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HISTÓRIA POSTAL DO BRASIL - CARTA DO PARÁ DE 1 SHILLING

Por José Francisco de Paula Sobrinho

A grande paixão de um colecionador, principalmente na classe de História Postal se eleva a patamares inexplicáveis, quando
encontra uma peça que, oriunda de uma coleção famosa, desperta curiosidade por encontrar alguma incorreção ou dúvida em
sua descrição.
Este fato vem de ocorrer com o autor deste estudo, com a carta a seguir descrita e cujo exame o levou a constatação de que
passava a possuir peça que verdadeiramente se enquadrava perfeitamente no espírito que norteia a coleção de História Postal.
A existência de duas cidades com o mesmo nome, ainda que em épocas diferentes, em país vizinho causa determinado tipo de
confusão que leva o colecionador a cometer alguns equívocos de avaliação e baseado em dados recentes (século XX), descreve
com erros as rotas usadas no transporte de uma correspondência em outros tempos (século XIX).
Este artigo é baseado em pesquisas efetuadas pelo autor sobre carta oriunda do PARÁ, no Brasil, com destino a SANTA CRUZ DE
LA SIERRA, na Bolívia.
Em função das marcas postais existentes, o primeiro colecionador a incluir esta peça em sua coleção (Colección Patiño), laborou
em equívoco, o que vamos tentar esclarecer após exaustivos exames e pesquisas, com o objetivo de estabelecer o verdadeiro
roteiro de a carta descrita ao final deste artigo.

A CARTA
Carta do PARÁ, 6 de Junho de 1870. Levada em mãos, chegou a ST THOMAS, na época integrante das Índias Ocidentais
Dinamarquesas (atualmente integra a região conhecida como Ilhas Virgens e pertence aos Estados Unidos da América), em 14
de junho.
Integrada ao Serviço britânico, através da Agência Postal Britânica local, recebeu o carimbo consular C51 (vigente entre 1867 e
1873) sobre o selo inglês de 1shiling, emissão de 19.01.1865, prancha 4, letras grandes laterais não coloridas Q-I, com filigrana
Spray of Rose, perfuração 14, (SG. 101-fig. 31).
Foi transportada pelo navio NEVA da Royal Mail Steam Packet Company que fez sua rota habitual, com estadia em Jacmel
(Haiti), Kingston (Jamaica) e Colon (Panamá).
Cruzou o istmo pela Ferrovia concluída em 1855 até a cidade de Panamá.
Em navio da Pacific Steam Navigation Company, fez o percurso pelo Pacífico, com paradas em vários portos ao longo do caminho
até PUERTO DE LAMAR (citado como LAMAR) ou COBIJA, um dos quatro portos marítimos da Bolívia (os outros eram
Antofagasta, Mejillones e Tocopilla) e que desapareceu em 1877, em razão de um tsunami; os outros portos hoje pertencem ao
Chile), aonde chegou a 8 de Julho de 1870. Por via terrestre, seguiu até Santa Cruz de La Sierra, no interior da Bolívia.
Exibe os carimbos das Agências Postais Britânicas ST THOMAS JU 14 70 (circular vermelho), e COBIJA JY 8 70 (circular preto)
e LAMAR(Linear preto).
DESTAQUE DOS CARIMBOS
APLICADOS NA CARTA

COBIJA LAMAR

A DESCRIÇÃO FEITA PELO PROPRIETÁRIO DA PEÇA, QUE CONDUZIU


A ERRO DE DESCRIÇÃO SOBRE A ROTA SEGUIDA.
Quarenta anos depois, correspondências do nordeste da Bolívia para o Brasil, Europa, etc, seriam conduzidas através dos rios
Madeira, Orenoco e Amazonas até Pará. Em 1870 não se sabe muito sobre a forma superior destes rios no Amazonas,
certamente não o suficiente para abastecer uma rota postal para a Bolívia. Esta é uma viagem notável em torno da metade do
continente da América do Sul para chegar a um destino que era relativamente perto.
A falta de um conhecimento histórico, ou o cuidado em se aprofundar no estudo pormenorizado da carta e de sua rota, pode ter
levado à conclusão, pelo colecionador, de se basear no nome de uma cidade atual.
Um exame profundo das marcas postais e da própria história e geografia da Bolivia, teriam levado a conclusão correta sobre a
rota real, já que a cidade por onde transitou a carta, originalmente, já não mais existia, devastada que fora por um tsunami e um
terremoto por volta de 1873.
Roteiro da carta,
atualizado segundo
novas pesquisas
RESUMO DA SITUAÇÃO ATUAL DE COBIJA E SEU TRAJETO FINAL
1.- Bolívia não tem acesso ao Oceano Pacífico desde 14 de Fevereiro de 1879.
2.- LAMAR foi porto marítimo de Bolívia, habilitado formalmente durante a Presidência do Marechal Andrés de Santa Cruz em
1829 e foi, durante muitos anos, Capital do Departamento do Litoral.
3.- Hoje em dia ainda existem vestígios, sem nenhuma importância e esquecido pelos chilenos.
4.- O meio de transporte deste Porto aos demais Departamentos de Bolívia era por via terrestre.
5.- Naquela época o tempo que levava uma carta desde LAMAR até Santa Cruz era em torno de 10 a 15 dias.
6.- O trajeto era o seguinte:La Mar - Potosí 158 léguas; Potosí-Oruro 65 léguas; Oruro- Cochabamba 41 léguas e Cochabamba-
Santa Cruz 41 léguas.
Walter Gonçalves
Taveira, pesquisador,
filatelista,
colecionador e
expositor brasileiro,
sediada em Belo
Horizonte, Brasil,
credenciado como
expertise pela FEFIBRA
– Federação dos
Filatelistas do Brasil
com larga experiência
no exame de peças
filatélicas.
LEILÃO PÚBLICO EFETUADO EM 5 DE MARÇO DE 2008, EM NEW YORK,
PELA CASA SPINK, QUANDO FOI NEGOCIADA ESTA CARTA.

COLEÇÃO PATIÑO
PREFÁCIO

Jamie Ortiz-Patiño e seu filho Carlos são de uma família de colecionadores verdadeiramente notável. Eles são o neto e bisneto
do boliviano "Rei do Estanho" Simon I. Patiño, um “self made” homem de enorme riqueza e um grande benfeitor para a Bolívia
nas áreas de educação e cultura.

Jimmy não só herdou e reforçou uma espetacular coleção de artes decorativas francesas e livros, mas coletadas em muitas áreas
que foram exclusivamente sua.

Ele começou a colecionar selos como um jovem estudante, mas depois, em 1970, decidiu concentrar-se em uma coleção de
selos pré-bolivianos (1.879) e cobre. Tal como acontece com todas as suas paixões sejam pinturas impressionistas, francesas,
literatura, prata, e selos - o seu objetivo é sempre o melhor.

Em 1987, Jimmy acompanhado por seu filho Carlos ampliou a coleção ao período 1879-1930 e incluiu o correio aéreo e cartas. O
resultado final de seus esforços combinados é a única grande coleção de selos da Bolívia formada no início do século XX e que o
levou à conquista de três medalhas de ouro em exposições internacionais.

Esta extraordinária coleção de selos é um testemunho à dedicação Ortiz-Patiño para a busca da excelência.
INTRODUÇÃO À COLEÇÃO ORTIZ-PATIÑO DA BOLÍVIA
Texto de editor da empresa Spink, apresentando e exaltando a coleção em oferta

