2 – M1
v = –––––– = –––––––––– Resposta: v0 – 10 = 2mol/min
Δt t2 – t1

ΔM : variação da concentração em módulo. 3. Calcule a velocidade média da reação da questão anterior nos
Δt: tempo gasto nessa variação. demais intervalos.
No intervalo entre 1,00 e 5,00 minutos, temos: Resolução
0,100mol/L – 0,900mol/L Δn 35 – 20
v = ––––––––––––––––––––––––––– = 0,200(mol/L)/min v10 – 20 = ––– = ––––––– = 1,5
5,00min – 1,00min Δt 10

Em 1 litro de solução, a cada minuto é consumido 0,200mol Δn 45 – 35


v20 – 30 = ––– = ––––––– = 1
de reagente. Δt 10
Resposta: A.
Δn 50 – 45
v30 – 40 = ––– = ––––––– = 0,5
Δt 10
2. Considere a reação:
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) Δn 52 – 50
v40 – 50 = ––– = ––––––– = 0,2
Δt 10
Uma certa massa de carbonato de cálcio foi aquecida e o volume
de CO2 obtido foi sendo observado e medido em função do
Resposta: (1,5; 1; 0,5; 0,2)mol/min
tempo.

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4. Na reação 2H2O2 → 2H2O + O2, a velocidade média, num


II Ao redor de 250s
certo intervalo de tempo, é 8mol/s em relação a H2O2.
Volume300 – Volume200
Qual a velocidade em relação ao oxigênio no mesmo intervalo v250 = ––––––––––––––––––––– = 0,15mL/s
300 – 200
de tempo?
Resolução:
III Ao redor de 400s
A velocidade de uma reação pode, também, ser determinada
Volume450 – Volume350
fazendo-se a proporção entre os participantes, com base nos v400 = ––––––––––––––––––––– = 0mL/s
450 – 350
coeficientes da reação:
À medida que decorre o tempo, a velocidade da reação
2H2O2 → 2H2O + 1O2
diminui.

2mol ––––––––––––– 1mol 8x1


x = –––––– = 4 6. (Fuvest-SP) – Pilocarpina (P) é usada no tratamento do glau-
8mol ––––––––––––– x 2
coma. Em meio alcalino, sofre duas reações simultâneas:
isomerização, formando isopilocarpina (i- P) e hidrólise, com
Resposta: vO = 4mol/s
2 formação de pilocarpato (PA–). Em cada uma dessas reações,
a proporção estequiométrica entre o reagente e o produto é
de 1 para 1.
5. (Fuvest-SP) – O 2-bromobutano (líquido) reage com hidróxido
Num experimento, a 25°C, com certa concentração inicial de
de potássio (em solução de água e álcool) formando o but-2-eno
pilocarpina e excesso de hidróxido de sódio, foram obtidas as
(gasoso) e, em menor proporção, o but-1-eno (gasoso):
curvas de concentração de i- P e PA– em função do tempo,
C4H9Br + KOH → C4H8 + KBr + H2O registradas no gráfico.

Numa experiência, 1,37g de 2-bromobutano e excesso de


KOH foram aquecidos a 80°C. A cada 50 segundos o volume
da mistura de butenos foi determinado, nas condições
ambientais, obtendo-se o gráfico a seguir.

Considere que, decorridos 200s, a reação se completou, com


consumo total do reagente pilocarpina.
a) Para os tempos indicados na tabela abaixo, complete-a
com as concentrações de i-P e PA–.
b) Complete a tabela com as concentrações do reagente P.
c) Analisando as curvas do gráfico, qual das duas reações, a
de isomerização ou a de hidrólise, ocorre com maior

Observando o gráfico acima, o que se pode afirmar sobre a velocidade? Explique.


velocidade da reação quando se comparam seus valores Tempo/s 0 100 200
médios ao redor de 100, 250 e 400 segundos? Justifique
utilizando o gráfico. /
[i-P] 10–3molL–1

Resolução
[PA ] /10 molL
– –3 –1
Podemos determinar a velocidade instantânea nos instantes
100, 250 e 400 segundos por meio do ângulo de inclinação da [P] /10 molL
–3 –1
tangente da curva em cada ponto.
Aproximadamente, calculemos a velocidade da reação ao Resolução
redor de 100, 250 e 400 segundos. Itens a e b:
I Ao redor de 100s Verifiquemos no gráfico as concentrações de PA– e i-P nos
Volume150 – Volume50 instantes 100s e 200s.
v100 = ––––––––––––––––––––– = 0,44mL/s
150 – 50

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Cálculo da concentração de P:
No instante igual a 200s, temos para 1 litro de solução:
1mol de P –––––– 1mol de PA–
x –––––– 7,7 . 10–3mol de PA–
x = 7,7 . 10–3mol de P

1mol de P –––––– 1mol de i-P


y ––––––– 2,0 . 10–3mol de i-P
y = 2,0 . 10–3mol de P

Total de P no instante zero:


Tempo/s 0 100 200
x + y = 7,7 . 10–3mol + 2,0 . 10–3mol = 9,7 . 10–3mol

PA–  conc.
––––––––––
10–3mol/L
 0 6,8 7,7 Concentração de P no instante zero: 9,7 . 10–3mol/L

 
conc. c) Para um mesmo intervalo de tempo, forma-se maior
i-P –––––––––– 0 1,8 2,0 quantidade (mols) de PA– (hidrólise) do que de i-P
10–3mol/L
(isomerização). Logo, a hidrólise tem maior velocidade de

 conc.
P ––––––––––
10–3mol/L
 9,7 1,1 0
reação.

7. Dada a tabela abaixo em relação à reação 2HBr → H2 + Br2, 10. (Unicamp-SP) – Os cigarros eletrônicos, de modo geral,
qual a velocidade média dessa reação em relação ao HBr, no contêm uma cápsula com uma solução líquida de nicotina e
intervalo de 0 a 5 minutos? aromatizantes que são vaporizados e posteriormente inalados
pelo usuário. Apesar de as propagandas afirmarem que a
Tempo (min) Mols de HBr
concentração de substâncias tóxicas nos cigarros eletrônicos
0 0,200 é menor, a principal substância causadora da dependência, a
5 0,175 nicotina, está presente em grande parte desses produtos. A
10 0,070 nicotina é inicialmente absorvida e, em seguida, metabolizada
no organismo. Após um período, a diminuição de sua
15 0,040
concentração no plasma sanguíneo faz com que o usuário
20 0,024 sinta a necessidade da inalação de uma nova dose. O gráfico
abaixo mostra a concentração de nicotina no plasma
8. Qual a velocidade média da reação citada na questão anterior, sanguíneo de três indivíduos, em função do tempo, após
no intervalo mencionado, em relação ao H2? utilização de um cigarro eletrônico, aspirando a mesma
dosagem da substância.
9. (Unicamp-SP) – Amostras de magnésio foram colocadas em
20
soluções de ácido clorídrico a diversas concentrações e tem-
Indivíduo X
peraturas, havendo total dissolução do metal e despren- Indivíduo Y
Nicotina no plasma (ng/mL)

dimento de hidrogênio gasoso. Observaram-se os seguintes 15 Indivíduo Z


resultados:

Massa de magnésio Tempo para


N.o da amostra 10
dissolvida dissolver

I 2,0g 10,0min
II 0,40g 2,0min 5

III 0,40g 1,0min


IV 0,50g 1,0min 0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180
a) Em qual caso a velocidade média da reação foi maior? Tempo após a inalação (min)
b) Em qual caso desprendeu-se maior quantidade de
hidrogênio? Com base nessas informações, pode-se inferir que, para o
Mostre como você chegou a essas conclusões. período de estudo, a velocidade de absorção da nicotina é

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a) maior para o indivíduo X e a velocidade média de 13. (Unicamp-SP) – Aspectos cinéticos do uso do medicamento:
metabolização é menor para o indivíduo Y. a) Que formulação é absorvida mais rapidamente?
b) maior para o indivíduo X e a velocidade média de b) Que formulação apresenta maior tempo de manutenção
metabolização é menor para o indivíduo Z. da concentração mínima efetiva? E qual é esse tempo?
c) menor para o indivíduo Z e a velocidade média de c) Se o paciente iniciar o tratamento com a formulação A e
metabolização é maior para o indivíduo Y.
em seguida passar para a formulação B, depois de
d) menor para o indivíduo Z e a velocidade média de
quantas horas da ingestão da formulação A ele deve
metabolização é menor para o indivíduo X.
iniciar a ingestão da formulação B? Explique.
11. (Fuvest-SP) – A figura a seguir indica a variação da quan-
tidade de reagente em função do tempo (t), num sistema em 14. (Unicamp-SP) – Aspectos econômicos e de dosagem no uso
reação química. Calcule a velocidade dessa reação. do medicamento:
a) Considere que um determinado tratamento deve prolon-
gar-se por sete dias, independentemente da formulação
utilizada (A ou B), e que as cápsulas de ambas as
formulações têm a mesma quantidade do medicamento,
custam o mesmo preço e podem ser compradas por
unidade. Qual tratamento custaria menos? Explique.
b) Um paciente que precisa ingerir, por exemplo, 10mg do
medicamento e tem à sua disposição comprimidos de
20mg, simplesmente corta o comprimido ao meio e
ingere apenas uma metade por vez. Suponha o caso de
12. (ITA-SP) – Considere a reação química representada pela alguém que precisa ingerir a quantidade de 10mg do
seguinte equação: princípio ativo, mas que tem à sua disposição o
4NO2(g) + O2(g) →
← 2N2O5(g) medicamento na forma de uma solução aquosa na
Num determinado instante de tempo t da reação, veri - concentração de 20mg por gota. Como essa pessoa
fica-se que o oxigênio está sendo consumido a uma poderia proceder, considerando que seja impossível
velocidade de 2,4 x 10–2mol . L–1 . s–1. Nesse tempo t, a “cortar” uma gota pela metade?
velocidade de consumo de NO2 será de
a) 6,0 x 10–3mol . L–1 . s–1. b) 1,2 x 10–2mol . L–1 . s–1.
15. (UFMG) – A reação de decomposição do pentóxido de
c) 2,4 x 10–2mol . L–1 . s–1. d) 4,8 x 10–2mol . L–1 . s–1.
dinitrogênio, N2O5, que produz dióxido de nitrogênio, NO2, e
e) 9,6 x 10–2mol . L–1 . s–1.
oxigênio, O2, foi realizada num recipiente de 1 litro, à tem-
peratura de 25°C.
Use o enunciado e o gráfico seguintes para responder às
questões 13 e 14: 1. Escreva a equação balanceada que representa essa rea-
ção.
A eficiência na administração oral de um medicamento leva 2. Analise este gráfico, em que está representada a concen-
em conta vários parâmetros, entre os quais: o tempo para se
tração do N2O5 em função do tempo, ao longo dessa
atingir a concentração máxima na corrente sanguínea; a
reação:
concentração mínima efetiva (CME), que é a concentração
mínima necessária para que o paciente apresente resposta
adequada ao medicamento; a quantidade total de medi-
camento no sangue após a sua administração. O diagrama a
seguir mostra a variação da concentração no sangue (mi-
crogramas por mililitro – µg/mL), em função do tempo, para a
mesma quantidade de um mesmo medicamento em duas
formulações diferentes.

No início da reação, a concentração dos produtos é igual


a zero.
Considerando essas informações, trace, diretamente no
gráfico acima, a curva que representa a concentração do
NO2 produzido em função do tempo.

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3. Considere, agora, o tempo transcorrido para que a concen-


tração inicial do N2O5 se reduza à metade. Calcule a velo-
cidade média de consumo do N2O5, nesse intervalo de
tempo.
(Deixe seus cálculos indicados, explicitando, assim, seu
raciocínio.)

16. (IMT-SP) – A concentração [A], expressa em mol/L, de uma


substância A que, em meio homogêneo, reage com outra, B,
segundo a equação A + B → C + D, varia com o tempo t
segundo a lei: [A] = 5 – 0,2t – 0,1t2, com t medido em horas.
Qual a velocidade média dessa reação entre os instantes
t1 = 1h e t2 = 2h?

17. (FIT-MG) – Em determinada experiência, a reação de forma-


ção de água está ocorrendo com o consumo de 4mols de
oxigênio por minuto. Consequentemente, a velocidade de
consumo de hidrogênio é de:
a) 8mols/minuto b) 4mols/minuto
c) 12mols/minuto d) 2mols/minuto

18. (UNEB-BA) – A amônia é produzida industrialmente a partir do


gás nitrogênio (N2) e do gás hidrogênio (H2), segundo a 21. (Cesgranrio) – Um forno a gás consome 112 litros de butano,
equação: por hora, medidos nas CNTP. Nas mesmas condições, a
→ 2NH (g)
N2(g) + 3H2(g) ← velocidade de formação do dióxido de carbono resultante da
3
combustão completa do butano é:
Dado: massa molar do H2: 2,0g . mol–1
a) 22,4 litros/hora b) 20mol/hora
Numa determinada experiência, a velocidade média de consumo
c) 6,0 x 1023 moléculas/hora d) 8,8 x 1024u/hora
de gás hidrogênio foi de 120 gramas por minuto. A velocidade
e) 88g/hora
de formação do gás amônia, nessa experiência, em mols por
Dados: volume molar dos gases nas CNTP: 22,4L/mol.
minuto, será de:
a) 10 b) 20 c) 40 d) 50 e) 60 M(CO2) = 44g/mol; constante de Avogadro: 6,0 . 1023mol–1.

22. (Esefego) – Dada a equação que representa uma reação


19. (Unificado-Cesgranrio) – Numa experiência envolvendo o pro- química genérica A → B e a variação da concentração do
cesso N2 + 3H2 → 2NH3, a velocidade da reação foi expressa reagente A em função do tempo, conforme quadro abaixo.
Δ[NH3]
como –––––– = 4,0mol/L.h. Considerando a não ocorrência de A(mol/L) 6,0 4,5 3,5 2,5 1,5
Δt
reações secundárias, a expressão dessa mesma velocidade, Tempo(s) 0 3 5 15 35
em termos de concentração de H2, será:
Pergunta-se:
Δ[H2] Δ[H2]
a) – ––––– = 1,5mol/L.h b) – ––––– = 2,0mol/L.h a) A velocidade dessa reação é constante?
Δt Δt b) Qual a velocidade da reação no intervalo de 15 a 35 se-
Δ[H2] Δ[H2] gundos?
c) – ––––– = 3,0mol/L.h d) – ––––– = 4,0mol/L.h
Δt Δt c) Faça um gráfico que represente o que ocorre com as con-
centrações do reagente e do produto em função do tempo.
Δ[H2]
e) – ––––– = 6,0mol/L.h
Δt 23. (UFC-CE) – O tempo de validade de um alimento em suas
características organolépticas e nutricionais depende da
embalagem e das condições ambientais. Um dos tipos de
20. (PUC-SP) – Na reação de solução de ácido clorídrico com acondicionamento necessário para a conservação de alimen-
zinco metálico, o gráfico que melhor representa o compor- tos é a folha de flandres, constituída de uma liga de estanho
tamento das espécies em solução é: e aço. Analise o gráfico a seguir, que representa a reação de
oxidação entre a embalagem e o meio agressivo, e responda:

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Observe os resultados no gráfico:

Na condição em que ocorreu a menor taxa de decomposição


a) Em qual das curvas, I ou II, a velocidade da reação química
do peróxido de hidrogênio, a velocidade média de formação
é mais acentuada? Justifique.
do O2, em mol . ano–1 , foi igual a:
b) Considerando a área da folha de flandres constante, a) 1 b) 2 c) 6 d) 12
calcule a velocidade média da reação química no intervalo
entre duas e quatro horas para a curva de maior corrosão.
26. (UFRJ) – Um dos métodos de preparação do iodeto de
24. (UNIP-SP-Modelo Enem) – No gráfico abaixo, são projeta- hidrogênio com alto grau de pureza utiliza a reação direta
dos os valores da concentração em função do tempo para a entre as substâncias iodo e hidrogênio. Num experimento,
reação: 20mols de iodo gasoso e 20mols de hidrogênio gasoso foram
colocados em um reator fechado com um volume útil igual a
A + B → 2C
2 litros. A mistura foi aquecida até uma determinada
temperatura, quando ocorreu a reação representada a seguir.
Considere a reação irreversível.
H2(g) + I2(g) → 2HI(g)

No experimento, a variação da concentração de H2(g) com o


tempo de reação foi medida e os dados foram anotados no
gráfico a seguir:

A velocidade de formação de C (rapidez da reação) no ins-


tante t = 10s é igual a:
a) 5,00 . 10–2mol . L–1 . s–1 b) 5,00 . 10–3mol . L–1 . s–1
c) 2,86 . 10–3mol . L–1 . s–1 d) 2,00 . 10–3mol . L–1 . s–1
e) 1,54 . 10–3mol . L–1 . s–1

25. (UERJ) – A água oxigenada consiste em uma solução aquosa


de peróxido de hidrogênio, que se decompõe, sob a ação da
luz e do calor, segundo a equação química:

2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g) a) Calcule a velocidade inicial da reação.


b) Calcule a concentração de iodeto de hidrogênio após
Em um experimento, foi monitorada a quantidade de peró-
10 minutos de reação.
xido de hidrogênio em três frascos idênticos, A, B e C, de 1L
de água oxigenada, mantidos em diferentes condições de
luminosidade e temperatura.

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5. Condições para que Diz-se, então, que a afinidade química dos halogê-
uma reação ocorra nios para com o hidrogênio decresce do flúor para o iodo.
Por outro lado, os reagentes devem estar em contato,
Condições fundamentais para que entre eles possam estabelecerem-se as intera-
ções químicas que determinam uma reação.
As condições fundamentais para que As interações químicas são devidas às colisões entre
uma reação ocorra são afinidade química e as partículas dos reagentes, como veremos a seguir.
contato entre os reagentes.
Condições acessórias

As substâncias colocadas para reagir devem possuir Deve haver choque entre partículas
tendência para entrar em reação. ativadas energeticamente e ocorrer uma
Quando se misturam hidrogênio com flúor, cloro e boa orientação na colisão.
bromo, forma-se preferencialmente o HF, depois o HCl
e, por último, o HBr. Somente depois de acabar o flúor é As condições acessórias explicam quando uma rea-
que o hidrogênio reage com o cloro, e somente depois de ção, termodinamicamente possível (existe afinidade e
todo o cloro ter reagido, se ainda houver hidrogênio, é contato), é lenta ou rápida, isto é, estão relacionadas com
que se dá a combinação deste com o bromo. a velocidade da reação.

6. Teoria das colisões


Partimos do princípio de que as partículas de uma substância química não estão paradas. Elas possuem uma determi-
nada quantidade de energia (energia própria) e se movimentam. Esse movimento faz com que se choquem. Esse choque
pode fazer com que ocorra a reação.
Mas será que basta ocorrer um choque para haver reação?
A resposta é não. Experiências mostram que, em certas reações, chegam a acontecer 1 000 000 de choques em um
segundo (combustão do metano). A maior parte desses choques, porém, é inútil (não é eficiente, efetiva), porque as
partículas que se chocam não possuem energia suficiente para que sejam rompidas as ligações nos reagentes e
formadas as novas ligações nos produtos.

Para o gás nitrogênio (N2) reagir com oxigênio (O2), é necessário que suas moléculas colidam com suficiente energia e em uma orientação
determinada.

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7. Energia de ativação A sequência

Como dissemos anteriormente, as partículas pos-


reagentes → complexo ativado → produtos
suem uma determinada quantidade de energia (energia
própria), mas insistimos: essa energia não é suficiente
para iniciar uma reação. Para cada reação, deve existir recebe o nome de caminho da reação, progresso da
um mínimo necessário de energia, sem o qual ela não reação ou coordenada de reação.
acontece. Choques entre partículas que não possuem
esse mínimo necessário são inúteis. Choques entre partí- 8. Análise gráfica da energia de
culas que possuem esse mínimo, ou mais, são eficientes
ativação
e proporcionam condições para que a reação ocorra.
Concluímos, então, que as partículas devem receber Reação exotérmica
uma quantidade adicional de energia para que se ativem
e possam ter o mínimo de energia necessário para a A2 + B2 → AB + AB + calor (ΔH < 0)
reação ocorrer. Essa energia necessária para ativar as reagentes produtos
moléculas, para levá-las a uma situação em que possa
haver reação, chama-se energia de ativação.

Consideremos a reação: No gráfico abaixo, temos:

A2 + B2 → AB + AB

Seja E1 a energia média dos reagentes. Para ocorrer


a reação, é necessário no mínimo uma energia E2.
Fornecendo aos reagentes a diferença E2 – E1 (energia de
ativação), as moléculas se chocam violentamente, for-
mando uma partícula instável chamada complexo ati-
vado. Quando este se rearranja para formar os produtos
(energia E3), há liberação de uma certa quantidade de
energia (E2 – E3).
Esta pode ser maior ou menor que a energia de
ativação. No primeiro caso, a reação será exotérmica E1 = energia própria dos reagentes
e, no segundo, endotérmica. E2 = energia do complexo ativado
b = energia de ativação da reação direta
R → P (E2 – E1)
b + c = energia de ativação da reação inversa
P → R (E2 – E3)
c = ΔH (variação de entalpia) da reação (variação
total da energia):
ΔH = H3 – H1
E3 = energia própria dos produtos

Observe que:
E2 – E3 (b + c) é maior que E2 – E1(b).

