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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL


2000
APRESENTAÇÃO

No momento em que o MEC, através da Secretaria de Educação a Distância – SEED, implanta o


Programa Nacional de Informática na Educação - Proinfo, abrangendo “a rede pública de ensino
de 1º e 2º graus de todas as unidades da federação”, a Secretaria de Educação Especial – SEESP
– apresenta o Projeto de Informática na Educação Especial – Proinesp, com vistas a contemplar
escolas ligadas a instituições não-governamentais que atendem portadores de necessidades
educativas especiais.

Dessa forma, em harmonia com as diretrizes do Proinfo, a SEESP busca incentivar o uso
educacional das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) pelos portadores de
necessidades educativas especiais. Tal incentivo dar-se-á, basicamente, por meio de
financiamento às instituições contempladas para a capacitação dos professores e aquisição de
equipamentos.

Estudos e investigações, em âmbito internacional, vêm revelando a importância e o potencial que


as TIC assumem no campo da Educação Especial. Tem-se observado que a utilização
pedagógica dessas tecnologias vem produzindo maiores/melhores efeitos na Educação Especial
quando comparada à Educação de modo geral. Também tem-se verificado que grande parte do
que é planejado/aplicado para portadores de necessidades especiais, principalmente na área de
software, resulta em benefícios a outros usuários, estendendo-se seu uso de modo generalizado.

Associado a esses aspectos, focaliza-se também o potencial das TIC no sentido de romper o
isolamento daqueles alunos que, por barreiras arquitetônicas e sociais, tem impedido o seu
acesso à informação de forma interativa. No ciberespaço, por exemplo, é possível estruturar um
ambiente de aprendizagem telemático criando recursos e interfaces para a
comunicação/desenvolvimento entre usuários de diferentes países e dentro do país, através do
intercâmbio de informações, diálogos, trocas, listas de discussões sobre temas de interesse,
produção de materiais cooperativos, entre outros.

Nesse âmbito da utilização, inserem-se aspectos relacionados à necessidade de considerar o


potencial das Tecnologias da Informação e Comunicação para o desenvolvimento/crescimento
de portadores de necessidades especiais, no sentido de inserir esses alunos no contexto das
políticas nacionais, favorecendo o acesso e a apropriação dessas tecnologias e contemplando, na
diversidade, o real sentido da “educação para (com) todos”.

2
INTRODUÇÃO

No processo de evolução das transformações tecnológicas que vêm ocorrendo na humanidade,


Sherry Turkle destaca que as tecnologias canalizam mudanças não só no agir, mas,
fundamentalmente, na dimensão do pensar, pois transformam o conhecimento que as pessoas
têm de si próprias, das outras e da sua relação com o mundo. Nessa perspectiva, o homem
transforma e sofre os efeitos dessa transformação, transformando-se.

No limiar do século XXI estamos assistindo a uma sociedade regida pela informação. Se até aqui
o importante era o controle e a detenção da informação, agora ressalta-se um outro aspecto que
diz respeito à atualização e à rapidez com que se processa a criação e troca de informação.
Podemos afirmar que o século XX caracterizou-se pelo crescimento tecnológico ligado à
“indústria da informação”, acentuada principalmente nos últimos 20 anos. A associação da
Informática com as telecomunicações vem transformando o mundo numa aldeia global e
mudando o próprio conceito de sociedade.

Caminhamos para novos conceitos e valores em conotações que aparecem como “países sem
fronteiras”; “democratização da informação”; “socialização do conhecimento”;
“inteligência coletiva”, pela comunicação e acesso à informação que vem se processando, o
que passou a ser chamado de “cultura telemática”.

Telemática é um neologismo que resulta precisamente da conotação das palavras


Telecomunicações e Informática, significando, portanto, a utilização combinada dos meios
eletrônicos e processamento da informação (Informática) com os meios de comunicação à
distância (telecomunicações). A Telemática, como uma rede integrada de computadores e os
meios de comunicação, permite transmissões polivalentes, atuando com textos, som e imagens.
O resultado disso tudo é a ampliação dos horizontes de transmissão da informação em dimensões
sequer imagináveis. Modifica-se o modelo cultural com o acesso sincrônico e assincrônico de
informações, acesso a base de dados, bibliotecas, boletins, notícias, bem como o uso do correio
eletrônico, conferências eletrônicas, listas de discussão, trabalhos cooperativos, entre outras
várias possibilidades. Abre-se uma perspectiva ímpar no contexto do mundo atual, provocando
uma reorganização da sociedade, com conseqüentes repercussões no contexto educacional.

A Telemática difundiu-se muito nos países desenvolvidos, sendo utilizada principalmente pelas
Universidades. As escolas começaram a utilizá-la a partir de 1980, simultaneamente na Europa e
nos Estados Unidos, visando a um maior intercâmbio entre seus diretores, professores e alunos.

A idéia de troca de mensagens e de informações entre escolas não é recente. O educador francês
Célestin Freinet ressaltava, há algumas décadas, a importância desse intercâmbio como um
aspecto a ser desenvolvido pela escola. O autor já salientava o valor da produção de textos livres
pelas crianças.

A comunicação entre as escolas fica extremamente dinâmica e torna-se uma prática pedagógica
importante, uma vez que oportuniza aos seus participantes a inter e a multidisciplinaridade;
estimula e fomenta o funcionamento de processos no tratamento da informação, além de

3
construir um ambiente de amplitude indeterminada, pois, a cada novo contato ou mensagem,
cria-se uma mudança ambiental, tanto em nível cognitivo como psicossocial.

Segundo Lucena1 , até o presente momento grande parte dos software desenvolvidos com
finalidades de uso educacional têm-se concentrado em atividades de cunho individual limitando
o seu uso no apoio de estratégias importantes como o trabalho cooperativo em grupos. Com o
uso de redes o quadro passa ter nova configuração, “computadores estão começando a ficar
cada vez menos associados ao processo ensino/aprendizagem individualizado, seja em
laboratório, salas de aula ou residências ”, para assumir uma conotação de
interação/troca/cooperação de dimensões psicossociais mais amplas.

Isso abre uma perspectiva ímpar para os portadores de deficiências. A importância que assumem
essas tecnologias no âmbito da Educação Especial já vem sendo destacada como a parte da
educação que mais está e estará sendo afetada pelos avanços e aplicações que vêm ocorrendo
nessa área para atender necessidades específicas, face às limitações de pessoas no âmbito mental,
físico-sensorial e motoras com repercussões nas dimensões sócio-afetivas.

Além das formas de acesso às novas tecnologias e do processo de interação/comunicação


com sistemas, linguagem, ferramentas, robótica, telemática, há novos periféricos disponíveis e
em desenvolvimento no mundo Informático.