A Bolívia é um país fascinante, tanto cultural quanto filatelicamente. Isto se torna muito mais aparente quando se examina a
fabulosa coleção Ortiz-Patiño. Este país que se encontra no oeste da América do Sul tem uma rica história filatélica que foi
belamente ilustrada pelos esforços combinados de Jamie Ortiz-Patiño e seu filho Carlos no que é, sem reservas, a melhor
coleção da Bolívia já formada.
A coleção começa com uma extensa coleção pré-filatélica de marcas postais sobre cartas, que é inigualável.
Não são apenas seus muitos tesouros, mas também e muitas vezes, o único exemplar conhecido.
Muitos também são verdadeiramente belos, bem como, mostrando a tendência artística deste país culturalmente rico.
Além disso, a parte pré filatélica da coleção é impressionante em seu escopo e abrangência.
Transição do período entre a pré filatélia e o período do selo é uma coleção maravilhosa do Departamento Litoral.
Este departamento é particularmente notável porque foi a região costeira da Bolívia e foi o grande janela para o mundo exterior
até que esta área foi adquirida pelo Chile em 1879, deixando a Bolívia sem acesso ao mar.
A partir desta área vem uma série encantadora de correio estrangeiro que abrange desde o período da pré filatélica até as
primeiras edições da República.
Algumas das grandes raridades postais da Bolívia são encontrados aqui, culminando no franqueamento fabuloso misto de
Condors 5c Verde usada fora de Lamar com um selo de 1s Verde da Grã-Bretanha.
Falando de Condors, especialista boliviano declarou em exame da coleção que nunca tinha visto até então tantas cartas com
Condor em um mesmo lugar, em toda a sua vida!
Eles realmente são espetaculares, tanto em âmbito e importância, quando se trata de selos e cartas conhecida das peças
Condor. Como informação, cada selo foi meticulosamente cuidado.
Itens raros e raramente vistos estão destacados praticamente em todas as outras áreas da filatelia de Bolívia. De nota especial é
a seção aérea que era uma paixão especial de Carlos Ortiz-Patiño. O Correio aéreo se encontrava em um desenvolvimento
tecnológico importante para este país remoto e montanhoso que, muitas vezes causador de viagens muito difíceis.
As cartas aéreas são maravilhosamente abrangentes e contêm muitos dos voos raros desde cedo. De especial interesse é um
grupo fantástico de todo o conjunto de cartas de Vôos Pan-americanos com as variedades que vão iluminar os entusiastas do
Zeppelin.
Muitas vezes, importantes coleções privadas bolivianas são vendidas ou intermediadas pelos comerciantes para que o público
tenha uma pequena oportunidade de adquirir os tesouros filatélicos deste país.
Podemos dizer sem equívocos que esta é a coleção maior e mais importante da Bolívia já formada, e muito menos para ser
vendido em leilão público.
Esperamos que você vá encontrar muitos lotes maravilhosos em que se oferta neste catálogo e se tornará uma parte estimada
de sua biblioteca de referência.
Rex D. Bischp
Philatelist sênior
Galerias Spink Shereves

Jamie and his son


Carlos
(Jamie born in París,
July 20, 1930)
FOLHA DE EXIBIÇÃO ORIGINAL DA COLEÇÃO PATIÑO
B.P.A. Expertising
Limited, sediada em
Londres, Inglaterra, é
uma importante
organização britânica
de expertise, com mais
de 70 anos de
existência e
experiência.

Roteiro segundo a
versão original
COBIJA & COBIJA
Cobija era um porto da Bolívia, às margen do Oceano Pacífico, criado 1825 por Simón Bolívar con o nome de Puerto La Mar (o
Lamar), localizado na costa entre as cidades atuais de Tocopilla e Antofagasta (Chile) Hoje existem apenas ruínas da cidade.
A Iniciativa de Bolívar era criar uma porta para o recém-criado estado da Bolívia. Após negociações que falharam com o Peru,
para ceder o porto de Arica, o governo boliviano recomendado pelo coronel Francis Burdett O'Connor escolheu a região de
Cobija por condições geográficas O governo boliviano instalou o porto em 25 de dezembro de 1825.
O porto tornou-se um importante centro aristocrático, cultural e econômico antes da fundação do porto de Antofagasta da
Bolívia. Cobija, na costa boliviana foi fundada pelos espanhóis no século XVI com o nome de Santa Maria Madalena Cobija.
Em 1825 o porto foi formalmente inaugurada pelo Simón Bolivar, que mudou seu nome para PUERTO LA MAR ou LAMAR.
Durante a guerra entre Salaverry e Santa Cruz que precederam a consolidação da Confederação Peruano-Boliviana, o porto foi
tomado por tropas de restauração peruanas sob o comando do coronel Quiroga, morrendo em combate o Coronel boliviano
Gaspar Aramayo.
Em 1857 tinha uma população de cerca de 1.000 habitantes e até mesmo uma usina de dessalinização da água do mar, de
propriedade de José Santos Ossa A partir daqui, numerosas expedições foram organizadas, entre outros, que descobriu a prata
na região de Caracoles em 1870.
Foi afetada pelo terremoto de 1868 que destruiu metade dos prédios, e a epidemia de febre amarela em 1869.

Localização atual de
COBIJA, usada na
descrição original da
carta
CONSIDERAÇÕES DO AUTOR
O antigo colecionador, sem se aprofundar nas pesquisas, cita a carta como tendo transitado pela cidade de Cobija uma cidade
da Bolívia, capital do departamento de Pando e da província de Nicolás Suárez. Está situada a beira do Rio Acre na fronteira com
o Brasil, tendo Brasiléia e Epitaciolândia como vizinhos, a uma altitude de 235 metros acima do nível do mar com um clima
tropical e chuvoso.
Esta Cobija foi fundada em 1906 com o nome de Bahía, mudou seu nome para o atual em 1908 em homenagem ao antigo porto
de mar boliviano Cobija (Lamar) no Oceano Pacífico.
Seus comentários abaixo, foram adicionados em razão do que observou no momento da descrição de sua peça e forneciam
informações subjetivas que hoje, não correspondem à realidade.
“Quarenta anos depois, correspondências do nordeste da Bolívia para o Brasil, Europa, etc, seriam conduzidas através do rio
Amazonas até Belém (Pará). Em 1870 não se sabe muito sobre a situação dos Rios Orenoco e Amazonas, certamente não o
suficiente para abastecer uma rota postal para a Bolívia. Esta é uma viagem notável em torno da metade do continente da
América do Sul para chegar a um destino que era relativamente perto”.
Mapa da região sul da América do Sul, com a localização de COBIJA, antigo porto de
mar da Bolívia, como demonstrado neste artigo.
ANTECEDENTES DAS COMUNICAÇÕES NA BOLÍVIA
HISTÓRIA

Enquanto o Caminho Real, e mais tarde a pista de Las Cruces, era servido como comunicação através do istmo por mais de três
séculos, no século XIX era claro que e se procurava uma alternativa mais barata e mais rápida. Dada a dificuldade de construir
um canal com a tecnologia disponível, uma estrada de ferro parecia a solução ideal.
Presidente Bolivar da Colômbia encomendou um estudo sobre a possibilidade de construção de uma ferrovia de Chagres (Rio
Chagres) para Cidade do Panamá; este estudo foi conduzido entre 1827 e 1829, e informou que tal ferrovia seria possível. No
entanto, a idéia foi arquivada.
Em 1836, o presidente Jackson dos Estados Unidos encomendou um estudo das rotas propostas para comunicação
interoceânica, para proteger os interesses dos americanos que viajam entre os oceanos. Isso levou aos Estados Unidos, que
comprou uma licença para uma ferrovia trans-Isthmian, mas o esquema foi uma vítima do Pânico de 1837, e não deu em nada.
Em 1838, a uma empresa francesa foi dada a concessão para construir uma rota de transporte rodoviário, ferroviário ou canal
através do istmo. Um estudo de engenharia inicial recomendada de um canal da baía de Limon até à baía de Boca del Monte,
doze milhas a oeste do Panamá, mas o regime caiu novamente para a falta de financiamento.
Após a aquisição da Califórnia superior em 1848, aumentou o movimento de colonos para a Costa Oeste, os Estados Unidos
novamente voltaram sua atenção para assegurar um transporte seguro, confiável e rápido entre os oceanos. O Congresso,
portanto, autorizou a operação de duas linhas de navios de correios, um de Nova York para Chagres, e outro no Oregon e
Califórnia para o Panamá.
Nesta fase, o trânsito real através do istmo era pelas trilhas antigas, que caíram em desuso, o trânsito normalmente levaria
quatro ou cinco dias. William H. Aspinwall, o homem que tomou a operação pacífica do navios de correios, instigou um esquema
para construir uma ferrovia através do istmo, ele e seus parceiros criaram uma empresa, arrecadou US $ 1.000.000 de venda de
estoque, e começou trabalho. Sua empresa teve um sucesso incomum desde a descoberta do ouro na Califórnia e criou uma
onda de imigrantes que pretendiam atravessar o istmo.
Em maio de 1850, a primeira idéia foi transformada em projeto, mas muito rapidamente as dificuldades do sistema tornaram-se
aparentes. O calor era sufocante, e torrentes de chuva eliminaram quase metade dos trabalhadores necessários para operar em
águas de até quatro metros de profundidade. Febre amarela e malária tiveram um efeito mortal, e apesar de a importação
contínua de um grande número de trabalhadores, houve momentos em que o trabalho foi paralisado simplesmente por falta de
trabalhadores aptos.
A sorte do projeto mudou em novembro de 1851, quando dois navios foram obrigados a se abrigar na baía de Limon, devido à
tempestade. Desde as docas da estrada de ferro que já tinham sido concluídom por esta altura, e os trilhos tinham sido
colocados a 7 milhas de Gatun, era possível descarregar as cargas enviadas por migrantes e transportadas pelas ferrovias - com
veículos de construção - pelo menos o primeira parte de sua jornada através do istmo. Os diretores da empresa imediatamente
foram chamados para usar os carros de passageiros; a ferrovia começou a operar com 40 quilômetros de pista ainda a ser feita.
Isso elevou grandemente o valor das ações das empresas, o que lhe permitiu financiar o restante do projeto.
A crista da falha continental em Culebra, lado do Atlântico foi alcançado em janeiro de 1855, trinta e sete quilômetros de pista
foram colocados em Colombo. Uma segunda equipe, trabalhando sob condições menos duras, a pista terminou 11 milhas do
Panamá por volta de meia-noite de 27 de janeiro de 1855. A primeira locomotiva passou o dia seguinte de mar a mar.
ANTECEDENTES DO CANAL DO PANAMÁ E DA LIGAÇÃO ENTRE O
ATLÂNTICO E O PACÍFICO
O EXPLENDIDO RIO CHAGRES