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Reação endotérmica O ponto mais alto do gráfico corresponde ao mo-


mento do choque entre as partículas ativadas. Devemos
A2 + B2 → AB + AB – calor (ΔH > 0) lembrar ainda que esse choque deve ser dado em uma
orientação que possibilite a reação. A seguir, mostra-
reagentes produtos
mos duas possíveis situações de choque entre moléculas
ativadas.

No gráfico abaixo, temos:

choque mal orientado: inútil

E1 = energia própria dos reagentes choque bem orientado: útil


E2 = energia do complexo ativado
Choques mal orientados, mesmo entre partículas
b = energia de ativação da reação direta (R → P)
ativadas, não conduzem à reação, assim como choques
b – c = energia de ativação da reação inversa (P → R)
bem orientados entre partículas não ativadas também
c = ΔH (variação de entalpia) da reação (variação
não conduzem.
total da energia):
ΔH = H3 – H1
E3 = energia própria dos produtos
Assim:
Observe que:
O choque deve ocorrer entre partículas
E2 – E3 (b – c) é menor que E2 – E1(b).
ativadas em uma boa orientação.

9. Dependência da velocidade da reação com a energia de ativação


A energia de ativação deve ser entendida como uma dificuldade, uma autêntica barreira para que a reação
ocorra. Enquanto tal barreira não for superada, a reação não acontece.
Podemos concluir então que quanto maior a energia de ativação, mais difícil será para a reação acontecer. Trata-se
de reações lentas, que necessitam de muita energia para ocorrer.
Quanto menor a energia de ativação, mais fácil será para a reação acontecer. Trata-se de reações rápidas, que
necessitam de pouca energia para ocorrer. Portanto:

Quanto menor a barreira energética, maior a velocidade da reação.

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Compare as duas reações:

A primeira reação (I) necessita de 40,7kcal/mol para se iniciar (barreira alta). A segunda reação (II) necessita
apenas de 2,3kcal/mol (barreira baixa).

Portanto, a reação II é mais rápida, pois necessita de menos energia para se iniciar.

Uma molécula de hidrogênio colidindo com uma molécula de iodo, com energia cinética suficiente e orientação apropriada, combina-se
para formar um complexo H2I2. A energia da colisão provoca distensão das ligações I — I e H — H e suas rupturas, com formação de duas moléculas de HI.

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27. (UFRS-Modelo Enem) – As figuras a seguir representam as O gráfico que esboça a variação da energia potencial no
colisões entre as moléculas reagentes de uma mesma reação progresso da reação é representado por:
em três situações:

Pode-se afirmar que,


a) na situação I, as moléculas reagentes apresentam energia
maior que a energia de ativação, mas a geometria da
colisão não favorece a formação dos produtos.
b) na situação II, ocorreu uma colisão com geometria
favorável e energia suficiente para formar os produtos.
c) na situação III, as moléculas reagentes foram
completamente transformadas em produtos.
d) nas situações I e III, ocorreram reações químicas, pois as
colisões foram eficazes.
e) nas situações I, II e III, ocorreu a formação do complexo
ativado, produzindo novas substâncias.
Resolução
Na situação I, a geometria da colisão é favorável à formação
dos produtos, mas a energia é insuficiente para a produção do
complexo ativado, não ocorrendo reação.
Na situação II, houve uma colisão com geometria favorável e
energia suficiente para formar os produtos.
Na situação III, não ocorreu a reação, pois não houve colisão
em posição favorável.
Resposta: B.

28. Grande parte da atual frota brasileira de veí-


culos de passeio tem tecnologia capaz de
identificar e processar tanto o etanol quanto a
gasolina. Quando queimados, no interior do motor, esses
combustíveis são transformados em produtos gasosos, num Resolução
processo com variação de entalpia menor que zero (ΔH < 0). Reação exotérmica (ΔH < 0).
Esse processo necessita de uma energia de ativação, a qual é Energia potencial inicial > Energia potencial final
fornecida por uma centelha elétrica.
Energia de ativação:
energia do complexo ativado – energia potencial inicial

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seguintes, que estão em escalas iguais para as grandezas


correspondentes. Identifique a alternativa que corresponde à
reação que no tempo t atinge a concentração máxima de um
produto estável, a partir dos reagentes R.

Resposta: E.

29. (Fuvest-SP) – Dada a seguinte equação:

→ complexo ativado ←
reagentes ← → produtos + calor

representar em um gráfico (entalpia em ordenada e caminho


de reação em abscissa) os níveis das entalpias de reagentes,
complexo ativado e produtos.
Resolução
HC = entalpia do complexo ativado
HR = entalpia dos reagentes
HP = entalpia dos produtos
ΔH = variação de entalpia da reação
ΔHa = energia de ativação da reação

Resolução
O consumo energético deve ser mínimo, o que elimina as
30. (UFSCar-SP-Modelo Enem) – Diversos processos industriais alternativas a, b e d, nas quais as reações apresentadas são
envolvem reações químicas, que devem ocorrer de forma endotérmicas (absorvem energia).
controlada e otimizada para gerar lucros. O processo ideal Na reação da alternativa e, o rendimento no instante t é maior
deveria ser o mais rápido possível, com rendimento máximo, que o rendimento na reação da alternativa c.
consumo energético mínimo e com a menor geração de resí- Observe que na reação da alternativa e, o rendimento no
duos tóxicos para a obtenção de um produto estável. Reações instante t é máximo, a reação é exotérmica (libera energia), a
energia de ativação é pequena e, portanto, o processo é
hipotéticas para obtenção de um mesmo produto (P) de
rápido.
interesse industrial estão representadas nos gráficos
Resposta: E.

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31. (UnB-DF) – Considere os estudos cinéticos de uma reação 08. O ponto E representa o complexo ativado da reação.
química e julgue os itens abaixo. 16. A + D representa a energia do complexo ativado.
(1) Toda reação é produzida por colisões, mas nem toda
colisão gera uma reação. 34. (Mogi das Cruzes-SP) – Considere o diagrama para a reação
(2) Uma colisão altamente energética pode produzir uma A←→ B.
reação.
(3) Toda colisão com orientação adequada produz uma reação.
(4) A diferença energética entre produtos e reagentes é
denominada energia de ativação da reação.
(5) A velocidade média de uma reação pode ser determinada
pela expressão:
concentração dos produtos
vm = ––––––––––––––––––––––––––
concentração dos reagentes

32. (UFC-CE) – Considere o gráfico abaixo.


A energia de ativação da reação inversa é representada pelo
número:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

35. (UERJ-Modelo Enem) – É proibido, por lei, o transporte de


materiais explosivos e/ou corrosivos em veículos coletivos.
Na Tijuca, bairro da Zona Norte do município do Rio de
Janeiro, um sério acidente causou vítimas fatais quando uma
caixa contendo explosivos foi arrastada pelo piso de um
ônibus. A energia resultante do atrito iniciou uma reação de
Agora, assinale as corretas. grande velocidade que liberou calor e promoveu reações em
01. Trata-se de uma reação exotérmica. cadeia nos explosivos, provocando incêndio e liberando
02. São liberadas 10kcal/mol. muitos gases tóxicos.
04. A energia própria dos reagentes vale 60kcal/mol. Entre os gráficos a seguir, aquele que melhor representa o
08. Os produtos apresentam 10kcal/mol de energia. fenômeno ocorrido com a caixa de explosivos no interior do
16. A energia de ativação da reação vale 60kcal/mol. coletivo é:
32. A energia do complexo ativado vale 60kcal/mol.
64. Essa reação é mais rápida do que uma outra reação cuja
energia de ativação vale 1kcal/mol.

33. (UFPR) – Com base no diagrama energético abaixo

quais afirmações são corretas?


01. A representa a energia de ativação de uma reação
exotérmica.
02. B representa o ΔH de uma reação endotérmica.
04. C representa a energia dos produtos de uma reação
endotérmica.

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36. (UFPR) – Uma reação química pode ocorrer no sentido 38. (UNIP) – As equações abaixo e os respectivos gráficos repre-
R → P ou P → R. O gráfico de variação de entalpia é: sentam reações distintas, entre diferentes gases, levadas a
efeito à mesma pressão e temperatura.

Assinale as corretas:
01. A transformação R → P é exotérmica com ΔH = – B.
02. A reação P → R tem maior energia de ativação que
R → P.
04. A reação P → R é endotérmica com ΔH = B.
As velocidades das reações I, II e III estão na seguinte ordem:
08. A energia liberada em R → P é A + B.
a) I > II > III b) I > III > II
16. A energia de ativação de P → R é A + B.
c) I = II = III d) III > II > I
32. R → P é mais lenta que P → R.
e) Apenas com estes dados, não é possível prever qual a
reação que se processa mais rapidamente.

37. (UnB-DF) – O diagrama a seguir representa esquematica- 39. (UEPA) – O diagrama energético que representa a equação
mente as variações de energia na combustão do metano, termoquímica:
poluente atmosférico.
H2(g) + I2(g) →
← 2HI(g) + 3kcal
encontra-se na alternativa:

A equação que descreve o fenômeno é

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g)

Analise o diagrama e julgue os itens abaixo.


(1) Y representa a variação de entalpia da reação, que é
igual a – 890kJ/mol.
(2) (X + Y) representa a energia de ativação para a reação

CO2(g) + 2H2O(g) → CH4(g) + 2O2(g)

(3) A reação de combustão do metano é exotérmica.

Observação: o eixo das ordenadas representa a energia relati-


va em quilocalorias, e o das abscissas, a coordenada de reação.

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40. (UnB-DF) – De acordo com o gráfico, pode-se afirmar: 42. (UFG-GO) – A reação (I) tem energia de ativação 20kcal/mol.
Seus produtos possuem 10kcal/mol de energia própria, e a
reação iniciou-se com a formação de um complexo ativado,
que apresentava 40kcal/mol. A reação (II) apresenta energia
própria dos reagentes 60kcal/mol. O estado ativado
apresenta 90kcal/mol e a energia dos produtos é 70kcal/mol.
Assinale qual(quais) afirmativa(s) é(são) correta(s).
01. A energia própria dos reagentes na reação I é
20kcal/mol.
02. A reação I absorve 10kcal/mol.
04. A energia de ativação da reação II é 30kcal/mol.
(1) A energia de ativação da reação direta é igual à energia de 08. A reação II libera 10kcal/mol.
ativação da reação inversa. 16. A reação I é mais rápida que a reação II.
(2) A energia de ativação da reação direta é maior que a
energia de ativação da reação inversa. 43. (Fuvest-SP) – Os movimentos das moléculas antes e depois
(3) A energia de ativação da reação inversa é (C – B). de uma reação química obedecem aos princípios físicos de
(4) A energia de ativação da reação direta é (C – A). colisões. Para tanto, cada átomo é representado como um
(5) C é a energia do complexo ativado. corpo pontual com uma certa massa, ocupando uma posição
no espaço e com uma determinada velocidade (representada
41. (Fuvest-SP) – Recentemente, um estudo científico associou na forma vetorial). Costumeiramente, os corpos pontuais são
a detecção de fosfina (PH3) na atmosfera em Vênus com uma representados como esferas com diâmetros proporcionais à
possível existência de vida no planeta. Na Terra, a fosfina massa atômica. As colisões ocorrem conservando a
pode ser encontrada naturalmente em ambientes onde quantidade de movimento.
ocorre a degradação de matéria orgânica, como pântanos. Por Considerando um referencial no qual as moléculas neutras
ser mais densa que o ar, grande quantidade de fosfina se encontram-se paradas antes e após a colisão, a alternativa
acumula sobre as superfícies de corpos d’água e áreas que melhor representa o arranjo de íons e moléculas instan-
baixas, muitas vezes reagindo espontaneamente com tes antes e instantes depois de uma colisão que leva à reação
oxigênio, formando ácido fosfórico (H3PO4).
F− + H3CCl → CH3F + Cl− é
a) Utilizando os menores coeficientes estequiométricos
inteiros possíveis, escreva a equação balanceada para o
processo de combustão descrito para a fosfina.
b) Os ambientes onde se encontram altas quantidades de
fosfina são compatíveis com a vida de seres aeróbios ou
anaeróbios? Justifique sua resposta com base na
reatividade da fosfina.
c) Em ambientes como os pântanos, além da fosfina,
também é produzido metano (CH4). Com base na energia
de ativação e na energia liberada na combustão de cada
espécie, explique por que a combustão da fosfina é a
primeira a ocorrer na natureza e por que ela é capaz de
iniciar a combustão do metano.

Note e adote: Note e adote:


Energia de ativação da combustão: Massas atômicas: H (1u.m.a.); C(12u.m.a.), F(19u.m.a.)
fosfina = 13kJ/mol e metano = 105kJ/mol. e Cl(35u.m.a);
ΔH de combustão: Considere que apenas o isótopo de cloro Cl( 35u.m.a.)
fosfina = –1 154kJ/mol e metano = –885kJ/mol. participa da reação.

10. Fatores que influem na velocidade das reações


Quando dizemos que uma reação é lenta ou uma reação é rápida, na maior parte das vezes, estamo-nos referindo
a ela nas condições ambientais, sem a interferência de fatores externos. No entanto, existem fatores que podem tornar
rápida uma reação lenta e vice-versa. Citaremos aqui os mais importantes.

Superfície de contato
Ao dissolvermos um pedaço de zinco em uma solução aquosa de ácido clorídrico, ocorre a reação:

Zn(s) + 2HCl(aq) → ZnCl2(aq) + H2(g)

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Se, em vez de usarmos um “pedaço” de zinco, o


1.o exemplo
tivéssemos pulverizado, a reação seria, evidentemente,
mais rápida. Ao pulverizarmos o zinco, estamos facilitando I) 2NO + O2 → 2NO2
o ataque do ácido clorídrico. Se o usarmos em barra, limi- (reação rápida a 20°C)
tamos o ataque inicial à sua superfície. Pulverizando-o,
aumentamos sua superfície de contato e, com isso,
aumentamos a velocidade da reação.
Exemplo

Considere um cubo de zinco mergulhado em ácido


II) CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O
clorídrico.
(reação muito lenta a 20°C)

A reação ocorre apenas na Dessa maneira, aumentam a


superfície do cubo. Dividindo superfície de contato, a quanti-
No caso II, há mais ligações a serem rompidas.
o cubo ao meio, aparecem duas dade de zinco que reage e a
novas superfícies que ficam em velocidade da reação. 2.o exemplo
contato com o ácido.

I) 5H2C2O4 + 2MnO 4 + 6H+ →
→ 10CO2 + 2Mn2+ + 8H2O
Como outro exemplo, temos a oxidação do ferro (en-
(reação muito lenta)
ferrujamento).

A formação de ferrugem é lenta quando a superfície II) 5Fe2+ + MnO4 + 8H+ → 5Fe3+ + Mn2+ + 4H2O
de contato é pequena, como é o caso de uma barra de fer- (reação rápida)

ro. Se a barra for pulverizada, o enferrujamento será mais


rápido por causa da maior área de contato. Ferro na No caso I (H2C2O4), há mais ligações a serem rompidas.

forma de palha de aço (por exemplo, Bombril) enferruja Conclusão


mais rapidamente do que na forma de um prego.
Nas madeireiras, o pó de madeira (serragem) pode As reações que exigem rompimento de muitas ligações
tendem a ser lentas à temperatura ambiente.
ser queimado, devido a uma faísca ou chama, e produzir
incêndios de proporções incalculáveis.

Natureza dos reagentes Temperatura


Em uma reação química, há necessidade de rompi- O aumento de temperatura faz aumentar a energia ci-
mento de ligações nos reagentes para a consequente for- nética das moléculas, as quais, assim, se movimentarão
mação de novas ligações nos produtos. Quanto maior fo- com maior velocidade. Haverá, portanto, um número
rem o número e a força dessas ligações a serem quebra- maior de choques. Tais choques serão mais violentos e
das, mais difícil e, portanto, mais lenta será a reação.
ocorrerá um aumento da velocidade da reação.
Evidentemente, uma reação que exija muitos rom-
pimentos de ligações será mais lenta do que uma reação
O aumento de temperatura aumenta a
em que não haja muitas ligações a serem rompidas. Por
isso uma reação entre íons é mais rápida do que uma velocidade de qualquer reação química
reação entre partículas maiores. Uma reação inorgânica é (exotérmica ou endotérmica).
normalmente mais rápida do que uma reação orgânica
(moléculas grandes, muitas ligações a serem rompidas).
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Regra de van’t Hoff:

123RF \ Easypix Brasil


Um aumento de 10°C na temperatura
duplica ou triplica a velocidade de uma reação.

Jacobus Henricus van’t


Tal regra, embora apresente uma ideia acerca da
Hoff (1852-1911) foi um
influência da temperatura na velocidade de uma reação, químico holandês, vencedor do
deve ser usada com muito cuidado. Ela não deve ser Nobel de Química de 1901.
seguida à risca para todas as reações. Para cada reação Conhecido por suas descobertas
em cinética química, equilíbrio
específica, é necessário determinar experimentalmente
químico, pressão osmótica e
o efeito quantitativo causado por um aumento de estereoquímica.
temperatura.

Por que os alimentos são guardados em geladeira?

123RF \ Easypix Brasil

123RF \ Easypix Brasil


Resposta:
Abaixando a temperatura, diminui a velocidade de qualquer reação. Desta
maneira, os alimentos demoram mais tempo para estragar. De acordo com a
Regra de van’t Hoff, os alimentos devem deteriorar-se quatro vezes mais
rapidamente à temperatura ambiente (25°C) do que em uma geladeira a 5°C.
Ao se fazer pão caseiro, coloca-se a massa, em geral coberta, descansando
em lugar mais aquecido, a fim de que cresça. O leve aumento de temperatura
aumenta a velocidade da reação entre os componentes da massa.
Em outubro de 1988, ocorreu um grande incêndio em uma indústria de
torrefação e moagem de café. A rápida propagação do fogo foi favorecida pelo
aumento da temperatura local que se estabeleceu com o início do incêndio e pelo
grau de subdivisão em que se encontrava o café.
A reatividade da água cresce nesta ordem: no estado sólido, abaixo de 0°C < no
A massa de pão cresce por causa da liberação de
estado sólido, a 0°C < no estado líquido, a 25°C < no estado de vapor,
dióxido de carbono durante o processo de fermentação.
a 100°C < no estado de vapor, acima de 100°C.

Distribuição de velocidades moleculares


A energia cinética média (nem todas as moléculas têm a mesma energia cinética, daí o fato de se tomar a média)
das moléculas de um gás é proporcional à temperatura absoluta, crescendo com o aumento da temperatura. Isso quer dizer
que, para dois gases diferentes à mesma temperatura, as moléculas apresentam a mesma energia cinética média. Sendo
m a massa da molécula, v a sua velocidade, EC a energia cinética média, T a temperatura absoluta e K uma constante de
proporcionalidade, temos:
mv2
EC = ––––– = KT
2

182
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Análise gráfica da influência


da temperatura na velocidade
de uma reação
A influência da temperatura na velocidade da reação
pode ser ilustrada no gráfico ao lado, que mostra a
distribuição de energias das partículas a duas tempera-
turas diferentes.
À temperatura T1, algumas partículas têm energia
muito baixa e outras, energia muito alta. A maioria tem
energia intermediária. Numa temperatura mais alta, T2, a
distribuição de energia é alterada; percebe-se que o Se a energia Emín = E1 é menor que a energia própria Ep
1
aumento na temperatura provocou um deslocamento ge- das partículas reagentes, um grande número dessas
ral na distribuição, para as energias mais altas. Essas partículas terá condições de entrar em reação à temperatura
curvas podem ser aplicadas à velocidade da reação. Su- T1, e a reação será rápida. Se a energia mínima necessária
para ocorrer a reação for Emín = E2, só umas poucas
ponha que uma reação só possa ocorrer se suas moléculas
partículas distribuídas à direita da curva, na região (1),
possuírem um valor igual ou maior do que a energia Emín
poderão reagir e a reação será, portanto, lenta à temperatura
assinalada no gráfico. Calculando a área sob as curvas, T1. Mas à temperatura T2, um número maior de partículas
teremos o número total de partículas com condições de (região (2) terá condições de reagir e, portanto, a essa
reagir nas duas temperaturas. temperatura, a mesma reação será mais rápida.

Luz

123RF \ Easypix Brasil


Muitas reações são aceleradas pela presença de luz. As moléculas desse tipo de reagente absorvem luz
São as chamadas reações fotoquímicas. Em muitas delas, visível, ficando ativadas energeticamente, o que eviden-
nota-se a presença de um reagente colorido, denominado temente facilitará a reação.
componente fotoquimicamente ativo. Exemplos
123RF \ Easypix Brasil

é amarelo-esverdeado (ou verde-amarelado).