Dessa maneira, (1) a forma de acesso comporta sistemas de simulação de periféricos


(teclados, mouses, impressoras, etc...) através de acionadores binários; análise e síntese de voz
ou acesso por som; sensores para possibilitar a movimentação de cegos; periféricos com sistema
Braille; robótica; e (2) o processo de interação/comunicação comporta tecnologias de
hipermeios; telemática; desenvolvimento de software gerais e específicos para sistemas
alternativos e aumentativos de comunicação, como o PIC, Bliss e SPC, visando à exploração
das TIC para pessoas portadoras de necessidades especiais, possibilitando ampliar o seu
mundo de comunicação com outras pessoas, seu desenvolvimento e autonomia pessoal.

Como consenso na literatura, conforme Rodrigues2 , sobre o que as tecnologias da informação e


comunicação podem aportar para a Educação Especial, pode-se sintetizar quatro áreas básicas de
intervenção sobre o perfil de competência das pessoas portadoras de deficiências:

(1). A primeira refere-se ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor, da


linguagem, etc. lembrando também a prevenção e intervenção em crianças com
insucesso escolar. Neste particular, tem-se alguns grupos nacionais (NIEE3 da
PRORHESC/UFRGS, LEC/UFRGS; NIED da UNICAMP, Capovila4) que estão
investigando neste sentido, tendo em vista o desenvolvimento cognitivo e sócio-
afetivo de portadores de necessidades especiais. Estudos e experiências estão sendo
desenvolvidos em vários países. A título de exemplo, aponta-se o trabalho de
1
LUCENA, Marisa. A construção do conhecimento e o processo de cooperação entre jovens no uso educacional de
redes de computadores. Anais do 4o. SBIE, dez 1993. p. 144-158. fl.145.
2
RODRIGUES, David et alii. As novas tecnologias em Educação Especial: do assombro à realidade. Lisboa. Temas
de Novas Tecnologias. 1 : 9-15, 1990.
3
Núcleo de Informática na Educação Especial - PRORHESC - UFRGS - http://www.niee.ufrgs.br
4
CAPOVILA,F.C Pesquisa e desenvolvimento de novos recursos tecnológicos para a Educação Especial. IN: MEC.
Tendências e Desafios da Educação Especial, Brasília, MEC/SEESP/UNESCO. 1994. fl.196-211

4
Morato5 com robótica e teclado de conceitos pela Faculdade de Motricidade Humana
da Universidade Técnica de Lisboa, visando ao desenvolvimento da cognição
espacial.

(2). A segunda área básica refere -se ao controle do ambiente, no que diz
respeito a todo o conjunto de dispositivos e procedimentos que visam ao desempenho
de funções que o corpo não pode ou tem dificuldade de executar. Neste particular,
são delegados às várias ajudas técnicas o movimento e a percepção, como bases
fundamentais para o reconhecimento e controle do meio, que o corpo não pode
executar devido a uma condição de deficiência.

(3). A terceira área básica de intervenção diz respeito à possibilidade e


melhoria da comunicação. Neste particular, as TIC talvez tenham a contribuição
mais decisiva e imprescindível, haja vista que neste âmbito elas podem representar a
única possibilidade para que um pensamento, uma vontade, uma mensagem se possa
desprender de um corpo incapaz de fazer uma comunicação intencional elaborada ou
mesmo eficaz. É a área de desenvolvimento em que se trabalha também com
Sistemas Alternativos e Aumentativos de Comunicação - SAAC e com dispositivos
de análise e síntese de voz.

Tem-se presente que a comunicação é fator básico no desenvolvimento humano


em termos qualitativos. Na verdade, nessa perspectiva, as TIC não representam
somente uma melhora qualitativa ou uma forma alternativa mais aperfeiçoada de
expressão; elas consubstanciam, para muitas crianças, a única alternativa, ou a única
possibilidade de comunicação.

(4). A quarta área refere-se à pré-profissionalização ou à formação


profissional, em que a utilização de sistemas utilitários e aplicativos abre
possibilidades de atuação profissional, dando origem, através da preparação
profissional de jovens portadores de deficiências, a espaços para a criação de grupos
produtivos, amenizando-se assim, a discriminação e a marginalização.

Embora existam classificações sobre as áreas de aplicação das TIC para portadores de
necessidades especiais, Santarosa6 em duas grandes categorias de investigação/aplicação. Assim,
de forma bastante simplificada, pode-se apontar uma das categorias como a de “prótese física” e
a outra como a de “prótese mental”.

(1) Como “prótese física” entende-se o conjunto de dispositivos e procedimentos


que visam ao desempenho de funções que o corpo não pode ou tem dificuldades de
executar devido a deficiências. São também chamadas de ajudas técnicas, cuja gama
existente varia para atender às diferenciadas deficiências no campo motor, visual,
auditivo, etc. de portadores de necessidades especiais. Nessa área, inserimos todas
as formas de acesso às TIC que envolvam simuladores, acionadores, sensores, entre

5
MORATO,P. Deficiência Mental e Aprendizagem. Lisboa, UTL? Faculdade de Motricidade Humana,1993
6
SANTAROSA, L.M.C. Escola Virtual para a Educação Especial: ambientes de aprendizagem telemáticos
cooperativos como alternativa de desenvolvimento. IN: UNIANDES. Revista de Informática Educativa. Colômbia,
Uniandes, 10(1):115-138, 1997.

5
outros dispositivos que possibilitam efetivar o processo de interação/comunicação,
desse tipo de usuário, com a vasta produção de sistemas e software desenvolvidos.
Pode ser citado, a titulo de exemplo, o software7 que possibilitou o ingresso na
UFRGS de um aluno com paralisia cerebral.

(2) Como “prótese mental” inserimos todo o processo de intervenção sobre


portadores de necessidades especiais visando ao seu desenvolvimento cognitivo,
sócio-afetivo e de comunicação, utilizando os recursos da Informática. Nesse sentido,
refere-se de modo especial, aos ambientes de aprendizagem/desenvolvimento
computacionais ou informatizados, criados com a finalidade de intervir sobre
processos e estruturas mentais do indivíduo portador de necessidades especiais.

Em muitos procedimentos criados é difícil estabelecer os limites ou fronteiras para categorizar


como “prótese física ou mental”, uma vez que eles atuam em ambas as áreas.

O importante é ter presente que qualquer dispositivo ou procedimento como “prótese física”
sempre terá como finalidade oportunizar maiores e melhores condições para o desenvolvimento
desses usuários, no âmbito do que se chama de “prótese mental”.

