Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2010
~ Amncd Edtcora S.A., 2010
Capa
Paola .•t!anica
l'reparaçã.o de originais
Jm,-ó Ne·~ dtJ Si.!·ra
t.eirura final
Dtetmi Lo~ DeLIOs t AJ1ron10 Augusro da Ra:a
Edirora Sl!n.ior - Bioci~ncias
Cfáudia Bícrencourc
Projcco e ooiroração
..t\mtaV-111 IJ~ral •, Ediroração Elecróiuca - RDbuw Carltts !,1orel1Y.I Vieira
SAO~t.LO
A\•. Emb.aW!dor !\~acedo Soares, 10. 735 - ?a'tilliã.o .l - Cond. Espace Center
Vila Anastácio 05095.-035 São Paulo SP
Fone (11) 3665- 1100 F.u (ll) 3667-1:333
] Hatória ..................................................................................................................................... 3 1
6 Genêaca ..............................................................................................................................S3
ASDEGENERAÇÕESLOBA.RESFRONTOTEMPORAJS
AMPLIARAM o CONCErro DE DEMêNCIA
enquanto as outras (APP e OS) cêm na. pacologia da lli1guagem sua maior e.x-
pressão, ,em um cenário de preservação das den1ais funções cognitivas.
O grupo d<?.S DLFTs é consútu!do por entidades diagnósúcas relaúvatile11-
Le recences, e por isso e.xiscem muitas questões pende11tes e mal-defLnidas em
relação a sua situação nosográfica. e mesmo em relação à utilLzação desse ter-
tno J10 cenário i.J1ter11acional. A caracterização mais n1inuciosa de seus subtipos
clJn.jcos e histopacológtcos e os esrudos de bi<Xjufnl.lca e genética ser.ão especial-
me111e úiejs na melhor definição desse grupo de dem&1cia.s.
No Brasil, o grupo das DLFTs ainda é pouco estlldado e con11ec~do, por-
tanto a exploração do tema é dotada de gréll1de valor 11eurísúco, u111a \rez que,
quaJ1to maJs nos dedicarmos ao mesmo, mais ajudaremos na di\lulgação des.-
sas fonnas de den1éncia, o que se refletirá en1 redução de casos subdjagnos.-
Llcados e111 nosso meio, em rratamento mais adequado dessas co11d~ções em
panicular; bem como ein t-naior pureza quando do recrutamento de pacientes
co111 doença de Al2.11eimer (DA) para estudos clir1fcos, pois parte dos pacientes
cou1 esse djagnóstfco são, Jlíl verdade, portadores de demências do grupo
das DLFTs. Isso, por sua vei., diminuirá a superes1fn1ação diagnóstica. da DA,
o que consequencemence redt1zirá a ünpressão de grru1de l1eterogeneidade
cl!ntca observada J1ela.
grupo das DLFTs pode trazer contribuições para seu entendin1ento Lambén1
nas doenças psiquiátricas uma vez que muiLos desses sincomas são con1pat-
tilhados por ambas as condições. Assin1, quru1do esludamos, por exemplo, as
alterações do irtsighI e da teoria da 111ente (capacidade de acessar o estado
i11ental e afetivo do oucro) na DFT e as re:acionan1os com alterações neuroa-
JLatômicas específicas, poderemos an1p!tar o conheci.tr.e.i1Lo de aspecLos i1eu-
robiológJcos desses n1eso1os sinLomas na esquizofrenta e no autisn10 infantil.
O prejuízo nas fw1ções executivas frontais, sen1 i11Lerfere11da da con-
dição mórbida que o origina, pode reduzir a habilidade de o indivfduo lidar
com sua doença, pode tmpedi-lo de remanejar ações que dtgam respeito às li-
nlica.ções que a doe11ça nacuralmente impõe, pode dificU:tar a capacidade i11c-
rente ao ser bumru10 de resignüicar o tnundo a sua volta diante de 11ovos obs-
táculos e de redimensionar a própria existê11cia (Foge!, 1994). Etüun, iruoe o
exercício pleno da liberdade i11dt\ridual, condiciot1ando o sujeJLo às limitações
ambiei1cais e tornando-o dependei1ce dos oul!'Os para n'lanter sua segurança,
dig11idade e sobrevivência (Foge!, 1994). Além disso, o compromec..iJJl.ei1to das
funções executivas contribui sobremanejrn para a baixa adesão ao tratamen-
to, seja ele rnedJcamencoso ou não (David, 1999).
Esse eruoque nas ct1amadas disfw1ções executivas trata-se, ponanLo, de
um.a questão im porLantfssima, tanto do ponlo de vista. de deful.içào de prio-
ridades no s.ecor de políticas de saúde (uma ve2 que os JX1Cte11ces com ,essas
litnit.ações são os que mais demandam gasLos aos serviços de saúde em raz.ã.o
do imenso grau de dependência de que se toniam vitimas) quanco no âmbito
de pesquisa científica (Da\ id, 1999; F<0gel, 1994).
1
T ABELA 1.1
C:.racteristicz cllníca.s e!~ DFT de acordo com ;u regiões neuroa.n:ttõmic;u acometidAs
EMPOROANTERlOR -iipuor"'*13de
Ganho de peso
Placidez
Afeto ~noto e biUft'O
riip~n.etM.orfose
Ano1 113 se:nSntka
O c6nex .,tt-flonr•l foi guindado por Luria (197/) à zona terd•ria da terceira
11nidade (11ndm1l de seu etqUf'*UI de ft1ndona11mto cognilivo-compona-
mental por de1t•11penbar papel decisivo na í011111çlo de inte~s e progra-
mas, be111 an110 na verificaçlo e regt1la~ das fot111as mais co111pleus de
a:t11pon1mento b••mano. &sa regilo de hierarquia superior detl-111 posid~
20 Leonardo C:úxeta
-
FIGURA 2.1
A Cn~ de Arkm, de M ichel:tngclo. Nocv o cont«'nO no fot m:i::o de um C"!Céf;do q11e emoldura
" ÍÍ&\Jr.t que tcp<"CSel"Cl Deus e seus ili.'1105 e , de :ic:ordo com css;a pcnipectrr.i.. Dc..is toeõllldo Adi'IO
"p:Mt!r do lobo fron"õ!.1.
r.omc. Mcstllbcr gc1, 99:1.
FIGURA 2..2
ASPECTOS FUNC10NAJS
hutr .."10
FIGU RA l~l
8-·~
6 --
4
ii--
2 ·!lo=-
FIG\JRA 2.A
Isso posto, fica claro que as áreas frontais pré-motoras e motoras pré-
-cent.rats raras vezes estão relacio11adas com as alterações cognitivo-compor-
tame11rats da DFT (Brw1, 1998) e, ponat1co, quai1do forem eiradas os lobos
fron tais neste ljvro, a referência estari sendo usada principalntente en) rela-
ção às prirneiras áreas citadas. Da mesma fonna, a.s áreas 1empora3s releva.J'ites
para as manifestações cornportatne11rats da DFT são sobrerudo a.s anteriores,
cujo compron1etimei1to é Ltadjcio11almente relacionado à síndrorlle de JCuver-
-Bucy, caracterizada 110 s.er hwr1ano por hiperomlidade, háb~tos alimentares
alterados, hipermetamorfose (tendê11cia compu siva de explorar o entor110,
geralJ11ente usando a boca ou o toque) e placide2 (Lopez ec al. 1995).
JO Leonardo C:úxeta
FIGURA 2-5
IJ~r.i ao 1nl'ao do século XX i'k.istr.indo ;i. n~o p oubtm n;a época de auc. cm srt~o
ii~ (pnmc1ra p;inc cb ftgur.i). o lobo fronral (rcpr6Cntitdo pelo homcn com ll rc~llO (Tonal
~~) tem ;isccndêncra. sobre as ~ sc:tSltlVll.S po.sccnorcs (homem com o cclcfo., e 3r~
~d1clv:!.s, e homc-n con óculos e p:ipéls irc:is \l\SU2G) e sobre o slm:ma lim~ (n:prcscnti1do
pelo ser pnmltrv"'l 1tU:.itivo c;uc csci c:ontldo por llllll;!l'r.LS). Cm uma Sl!Ull.ÇlO cfc comprometuncn
to do lobo frollQJ (nll scgundi1 p:irte dll ftgura, ~>Se o rc:prcscru;uttc do lobo fron:.il Mlldormcci
co}. h;;wcr1;i c:;i:;.1.o *' hbcraçao di1S mCSl'T"lll estrutL.r.U ~,-;.cnof'mcntc re:pr1m1d:is por esse lobo,
ceOOU'ldo o conrr ole cerebral à mercê dos ln5Clntos (sistc:ma lfmblc:o) e dcpcidcnc:e d~ scns;açocs
provenientes do :imbtcme (síndrome ac depcndl!ncrll õUT'll»cntlll).