A aproximadamente 30km de altitude, existe a camada de ozônio.


Esta absorve a luz ultravioleta da luz solar.

O3 + UV → O + O2

Reações fotoquímicas induzidas pela presença de luz em laboratório.

183
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O smog fotoquímico Formam-se também outros óxidos de nitrogênio


No inglês, a palavra smog é formada pela fusão dos (NO2, N2O etc.), comumente denominados generi-
vocábulos smoke (fumaça) e fog (neblina). camente por NOx.
Devido a uma carburação (mistura de ar e combus-

123RF \ Easypix Brasil


tível) malfeita e também à evaporação da gasolina, são
liberados hidrocarbonetos na atmosfera. Vamos
representar esses compostos de carbono e hidrogênio,
genericamente, por HC ou RH.
O ozônio, O3, é um alótropo do oxigênio muito mais
oxidante que o O2. Quando aumenta a sua concentração
no ar, ocorre irritação no aparelho respiratório.

123RF \ Easypix Brasil


Um motor mal regulado provoca a formação do tóxi-
co monóxido de carbono, CO. Além disso, devido à alta
temperatura, ocorre a oxidação do nitrogênio do ar que
entra no cilindro do motor.
N2 + O2 ⎯⎯→ 2NO
Δ

O ozônio se forma na baixa atmosfera pelo seguinte mecanismo: Para reduzir o smog fotoquímico, deve-se diminuir a liberação
I) Sob a ação da luz, o NO2 se decompõe produzindo átomo de de hidrocarboneto para a atmosfera, regulando o automóvel
oxigênio, muito reativo, pois tem elétron não emparelhado. Vamos re- periodicamente, não usando gasolina para remover manchas,
presentá-lo por • O •. verificando se a tampa do tanque de gasolina está vedando-o
completamente. Deve-se colocar o conversor catalítico para
minimizar a emissão de CO e NOx. Se possível, utilizar outro
combustível (metanol, etanol, gás natural).
II) O átomo de oxigênio (• O •) combina-se com uma molécula de

Artes Gráficas – Objetivo


a)
oxigênio (O2), formando uma molécula de ozônio (O3).

III) O ozônio é consumido na reação com NO.

Ocorrendo apenas essas reações, o ozônio não se acumularia na baixa


atmosfera. No entanto, a presença de hidrocarboneto interfere na terceira
reação. Sob a ação da luz, o hidrocarboneto (HC ou RH) se oxida produ-
zindo radical peróxido, muito reativo, porque tem elétron desemparelhado.
Artes Gráficas – Objetivo

b)

O radical peróxido reage com NO:

Em consequência, a terceira reação não ocorre e o ozônio não


desaparece. Além disso, forma-se mais NO2, que irá gerar mais
ozônio. O radical peróxido combina-se com NO2, formando nitrato de
peroxialquila (NPA), substância irritante e responsável pela cor Na figura (a), uma metrópole sem smog.
vermelho-café do smog. Na figura (b), a mesma cidade em um dia com smog.

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44. A deterioração de um alimento é resultado de a) essas partes do tênis são feitas com materiais diferentes.
transformações químicas que decorrem, na b) o tênis se aquece mais quando tem suas partes
maioria dos casos, da interação do alimento separadas.
com micro-organismos ou, ainda, da interação com o oxigênio c) a permeabilidade do tênis em contato com a água diminui.
do ar, como é o caso da rancificação de gorduras. Para d) aumenta a superfície total do tênis em contato com o ar.
conservar por mais tempo um alimento, deve-se, portanto, Resolução
procurar impedir ou retardar ao máximo a ocorrência dessas Quanto maior a superfície de contato, maior será a velocidade
transformações. do processo.
Os processos comumente utilizados para conservar Resposta: D.
alimentos levam em conta os seguintes fatores:
I. micro-organismos dependem da água líquida para sua 46. (UFPB) – Um dos capítulos interessantes da química
sobrevivência. relaciona-se à cinética, que estuda a velocidade das reações e
II. micro-organismos necessitam de temperaturas adequadas os fatores que a influenciam, como temperatura, pressão e
para crescerem e se multiplicarem. A multiplicação de natureza dos reagentes.
micro-organismos, em geral, é mais rápida entre 25°C e Para fixar o assunto com seus alunos, um professor, utilizando
45°C, aproximadamente. comprimidos de Sonrisal, antiácido efervescente à base de
III. transformações químicas têm maior rapidez quanto maior NaHCO3, realizou os seguintes experimentos:
for a temperatura e a superfície de contato das I. Em um copo com 100mL de água fria, dissolveu um
substâncias que interagem. comprimido. Num segundo copo com a mesma quanti-
IV. há substâncias que acrescentadas ao alimento dificultam a dade de água, porém morna, dissolveu outro comprimido.
sobrevivência ou a multiplicação de micro-organismos. II. Utilizando mais uma vez dois comprimidos e copos com o
V. no ar há micro-organismos que, encontrando alimento, mesmo volume de água, à mesma temperatura,
água líquida e temperaturas adequadas, crescem e se comparou a velocidade da reação usando um comprimido
multiplicam. inteiro e outro finamente triturado.

Em uma embalagem de leite "longa-vida", lê-se:


A partir das informações observadas nos testes realizados,
“Após aberto, é preciso guardá-lo em geladeira”
responda:
Caso uma pessoa não siga tal instrução, principalmente no a) No teste I, em que copo o comprimido se dissolveu mais
verão tropical, o leite se deteriorará rapidamente, devido a rápido? Justifique.
razões relacionadas com b) No teste II, em que caso a reação foi mais rápida? Por que isto
a) o fator I, apenas. acontece?
b) o fator II, apenas. Resolução
c) os fatores II, III e V, apenas. a) Copo com água morna. Quanto maior a temperatura,
d) os fatores I, II e III, apenas. maior a energia cinética das partículas, maior o número de
e) os fatores I, II, III , IV e V. choques efetivos e, portanto, maior a velocidade de
Resolução dissolução do comprimido.
O leite se deteriorará mais rapidamente quando aberto e não b) Comprimido finamente triturado. Quanto maior a
guardado em geladeira devido aos seguintes fatores: superfície de contato do comprimido com a água, maior a
II. A multiplicação de micro-organismos, em geral, é mais velocidade de dissolução do comprimido.
rápida acima de 25°C.
III. Quanto maior a temperatura, maior a rapidez das transfor- 47. (SENAC-SP) – Grande parte dos produtos alimentícios deve
mações químicas que causam a deterioração do leite. ser armazenada sob refrigeração, prolongando-se o tempo em
V. No ar há micro-organismos que, encontrando alimento, que preserva suas características originais. Entre as diversas
água líquida e temperaturas adequadas, crescem e se reações que deterioram os alimentos, destacam-se oxidação
multiplicam. e ação de micro-organismos. Armazenar os alimentos em
Resposta: C. geladeira conserva-os por mais tempo, pois
I. a geladeira é vedada, evitando o contato do alimento com
45. (Encceja-Exame Nacional de Certificação de Competências o oxigênio do ar, principal responsável pelas reações de
de Jovens e Adultos) – Para secar um par de tênis após sua oxidação.
lavagem, as pessoas em geral abrem o calçado ao máximo, II. as reações químicas, inclusive as responsáveis pela
puxando sua lingueta para fora, e retiram suas palmilhas e deterioração dos alimentos, são mais lentas em
cordões antes de colocá-lo para secar. Com esse proce- temperaturas menores.
dimento, o tênis seca mais rapidamente do que se estivesse III. nenhum micro-organismo sobrevive em temperaturas
com as palmilhas, com os cordões e com a lingueta para inferiores a 10°C.
dentro porque

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Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s): Resolução


a) apenas II. b) apenas I e II. a) Correta. A energia de ativação é pequena.
c) apenas I e III. d) apenas I. b) Correta. O aumento de temperatura aumenta o número
e) apenas II e III. de moléculas com energia suficiente para reagir.
Resolução c) Correta.
A diminuição da temperatura faz diminuir a velocidade com d) Errada. Gases reagem mais rapidamente do que líquidos,
que o alimento se deteriora. e estes mais rapidamente do que sólidos.
Resposta: A. Resposta: D.

48. As afirmações abaixo, relativas à cinética química, estão cor- 49. (PUC-Camp-SP) – Numa reação que obedece à Regra de
retas, exceto: van’t Hoff para a influência da temperatura na velocidade das
a) As reações que não envolvem rearranjos de ligações são reações, a 15°C observa-se a formação de 0,8mol de uma
normalmente rápidas, à temperatura ambiente. determinada substância por minuto. Elevando-se a tempe-
b) A velocidade das reações químicas aumenta quando a ratura até 25°C, a nova velocidade poderá ser (em mol/min):
temperatura se eleva. a) 0,8 b) 1,6 c) 2,4
c) A velocidade de uma reação é proporcional ao número de d) 3,2 e) b e c corretas
colisões que ocorrem entre os reagentes, por unidade de Resolução
tempo. Quando a temperatura aumenta de 10°C, a velocidade duplica
d) O estado de agregação dos reagentes não modifica a ou triplica.
velocidade das reações. Resposta: E.

50. (UERJ-Modelo Enem) – Quando se leva uma esponja de aço A respeito do diagrama, assinale a alternativa falsa:
à chama de um bico de gás, a velocidade da reação de
a) No gráfico,
oxidação é tão grande que incendeia o material. O mesmo não
ocorre ao se levar uma lâmina de aço à chama. Nessas
experiências, o fator que determina a diferença de
representa o complexo ativado.
velocidades da reação é
b) Na reação direta, os reagentes possuem uma entalpia
a) a pressão. b) o catalisador.
intrínseca H1 e devem vencer uma barreira de entalpia de
c) o estado físico. d) a concentração.
ativação ΔE1 para formarem os produtos.
e) a superfície de contato.
c) Na reação oposta, os produtos possuem uma entalpia
intrínseca H2 e devem vencer uma barreira de entalpia de
51. (UNIP) – O diagrama abaixo ilustra a variação da entalpia
ativação ΔE2 para passarem novamente a reagentes.
durante a reação:
d) A velocidade, segundo a qual a reação ocorre, é deter-
minada pela necessidade de vencer a barreira energética.
e) O aumento da temperatura do sistema aumenta a
velocidade da reação direta e diminui a velocidade da
inversa.

52. A nanotecnologia pode ser caracterizada


quando os compostos estão na ordem de
milionésimos de milímetros, como na utiliza-
ção de nanomateriais catalíticos nos processos industriais. O
uso desses materiais aumenta a eficiência da produção, con-
some menos energia e gera menores quantidades de resí-
duos. O sucesso dessa aplicação tecnológica muitas vezes
está relacionado ao aumento da velocidade da reação química
envolvida. O êxito da aplicação dessa tecnologia é por causa da
realização de reações químicas que ocorrem em condições de
a) alta pressão. b) alta temperatura.
c) excesso de reagentes. d) maior superfície de contato.
e) elevada energia de ativação.

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53. (UEL-PR) – Batata picada cozinha mais rapidamente do que 56. (Fuvest-SP-Modelo Enem) – Foram realizados quatro expe-
igual massa de batata inteira. Isto porque, na batata picada, rimentos. Cada um deles consistiu na adição de solução
I) há mais amido. aquosa de ácido sulfúrico de concentração 1mol/L a certa
II) a superfície de contato com a água quente é maior. massa de ferro. A 25°C e 1atm, mediram-se os volumes de
III) há maior teor de umidade. hidrogênio desprendido em função do tempo. No final de
cada experimento, sempre sobrou ferro que não reagiu. A
Dessas afirmativas, apenas tabela mostra o tipo de ferro usado em cada experimento, a
a) I é correta. temperatura e o volume da solução de ácido sulfúrico usado.
b) II é correta. O gráfico mostra os resultados.
c) III é correta.
Volume da
d) I e II são corretas. Tempe-
Experimento Material solução de
e) II e III são corretas ratura/°C
H2SO4/mL

54. (Unicamp-SP) – O gráfico abaixo representa as variações das A pregos 60 50


massas de um pequeno pedaço de ferro e de uma esponja de
ferro (palha de aço usada em limpeza doméstica) expostos ao B limalha 60 50
ar (mistura de nitrogênio, N2, oxigênio, O2, e outros gases,
além de vapor de água). C limalha 60 80

D limalha 40 80

a) Por que as massas da esponja e do pedaço de ferro


aumentam com o tempo?
b) Qual das curvas diz respeito à esponja de ferro? Justifique.

55. (UFMG) – Duas reações químicas foram realizadas em


condições diferentes de temperatura e de estado de
agregação das substâncias, conforme descrito a seguir: As curvas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, aos
experimentos
Reação I CO(g) + NO2(g) → CO2(g) + NO(g)

Experimento 1 – Temperatura igual a 25°C. 1 2 3 4

Experimento 2 – Temperatura igual a 250°C. a) D C A B


(As demais condições são idênticas nos dois experimentos.)
b) D C B A
Reação II Pb(NO3)2 + 2KI → PbI2 + 2KNO3

Experimento 3 – Os dois reagentes foram utilizados na c) B A C D


forma de pó.
d) C D A B
Experimento 4 – Os dois reagentes foram utilizados em
solução aquosa. e) C D B A
(As demais condições são idênticas nos dois experimentos.)

Comparando-se as velocidades de reação em cada par de


experimentos (v1 com v2; v3 com v4), é correto afirmar que 57. (Fuvest-SP-Modelo Enem) – O zinco reage com ácidos,
ocorrendo liberação do gás hidrogênio. Adicionam-se
a) v2 > v1 e v3 = v4.
quantidades iguais de ácido em duas amostras de mesma
b) v1 > v2 e v3 > v4. massa de zinco, uma delas em raspas (A) e a outra em pó (B).
c) v2 > v1 e v4 > v3. Para essa experiência, o gráfico que deve representar a
d) v1 > v2 e v3 = v4. produção de hidrogênio em função do tempo de reação é:

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59. (Fuvest-SP) – Para estudar a velocidade da reação que ocorre


entre magnésio e ácido clorídrico, foram feitos dois expe-
rimentos a 15°C utilizando a mesma quantidade de magnésio
e o mesmo volume de ácido. Os dois experimentos diferiram
apenas na concentração do ácido utilizado. O volume de
hidrogênio produzido em cada experimento, em diferentes
tempos, foi medido à pressão e temperatura ambientes. Os
dados obtidos foram:

Experimento Tempo/min 0 1 2 3 4 5 6 7

I (vol. H2)/cm3 0 18 33 48 60 63 63 63

II (vol. H2)/cm3 0 28 49 60 62 63 63 63

a) Em qual dos experimentos a velocidade da reação foi


maior? Justifique com base nos dados experimentais.
b) A curva obtida para o experimento I (15°C) está no gráfico
abaixo. Neste mesmo gráfico, represente a curva que
seria obtida se o experimento I fosse realizado a uma
temperatura mais alta. Explique.

V: volume de hidrogênio produzido


t: tempo decorrido

58. (UnB-DF) – Um estudante mediu o tempo gasto para o tér-


mino da dissolução de comprimidos efervescentes em quatro
testes realizados, nas condições especificadas na tabela
60. (Unicamp-SP) – O gás ozônio, empregado como biocida, foi
abaixo. Analise os resultados obtidos e mostrados na tabela.
muito utilizado na Olimpíada de Beijing na desinfecção da
Condições do Condições de Tempo de água do complexo “Water Cube”. Sua estabilidade química
Teste
comprimido temperatura dissolução depende de alguns fatores, conforme se observa na tabela a
temperatura seguir. Consta que a temperatura da água das piscinas desse
I inteiro 36s complexo foi mantida a 28°C para melhorar o desempenho
ambiente
dos atletas, enquanto o ambiente era mantido a 20°C.
II inteiro gelada 45s
a) Considere que, como medida preventiva, parte do gás
III inteiro quente 27s ozônio fosse produzida com certa antecedência e
estocada em botijões dentro do próprio prédio, para ser
temperatura
IV triturado 13s utilizada em uma emergência. De acordo com os dados
ambiente
fornecidos, depois de quanto tempo a concentração
Julgue os itens abaixo.
desse gás dentro dos botijões seria igual a 1/8 da con-
(1) O número de colisões efetivas por segundo entre as
centração de quando o botijão foi preenchido? Justifique
partículas dos reagentes foi maior no teste II.
sua resposta.
(2) No teste III, a velocidade da reação foi maior do que nos
b) A partir dos dados da tabela, o que se pode afirmar sobre
testes anteriores, devido à diminuição da energia cinética
a estabilidade do ozônio?
das partículas dos reagentes. Dados:
(3) Segundo os dados da tabela, uma indústria química
Ozônio em fase gasosa Ozônio dissolvido em água
poderia aumentar a sua produção diária usando sistemas
de refrigeração nos seus reatores (tanques em que se Temperatura/°C t1/2 Temperatura/°C t1/2
processam as reações). –50 3 meses 15 30 min
(4) Segundo os dados da tabela, provavelmente os –35 18 dias 20 20 min
bombeiros teriam mais dificuldades em apagar um –25 8 dias 25 15 min
incêndio em um depósito de papel picado do que em
20 2 dias 30 12 min
depósito de papel armazenado em fardos, em idênticas
120 1,5 hora 35 8 min
condições de pronto atendimento.
t1/2 – tempo de meia-vida.

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11. Catálise Como dissemos anteriormente, o catalisador pode


Catálise é uma reação da qual participa um catalisador. participar de uma etapa intermediária da reação, desde
O catalisador é uma substância química que au- que seja totalmente recuperado no final. Ele age pela
menta a velocidade de uma reação, sem sofrer altera- formação de etapas intermediárias na reação. Essas
ção química permanente nem alteração em quantidade. etapas são mais rápidas, e não ocorreriam sem ele.
Muitos mecanismos de catálise não são ainda totalmente
Características do catalisador: conhecidos. Podemos ilustrar uma reação catalisada da
a) Aumenta a velocidade da reação; seguinte forma:
b) Não sofre alteração química permanente;
c) Pode, eventualmente, participar de uma etapa da reação, C
A + B ⎯⎯→ AB
mas é totalmente regenerado no final;
d) Não sofre alteração na sua quantidade;
A e B ⎯⎯⎯⎯→ reagentes
e) Em geral, pequena quantidade de catalisador é suficiente
para aumentar a velocidade da reação.
C ⎯⎯⎯⎯→ catalisador
AB ⎯⎯⎯⎯→ produto
Existem substâncias que podem retardar uma Mecanismo da reação:
reação química. São chamadas inibidores (catalisadores 1.a etapa: A + C → AC
negativos). 2.a etapa: AC + B → AB + C
–––––––––––––––––––––––––
C
A rapidez de uma reação depende da SOMA: A + B ⎯⎯→ AB
a) natureza dos reagentes;
b) superfície de contato;
O catalisador (C) participou da 1.a etapa, mas foi re-
c) temperatura;
d) presença ou não de catalisador; generado na 2.a. Não sofreu alteração química permanente
e) concentração dos reagentes. nem alteração em quantidade, mas participou de uma etapa
intermediária da reação. Ofereceu à reação a possibilidade
de se realizar em novas etapas, etapas essas mais rápidas,
12. Mecanismo energético que não ocorreriam sem o catalisador.
do catalisador O composto AC é chamado de composto interme-
diário. Ele não existe nem no início nem no fim da reação.
O catalisador diminui a energia de ativação, ofere-
Ele se forma numa etapa e é consumido em outra etapa. O
cendo um caminho mais fácil e mais rápido para a reação. catalisador existe no início e é regenerado no fim.

a = energia de ativação da reação sem catalisador.


b = energia de ativação da reação com catalisador.
ΔH = variação de entalpia da reação (não mudou, com ou sem catalisador). Sem catalisador, somente reagem as moléculas com
energia igual ou maior que HCA. Com catalisador, rea-
Quando uma reação é catalisada, há uma mudança
gem as moléculas com energia igual ou maior que HCA .
do caminho ou mecanismo. Visto que a velocidade passa 1
Portanto, a energia necessária para iniciar a reação abai-
a ser maior, a energia de ativação do novo caminho deve
xou de HCA para HCA . Note que, na reação com catali-
ser menor que a do caminho antigo. Como a barreira é 1
menor, mais partículas por segundo podem alcançar o sador, basta fornecer aos reagentes a energia Ea , energia
1
pico; o complexo ativado é formado mais rapidamente. O de ativação da etapa mais lenta. Não é necessário for-
processo se desenvolve com maior velocidade. necer a energia Ea .
2
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Considere a decomposição da água oxigenada reali-


zada em duas etapas:

1) H2O2 + I– → H2O + IO–


2) H2O2 + IO– → H2O + O2 + I–
––––––––––––––––––––––––––––––
2H2O2 → 2H2O + O2

Os íons iodeto, I–, são a espécie que funciona como


catalisador da reação.
Observe que, para todo ânion I – consumido na
etapa 1, é produzido outro ânion I– na etapa 2.
Dois caminhos alternativos pelos quais um objeto
Portanto, os íons I– não são consumidos na reação.
pode mover-se do plano A ao plano B. A energia de
ativação será grande se ele transpuser o pico elevado. Um
O catalisador aumenta a velocidade da catalisador fornece um caminho alternativo com energia de
reação direta e da reação inversa, ativação mais baixa através do vale C.
quando o processo é reversível.