Rodrigues8 reforçando o uso das tecnologias da informação e comunicação na Educação


Especial, destaca que o computador tende a ser entendido como a voz, o ouvido, o movimento
que a deficiência subtraiu. Diz o autor que o “admirável mundo da informática está cheio de
promessas fantásticas e as possibilidades conjugadas (1) do equipamento informático -
teclados, telas, alternativos; (2) da robótica - braços mecânicos, controle do meio; (3) dos
programas utilitários e programas específicos; (4) da síntese e reconhecimento vocal; (5) da
telemática, e (6) do controle remoto alargam as possibilidades de desempenho das pessoas
portadoras de deficiências até os limites do assombro” (fl.10)

Dessa forma, mover o pescoço ou mesmo os olhos pode ser suficiente para controlar um
computador e ter acesso a todas as possibilidades de sua utilização, principalmente no que
concerne ao acesso à informação e à possibilidade de interação/comunicação.

Segundo Elias9, a comunicação reveste-se da maior importância uma vez que ela está presente
em quase todos os aspectos da vida de um indivíduo e tem um sentido fundamental no que se
refere à interação entre as pessoas. Para muitos sujeitos, como por exemplo os portadores de
paralisia cerebral, a linguagem oral pode estar comprometida ou mesmo impedida devido às suas
deficiências, resultando num isolamento do indivíduo e em enormes dificuldades de interação
com seu meio. “A melhoria da capacidade de comunicação significará para todos que
precisam uma maior independência experiência positiva de participação e
igualdade”(fl.85).

7
SANTAROSA, L.M.C. & MARTINS, Ademir. Simulador de Teclado: Versão 1.0- Manual do Usuário. Porto
Alegre, Editora da UFRGS,
8
RODRIGUES, David et alii. As novas tecnologias em Educação Especial: do assombro à realidade. Lisboa. Temas
de Novas Tecnologias. 1 : 9-15, 1990.
9
ELIAS, C. et alii. Aprender a comunicar, comunicar para aprender. Relato de Atividades Minerva. 7: 84-87, jun/94

6
Além dessas dificuldades, muitas pessoas portadoras de deficiência, por problemas de barreiras
arquitetônicas (e sociais) se obrigam a interromper a sua formação, ficando no isolamento sem
possibilidades de desenvolvimento e auto-formação.

Nesse sentido, afora outras possibilidades, na área da interação/comunicação a telemática pode


constituir-se, para essas pessoas, em um recurso fundamental como elemento de interação com o
outro na perspectiva de intercâmbio/troca/cooperação, favorecendo o seu desenvolvimento em
todas as dimensões cognitivas e sócio-afetivas.

Como já foi referido, trabalhos mais recentes de Santarosa10 têm mostrado os avanços que essas
tecnologias podem proporcionar para a atenuação da discriminação que sofrem as pessoas com
limitações motoras e de comunicação11 .

Este projeto busca um novo paradigma educacional, abrindo espaços alternativos de


desenvolvimento para esse tipo de usuário no que se refere ao acesso/construção do
conhecimento associado ao processo de apropriação desses recursos tecnológicos, sempre sob o
aporte do aprender a se comunicar, aprender a aprender e aprender a ser.

10
SANTAROSA, L.M.C. et alii. Adaptação para o português e avaliação de um simulador de teclado para portadores
de paralisia cerebral. Anais do II Congresso Ibero-americano De Informática Educativa, Lisboa/Portugal, vol. I,
out/94.
11
SANTAROSA, Lucila. Estudo do processo da leitura e escrita de crianças portadoras de necessidades especiais em
ambientes computacionais que favorecem a comunicação, criação de idéias e produção textuais. São Paulo, Revista
Psicopedagogia, 14 (35) : 16-22, fev/96

7
JUSTIFICATIVA

No atual panorama mundial, como colocou uma edição do New York times, em apenas um dia
da semana a informação produzida é maior do que uma pessoa podia receber em toda sua vida na
Inglaterra no século XVII. Relacionado a isso Richard Wurman coloca que nos últimos três
anos foi produzida mais informação que em todos os séculos anteriores juntos e a previsão que
dentro de cinco anos 40% de toda a publicação mundial estará disponível apenas na forma
eletrônica.

Essas colocações nos alertam para um novo conceito de analfabetismo, pois, em breve tempo,
quem não tiver acesso às TIC e redes telemáticas será considerado “analfabeto”. Torna-se pois
urgente iniciar o processo de disponibilizar esses recursos a todos, pela via das instituições de
ensino, de modo a possibilitar ao portador de necessidades especiais, primeiramente o acesso à
essa tecnologia para, posteriormente, favorecer processos de apropriação/construção de
conhecimento e informações e interação/comunicação/ troca/produções cooperativas com o
outro.

Sabe-se que as ações necessárias ao processo de democratização do acesso às Tecnologias da


Informação e Comunicação já vêm sendo implementadas nas escolas da rede pública de todas
unidades da Federação - incluídas aí as escolas especiais - pelo Programa Nacional de
Informática na Educação, do MEC. Contudo, há necessidade de estender tais ações àquelas
escolas que, embora não integrem a rede pública de ensino, atendem grande parte das crianças,
jovens e adultos portadores de necessidades educativas especiais, muitos dos quais oriundos das
classes sociais menos privilegiadas. Trata-se de escolas ligadas a instituições especializadas não-
governamentais que, por seu caráter filantrópico, realizam função de Estado no que se refere ao
atendimento educacional ao portador de necessidades especiais.

De fato, muito já foi escrito e dito sobre Direitos Humanos e igualdade de oportunidades a todos
os cidadãos. Destacamos o documento12 da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas
Especiais em que a necessidade de acesso e qualidade ficam claros, no texto que trata das novas
idéias sobre necessidades educativas especiais: “... fomentar a integração e de lutar contra a
exclusão”... “no desenvolvimento de estratégias que possibilitem uma autêntica igualdade
de oportunidades”(fl. 23)... “criação de centros com bons recursos e equipamentos, aos
quais as escolas pudessem recorrer e servir a maioria de crianças e jovens”(fl. 24)....
“planos nacionais, regionais e locais, inspirados na vontade política e popular de alcançar a
educação para todos”(fl. 25).

Também fica claro no texto do documento que refere-se às diretrizes de ação no Plano Nacional
“o princípio de igualdade de oportunidade de crianças, jovens e adultos com deficiências,
no ensino primário, secundário e superior”(fl. 29), bem como aspectos de flexibilização no
uso de ajudas técnicas e “pesquisas regionais e nacionais devem ser desenvolvidas para a
elaboração de tecnologia de apoio apropriado às necessidades educativas especiais”(fl. 34)
12
UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. CORDE.
Brasília, 1994.

8
... “serviços educativos especiais deverão ser integrados nos programas de pesquisa e
desenvolvimento de instituições de pesquisa”(fl. 36).

Essa forma de destaque, entre outras existentes no referido documento, ressaltam a necessidade
de contemplar o ensino especial de uma maneira mais ampla, assegurando o uso pedagógico das
TIC pelas escolas, no atendimento/desenvolvimento do aluno com necessidades especiais, bem
como a pesquisa e a produção de software voltados para a especificidade desses usuários.