Pode-se dizer que o Rio Chagres originou a idéia do Canal, pois no tempo da conquista espanhola suas águas navegáveis faziam
parte do Caminho de Cruzes, que atravessava o istmo ligando o Caribe com o Pacífico. Este poderoso rio descoberto por
Cristóvão Colombo corre ao longo de bosques tropicais espessos e em suas águas há abundância de peixes, lontras e lagartos.
No curso médio do rio, nos arredores do Lago Alajuela, existem comunidades indígenas Emberá que oferecem ao visitante a
oportunidade de ter contato com a vida dos nativos, enquanto desfrutam da assombrosa paisagem selvagem que cobre a
margem do rio. Nestes locais, há abundância de fauna característica da selva, principalmente aves, macacos, onças, antas e
serpentes.
As trocas de correspondências postais entre Europa e os países da costa Ocidental da América do Sul passaram assim a poder
fazer-se, com a interligação das carreiras co Pacífico e do Atlântico, atravessando as malas o istmo do panamá em canoas ao
longo do rio Chagres e daí, por terra, no lombo de mulas.
ROTA POSTAL MARÍTIMA ENTRE O PANAMÁ E O SUL DO CONTINENTE AMERICANO
EMPRESA A NAVEGAÇÃO A VAPOR DO PACIFICO
HISTÓRICO
Em fevereiro 17, 1840 uma Carta Régia foi obtida para a criação PACIFIC STEAM NAVIGATION COMPANY com um subsídio para o
transporte do correio britânico ao longo das margens do Oceano Pacífico.
A Companhia iniciou suas operações no final do mesmo ano, com duas barcaças de madeira, o Chile e o Peru cada um com cerca
de 700 toneladas registadas.
O Chile partiu de Falmouth, Inglaterra, em 25 de junho de 1840 e sua irmã nomeada Peru, partindo de Plymouth em 04 de julho.
Eles atraíram considerável atenção em sua chegada a águas sul-americanas em setembro de 1840. Em 1852, quatro vapores
similares foram adicionados à frota, cada um com cerca de 900 toneladas, ou sejam Lima,Santiago, Quito e Bogotá, para um
serviço bi-mensal entre Valparaiso e Panamá.
Em 1856 um novo vapor com 1060 toneladas, de rodas de ferro, o Valparaiso entrou em serviço, e desde então houve um
aumento considerável nas atividades da Companhia.
Em 1867, a Companhia decidiu iniciar um serviço mensal de Liverpool ao lado Oeste da América do Sul via Estreito de Magalhães
e em maio de 1868 o navio Pacific parte de Valparaiso para Liverpool para inaugurar este novo serviço de correio.
A Companhia gradualmente estendeu seus serviços, até 1891 quando possuía uma frota de 36 navios a vapor, totalizando uma
tonelagem de 6185. Em 1910, cerca de 98 por cento do capital integralizado da empresa foi adquirida pela Royal Mail Steam
Company, que a partir de então controlava os serviços.

A HISTÓRIA DA BOLIVIA
No país que hoje conhecemos como Bolívia foram descobertos sítios arqueológicos indicando que aquela região era habitada
pelo homem há 21.000 anos. Desde 700 a.C. até 1.200 d.C., desenvolveu-se o império Tihuanaco (formado por aimarás,
quéchuas e chiquitos). Do século XIII ao XVI esta região foi incorporada ao império Inca. Em 1.538, o espanhol Francisco Pizarro
conquistou aquela região anexando-a ao vice-reinado do Rio da Prata. Com a instalação dos colonos espanhóis foram fundadas
diversas cidades, tais como: Chiquisaca (atual Sucre), Potosí, La Paz e Cochabamba. A riqueza das minas de prata de Potosí foi
responsável pela vinda de muitos colonos e pela grande riqueza que ali se produziu. Há indícios de povoadores nestas terras que
remontam ha mais de 12 mil anos, desde então foi uma terra de numerosas culturas e povoações, povos que têm habitado aqui,
sobretudo nas zonas altas dos Andes. A cultura Tiwanaku ou a Wari sao alguns dos mais destacados anteriores aos Incas. A
primeira dela estabeleceu-se à volta do Lago Titicaca.
No século XV e XVI, em pleno esplendor da cultura Inca, chegaram os espanhóis a este região, Diego de Almagro foi o primeiro
europeu a chegar a esta região, por volta do ano de 1537, depois de ter passado pelo Peru, chegou à Bolívia. Nestes primeiros
anos de colonização fundaram-se as cidades de Collasuyo, originalmente Collao; Sucre, conhecida originalmente como
Chuquisaca, ou Potosí, La Paz e Cochabamba. Três cidades que foram fundadas neste Século XVI juntamente com outras
mencionadas anteriormente.
Os primeiros anos de colonização basearam-se na exploração agrícola da região, a cidade mais povoada naqueles inícios pós-
colombianos foi Potosí, não sendo em vão que possuía 130 mil habitantes no Século XVI e era uma das cidades mais povoadas
da América do Sul. A exploração mineira e agrícola seguiam em frente sendo uma importante fonte de rendimentos, até à
chegada do Século XVIII, século em que as mesmas se estancam. Já no século XIX começam as primeiras sublevações,
Chuquisaca e La Paz foram as primeiras delas, e o resultado foi que em 1825 foi declarada a Independência da República de
Bolívar.
A independência boliviana ocorreu em 6 de agosto de 1825 (a Bolívia foi uma das primeiras colônias a rebelar-se contra o
domínio espanhol), liderada por Simon Bolívar. Cinco dias depois, adotou o atual nome em homenagem ao seu libertador. Em
1.879, o Chile apossou-se do porto boliviano de Antofagasta, levando a Bolívia (e o Peru, aliado da Bolívia) à guerra do Pacífico
(1879-1883). O Chile venceu a guerra e, desde então, a Bolívia não tem mais acesso ao mar. Em 1.935, durante a guerra do
Chaco, a Bolívia teve de ceder outro pedaço do seu território ao Paraguai. Na guerra contra o Brasil (1901-1903), a Bolívia perde
o Acre e a parte ocidental do Mato Grosso.
O nome de Bolívia é proveniente do libertador da América do Sul, Simón Bolívar, não sendo em vão que o seu primeiro nome foi
República Bolívar, e que desde 1825 é conhecida pelo seu nome atual. Antes desse período, a história boliviana, ao mesmo
passo que o resto da história da América do Sul, deve-se dividir em duas grandes etapas: a época pré-colombiana e a posterior
ao descobrimento.
Os primeiros anos depois da independência tão pouco foram fáceis, nestes tempos a revoltas foram-se sucedendo, as guerras
civis, revoluções e conflitos marcaram estes inícios, alianças com o Peru, guerras com o Chile e Argentina, era um momento de
conflitos. No final do Século XIX a Bolívia perdeu a favor do Chile, o deserto de Atacama, depois da Guerra do Pacífico com o
Chile, o que também propiciou a perda da saída para o mar da Bolívia, quedando-se por um país de interior, somente.
OS PRIMEIROS COLONIZADORES
Bolívia durante o governo de Andrés de Santa Cruz , em 1837, criou o "Departamento del Litoral", que foi dividido em duas
províncias: La Mar(com capital Cobija) e Atacama (com capital em San Pedro de Atacama ) e 1868, Antofagasta seria a capital da
província de Mejillones .
Em 18 de setembro de 1866, José Santos Ossa e Francisco Puelma alcançou a atribuição da concessão de nitrato de terras, na
seqüência de um pedido enviado ao governo boliviano . A exploração do chileno mineiros encontraram ricos depósitos de salitre
(nitrato) no campo de "Salar del Carmen", a leste da Antofagasta presente. Concordaram em formar a "Sociedade Exploradora
del Desierto de Atacama" (Explorer Society of Deserto de Atacama).. Após a formação da empresa, começou a encher com o que
foi chamado de "La Chimba". Em 19 de março de 1868, a "Companhia Melbourne Clark" foi estabelecida, após a integração da
capital chilena e britânica.
Depois do terremoto de Iquique e Cobija de 13 de agosto de 1868, era necessário dar o reconhecimento legal para o Chimba
como uma cidade de mineração. Em 27 de agosto de 1868, presidente da Bolívia, Mariano Melgarejo instruiu o Prefeito do
Departamento de Litoral, fundando a oficial de La Chimba, na zona delimitada pelos comissários e Santos Jose Hilario Ruiz Prada.
Em 22 de outubro de 1868, a população foi oficialmente estabelecida e do porto com o nome de La Chimba, como indicado na
carta de fundação.. Mais tarde a cidade foi renomeada Antofagasta. The first official map of the population and the port of
Antofagasta was designed by Jose Santos Prada in 14 September 1869.
Em 08 de maio de 1871, Antofagasta foi nomeado pelo governo boliviano como Puerto Mayor, em todo o mundo o comércio
aberto.. No próximo ano, em 25 de janeiro de 1872, após uma sessão liderada pelo prefeito da Direcção Provincial de
Mejillones , Manuel Buitrago, fundada do Município de Antofagasta em lei boliviana de Municípios, que formaram o corpo de
"agentes municipais", composto por dois alemães, um Inglês e seis chilenos.
Em 27 de novembro de 1873, o "y Compañía de Salitres Ferrocarril de Antofagasta" assinou um contrato com o governo da
Bolívia, em que os impostos foram retirados da exploração mineral por 15 anos. Este contrato não foi ratificado pelo Congresso
da Bolívia, que foi então analisada negociações com o Chile.
CONTENDAS SOBRE FRONTEIRAS
Havia muitas controvérsias acerca dos reais limites entre os países depois da descolonização. Todas as novas nações herdaram
os interesses imperialistas do já combalido império espanhol. Bolivianos e chilenos discordavam quanto à soberania da região,
embora toda ela já estivesse sendo explorada por companhias chilenas dotadas de capital britânico. O Chile tinha uma economia
mais robusta e instituições mais fortes que a maioria dos outros países latino-americanos. No entanto, quando da proclamação
da Bolívia por Simón Bolívar, este deixou claro que a Bolívia herdara dos espanhóis uma saída soberana para o mar.
Somente em 1866 foi assinado um tratado entre Chile e Bolívia estabelecendo limites territoriais, fixando o 24º paralelo como
fronteira e delimitando que ambos países dividiriam impostos sobre os recursos situados entre o 23º e 24º paralelos. Um
segundo tratado foi assinado em 1874, cedendo os impostos sobre os produtos entre o 23º e 24º paralelos inteiramente para a
Bolívia, mas fixando taxas para as companhias chilenas para os próximos 25 anos. As companhias chilenas se expandiram
rapidamente, controlando a indústria mineira, deixando a Bolívia temerosa da perda de seu território.