13. Exemplos de catálise

1.o exemplo 4.o exemplo

123RF \ Easypix Brasil


Hidróxido catalisando a reação de decom- Catalisador automotivo
posição da água oxigenada.
Os automóveis movidos a gasolina, mesmo
2H2O2 ⎯⎯⎯→ 2H2O + O2 (lenta) que utilizem uma relação ar/combustível
OH– adequada, pro du zem
2H2O2 ⎯⎯⎯→ 2H2O + O2 (rápida) substâncias poluentes tais
como hidrocarboneto não
OH– = catalisador
queimado (HC), CO e NO.
Observação: OH– corresponde a um meio Atualmente, os automóveis
básico na reação. são equipados com
2.o exemplo catalisadores que aceleram
Ferro catalisando a reação de síntese da amônia. as transformações dos
123RF \ Easypix Brasil

referidos poluentes gasosos


N2 + 3H2 ⎯⎯⎯→ 2NH3 (lenta) em substâncias não nocivas,
Fe conforme as seguintes equações:
N2 + 3H2 ⎯⎯⎯→ 2NH3 (rápida)
2CO + O2 → 2CO2
Fe = catalisador
2NO + 2CO → N2 + 2CO2
3.o exemplo HC + oxigênio → dióxido
A ptialina da saliva (enzima) catalisando a
de carbono + água
conversão do amido em glicose.

AMIDO + ÁGUA ⎯⎯→ GLICOSE


(lenta)
ptialina
AMIDO + ÁGUA ⎯⎯→ GLICOSE Como catalisadores podem ser
(rápida) usados platina, irídio, ródio, paládio.
Ptialina: catalisador biológico.

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14. Ativadores (promotores) 16. Inibidores de reação


de catalisador
Como já dissemos anteriormente,
inibidor é a substância que diminui a velocidade
São substâncias que têm a função de aumentar da reação. É o inverso do catalisador,
a eficiência do catalisador. O promotor, isto é, provoca um aumento da energia de ativação.
sozinho, não catalisa a reação. Seu possível mecanismo é destruir a ação
de catalisadores já presentes na substância.
Exemplo
Exemplo
O meio ácido (H+) retarda a velocidade de decomposição da
Fe
N2 + 3H2 ⎯⎯→ 2NH3 água oxigenada.
Al2O3
H+
2H2O2 ⎯⎯⎯→ 2H2O + O2 (muito lenta)
inibidor
Fe = catalisador da reação
Al2O3 = ativador do catalisador
O ácido reagiria com impurezas presentes na água oxigenada,
eliminando-as. Tais impurezas catalisam a decomposição da água
oxigenada. Sem elas a decomposição é mais lenta.
Venenos de catalisador são substâncias
que diminuem a ação de um catalisador. 17. Catálise homogênea e
heterogênea
O efeito do ferro na reação de formação da amônia
Catálise homogênea é aquela em que o
diminui na presença de pequenas quantidades de arsênio.
catalisador e os reagentes formam um sistema
monofásico (mistura homogênea).
15. Autocatálise
Exemplo
O dióxido de nitrogênio (gás) catalisa a oxidação, pelo oxigênio
É uma reação na qual um dos produtos age (gás), do dióxido de enxofre (gás) a trióxido de enxofre (mistura de
gases é homogênea):
como catalisador da própria reação.
SO2 + NO2 → SO3 + NO
Exemplo NO + 1/2O2 → NO2
––––––––––––––––––––––––––––––––
Considere a reação: NO2(g)
SO2(g) + 1/2O2(g) ⎯⎯⎯→ SO3(g)

Mn2+
2MnO–4 + 5H2C2O4 + 5H+ ⎯⎯→ 2Mn2+ + 10CO2 + 8H2O

Catálise heterogênea é aquela em que o


O produto Mn2+ é o autocatalisador, pois aumenta a velocidade catalisador e os reagentes formam um sistema
da própria reação em que é formado. De início, a reação é bastante polifásico (mistura heterogênea).
lenta. Com a formação de Mn2+, a velocidade é bastante aumentada.

Exemplo
Outro exemplo O hidrogênio (gás) e o etileno (gás) reagem, formando etano, sob
a ação catalítica de alguns metais sólidos, como a platina e o níquel.
NO
3Cu + 8HNO3 ⎯⎯→ 3Cu(NO3)2 + 4H2O + 2NO
Pt(s)
H2(g) + C2H4(g) ⎯⎯→ C2H6(g)

191
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Finalizando as considerações teóricas sobre catalisadores, apresentaremos duas frases que sintetizam os con-
ceitos aqui emitidos e abrem novas perspectivas no campo da Química.
“... Um sistema molecular passa de um estado para outro através de todos os caminhos intermediários possíveis, mas o
caminho mais econômico em energia será seguido com mais frequência.”

“Em muitos casos, não se compreendem ainda de maneira perfeitamente clara os métodos específicos da ação dos catalisadores.
Para encontrar um catalisador conveniente a determinada reação, em geral, é necessário um longo tempo de pesquisa.
Entretanto, podemos esperar pelo dia em que será possível encontrar um catalisador sob medida para cada necessidade. Essa
perspectiva explica a grande atividade que se desenvolve nessa fronteira da Química”.

Henry Eyring (1901-1981). Nascido no México, doutor em


Físico-Química pela Universidade da Califórnia, sob a orientação do
famoso Gilbert Newton Lewis, diretor do departamento de Química da
Universidade de Utah. Formulou a ideia do Complexo Ativado e
revolucionou o meio científico ao dar às velocidades das reações um
tratamento termodinâmico mais detalhado. Seus trabalhos mais impor-
tantes, no entanto, versaram sobre a aplicação da ideia do complexo
ativado à catálise. Preocupou-se profundamente com as implicações
políticas, sociais e éticas da ciência e esteve sempre disposto a discuti-las.
Pode-se dizer, num sentido mais amplo, que Henry Eyring atuou como
um catalisador na mente humana.

18. O buraco na camada de ozônio Essa reação é lenta, mas pode ser acelerada por
vários catalisadores, como átomos Cl.
Na alta atmosfera, o ozônio (O3) é formado por um
processo em duas etapas: Cl + O3 ⎯⎯⎯→ ClO + O2
1) Dissociação de uma molécula de O2: ClO + O ⎯⎯⎯→ Cl + O2
–––––––––––––––––––––––––––
O3 + O ⎯⎯⎯→ 2O2
luz U.V.
O2 ⎯⎯⎯⎯→ 2O
Os compostos que têm cloro, flúor e carbono na sua
constituição (CFC) são fontes de átomos de cloro. Por
2) Colisão de um átomo O com uma molécula de O2: exemplo, os compostos CFCl3 e CF2Cl2 foram muito
utilizados como gases refrigerantes e propelentes de ae-
O2 + O ⎯⎯⎯→ O3 rossóis. A uma altura de 30 a 40km, a radiação ultravioleta
decompõe esses compostos fornecendo átomos de cloro:
O ozônio se decompõe da seguinte maneira:
luz
O3 + O ⎯⎯⎯→ 2O2 CFCl3 ⎯⎯⎯→ CFCl2 + Cl
luz
CF2Cl2 ⎯⎯⎯→ CF2Cl + Cl

192
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O ozônio é muito importante na atmosfera superior devido à sua habilidade em absorver luz ultravioleta. Uma
diminuição na concentração de ozônio de 5% aumentaria a incidência de câncer de pele em 25%.
Atualmente os compostos CFC estão sendo substituídos como propelentes nos aerossóis por outros gases, como
propano e butano.
Quando um catalisador é gerado pela ação de luz, temos uma fotocatálise. Como exemplo, verifique a aceleração

 
••
da decomposição do ozônio (O3) por radical ou átomo de cloro • Cl . Este é gerado pela decomposição dos CFC
••
(clorofluorocarbono) pela radiação ultravioleta.

19. Concentração dos reagentes


Aumentar a concentração dos reagentes em uma reação significa aumentar a quantidade de reagentes por unidade
de volume. Quanto maior for o número de partículas reagentes, maior será o número de choques entre elas. Com o
aumento do número de choques, aumenta a velocidade da reação.
Vamos analisar a dependência do número de colisões com a concentração na reação química entre dois tipos de
moléculas, A e B.
A + B → produtos

• Há quatro colisões • Há oito colisões • Há dezesseis colisões


possíveis entre duas moléculas possíveis entre quatro moléculas possíveis entre quatro moléculas A e
A e duas moléculas B. A e duas moléculas B. quatro moléculas B.

20. Lei de Guldberg-Waage (lei da ação das massas)

“A velocidade de uma reação elementar é diretamente proporcional ao produto das concentrações em


mol/L dos reagentes, quando estas estão elevadas a expoentes, que são os seus coeficientes na equação da reação.”

Considere a reação elementar (uma única etapa): [A] = concentração de A em mol/L


nA
aA + bB → cC + dD [A] = –––
V
[B] = concentração de B em mol/L
Aplicando a Lei de Guldberg-Waage, temos: nB
[B] = ––––
V
v = k[A]a[B]b
As concentrações dos reagentes ([A] e [B]), normal-
mente, são usadas em mol/L.
193
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A constante k, denominada constante de veloci- Tal expressão deve ser assim lida:
dade da reação, é uma constante de proporcionali-
“A velocidade da reação é proporcional ao produto
dade, numericamente igual à velocidade da reação
da concentração em mol/L de nitrogênio pela concen-
para concentrações unitárias dos reagentes.
tração em mol/L de hidrogênio elevada à 3.a potência.”
Uma reação rápida tem uma constante k elevada,
enquanto uma reação lenta tem um pequeno valor para Nota
essa constante. Quando uma substância tem concentração constante, esta fica
A constante k é característica da reação e o seu valor incluída no valor da constante de velocidade k, isto é, essa
concentração não é escrita na fórmula. Um líquido puro e um
aumenta quando a temperatura aumenta.
sólido têm concentração constante.
Infelizmente, nem sempre tal lei conduz a resultados
exatos para a velocidade das reações. Muitas vezes a ex-
pressão que determina a velocidade da reação é diferente Um sólido e um líquido puro têm volume próprio. Se
da expressão obtida pela Lei de Guldberg-Waage. A dife- o volume dobra, a quantidade em mols também dobra e,
rença, na maioria dos casos, encontra-se nos expoentes da assim, a concentração não muda.
lei da velocidade. A única maneira de determinar, com
certeza, os expoentes na equação da lei da velocidade é Consideremos certa quantidade de sólido na forma
executar a experiência. Portanto, é importante observar de cubo.
quantidade em mols: n
que a verdadeira lei de velocidade só é determinada
experimentalmente. volume: V
n
concentração: M = –––
V

Considerando dois cubos iguais:

quantidade em mols: 2n

volume: 2V
2n n
concentração: M = ––– = ––
2V V

Qualquer quantidade do sólido tem a mesma


concentração.

Exemplo

A(s) + B(l) + C(g) → D


v = k . [C]

Em temperatura mais alta, as moléculas se movem mais rapidamente.


Quando se aumenta a concentração, as moléculas ficam mais próximas. Em Meia-vida (t1/2) é o tempo necessário para que a
ambos os casos, aumenta o número de colisões. concentração do reagente se reduza à metade da con-
centração inicial. Por exemplo, a meia-vida de de-
Exemplo de aplicação da Lei de Guldberg-Waage:
composição do ozônio, em fase gasosa e a 20°C, é 2 dias.

N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)


2O3(g) → 3O2(g)

Admitindo que seja uma reação elementar, temos: Assim, tendo-se 100g de ozônio a 20°C e fazendo-se
a sua decomposição, após 2 dias permanecerão 50g de
v = k [N2] . [H2]3 ozônio.

194
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21. Gráfico de velocidade Durante a reação, os reagentes vão-se consumindo,


de uma reação enquanto os produtos vão aparecendo, e os gráficos
mostram isso. No gráfico III, notamos que a velocidade
Podemos mostrar alguns tipos de gráficos que po-
no início da reação é máxima e diminui com o tempo.
dem ser obtidos quando estudamos a variação da con-
centração de reagentes, produtos e velocidades, numa Ora, a velocidade é proporcional à concentração dos
reação química. Tais gráficos devem ser entendidos de reagentes (v = k [R]). Se no decorrer da reação o reagente
uma forma geral. Se os quisermos para uma reação vai-se consumindo, a velocidade da reação só pode
específica, devemos obtê-los a partir da experiência, isso diminuir com o tempo.
é, devemos realizar a reação e medir experimentalmente
as variações de concentração e velocidade com o tempo. 22. Pressão
De modo geral, podemos mostrar três tipos de Numa reação entre gases, um aumento de pressão
gráficos: ocasionará um aumento na concentração (as partículas
ocuparão um espaço menor e serão forçadas a se chocar
mais vezes). Haverá maior número de choques e, em
consequência, maior velocidade na reação.

No gráfico I, notamos que a concentração de


reagente diminui com o tempo e, no gráfico II, notamos
que a concentração de produto aumenta com o tempo.
Isso é fácil perceber, pois numa reação, no início, a
quantidade de reagentes é máxima.

61. No processo de fabricação de pão, os padeiros, após prepara- II. Durante a fermentação, ocorre produção de gás carbônico,
rem a massa utilizando fermento biológico, separam uma por- que se vai acumulando em cavidades no interior da massa,
ção de massa em forma de “bola” e a mergulham num re- o que faz a bola subir.
cipiente com água, aguardando que ela suba, como pode ser III. A fermentação transforma a glicose em álcool. Como o ál-
cool tem maior densidade do que a água, a bola de massa
observado, respectivamente, em I e II do esquema abaixo.
sobe.
Quando isso acontece, a massa está pronta para ir ao forno.

Entre as afirmativas, apenas:


a) I está correta. b) II está correta.
c) I e II estão corretas. d) II e III estão corretas.
e) III está correta.
Resolução
I. Falsa.
O processo da fermentação de carboidratos se dá devido
Um professor de Química explicaria esse procedimento da à presença de enzima sintetizada por micro-organismos
seguinte maneira: presentes no meio.
A bola de massa torna-se menos densa que o líquido e sobe. II. Correta.
A alteração da densidade deve-se à fermentação, processo No processo de fermentação, ocorre a produção de gás
que pode ser resumido pela equação carbônico, que se acumula no interior da massa,
C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 + energia diminuindo a densidade dela. Quando essa densidade fica
glicose álcool comum gás carbônico menor que a da água, a bola de massa sobe.
III. Falsa.
Considere as afirmações a seguir. Embora a densidade do álcool seja menor que a da água,
I. A fermentação dos carboidratos da massa de pão ocorre isso não é suficiente para que a bola de massa adquira
de maneira espontânea e não depende da existência de densidade menor que a da água e suba.
nenhum organismo vivo. Resposta: B.

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62. A duração do efeito de alguns fármacos está rela- 63. O milho-verde recém-colhido tem um sabor adoci-
cionada à sua meia-vida, tempo necessário para cado. Já o milho-verde comprado na feira, um ou
que a quantidade original do fármaco no orga- dois dias depois de colhido, não é mais doce, pois
nismo se reduza à metade. A cada intervalo de tempo corres- cerca de 50% dos carboidratos responsáveis pelo sabor
pondente a uma meia-vida, a quantidade de fármaco existente adocicado são convertidos em amido nas primeiras 24 horas.
no organismo no final do intervalo é igual a 50% da quantidade Para preservar o sabor do milho-verde, pode-se usar o
no início desse intervalo. seguinte procedimento em três etapas:
1.o descascar e mergulhar as espigas em água fervente por
alguns minutos;
2.o resfriá-las em água corrente;
3.o conservá-las na geladeira.

A preservação do sabor original do milho-verde pelo proce-


dimento descrito pode ser explicada pelo seguinte argumento:
a) O choque térmico converte as proteínas do milho em amido
até a saturação; este ocupa o lugar do amido que seria
formado espontaneamente.
b) A água fervente e o resfriamento impermeabilizam a casca
dos grãos de milho, impedindo a difusão de oxigênio e a
oxidação da glicose.
c) As enzimas responsáveis pela conversão desses carboi-
dratos em amido são desnaturadas pelo tratamento com
água quente.
(F. D. Fuchs; L. Wannmacher. Farmacologia clínica. d) Micro-organismos que, ao retirarem nutrientes dos grãos,
Rio de Janeiro: Guanabara, Koogan, p. 40.) convertem esses carboidratos em amido são destruídos
pelo aquecimento.
O gráfico acima representa, de forma genérica, o que acon- e) O aquecimento desidrata os grãos de milho, alterando o
tece com a quantidade de fármaco no organismo humano ao meio de dissolução onde ocorreria espontaneamente a
longo do tempo. transformação desses carboidratos em amido.
A meia-vida do antibiótico amoxicilina é de 1h. Assim, se uma Resolução
dose desse antibiótico for injetada às 12h em um paciente, o O carboidrato de pequena cadeia (glicose), por polimerização,
percentual dessa dose que restará em seu organismo às origina amido. Essa transformação ocorre na presença de
13h30min será aproximadamente de: enzima, que funciona como catalisador.
a) 10% b) 15% c) 25% d) 35% e) 50% enzima
Resolução n C6H12O6 ⎯⎯⎯⎯⎯→ (C6H10O5)n + (n – 1) H2O
Das 12h (injeção do antibiótico) às 13h30min, decorreu glicose amido
1h30min. Em água quente, a enzima é desnaturada, isto é, ocorre
Como a meia-vida é de 1h, concluímos que tivemos um total alteração na sua estrutura, o que a faz perder a sua atividade
de 1,5 meia-vida. catalítica.
Pelo gráfico, para o número de meias-vidas igual a 1,5, a por- Resposta: C.
centagem de fármaco no organismo será de aproximada-
mente 35%. 64. (Encceja-Exame Nacional de Certificação de Competências
de Jovens e Adultos) – A combustão da gasolina nos
motores de automóveis produz uma série de gases, como
dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxidos de nitro-
gênio e hidrocarbonetos. Na camada mais baixa da atmosfera,
ou seja, na troposfera, tais gases participam de diversas
reações químicas que geram outras substâncias poluentes,
como o ozônio, que é gerado a partir de hidrocarbonetos e de
óxidos de nitrogênio. Com o uso de conversores catalíticos
(catalisadores) nos escapamentos, todos esses gases são
convertidos em dióxido de carbono, vapor de água e
nitrogênio. Sendo assim, o emprego desses conversores
a) diminui a formação de ozônio na troposfera.
Resposta: D. b) elimina a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.
c) diminui os buracos da camada de ozônio da estratosfera.
d) elimina a poluição do ar causada por veículos automotores.

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Resolução de HCl em vários tubos de ensaio. Adicionou, em seguida, em


Como, no conversor catalítico, os gases monóxido de cada tubo, diferentes volumes de solução de tiossulfato de
carbono, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos, necessários sódio (Na2S2O3). Completou o volume até 10mL com água e
para a formação do ozônio, são transformados em dióxido de cronometrou o tempo necessário para que se formasse uma
carbono, vapor de água e nitrogênio, diminui a formação de mesma quantidade de enxofre em cada experimento (tabela
ozônio na troposfera. 1). Também foram feitos experimentos para investigar o efeito
Resposta: A. da temperatura na velocidade da reação e, neste caso, o aluno
adicionou a cada um dos tubos de ensaio 2mL de solução de
65. (Encceja-Exame Nacional de Certificação de Competências HCl, 5mL de solução de Na2S2O3 e 3mL de água, a dadas
de Jovens e Adultos) – O brometo de metila, H3C — Br, é temperaturas, conforme mostra a tabela 2.
um gás que age como inseticida e fumigante, utilizado para
Tabela 1
tratamento de solo, controle de formigas e fumigação de
produtos de origem vegetal. O Brasil está implantando um Volume de Volume de Volume
programa que pretende eliminar o uso desse produto na agri- solução de solução de de água Tempo (s)
cultura, pois, de acordo com pesquisas, o brometo de metila HCl (mL) Na2S2O3 (mL) (mL)
contribui para a diminuição da camada de ozônio. O efeito do 2 1 7 410
brometo de metila é devido ao fato de que 2 2 6 355
a) essa substância acelera a capacidade de fotossíntese dos 2 3 5 241
vegetais, o que aumenta o consumo de ozônio na 2 4 4 115
atmosfera.
2 5 3 61
b) essa substância, em contato com o vapor de água, produz
metanol, que reage com o ozônio para formar água e
Tabela 2
dióxido de carbono.
c) suas moléculas são decompostas pela radiação solar em Volume de Volume de Volume
Temperatura Tempo
átomos de bromo livres (Br •), que transformam o ozônio solução de solução de de água
(°C) (s)
em oxigênio gasoso. HCl (mL) Na2S2O3(mL) (mL)
d) essa substância, ao atingir a estratosfera, provoca o deslo- 2 5 3 5 152
camento do ozônio para camadas mais baixas, por ser um
2 5 3 10 130
gás muito estável.
Resolução 2 5 3 20 90
As moléculas de H3C — Br são decompostas pela radiação 2 5 3 30 59
solar em átomos de bromo livres (Br •), que catalisam a
2 5 3 45 35
transformação de ozônio em oxigênio.
luz
H3C — Br ⎯⎯⎯→ H3C • + Br • 66. (Pasusp-Modelo Enem) – A primeira série de experimentos,
U.V. cujos dados são mostrados na tabela 1, permite concluir que
O2 ⎯⎯⎯→ 2O a) a velocidade da reação não depende da quantidade de
tiossulfato adicionado.
b) a velocidade de formação de enxofre depende da
Br • + O3 ⎯→ BrO + O2
concentração de ácido clorídrico.
BrO + O ⎯→ Br • + O2
–––––––––––––––––––––––––––– c) a quantidade de enxofre formado depende da con-
Br • centração de tiossulfato.
O3 + O ⎯→ 2O2
d) a formação de enxofre somente ocorre na presença de
ácido (HCl).
Resposta: C.
e) o enxofre aparece mais rapidamente em soluções
contendo mais tiossulfato.
Texto e tabelas para as questões 66 e 67.
Resolução
Na tabela 1, observa-se que, aumentando o volume da solu-
A reação de decomposição do ânion tiossulfato (S2O2–3 ), em ção de Na2S2O3, o tempo necessário para que se forme a
soluções contendo ácido clorídrico (HCl), ocorre segundo a
quantidade de enxofre diminui.
seguinte equação:
Concluímos que o enxofre aparece mais rapidamente em
S2O2– soluções contendo mais tiossulfato.
3 (aq) + 2H (aq) → S(s) + SO2(g) + H2O
+
Observe que, em todas as experiências, forma-se a mesma
Para estudar a velocidade da formação do enxofre (sólido quantidade de enxofre; portanto, esta não depende da
amarelo), a partir da decomposição do ânion tiossulfato concentração do tiossulfato.
(S2O2–
3 ), um aluno adicionou a mesma quantidade de solução
Resposta: E.