::.Oocc. Si...u e BcnsO'I 1986
História
llá n1ais de 110 anos, o 11europsiquiaua Ar11o:d Pick (Fig. 3.1) foi p!oneiro
11a descrição das doe11ças dege11erativas focais (e sua difere11ciação das e11tão
deno111inadas a.uofias se11is) e buscou te11az111ente associações e11tre atrofias
cerebrais circu11scrilas e sua ttadução cl~nica especifica.
Et1ue 1892 e 1906, crabalhando eu1 Praga, Pick publjcou seis casos de
demb1c!a atípica, caracterizada por acrofia localizada.: nwna tenui.tiva de en-
tender a relação ci1tre topografia e função cerebrais ("e dessa fonna estreitar
os laços encre a neuropalologia e a psiquiatria. de tal 1na.neira que a úl1En.a
possa ser aproximada do paradigma mêdico"' - Pick. 1892, 1904). Nesse sen-
tido, Pick queria, segu11do Berr:os e Porter (1995), chamar atei1ção Jh'.l!ª un.a
fonna de acrofia !ocali.Lada (em oposição à fom1a difusa) do Lobo te1r.poral
que poder:a ser diagnosticada em vida por estar associada C? disfunções de
lit1guage11i e prruc!a. AiJ1da segundo 'ais autores (historiadores da ~~ed~ctnat
diga-se de passage1n), é d~flcil para wn hisloriador estabelecer u111a conexão
entre os dois prin1eiros relatos de caso (001lSiderados por gerações o locu.s
cla.uicw quando se deseja citar as priu.eiras descrições de casos de doe11ça de
Pick) e o que atualn1ente se e.i1tende por bSa doeJ1ça. lss.o porque o prin1eiro
pacie.i1te descrito por Pick (1892) era portador de de111ência lnul1E-u1fano,
afasia e delíriurrt e o segundo apresentava atrof::a cerebral global, poré111 co111
predon1infu1cia no J1emisfério esquerdo. Alé1n disso, na época, ni11guén1 ro~
gitou que Pick Livesse a ú1tet1ção de de~crever uma nova doença. Apenas en.1
1906, 110 ~u quarto rcJalo, ele descreveu um caso no qual as características
que são utilii.adas paia ~ustrar a doença que leva seu noLne s.Jo apre~entada.s
e, pela prirr.eira: vez, 111enciona os lobos fro11ui.is.
O prúneiro paciente relatado por Pick chanlélva-se August li. e hai.·ia
1norrido aos 71 ai1os de idade. Sua doença iniciara dois anos ru1tes e fora
caracterizada por "fraqueza n1en1al" graducl, agressividade, apatia e dificul-
dade de fala. Os achados neuropato16gfcos ir1clu!an1 attofia difusa do cérebro
cem ace.i1cuada atrofia bilempora! de predom.!nio à esquerda.
O ~egw1do caso era o de w11a paciei11e chanlada Frai1cisca Z., que w1ha
59 ano~ na ocasião eir. que fo! adtu]tida tui clinica de Pick. e sua doe11ça apa·
rentemente havia tido iníc!o após uma queda, seis anos ai1tes. E!a se tor11ou
apática e monossilá.bica, bem como começou a apresentar falhas 11a nletnória.
32 Leonardo C:úxeta
entendia a maior pane das questões que lhe eran1 colocadas e Gm1bém apre-
se11cava un1a for1ua grai,1e de paraf.asia). Pick (1904) diagi1osticou-a como
se11do portadora de den1ência senil e julgou ha\1er uma atroíla cerebral de
predonúnio temporal es.querdo, o que foi 001úinnado pelo estudo anatomo-
pato:ógico.
OUtro paciente, o quarto reatado, cl1amava-se Josef Vlasa.k e ba\ria
1nonido aos 60 anos, úilha 11ts16ria familiar de doença mental e apresentava.
001"110 sintoma.s pri.n.cipais: wTia afasia "an1néstica" (com hab~lidade preserva-
da para citar os meses de n1odo seriado), perda de metnória, esc.ereotipia e
apraxia O escudo anatomopa10:6gico n1ostrava acrofia grave envolve11do os
lobos frontais e o 6bulo parietal esquerdo, atrofia leve et1volven.do o I61>uio
parietal inferior direito, bem como os lobos te111porais e occipitais, mas se.m
atr-ofla do giro pré-central e dos lóbulos parietais superiores.
Pick não realizou o estudo l1is1oparológico de seus casos. A descrição
l1is to ó~ica das inclusões intraneurais (corpítsculos de Pick) e dos neutô11ios
FIGURA J . I
a) deJn&1cia progressiva;
b) atrofia lobar e
e) prese11ça de corpúsculos de inclusão argentoftlCcos nos neurônios
(corpúsculos de Pfck).
Lto arligos baseados en1 u111 escudo longi'tudi.J:1al de 158 pacientes com deml!n-
cia em que foi chamada. atenção para wna nova. entidade nosológica, a qual
descreveu de fonna clín1ca e paLológica, denon1inando-a degeneração do lobo
fronca: tipo não Alzhein1er. O primeiro anigo, de autoria. de Brui1 (o neuropa-
tologfsta do grupo), publicado en1 1987, descreveu as ca.raaerísticas anaco-
mopatológicas de três pacientes. O segundo artigo, de autoria de Gustafson
(psiqufacra.-chefe do grupo), publicado en1 1987, caracterizou clinicamente
os mesmos três pacientes referidos por Brun (1987), destacando os sintomas
00111portamentais (de surgtn1e11to 11a sexta e sét[n1a. décadas de ''ida) corno
o carro-che(e desse tipo de demência, bem como pontuou os seus principais
diagnósticos diferencials.
Em 1988, o grupo de \\1:anchescei; represe11tado por Nea.ry (neurologis-
ca-chcl"e do grupo) e Snov.,·den (neuropsicóloga), publfcou, de inodo inde-
pende11c.e do grupo de Lund, uma sétie de sete CêlS.OS de dem&1c~a do tipo
fronr.al, focaljia.ndo as cara.cterfstieêls componamenrais, neuropsicológicas e
irnage11ol6gtcas desses pacientes chamando atenção, 1an1bém para sua pre-
va!êncfa e os altos ruvcis de subdfagnóstico dessa. condição no meio n1éd fco
(Nea.ry et al., 1988).
Após as contribuições independe11ces dos dois centros de pesqujsa já re-
feridos, muito se evoluiu no e111e11dimenc.o e na abordagem dessa sú1droJlle,
o que cransparece em sua me:11or particularização e consequente disúnção
1
importante nesse se:nddo foi o consenso cria.do, entre esses centros, para a
elaboração dos cric&tos diagnósticos e adoção de um rt1esmo cermo para refe-
rência a esse quadro den)e.J.1Ctal: demência fron totempot.a.1 (DFf).
Como desdobramento do re11ovado illteresse pelo cerna, oucros grupos
passarain a se dedicar ao assunto, em algwu casos gerat1do contribuições que
aj udarian1 a definir melhor os limites da srndrome em seus aspectos clln.ico-
-e pidenliológicos (Miller et a.1., 1991) ,e, ein outros, apontando para o desej o
de arranjar os mesmos sinais e sil1to.mas em sú1dro1nes cou1 nomes dtversos,
con1 a justificativa de que os achados lti.stopato.óg,icos abrangem outraS áreas
a.lén1 das descritas pelos grupos de Lw1d e l\1anchester (The Lw1d and l\1an-
cl1ester Grou ps, 1994). Nesse último se11tido, verificarnos que a n1aior parte
dos casos descritos por Knopn1an e co~aborado.res (1990) sob a rubrica "'de-
mência. sem h~sto!ogia distintiva" {DSIID) podem ser eJ1quadrados como DFT
(segundo o próprio Knopmar1, em ut-na revtsão de 1993), poré1ll sobrariam
os demais subgrupos J1europatológicos da DSI ID. Seguindo a mesma filosofia
(ou seja, de redefmir a sí11drome segundo critérios pessoats), Kerresz e Mw102
(l 998a, 1998b) crittcararu o ten110 demência froJ1totemporal, ar&umentaJ1do
que ele carece de precisão anatômica e de continuidade histórica, já que não
faz 1nenção ao nome de Pjck (referência obrigatória para o assw1Lo). Corr.o
alternativa. e em L1omenagem ao célebre Jleuropstquia~ esses autores defen-
deram a criação do cermo "coa"lplexo de Piclc", que contemplaria Utll coJljunto
de sfndromes aparen~das, companilhando padrões e'.:ínicos e un1a variedade
de padrões histopato.6gicos, no entaJlLO, mantendo carac1er(sticas exclusivas,
que as diferenc1arfam eJltre sL As síndromes incluídas Jlessa rubrica são:
Uma pote11clal fonte de confusão é que não existe wna relação exclustva ou
wna corr,espondê11cia btwúvoca entre sútdrome e aLtofia. Os pacie11tes com
den'!êncfa setnândca. sen1pre tên1 aLtOfia do lobo temporal, mas a presença
dessa atrofta não J1ecessariame11Le indica a s.ú1drome clí1llca. da de.tnêJtcia se-
111ã1l.uca.. Pacientes con1 o distúrbio componan1enta.l da DFT sempre tênl atro-
fia do lobo frontal e do lobo temporal e, em alguns casos, a. atrofLa do obo
temporal é maior. mesmo na falta óbvia. de prejuízo semfu1tico (Snowden;
Neary; Man.n, 2002). PredomJ1lância de atrofia fro11cal ou te111poral, tal como
determil1ado por ressonância magnética. do cérebro, n5o pode, portanto, ser
u1ilizada como um prediror coJúiá\rel da sú1dron1e clinica, que só pode ser
determu1ada pelo exame neuropsicológico. Como consequência re~a Los de 1
pato ogia reacionada à cau. Ouc.ra crfctca é que wna cla.ssIBca.ção baseada na.
ca.u a1rat para o mesmo ronstructo diagnóstico muicos distúrbjos diferentes,
dada a ocorrência ubCqua de alterações dessa proceina em um vasto leque de
enttdades (Nea.1;.r; Snowden; l\funn, 2005).