Mapa mostrando os territórios pré (em cores) e


pós guerra (linhas em preto)
GUERRA DO PACÍFICO (SÉCULO XIX)
Em 1873 a Bolívia assinou um tratado secreto de aliança defensiva com o Peru. Isto seria usado como um argumento 5 anos
mais tarde no Chile, quando se desencadeou a Guerra do Pacífico A aliança secreta proibiu a Bolívia de assinar um tratado de
fronteira com o Chile, sem consultar o Peru No entanto, em 1874 o Chile e a Bolívia assinaram um tratado de fronteira, que
substituiu o tratado anterior de 1866. Um de seus pontos foi não impor novos impostos sobre os indivíduos, indústrias e capital
chilena há 25 anos.
Para a Bolívia, o contrato de 1873 entre o governo e "Compañía de Salitres Ferrocarriles de Antofagasta" ainda não estava em
vigor, porque, de acordo com a Constituição boliviana, todos os contratos com o governo boliviano tinham que ser aprovados
pelo Congresso.
Segundo a versão boliviana de eventos, o contrato com a empresa de salitre estava incompleto; para o Congresso aprovar o
contrato, decidiu impor um imposto de 10 centavos, o que não violou o tratado de 1874, pois o contrato ainda não estava em
vigor nessa data. A Bolívia suspendeu o imposto em deferência para com o governo do Chile, mas segundo uma nota do ministro
para estrangeiros chileno, que reativou a legislação tributária em seguida, cancelou e fechou a "Companhia de Salitres" Diante
de um conflito iminente com o Chile, a Bolívia decidiu pedir apoio no âmbito do acordo assinado com o Peru, e o tratado entrou
em vigor com a ocupação chilena de Antofagasta, em 14 de fevereiro de 1879.
Segundo a versão chilena de eventos, o imposto de 10 centavos violado o tratado de 1874 desde que de acordo com isso, novos
impostos não deveriam ter sido impostos a empresas chilenas que operavam na Bolívia Na quebra do tratado de limites com a
Bolívia, e o cancelamento do contrato da "Compañía de Salitres y Ferrocarriles de Antofagasta", o Chile ocupou, em seguida,
parte do território boliviano, cuja soberania havia sido ratificada antes de 1866 Depois da guerra, um pacto de trégua foi
assinado entre a Bolívia e o Chile em 1884, que afirmava que o território entre o rio Loa e paralelo 23 ficaria sob a administração
do Chile, enquanto a Bolívia seria permitido o acesso aos portos de Arica e Antofagasta. No entanto, ambos os tratados
deixaram questões pendentes a serem esclarecidos em dois tratados posteriores, o Tratado de Paz e Amizade entre Chile e
Bolívia em 1904 e 1929 o Tratado de Lima, no Peru
Bibliografia e fontes:
Website - Wikipedia – A Enciclopédia Livre
Mapa Mundi – Geomapas Editores de Mapas e Guias Ltda. Santo André (SP)
ESTEVES, Andréa – 2012 – Designer gráfica
MUINHOS PAULA, Heitor – 2012 – Arte Fotográfica
PEREDO, Martha Villarroel de – La Paz (Bolívia) – Expositora, dirigente filatélica, Expositora.
SAMAMÉ, Aldo Samamé y – 2012 - Consultor, filatelista, Dirigente filatélico
SANTOS, Everaldo N. dos - 2012 - Consultor, Filatelista, Expositor, Pesquisador
TAVEIRA, Walter G. – 2012 – Consultor, Expertise, Filatelista, Expositor, Pesquisador
VIEIRA, Armando O. – 1991 – Paquetes a Vapor para o Brasil (1851-1877) – Núcleo Filatélico Ateneu Comercial do Porto
Sr. José Francisco de Paula Sobrinho
Presidente da Federação dos Filatelistas do Brasil (FEFIBRA).

História Postal do Brasil -- por Rubem Porto Jr.


(adaptação a partir de material disponível no website
www.correios.com.br.
07/07/2012 16:53

O desenvolvimento da História Postal corresponde ao crescimento e à transformação histórica do

próprio País, razão pela qual o conhecimento dos principais fatos ligados à implementação e ao

desenvolvimento dos serviços postais fornece um panorama do desenvolvimento histórico brasileiro.

Do surgimento dos serviços postais até os dias de hoje, os Correios assumiram sua postura de elo

que aproxima as pessoas e de instituição respeitável que sempre procurou adequar-se aos vários
períodos de desenvolvimento do País, buscando o progresso para os seus serviços prestados à

sociedade.

PERÍODO COLONIAL

Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, surgiu a primeira correspondência

oficial ligada ao País a ual, escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada ao Rei de Portugal, relatava

com notório entusiasmo o descobrimento de uma nova terra. Com este acontecimento, eternizado

na história brasileira, estava sendo escrita a primeira página do urgimento dos correios no Brasil. Os

primórdios dos serviços postais no Brasil-Colônia reportam-se aos correios em Portugal e à sua

atuação neste novo território. Durante os primeiros tempos da colonização do Brasil, os portugueses

não dispunham de um sistema postal bem organizado, tendo, inclusive, que recorrer ao de nações

vizinhas. Nem a criação do Correio-mor das Cartas do Mar, em 1673, resolveu o problema de

ligação postal entre a nova terra e a metrópole. Deste modo, a dificuldade na comunicação entre

Portugal e o então Brasil-Colônia fez com fossem instituídos, definitiva e oficialmente em 1798, os

Correios Marítimos e, anos mais tarde, com que surgissem preocupações de maior expansão dos

serviços para o interior da Colônia.