Por outro lado, muito tem sido recomendado e legislado sobre a integração dos portadores de
necessidades especiais. Observa-se, entretanto, a grande dificuldade, por várias razões e fatores,
de se implementar essas metas, principalmente em países em desenvolvimento. O isolamento, a
segregação, a discriminação continuam existindo, associados às barreiras de ordem arquitetônica,
social, econômica, educacional, entre outras.

Nesse contexto, torna-se incontestável o potencial das Tecnologias da Informação e


Comunicação, enquanto ferramentas para o desenvolvimento de aspectos cognitivos e sociais do
aluno com necessidades educativas especiais. Ao mesmo tempo em que permitem ao professor
trabalhar uma série de conteúdos curriculares de forma interdisciplinar e gradativa, as
Tecnologias da Informação e Comunicação atuam no sentido de romper com o isolamento do
indivíduo portador de deficiências, permitindo que ele possa interagir e comunicar-se com o
outro, seja quais forem as suas limitações.

Em suma, o acesso à informação, o desenvolvimento de projetos, a participação em trabalhos


cooperativos, chats e listas de discussão, entre outras possibilidades, na medida que promovem
grandes avanços em termos sócio-cognitivos, constituem-se em armas poderosas na luta pela
inclusão das pessoas com necessidades especiais. Cabe ao governo, às instituições e à sociedade
de maneira geral mobilizar os recursos e o apoio necessários à apropriação das Tecnologias da
Informação e Comunicação por esses indivíduos, visando à redução do abismo que, ainda hoje,
os separa da tão desejada inclusão social.

9
O BJETIVO G ERAL

O Proinesp visa a incentivar o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação


(TIC) na Educação dos alunos portadores de necessidades especiais matriculados em escolas
especializadas mantidas por organizações não-governamentais sem fins lucrativos, por meio da
disponibilização de recursos tecnológicos e, concomitantemente, da qualificação de professores
destas escolas.

O BJETIVOS ESPECÍFICOS

• Selecionar, mediante critérios preestabelecidos, escolas ligadas a organizações


não-governamentais sem fins lucrativos para desencadearem o processo de utilização
das Tecnologias da Informação e Comunicação.

• Apoiar financeiramente ações necessárias à estruturação de laboratórios de


informática nas escolas contempladas, visando ao desenvolvimento dos alunos
portadores de necessidades especiais e à formação continuada de professores.

• Promover cursos de formação para professores das escolas contempladas, com


vistas a sua capacitação no uso pedagógico da Tecnologias da Informação e
Comunicação.

• Acompanhar e avaliar o processo de utilização das Tecnologias da Informação e


Comunicação nas escolas.

• Criar uma interface entre as escolas incluídas no Proinesp e os Núcleos de


Tecnologia Educacional do Proinfo, de modo a proporcionar aos professores o
suporte necessário a sua formação continuada.

10
O PERACIONALIZAÇÃO

ABRANGÊNCIA

Serão contempladas nesta etapa do Proinesp escolas ligadas a organizações não-governamentais


sem fins lucrativos que atendam alunos portadores de necessidades especiais, preferencialmente
situadas nos estados ainda não contemplados pelo Projeto. Os recursos financeiros serão
utilizados na implantação dos laboratórios e na capacitação de professores para o uso pedagógico
da informática no atendimento/desenvolvimento de seus alunos portadores de necessidades
educativas especiais.

AÇÕES

Em consonância aos objetivos específicos já explicitados, o Projeto de Informática na Educação


Especial prevê a implementação das seguintes ações:

• Processo de seleção:

- Divulgação do projeto, com ênfase nos requisitos para candidatura das escolas,
previamente definidos (ver anexo I).

- Envio pelas escolas interessadas em participar do Proinesp de um ofício à


Secretaria de Educação Especial, solicitando sua inclusão no Projeto. O ofício deverá
conter o nome completo da escola interessada, segundo consta do Censo Escolar de
1999 do MEC.

- Análise das solicitações, tendo em vista os requisitos para a participação das


escolas definidos pelo MEC/SEESP (anexo I)

- Assinatura do termo de compromisso pelas escolas contempladas.

- Encaminhamento à Secretaria, pelas escolas contempladas, de Projetos


Pedagógicos que visem ao uso educacional das Tecnologias da Informação e
Comunicação, elaborados segundo orientações fornecidas pelo MEC/SEESP (ver
anexo II).

- Análise dos projetos encaminhados tendo em vista as orientações definidas pelo


MEC/SEESP.

• Apoio financeiro:

- Firmamento de convênio entre o FNDE e entidades representativas das escolas


selecionadas.

11
- Repasse de recursos do FNDE às entidades representativas para a aquisição
conjunta dos equipamentos e do mobiliário, conforme as especificações técnicas
levantadas pelo MEC/SEESP (ver anexo IV).

- Repasse de recursos do FNDE às entidades representativas para o financiamento


de cursos de formação de professores das escolas contempladas.

• Formação de professores:

- Solicitação a cada escola selecionada da indicação de 4 professores para


participarem do processo de capacitação a distância, com a garantia de flexibilização
dos horários de suas atribuições regulares durante o período de realização dos cursos.

- Inscrição dos professores indicados em cursos básicos de informática ministrados


por escolas locais. Os cursos deverão abranger o conteúdo e a carga horária
estabelecidos pelo MEC/SEESP (ver anexo VI).

- Inscrição dos professores que concluírem o curso básico no curso de formação a


distância via internet (ver anexo VI).

- Monitoramento do curso de formação a distância pelo MEC/SEESP e pelas


entidades representativas.

- Promoção pelo MEC/SEESP de um seminário sobre Informática na Educação


Especial, do qual participará, sem ônus, 1(um) professor de cada escola contemplada.
No encontro, que será uma espécie de fechamento do curso de formação a distância,
os professores deverão apresentar as novas versões dos projetos para o uso
pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação de suas respectivas
instituições.

• Acompanhamento e avaliação:

- Disponibilização de espaço na Internet para a divulgação de páginas elaboradas


pelas escolas sobre suas experiências com o uso da informática na Educação Especial.

- Envio periódico pelo MEC/SEESP de formulários para a exposição orientada de


observações sobre o andamento dos trabalhos a serem preenchidos e consultados
pelas escolas.

- Elaboração anual de relatórios de acompanhamento, contendo uma análise geral


dos dados disponibilizados nas páginas das escolas e nos formulários preenchidos.

• Interface com os Núcleos de Tecnologia Educacional - NTEs

- Financiamento pelo MEC/SEESP de curso complementar de capacitação em


informática na Educação Especial, dirigido aos multiplicadores dos NTEs estaduais,
de forma que estes estejam aptos a apoiar todo e qualquer professor de alunos com
necessidades educacionais especiais.