No acua! estado de arte da r1osografia da DFf, ponanco, a genéL.ica não
cem colaborado de fonna. t~o importante corllo se desejaria na classificação
de seus vários subtipos, un1a. vez que apenas as fom1as mais raras são reco-
nhecidamente causadas por \tárias mutações. por exemplo, nos cromossomos
17, 3 e 9, enquanto possíveis mutações são desconhecidas na maioria dos ca-
sos de DFI: grande parte de~es esporádicos (Neary; Sno\"lden; 1\1aru1, 2005).
Os sistemas c.assificatórios n1ais amplmnente uuliz.ados em psiqu~ atria
nos dias atuais (DS~-N e CID-10) deixam a desejar quando o assw1to é DFT,
•
poLS:
QUAOR04. I
Cricérios da CID-1 0 para doença de P1ck
O :n O\ &\Jlí •('!I 01 do fobo lr ~r-t.. .,.o 'll.ll\ 111.11 l"<}u(e' t ue º' c:<l\ '*' uio pQt11I • Jl ;/ 1•0 c o ntr-4t1C)
d-' lfotr)\3 A.th i rr
Oer:iênciM c!o tipo não Altheímer 41
QUADRO 4. 2
Crtténos diagnósocos segundo Bal<!Wtn e Forsd
1. Ebto dínlco:
-a) Nptur.t progr~siva r.a con&ic.:t ~aJ eiou
b) nkldai'Ça inJldi~ na p~o1\3.lidad e
e) diúL ·1çào cira.in~ita do lobo fl'orm.1 na avii.lr.sção 1iell'Ops.J0016giea
ó) exan.: neurológico onrw oo ap;enu corri a prese~ de rt!l1eic.os pr'irrtitivos
2. Ebco anatllmk o:
-a) anormalidaid~ l~misfêncti .,~el"'IOre:s no SPECi oo
b) redução focal do nuxo sangu11eo cerelr.tl regiOr nos he:ní~fério~ r~~ avãlià-
ç:i.o t.01 ·1 e5õne~rítO por ir.abçio de .x.eiM>-1ío
l . E<tid&Kla de suporte (mas não es.,enclal):
-a) Idade- de údo em tor:10 d0 5S ano~
b) hbf.ória faríiliar de dlSturtJiO ~~n tãnte e·n UI 1 J*~!_e d@ primeiro Er3U
e) EEG nOrrnaJ
d) ul'Qfla selt!tiV3. írorcl ou frórat0teolp0r'll n.s TC o.i RH N
e) aprt!s.en~çiô atípica de dep~o de iniciO e.ardo, rna111a ou psicose
4. CritM os de exclusio~
a) aY'31i3Çâo neurop5.ICOl6gica :sug~ Liva de déficíts lietnislét'i~ posteriOl'e (especial·
rttente d:sf..rnçio wsuoe.pacial)
b) anorrmlidacles ltoerMN!ncti posteriOrt!S ou difusas n:i rieu1"0it\1"8etri dir nici
e) anorrnalimc?es ine~cJf.as difusas ou alte.r.ições roam drScretaJ no EEG
ó) ~·:li~ de localizaçlo 11eurol6gjca
S. O elio pato16gle-o seria evocado para o dJa.gn6stlCó de at rofia lobar c.om DFT.
detta maneira:
-a) atrofia íro.-1tnl ow fro·1~ernpor:il ao ex:rne rr1aaosd>pioo do cérebro
b) pe.-da :Sil!flifia.tMt de gra:1des neur6mo.s eo.itJc!is f-ontt\is
e) urrl <!~ dol$:
i) ~h.J:b bGJonad~ e corpúSiC'Ulos de iflC:kigo argiroffiíeol> (OFT. upo Pick) ou
ii) de.S:.>t!llt:l'ílÇ:ÍO (0~ frontal riliCrOY"'.lâJOlâl' ~Jp~~ (Or. tlpO ÍIM:!l>p@CIÍ.CO)
d) au~r.oa de placas serm e noyelos reu"Ofb-ilare
QUADRO 4.l
Cntérlos àognómcos ~o l..ebert
a) Descontrole da automonitoração.. J 1
• mud:lt'IÇà rl3 J)t'~1~~1cT.l ali1 1eiU"'
• hi!)erora.lida.de
• abuso de âlooo4
• desiniblçio verti3J
• desinib.çio eornpo.--tamental
• írri!abllidilde
• deseontrolt! ernodcx1ál
• inqwetaç-lo
b) N~ls~ncla pessoal .. J I
• dese:uido na higie:1e ~~I
• falbl de l'Grmo:1í.w;ão do ve~tiJârio
• ~t!f'lda <!o ~clÂrio
e) Comportamento autottntrado.../ 1
• ap:ll'J:l
• oompottílrr'lllnto es.:.ereocipado, pen~ra1ivo
• hipoco1.dri2
• d~in tert:ne ~oe:ial
Nota: i1 Jlf'CS'CNjil cc pco rrcnos um aos snwrr..i.s cm CilCil um dos qall:J"O r.x:ns é saf.clcr:c p;:in obter 1
po1r1() no {Ot . .1:er-4l Utn 8\C<)t 111<1i<Or' O•. 11:1 3J 611t4cati~ L OFT
"°"' l '(ltil'tt. 19%
chester (11l.e Lwl.d and Manchester Groups, 1994) e depois aperfeEçoarlos eo1 wn
a>ncenso ir1temacional {Neary et ai, 1998). como exposto no Quadro 4.4.
Nenhum desses gulas diagnósucos, ent.retanto, mencio1-ia o 11umero de
ca.racterfsticas clfnjcas necessárias para o àiagnósctco ou esclarece sobre a im-
portância re a uva de cada sinto1na, bem como não oferece definições opera-
cio11ais precisas dos srntomas, segillldo uma. crfúca. dos próprios idealtzadores
dessa classificação (Neary; SnoY\•den; Mann, 2005).
Embora ess.es critérios sejam úteis para pes.qulsa, McKhruul. e colabora-
dores ( 2001) sugerirrul'J que guias diagnósticos mais simples serian1 desejáveis
para que c:inicos gerais possam reconl1ecer a. DFT de forma mais simples e,
por conseguinte, encan1inbar tais casos para centros de referência~ O sistema
que esses. autores propõe1u reúne todos os s.ubcipos cl.Cnicos das. DLFTs (DFT,
Oer:iênciM c!o tipo não Altheím er 43
QUADR04.4
Crtténos mlliS aceltos para DFT
(eo:Y.lnira)
44 Leonardo C:úxeta
TERMINOLOGIA
O progresso 11a área das Dl.FTs tem stdo rápido, cotno é possf \ rei atestar pelas
rápidas mudanças por que passam sua classificação e terminologia. ~sultado
disso está na incorporação ao grupo de duas ei1Lidades, a DCB e a PS~ agora
sob a rubrica DLFTs-L0-1cI<Jiann er al, 2001).
O 1em10 dtrrtê-nciafronLolerrtporal (DFTI foi criado para referir especifica-
n1en1e a súidrome comportamental progressiva caracterCstica dessa doença,
dtrunando are11ção para o fato de que essa sf1i.dro1ne eslá associada de forma
invariável a attofta, 1at1to dos lobos froJtta is quanto dos temporais anteriores
(The lw1d ai1d :\1anchescer Groups, 1994). O termo especifica, portanto, a
topografia presWI1ida e mais notável dessa enLidade, e11fatizando a patolo-
gia, n1as não a patogéJlese da mesni.a TaJ postura parece a mais adequada,
dada a jilSuíicif:ncia atual de dados para formular uma hipótese patogênica
da sCndrome.
