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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Naval

Método – Holtrop Mennem

Aula 1

Professor: Pedro Lameira

Faculdade de Engenharia Naval


Instalações Propulsoras - Prof. Pedro Lameira
Conceitos
Resistência ao Avanço
A resistência do navio a uma velocidade constante e a força necessária para
rebocar o navio a essa velocidade em á guas tranquilas.
Potência Efe2va
A potência necessária para vencer a resistência do navio a uma dada
velocidade

Regime de operação
Relaciona velocidade com o comprimento a resistência da embarcação.
Depende da relação SLR.

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Resistê ncia
Existem vários métodos para o cálculo da resistência

ao avanço de uma embarcação, por exemplo:

• Os métodos de extrapolação

o Método de Froude

Na hipótese de Froude é proposto que a resistência total seja subdividida em duas partes, na resistência residual,
composta em grande parte pela resistência de geração de ondas, e na resistência friccional.

o Método ITTC 1957

O método adotado pela InternaFonal Towing Tank Conference (ITTC) de 1957 apresenta uma série de passos para a
determinação da resistência total a parFr da correlação entre os coeficientes do modelo e do navio.

o Método ITTC 1978 (ADIÇÃO DO MÉTODO HUGHES-PROHASKA)

O método do ITTC de 1978 apresenta uma atualização do método do ITTC de 1957, acrescentando o coeficiente de forma
de Hughes-Prohaska

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Resistência Total
O conceito de coeficiente de resistência total foi formulado de modo a criar
um parâmetro adimensional capaz de comparar navios de diferentes
tamanhos.

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Regimes de operaçã o

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Aná lise de Regressã o ?
• UFliza os resultados de resistência ao Avanço de uma série de
modelos ensaiados em tanques de provas

• UFliza também os resultados de resistência ao avanço de


embarcações em escala real

• A parFr desses dados é gerada uma equação matemáFca por


regressão numérica

• Essa equação fornece a resistência ao Avanço da embarcação


estaFsFcamente dentro da envoltória de dados referente às
embarcações para a análise de regressão

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Mé todo – Holtrop e Mennem
I. 1977 – Primeira formulação com aproximadamente 200 embarcação –
Embarcações de Deslocamento

II. 1984 – Atualização das formulações incluindo embarcações de semi-


deslocamento – Total de 334 modelos.

Parâmetros básicos:
• Água salgada – Densidade: 1025 kg/m3 (15o )
• Águas calmas – Vento e correnteza irrelevantes
• Embarcações do tipo mono casco
• Navios mono Hélice e Bi-hélices
• Embarcações que operam em regime de deslocamento e
semideslocamento

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1ª Formulação – Limite de Parâmetros para embarcações de deslocamento

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2ª Formulação – Limite de Parâmetros para embarcações de semi
deslocamento
Fn até aproximadamente 1.

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Mé todo – Holtrop e Mennem
• Um dos mais uFlizados no projeto de embarcações de grande porte é o
método de Holtrop e Mennen (1982)
o Consiste em uma regressão estagsFca a parFr de testes em modelos para
que a resistência obFda pudesse ser extrapolada para embarcações reais

o É uFlizado para barcos deslocantes e cobre uma grande faixa dimensões e


formas de embarcações

o No método, a resistência pode ser dividida entre várias parcelas

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Método – Holtrop e Mennem

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B – Boca Moldada
L – Comprimento de linhas d’água
T – Calado
Cp – Coeficiente PrismáFco (baseado no comprimento de linhas d’água)
∇ - Volume deslocado moldado
𝐿! = 𝐿(1 − 𝐶𝑝 + 0,06 ∗ 𝐶𝑝 ∗ 𝑙𝑐𝑏/(4𝐶𝑝 − 1))
lcb – posição longitudinal do centro de carena avante de 0,5L (como um percentual
de L)

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3 Resistência de onda: Foi feita uma reanálise dessa parcela de
resistência. Geradas novas fórmulas a partir de 334 modelos.
Considerando variações para números de Froude mais elevados.

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3 Resistência de onda: Foi feita uma reanálise dessa parcela de
resistência. Geradas novas fórmulas a parFr de 334 modelos.
Considerando variações para números de Froude mais elevados.

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3 Resistência de onda: Foi feita uma reanálise dessa parcela de
resistência. Geradas novas fórmulas a parFr de 334 modelos.
Considerando variações para números de Froude mais elevados.

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5 Resistência dos apêndices

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Método – Holtrop e Mennem
6 Resistência de Correlação

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7 Resistência área Transom

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Mé todo – Holtrop e Mennem O coeficiente de esteira diz respeito à velocidade com que o
fluxo de água é entregue ao propulsor de uma embarcação. Ao
Coeficientes – Propulsor único navegar, uma embarcação gera uma perturbação no fluido em
volta do casco, conhecida como esteira. Por se localizar nesta
região, o propulsor opera com um perfil de velocidade disFnto
da velocidade da embarcação, ou seja, a água flui para o
propulsor com uma velocidade menor que a dá embarcação
devido à influência de seu casco.

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Coeficientes – Propulsor único

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Coeficientes – 2 propulsores

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Abrangência

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Comprimento entre PP 200 m
Comprimento entre LWL 205 m
Exemplo Boca na Linha d'água 32 m
Calado na PPAV 10 m
Calado na PPAR 10 m
LCB(PPAR) 95,96 m

Coeficiente de bloco 0,57


Coeficiente de seção mestra 0,98
Coeficiente de L. água 75
1/2 ângulo de entrada L. água graus

Área espelho de popa Transom Imersa 16 m2


Área seção transversao bulbo 20 m2
Altura acima LB 4 m2

Rugosidade Casco
Área molhada do casco nu

Número de propulsores 1
Diâmetro do propulsor 8 m
Número de propulsores
Número de pás 4
Razão passo/diâmtro 1
Razão entre áreas
Folga na ponta da pá 0,2m
Inclinação do eixo
Distância do centro do propulsor até a L. água
Valocidade 12,86 m/s

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Exemplo

1ª Etapa - RF

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Exemplo

1ª Etapa – RF – 2ª parcela

Apesar do LCB ter sido fornecido – Precisa ser corrigido para a meia nau

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Exemplo

2ª Etapa – RAPP

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Mé todo – Holtrop e Mennem
Exemplo
Fn=0,29
3ª Etapa – Rw

Caso não tenha iE

C7?

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Mé todo – Holtrop e Mennem
Exemplo

3ª Etapa – Rw

C2?

C5?

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Exemplo

3ª Etapa – Rw

m1?

λ?

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Mé todo – Holtrop e Mennem
Exemplo

3ª Etapa – Rw

m4?

RW?

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Mé todo – Holtrop e Mennem
Exemplo

4ª Etapa – RB

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Exemplo

4ª Etapa – RTR

c6?

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Exemplo

5ª Etapa – RA

CA?

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Método – Holtrop e Mennem
Exemplo

6ª Etapa – RT

RT=1922,58 kN

EHP= RT*V= 24.724 kW

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Grupo de Pesquisa em Tecnologia
de Construção Naval

Prof. Dr. Pedro Lameira

• pedro.lameira

• pedrolameira@ufpa.br

• Pedro Lameira

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