A chegada da família Real ao Brasil abriu caminhos para que o serviço postal pudesse melhor se

desenvolver. Deste evento resultaram o progresso comercial, a elaboração do 1º Regulamento

Postal do Brasil, o funcionamento regular dos correios marítimos e a emissão de novos decretos.

Período, posteriormente, bastante conturbado por lutas pela independência do País, serviu de palco

para que os correios desempenhassem um papel valioso como meio importante de comunicação

entre aqueles que ansiavam por separar a colônia da metrópole e trabalhavam para isso.

1500

É escrita por Pero Vaz de Caminha uma carta ao Rei de Portugal, narrando as características da

terra recém-descoberta. Essa carta ficou conhecida como Carta de Caminha, que é considerada a

Certidão de Nascimento do Brasil, por ser o primeiro documento oficial sobre o País. A Carta de

Caminha se encontra atualmente guardada na Torre do Tombo, em Lisboa/Portugal.

1520

Luiz Homem, por carta régia de 6 de novembro, recebe do Rei D. Manuel I o privilégio da exploração

do serviço postal em Portugal, sendo nomeado para o cargo de 1º Correio- mor do Reino

(1520/1532).

1532

Com a morte de Luiz Homem é feita a nomeação de Luiz Afonso para o cargo de 2º Correio- mor do
Reino (1532/1575 ). É criada a vila que daria origem à Cidade de São Vicente/SP.

1534

O Rei D. João III estabelece nos domínios do Brasil o regime de Capitanias Hereditárias,

estabelecendo limites, jurisdições e estimulando o surgimento das primeiras povoações, que dariam

origem a cidades como Olinda/PE, Ilhéus/BA, Porto Seguro/BA, Vila Velha/ES, Santo André/SP e

Angra dos Reis/RJ.

1548

D. João III cria, em 17 de dezembro, o Governo-Geral do Brasil, com sede na então Capitania da

Bahia.

1549

É instalada em Salvador/BA a sede do primeiro Governo-Geral do Brasil, tendo como governador

Tomé de Souza. Salvador torna-se dessa forma, a 1ª Capital do País.

1554

Os jesuítas fundam, em 25 de janeiro o Colégio São Paulo, que daria origem à Cidade de São

Paulo.

1565 Estácio de Sá, sobrinho de Mém de Sá, terceiro Governador-Geral do Brasil ( 1557/1572 ),

funda em 1° de março a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que se tornaria a 2ª Capital do

País.

1573

O Rei D. Sebastião divide o Brasil em dois governos : o do Norte com sede em Salvador e o do Sul

com sede no Rio de Janeiro, o que perdurou até 1577, com a unificação dos governos na sede da

Bahia.

1575

O Rei D. Sebastião nomeia Francisco Coelho, por carta de 20 de setembro, 3º Correio-mor do Reino

( 1575/1579 ).

1579

Com o falecimento de Francisco Coelho, Manoel de Gouvea, seu genro, é nomeado, conforme

disposto na Carta Régia de 27 de julho, o 4º Correio-mor (1579/1598).


1606

Após a morte de Manoel de Gouvea (1598) o ofício de 5º Correio-mor do Reino ( 1606/1607 ), nos

termos da Carta passada aos 19 de julho, é conferido ( vendido, neste caso ) pelo Rei Felipe III de

Espanha e II de Portugal a Luiz Gomes da Matta, após um período de oito anos em que não houve

alvará para exploração do serviço.

1607

O ofício de 6º Correio-mor do Reino ( 1607/1641 ) é transferido para Antônio Gomes da Matta, filho

de Luiz Gomes da Matta.

1663

O dia 25 de janeiro, data da nomeação do Alferes João Cavalheiro Cardozo para o cargo de Correio

da Capitania do Rio de Janeiro - quando então se originaram os Correios-mores no Brasil - é

considerado a data inicial da instituição da atividade postal regular no País. Essa nomeação foi feita

pelo 7º Correio-mor do Reino ( 1641/1674 ) e 1º Correio-mor das Cartas do Mar, Luiz Gomes da

Matta Neto. Por essa razão, o dia 25 de janeiro é até hoje comemorado como o Dia do Carteiro.

1669

Bartolomeu Fragoso Cabral é nomeado Correio da Capitania da Bahia em 15 de maio, por Luiz

Gomes da Matta Neto.

1674

Duarte de Souza Coutinho da Matta, filho de Luiz Gomes da Matta Neto é nomeado o 8º Correio-

mor do Reino (1674/1696) e Correio-mor das Cartas do Mar, inclusive para o Brasil, conforme Carta

Régia de 23 de fevereiro de 1962.

1696

Luiz Victório de Souza Coutinho da Matta , filho de Duarte de Souza Coutinho da Matta, é nomeado

o 9º Correio-mor (1696/1735 ), cabendo à sua mãe e tutora, Da. Izabel Caforo, a administração

inicial dos serviços postais, uma vez que a maioridade, àquela época, só era alcançada, para fins de

herança, aos 25 anos de idade. Da. Izabel Caforo é, portanto, a 1ª mulher a administrar os serviços

postais no Brasil.

1710

Antônio Alves da Costa é nomeado para o cargo de Correio da Capitania do Correio do Rio de
Janeiro.

1735

É nomeado para o ofício de 10º Correio-mor do Reino ( 1735/1790 ), José Antônio de Souza

Coutinho da Matta, filho de Luiz Victorio, ficando seu tio Tomás Caforo responsável pela

administração dos Correios durante a sua menoridade.

1773

É estabelecida, em 1º de setembro, a primeira comunicação postal terrestre entre São Paulo e o Rio

de Janeiro.

1790

É nomeado o 11º e último Correio-mor (1790/1801), Manuel José da Maternidade de Souza

Coutinho da Matta, filho de José Antônio, tendo seu tio Duarte de Souza Coutinho como responsável

pelos Correios durante a sua menoridade.

1797

O ofício de Correio-mor do Reino e Domínios é extinto e reincorporado à Coroa por intermédio de

Alvará de 16 de março.

Com a nomeação de D. Rodrigo de Souza Coutinho, para o cargo de Ministro de Estado da Marinha

e Ultramar , é constatada a necessidade de o estado reivindicar para a Coroa a Administração dos

Serviços Postais , sendo empossado como 1º Diretor dos Correios o cidadão Luis Pinto de Souza.

1798

Pelo Alvará de 20 de Janeiro de 1798 é instituído o processo de organização postal dos Correios

Terrestres e estabelecida a ligação postal marítima regular entre o Brasil e Portugal (Rio de Janeiro

e Lisboa, inicialmente).

Instala-se no Rio de Janeiro a Administração do Correio, que teria funcionado no Paço Real, junto

às instalações do Tribunal da Relação e da Casa da Moeda, onde eram distribuídas as cartas que

chegavam de Portugal, tendo como administrador Antônio Rodrigues da Silva. É regulado o Serviço

Postal Interno que teve início com a criação da primeira agência postal brasileira do interior na

cidade de Campos-Rio de Janeiro.

1799

É criado, em 1º de abril, o Regulamento Provisional para o Novo Estabelecimento do Correio,

estabelecendo Administrações terrestres e ultramarinhas. O cálculo dos portes fica estabelecido


com base no peso da correspondência e na distância percorrida para a entrega.

1801

É criado o serviço de Caixas Postais. São instituídos o serviço de registrados para o interior e a

fixação de taxas de acordo com as distâncias.

1805

Proclamado em Lisboa, em 8 de abril, o decreto que institui a Nova Regulação de Correio.

PERÍODO IMPERIAL

Durante seu reinado, D. Pedro II teve um papel de destaque na promoção do desenvolvimento dos

serviços postais. Regulando o correio para todas as províncias e dando ao brasileiro a oportunidade

de maior informação, com a concessão de franquia postal a todos os jornais, revistas e livros,

nacionais e estrangeiros, o Imperador legou a seu herdeiro um correio brasileiro bem mais

organizado.

Nesse mesmo período, no qual foi criado o 1o selo do mundo e lançado o 1o selo brasileiro, o Olho-

de-Boi, grandes transformações determinaram novo progresso nas comunicações em todo o país,

tendo como grande trunfo a implantação do telégrafo elétrico na Corte.