Apesar do tenno derr1€ncia frontoiernporal ter sido criado em consenso
entre os grupos de Lw1d e Manchester, aqueles que pri.t1~eiro descre. .reram
essa entidade diagnóstica, essa denocninação está :onge de ser consister1te,
já que diferentes grupos conferiratn designações diversas, na dependência de
como entei1der001 essa nova entidade e de como eia foi alocada no contexto
de unta sistemática dassiflca.tória.
De qualque1 fonna, a desig,t1ação DFT é gei1érica, posto que e11globaria
todos os qlladros degenerativos que tivessen1 predileção por tais regiões. A
demência de Piei<, por e~en1plo, é incluJda nesse dia,g)tóstico, mas 11ão é si11õ-
1lima dele, j á que poderemos encontrar 110 anato1nopa1ológfco da DFT apei1as
degeneração neuroiw u1espedfica e gllose sen1 os marcadores histológicos
distintivos d essa demêltcia (corpúsculos de Píck e célula.s de Pick) (Neary
et al., 1988). A relação e11tre DFT e doença de Picic permanece uma questão
aberta e as duas et1tldades não podem ser diferenciadas utilizando apenas pa-
râmetros cllt11cos (Gusta.fso~ 1993). Ainda segundo esse autor, até o presente
Jtão foram diagr1osticadas an)bas as entidades na mesma fauú fa. A proporção
de casos de DFT em relação a doença de Pick é de 4:1.
46 Leonardo Caíxeta
De acordo ronl vários autores (Mendez; C•1n1m.ings, 1997; The Lund ru1d
~ai1cl1ester Groups, 1994), a DFT é constituída por pelo menos e.rês condi-
ções:
De acordo com alguns estudos, 50% dos casos de DFT têm história familiar
positiva para a síndrome (lbe Lund and Manchester Groups, 1994), deixan-
do enuever, já de in{cio, um papel relevante para a genética na origem desses
quadros. Casos esporádicos, no entanto, também são frequentes, sugerindo
11ma raxa alta de muta~ espontãneas ou então a presença de modos de
herança alternativos (Wilhelmsen; Clark, 1997).
A dem~cia frontotemporal CDFO pode ou não ser familiar, A forma fa-
miliar é quase indistinta, em termos clínicos, da não familiar, com surgimento
ao ttdor da quinta ou sexta décadas de vida e caracterizada especialmente
por alaeraç6es de peason•lidade (sobretudo em direçlo a apatia ou, em ou-
tro ex1r<1no, desinibi~o) aco111p1nhadas por outras m1nife11~s co111por-
t•11ilíCntais, coa1110, por exemplo, síndnn•te de Klilver·B~ aAupona•alil!ntos
repeliliws e sinal do espelho, em 11m cxmtexto de relativa presavaçlo, por
anos, de vúias f1•nç6cs cognitivas (entre el•s, a 11re••i6ria e u fu~s visuo.
espaci•is). A d~ da DFT familiar pode variar de 2 a 35 anos, existindo
11ma variaçlo de ali 15 anos, mesmo entre 11g1nbros ela famOia.
Entre u f0t111as familiara está a DFT m111 putcinsonismc> ••soei-da ao
C1'61J10S101110 17 (DFl'PS-17), referida maK> sendo um dJsl11rbio autoa6n1ico
dominante ca11sado, em sua grande maioria (~ o momento, aproximada-
mente 40 famOias), por mutaç6es DO gene da proteína ra.u (proteína que se
acredita esw envolvida na estabilização dos miaotdb11los, na polarização e
integridade dos neurtmios), conforme Hong e colaboradores (1998).
Pela primeira vez, em 1998, pesquisas mostraram que a DFT familiar
estava llpda a 11m 16cus do aomosso11n> 17, associada, endo, a mutações no
gene que codifica a protefna tau (Hunon et al., 1998; Poorkaj et al., 1998).
Desde enllo, ouuas famOias e muta~ na tau foram identificadas: em torno
de 35 diferentes mutações em aproximada•11ente 100 famOfas no rotal. As
mutaç6es na tau podean ser classificadas de acordo m11 a fot11U1 mtaao seu
efeito prinWio ~exercido: no nfvel da tradução proteica ou DO emrelaçaanen-
to alte1111tivo do RNA da tau envolvendo o áon 10 ou em ambos.
Agora famnos 11ma e•1»1i~ breve revisando o significado ela protefna
em genllka molecular.
54 Leonardo C:úxeta
GENÉTtCA MOLECULAR
-
Tau, i.a.mbêm conhecida corno proceína tau associada ao m~crocúbulo ('W'.APTI,
está eJl\'o:vida na regulação da a10.ncagem e desmoncagem dos microtúbu' os
(citoesque1eto do neurônio), bem como no c..ranspone de proteínas e orgar1elas.
Nos adultos saudáve:s, sejs isofonna.s de cau são produzidas. Thês delas têm ~s
regiões de acoplagen1 (conhecidas c-0mo 3R cau), e as oucras tén1 quatro repeti-
ções (corll1ecidas como 4R tau). Se wna ou tnais das várias isofon1ias deixarem
de funcionar, ou se existir um desequillnno nas djversas variar1tes, a íonna.ção
dos microtúbulos toma-se mais difícil, e a estabt!!dade dos já forma.dos (ou
seja, do cicoesque.eto neuronal) toma-se compron1ecJda. O excesso de tau ou a
tau não util[za.da pode se acwn11lar em resíduos não digerCvejs e [ndusões que
asfooam a célula, levando a clisfunção do 11eurõnio e mone.
Mwtas das mutações tau ex.isten1 c-0mo n1utações do tipo m&sttt$e, nas
reg~ões codificantes do éxon 1 (RSII, RSL), éxon 9 (1<257.Ç 1260\~ 1266\~
G2nV), éxon 11 (L315R, S320F, K31Th~) . éxon 12 (Q336R, V337~~ E342V.
K.369[) e éxon 13 (G389R, R406W) (Jlayashi et al., 2002; llogg et al., 2003;
flurcon et al., 1998; Kobaya.shi et al., 2003; Lippa et al., 2000; ~1urrell et al.,
1999; Newna.Ju1 et al., 2001; Pickering-Dro\v11 et al., 2004; Pickering-Bro\vn
et ru., 2000; Poorkaj et al., 1998; Rizziru et a!.• 2000; ru22u et al, 1999;
Rosso; Vcu1 S\vieten, 2002). E.ssas al~erações genéticas afetatn todas as isoíor-
n1as tau, gerando proteínas mutantes que deOO!.nl de promover a montagem
do nlicrorobulo ou facilitar o tratlSporte axonal (Ila.s~a,va; Smill1; Goeden.,
1998; Ilayashi et al., 2002; Jlogg et al., 2003; Murrell et al., 1999; Rlzz.ini et
al., 2000; ru:z.zu et al., 1999). Algumas das mutações taro bém alimentam a
prope11.São dos muw1tes tau a autoagregação enl ic1clusões 11eurofibrilares ou
corpo.s de Pfck conlpostos por uma mistura de 3R e 4R tau (I-fasega.1.va; Smith;
Goed~ 1998; Jfa}'CJ.Shl et al., 2002; IIogg et al., 2003; Neumarm et al., 2001;
Rizzini et ai, 2000; Ptckering-Brov.n et al, 2004).
Queras nlwações tau restden1 próximo ao local de junção do fntron que
segue o ei1crelaçan1ento altemati\'O do éxon 10 o u no próprio éxon 10 (Clark et
al. 1998; D'Souza et a!., 1999; ·Goeden et al., 1999; Jiutton e1al., 1998; Ujima
et al., 1999; Iseki et al., 2001; Kobayast1i et ai., 2003; Mi>'Wnoto et ai, 2001;
Pastor et al., 2001; Picke~ng-Bro\"ln et al., 2002; Poorkaj et al., 1998; Ri2.2u et
al, 1999; Sperfeld et al., 1999; Spillantint; Btrd; Ghetti, 1998; Spillanlini; \'a11
Sv.rieten; Goedert, 2000; St.anford et al, 2000; Toblê!.y et a!., 2(X)(); Yasuda e t
al., 2000). Essas mutações desesuibEl.izanl ess.a região, aonduztndo a um dese-
quillbrio ou supressão de isofonnas tau, 001npromeiendo assli1l a fw1ç.ão e liga-
ção do n1icrortlbulo. lsso resulta em acwnu ação de excesso de tau forma.do em
t1eurofibrila.s composcas de 4R tau (D'Souza et al., 1999; 1iutto11 et a:., 1998;
Spilla.nru1i; Dird; Ghetú, 1998). Inversamente, a mucação K280 destrói a fun.
-
ção de promocores splice de wtui região e os resIBtados na aboliç.ão de todas as
cra.nscrições do co11teúdo éxon 10 (D'SoU2.a e1 al., 1999).