12
- Reuniões entre a SEESP e representantes do Proinfo para definir estratégias e
ações em parceria, com vistas a promover o acesso às Tecnologias da Informação e
Comunicação pelos alunos com necessidades educacionais especiais.

- Promoção de reuniões entre representantes do Proinfo e das entidades


representativas.

- Incentivo a parcerias entre as escolas contempladas e os NTEs de cada estado.

- Organização do seminário sobre Informática na Educação Especial, que contará


com a presença de multiplicadores dos NTEs e possibilitará o intercâmbio de
experiências entre estes e os professores das instituições não-governamentais.

O MEC/SEESP/FNDE reservam-se o direito de retirar das escolas os


equipamentos que não estiverem sendo utilizados em conformidade aos propósitos
definidos neste projeto.

13
PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

ANEXO I
REQUISITOS PARA A PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS

Poderão ser contempladas pelo Proinesp as escolas que atenderem aos seguintes requisitos:

1. Pertencer a uma organização não-governamental sem fins lucrativos especializada no


atendimento a pessoas portadoras de necessidades educativas especiais.

2. Ser capaz de assumir, como contrapartida, todos os itens contidos no Termo de


Compromisso que deverá ser assinado pelas instituições contempladas (ver anexo X).

3. Possuir, dentre as demais instituições da localidade interessadas em participar do projeto, o


maior número de alunos matriculados na educação infantil (a partir de 4 anos), ensino
fundamental e ensino médio, segundo dados do Censo Escolar de 1999 do MEC.

4. Estar situada em uma cidade que disponha de provedor local de acesso à Internet.

5. Apresentar estrutura física adequada à implantação do laboratório de informática, de forma a


garantir a segurança e a integridade dos equipamentos.

6. Garantir a participação de 4 professores do quadro permanente nos cursos de capacitação


promovidos pelo Proinesp.

7. Indicar um dos professores capacitados para atuar permanentemente na elaboração e


implementação de ações voltadas para a capacitação dos demais professores da escola e no
acompanhamento das atividades desenvolvidas no laboratório.

14
PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

ANEXO II
Orientações para a Elaboração do Projeto Pedagógico

1. Abordagem interacionista - o Projeto Pedagógico deverá embasar-se na filosofia segundo a


qual o aluno é ativo no processo de construção do seu próprio conhecimento. Nesse sentido,
serão valorizadas propostas que considerem a relação ensino-aprendizagem como um
processo que, visando ao desenvolvimento cognitivo e sócio-afetivo do aluno, vai muito além
da mera transmissão de conteúdos.

2. Perspectiva interdisciplinar - as propostas contidas no Projeto Pedagógico deverão atentar


sempre para a necessidade de coordenação e complementaridade entre conteúdos das diversas
disciplinas.

3. Projetos como unidade de trabalho - o Projeto Pedagógico deverá contemplar o


desenvolvimento de projetos pelos alunos como atividade fundamental do trabalho educativo
com a Informática, atentando sempre para a interdisciplinaridade como elemento
enriquecedor e essencial a este trabalho.

15
PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANEXO III
Composição do Laboratório
As escolas contempladas nesta edição do Proinesp serão equipadas com laboratórios de
informática com modulações diferenciadas, em função do número de alunos matriculados. Cada
laboratório de informática será equipado com os seguintes itens, conforme a modulação:

1. Composição do Laboratório de Informática TIPO A

QUADRO I: mobiliário

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Mesa 13
2 Cadeira 13
3 Armário 1
4 Quadro branco 1

QUADRO II: equipamentos eletrônicos

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Computador A 1
2 Computador B 12
3 Scanner de mesa 1
4 Impressora A 1
5 Impressora B 1
6 Estabilizador de Tensão 15
7 Hub 1
8 Câmera Fotográfica Digital 1
9 Câmera Handcam externa 2
10 Unidade de Zip Disc externa 1

QUADRO III: software

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Office 2000 13
2 Antivírus 13
3 Software educacionais ---

* OBS: a especificação detalhada de cada item segue no anexo seguinte.

16
2. Composição do Laboratório de Informática TIPO B

QUADRO I: mobiliário

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Mesa 9
2 Cadeira 9
3 Armário 1
4 Quadro branco 1

QUADRO II: equipamentos eletrônicos

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Computador A 1
2 Computador B 8
3 Scanner de mesa 1
4 Impressora A 1
5 Impressora B 1
6 Estabilizador de Tensão 11
7 Hub 1
8 Câmera Fotográfica Digital 1
9 Câmera Handcam externa 2
10 Unidade de Zip Disc externa 1

QUADRO III: software

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Office 2000 9
2 Antivírus 9
3 Software educacionais ---

* OBS: a especificação detalhada de cada item segue no anexo seguinte.

17
3. Composição do Laboratório de Informática TIPO C

QUADRO I: mobiliário

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Mesa 6
2 Cadeira 6
3 Armário 1
4 Quadro branco 1

QUADRO II: equipamentos eletrônicos

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Computador A 1
2 Computador B 5
3 Scanner de mesa 1
5 Impressora B 1
6 Estabilizador de Tensão 8
7 Hub 1
8 Câmera Fotográfica Digital 1
9 Câmera Handcam externa 2
10 Unidade de Zip Disc externa 1

QUADRO III: software

Item Designação* Nº de itens por Laboratório


1 Office 2000 6
2 Antivírus 6
3 Software educacionais ---

* OBS: a especificação detalhada de cada item segue no anexo seguinte.

18
PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANEXO IV
Especificações Técnicas

1. Mobiliário
Item 1 – Mesa
• 13 mesas de madeira ou outro material igualmente resistente, a serem organizadas em
forma de bancada, de acordo com as dimensões da sala disponibilizada para a instalação
do laboratório.
Item 2 – Cadeira
• 13 cadeiras com estrutura em aço ou outro material igualmente resistente.
Item 3 – Armário:
• 1 armário de duas portas com fechadura e prateleiras para o acondicionamento do
material de expediente e dos softwares a serem utilizados.
Item 4 – Quadro branco:
• 1 quadro de laminado melanínico branco, medindo 1,51x1,25m, a ser fixado à parede.

2. Equipamentos Eletrônicos

Item 1 – Computador "A"

1.1. Processador Intel Pentium III ou compatível de 400 MHz ou superior.

1.2. Memória RAM total de 256 MB, em barras do tipo DIMM de 168 vias, padrão
SDRAM, expansível a 250 GB.

1.3. BIOS em flash regravável, livre do bug do 2000.

1.4. Motherboard: barramento 100 MHz ou superior, PCI v.2.1.

1.5.Interfaces: duas seriais padrão IEEE RS 232C, uma paralela Centronics padrão IEEE
1284B, duas USB padrão IEEE 1384B.