1808

A Família Real Portuguesa, acompanhada de comitiva de 15.000 pessoas, chega ao Brasil em 7 de

março e o País passa da condição de Colônia à de sede do Governo Português, estabelecido no Rio

de Janeiro.

Estabelecida , no mês de julho, a ligação marítima entre a Inglaterra e o Brasil. A partida inaugural,

com destino ao Rio de Janeiro - passando pela Ilha da Madeira, por Pernambuco e pela Bahia - se

deu no Porto de Falmouth, em 14 de julho, pelo navio Walsingham, comandado pelo Capitão

Roberts, e fez com que o Brasil substituísse o antigo serviço de correio marítimo com a Inglaterra,

até então feito com Lisboa, em face da suspensão temporária ocasionada pela invasão de Portugal

pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o que teria ocasionado a vinda da Família Real para o País.

O Regulamento Provisional da Administração Geral dos Correios da Coroa e Província do Rio de

Janeiro, 1º Regulamento Postal do Brasil, é instituído em 22 de novembro , por D. Fernando José de

Portugal, Marquês de Aguiar.

1812

Expedido, em 23 de setembro, o Aviso que fixa portes e determina a nomeação dos Agentes de
Correios.

1817

Instituído um correio regular entre São Paulo e o Rio Grande do Sul.

1818

D. João VI é aclamado Rei de Portugal em 6 de fevereiro.

1820

Instituído um correio regular com Minas Gerais e Mato Grosso.

1822

O mensageiro Paulo Bregaro, considerado o primeiro carteiro e o Patrono dos Carteiros no Brasil,

entrega a D.Pedro I, no dia 7 de setembro, às margens do Riacho do Ipiranga, correspondência da

Imperatriz Leopoldina informando sobre novas exigências de Portugal com relação ao Brasil. Ao

recebê-la, D. Pedro reage às imposições da Corte e declara no ato a Independência do Brasil,

associando assim os Correios a este importante momento histórico do País.

1828

José Clemente Pereira, Ministro e Secretário dos Negócios do Império, apresenta a proposta de

reorganização dos serviços postais, formalizada pelo Decreto de 30 de setembro.

1829

Em complemento ao decreto do ano anterior, é determinada por D. Pedro I, pelo Decreto de 5 de

março, a unificação de todas as linhas postais então existentes numa Administração- Geral da

Corte, bem como a criação de Administrações Provinciais nas capitais das Províncias.

1840

Rowland Hill cria na Inglaterra o 1º selo postal adesivo, o Penny Black, como parte da Reforma

Postal Inglesa, fazendo com que o pagamento da correspondência seja feito pelo remetente e não

pelo destinatário, como ocorria até então, servindo o selo como comprovante desse pagamento.

1841

Inicia-se o Segundo Reinado com a coroação de D. Pedro II em 17 de julho de 1841.

1842
É autorizada a emissão de selos postais no Brasil pelos Decretos 254 e 255, de 29 de novembro.

1843

Em 1º de agosto, são emitidos os primeiros selos postais brasileiros, denominados Olhos-de-Boi,

nos valores de 30, 60 e 90 réis. Por essa razão, neste dia, no Brasil, comemora-se o Dia do Selo.

1844

São criados o corpo de carteiros e o de condutores de malas e o sistema de entrega de

correspondências a domicílio.

1845

São instaladas as primeiras caixas de coleta do Império, no Rio de Janeiro. Uma nova emissão de

selos denominados "Inclinados" é lançada.

1852

Por determinação de D. Pedro II, procede-se à instalação do Telégrafo no Brasil. A primeira ligação

oficial ocorre entre o Quartel-General do Exército, no Rio de Janeiro, e a Quinta da Boa Vista.

1861

É criada a Secretaria do Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, à qual se

vinculam os Correios Terrestres Marítimos. Promulgadas convenções que regulamentam as trocas

de correspondências com estados Estrangeiros.

1865

É criado o Serviço de Vales Postais.

1866

Os selos passam a representar a efígie de D. Pedro II, sendo os primeiros selos picotados.

1872

São lançados os primeiros cartões postais ilustrados.

1877 O Brasil adere ao Tratado relativo à criação da União Geral dos Correios, celebrado em Berna

- Suíça em 1874.

1878
Surge o selo auri-verde, primeiro selo postal em duas cores: verde e amarelo.

1879

A União Geral dos Correios passa a se chamar União Postal Universal.

1880

São criados os bilhetes postais.

1882

É editado o Guia Postal do Império do Brasil.

1888

Promulgação do último Decreto Imperial que promovia uma nova reforma nos serviços postais do

Brasil.

PERÍODO REPUBLICANO

No mesmo ano da Proclamação da República, em 1889, surgia o primeiro Museu Postal Brasileiro.

Tempos depois, a nação unia-se a outras do continente em um Congresso, formando o embrião da

futura União Postal Sul Americana. A aquisição de novas máquinas, ampliação da área de ação

interna e externa, a evolução dos transportes e a implantação do Correio aéreo marcaram esse

período de notório desenvolvimento dos Correios que puderam expandir seus serviços às

populações de todas as regiões do País, contribuindo enormemente para a integração nacional.

1889

É criado o primeiro Museu Postal Brasileiro.

1890

A repartição Postal passa ao Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos.

1893

É criado o Ministério da Indústria, Viação e obras Públicas, ao qual ficam subordinados os Correios

e Telégrafos.

1900

O Brasil dá início ao serviço de "colis-postaux" (encomendas internacionais). É emitida a primeira


série de selos comemorativos, alusiva ao 4º Centenário do Descobrimento do Brasil.

1901

São emitidos os vales internacionais.

1907

É editado o 1º Guia Postal.

1909

A Repartição Postal passa ao Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas.

1911

É criada a União Postal Sul-americana. Inaugurado um novo serviço postal-telegráfico: o

Pneumático.

1917

Instala-se, durante a 1ª Grande Guerra, a censura postal , a qual seria extinta em 1919.

1921

O transporte de malas postais por via aérea passa a ser aceito. Entram em operação os Graff

Zeppellin - dirigíveis que sobrevoam regularmente os céus do Brasil transportando, entregando e

recebendo correspondências.

1923

É transportada a 1ª Mala Aérea internacional.

1924

É iniciado o uso da máquina de franquear correspondências, fabricada pela Universal Postal

Frankess, de Londres. O serviço de Expressos internacionais começa a ser utilizado.

1927

É iniciado o transporte de correspondência por via aérea regular entre a América do Sul e a Europa.

A título de experiência, em 24.11.1927, é recebida, no Rio de Janeiro, a primeira mala aérea, vinda

de Natal, conduzida pelo avião 606 da CGA.


PERÍODO DO DCT

O Código Postal Universal, elaborado por ocasião do IX Congresso Universal em Londres em 1929,

viria a legislar e apresentar soluções para os problemas postais modernos e dar início a uma nova

era na história dos Correios.

A chamada Revolução de 30, causou, neste momento, alterações profundas na estrutura político-

administrativa do país que atingiram, conseqüentemente, o setor postal. Os Correios, logicamente,

não ficaram indiferentes às mudanças e passaram a analisar não só sua estruturação, mas também

a evolução de seu desempenho, seus meios e sua capacidade técnica de atender à necessidade de

comunicação.

Foi então que o novo presidente, Getúlio Vargas, baixou o decreto em 1931 pelo qual fundia a

Direção-Geral dos Correios com a Repartição-Geral dos Telégrafos. Originava-se assim o

Departamento de Correios e Telégrafos - o DCT, subordinado ao Ministério da Viação e Obras

Públicas, cuja Administração instalou-se, num primeiro momento, no antigo Paço da Praça XV de

Novembro, no Rio de Janeiro, onde ficou até ser transferida, posteriormente, para Brasília em 1975.

1931

É criado o Departamento de Correios e Telégrafos, subordinado ao Ministério da Viação e Obras

Públicas.

As Administrações dos Correios passam a denominar-se de Diretorias Regionais. É criado o Correio

Aéreo Militar, que deu origem ao Correio Aéreo Nacional, permitindo a remessa de

correspondências a lugares quase inatingíveis.

1934

É instituída a Escola de Aperfeiçoamento dos Correios e Telégrafos. Inicia-se o uso de máquina de

triagem denominada "Transorma".

1936

Pela Lei nº 284 de 28/10, o Departamento de Correios e Telégrafos passa à subordinação do

Ministério da Viação e Obras Públicas.