Oer:iênciM c!o tipo não Altheímer SS
FENÓTIPOS CÚ NICOS
rárias Cro11cossubconicais como ocorre 11a nn: mas que apresenta exrensiva
•
tauopaua.
Em reswno, as correlações fenótipo-genótipo na DFT ainda estão em um
estádio muito elen1e11tar. A djversidade de 111ecanismos parogénicos en\ro_\fi-
dos pode talvez explicar a grande variabilidade de caracterlst:cas clfnicas e
J1europatológicas verificadas 11as diferentes fama.ias ponadoras de DFTPs.-17.
Algunlas relações ei1c:re genótipos espedfioos gerando fenótipos mn1bén1 espe-
dfioos começam a surgir. Assim, tem sido observa.do que a n1utaç-ã.o mais co-
1nwn (P301L) se relaciona a uma apresentação mais tfpica da DFT, porém com
idades de irúcio da doet1ça muito variá.veis, e podem ser co11Statadas alterações
ln1ponances e precoces da me1116ria. Alén1 disso, smtomas parkií1So.ntanos pro-
emine111es e precoces (leinbrando até a parali.sEa supranuclear progressi\ra) rên1
sido enco11crados quai1do a mutaç.ão é no N279K; wna evolução muito protraí-
da tem sido locali1.ada na muraç3o do R406W; a presença de si.J11on)as psicóli-
cos graves e precoces, na mutação do V337M; anliotrofia, c1a mutação do E+ 10
e corpúsculos de Pick clássfcos verificados na mutação do G389R. Estudos com
ratos transgênicos que expressai11 a tauopatia com mutação no P3011 (ames.-
ma das Dfl'Ps-17) e que desen\•o:vem distúrbios comportamentais e mocores
progressivos poderão no futuro esclarecer alguns dos n1ecanismos pa1ogêt1icos
en\10i\1idos nessas degei1era.ções lobares frontoteJnporais.
Con10 j á referido, a DFT tem sido ligada ao cromossomo l 7q21-22
em diversos trabalhos com familias de portadores desse tipo de demência
(1A'llhel1nsen. 1997). Es~, aliás, é a região crotnossômica para a proteína
tau. Existe unia cendência a classificar esses casos corno demências ligadas ao
cron1ossomo 17 (um diagnóstico genérico e, portai1ro, de lim]tada u·t..ilidade
para clínicos e patologistas), a qual contemp:aria, al~m da DF( as seguintes
slndromes (\Vilheln1Sen; Clark, 1997):
• Complexo desiJul>ição-<iemência-parkinsonismo-a.tniotrofia
• Gliose subcortical progressiva familiar
• Degeneração pá.lido-po11co-nigra
• Doença de Pick hereditária
• Demência disfásica hereditária
~·
Segundo Johnson (1959 apud Miller et aL, 1997a), u carac:1eristlcas de per-
sonalidade enconttadas na doença cerebral orgAnica seriam exa1eros, carica-
turas de caracterlsticas pru:xistentcs (11m indivfduo previamente reservado e
parcimonioso, por exemplo, se 1D11iaria avaro e paranoide). F.ntretanto, Blu-
mer e Benson (1977) advogam que o oposto tam)X111 pode ()(JQltei; isto ~. a
invenlo dos b'1>itos pcs1CM1is pttvios C••m indivfduo quieto e cauteloso, por
exemp)o, pode se lOIMr anuaceiro e imprudente). Leben, Puquier e Petit
(1995), todavia, ao esructarem 19 pacientes cxn11 DFI; nlo verifianm cor-
relaçl<> mtre os ~ de pasanalidade sft-mdrbidos e aqueles secundMios
ao processo peto16gico e, ponanao, 11ma terceira possibilidade
pera a transfU1111açlo da personalidade nesses indMduos: aquela que nlo re-
presenta o exa1ero Deiii a invenlo dia1111eual11gnte oposta das c:aracterfslicas
pd-1116tbidas de penonalidade. Isso postO, fica claro que ~ a alteraçlo, e nlo
as espedficas da personalidade, que susere a dOI' niça cerebral
orgAnica,
60 Leonardo Caíxe ta
a) ga.n110 de peso (64% dos indivíduos com DFT conua 7% dos com
DA);
b) preferência por carboEdratos (79% i1a DIT contra 0% na DA) .
Comportamento sex:ual
Comportunent.os repetitivos
TABELA 7. 1
Rmção de cOft'"portunentos repetitivos em 1O pxient~ com DFT
- - - - - -
10 F 52 Apcllieo 23 Persev~io
Sit1toe11as psic6tic;os
Confabulações
Síndrome de IOüver-Bucy
Sindrome de Othelo
Síndrome de Godot
Síndrome de D iógenes
Unia cena típica que deve ser fa.Jlliliar a muitos médicos, assistentes sociais,
enfenneiros en1 distritos de saúde e cEdadãos coinuns é a de Wl1a pessoa
reclusa, n1orai1do sozinha en1 wna casa imunda e dilapidada. A casa é bagun-
çada com lixo e itúestada de parasitas. Excremei110 e con)ida em decorr1posi-
ção são esparramados pelo chão e o odor exala.do é insuponável para rodos,
exceto para o habitante que simplesmei1ce não se preocupa com a siruação.
Essa smdrome é ei1carada con10 um co.apso social e caracterizada por extre-
ma auto11eglEg.ência, descutdo doméstico e abando11.o social; con'I. frequência
é acon1pan.11ada por coiecionis1110 compulsivo, silogomania (Fig. 7.1), e au-
sê11cia de preocupação sobre a condiç~o de vida dessa pess.oo. Essa sú1drome
invariavelmente deixa WI'l.a impressão duradoura nos clúlicos que a uatam,
i1ão apenas devido ao vívido impacto acxs sentidos, tnas també1n porque é
um.a sfndrome basta11te desafladora para o manejo. O paciente muttas vezes
doa todos os seus pertences e passa a Vi\•er con10 un1 mendigo (Reauchet et
a:., 2002).
Síndrome de C érambault
Delírio de pobrma
FIGURA 7. 1
Lboo aa.Jmi&éo sendo r ema.do dll rcs1dê!lda. de um pa.ocn~e com .:>i>T e s.í ndrome de Dlógcn~
(oolcc1on1smo a.a!nNa.do).
Delírio de abandono
Alguns pacientes apresentam a convicção de que a casa onde estão não co.~
po11de à casa onde moram, mesmo que os familiares argumentem o co11trário.
Hóspedes fantasmas
Délírio de roubo
seja mais saljenre (cot; tamanho e/ou forma.. dependendo de cada indivíduo)
(CaLxem, 2007).
Não parece existir uma correlação dos componrunentos de ordenação e
de aglutinação com o componan1ento de uúlização, até porque naqueles não
se observa a utilização dos objetos como co11ce[tuado neste.
A disíw1ção executt\ra parece explicar apenas em pane os co.mponamen-
tos de ordenação e de aglutinação (a lJnpulsividade, a descontextua11z~ção e
a írrelevfu1cta do ato), porém 11ão explicaria a compulsão de ordenar (pelo
cont.rário, seria de esperar, pela disfunção executiva. un'la desorganização)
(Ridderinkhof et a!., 2004).
Esses compona.inentos podem ser obser\rados esponc.aneame11te em al-
gWlS pac[en tes Jlo momeJ1to de suas reíeições, quando dispõem a comida no
prato de forma tnuito organizada e por categorias (cores ou tipos de alirnen[os).
Os cotnportatnen1os de ordenação e de aglwinação podem exp Icar também
comportanienr.os como a siligonlél.11ía, encontrados na população de paciei1ces
l1ipofronml~zados (Anderson; Damasio, 2005; Mataix-Co.s et al., 2004).
Alterações de linguagem
Sinal do espelho
Prejuízo do ins;ght
12 pacie11tes estudados (não foi dado enfoque especial a esse sintoma nesse
escudo, diga-se de pas.sa,gem). Esses achados deixam Mc:rever que, apesar de
mwto frequet1re, não coosúrui un1 fe.nõ1ne110 universal ei1tre os portadores
de DF'I; segundo esses aurores. Já Neary e co:aboradores (1990) aft.rman1 que
os pacientes con1 essa doença apresenLaLn invariai.•elmenre compron1etünen-
to do i.rrsi.ght, porém, c.ambéJn, não se esrendei11 em maiores co11siderações a
respeito.
Apesar dessas referências, o prejuíio do irrsighc t1a DFT iião ten'l. sido
exan1iJ1ado de n1aneira sisten1ática. O pouco aprofundamento nessa área
co11duz a wna cor1cepção simpltsta desse siJ1ton1a como sei1do Wl1 fenôn1eno
t\ldo-ou-nada, classificável no âmbito de u1na abordagem categorial (p. ex.,
con10 110 estudo de Kenesz, Davidso11 e Fox (1997) meJ1cio11ado antes), em
vez de ei1rendê-lo como un1 consuucro multidimensional que ocorre em um
concinuum, couto sugerem alguns autores que esrudrur.. esse fenômeno na
esquiwfrenja (Amador; David, 1998; Sdlv. artz, 1998).