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67. (Pasusp-Modelo Enem) – Analisando-se a influência da Resolução


temperatura na velocidade de formação do enxofre (tabela 2), A substância I2 é reagente na 1.a reação e produto na 2.a
pode-se concluir que a primeira série de experimentos reação.
(representada pela tabela 1) foi realizada em temperatura Resposta: A.
mais próxima a
a) 5°C b) 10°C c) 20°C d) 30°C e) 45°C 70. Os pesticidas organoclorados foram ampla-
Resolução mente empregados na agricultura, contudo,
Comparando as tabelas, temos: em razão das suas elevadas toxicidades e per-
sistências no meio ambiente, eles foram banidos. Considere a
Tabela 2 aplicação de 500g de um pesticida organoclorado em uma
Volume da solução de HCl (mL): 2 cultura e que, em certas condições, o tempo de meia-vida do
Volume da solução de Na2S2O3 (mL): 5 pesticida no solo seja de 5 anos.
Volume de água (mL): 3 A massa do pesticida no decorrer de 35 anos será mais
Temperatura (°C): 30 próxima de:
Tempo: 59s a) 3,9g b) 31,2g c) 62,5g
d) 125,0g e) 250,0g
Tabela 1 Resolução
Volume da solução de HCl (mL): 2 Meia-vida é o tempo necessário para que metade da amostra
Volume da solução de Na2S2O3 (mL): 5 do pesticida seja transformada.
Volume de água (mL): 3 Partindo de 500g do pesticida de meia-vida de 5 anos, após
Temperatura (°C): 30
35 anos, terão ocorrido 7 meias-vidas.
Tempo: 61s
5 anos 5 anos 5 anos 5 anos
500g ––––––– 250g –––––– 125g –––––– 62,5g ––––––
Concluímos que os experimentos foram realizados a 30°C,
pois o tempo de formação do enxofre foi praticamente o 5 anos 5 anos 5 anos
–––––– 31,25g ––––––– 15,625g –––––––
mesmo.
Resposta: D. 5 anos 5 anos
–––––– 7,8125g ––––––– 3,90625g

68. (PUC-Camp-SP) – Os métodos de obtenção da amônia e do Após 35 anos, a massa do pesticida será mais próxima de
etanol: 3,9g.
Resposta: A.
Fe
I) N2(g) + 3H2(g) ⎯⎯⎯→ 2NH3(g)

zímase 71. (Fuvest-SP) – Para remover uma mancha de um prato de por-


II) C6H12O6 ⎯⎯⎯→ 2C2H5OH + 2CO2 celana, fez-se o seguinte: cobriu-se a mancha com meio copo
de água fria, adicionaram-se algumas gotas de vinagre e
representam, respectivamente, reações de catálise
deixou-se por uma noite. No dia seguinte, a mancha havia
a) homogênea e enzimática.
clareado levemente. Usando apenas água e vinagre, sugira
b) homogênea e autocatálise.
duas alterações no procedimento, de tal modo que a remoção
c) heterogênea e enzimática.
da mancha possa ocorrer em menor tempo. Justifique cada
d) heterogênea e autocatálise.
uma das alterações propostas.
e) enzimática e homogênea.
Resolução
Resolução
– Usando água quente
Na reação I, os reagentes (gasosos) e o catalisador (sólido) for-
Aumentando a temperatura, aumenta a energia cinética
mam um sistema heterogêneo. Na reação II, o catalisador é
média das partículas e a velocidade de remoção da
uma enzima.
mancha.
Resposta: C.

– Aumentando a quantidade de vinagre adicionada


69. (Fundação Carlos Chagas) – Na presença de catalisador, o
Quanto maior a concentração dos reagentes, maior o
mecanismo de dada reação foi descrito por meio das
número de colisões efetivas; logo, maior a velocidade de
seguintes etapas:
reação.
1.a etapa: CH3CHO + I2 → CH3I + HI + CO
2.a etapa: CH3I + HI → I2 + CH4 – Agitando o sistema
Aumenta o número de colisões efetivas; portanto, maior
A substância catalisadora da reação é:
será a velocidade de reação.
a) I2 b) CH3I c) HI d) CO e) CH4

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72. Qual a expressão de velocidade (Lei de Guldberg-Waage) para c) Fe(s) + 2HCl(aq) → FeCl2(aq) + H2(g)
as reações elementares que se seguem:
a) 2NH3(g) → N2(g) + 3H2(g) Resolução
v = k [HCl]2
Resolução Observação:
v = k [NH3]2 Na expressão da lei de velocidade, não entra sólido. Um
b) N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g) sólido apresenta concentração constante. O valor dessa
concentração já faz parte do valor da constante de
Resolução velocidade.
v = k [N2] [H2]3 v = k’ . [Fe] . [HCl]2 = k . [HCl]2

73. (Fuvest-SP-Modelo Enem) – A chamada “química verde” uti- 75. O sulfeto de mercúrio (II) foi usado como
liza métodos e técnicas próprios para reduzir a utilização e/ou pigmento vermelho para pinturas de quadros e
a geração de substâncias nocivas ao ser humano e ao murais. Esse pigmento, conhecido como
ambiente. vermilion, escurece com o passar dos anos, fenômeno cuja
origem é alvo de pesquisas. Aventou-se a hipótese de que o
vermilion seja decomposto sob a ação da luz, produzindo uma
Dela faz parte o desenvolvimento de
fina camada de mercúrio metálico na superfície. Essa reação
a) produtos não biodegradáveis e compostos orgânicos
seria catalisada por íon cloreto presente na umidade do ar.
persistentes no ambiente para combater pragas. (WOGAN, T. Mercury's Dark Influence on Art. Disponível em:
b) técnicas de análise para o monitoramento da poluição www.chemistryworld.com. Acesso em: 26 abr. 2018.
ambiental e processos catalíticos para reduzir a toxicidade Adaptado.)
de poluentes atmosféricos.
c) produtos não biodegradáveis e processos que utilizam Segundo a hipótese proposta, o íon cloreto atua na decom-
derivados do petróleo como matéria-prima. posição fotoquímica do vermilion
d) compostos orgânicos, persistentes no ambiente, para a) reagindo como agente oxidante.
combater pragas, e processos catalíticos, a fim de reduzir b) deslocando o equilíbrio químico.
c) diminuindo a energia de ativação.
a toxicidade de poluentes atmosféricos.
d) precipitando cloreto de mercúrio.
e) técnicas de análise para o monitoramento da poluição am-
e) absorvendo a energia da luz visível.
biental e processos que utilizam derivados do petróleo
como matéria-prima.
76. (UnB-DF) – Muito provavelmente, os primórdios da Química
relacionam-se à necessidade da conservação de alimentos,
que é realizada por meio do controle das reações químicas
74. (Unicamp-SP) – A velocidade de uma reação química foi es- que neles ocorrem. Esse controle pode ser feito de diversas
tudada medindo-se a concentração do produto X em função maneiras, inclusive pelo uso de substâncias conservantes,
do tempo. As curvas A e B no gráfico são os resultados de como o dióxido de enxofre, que controla o escurecimento de
dois experimentos iguais, com exceção da presença de alimentos, agindo como antioxidante.
catalisador em um deles. Qual das curvas se refere ao
experimento realizado com catalisador? Justifique a resposta. Com o auxílio do texto, julgue os itens abaixo, relacionados ao
controle das reações ocorridas nos alimentos.
(1) Para a indústria alimentícia, não é vantajoso aumentar a
concentração de dióxido de enxofre nos alimentos, pois
isso acarretaria um aumento na velocidade de
decomposição deles.
(2) A presença de dióxido de enxofre diminui a energia de
ativação da reação que leva ao escurecimento dos
alimentos.
(3) Os alimentos conservam-se por meio de refrigeração
devido ao aumento das colisões entre as moléculas das
substâncias que os compõem.
(4) Infere-se do texto que o dióxido de enxofre se oxida mais
facilmente que as substâncias do alimento ao qual ele é
adicionado.

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(5) Um dos produtos das reações envolvendo o dióxido de b) dióxido de carbono em etanol, sendo que A, B, C e D
enxofre deve conter enxofre com número de oxidação representam, respectivamente: biocatálise, catálise ho-
menor que + 4. mogênea, fotocatálise e catálise heterogênea.
c) metano em metanol, sendo que A, B, C e D representam,
77. (Unicamp-SP) – Com o objetivo de mitigar problemas am- respectivamente: biocatálise, catálise homogênea, catáli-
bientais e encontrar alternativas viáveis para a produção de se heterogênea e fotocatálise.
combustíveis, muitas propostas têm sido sugeridas. As figu- d) metano em metanol, sendo que A, B, C e D representam,
ras a seguir mostram rotas de transformação que possi- respectivamente: biocatálise, catálise homogênea, fotoca-
bilitariam alcançar o objetivo citado. tálise e catálise heterogênea.

78. Observe com atenção e extrema cautela o diagrama abaixo e


depois escolha as afirmativas que julgar corretas.

01) A energia de ativação da reação R → P, catalisada, é


40kcal/mol.
02) A energia de ativação da reação R → P, não catalisada, é
60kcal/mol.
04) A ação do catalisador diminuiu a energia de ativação em
20kcal.
08) A energia de ativação da reação P → R foi aumentada pela
ação do catalisador.
16) A energia liberada pela reação catalisada é menor que a
energia liberada pela reação não catalisada.

79. O odor que permanece nas mãos após o contato


com alho pode ser eliminado pela utilização de
um “sabonete de aço inoxidável”, constituído de
aço inox (74%), cromo e níquel. A principal vantagem desse
“sabonete” é que ele não se desgasta com o uso. Considere
que a principal substância responsável pelo odor de alho é a
alicina (estrutura I) e que, para que o odor seja eliminado, ela
seja transformada na estrutura II.

As figuras anteriores trazem a representação esquemática de


diferentes sistemas catalíticos para a reação de transforma-
ção de
a) dióxido de carbono em etanol, sendo que A, B, C e D Na conversão de I em II, o “sabonete” atuará como um
representam, respectivamente: biocatálise, catálise a) ácido. b) redutor. c) eletrólito.
homogênea, catálise heterogênea e fotocatálise. d) tensoativo. e) catalisador.

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80. (UFRJ) – Em uma reação de decomposição, podemos fazer Considerando-se essas reações, é incorreto afirmar que
uso do conceito de meia-vida, que é o tempo necessário para a) o cloro é um catalisador do processo global.
que a concentração do reagente se reduza à metade da b) o átomo de cloro é reduzido na etapa I.
concentração inicial. c) o CCl2F2 deve causar maior dano à camada de ozônio que
A meia-vida da reação representada no diagrama a seguir o CClF3.
é 2,4 horas a 30°C. d) o processo global converte duas moléculas de O3 em três
moléculas de O2.

83. (UFSC) – O gráfico a seguir refere-se à reação representada


pela equação

N2(g) + 2O2(g) + 68kJ →


← 2NO2(g), realizada sob pressão e
temperatura constantes.

a) Qual é o efeito sobre a entalpia da reação quando um


catalisador é adicionado ao sistema?
b) Quantos gramas permanecerão na decomposição de 10g
de N2O5 a 30°C, após um período de 4,8 horas?

81. O peróxido de hidrogênio é um produto secun-


dário do metabolismo celular e apresenta algu-
mas funções úteis, mas, quando em excesso,
é prejudicial, gerando radicais que são tóxicos para as células. (UTIMURA, Teruko Y.; LINGUANOTO, Maria.
Para se defender, o organismo vivo utiliza a enzima catalase, Química. São Paulo: FTD, p. 252. v. único. Adaptado.)
que decompõe H2O2 em H2O e O2. A energia de reação de
decomposição, quando na presença e ausência da catalase,
Em relação a essa reação, assinale a(s) proposição(ões) cor-
está mostrada no gráfico.
reta(s).
01. Os reagentes N2 e O2 são consumidos com a mesma
velocidade.
02. A reação representada pela curva II é mais rápida do que
a representada pela curva I.
04. A presença de um catalisador reduzirá a energia de
ativação da reação.
08. A entalpia de formação do NO2(g) é 68kJ . mol–1.
16. A curva II refere-se à reação catalisada e a curva I refere-se
à reação não catalisada.
32. Um aumento de temperatura acarretaria uma diminuição
(Disponível em: www.pontociencia.org.br. na velocidade da reação acima representada.
Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.)

Na situação descrita, o organismo utiliza a catalase porque ela


84. (Unesp-Modelo Enem) – Os catalisadores desempenham
a) diminui a energia de ativação.
importante papel em vários processos químicos. Uma reação
b) permite maior rendimento da reação.
genérica entre os reagentes A e B pode ocorrer na ausência
c) diminui o valor da entalpia da reação.
ou na presença de um catalisador (cat).
d) consome rapidamente o oxigênio do reagente.
e) reage rapidamente com o peróxido de hidrogênio.
A + B ⎯→ C + D não catalisada
82. (UFMG) – Os CFCs (clorofluorocarbonos) liberam, na estra- cat
A + B ⎯→ C + D catalisada
tosfera, átomos livres de cloro, que destroem o ozônio.
Esse processo é descrito, simplificadamente, pela sequência
de duas etapas representadas nestas equações: Indique a alternativa que melhor representa as reações cata-
Etapa I O3(g) + Cl(g) → O2(g) + ClO(g) lisada e não catalisada.

Etapa II ClO(g) + O3(g) → 2O2(g) + Cl(g)

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87. (UFG-GO) – O gráfico a seguir representa a influência do


trifosfato de adenosina (ATP) e da citidina trifosfato (CTP)
sobre a enzima aspartato transcarbamílase.

Considerando as informações do gráfico, conclui-se que


a) ATP é um inibidor e CTP um ativador enzimático.

85. (UFSC) – Uma reação genérica A + B → C + D, em deter- b) ATP e CTP agem de modo sinérgico.
minadas condições de pressão, temperatura e concentração, c) ATP e CTP agem independentemente da concentração do
ocorre com velocidade de 4mol/L . s. Nas mesmas condições, substrato.
mas na presença das substâncias (X, Y, Z e W), as d) ATP é um ativador e CTP um inibidor enzimático.
velocidades da reação são:
e) ATP e CTP competem pelo substrato.

A + B ⎯→ C + D v1 = 9mol/L . s
X
88. (Unicamp-SP) – Soluções aquosas de água oxigenada, H2O2,
A + B ⎯→ C + D v2 = 2mol/L . s
Y decompõem-se dando água e gás oxigênio. A figura a seguir
A + B ⎯⎯⎯→ C + D v3 = 14mol/L . s representa a decomposição de três soluções de água
X+Z
A + B ⎯⎯⎯→ C + D v4 = 7mol/L . s oxigenada em função do tempo, sendo que uma delas foi
X+W
catalisada por óxido de ferro (III), Fe2O3.

Com base nesses fatos, é correto afirmar: a) Qual das curvas representa a reação mais lenta? Justifique

01. X é um inibidor da reação. em função do gráfico.


02. Z é um ativador que atua com o catalisador X. b) Qual das curvas representa a reação catalisada? Justifique
04. W é um promotor que atua com o veneno X. em função do gráfico.
08. Y é um inibidor da reação.
16. Z sozinho não exerceria nenhuma ação sobre a
velocidade.

86. (UERJ) – Em um experimento, em condições adequadas,


foram medidas as velocidades de reação v de uma enzima
em função do aumento da concentração de seu substrato S.
1
O gráfico abaixo indica variações de –– em função de [S].
v

89. (UFU-MG-Modelo Enem) – O diagrama representa os


percursos da reação:

CH3Br + 2H2O → CH3OH + H3O+ + Br –


A curva que deve representar o resultado experimental é a
identificada por:
em presença de I– como catalisador e na ausência deste.
a) W b) X c) Y d) Z

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92. (Unimep-SP) – Entre as alternativas a seguir, indique a única


incorreta:
a) aumentando-se a temperatura, aumenta-se a velocidade
das reações.
b) aumentando-se a pressão parcial das substâncias rea-
gentes, aumenta-se a velocidade da reação.
c) aumentando-se a concentração das substâncias reagen-
tes, aumenta-se a velocidade da reação.
O diagrama nos permite concluir que d) a natureza das substâncias reagentes interfere na
a) a entalpia da reação catalisada é menor que a entalpia da velocidade de uma reação.
mesma reação quando não catalisada. e) catalisador é uma substância que diminui a velocidade de
b) a reação catalisada é mais lenta. uma reação sem ser consumida no processo.
c) a entalpia do sistema produto decresce quando a reação é
catalisada. 93. (UFG-GO) – Leia o texto a seguir:
d) a velocidade da reação não depende do percurso seguido O CFC, usado sem controle pelas indústrias de refrigeração e
por ela.
aerossóis até alguns anos atrás, contém uma molécula de
e) a energia de ativação do sistema reagente é menor
cloro que reage com uma outra do ozônio, destruindo essa
quando a reação é catalisada.
proteção.
(Veja, ed. 1511, n.o 35, p. 48.)
90. (Fuvest-SP) – Numa determinada condição experimental e
com o catalisador adequado, ocorre uma reação, conforme Esse trecho faz referência a uma classe de substâncias que é
representada no gráfico, que relaciona porcentagem do conhecida como clorofluorocarbonetos. As reações químicas
composto pelo tempo de reação. de um dos membros dessa classe, que levam à destruição da
camada de ozônio, podem ser representadas por:

Cl Cl
| luz |
a) F — C — F ⎯⎯⎯→ F — C • + Cl •
| |
Cl F

b) Cl • + O3 ⎯→ ClO • + O2

c) ClO • + O • ⎯→ Cl • + O2

Sobre essa classe de substâncias, é correto afirmar-se que


(01) o CFC contém uma molécula de cloro.
(02) o nome Iupac da substância CF2Cl2 é diclorodifluorome-
tano.
(04) cada molécula de CF2Cl2 é responsável pela decom-
posição de apenas uma molécula de O3.
Uma representação adequada para esse processo é:
(08) como representado pelas equações (b) e (c), há
→ p-cimeno → α-terpineno
a) limoneno ←
produção de oxigênio gasoso; portanto, a liberação de
p-cimeno
CF2Cl2, na atmosfera, é benéfica ao meio ambiente.
(catalisador)
b) limoneno ⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ α-terpineno (16) a molécula de cloro reage com o ozônio, produzindo
→ α-terpineno ClO • + O2.
c) limoneno + p-cimeno ←
α-terpineno
94. (Mackenzie-SP) – Analise as afirmativas abaixo e assinale a
(catalisador)
d) limoneno ⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ p-cimeno alternativa correta:
e) limoneno → α-terpineno → p-cimeno I. A velocidade de uma reação é proporcional às concen-
trações em mol/L dos produtos formados.
91. (UEL-PR) – Na preparação de hidrogênio, realizaram-se cinco II. A ação de um catalisador numa reação é dada pela dimi-
experiências entre magnésio e ácido clorídrico, nas condições nuição da energia de ativação.
a seguir especificadas. Escolha a alternativa correspondente III. Um aumento de pressão num sistema, onde ocorre a rea-
à reação com maior velocidade. ção entre dois gases, provoca alteração na velocidade da
Magnésio Concentração Temperatura reação.
na forma: do ácido, em mol/L da reação (°C) a) Somente a afirmativa III está correta.
a) raspas 0,1 20 b) Todas as afirmativas estão corretas.
b) raspas 0,2 25
c) Estão corretas as afirmativas I e II.
c) fita 0,1 20
d) Estão corretas as afirmativas I e III.
d) fita 0,2 20
e) Estão corretas as afirmativas II e III.
e) lâmina 0,1 25

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Nas questões de 95 a 97, você deve aplicar a Lei de 101. (Unicamp-SP) – A equação abaixo representa, de maneira
Guldberg-Waage (lei da ação das massas, que relaciona simplificada e incompleta, a formação de aldeídos na oxi-
concentração e velocidade) às reações elementares dação que ocorre em gorduras insaturadas, fenômeno
apresentadas: responsável pelo aparecimento de gosto ruim (ranço), por
exemplo, na manteiga.
95. 2CO(g) + O2(g) → 2CO2(g) R — C = C — R + O2 = R — C — H

96. CO2(g) + C(s) → 2CO(g) a) Escreva a equação química completa.


Para evitar a deterioração dos alimentos, inclusive em fun-
ção da reação acima, muitas embalagens são hermetica-
97. Fe(s) + 2HCl(aq) → FeCl2(aq) + H2(g)
mente fechadas sob nitrogênio ou sob uma quantidade de
ar muito pequena. Além disso, nos rótulos de diversos
98. (Famerp-SP) – Segundo a teoria das colisões efetivas, para
produtos alimentícios embalados desta forma, encontram-se,
que uma reação ocorra é necessário que as moléculas dos
frequentemente, informações como:
reagentes colidam umas com as outras com orientação
espacial adequada e energia mínima. Assim, qualquer Validade: 6 meses da data de fabricação se não for
alteração no meio reacional que interfira nesses dois fatores aberto.
modifica a velocidade da reação. A figura mostra o sistema Após aberto, deve ser guardado, de preferência,
reacional gasoso 1 submetido a modificações que em geladeira e consumido em até 5 dias.
proporcionaram os sistemas 2 e 3. Contém antioxidante.