1.6.Controladora de HD: Ultra DMA.

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1.7.Controladora E-IDE com suporte a 4 periféricos, no mínimo.

1.8.Controladora para discos flexíveis.

1.9.Controladora de vídeo SVGA, com no mínimo 8MB instalados.

1.10. Controladora de rede PCI, Fast Ethernet 10BaseT/100BaseTX, RJ45, (vide espec.
padronizada "A2").

1.11. Controladora multimídia para gravação e reprodução de sons.

1.12. Unidade de disco flexível de 3,5”

1.13. Duas unidades de disco rígido Ultra DMA cada uma de no mínimo 6GB.

1.14. Unidade de CD-ROM: E-IDE, mínimo 48x.

1.15. Unidade para backup, interna, padrão ZIP, E-IDE, mínimo 250 MB.

1.16. Gabinete desktop (mesa).

1.17. Fonte de alimentação com comutação 110V / 220V de forma automática ou por
chave externa, com potência capaz de suportar a configuração máxima do equipamento.

1.18. Monitor de vídeo de 15”, SVGA, 0,28mm dp, com microfone e caixas de som
incorporadas. (vide espec. padronizada "B2")

1.19. Mouse padrão Microsoft IntelliMouse Pro, ou compatível, para scrooling e


zooming, resolução mínima de 400 ppp.

1.20. Teclado (vide espec. padronizada "E").

1.21. Unidade gravadora de CD RW (24/4/4x), interna, E-IDE.

1.22. Atendendo à especificação Wired for Management 1.1 ou superior.

1.23. Compatibilidades: a solução de hardware apresentada deve constar das HCL do


Microsoft Windows NT Workstation 4.0 e do Windows 98.

1.24. Com Software Windows 98S(SE) ou superior e Office 2000 ou compatível


Instalados.

Item 2 – Computador “B”

2.1.Processador Intel Pentium III ou compatível de 400 MHz ou superior.

2.2.Memória RAM total de 64 MB, em barras do tipo DIMM de 168 vias, padrão SDRAM,
expansível a 250GB.

20
2.3.Memória Cache L2, interna, 512 KB ou superior.

2.4.BIOS em flash regravável, livre do bug do ano 2000.

2.5.Motherboard: barramento 100 MHz ou superior, PCI v.2.1.

2.6.Interfaces: duas seriais padrão IEEE RS 232C, uma paralela Centronics padrão IEEE
1284B, duas USB padrão IEEE 1384B.

2.7.Controladora de HD: Ultra Wide 2 SCSI 3 (PCI).

2.8.Controladora E-IDE com suporte a 4 periféricos, no mínimo.

2.9.Controladora para discos flexíveis.

2.10. Controladora de vídeo aceleradora 3D, SVGA, mínimo de 4MB instalados.

2.11. Controladora de rede PCI, Fast Ethernet 10BaseT/100BaseTX, RJ45 (vide espec.
padronizada "A").

2.12. Unidade de disco flexível de 3,5”.

2.13. Duas unidades de disco rígido Ultra 2 Wide SCSI 3, TA < 10 ms, cada disco de 6GB, no
mínimo.

2.14. Gabinete Torre.

2.15. Fonte de alimentação com comutação 110V / 220V de forma automática ou por chave
externa, com potência capaz de suportar a configuração máxima do equipamento.

2.16. Monitor de vídeo de 21”, SVGA, 0,26mm dp (vide espec. padronizada "D").

2.17. Teclado (vide espec. padronizada "E").

2.18. Compatibilidades: a solução de hardware apresentada deve constar das HCL do


Microsoft Windows NT Workstation 4.0 e do Windows 98.

2.19. Com Software Windows 98(SE) ou posterior e Office 2000 ou compatível Instalado.

Item 3 – Scanner

3.1. De mesa, com processador de imagem a cores de no mínimo 30 bits.

3.2. Resolução verdadeira (óptica) de 1200 dpi ou superior.

3.3. Velocidade de varredura máxima de 6 ms/linha.

3.4. Tamanho máximo para scanning: 8,5" x 14".

21
3.5. Interface: USB ou SCSI. Em ambos os caso, o scanner deve ser acompanhado do
respectivo cabo. Se a interface for SCSI, o scanner deve ser fornecido com respectiva
interface.

3.6. Acompanhado de todos os software para sua completa utilização: scanning, OCR, editor
de imagem e utilitários de cópia em cores.

3.7. Acompanhado de todos os software necessários para funcionamento sob Windows NT


Workstation e Windows 98 ou posteriores.

Item 4 – Impressora “A”

4.1. Tecnologia laser.

4.2.Resolução mínima de 600 x 600 dpi.

4.3.Velocidades de impressão mínimas (folha A4, em modo normal), monocromática: 9 ppm.

4.4.Capacidade de imprimir, no mínimo, documentos A4, Carta, Ofício e personalizados.

4.5.Capacidade de no mínimo 100 folhas na bandeja de carga.

4.6.Interface paralela bitronics IEEE 1284B, acompanhada do respectivo cabo.

4.7.Acompanhado de todos os componentes de software necessários para funcionamento sob


Windows NT Workstation e Windows 98 ou posteriores.

4.8.Acompanhada da quantidade de itens consumíveis (cartuchos), em quantidade suficiente


para a impressão, com 5% de recobrimento, de 10.000 folhas (A4) monocromáticas e
5.000 folhas (A4) coloridas.

Item 5 – Impressora “B”

5.1.Tecnologia ink jet.

5.2.Resolução mínima de 600 x 600 dpi.

5.3.Velocidades de impressão mínimas (folha A4, em modo normal): colorida: 6 ppm.

5.4.Capacidade de imprimir, no mínimo, documentos A4, Carta, Ofício e personalizados.

5.5.Capacidade de no mínimo 100 folhas na bandeja de carga.

5.6.Interface paralela bitronics IEEE 1284B, acompanhada do respectivo cabo.

5.7.Acompanhado de todos os componentes de software necessários para funcionamento sob


Windows NT Workstation e Windows 98 ou posteriores.

22
5.8.Acompanhada da quantidade de itens consumíveis (cartuchos), em quantidade suficiente
para a impressão, com 5% de recobrimento, de 10.000 folhas (A4) monocromáticas e
5.000 folhas (A4) coloridas.

Item 6 – Estabilizador de tensão

6.1.Potência Nominal de 600 VA.

6.2.Fator de potência 0,7.

6.3.Transformador isolador com blindagem eletrostática.

6.4.Supressor de transientes.

6.5.Filtro de linha (RFI/EMI).

6.6.Proteção contra picos de tensão e descargas atmosféricas.

6.7.Entrada bivolt (115 e 220 Vca)

6.8.Comutação automática de entrada.