1941

É criado o CAN - Correio Aéreo Nacional. A partir de 1944, começa a ser utilizado, entre outros

modelos, o anfíbio Catalina CA.

1967

O Decreto lei nº 200 institui o Ministério das Comunicações.


1968

O DCT passa a ser subordinado ao Ministério das Comunicações.

PERÍODO DA ECT

Com o desenvolvimento dos setores produtivos do Brasil torna-se necessária a reorganização do

serviço postal em torno de um modelo mais moderno que o do DCT, que não apresenta infra-

estrutura compatível com as necessidades dos usuários. Nesse sentido é criada, em 20 de março

de 1969, pela Lei nº 509, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, como empresa

pública vinculada ao Ministério das Comunicações. O surgimento da ECT corresponde a uma nova

postura por parte dos poderes públicos com relação à importância das comunicações e,

particularmente, dos serviços postais e telegráficos, para o desenvolvimento do País. O ciclo de

desenvolvimento ocorrido na década de 70 correspondeu a novas necessidades de uma clientela

que, pouco a pouco, viu as distâncias serem encurtadas e percorridas graças ao serviço postal, que

se estruturou e passou a desenvolver e oferecer produtos e serviços de acordo com a realidade do

mercado e as necessidades de sua clientela.

Ao mesmo tempo, nesse período a ECT consolida seu papel como importante agente da ação social

do Governo, atuando no pagamento de pensões e aposentadorias, na distribuição de livros

escolares, no transporte de doações em casos de calamidade, em campanhas de aleitamento

materno, no treinamento de jovens carentes e em inúmeras outras situações em que se demonstra

sua preocupação com o bem-estar da sociedade.

Paralelamente, a partir de 1980 se intensifica a preocupação com a ação cultural e o

desenvolvimento de ações voltadas à preservação do patrimônio cultural do Brasil, sobretudo no

que se refere à memória postal.

1969

Inicia-se o processo de desenvolvimento do Serviço Postal Brasileiro com a criação, em 20 de

março, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

1970

São criados novos serviços:

1. SEED - Serviço Especial de Entrega de Documentos.


2. SERCA - Serviço de Correspondência Agrupada, para executar o serviço de malotes com
segurança e regularidade.

3. LT - Linhas Tronco - Serviço que visa acelerar o curso da correspondência, utilizando o


transporte rodoviário fretado. Essa rede de superfície compõe-se de : LTN - ligação entre

todas as capitais; LTR - Ligação entre as capitais estaduais e os centros regionais; LTA -

Ligação entre os centros regionais e as pequenas localidades e LTI - Linhas rodoviárias

internacionais. SEER - o Serviço Especial de Entrega Rápida é ampliado.

1971

É concluída a montagem do Centro de Triagem Mecanizado de São Paulo. Cria-se o Centro de

Triagem Marítimo de Santos, São Paulo, destinado ao tratamento das Encomendas Postais

Internacionais ( Colis Postaux ). Aumenta o número de agências e postos de Correios. São

instaladas as Agências Postais Móveis e o serviço de distribuição domiciliária é ampliado. Os

envelopes são padronizados, conforme recomendações da União Postal Universal.

É editado o Guia Postal Brasileiro com o código de endereçamento postal representado por 5

algarismos.

É firmado convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ para a

formação de técnicos especializados de nível superior - os Administradores Postais, bem como para

a realização de outros cursos para treinamento em níveis médio e de execução. Tem início a

construção dos Centros de Treinamento localizados em Recife, Bauru e Porto Alegre.

1972

É concluída a instalação do Centro de Triagem Mecanizado de São Paulo, sendo, inicialmente, de

seis horas diárias o turno de trabalho. São firmados contratos com a firma SOMEPOST com vistas a

levantar os diversos problemas postais com relação aos setores de exploração, meios a serem

utilizados, organização e racionalização de serviços e avaliação das necessidades de investimento.

A ECT inicia suas operações internacionais de Correspondência Agrupada, por meio de convênio

com os Estados Unidos. Em 10 de maio, é inaugurado o Centro de Treinamento "Correio Paulo

Bregaro", em Recife/PE. É inaugurado o Centro de Treinamento de Bauru.

1973

São instalados os novos modelos de Caixas de Coleta , em fibra de vidro. É inaugurado o Centro de

Treinamento de Porto Alegre/RS. O treinamento atinge, nesse ano, 9.755 funcionários inscritos nos

cursos de formação superior e outros.

1974

São criadas novas unidades, aumentando, assim, o número de Postos de Correios e balcões
postais.

É inaugurada em outubro a Rede Postal Aérea Noturna - RPN - visando atender aos padrões de

qualidade estabelecidos para as cartas e outros objetos de correspondências urgentes. É instituído

o Sistema de Comercialização destinado a desenvolver as atividades de marketing da ECT. São

lançados novos produtos: aerograma e mensagem de natal.

A ECT é agraciada com o Mérito de Marketing de 1974 concedido pela ABM. São instaladas mais

de 5.000 caixas de coleta nas capitais e nas cidades mais populosas, facilitando, desta forma, o

acesso do usuário aos serviços postais. Ocorre a busca da modernização da rede de agências

postais.

1975

É implantada a Assessoria de Planos e Desenvolvimento e executada a reestruturação do

Departamento de Operações Postais. A rede de atendimento se expande . Agências Postais, Postos

de Correios, Postos de Vendas de Selos e Agências são inaugurados. O Serviço de Processamento

de Dados é implantado. Entra em funcionamento o sistema GENTEX (Rede Interna de Comutação

de Mensagens).

1976

São instalados Centros de Triagem Automática, possibilitando maior rapidez no encaminhamento de

objetos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

1978

É promulgada a Lei Postal 6.538, que unifica a legislação relativa aos Correios e Telégrafos.

É criada, em Brasília, a Escola Superior de Administração Postal - ESAP. É inaugurado o Edifício

Sede da ECT em Brasília. É inaugurado o Centro de Triagem de Brasília.

1979

É realizado o XVIII Congresso da União Postal Universal - UPU na cidade do Rio de Janeiro.

1980

São inaugurados o Museu Postal e Telegráfico da ECT em Brasília e o Edifício Sede dos Correios

do Rio de Janeiro.

1981

É criado o Serviço de Seguridade dos Correios - POSTALIS. É inaugurado o Edifício Sede dos

Correios na cidade de São Paulo. É instituído o Serviço de Documentos Achados e Perdidos.


1982

É implantado o SEDEX - Serviço de Encomenda Expressa Nacional com prazo máximo de entrega

de 24 horas ( D + 1 ) entre as principais capitais do País.

1983

São criados o Serviço POST-GRAMA, o FAXPOST atual, a carta eletrônica e o Aerograma

Internacional.

1984

A ECT é apontada como a empresa de maior credibilidade em pesquisa realizada pelo instituto

GALLUP.

O Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - Adwaldo Cardoso Botto de Barros - é

eleito para a Divisão Geral da União Postal Universal - UPU. É criado o Serviço de Correio

Acelerado Internacional - EXPRESS POST.

1985

O Serviço de Correio Rural é criado. É implantado o Franqueamento Autorizado de Cartas - FAC.

1986

A ECT participa do Programa de Prioridades Sociais do Governo Federal e da distribuição de livros

didáticos e tíquetes de leite. É criada a Rede Postal Aérea da Amazônia.

1987

O Instituto GALLUP atesta, em pesquisa, o alto índice de pontualidade e qualidade atingido pelos

serviços da ECT.

O Serviço Acelerado internacional passa a chamar-se Express Mail Service, conhecido pela sigla

EMS.

A ECT alcança o 1º lugar em produtividade, conforme a Revista Exame, Edição Melhores e Maiores.

É criado o Telegrama Pré-datado.

1988

São criados o Comprovante de Franqueamento - CF e o Serviço EXPORT POST - Encomendas

Internacionais com Declaração de Valor. É criada a Caderneta de Poupança Postal. A Revista

Exame aponta, novamente, a ECT como a Empresa mais produtiva do setor público brasileiro.
1989

Inicia-se a implantação do sistema de FRANCHISING para as unidades de atendimento ( Agências )

da ECT. É criada a Grife Correios. São implantadas novas modalidades de SEDEX. A ECT

reformula a sua estrutura organizacional e torna-se flexível e adaptável às necessidades da

clientela, enfatizando uma postura de marketing mais agressiva visando cumprir sua meta prioritária:

a satisfação do cliente.É criado o SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO - SAU.

1990

É criada a Rede Postal Fluvial da Amazônia. A reformulação nas estruturas da DRs é aprovada na

16ª REDIR em 16/4, resultando na redução no número de Diretorias Regionais, que passam a

totalizar 23.