Pode-se dizer que o antioxidante é uma substância, colocada


no produto alimentício, que reage “rapidamente” com oxi-
gênio.

Baseando-se nas informações acima, responda em


termos químicos:
b) Por que este prazo de validade diminui muito após a
abertura da embalagem?
c) Por que a recomendação de guardar o alimento em
geladeira depois de aberto?
Considerando que as moléculas existentes nesses sistemas
reajam entre si, as relações entre as velocidades (V) das
reações dos sistemas 1 e 2 e dos sistemas 1 e 3 são,
102. (Fatec-SP) – Na tabela que se segue, estão resumidos os
respectivamente,
dados coletados quando volumes iguais de soluções aquosas
a) V1 < V2 e V1 < V3 b) V1 = V2 e V1 > V3
dos ácidos A e B interagem com massas iguais do metal
c) V1 > V2 e V1 > V3 d) V1 < V2 e V1 > V3
magnésio.
e) V1 = V2 e V1 < V3
Tempo de reação
99. (IMT-SP) – Numa reação, temos xmols/litro de nitrogênio
Ácido A + Mg inferior a 1s
com ymols/litro de hidrogênio. A velocidade da reação é v1.
Se dobrarmos a concentração de nitrogênio e dobrarmos a Ácido B + Mg superior a 30s
concentração de hidrogênio, a nova velocidade será v2.
Qual a relação entre v2 e v1, admitindo elementar a reação?
Com base nesses dados, afirma-se:
Dado: 1N2 + 3H2 → 2NH3 I) A e B podem ser o mesmo ácido, porém em
concentrações diferentes.
100. (PUC-RJ) – Considere a reação elementar expressa pela II) A pode ser um ácido forte, e B, um ácido fraco.
equação: III) A concentração de íons H+ é maior na solução de B.

2AB(s) + 2C2(g) + D2(g) → 2AC2(g) + 2BD(g)


Dessas afirmações,
na qual é mantida a temperatura constante. Se a pressão a) apenas a I está correta.
parcial de C2(g) for reduzida à metade e a de D2 for duplicada, b) apenas a II está correta.
a velocidade da reação c) apenas a III está correta.
a) permanece constante. b) ficará duas vezes maior. d) estão corretas a I e a II, apenas.
c) ficará duas vezes menor. d) ficará quatro vezes maior. e) estão corretas a II e a III, apenas.
e) dependerá também da pressão parcial de AB.

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103. A sacarase (ou invertase) é uma enzima que 105. (UFMG) – Em dois experimentos, soluções de ácido clo-
atua no intestino humano hidrolisando o dis- rídrico foram adicionadas a amostras idênticas de magnésio
sacarídeo sacarose nos monossacarídeos gli- metálico. Em ambos os experimentos, o magnésio estava em
cose e frutose. Em um estudo cinético da reação de hidrólise excesso e a solução recobria inteiramente esse metal. O
da sacarose (C12H22O11), foram dissolvidos 171g de sacarose gráfico abaixo representa, para cada experimento, o volume
em 500mL de água. Observou-se que, a cada 100 minutos de total de hidrogênio desprendido em função do tempo.
reação, a concentração de sacarose foi reduzida à metade,
qualquer que fosse o momento escolhido como tempo inicial.
As massas molares dos elementos H, C e O são iguais a
1, 12 e 16gmo1–1, respectivamente.
Qual é a concentração de sacarose depois de 400 minutos do
início da reação de hidrólise?
a) 2,50 x 10–3mol . L–1 b) 6,25 x 10–2mol. L–1
c) 1,25 x 10–1mol. L–1 d) 2,50 x 10–1mol. L–1
e) 4,27 x 10–1mol. L–1

104. (UFU-MG) – Considere a reação exotérmica:


Com relação a esses experimentos, assinale a afirmativa
A(s) + B(l) → C(g)
falsa.
Essa reação está sendo realizada num recipiente aberto, sem a) A concentração do ácido no experimento I é igual a zero
deficiência de reagentes. Qual das medidas tomadas, entre no tempo t = 80s.
as relacionadas abaixo, não aumenta a velocidade da referida b) A concentração do ácido usado no experimento I é menor
reação? do que a do ácido usado no experimento II.
a) Trituração de A(s). c) O volume de ácido usado no experimento II é maior do
b) Agitação dos reagentes. que o volume usado no experimento I.
c) Aumento da temperatura do sistema. d) O volume total produzido de hidrogênio, no final dos
d) Adição de catalisador positivo. experimentos, é maior no experimento II do que no I.
e) Aumento da quantidade de B(l) no sistema.

23. Mecanismo de reação Conclui-se que a transformação ocorre em várias eta-


pas, por meio de uma sequência de colisões mais simples
É a sequência de etapas que conduz à reação global.
envolvendo menos partículas de cada vez.
Na maior parte das vezes, uma reação química
se realiza em uma série de etapas. Cada etapa é Conhecer o mecanismo de uma reação é conhecer a
série de etapas que levam os reagentes aos produtos.
chamada reação elementar.
Nesse caminho de reação, há etapas mais lentas e eta-
Considere a reação: pas mais rápidas. A etapa lenta determina a velocidade
da reação global; é chamada etapa determinante da
A + 3B → AB3
velocidade, pois a velocidade da reação global é a
A colisão de três partículas B com uma partícula A é própria velocidade da etapa lenta.
Exemplo
muito pouco provável de ocorrer.
A reação

A + 2B → AB2 (velocidade v)

realiza-se em duas etapas:

1.a ) A + B → AB (lenta) velocidade – v1


2.a ) AB + B → AB2 (rápida) velocidade – v2

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A velocidade v da reação global é igual à velocidade v1 da etapa


lenta. Compreenda isto facilmente, notando que AB, produzido na
1.a etapa, é o reagente da 2.a etapa. Enquanto AB não se forma (fim da Análise gráfica do mecanismo de reação
1.a etapa), a 2.a etapa não pode começar. (cada elevação (“morrinho”) corresponde a uma etapa da
A 2.a etapa é rápida, mas só se inicia quando a 1.a etapa terminar. reação)
Dessa forma, todo o processo depende da 1.a etapa (etapa lenta).

Portanto, a etapa lenta determina a velocidade


da reação global. A velocidade da reação global
é a velocidade da etapa lenta.

Por isso, quando quisermos a expressão da lei de


velocidade para uma reação, devemos usar a etapa
lenta da reação, e não a reação global.
Como a etapa lenta é a que determina a velocidade,
a expressão da velocidade da reação global é a própria
expressão da velocidade da etapa lenta dessa reação
global.
Assim sendo, a velocidade da reação em estudo será:

v = v1 = k [A] [B]

que é tirada da etapa lenta da reação (1.a etapa).

24. Determinação experimental da equação da velocidade da reação


A escolha de uma equação matemática, que represente a variação da velocidade da reação com a concentração dos
reagentes, deve-se basear exclusivamente em dados experimentais.
Exemplo
v
2A + 3B ⎯→ 2C

A variação da velocidade com as concentrações, obtida experimentalmente, é mostrada na tabela abaixo:

[A] mol/L [B] mol/L Velocidade (mol/L . min)


1.a experiência 3 1 5
2.a experiência 6 1 10
3.a experiência 6 2 40

Segundo a Lei de Guldberg-Waage, a equação da velocidade, baseando-se na equação global (portanto, errada), seria:

v = k [A]2 [B]3 (errado!)

Mas, quando temos a tabela experimental de variação de velocidade, devemos deduzir a equação da velocidade.

v = k [A]x [B]y

em que x e y serão determinados e não são necessariamente 2 e 3.

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Podemos usar dois métodos.


1.o método: comparativo 2.o método: algébrico
Comparando a 1.a com a 2.a experiência, notamos que a Dividimos, inicialmente, v1 por v2:
concentração de B é a mesma, mas a concentração de A v1 k [3]x [1]y 5
––– = ––––––––– = –––
dobrou e, como consequência, a velocidade também dobrou. v2 k [6]x [1]y 10
Comparando a 2.a com a 3.a experiência, verificamos que a
3x 1
concentração de A é a mesma, mas a de B dobrou e, como ––– = –– ⇒ 2 . 3x = 6x ⇒ 2 . 3x = 2x . 3x
6x 2
consequência, a velocidade quadruplicou.
2 = 2x, logo: x=1

Conclusão Dividimos v2 por v3:


A velocidade varia com a 1.a potência de [A] e com a v2 k [6]x [1]y 10
––– = –––––––––– = –––
2.a po tência de [B]. v3 x
k [6] [2] y 40
1y 1
––– = ––– ⇒ 4 = 2y ⇒ 22 = 2y , logo: y=2
v=k [A]1 [B]2 2y 4
v = k [A]1 [B]2

25. Ordem de uma reação


É a soma dos expoentes de concentração que aparecem na lei experimental da velocidade.
Considere a reação:
2H2 + 2NO → N2 + 2H2O

cuja lei experimental da velocidade é:


v = k [H2]1 [NO]2
Tal reação é de 3.a ordem (1 + 2 = 3).

Podemos, também, falar de ordem de reação com referência a uma espécie determinada.

Tal reação é de 1.a ordem em relação ao hidrogênio e de 2.a ordem em relação ao monóxido de nitrogênio.

Interpretação do conceito de ordem de reação


A ordem de uma reação significa dependência entre a concentração do reagente e a velocidade da reação.
Exemplo

v = k [A]

– reação de 1.a ordem: quando dobramos a concentração de A, dobramos também a velocidade da reação.

v = k [X]2

– reação de 2.a ordem: quando dobramos a concentração de X, quadruplicamos a velocidade da reação.


Por isso, a ordem de uma reação só pode ser determinada experimentalmente.

Observação
Como falamos anteriormente, nem sempre a Lei de Guldberg- Waage aplicada à reação global é a lei experimental da velocidade. Podemos dizer
que a lei experimental da velocidade corresponde à velocidade da etapa lenta da reação, pois esta é a etapa determinante da velocidade
da reação e, por isso, sua velocidade coincide com a velocidade da reação global.

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Exemplo Devemos sempre tomar cuidado ao apresentar mole-


Para a reação cularidade 3 para uma reação. Isso significa que há uma
colisão simultânea de 3 moléculas (seriam então 3 molé-
2H2 + 2NO → N2 + 2H2O culas formando o complexo ativado); colisões de 3 cor-
pos são bastante improváveis, como qualquer jogador de
uma possível sequência de etapas seria: bilhar sabe. Uma série alternativa de etapas sem esse
inconveniente seria dividir tal reação em 2 etapas, que
1.a) H2 + 2NO → N2O + H2O (lenta) não necessitassem colisão simultânea de 3 moléculas.
2.a) H2 + N2O → N2 + H2O (rápida)
Teríamos, então, a reação:

Sendo a 1.a etapa lenta, essa é a etapa determinante da velo- A + 2B → AB2


cidade. Por isso, a velocidade da reação global deve ser tirada dessa
etapa e não da própria reação global. em duas etapas:

Logo, a velocidade da reação global é dada por:


1.a etapa:
A + B → AB molecularidade = 2
v = v1 = k [H2] [NO]2
2.a etapa:
que é a velocidade da etapa lenta da reação. AB + B → AB2 molecularidade = 2

Portanto, repetindo:

A velocidade da reação global deve ser tirada a partir


da velocidade da etapa lenta dessa reação global.
27. Equação de Arrhenius
A velocidade de reação depende da energia e da fre-
quência de colisões entre as moléculas que reagem, da
26. Molecularidade de uma reação temperatura e da orientação apropriada das moléculas ao
colidirem. Essas condições resumem-se na Equação de
Chama-se molecularidade de uma reação o nú-
Arrhenius:
mero total de partículas que se chocam para formar o
Ea
complexo ativado. – ––––
RT
Por isso, só podemos definir molecularidade para k=A.e
cada etapa da reação, e não para uma reação global, pois k = constante de velocidade da reação.
cada etapa tem o seu próprio complexo ativado. Não faz A = frequência de colisões com geometria correta quando a
sentido falar em molecularidade para uma reação global concentração dos reagentes é igual a 1mol/L.
Ea
que seja o resultado de uma série de etapas. – ––––
e RT = fração de moléculas com energia mínima para reação.
Cada etapa tem a sua molecularidade.
e = base dos logaritmos neperianos ou naturais (e = 2,718...).
Exemplo Ea = energia de ativação.
R = constante dos gases ideais (8,31 . 10–3kJ/K . mol).
Para a reação:
2H2 + 2NO → N2 + 2H2O
1.a etapa: Verifica-se, por meio da Equação de Arrhenius:
H2 + 2NO → N2O + H2O molecularidade = 3 a) Se a energia de ativação é elevada, a constante de
velocidade é baixa, isto é, a reação é lenta.
2.a etapa: b) Para uma mesma reação, a constante de velocidade
H2 + N2O → N2 + H2O molecularidade = 2 aumenta com a temperatura.

208
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28. Determinação da Ea Método algébrico


pela Equação de Arrhenius Conhecendo-se k em duas temperaturas diferentes,
podemos escrever:
Método gráfico
 
Ea
Se tomarmos o logaritmo neperiano dos dois mem- ln k2 = ln A – ––––
RT2
bros da Equação de Arrhenius, teremos

 
Ea Ea
– –––– ln k1 = ln A – ––––
ln k = ln A + ln e RT RT1

Ea Subtraindo membro a membro uma equação da


ln k = ln A – –––– outra, vem
RT
k2 Ea
 
1 1
ln k2 – ln k1 = ln –––– = – ––– ––– – –––
que pode ser escrita na forma da equação de uma reta k1 R T2 T1

 
1 :
de ln k contra –––
 
T k2 Ea 1 1
ln –––– = – ––– ––– – ––– , equação que permite
k1 R T2 T1
Ea
   
1 Ea 1
ln k = ln A – –––– ––– = – –––– ––– + ln A
R T R T obter Ea.
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
y = b + a x = a x + b
(equação de uma reta) 29. Equações de concentração
em função do tempo
Assim, se fizermos o gráfico do logaritmo neperiano
Essas equações mostram as relações matemáticas
1
de k (ln k) contra –– , o resultado será uma reta com coe- entre a concentração e o tempo, isto é, permitem saber as
T
concentrações de reagentes e produtos depois de a reação
 
Ea
ficiente angular negativo dado por – ––– . Desta ma- avançar durante um certo intervalo de tempo. Elas
T podem ser usadas para calcular-se a concentração em
neira, temos a possibilidade de determinar a energia de qualquer instante, ou vice-versa.
ativação Ea a partir dos valores experimentais de k obti- Com os métodos do cálculo diferencial e integral,
dos a várias temperaturas. podemos transformar a lei da velocidade das reações
numa relação matemática entre a concentração e o
tempo. Como só trabalharemos com as equações
finais, não deduziremos estes resultados.
equação equação coefi-
gráfico
da velo- integrada de ciente
retilíneo
cidade velocidade angular
ordem
v = k [R]0 [R]t – [R]0 = – kt [R] x t –k
zero
1.a [R]t
v = k [R]1 ln –––– = – kt ln[R] x t –k
ordem [R]0
2.a 1 1 1
v = k [R]2 –––– – –––– = kt ––– x t k
ordem [R]t [R]0 [R]

Δ ln k Ea [R]0: concentração do reagente no instante t = 0 (este instante não é,


Coeficiente angular = ––––––––– = – –––– necessariamente, o instante do início da reação; pode ser o instante do

 
1 R
Δ ––– início das leituras dos instrumentos de medida).
T [R]t: concentração do reagente no instante t.

209
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Exemplos
Reação de ordem zero Conclusão
Pt As equações integradas de velocidades ilustram uma maneira
2NH3(g) ⎯→ N2(g) + 3H2(g) útil de determinar a ordem de uma reação. Gráficos baseados
nestas equações mostram uma reta exclusivamente quando:
v = k [NH3]0 = k
• [R] for plotada contra o tempo num processo de ordem
zero (velocidade = k).
• l n [R] for plotado contra o tempo num processo de
primeira ordem (velocidade = k [R]).
• 1
––– for plotado contra o tempo num processo de segunda
[R]
ordem com a equação de velocidade do tipo “veloci-
dade = k [R]2.