1
Visto que os lobos fro11tais e tec11pora!s são o~ 111ajs con1pro1netidos 11a. de111ên-
ci.a fronto1er11pora! (DIT) {BruJl, 1987; Brw1, 1993; ~truut; Soutl1, 1993) e
que o fu11cio11a111ento da perso113lidade é classican1ente assoe: ado a tais áreas
(Blun1er; Bc11son, 1977). nada 111ais lógico do que constatar que as alterações
de perso11alidade são re ~a1.adas por n:1u!tos autores co1no sendo as mais pteco-
ces e freque111es nessa forn.a de den1ência (Jung; Solo1l1011j 1993).
Et.n que pese o fato de os pac!entes core DFT companilllareln os jtrtto·
mas.cltave que são tr.ais !mponantes ita caracterizaç-ão da sú1dro1ne (alte-
ração de perso11alidade, cocnpron1eti.men10 do irisighL, perda do Calo social,
prejuízo das funções excculiv~) . eles esté'lo :onge de constituir um grupo ho-
mogêcieo. Três grar1de~ subgrupos clin:cos podeni ser ~de11t~ficados (Ca!xeta;
Nitrini, 2001: Sr10\vde11; :\e<!.r); :\rta.nn, 1996):
1. Tipo desinibido
2. Tipo apático
J . Tipo cstereotipico
Esse quadro pode ser coJÚWldtdo com mania ou hjpoman.ia. dos pacien-
tes portadores do cransrott10 afetivo bipolar; conludo, na DFT falta a criati\il-
dade, o prec.iosfsn10 a megalomania dos pacientes btpotares.
1
dois subg,rupos, observamos que o diagnósúco deste tende a ser feito de ma-
neira mais mrdia que o dos pacientes des?nfutdos, un1a vez que as famílias de-
n1onstram mais toleràJ1c:ia aos comportamentos a.pát~cos do que aos desi.t1fbidos
(e por isso procuran1 auxílio n1édioo mais precocemente quando diante de.es),
aJétn de que estes são mais chan1ati\'OS, desperuu1do a atenção dos famt!iares
para a possibilidade de eslatelll priesenciando um processo mórbido.
Os pacier1tes apáticos caracreriz.an1-se pela perda progressi\'a dos in.te-
resses que apresentavam antes da doença. tomando-se maJs tsola dús, eco-
nômicos en1 suas n1anifestações verbais e emocionais e, ainda, me11calmence
Lentos. Este é o subgrupo que n1ais apreser1ta perseverações, sejam verbais ou
tnotoras, como tambén1 alterações da prosódia. Con1 muita frequência, esses
paciei1ces são diag11osticados como deprimidos, porém a 0011fusão costuma
d[minuir quando percebemos que a apatia carece de alguns elementos psieo-
pato:óg.iros n1uito itnponances para um dlag.r16stico fei1on1enológioo úpico de
depressão, quais sejam:
TI PO ESTEREOTÍPICO
QUADR09. I
Pnnopals diagn6stlc05 drferenoa.s da DFT
TA8ElA9. I
Prinàp;sis difere~;u clínicas entre DfT e OA
DFT DA
(e0.-r.1i Uil)
92 Leonardo C:úxeta
res de DA. Todavia, quando se fala en1 frequêt1cfa de depressão maior (em \rez
de sua. intensidade) nas dua.s for1nas de demência, os resulla.dos são ourros.
topei e colaboradores (1996}, por exemplo, cor1sta.c.aram, em wn estudo com
20 portadores de DFT e 40 de DA, que a depressão maior é significatt\'êl.mence
mais frequence na. DF'I
Kalfer e colaboradores (1997), estudando o corpo ca:oso, o espaço
liquórico pericaloso e a relação eJ1Lte an1bos pela RM de pacientes COJll DA,
DFT e controles nonna.is, conclulram que a morfon1etria cerebral da linha
média é capaz de dislinguir os dois tip<>s de demênC:a, sendo que os pacientes
con1 DFT possuem a. região do corpo caloso anterior OlêllS reduzida e o liquido
cerebrospina.! pericaloso anterior aun1ei1tado, o que não ocorre com o grupo
porui.dor de DA
A la.cera'fdade nos exames de neuro[magem co11stitui outro e1en1en10
que pode aw<ilia.r no diagnóslico dlfere.i1cial eI\r.te DFT e DA. En1 un1 escudo
que se dedicou aos acha.dos de lateralidade em casos co1úiru1ados (neuropa-
tologicantence) dessas enfermidades, fo~ oonstatada maior la1erali?.aç-ão de
aspecLos c:l.IJticos, neuropsicotógtcos. r1euroit1tagei1ol6gicos e neuropatológi-
cos na DLFT do que na DA (l.ipton et a.L, 2004).
Co1úonnejá mencio11ado, elemei1to especíal.n)ente complicador do diag-
r16stico dlferencial entre DA e DIT é a extst&1cia de casos de D.A (5% do total)
que se apresentam com um quadro clínico e patológico com predom1nio fron-
ta:. (alterações de perso21a.lida.de precoces con1 l.abilidade emocio11al, euforia,
rtso inadequado e perda de i.nsi.ghr), mas que de forma óbvia companilllam
stntomas sugesti\ros de DA, como disprrutia, disgr1osia e dtsfasta (Brun; Gu~
UÚSOll, 1991 }.
A segujr, encontra-se relatado un1 caso de DA de predomú1io fro11to-
cemporal proveruente de nosso serviço em Goifulia., que foi selecionado no
intuito de ilustrar as d ificuldades inerentes a.o diag11ós1ico diterer1cial entre
essas duas doenças.
Oer:iênciM c!o tipo não Altheímer 93
94 Leonardo Caíxeta
Oer:iênciM c!o tipo não Altheímer 95
Uma outra forma de demência que u..ti.man1e11te ten1 recebido crescente aren-
ção apresenca stntomas que podem ser confundidos com os manifestados pela
DFT e é deno111ü1ada demê11cia com corpos de Le\~ (Harrison e McKeith,
1995; Ilelyet aL, 1996; W.cKeilh et ru .• 1995).
EcTibora si.t1ais de compron1etime11to frontal (sobretudo prejuízo 11as
fw1ções executivas e déficits e11volvendo citcujtária frontossuooorttcal) pos-
sam ocorrer nessa demênc1a (Engelhardt et al., 1998), bein ootno flutuações
110 desen1pcnl10 em ocasiões diferentes de testa.gem 11el1ropstcológíca (ron10
pode acoJ1cecer na. DFT - Snov;den, 1994), ela não oferece muito desa.fio
no diag11óstico difere11cial com a DFT. lsso porque a tríade sintoma.to ógica
característica da DFT (prejuízo cognitivo/deménci.a + parlcjnsonismo + sin-
tomas psiquiátricos [alucinações, delírios, confusão menta:]) apenas raras
veus é eJ1contrada. .n a demência com corpos de Le\"lY, sendo importante
ressaltar que sintomas parkinsonianos e prejuízo cognitL\'O ocorrem de for-
ma tardia t1a evolução da DFT, justamente o contrário do que se observa na
den1ência com corpos de Le'"'ry.
TABElA9.2
CorP"raç.i.o entre :n c:i.ra.cteri.v.ic:u cllníc:as de DFT e den&â:a Võ150Jl:u
1
DFT Demência vacul.ar
EEG
SPéCT
TABELA 9 .3
Sint<r'3S cxxruns e ádcre.nci;Jdot cs C!3 doa IÇI de Pick em csquizoíreni:i hcb~írénico-C01t:itónic3
Nessas fases, aliás, a depressão pode ser tra.Lada de n1odo eficaz (Mi.Ler eLal.,
1991), o que pode confw1dir aqueles que utilizam o Leste terapêutico para
seu djagn6sLico, retardando mui to o d1agnóstico da DFT associada a depres-
são. Sintott1as como abulia, isolamento social, perda de interesse ou praut,
aumen to/ redução do apetite, aumento/ redução do peso corporal, insõniaJhi-
personia, agitação/retardo psicomotor, perda de energia, habilidade reduzida.
para pensar ou se 0011cent.rar podem ser encontrados em an1bas as categorias
diagnósticas.. Blwner e Benson (1977), entretanto, chan1run atenção para a.
necessidade de ref11irunento da abordagem psicoparológica de cais sintomas
(aparentemente semelhantes) ao afinnar:
;\ apatia de um paciente com uma Jcsão do lobo fronta l pode ser diag-
nosticada como um retardo pstcomotor de um pacicncc deprimido. Mas a
idcação de um pacfcntc de lobo rronral com apatia é a indifcrcnça \'azia,
enquanto o paciente deprimido rcvt:!a uma preocupação mórbida co:n pc."t-
samcnr.os perturbadores.