1992

É inaugurado o Espaço Cultural dos Correios do Rio de Janeiro, durante a realização da

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO'92- RIO). Os

Correios obtêm 92 % de aprovação segundo pesquisa do IBOPE.

1996

É inaugurado o terminal de carga da DR/RIO no aeroporto do Galeão.

1997

É implantado o Programa de Qualidade Total, visando formular princípios e adotar nova política de

gestão pela Qualidade. Esse Programa inicia uma fase de mudanças buscando lucratividade e

desenvolvimento da Empresa, pautados na plena satisfação de seus clientes internos e externos.

1998

A ECT é agraciada com o prêmio de Melhor Empresa de Serviços Públicos concedido pela edição

Melhores e Maiores da Revista Exame. Começa a ser implantado, em dezembro, o projeto de

Caixas Postais Comunitárias: um novo conceito de atendimento caracterizado pela prestação de

serviços básicos de interesse social em distritos ou regiões urbanas de até 500 habitantes ou de

difícil acesso.

1999

É inaugurado, em 19 de março, o Centro Operacional de Recife / PE: o primeiro sistema de triagem

automatizada de nova geração, garantindo maior agilidade ao trabalho de separação de

encomendas e malotes. É lançada, no âmbito da Fenasoft em São Paulo, entre os dias 19 e 24 de


julho, a Agência Virtual dos Correios On Line - um novo acesso aos serviços principais existentes

em agências físicas, como remessas de cartas e telegramas, tabela de preços e tarifas e busca

automática do CEP. É inaugurado, em 16 de setembro, o Terminal de Carga Aérea do Aeroporto

Internacional de Brasília, constituindo a segunda maior base da Rede Postal Noturna (RPN) no País

e ponto estratégico para o transporte aéreo de carga postal dos Correios. É inaugurado, em 20 de

setembro, o Centro Operacional de Fortaleza / CE, concentrando, em sua área de 52 mil m2, toda a

estrutura de transporte e apoio, atendendo, assim, a demanda do Estado. É implantado, a partir de

15 de dezembro, o sistema de telefonia digital, tornando o Serviço de Telegrama Fonado ainda mais

eficiente e melhorando a cobertura e a qualidade do serviço. É inaugurado, em 22 de dezembro, o

Centro Operacional e Administrativo de João Pessoa / PB, registrando o esforço dos Correios em

ampliar, reformar e melhorar sua estrutura física em diversos Estados. É implantado o conjunto de

sistemas automatizados de triagem de objetos postais com a inauguração, em 23 de dezembro, do

Centro de Operações Postais (COP) de Benfica, no Rio de Janeiro, que constitui a terceira maior

instalação do gênero do País e da América Latina. Começam a ser implantados, no primeiro

semestre, o Sistema de Captação de Dados nas Agências (SCADA) e o Sistema de Automação de

Agências (SAA) que poupam tempo para o cliente e para os Correios, simplificando rotinas e

diminuindo erros operacionais.

A ECT é agraciada com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, organizado pelo Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura em prol da preservação da

cultura brasileira.

As iniciativas na área de qualidade e melhoria de desempenho garantem aos Correios duas

Medalhas no Prêmio de Qualidade do Governo Federal.

2000

É inaugurada em 3 de abril a primeira agência do Banco Postal em Sooretama - ES, e

posteriormente são inauguradas unidades em Primavera e Tacaimbó (PE), estendendo, assim, a

prestação de serviços bancários básicos a milhões de brasileiros que vivem à margem do sistema

financeiro tradicional. É realizada em Salvador / BA, entre 11 e 14 de abril, a XVII Exposição

Filatélica Luso-Brasileira - LUBRAPEX 2000, da qual participa toda a comunidade lusófona em

homenagem aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Na ocasião, é lançado o primeiro selo postal

personalizado, com reprodução de foto, podendo ser utilizado para o envio de cartas nacionais e

internacionais. É inaugurado, em 12 de abril, o Centro de Memória e Cultura dos Correios no Centro

Histórico do Pelourinho em Salvador / BA viabilizando a revelação de novos talentos artísticos, a

itinerância de exposições entre os Espaços Culturais da ECT de todo o País e parcerias com outras

instituições. É lançado, em 8 de maio em Pernambuco, o Programa Sou Dono da Terra e do Futuro,

com o objetivo de desburocratizar a entrega dos títulos de domínio da terra a agricultores


assentados, instituindo, desta forma, a cidadania nos assentamentos rurais. É inaugurado em 19 de

maio o novo Centro de Operações Postais de São Paulo, aumentando a produtividade e a precisão

nos serviços de triagem e assegurando maior agilidade, qualidade e segurança ao tratamento de

objetos postais. É inaugurado em 26 de maio o Centro de Operações Postais de Bauru - SP cujas

instalações têm capacidade para realizar o tratamento de 520 mil objetos postais por dia,

alcançando 108 cidades da região com 20 linhas de transporte.

É lançada, em 19 de junho, a Campanha Nacional Antidrogas, reafirmando o compromisso social

dos Correios junto ao povo brasileiro. É inaugurado, em 10 de julho na Agência Adolfina de

Pinheiros, bairro de Pinheiros / SP, o primeiro quiosque de acesso público à Internet, constituindo

mais um passo dos Correios com vistas à universalização dos serviços postais. No mesmo dia,

outros 99 quiosques passam a funcionar em outras localidades dos Estados de São Paulo e do Rio

de Janeiro, possibilitando o acesso do cidadão a informações sociais de seu interesse nas áreas de

educação, saúde, previdência, etc. O Projeto Carteiro Amigo, campanha de incentivo ao aleitamento

materno lançada em 4 de outubro de 1999 no Rio de Janeiro, é contemplado com o Prêmio TOP

SOCIAL 2000 concedido pela ADVB (Associação do Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).

Os Correios recebem, da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), o

troféu Top de Marketing 2000 pelo case Correios On Line: a agência dos Correios em sua casa. A

ECT recebe o prêmio Top de RH da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil

(ADVB) como resultado da implantação do Programa Gestão de Produtividade aplicada aos

Correios.

A Quadra de selos sobre a prevenção de incêndios nas florestas tropicais recebe em 16 de julho da

Academia Olímpica de Vecenza, na categoria Proteção Ambiental, o Prêmio Asiago de Arte

Filatélica que constitui a maior premiação mundial na área de Filatelia. Emitida em 1999 e

confeccionada em papel reciclado, a quadra apresenta o primeiro selo no mundo a possuir odor e,

no caso, de madeira queimada, alertando para o problema dos incêndios em nossas florestas.

CORREIOS DO BRASIL

A realidade de um ambiente globalizado tem se consolidado nos últimos anos, repercutindo nos

mais diversos segmentos de atuação. Em função dos grandes desafios dos mercados postais

nacional e internacional e do processo de grande efervescência reformista vivido pelos correios dos

principais países do mundo, os Correios brasileiros vêm passando por um amplo processo de

mudanças, desenvolvendo, dessa forma, ambiciosos programas de reestruturação, tendo como

balizadores o Programa de Qualidade Total e significativos investimentos em infra-estrutura,

capacitação e treinamento, modernização tecnológica, atendimento ao cliente e lançamento de

produtos e serviços. Para fazer frente aos novos desafios, aos 31 anos a ECT se prepara para

assumir uma nova postura como empresa de economia mista, que passará a se denominar Correios
do Brasil S.A. Nesta nova fase o Poder Executivo deve realizar diversas operações patrimoniais,

societárias e administrativas no sentido de possibilitar à nova empresa uma maior flexibilidade de

gestão e uma maior competitividade. Esta reforma, proposta pelo anteprojeto da Lei Geral do

Sistema Nacional de Correios, em tramitação no Congresso Nacional, propõe a abertura do

mercado postal a operadores privados que, por sua vez, poderão competir pelos serviços ou

explorar novos negócios em parceria com os Correios do Brasil. Desafiados, portanto, a responder a

essas novas perspectivas, os Correios manterão seus esforços concentrados na adoção de medidas

cada vez mais rápidas e ousadas, buscando tornar seus serviços ainda mais modernos e eficientes,

ao mesmo tempo em que ampliam sua atuação social, o que certamente assegurará a manutenção

da credibilidade da qual desfrutam junto à sociedade.

Leia mais: http://www.clube-filatelico-do-brasil.com/news/historia-postal-do-brasil-por-rubem-porto-jr-


(adapta%C3%A7%C3%A3o-a-partir-de-material-disponivel-no-website-www-correios-com-br-/

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