30. Meia-vida e reações


de primeira ordem
À medida que a reação avança, a concentração de um
reagente diminui, pois é transformado nos produtos.
A meia-vida, t1/2, de uma reação é o intervalo de
tempo necessário para a concentração de um reagente
Reação de primeira ordem diminuir à metade do seu valor inicial.
2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g) v = k [H2O2]1 A meia-vida é usada principalmente no caso de
processos de primeira ordem.
Para um reagente R numa reação de primeira ordem
em R, a meia-vida (t1/2) é o tempo em que

1 [R] 1
[R]t = ––– [R]0 ou ––––t = –––
2 [R]0 2

onde [R]0 é a concentração inicial e [R]t é a concentração


depois de a metade do reagente ter sido consumida. Para
achar t1/2, substituímos [R]t/[R]0 = 1/2 e t = t1/2 na
equação da concentração em função do tempo para uma
cinética de primeira ordem:

[R]t
l n ––––– = –kt
Reação de segunda ordem [R]0
2NO2(g) → 2NO(g) + O2(g) v = k [NO2]2
l n (1/2) = –kt1/2

Levando em conta que l n 2 = 0,693, podemos


escrever esta equação de outra forma, que é muito útil e
relaciona a meia-vida à constante de velocidade de
primeira ordem.
0,693
t1/2 = –––––
k

Observe que t1/2 é independente da concentração


numa reação de primeira ordem.
210
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Exemplo
2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g) t1/2 = 650 min

Considerando a concentração inical de H2O2 igual a 0,020mol/L, depois de 650min ela cai à metade, isto é, a
0,010mol/L. A concentração cai novamente à metade (a 0,0050mol/L) depois de outro intervalo de 650min.
Exemplos

Fique Atento!
1. (ITA-SP) – A Equação de Arrhenius 2. A decomposição química de um determinado gás A(g) é
k = A e–Ea/RT mostra a relação de dependência representada pela equação:
da constante de velocidade (k) de uma reação
A(g) → B(g) + C(g)
química com a temperatura (T), em kelvin
(K), com a constante universal dos gases (R), A reação pode ocorrer numa mesma temperatura por dois
com o fator pré-exponencial (A) e com a caminhos diferentes (I e II), ambos com lei de velocidade de
energia de ativação (Ea). A curva a seguir primeira ordem. Sendo v a velocidade da reação, k a constante de
mostra a variação da constante de velocidade velocidade, ΔH a variação de entalpia da reação e t1/2 o tempo de
com o inverso da temperatura absoluta, para meia-vida da espécie A, é correto afirmar que
uma dada reação química que obedece à equação acima. A partir da
kI (t1/2)II
análise deste gráfico, assinale a opção que apresenta o valor da a) ΔHI < ΔHII b) ––– = ––––––––
kII (t1/2)I
razão Ea/R para essa reação.
[B] . [C] [B] . [C]
c) kI = –––––––– d) vII = kII ––––––––
[A] [A]

vI kII
e) –––– = –––––
vII kI
Resolução
As equações da velocidade são, respectivamente:
vI = kI [A]
vII = kII [A]

a) 0,42 b) 0,50 c) 2,0 d) 2,4 e) 5,5


A relação entre as velocidades será:
Resolução vI kI
Ea –––– = –––––
O valor da razão ––– corresponde à inclinação da reta. vII kII
R
A relação entre a meia-vida (t1/2) e a constante de velocidade (k)
é dada pela expressão:

0,693
t1/2 = –––––
k

0,693
(t1/2)I = –––––
kI

0,693
(t1/2)II = –––––
kII

 R
E a Ea 1 kI (t1/2)II
l n k = l n A – ––– = – ––– . ––– + l n A –––– = –––––––
RT T kII (t1/2)I

4 Ea Ea A variação de entalpia da reação é igual nos dois caminhos


tg α = – ––– = –2 – 2 = – ––– ––– =2
2 R R (ΔHI = ΔHII).
Resposta: C Resposta: B

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106. Ferramentas de aço podem sofrer corrosão e en- Resolução


ferrujar. As etapas químicas que correspondem a Escolhemos duas equações em que [A] ou [B] seja a mesma.
esses processos podem ser representadas pelas Lei geral:
equações:
v = k [A]x [B]y
Fe + H2O + 1/2O2 → Fe(OH)2
Fe(OH)2 + 1/2H2O + 1/4O2 → Fe(OH)3 a) Tomemos as equações II e III, pois nas duas [A] é constante.
Fe(OH)3 + nH2O → Fe(OH)3 . nH2O (ferrugem) Substituímos os valores de II e III na lei geral e dividimos
II por III.
Uma forma de tornar mais lento esse processo de corrosão e II: 4 k 2x . 1y
formação de ferrugem é engraxar as ferramentas. Isso se –– = ––––––––––
III: 4 k 2x . 2y
justifica porque a graxa proporciona
a) lubrificação, evitando o contato entre as ferramentas. 1 = (1/2)y ∴ y=0
b) impermeabilização, diminuindo seu contato com o ar úmido.
c) isolamento térmico, protegendo-as do calor ambiente. b) Tomemos, agora, I e II, visto que nas duas [B] é constante.
d) galvanização, criando superfícies metálicas imunes.
I: 2 k 1x . 1y
e) polimento, evitando ranhuras nas superfícies. –– = ––––––––––
II: 4 k 2x . 1y
Resolução
De acordo com as equações químicas, para haver a corrosão, o
1/2 = (1/2)x ∴ x=1
ferro deve entrar em contato com o oxigênio (O2) e a água
(H2O). A graxa diminui o contato do ferro com o ar úmido e,
consequentemente, o processo de corrosão fica mais lento. Resposta: v = k [A]1 [B]0 ou v = k [A]1
Portanto, a graxa proporciona uma impermeabilização das
ferramentas de aço.
Nota: considerando as experiências I e II, observe que a [B]
Resposta: B.
fica constante e a [A] duplica. Como a velocidade também
duplica, conclui-se que ela é diretamente proporcional a [A].
107. A reação:
Tendo as experiências II e III, verifique que a [A] fica constante
4HCl + O2 → 2H2O + 2Cl2
enquanto a [B] duplica. Como a velocidade ficou constante,
totalmente em fase gasosa tem as seguintes etapas interme- conclui-se que a velocidade da reação global não depende da
diárias: concentração de B. O reagente B deve participar de uma
I) HCl + O2 → HClO2 etapa rápida e a velocidade é tirada da etapa lenta. Como B
II) HClO2 + HCl → 2HClO não participa da etapa lenta, a velocidade do processo global
III) 2HClO + 2HCl → 2H2O + 2Cl2 não depende de [B]. A reação é de primeira ordem com
relação a A e de ordem zero com relação a B.
Tendo em vista a equação geral e suas etapas intermediárias,
das quais (I) é lenta e (II) e (III) são rápidas, qual das seguintes 109. (Fuvest-SP) – Em solução aquosa, iodeto de potássio reage
expressões de velocidade determina a velocidade da reação com persulfato de potássio (K2S2O8). Há formação de iodo e
global? de sulfato de potássio.
a) v = k [HCl]4 . [O2] b) v = k [HCl]2 . [O2]1/2 No estudo cinético desta reação, foram realizadas quatro
c) v = k [HCl] . [O2] d) v = k [HClO2] . [HCl] experiências. Em cada uma delas, foram misturados volumes
e) v = k [HClO]2 . [HCl]2 adequados de so lu ções-estoque dos dois reagentes, ambas
Resolução de concentração 4,0.10–1mol/L, e, a seguir, foi adicionada água,
A etapa determinante é a mais lenta. A velocidade da reação até que o volume final da solução fosse igual a 1,00L.
global é igual à velocidade da etapa mais lenta (I). Na tabela, estão indicadas as concentrações iniciais dos
Resposta: C. reagentes, logo após a mistura e adição de água (tempo igual
a zero).
108. Dada a reação hipotética: A+B→C+D e as experiên-
Expe- Concentrações iniciais em mol/L Temperatura
cias abaixo, determine a lei de velocidade para a reação: riência (°C)
I– S2O2–
8
v. inicial
Experiência [A] (mol/L) [B] (mol/L) 1 1,0 . 10–2 1,0 . 10–2 25
(mol/L . min)
I) 1,0 1,0 2,0 2 2,0 . 10–2 1,0 . 10–2 25
II) 2,0 1,0 4,0
3 2,0 . 10–2 2,0 . 10–2 25
III) 2,0 2,0 4,0
IV) 3,0 3,0 6,0 4 1,0 . 10–2 1,0 . 10–2 35
V) 3,0 6,0 6,0

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Abaixo estão o gráfico correspondente ao estudo cinético cita- Volume de água em cada experiência:
do e uma tabela a ser preenchida com os volumes das solu- Exp. 1 = 1000mL – (25mL + 25mL) = 950mL
ções-estoque e os de água, necessários para preparar as solu- Exp. 2 = 1000mL – (50mL + 25mL) = 925mL
ções das experiências de 1 a 4. Exp. 3 = 1000mL – (50mL + 50mL) = 900mL
a) Escreva a equação química balanceada que representa a
Exp. 4 = 1000mL – (25mL + 25mL) = 950mL
reação de oxirredução citada.
Preenchendo a tabela, temos:
b) Preencha a tabela abaixo.
c) No gráfico, preencha cada um dos círculos com o número Volume (mL) Volume (mL)
correspondente à experiência realizada. Justifique sua de solução- de solução- Volume
escolha com base em argumentos cinéticos e na Experiência estoque de estoque de (mL) de
quantidade de iodo formado em cada experiência. iodeto de persulfato de água
potássio potássio
mols de I2 produzido
velocidade da reação = –––––––––––––––––––––– = 1 25mL 25mL 950mL
tempo 2 50mL 25mL 925mL
= k . CI– . CS 2– 3 50mL 50mL 900mL
2O8
4 25mL 25mL 950mL
CI– e CS 2– = concentrações das respectivas espé-
2O8 c) A equação da reação é:
cies químicas, em mol/L 2–
2I– + S2O82– → 2SO4 + I2
k = constante de velocidade, dependente da
temperatura Cálculo da quantidade de I2 formada em cada experiência:
Experiência 1
Volume (mL) Volume (mL) 2– forma
2mol de I– –––– 1mol de S2O8 –––––– 1mol de I2
de solução- de solução- Volume
2–
Experiência estoque de estoque de (mL) de 1,0 . 10–2mol de I– –––– 0,5. 10 –2mol de S2O8 ––– x
iodeto de persulfato de água 2–
x = 0,5 . 10 – 2 mol de I2 (excesso de S2O8 )
potássio potássio
1 Experiência 2
2– forma
2mol de I– ––– 1mol de S2O8 ––––––– 1mol de I2
2
2–
3 2,0 . 10–2mol de I– ––– 1,0 .10 –2mol de S2O8 ––– y
4 y = 1,0 . 10 – 2mol de I2

Experiência 3
2– forma
2mol de I– ––– 1mol de S2O8 –––––– 1mol de I2
2–
2,0 . 10 –2mol de I– ––– 1,0 .10 –2mol de S2O8 ––– z
2–
z = 1,0 . 10 – 2mol de I2 (excesso de S2O8 )

Experiência 4
2– forma
2mol de I– ––– 1mol de S2O8 –––––– 1mol de I2
Resolução
2–
a) Considerando coeficiente 1 para K2S2O8 (substância com 1,0 . 10 –2mol de I– ––– 0,5.10 –2mol de S2O8 ––– w
maior quantidade de átomos): w = 0,5 . 10 – 2 mol de I2 (excesso de S2O8 )
2–

2KI + 1K2S2O8 → 2K2SO4 + I2


Nas experiências 1 e 4, como a quantidade de I2 formada é a
Equação iônica da reação: mesma, quanto maior a temperatura (35°C → experiência 4),
2– 2–
2I– + S2O8 → 2SO4 + I2 menor o tempo necessário para a reação ocorrer.
2– 2–
b) Cálculo do volume de solução 4,0 . 10 –1mol/L de KI ou de 2I– + S2O → 2SO + I2
8 4
K2S2O8 necessário para preparar 1L de solução 1,0 . 10 –2mol/L v = k CI– . CS 2–
2O8
de KI ou de K2S2O8 :
Nas experiências 2 e 3, quanto maior a concentração de S2O82–
1L ––––– 4,0 . 10 –1mol
(experiência 3), maior a velocidade da reação e menor o tempo.
x ––––– 1,0 . 10 – 2mol
Podemos concluir que:
x = 0,025 L = 25mL

Cálculo do volume de solução 4,0 . 10 –1mol/L de KI ou de


K2S2O8 necessário para preparar 1L de solução 2,0 . 10 –2mol/L
de KI ou K2S2O8 :
1L ––––– 4,0 . 10 –1mol
y ––––– 2,0 . 10 –2mol
y = 0,050 L = 50mL

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110. (UECE) – Assinale a alternativa correta: 113. (PUC-RJ) – Dados experimentais sobre a reação do brometo
a) Reação não elementar é a que ocorre por meio de duas ou de t-butila com hidroxila, a 55°C:
mais etapas elementares. (CH3)3CBr + OH– → (CH3)3COH + Br –
b) 2NO + H2 → N2O + H2O é um exemplo de reação
elementar porque ocorre por meio de três colisões entre Concentração inicial (mol/L) Velocidade
duas moléculas de NO e uma de H2. (CH3)3CBr OH– (mol . L–1 . s–1)
c) No processo: 1) 0,10 0,10 0,0010

lenta 2) 0,20 0,10 0,0020


HBr + NO2 ⎯⎯→ HBrO + NO
rápida 3) 0,30 0,10 0,0030
HBr + HBrO ⎯⎯→ H2O + Br2 4) 0,10 0,20 0,0010
––––––––––––––––––––––––––––––––––
2HBr + NO2 ⎯⎯→ H2O + NO + Br2 5) 0,10 0,30 0,0010

Assinale a opção que contém a expressão da velocidade da


a expressão da velocidade da reação global é dada por: reação:
v = k [HBr] [HBrO] a) v = k [(CH3)3CBr]
d) Se a velocidade de uma reação é dada por: b) v = k [OH–]
v = k [NO2] [CO], sua provável reação será: c) v = k [(CH3)3 CBr]2 [OH–]
NO + CO2 → NO2 + CO. d) v = k [(CH3)3 CBr]3 [OH–]2
e) v = k [(CH3)3 CBr] [OH–]
111. (Fundação Carlos Chagas) – A reação hipotética:
114. (Fuvest-SP) – Em solução aquosa ocorre a transformação:
2X + 2Y → P + Q
H2O2 + 2I– + 2H+ → 2H2O + I2
poderá ocorrer segundo o seguinte mecanismo:
(reagentes) (produtos)

X + Y → Z + W .......................................................v1 Em quatro experimentos, mediu-se o tempo decorrido para a


X + Z → P .............................................................. v2 formação de mesma concentração de I2, tendo na mistura de
reação as seguintes concentrações iniciais de reagentes:
W + Y → Q ..............................................................v3
Experi- Concentrações iniciais (mol/L)
(soma): Tempo (s)
mento H2O2 I– H+
2X + 2Y → P + Q ..................................................... v4
I 0,25 0,25 0,25 56
em que v são as velocidades das reações expressas em: II 0,17 0,25 0,25 87
mol . L–1 . s–1
III 0,25 0,25 0,17 56
Admitindo que v1 = v3 > v2, a velocidade global, v4, deverá ser IV 0,25 0,17 0,25 85
mais próxima de:
a) v1 + v2 b) v2 c) v3 Esses dados indicam que a velocidade da reação considerada
d) v3 – v2 e) 2v1 + v2 depende apenas da concentração de:
a) H2O2 e I– b) H2O2 e H+ c) H2O2
d) H+ e) I–
112. (UFC-CE) – Abaixo se têm reações químicas acompanhadas
de suas respectivas leis de velocidade.
Reação química Lei de velocidade 115. (UNIP) – Para a reação gasosa:

i) 2N2O5(g) → 4NO2(g) + O2(g) v = k[N2O5] 2A + 2B → produtos


ii) H2(g) + I2(g) → 2HI(g) v = k[H2] [I2]
têm-se como dados experimentais:
iii) 2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g) v = k[NO]2 [O2]
Concentrações iniciais Velocidade inicial
iv) 2SO2(g) + O2(g) → 2SO3(g) v = k[O2][SO2]2 Experiência [A] mol/L [B] mol/L v (mol/L . min)

Assinale a alternativa que expressa corretamente as 1 1 x 10–2 1 x 10–3 4,8 x 10–5


respectivas ordens de reação. 2 3x 10–2 1x 10–3 43,2 x 10–5
a) ni =1, nii = 2, niii = 3 e niv = 1 3 3 x 10–2 2 x 10–3 86,4 x 10–5
b) ni =1, nii = 2, niii = 3 e niv = 3 A expressão da velocidade para esta reação é:
c) ni = 2, nii = 3, niii = 1 e niv = 1 a) v = k [A]2 [B] b) v = k [A]3 [B]2
d) ni = 2, nii = 3, niii = 1 e niv = 3 3
c) v = k [A] [B] d) v = k . [A]2 . [B]2
e) ni = 3, nii = 1, niii = 2 e niv = 3 e) v = k . [A] . [B]

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116. (UFES) – Os dados da tabela seguinte referem-se ao Com os resultados das velocidades iniciais obtidos, montou-se
processo químico: a seguinte tabela:

A + B + C → X Experiências [H2] [NO] v (mol . L–1 . s–1)

[A] [B] [C] Velocidade da 1 0,10 0,10 0,10


Experiência
mol/L mol/L mol/L reação mol/L . s
2 0,20 0,10 0,20
1 0,5 0,5 0,5 0,015
3 0,10 0,20 0,40
2 0,5 1,0 0,5 0,015
3 0,5 1,0 1,0 0,060 4 0,30 0,10 0,30
4 1,0 0,5 0,5 0,030
5 0,10 0,30 0,90
5 1,0 1,0 1,0 0,120
Baseando-se na tabela acima, podemos afirmar que a lei de
A equação da velocidade dessa reação é:
velocidade para a reação é:
a) v = k [A] [B] [C] b) v = k [A] [B] [C]2
a) v = k . [H2] b) v = k . [NO]
c) v = k [A] [C]2 d) v = k [A]2 [C]4
c) v = k . [H2] [NO] d) v = k . [H2]2 [NO]
e) v = k [A]2 [B] [C]4 2
e) v = k . [H2] [NO]

117. (UFPE/UFRPE)

Número do [Cl2] [Fe2+] Velocidades 120. (UFSC) – O nitrogênio do ar não é assimilável, mas por uma
experimento inicial inicial iniciais relativas ação simbiótica entre os legumes e certas bactérias que
I) 0,10 1 1 existem nos nódulos das raízes, ele é fixado no solo em
forma de compostos amoniacais. A cada ano, em toda a
II) 0,20 1 2
superfície terrestre, um bilhão de toneladas de nitrogênio
III) 0,10 0,5 0,5 atmosférico é transformado em N2 fixado, sendo que, entre
IV) 0,05 0,05 0,025 todas as reações químicas realizadas, a síntese da amônia a
partir de hidrogênio e nitrogênio atmosférico é a mais
Com relação aos dados experimentais constantes na tabela
importante, conhecida como Processo de Haber:
acima, relativos à reação:
N2(g) + 3H2(g) →
← 2NH3(g)
Cl2(aq) + 2Fe2+(aq) → 2Cl–(aq) + 2Fe3+(aq)
Em uma experiência para determinar a lei de velocidade
a expressão que sugere a lei de velocidade de reação é:
dessa reação, os dados da tabela a seguir foram obtidos:
a) v = k [Cl2] [Fe2+]2 b) v = k [Cl2] [Fe2+]
c) v = k [Cl2]2 [Fe2+]2 d) v = k [Cl2]2 [Fe2+]0 Velocidade,
[N2], mol . L–1 [H2], mol . L–1
e) v = k [Cl2]0 [Fe2+]2 mol . L–1 . min–1

0,03 0,01 4,2 x 10–5


118. (FMTM-MG) – A reação expressa pela equação
0,06 0,01 1,7 x 10–4
2NO + 2H2 → N2 + 2H2O
0,03 0,02 3,4 x 10–4
tem lei de velocidade v de formação de N 2 dada pela
Dado: massas molares em g/mol: N2(28); NH3(17).
equação
v = k [NO]2 [H2], em que k é a constante de velocidade.
Com base nas informações do enunciado, assinale a(s) propo-
a) Discuta por que o expoente que afeta a concentração de
sição(ões) correta(s).
H2 na lei de velocidade é diferente do coeficiente da
(01) A lei de velocidade da reação de formação da amônia é
equação estequiométrica.
v = k [N2]2 . [H2]3.
b) Foram feitas duas determinações da velocidade desta rea-
(02) A partir de 10g de N2‚ são obtidos 17g de NH3.
ção. Nas duas determinações, as concentrações de H2
(04) Se a velocidade de formação da amônia é igual a
empregadas foram as mesmas, enquanto a concentração
3,4 x 10–4mol . L–1 . min–1, então a velocidade de con-
de NO empregada numa delas é o dobro da concentração
sumo do nitrogênio é de 1,7 × 10–4mol . L–1 . min–1 .
empregada na outra. Qual é a relação existente entre as
(08) A reação de formação da amônia é de segunda ordem
velocidades de reação das duas determinações?
em relação ao nitrogênio e ao hidrogênio.
Justifique.
(16) Quando a concentração de N2 duplica, a velocidade da
reação se reduz à metade.
119. (UNIRIO) – Num laboratório, foram efetuadas diversas expe-
(32) A velocidade de consumo do hidrogênio é um terço da
riências para a reação:
velocidade de consumo do nitrogênio.
2H2(g) + 2NO(g) → N2(g) + 2H2O(g)

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121. (Unesp-Modelo Enem) – O gás cloreto de carbonila, COCl2 125. (UNIP-SP) – Considerando a reação química
(fosgênio), extremamente tóxico, é usado na síntese de
NO2(g) + CO(g) → NO(g) + CO2(g)
muitos compostos orgânicos. Conhecendo os seguintes
dados coletados a uma dada temperatura: verifica-se que a velocidade (rapidez) dela é dada pela equação:

Concentração v = k [NO2]2
Velocidade inicial
inicial (mol. L–1)
(mol COCl2 . L–1. s–1) A etapa lenta do processo poderia ser:
Experimento CO(g) Cl2(g) a) 2NO2 → NO3 + NO
b) NO2 + CO2 → NO3 + CO
1 0,12 0,20 0,09
c) NO3 + CO → NO2 + CO2
d) 2NO2 + 2CO → 2NO + 2CO2
2 0,24 0,20 0,18
e) 2NO2 → NO + O3
3 0,24 0,40 0,72
126. (UNIP-SP) – A reação A(g) + B(g) → C(g) é de primeira or-
dem com relação a A e de primeira ordem com relação a B.
a expressão da lei de velocidade e o valor da constante k de
Comprimindo os gases a 1/4 do volume original, a velo-
velocidade para a reação que produz o cloreto de carbonila,
cidade de reação
CO(g) + Cl2(g) → COCl2(g), são, respectivamente: a) não se altera. b) diminui 4 vezes.
a) v = k [CO(g)]1 + [Cl2(g)]2, k = 0,56L2 . mol–2. s–1 c) diminui 16 vezes. d) aumenta 8 vezes.
b) v = k [CO(g)]2 [Cl2(g)]1, k = 31,3L2 . mol–2. s–1 e) aumenta 16 vezes.
c) v = k [Cl2(g)]2 , k = 2,25L2 . mol–2 . s–1
127. (UFRGS) – As curvas desenhadas no gráfico abaixo repre-
d) v = k [CO(g)]1 [Cl2(g)]2, k = 18,8L2 . mol–2. s–1
sentam a variação da velocidade de uma reação monomo-
e) v = k [CO(g)]1 [Cl2(g)]1, k = 0,28L2 . mol–2. s–1 lecular em função da concentração do reagente.