Deméncias do tipo não Al%heimer 103
111ru1uais), o que não é inoomun1 no estádios ir1tctais da DIT, visto que o exa-
me físico desses pacientes cos twi1a ser 11ormal, bein como a investigação la-
boratorial, o EEG e, en1 alguns casos, até mesmo os exames de neuroin1agen1
estrutural (TC e RMX). Conlribuil1do mais ainda para a confusão djagn6st1-
ca, alguns pac1eJttes cleprim]dos apresei1t.am hipoo1ecabolismo/ hlpoperfusão
frontal no PET/ SPECT (Mayberg, 1994; Soares; ~1aJUl, 19971que, 110 ei1tan-
10, é revers(\•el com o tratai11e11to farmacológico, o que não ocorre 1.a DFT.
A relação ei1c.re DFT e depressão 11ão para por af. Luace e colaboradores
( 1994), em um estudo longitudinal oom disdnúcos, concluírrun que muicos
deles caminhavac-n para um quadro oon1pa1íve: com DFf e que essa e\'olução
11efas1.a. era ant]gan1ente denominada. "demência vesânjca" pelos psiquiacras
frai1ceses, sendo at.r~ufda. à iJupossibilidade de era.Lar os distúrbios afeti-
vos de n1aneira adequada nnquela época. Esses autores htpo1etizarai11 que
a. fisiopatologia. em questão estaria relacionada a uma diásquise (causando
Utna deaferei1ui.ção fw1cional reversive_das regiões fron'tais) eJlOOJltrada nos
quadros disúmtcos e que, com o letnpo, se tornaria irreversível, levando a
1
O cero10 deinência \'esât1tca podia tambétn ser usa.do 110 iJ1Ccio do sécu." o XX
para se referir à e,,rolução nefasta de outros quadros psicócloos funcionais
(ctatlStorno afeúvo bfpo ar, inclust\fe) para deJl1ência. (Bemos, 1996). ~1uiws
dos pac~ei1ces i11clufdos sob essa rubrica podfam aprese11car, tla \'erdade, sin-
tomas afetivos ir1augurai1do uma. DFT, pri.tlcipalmei1te no caso de se traca.r de
wn quadro de t.rail.Storno afetivo bipo:ar de in(cio tardio.
Pacientes com DFT cujo quadro clíilico é dominado por wi1a súidro-
me de desinibição podern preei1cher com facilidade os critérios da CID-10
(Organização :\i!undla.l de Saúde, 1993) e do DS:\1-N (American Psychiacry
Associatio11, 1994) para eptsódio mruúaoo. Con10 os crftérios são muito pare-
cidos entre as duas classificações, mencionaremos apenas os que co1istam no
DS:\1-IV (Quadro 9.2).
?vfuitaS caracterfsucas, no enui.nto, existem para diferençar a marua de
um pacie11te porui.dor de wn cranscorno afetivo bipolar da desinibtção de wn
paciente cotn DFT.
104 Leon:iráo C:Wceu
QUAD R09.l
Cntérios para eptsócho maníaco c.onfOltne DSM-IV
Muj tos pacientes com DFT são diagnosticados con)o tendo psicose de iJúcio
tardio ~1iller et al., 1998).
A parafrenia incide predomfnanten1ente sobre a mesma f atx.a. etária em
que tncide a DFT_ Caracteriza-se pela ooorrêl1cia de siJ11omas delirantes (os
quais poden1 aparece!' .na DFT) ruante dDS quais o indivfduo não deu1011s-
I
essa questão, mas seria de dificil condução, pois há pouca cooperação por
parte dos afetados.
Temos assistfdo ei-n J1ossa prática muilos casos de síndrome de Cotarei que
min1etizan1 pelo mei1os em pane o quadro e:lútico da DFT.
Essa síndrome é caracteri2.ada essencialmente pe a presença de un1 de-
lírio niilista ou de negação de órgãos (convicção psicó1ica de que seus órgãos
internos estão mortos ou podres, não funcfonam inais, de que já morreu),
associado a delírios hipocondríacos (de que é portador de câ.JLcer, AIDS, en((e
oucras doenças), ansiedade it1te.nsa, pessi.Lnistno, negati\•ismo, perda da crfli-
c.a social e da autocrftíca
Visto que os s~n tomas componamentais predonlinam e se associam a
disfunção executiw frontal, en1 wn C1onteX10 de preservação de oucras fun-
ções, e Laml>ém porque existem achados de atrofia fro11totemporal (JosepJ1;
O'Leary, 1986) relaciona.da à hipoperfusão frontotempor.L nessa sfndro1ne, o
diag11óstico diferencial com a DFT toma-se plausível. Podemos acrescentar o
fato de que a síndrome de Cotarei atinge preferencialmente pessoas de meia-
-ida.de, como ocorre con1 a DFT.
Neuropsicologia
As funções execuúvas COJ1Sistem en1 uma série de operações menlais que 11<>.s
petnúten1 resolver problemas de fonna delíl>erada. Incluei11 (Bark!ey; tvtur-
pl1y, 1998) :
AutomonitX>ração e autorn?g:uJa~ão
TABELA 10 . 1
Te:m:s neuropsicológicos U'Sõldos n;i investig;i_çio m cfisiunção executi~
movi111en tos repetidos com as mãos, cópia de a.Jgunlas figuras do Tesce Bertder-
-Gtsta.ú ou cópia de fig uras geométricas.
As a.lcerações da personalidade tai.11bén1 estão associadas a lesões do lobo
fro11ta:. Danos em região frontal podem gerat quadros clf.t1tcos que simu am
Deméncias do tipo não Al%heimer 1 17
culdades para tOJlléll' decisões (os pacientes demoram para optar e quando
o fazem não de111onstram co11hecimenLo dos riscos relacionados às opções,
1 18 Leon:u-áo C:Wcet:i
mesmo que as respostas não cenha.m sido impulsi,ras) e déficits para mudan-
ça de setring atencionétl em tarefas de discriminação \risuaI. Nesse estudo.
os portadores de DFT em esrádios bastat1te tn.iciais não apresentara.n1 défi-
cics em ouuos testes que ran1bém têm sido relacionados con10 sensf\ eis à 1
Caso MSN (paciente de nosso V"iPº avaliada por Adriana Bastos [ABD
AD: Que q ue cê acha que Lá aco11tecei1do com ela? Por que ela 11ão tá ven-
do nada disso?
MS~: Pode sê que e a Lá // tV/ surda.
AB: Sur-Oa?
W.S~: Uai! Só pode sê!
//risos;/
W.S~: Que nem //trecho irtinteüg(vel//, minlta tia.
AD: ! lã? Quen1?
MS~: Ilelena Cleusa de Pillél.
Deméncias do tipo não .Al%heimer 123
«A histól'ia do vaqueiro"
AD: Então conta pra mim: como que cotneça essa L1tst6ria?
MS~: Ee u1onLaO ... ta.do nUtn ca\'alo ...
AD: E:e quem?
MS. : Esse. Esse moço aqui com chapéu //pa_u.sa// .
AB : E depois?
MS~ :
-AL1?
AB: Que que acon tece?
MS~: Depois desceu do cavalo //pauso// .
AB: Ãl1, ceno. E dar?
MSX: Daí o cavalo ficô e ele tá donnitlo.
AB: llum hum.
MS~: llun"l?
//pausa//
AD: E daí?
JvtS~: Ah, da( ... o mei1i110 tá cl1ao1ando eJe.
AD: O menino ten1 alguma coisa na n1ão?
MS~: Tein um cinto.
AB: Ee t,en1 uma. tesoura na mão, 6. Tem wna tesoura, ele tá cortando
algu1na coisa, ollla.. Tá ve11do, 6?
lvfS~: É.
AB: Que que ele lá cortando?
//pausa - J•,1s~· observa os quadros//
lv1S~: Acho que ele vai coná eJe, não é?
AB: Vcli cortá quem, o bomen1'?
124 Leon:u-áo C:Wcet:i
W.S~: O home.
AB:
-
Ah. E d.aí, que que acontece?
//po.wa - ,•,fsl'\r o~.sl!rva O$ quactro.v/
W.S~: Corra o arreio do cavalo, não é não?
AD: Isso! Exatamente ~ O n1enino lá cortando o arreio do cavalo.
MS~ : llum hum.
AB: E daí, o que acontece, depois que ele corra o arrejo do cavalo'?
W.S~ : El e \'ai embora
AB: Quem?
MS~:
-Ah?
AB: Quem vat ernbora?
MS. : Ca, o cavalo //pau.sct// .
AD: O cavalo vai embora. E daf?
