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Fichamento: CARRIÓN, Ulises; CADÔR, Amir Brito. A nova arte de fazer livros.

Belo Horizonte: C/ Arte, 2011. 71 p.

Pg. 5 “um livro é uma sequência de espaços”


O espaço (livros sobre livros) está
relacionado a momentos, logo um livro
é uma sequência de momentos. O livro
não é somente um “mostruário de
palavras” ou “portador de palavras”

Pg. 7 “um escritor escreve textos.” O senso


comum acredita que o escritor escreve
livro, quando na verdade ele se utiliza
deste suporte para expressar sua
escrita.

Pg. 11 “um texto literário (prosa) contido em


um livro ignora o fato de que o livro é
uma sequência autônoma de espaço-
tempo.” O autor procura dizer o escritor
de texto não utiliza com eficiência as
perspectivas que um livro pode
oferecer. Na minha opinião, quem
escreve textos utiliza o livro como
suporte para propagar suas palavras
escritas.
O livro com poemas que segue uma
ordem comprova a propriedade da
natureza sequencial de um livro. Porém
também não incorpora e aproveita o
suporte que o livro pode oferecer.

Pg. 12 A linguagem escrita nada mais é que a


ordenação de signos que obedecem as
leis sequências da linguagem; cuja
leitura ocorre no tempo. O livro é a
sequência do espaço-tempo

Pg. 13 “o livro existiu originalmente como


recipiente de um texto (literário). mas o
livro, considerado como uma realidade
autônoma, pode conter qualquer
linguagem (escrita), não somente a
linguagem literária, até mesmo qualquer
outro sistema de signos.”
A linguagem literário, manifestada
através da prosa e da poesia, não é a
que melhor se adapta a natureza do
livro.

Pg. 14 Os livros das livrarias e das bibliotecas


não tem em sua estrutura algo
relevante. São apenas portadores de
um texto.
O livro pode existir sem que haja
necessariamente um conteúdo escrito,
como também pode possuir um texto
que integra o “existir” do livro e enfatize
a nova arte de fazer livros.
Na velha arte, o escritor não é
responsável por fazer o livro. É apenas
quem escreve o texto. Cabe aos
artesãos, trabalhadores o processo de
“feitura” do livro.
Na nova arte o escritor assume a
autonomia pelo processo todo, o texto
passa a ser somente o primeiro contato
na relação leitor e escritor.
Lembrou o processo da Rev. Industrial,
onde houve a divisão do trabalho,
alienação. O trabalhador não sabe mais
como fazer o processo todo, sendo
encarregado só por uma parte.

Pg. 15 A criação faz perceber a sequência


ideal do espaço-tempo do livro, através
do uso de signos de forma simultânea.

Pg. 16 “em um velho livro todas as páginas são


iguais.”
apesar das palavras serem diferentes
em cada página, todas as páginas são
iguais/idênticas.
“na nova arte cada página é diferente;
cada página é um elemento individual
de uma estrutura (o livro) que tem uma
função particular a cumprir.”

Pg. 17 A nova arte tem como preocupação as


repetições inúteis e cansativas.

Pg. 28 No Livro de Artista - tendo a poesia


concreta como exemplo - a
comunicação entre o locutor (que
propaga uma mensagem subjetiva) com
o locutor se estabelece em um espaço
concreto, real, físico que é a pagina.
Pg. 31 “o livro, considerado como uma
sequência autônoma de espaço-tempo,
oferece uma alternativa a todos os
gêneros literários existentes.”

Pg. 32 O espaço é um meio de comunicação,


capaz de modificá-la e impor suas
próprias leis.

Pg. 43 o livro é uma sequência de espaço-


tempo formado por palavras e outros
signos

Pg. 48 algo que é um elemento da estrutura


passa a ser de todos e não de uma
pessoa só (ou seja, de ninguém). O
autor cita como exemplo uma rosa.

Pg. 57 Na velha arte, o autor escolhe o gênero


que melhor manifeste sua intenção. Já
na nova arte, o autor não tem nenhuma
intenção se não testar a capacidade das
várias manifestações da linguagem

Pg. 61 “para ler a nova arte devemos aprender


o livro como uma estrutura, identificar
seus elementos e compreender sua
função.”

O autor divaga sobre o que é e o que não é o Livro de Artista. As diferenças entre a
nova arte (leis sequenciais de um livro) e o escrever um texto (leis sequências da
linguagem). Nesta nova arte, o livro é o suporte e a estrutura com uma função a ser
cumprida. Há diferenças entre o um escritor que escreve textos e um escritor que
faz livros.
Carrión ampliou o livro como um suporte para o fazer artístico/expressão artística. O
livro é percebido como uma sequência de espaços e de momentos. O livro possui
uma sequência e uma estrutura.

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