6.9. 4 (quatro) tomadas de saída padrão NEMA 5-15R, com fio terra conectado diretamente
à entrada.Variações de tensão suportadas: Entrada - 30% e + 25%; Saída ± 2,5%.

6.10. Proteção contra sub e sobretensão com desligamento automático da saída.

6.11. Fusíveis para fase e neutro.

6.12. Gabinete metálico com pintura eletrostática.

Item 7 - Hub

7.1. possuir no mínimo 16 portas Ethernet 10BaseT padrão IEEE 802.3, conectores RJ-45,
compatíveis compadrã EIA/TIA Categoria 5

7.2. Possuir fonte de alimentação AC 115/220 Vca ( Cento e quinze ou duzentos e vinte
volts em corrente alternada)

7.3. Possuir capacidade para ser empilhado ou “cascateado”

Item 8 - Câmera Fotográfica Digital

8.1. Lentes com zoom óptico de 14:1 e foco manual/automático capaz de focar objetos a
partir de distâncias de 1 (uma) polegada.

8.2.Flash automático podendo ser ajustado em 3 modos: Ligado, Desligado e Auto.

8.3.Capacidade de captura de imagem com qualidade XGA (1024x768).

23
8.4.Com display de cristal líquido colorido.

8.5.Velocidade do obturador: de 1/60s até 1/4000s.

8.6.OPCIONAL: armazenamento em disquete padrão 3.5 polegadas, de alta densidade, sem


uso de adaptadores.

8.7.Padrão de compressão padrão JPEG (em cores).

8.8.Compatível com Windows (98 e NT 4.0) ou posteriores.

8.9.Software para manipulação das fotos com possibilidade de inclusão de efeitos.

8.10.Acompanhada de bateria(s) de íon de lítio, carregador de bateria, software necessários,


alça de ombro e protetor de lente, sacola própria para transporte e tripé.

Item 9 - Câmera Handcam externa


9.1 Conexão via USB;
9.2 Sensor CMOS true-color de no mínimo 640x480 pixels;
9.3 Capacidade de 16,7 milhões de cores
9.4 Captura de vídeo com até 30 quadros por segundo com resolução 352x288 e até 15
quadros por segundo a 640x480, no mínimo;
9.5 Suporte à captura de imagens fixas com 16,7 milhões de cores a 640x480;
9.6 com softwares para operação inclusos.

Item 10 - Unidade de Zip Disc Interna

10.1 Unidade para backup, interna, padrão ZIP, E-IDE ou tecnologia superior, mínimo 100
MB por mídia .

10.2 Taxa de transferência de 750 kbps;

Item 11 – Impressora C
11.1. Impressora Braille de médio porte;
11.2. Impressão simultânea de ambos os lados da folha (interponto);
11.3. Botões de configuração na impressora;
11.4. Síntese de voz;
11.5. Impressão em folhas avulsas de carregador automático.

24
ESPECIFICAÇÕES PADRONIZADAS COMUNS

A – Controladora de rede PCI, Fast Ethernet 10BaseT/100BaseTX, RJ45


1. Placa de rede de 32 bits.
2. Instalada em barramento de dados padrão PCI 2.1 Bus Mastering.
3. Total conformidade às normas ISO 8802-2 (IEEE 802.2) ISO 8802-3 (IEEE 802.3) para
redes padrão Fast Ethernet.
4. Total conformidade com o padrão 100BaseTX, em modo full-duplex, com
reconhecimento e comutação automática para o padrão 10BaseT (autosense).
5. Conector RJ45 fêmea, Categoria 5, compatível com a norma EIA/TIA 568-A.
6. Indicadores de monitoração externos (leds de velocidade e link).
7. Compatibilidade com a especificação DMI 2.0.
8. Instalação através de software (jumperless)
9. Suporte a TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet Protocol).
10. Suporte a gerenciamento padrão SNMP (Simple Network Management Protocol).
11. Suporte a VLAN e compatibilidade segundo as especificações do IEEE 802.1p/Q,
permitindo a priorização de pacotes, de acordo com o nível estabelecido pela aplicação.

B- Controladora de rede PCI, Fast Ethernet 10BaseT/100BaseTX, RJ 45, Remote Wake-up


1. Placa de rede de 32 bits.
2. Instalada em barramento de dados padrão PCI 2.1 Bus Mastering.
3. Total conformidade às normas ISO 8802-2 (IEEE 802.2) ISO 8802-3 (IEEE 802.3) para
redes padrão Fast Ethernet.
4. Total conformidade com o padrão 100BaseTX, em modo full-duplex, com
reconhecimento e comutação automática para o padrão 10BaseT (autosense).
5. Conector RJ45 fêmea, Categoria 5, compatível com a norma EIA/TIA 568-A.
6. Indicadores de monitoração externos (leds de velocidade e link).
7. Compatibilidade com a especificação DMI 2.0.
8. Instalação através de software (jumperless)
9. Suporte a TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet Protocol).
10. Suporte a gerenciamento padrão SNMP (Simple Network Management Protocol).

25
11. Suporte a VLAN e compatibilidade segundo as especificações do IEEE 802.1p/Q,
permitindo a priorização de pacotes, de acordo com o nível estabelecido pela aplicação.
12. Suporte a remote wake-up.
13. Suporte a SNMP, MIB I (RMON I) e MIB II (RMON II) nativo no adaptador ou através de
agente (software) fornecido pelo fabricante sem custos adicionais.
14. Suporte a GVRP e GMRP.

C – Monitor de vídeo SVGA, 15”, 0,28mm dp


1. Compatível com padrão SVGA ou superior.
2. Formatação de 25 linhas por 80 colunas para modo texto.
3. Resolução máxima de 1024 x 768 pontos no modo gráfico.
4. Dot pitch de 0,28mm, não entrelaçado.
5. Freqüência horizontal mínima de 54 kHz e freqüência vertical mínima de 90Hz.
6. Compatível com MPR-II de emissões elétricas e magnéticas.
7. Controles frontais de brilho, contraste e posicionamento da imagem.
8. Tela com tratamento anti-reflexivo e anti-ofuscante.
9. Com led indicativo de alimentação elétrica.
10. Fonte de alimentação própria, automática 110V / 220 V.

E – Teclado
1. Alfanumérico, padrão enhanced.
2. Com caracteres especiais da Língua Portuguesa em conformidade com a ABNT2.
3. Com bloco numérico separado e conjunto de teclas para movimentação do cursor
separado e situado entre o bloco alfanumérico e numérico.
4. Com 12 teclas de função.
5. Com recurso de repetição automática, quando a tecla for pressionada continuamente.
6. Com identificação da tecla com serigrafia a quente ou alto relevo ou baixo-relevo ou
dispositivo equivalente para evitar o apagamento da identificação.