122. (FEPA) – Em uma experiência de cinética química, aumentou-se


diversas vezes a concentração de um dos reagentes, A, man-
tendo-se fixa a concentração das outras substâncias, e
observou-se que a velocidade da reação não se alterou.
Assim, pode-se afirmar que a ordem dessa reação em relação
ao reagente A é igual a:
a) 1 b) 0 c) 2 d) –1 e) 1,5

123. (ITA-SP) – Uma certa reação química é representada pela


equação: A curva que representa corretamente o comportamento de
2A(g) + 2B(g) → C(g) uma reação de primeira ordem é a de número:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
em que A, B e C significam as espécies químicas que são
colocadas para reagir. Verificou-se experimentalmente numa 128. (Fuvest-SP) – O estudo cinético, em fase gasosa, da reação
certa temperatura que a velocidade dessa reação quadruplica representada por NO2 + CO → CO2 + NO mostrou que a
com a duplicação da concentração da espécie A, mas não velocidade da reação não depende da concentração de CO,
depende das concentrações das espécies B e C. Assinale a mas depende da concentração de NO2 elevada ao quadrado.
opção que contém, respectivamente, a expressão correta da Esse resultado permite afirmar que
velocidade e o valor correto da ordem da reação. a) o CO atua como catalisador.
a) v = k [A]2 [B]2 e 4. b) v = k [A]2 [B]2 e 3. b) o CO é desnecessário para a conversão de NO2 em NO.
c) o NO2 atua como catalisador.
c) v = k [A]2 [B]2 e 2. d) v = k [A]2 e 4.
d) a reação deve ocorrer em mais de uma etapa.
e) v = k [A]2 e 2.
e) a velocidade da reação dobra se a concentração inicial de
NO2 for duplicada.
124. (FUFPI) – Numa certa reação química, quando a concentração
de um reagente é triplicada, a sua velocidade é multiplicada por 129. (UFRJ) – A oxidação do brometo de hidrogênio produzindo
 3. O expoente do termo da concentração desse reagente, bromo e água pode ser descrita em três etapas:
na expressão da lei da velocidade, é:
1 1 I) HBr(g) + O2(g) → HOOBr(g) (etapa lenta)
a) –– b) –– c) 1 d) 2 e) 3
4 2 II) HBr(g) + HOOBr(g) → 2HOBr(g) (etapa rápida)
III) HOBr(g) + HBr(g) → Br2(g) + H2O(g) (etapa rápida)

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a) Apresente a expressão da velocidade da reação de oxida- A tabela abaixo mostra os resultados obtidos:
ção do brometo de hidrogênio.
Conc./mol . L–1 Tempo/min
b) Utilizando a equação global da oxidação do brometo de
hidrogênio, determine o número de mols de Br2 produzido 0,80 zero
quando são consumidos 3,2g de O2.
0,40 9,0
Dado: massa molar: O2(32g/mol).
0,20 18,0
130. (UnB-DF) – Nos últimos anos, tem-se observado uma con- 0,10 27,0
siderável diminuição da camada de ozônio na atmosfera.
Segundo alguns cientistas, o crescente aumento da incidên- a) Partindo-se de 500mL da solução de C6H5N2Cl e coletan-
cia de câncer de pele pode estar relacionado à destruição da do-se o nitrogênio (isento de umidade) à pressão de 1atm
camada de ozônio na estratosfera pela ação dos clorofluor-
e 40°C, qual o volume obtido desse gás decorridos 27 mi-
carbonetos (CFC). Isso ocorre por meio de uma sucessão de
nutos? Mostre com cálculos.
processos químicos, cuja fase final é representada a seguir:
b) A partir dos dados da tabela, pode-se mostrar que a
etapa I: Cl + O3 → ClO + O2 velocidade da reação é dada pela expressão:
etapa II: ClO + O → Cl + O2 v = k [C6H5N2Cl]
––––––––––––––––––– Demonstre esse fato utilizando os dados da tabela.
equação global O + O3 → 2O2
Sugestão: calcule a velocidade média nas concentrações
0,60 e 0,30mol/L.
Analisando as equações acima e considerando a Constante
Volume molar de gás a 1atm e 40°C = 26L/mol.
de Avogadro igual a 6 x 1023mol–1 e a massa molar do O
igual a 16g/mol, julgue os seguintes itens.
133. (UnB-DF) – O ozônio (O3) é uma das formas naturais de asso-
(1) Pela equação global, verifica-se que, a partir de um mol
de moléculas de ozônio, obtêm-se 12 x 1023 moléculas ciação dos átomos de oxigênio. Sua alta reatividade o trans-
de gás oxigênio. forma em substância tóxica capaz de destruir micro-organismos
(2) Segundo a equação global, conclui-se que, a partir de 48g e prejudicar o crescimento de plantas. Mas em estado puro e
de ozônio, são obtidos 64g de oxigênio. livre na estratosfera (camada atmosférica situada entre 15 e
(3) Segundo a teoria das colisões, todos os choques entre os 50 quilômetros de altura), esse gás participa de interações
átomos de cloro e as moléculas de ozônio levam à essenciais para a defesa da vida, razão pela qual os cientistas
formação de ClO e O2. têm alertado as autoridades para os riscos de destruição da
(4) A etapa determinante do processo representado acima camada de ozônio. O cloro liberado a partir da decomposição
será aquela que possuir maior energia de ativação.
dos clorofluorcarbonetos destrói o ozônio conforme
representado pelas equações a seguir.
131. (UNIP-SP) – Para a reação
I) Cl(g) + O3(g) → ClO(g) + O2(g)
2A + B → C + 2D
II) ClO(g) + O(g) → Cl(g) + O2(g)
a ordem total é 2. É incorreto afirmar: ––––––––––––––––––––––––––––
O(g) + O3(g) → 2O2(g)
a) A reação pode ser de segunda ordem com relação a A.
v = k [A]2 (Camada de ozônio: um filtro ameaçado. In: Ciência Hoje,
b) A reação pode ser de primeira ordem com relação a A e vol 5, n. 28. Adaptado.)
de primeira ordem com relação a B.
v = k . [A] . [B] A partir da análise dessas reações, julgue os itens seguintes.
c) A reação pode ser de segunda ordem com relação a B. 1) Pela Lei de Hess, se as equações I e II forem exotér-
v = k . [B]2 micas, a variação de entalpia da reação global apresen-
tada será menor que zero.
d) A reação é elementar, isto é, processa-se numa única etapa.
2) A velocidade da reação global de destruição do ozônio é
e) Se a equação de velocidade for
inversamente proporcional à velocidade da etapa mais
v = k . [A] [B]
lenta.
pode-se afirmar que a duplicação da concentração de A 3) O gráfico da variação de energia para a equação global
acarreta a duplicação da velocidade da reação. mostra que, se essa equação for exotérmica, a entalpia
do gás oxigênio será maior que a soma da entalpia do
132. (Fuvest-SP) – O composto C6H5N2Cl reage quantitativamen- oxigênio atômico com a entalpia do ozônio.
te com água, a 40°C, ocorrendo a formação de fenol, ácido 4) Segundo essas reações, a destruição do ozônio não
clorídrico e liberação de nitrogênio: ocorre por colisões efetivas entre átomos de oxigênio (O)
e moléculas de ozônio (O3).
C6H5N2Cl(aq) + H2O(l) → C6H5OH(aq) + HCl(aq) + N2(g) 5) Em um sistema fechado, pode-se diminuir a velocidade
de destruição do ozônio aumentando-se a pressão do
Em um experimento, uma certa quantidade de C6H5N2Cl foi
sistema.
colocada em presença de água a 40°C e acompanhou-se a
variação da concentração de C6H5N2Cl com o tempo.

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134. O gráfico abaixo representa as cinco etapas do mecanismo 136. (UEM-PR) – Com base no perfil para as reações 1 e 2 des-
de uma reação química. Nele, R, S, T, U, V e W indicam as critas pelas curvas do gráfico a seguir, assinale o que for
espécies químicas envolvidas no mecanismo. correto.

Na etapa mais lenta desse mecanismo, ocorre a reação:


a) R → S b) S → T c) T → U
d) U → V e) V → W
01) Na reação 1, existem duas barreiras de energia de ativa-
ção para a reação A → C.
135. (UFU-MG-Modelo Enem) – O bromobenzeno é muito
02) A reação A → D da reação 2 é endotérmica.
empregado em sínteses, especialmente na preparação de
04) Na reação 1, são formados dois complexos ativados (ou
reagentes de Grignard. É usado também como aditivo para
estados de transição).
certos tipos de motores. O gráfico abaixo indica a variação da
08) Na reação 2, a etapa lenta está entre o caminho B → C.
energia, E, ao longo da reação de halogenação do benzeno.
16) Na reação 1, a etapa rápida está entre o caminho A → B.

137. (Famema-SP) – O t-butanol (metil-propan-2-ol) pode ser ob-


tido a partir do cloreto de t-butila (2-cloro-metil-propano) em
condições reacionais apropriadas.

O diagrama a seguir apresenta as etapas dessa transformação.

Em relação à reação apresentada, é correto afirmar que tal


reação
a) é endotérmica, apresentando dois intermediários.
b) é exotérmica e a energia liberada é igual à diferença entre
Ea e Ea .
1 2
c) ocorre em uma única etapa.
d) processa-se em duas etapas, sendo a primeira mais lenta
que a segunda. I. Escreva a etapa lenta da reação.
e) ocorre em duas etapas, com a mesma velocidade. II. O diagrama representa um processo que ocorre em
quantas etapas? Justifique sua resposta.
III. Classifique a transformação representada pelo diagrama
de acordo com a energia envolvida. Justifique sua
resposta.

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(UFRJ) – As questões 138 e 139 referem-se ao texto a 141. (UFG-GO) – Uma das formas de representar mecanismos de
seguir. reações químicas é apresentada no gráfico a seguir, que
mostra as várias etapas de uma reação.
A redução das concentrações de gases responsáveis pelo
efeito estufa constitui o desafio central do trabalho de muitos
pesquisadores. Uma das possibilidades para o sequestro do
CO2 atmosférico é sua transformação em outras moléculas.
O diagrama a seguir mostra a conversão do gás carbônico em
metanol.

De acordo com esse gráfico,


a) o uso de um catalisador aumentará a energia liberada pela
reação.
b) o uso de um catalisador diminuirá a energia liberada pela
reação.
c) o uso do catalisador, para aumentar a velocidade da
reação, é mais efetivo na segunda etapa.
d) a primeira etapa é a que determina a velocidade da
138. Indique a etapa lenta do processo. Justifique sua resposta. reação.
e) a terceira etapa é a que determina a velocidade da reação.

139. a) Indique as etapas endotérmicas e exotérmicas.


b) Calcule a variação da entalpia na conversão do CO2 em
142. (Fuvest-SP) – Para a transformação representada por
metanol.
2NO(g) + 2H2(g) → N2(g) + 2H2O(g) , a velocidade da rea-

ção, em função da pressão de hidrogênio (PH ), para duas


140. (IME-RJ) – A reação 3ClO– → ClO–3 + 2Cl– pode ser repre- 2
diferentes pressões de óxido nítrico (PNO), à temperatura de
sentada pelo seguinte diagrama de energia potencial (EP) pela
826°C, está indicada no seguinte gráfico:
coordenada de reação:

Examinando o gráfico, pode-se concluir que as ordens da


reação, em relação ao óxido nítrico e em relação ao
hidrogênio, são, respectivamente,
Pede-se: a) 1 e 1. b) 1 e 2. c) 2 e 1.
a) propor um mecanismo para a reação, composto por d) 2 e 2. e) 3 e 1.
reações elementares; e
b) a expressão da velocidade de reação global. Justifique a
resposta.

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143. (Fuvest-SP-Modelo Enem) – Um estudante desejava estu- 144. (ITA-SP) – Considere o seguinte mecanismo de reação
dar, experimentalmente, o efeito da temperatura sobre a genérica:
velocidade de uma transformação química. Essa transfor- A4+ + B2+ → A3+ + B3+ (etapa lenta)
mação pode ser representada por:
A4+ + B3+ → A3+ + B4+ (etapa rápida)
catalisador C+ + B4+ → C3+ + B2+ (etapa rápida)
A + B ⎯⎯⎯⎯⎯→ P

Após uma série de quatro experimentos, o estudante repre-


sentou os dados obtidos em uma tabela: Com relação a esse mecanismo, assinale a opção errada.
Número do experimento a) A reação global é representada pela equação
C+ + 2A4+ → C3+ + 2A 3+.
1 2 3 4
b) B2+ é catalisador.
Temperatura (°C) 15 20 30 10
c) B3+ e B4+ são intermediários da reação.
Massa de catalisador (mg) 1 2 3 4 d) A lei de velocidade é descrita pela equação v = k [C+] [A4+].
Concentração inicial de e) A reação é de segunda ordem.
0,1 0,1 0,1 0,1
A (mol/L)
Concentração inicial de
0,2 0,2 0,2 0,2
B (mol/L)
145. (ITA-SP) – Assinale a opção que apresenta a afirmação
Tempo decorrido até correta sobre uma reação genérica de ordem zero em relação
que a transformação se 47 15 4 18
ao reagente X.
completasse (em segundos)
a) A velocidade inicial de consumo de X é maior que sua
Que modificação deveria ser feita no procedimento para velocidade média.
obter resultados experimentais mais adequados ao objetivo b) A velocidade inicial de consumo de X varia com a con-
proposto?
centração inicial de X.
a) Manter as amostras à mesma temperatura em todos os
c) A velocidade de consumo de X permanece constante
experimentos.
durante a reação.
b) Manter iguais os tempos necessários para completar as
d) O gráfico do logaritmo natural da concentração de X
transformações.
c) Usar a mesma massa de catalisador em todos os experi- versus o inverso do tempo é representado por uma reta.
mentos. e) O gráfico da concentração de X versus tempo é
d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B. representado por uma curva exponencial decrescente.
e) Diminuir a concentração do reagente B.

7) 0,005mol/min 8) 0,0025mol/min 11) 1mol/min 12) E

9) a) IV b) I 13) a) A formulação A, pois observa-se pelo gráfico que a


concentração sérica do princípio ativo aumenta mais
rapidamente nesse caso.
10) O indivíduo X apresenta maior velocidade de absorção
b) A formulação B. Para essa formulação, o princípio ativo
(20ng/mL no tempo zero), enquanto o indivíduo Z per manece acima da CME por aproximadamente
apresenta menor velocidade de absorção (7ng/mL no 8 horas (intervalo entre 2 e 10 horas).
tempo zero). c) O paciente deve ingerir a formulação B 6 horas após
Quanto à velocidade de metabolização, para o período de ter ingerido a formulação A, porque a partir de 6 horas
estudo (tempo zero a tempo 180 minutos), o indivíduo X da ingestão dessa formulação, a concentração mínima
metaboliza 15ng/mL (20ng/mL → 5ng/mL), o indivíduo Y efetiva do princípio ativo é atingida; no entanto, a
metaboliza 6ng/mL (10ng/mL → 4ng/mL) e o indivíduo Z diminuição da concentração do princípio ativo prove-
metaboliza 4ng/mL (7ng/mL → 3ng/mL), portanto a niente da ingestão da formulação A é compensada
velocidade de metabolização do indivíduo X é a maior e a pelo aumento da concentração do mesmo princípio
velocidade do indivíduo Z é a menor. proveniente da ingestão da formulação B.
Resposta: B

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14) a) A formulação B, pois na formulação A o paciente 31) Corretos: 1 e 2 32) Corretas: 01, 02, 08, 32 (soma: 43)
precisa ingerir 4 cápsulas por dia, e na formulação B
ele só precisa ingerir 3 cápsulas diárias. 33) Corretas: 01, 02, 04, 08 (soma: 15) 34) E 35) B
b) Diluir uma gota do remédio em um volume conhecido
de água (um copo, duas colheres, xícara, 100mL etc.) 36) Corretas: 01, 02, 04, 16 (soma: 23) 37) Corretos: 1, 2 e 3
e tomar metade do volume da água utilizada.
38) D 39) C 40) Corretas: 3, 4 e 5
15) 1) 2N2O5 → 4NO2 + 1O2
2) 41) a) 1PH3 + 2O2 → 1H3PO4
b) Favorece a vida dos seres anaeróbios.
c) A energia de ativação da combustão da fosfina é men-
or e mais rápida que a do metano. A energia liberada
na combustão da fosfina fornece a energia de ati-
vação da combustão do metano.

42) Corretas: 01, 04, 16 (soma: 21) 43) C

50) E 51) E 52) D 53) B

54) a) Oxigênio e água são incorporados ao ferro na formação


da ferrugem.

2Fe + 3/2O2 + nH2O → Fe2O3 . nH2O


3) 0,14mol/L .h
b) A curva b corresponde à esponja de ferro (maior
16) vm = 0,5mol/L .h superfície de contato).

17) A 18) C 19) E 20) C 21) B 55) C 56) E 57) B

22) a) Não. 58) Correto: 4


b) 0,05mol/L .s 59) a) Depende do intervalo.
c)
inter-
0—1 1—2 2—3 3—4 4—5 5—6 6—7
valo
maior
veloci- II II I I I igual igual
dade
b)

23) a) curva II b) 1g/h

24) C 25) A
60) a) Seis dias.
26) a) Como a velocidade média permanece constante no b) A estabilidade do ozônio diminui com o aumento da
intervalo de tempo entre 0 e 14min, a velocidade inicial temperatura e é menor em solução.
é dada por:
vi = – ([H2]final – [H2]inicial) / (tfinal – tinicial) =
73) B 74) curva A 75) C
= – (3 – 10) / (14 – 0) = 0,5mol/L . min

b) Após 10min de reação, [H2] = 5mol/L 76) Correto: 4


Como H2 + I2 → 2HI, [HI]após 10min = 10mol/L

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77) As figuras representam esquematicamente a reação de 121) D 122) B 123) E 124) B


transformação de metano (CH4) em metanol (CH3OH).
Em A ocorre uma biocatálise, em que um componente 125) A 126) E 127) D 128) D
biologicamente ativo catalisa uma transformação
química. 129) a) v = k . [HBr] . [O2] b) 0,2mol
Em B ocorre uma catálise homogênea, em que reagentes
estão no mesmo estado físico que o catalisador. 130) Corretos: 1, 2 e 4 131) D
Em C ocorre uma catálise heterogênea, em que os
reagentes estão em estados físicos diferentes do 132) a) 9,1L de N2
catalisador. mol
(0,80 – 0,40) –––––
Em D ocorre uma fotocatálise, em que a luz gera o L
b) 0,60mol/L → v = –––––––––––––––––– = 0,044mol/L . min
catalisador da reação. (9,0 – 0,0)min
Resposta: C
mol
(0,40 – 0,20) –––––
78) Corretas: 01, 02, 04 (soma: 07) 79) E L
0,30mol/L → v = –––––––––––––––––– = 0,022mol/L . min.
(18,0 – 9,0)min
80) a) A entalpia permanece a mesma (constante).
Diminuindo a concentração à metade, a velocidade
b) 2,5g
também se reduz à metade, provando que a reação é de
81) A 82) B ordem 1.

133) Corretos: 1 e 4 134) C 135) D


83) Corretas: 02, 04, 16 (soma: 22) 84) D

136) Corretos: 01, 02, 04, 08 e 16 (soma: 31)


85) Corretas: 02, 08, 16 (soma: 26) 86) D 87) D

137) I) (CH3)3CCl ⎯→ (CH3)3C+ + Cl–


88) a) curva 햴 b) curva 햳 89) E
II) Três etapas (três estados de transição).
III) Reação exotérmica (ΔH = HP – HR < 0)
90) E 91) B 92) E

138) Etapa que vai de II a III.


93) Correto: 02 (soma: 02) 94) E

139) a) Etapa endotérmica: II a III


95) v = k [CO]2 . [O2] 96) v = k . [CO2]
Etapas exotérmicas: I a II e III a IV
v2 b)ΔH = Hfinal – Hinicial
97) v = k [HCl]2 98) A 99) ––– = 16
v1 ΔH = HIV – HI
100) C ΔH = – 440 – (– 400)
ΔH = – 40kJ/mol CH3OH
101) a) R—C C — R + O2 → 2R — C — H
| | || 140)
H H O a) 2ClO– → Cl O2– + Cl – (lenta)
b) Aumenta a concentração do O2, aumenta a velocidade Cl O2– + ClO– → ClO3– + Cl – (rápida)
com que o alimento se deteriora. b) v = k [ClO–]2
c) Diminuindo a temperatura, diminui a velocidade com
que o alimento se deteriora. 141) C 142) C 143) C

102) D 103) B 104) E 105) B 144) D 145) C

110) A 111) B 112) B 113) A

114) A 115) A 116) C 117) B

118) a) A lei da velocidade é tirada da etapa mais lenta.


b) A velocidade da reação com o dobro da concentração
de [NO] é quatro vezes maior que a velocidade da
outra reação.

119) E 120) Corretas: 01, 04 (soma: 05)

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