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1 Anestesia local
Os anestésicos locais (AL) fazem parte da classe de
fármacos mais utilizados pelos os cirurgiões dentistas
durante os procedimentos odontológicos. Os AL podem ser
definidos como uma droga que pode bloquear de forma
reversível a transmissão do estímulo nervoso no local onde
for aplicado, sem ocasionar alterações no nível de
consciência. São amplamente utilizados como agentes para
a anestesia e a analgesia durante o transoperatório e
o pós-operatório. Sem causar injurias ou morbidade
permanente (MARZOLA et al., 2005).
Para se obter uma analgesia satisfatória, é necessário que
o cirurgião-dentista conheça as propriedades
farmacológicas e a toxicidade do fármaco AL e dos
vasoconstritores, para que seja segura e adequada ao
procedimento a ser realizado. Aspectos de técnicas de
anestesia, procedimentos e possíveis reações alérgicas
local ou sistêmicas devem ser considerados no que diz
respeito à escolha do AL.
As complicações decorrentes da AL em odontologia podem
ser classificadas em locais, pertinentes à cavidade oral ou
face, sistêmicas,
como toxidade e interação medicamentosa com outros
fármacos, e as alterações locais incluem dor e queimação
durante a injeção, parestesia, trismo, hematoma, edema
fratura da agulha, injurias de tecido mole, paralisia do nervo
facial, infecções, lesões em mucosa, necrose de tecidos e
complicações oculares. Estas complicações decorrentes
aos AL são reversíveis e podem ser evitadas através de
técnica anestésica adequada, com administração do
fármaco de forma lenta e aspiração previa (BRKOVIC et al.,
2005).
• Nervo oftálmico
• Nervo maxilar
O nervo trigêmeo apresenta função mista, possui duas
raízes, uma sensitiva (aferente somático) sendo
predominante, e uma motora (eferente visceral). “A raiz
sensitiva é formada por prolongamentos centrais dos
neurônios, situados no gânglio trigeminal, que se localiza
no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso
temporal.” (GÓES; FERNANDES, 2008, p. 110).
Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos
do gânglio trigeminal formam, distalmente ao gânglio,
os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico,
nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela
sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça,
através de fibras que se classificam como aferentes
somáticas gerais. Controla, principalmente, a
musculatura da mastigação e a sensibilidade
facial (temperatura, dor, pressão e tato da face)
(MACHADO, 2000). De acordo com Bertoli et al. (2003, p.
126):
• Origem aparente
As duas raízes do V par têm origem aparente, é no tronco encefálico,
mais especificamente na face anterior (anterolateral) da ponte. A raiz
sensitiva é a mais lateral e volumosa das duas. É formada pela união
de 40 a 50, apresenta um aspecto achatado e tem espessura
aproximadamente de 5 mm (MALAMED, 2005). A raiz motora, situada
medialmente à precedente, distingue-se por ser menos espessa;
compõe-se de 8 a 10 filamentos que se fundem no tronco
arredondado de 2 mm de espessura. Entre ambas as raízes se
intercala a uma ponte de substância nervosa: a língula (MACHADO,
2000).
• Trajeto
A raiz sensitiva e a raiz motora do nervo trigêmeo passam a ter
direção súpero-anterior, atravessando, as fossas posterior e média
do crânio (MADEIRA, 2001). A raiz sensitiva e a motora funde-se com
o nervo mandibular. A raiz motora, com situação inicial súpero-
medial, à raiz sensitiva, cruza, indo situar-se lateralmente a raiz
motora, no nível da margem superior da parte petrosa do osso
temporal. As fibras superiores da raiz sensitiva giram para lateral e
alcançam a ponte no nível inferior ao das fibras inferiores do gânglio
(MALAMED, 2005).
• Relações
O trajeto intracraniano do nervo trigêmeo abrange as seguintes
regiões: Fossa posterior do crânio. Inclui o segmento compreendido
entre a origem aparente e a margem lateral do corpo do osso
esfenoide, no nível do processo clinóide posterior (CASTRO, 1985;
MADEIRA, 2001). Nesta altura o nervo apresenta-se circundado por
uma bainha de pia-máter, apresenta uma curva de concavidade
anteromedial submerso inferiormente no espaço subaracnóide,
juntamente com os nervos troclear (IV par), trigêmeo (V par) e
abducente (VI par), e com as artérias superior do cerebelo e posterior
do cérebro, ramos da artéria basilar (CASTRO, 1985).
• Gânglio trigeminal
Após sua origem aparente, o nervo trigêmeo segue em direção à
região da impressão trigeminal do osso temporal, onde se forma o
gânglio trigeminal. Segundo Jones Jr. (2006), no gânglio trigeminal o
nervo trigêmeo se divide em três ramos: Nervo oftálmico (funções
sensitivas); Nervo maxilar: (funções sensitivas); 3. Nervo mandibular
(funções mistas – sensitivas e motoras).
• Anatomia de superfície
O gânglio trigeminal projeta-se sobre a margem superior do osso
zigomático, no nível da parte anterior da fossa mandibular do osso
temporal (MALAMED, 2005; MADEIRA, 2001).
• Ramos comunicantes
Os ramos comunicantes são filamentos simpáticos que estabelecem
o contato do polo medial do gânglio trigeminal com o plexo
pericarotídeo (MALAMED, 2005; MADEIRA, 2001).
• Ramos terminais
O nervo trigêmeo se trifurca e seus ramos terminais. Cada um deles
anexa um pequeno gânglio de natureza simpática; os dois primeiros
transportam fibras puramente sensitiva e o terceiro é misto, pois ele
se junta a raiz motora, com o qual se funde (MALAMED, 2005).
2.1 Nervo oftálmico
O nervo oftálmico, ou primeira divisão do nervo trigêmeo sai
da extremidade superior do gânglio trigeminal, portanto de
dentro da cavidade craniana, para alcançar a orbita através
da fissura orbital superior. O nervo oftálmico é responsável
pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo,
enquanto o nervo óptico é sensorial (visão). E se ramifica em
três ramos:
1. Nervo nasociliar: sensitivo – percorre a parede medial da
cavidade orbital, e emite outros 3 ramos:
• Nervo etmoidal posterior: passa pelo forame