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935/2019 na Psicologia
Escolar Brasileira Durante a Pandemia de Covid-19
INTRODUÇÃO
O presente estudo visa explorar a recente implementação da Lei nº 13.935/2019 no
Brasil, uma legislação pioneira que requer a presença de psicólogos e assistentes sociais nas
escolas públicas de educação básica. Esta lei representa um avanço significativo na
abordagem de questões psicossociais no ambiente educacional, estabelecendo um marco na
integração de cuidados de saúde mental nas estruturas educacionais do país. A sua
implementação, ocorrendo em um período complexo e desafiador, marcado pelas
repercussões da pandemia de Covid-19, trouxe à tona a necessidade premente de abordagens
psicopedagógicas adaptativas e de suporte social robusto para lidar com as consequências
psicológicas e emocionais enfrentadas por estudantes, professores e funcionários.
Este marco legal surge, portanto, como uma resposta necessária às novas demandas
pedagógicas, psicológicas e sociais impostas às instituições educacionais em um momento de
crise global. A pandemia não apenas alterou as dinâmicas de ensino e aprendizagem, mas
também exacerbou questões de saúde mental e desigualdades sociais, tornando a presença de
profissionais qualificados nas escolas mais crucial do que nunca.
A importância deste estudo reside na necessidade de avaliar a eficácia dessa
legislação, não apenas na promoção de um ambiente educacional mais inclusivo e no apoio
psicossocial aos estudantes, mas também na maneira como responde aos desafios emergentes
impostos pela pandemia. Isso envolve analisar como as escolas têm se adaptado para
incorporar esses profissionais em seus quadros, a eficácia das intervenções realizadas e o
impacto destas no bem-estar e no desempenho acadêmico dos estudantes. Além disso, o
estudo procura entender como esses profissionais têm contribuído para a resiliência das
comunidades escolares neste período de incertezas e mudanças constantes.
Os objetivos desta pesquisa são multifacetados e abrangentes, visando, em primeiro
lugar, analisar a efetividade da Lei nº 13.935/2019 na implementação e melhoria do suporte
psicológico e social em escolas públicas. Isso envolve uma avaliação detalhada de como a
presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas tem influenciado o ambiente
educacional, o bem-estar dos estudantes e o clima escolar. O estudo também busca investigar
as estratégias adaptativas desenvolvidas por psicólogos escolares, especialmente em resposta
às circunstâncias únicas impostas pela pandemia de Covid-19. Essas estratégias podem
incluir novas abordagens de intervenção, programas de suporte psicossocial, e métodos de
ensino e aprendizagem que atendam às necessidades emergentes dos estudantes, tanto em
termos de saúde mental quanto de adaptação acadêmica.
A hipótese central deste estudo sugere que, apesar dos desafios inerentes à sua
implementação, principalmente devido a restrições orçamentárias, logísticas e de recursos
humanos, a Lei nº 13.935/2019 teve um impacto positivo significativo no aprimoramento das
políticas educacionais e práticas psicológicas nas escolas. Esta legislação pode ter contribuído
para um ambiente mais acolhedor e inclusivo, melhorando o suporte aos estudantes em
aspectos críticos de seu desenvolvimento. Adicionalmente, postula-se que as adaptações
realizadas pelos profissionais de psicologia escolar em resposta à pandemia, que incluem
estratégias de atendimento remoto, programas de conscientização sobre saúde mental e
iniciativas de suporte coletivo, resultaram em abordagens mais eficazes e sensíveis às
complexas questões psicológicas e sociais enfrentadas pelos estudantes. Este aspecto do
estudo é crucial para entender como a educação e o suporte psicológico podem ser integrados
de maneira eficaz para enfrentar desafios futuros em contextos educacionais similares.
Ao enfatizar a necessidade de políticas e intervenções que sejam inclusivas e
adaptativas, este trabalho reconhece a complexidade e a dinâmica da educação e da saúde
mental estudantil. Está claro que as respostas tradicionais podem não ser suficientes ou
apropriadas para enfrentar os desafios atuais e emergentes. Assim, o estudo visa não apenas
compreender as práticas existentes, mas também identificar e recomendar abordagens que
possam efetivamente responder às necessidades em constante mudança dos estudantes e das
comunidades escolares.
Com isso, espera-se que as descobertas deste estudo possam informar e orientar
políticas públicas, práticas escolares e estratégias de intervenção psicológica, contribuindo
para um sistema educacional mais resiliente, empático e eficaz, capaz de suportar e promover
o bem-estar e o desenvolvimento integral dos estudantes no Brasil.
Revisão de Literatura
Conclusão
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
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