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PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANEXO V
Sugestão de Layout para o Laboratório

Quadro
Melanínico
Branco
Linha Telefônica

Hub
Servidor Ethe
Professor
rnet

7,5 m

Laser printer

12 Microcomputadores
1 m para cada

Impressora

Scanner Armário 2 portas

4m

6m

Rede Lógica

Tomada de três pinos


Rede Elétrica

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PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANEXO VI
Capacitação de Professores

QUADRO I: curso básico de informática

Item Designação Nº de professores, por escola, Carga


a serem capacitados Horária
1 Introdução ao Windows 4 30h
2 Introdução ao Word 4 30h
3 Introdução à Internet 4 30h
Carga horária total 90h

QUADRO II: curso a distância, via internet

Item Designação Nº de professores, por escola, Carga


a serem capacitados Horária
1 Word na Educação Especial 4 20h
2 Introdução à Linguagem e Metodologia LOGO 4 20h
3 Elaboração de Projeto Pedagógico 4 20h
4 Análise de Software 4 20h
5 Teleconferências 4 20h
6 Interfaces para pessoas com deficiência 4 20h
Carga horária total 120h

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PROINESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ANEXO VII
Termo de Compromisso

29
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO – MEC
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – SEESP
PROJETO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL – PROINESP

DADOS DA ESCOLA

NOME DA INSTITUIÇÃO:

NOME DA ESCOLA:

Nº DE ALUNOS MATRICULADOS:
ENDEREÇO: CEP:
CIDADE: UF:
TELEFONE: ( ) FAX:
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES:
CARGO/FUNÇÃO:
TELEFONE: E-mail:

TERMO DE COMPROMISSO

Cada escola contemplada com os recursos do PROINESP, será responsável, como contrapartida,
pelo cumprimento das seguintes condições:

1) Elaborar e enviar à SEESP, dentro do prazo estabelecido, Projeto Político-Pedagógico


contendo a proposta inicial da escola para o uso pedagógico das Tecnologias da
Informação e Comunicação com seus alunos.

2) Indicar 4 (quatro) professores para a participação nos cursos de capacitação


promovidos pelo Proinesp, flexibilizando os horários de suas atribuições normais
durante os períodos de realização dos mesmos.

3) Indicar 1 (um) dos professores capacitados para atuar permanentemente na elaboração


e implementação de ações voltadas para a capacitação dos demais professores da escola
e no acompanhamento das atividades desenvolvidas no laboratório.

4) Divulgar os trabalhos desenvolvidos com os alunos nos espaços da Internet


disponibilizados pelo Proinesp para este fim.

30
5) Responder prontamente aos formulários eletrônicos enviados pela SEESP com o
objetivo de acompanhar o andamento das atividades.

6) Providenciar a contratação de empresa ou profissional especializado para prestar


suporte técnico aos equipamentos, de forma que qualquer problema eventual seja
prontamente solucionado, garantindo o pleno funcionamento do laboratório.

7) Manter regular o suprimento de materiais de consumo necessários ao pleno andamento


das atividades no laboratório, tais como:
- Papel para impressão;
- Disquetes;
- Tinta para a impressora a Jato de Tinta;
- Tonner para a impressora a Laser;
- Novos softwares educativos que se fizerem necessários.

8) Providenciar infra-estrutura adequada, apresentando os seguintes itens:


9.1) Ambiente geral e obras civis
§ Uma linha telefônica exclusiva para conexão à Internet no laboratório.
§ Laboratório de Informática com no mínimo 3m2 para cada estação de trabalho
(microcomputador, mesa e cadeira).
9.2) Ambiente geral e obras civis para as Salas de Microcomputadores
§ Proteção adequada contra agentes agressivos (areia, poeira, chuva, etc.) e distância de
tubulações hidráulicas.
§ Temperatura ambiente de no máximo 30o C, nas condições previstas para a operação
(equipamentos + alunos). Se não for possível em condições naturais – ar condicionado de no
mínimo 18.000 BTU
§ Tomadas elétricas comuns para uso geral que não podem ser compartilhadas com a rede
elétrica para os equipamentos de informática.
§ Ausência de falhas estruturais – infiltrações, rachaduras, umidade, mofo, etc.
§ Piso adequado – madeira, pedra, cimento liso, vinil, cerâmica ou equivalente, sem desníveis,
ressaltos ou batentes.
§ Iluminação natural – número suficiente de janelas, dotadas de cortinas e/ou persianas para
evitar exposição direta a luz solar.
§ Iluminação artificial com lâmpadas fluorescentes, com interruptores independentes, que
possibilitem desligar parcialmente as luzes próximas ao quadro branco, evitando reflexos
indesejáveis.
9.3) Rede Elétrica para os equipamentos de informática
§ Fornecimento de energia elétrica de 110V ou 220V, com capacidade mínima de 10KVA.

31
§ Quadro de distribuição de energia elétrica, exclusivo para os equipamentos de informática
(independente de quaisquer outros aparelhos elétricos).
§ Aterramento do Quadro e seus circuitos (não usar o “neutro” da rede). Com resistência
menor ou igual a 10Ω .
§ Tomadas tripolares monofásicas (3 pinos) padrão NEMA 5P, instaladas ao longo das
paredes, em caixas modulares externas ou embutidas. Uma para cada equipamento –
microcomputadores, impressora, hubs e scanner.
§ Fiação embutida ou externa em canaletas. (Obs: Todos os fios devem estar ocultos ou
presos.)
§ Fiação com condutores de boa qualidade – “anti-chama”, compatíveis com a carga do
circuito e voltagem local (mínimo de 2,5mm2), certificados pelo INMETRO.
§ Quadro com disjuntores para cada conjunto de 4 tomadas (mínimo de 25A). Dotado de
etiquetas identificadoras.
§ Todas as tomadas e disjuntores com etiquetas identificadoras dos circuitos.
9.4) Cabeamento lógico das redes locais
§ Fiação em cabos de boa qualidade – mínimo de 4 vias.
§ Tomadas padrão RJ-45, em caixas plásticas, instaladas imediatamente acima das canaletas
(mínimo de 60cm do chão). Simples (uma por micro) ou duplas (uma para dois micros).
Distância máxima do micro de 1,5m.
9.5) Segurança física dos equipamentos
§ Janelas resistentes, que possam ser trancadas por dentro, reforçadas externamente por grades
de aço fixadas à parede.
§ Entrada única para a sala, fechada por porta em madeira resistente com fechadura com
travamento rápido interno. Se porta externa, uma segunda porta, em grade de aço e cadeado.

De acordo com todas as condições descritas acima, subscrevo-me,

_____________________________, _____ de _______________ de 2000 .

________________________ ________________________
Presidente Diretor ou responsável pela escola

32

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