MS~ : Hu111, e daf? O mellÍ.ll.Otá corTeJldo atrás do, do cavalo
AB: E o que que tem aqui?
W.S~: Aqui teDl um bri11quedo.
AB: Isso. E como que acaba a l1ts tócia?
W.S. : Acaba a história ... que ele pegano a cordinlm do briJ1quedo do 111enino.
AB: rlum.
w.s~ : E arra:s1ru10.
AB: Cê uaba!ha.va?
//pausa//
AB:
-
Alt?
1YtS. : Não. Traball1ei quru.1do era de solteira.
AB: Conta enlão alguma hfstócia do seu trabalho ...
MS~: liunl?
AB: Conta al.gwna coisa pra gente.
MS~: Às vezes, sabe, a gente tava... fazet1do o apo11camento, r1é, llaque'..es
livrào as.sfm, né, ou, ou apontarnento, al chega a pessoa., //crecho irtin·
L<!li.givel/ / Af. ei1u10, já cá, j á tô apontíllldo, né, t10 jvro.
AB:
-
Ah.
MS>l: No, no coisa, no tivro, né? Pápápá i pau, pápápá f na n1áquina lá, na
menina lá attâs.
AB:
-
Ah.
MS~: Pá vin1 pá frence. AI, cê enua lá no, no COJlSultório, ah, Lá 110 coisa, ar
já, já enU<l., hwn, enc.ra. tudo, tudo já cabô.
AD: Tá.
MS~: llum, a.f, butn, al, pron to, cabô.
AB: llum.
MS~: l Ium, aí tenl que pagá.
AB: Quem que ten1 que pagá?
MS~: Hum?
AB: Quem que ten:1 que pagá?
MS~: As pessoa.
Token Test
Vocabulário Wais-R
C".omprccnsõo auditiva
Produção orot
Esse subteste é reali2.ado para verificar se, <Lén1 dos distúrbios de lli1guagen1
oral, existem alterações motoras do tipo disarlrias e apraxtas aoompan11a.r1do
o quadro de afasia.
No teste de agilidade oral, a paciente conseguiu realizar os movime11tos
com dlficuldade e sem repeli- os. Foram observadas alterações dos órgãos
foc1oarticU:at6rios, con1 volume de Ungua aumentado, o que dificultou a. rea-
liução dos movirnei1tos anicuJatórios da fala, comprometendo sua inteligibi-
lidade secTI, Jlo entanto, caracterizar um quadro de a.praxia
Nas sequências automatizadas, conseguiu escore total nos d[as da se-
mana (2 po11tos), meses. do ano (2 pontos) e contagem de números até 21 (2
poncos). Ela não conseguiu rea.li2.ar o alfabeto porque é ru1alfabe1a e mmbém
não conseguiu reali2.ar a recitação e o ca..nto (ambos. tt:acionndos às habilida-
des relativas ao hemisfério dJ.rejto) .
.I\. paciei1te conseguiu executar a repetição de palavras, porém com difi-
culdades arcJculatónas. Na repetição de frases de batxa e alca. frequência, foi
obüdo escore total de 15/16, Le.t1do omitido somente uma paJa\rra em un1a
frase de baOOI. ftequêncta.
Na de1101ninação (entra.da audttiva + pista seJnãntica), a paciente obte-
ve aceno ein todas as perguntas, com e~core total de 27. Na denontiJ1ação por
confrontação vi.sua:, apresentou escore de 78/114, tendo as seguintes altera-
ções significativas: quadrado-quadro; uva-mão; pi11gando-vazando; caindo~
-voando; 700~setenta; 1936-deienove ma.is trinta e seis; 7000-um sete e trés
zeros; donnindo-deitado; 1or1102eJo-c.anela.
Na denomiriação de ania1a.is (Ouéncja verba), ela não conseguiu obter
resulmdos satisfatórios. ~ão foi possível realizar a Jeicura oral de seJ1te11ças
devido ao grau de escolaridade liniitado.
Esse sub teste ttão foi reali.2.ado, p<Jrque a paciente não consegue ler e também
por sua consideràvel lin1icação motora de membros super:ores.
QUADRO 1 1. 1
Desempenho do aso LS no BDAE
li - Compreensão· audWYa
13.Çào -au<!i:iv:i 47,22%
B - lden11fleaçâ.ó de iX'rtes do <!ô<"f'lC
• Oi~rimc1açiio O/ E
e - R.ecitaÇ'io. canto 0%
O - Repe-Jção de pG.Ja.was 100%
(conr.rui)
Dc:ménc:ias do tipo não Al%heuner 129
QUADRO 11 . 1 (continuaçio)
Desempenho do caso LS no BOAE
V - Leitur.a
A - MeC1it'lica <!a escn~
Es.eore total
D - F-á.-m;1laçiio e!Crda
Narl"O\ÇiO (pr:lr'lcha)
CAPÍTULO 12
Neuroimagem. e
eletroencefalograma
SPECTE PET
fronral que os ouuos grupos, e cambém sugeriram que essas duas caracrerfs.-
Licas ocorrenl em paralelo na. DFr.
Estudos de SPECT com ativaç-ão fw1cfonal, em geral utiliz.1ndo mrefas
sabidamente relacionadas com a circuttária frontal (p.ex., fluêJ1cia verbal),
pod.en1 awneJ1tar a senstbElidade do método em detectar disfunções precoces
de sEstemas neuronais que alime11tam L1abilidades cog11iLivas espeducas. Utj-
lizando essa técnica, \i\'arke.11LiJ1 e Pa.ssant (1997) con1pararnn1 15 pacientes
clintcamente diagnosLicados com DFT aun 17 pen.adores de provável DA e
con122 controles nom1rus, co1'1.Statando que 1odos apresenta\rru:11 att,•ação sig-
11fficaúva da átiea de Broca durante a produção de palavras, mas com uma
subacivação do córtex pré-frontal dors.olatera! entre os dois grupos com de-
me11cia
Friedland e colaboradores (1993), em uo1a re,risão do assw1co, dec:!.ara-
ran1 que os pouros estudos que associai-n DFT e PET demonstram resultados
co11siscences com aqueles oblidos com SPECT.
(A)
(B)
FlGURA 12.1
{~ RcnonSnm. r1&<t:1éllea (RM) (cono s~J l!rTl - 1) e (B) SPECT cerebral (corte s:igial eq~U!
;ao do:i RM) em Cô.'ISO de dcmencg, !ronto:.empor.il, ewl=o:inc:o m..YC1n:;e ;i:rof1;:i íoal LOG1!1Z;Jd;a no
lobo &-Dilui (RM) e •pcrlusio Erontil (SPECT). Vcp cst:i. ftg1.r.1 ~ cores ilD f1n-o:iJ ~ lrvro.
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 13 7
FIG\J RA l l . 2
FIGURA 12.J;a
RM (cortes :oo:lls em T 1) de p:>ciC"l~c ciom :ihis1;i pr<ift esS'Nõl primian;i (APí') coni!irm;id:>, C'Wden
cendo ~Ili frantotcmporal à csquera;i (notar v.tl;i slM;ui;i m;ús dil:it:Jd;i desse IO'ldo no pnmetro
cone) e correspondente à ~o do como frol'\tal co ....cntrfculo lõRcr.il do me!li.-no l:tdo (o l:tdo
esquerdo do cérebro cq JtVõlJc ilD bdo direito d;i Íl8ur.i.)
Dc:méncm do tipo não Al%heuner l 39
FIGURA 12..4
FIG\J RA 12.5
FIG\J RA 12. 6
TC de C~IO de p:u:Lcnte éc 52 ;inos, fIIOt uidora de OFT (en2gto inlci:tl) :MTM w~ õ10 COMpl"O'TIC
ómenc:o do ncurõrwo moc;or (csddlo lnu.·2111edi ~). !Mdencl;mdo atroib trootôll. Aspecto 1nélst1n
Er'JÍVCI de i.rn;i DFT sem cornpromct1mcnto do ncurõ1110 motor.
142 Leon:iráo C:Wceu
FIGURA 12.7
RM (cones :1XRª pes;ulos cm "-2) e-n f)3CÍCl'ltc com gllose subcoracil progres.slvõi em dois m omcn
tos cfc SIQ C'YOt.J~o . scp:i.rados por 1ntCTVõllo cfe r.rê:s :t."10s. onir progescio ~ sfl<Y.;e subcor.ial,
•
bem como d:i atrofa ÍT'oBt21, ne55e período. ~ de ghose (s..iger'ICb. pelo tupo~slrd} loc:il1Z01d:i
exdusM1.mcme cm ~bm,a;i lr.inc:i frontal.
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 143
(A)
(B)
(A) RM (corte õDCD!, TI ) dc~icntc ciom dcgenençio corttcob;u;i! (CCB), cvid~do 01rrofi01 ilS
stmêtna, predom1n01ndo à csqucré;z. (bido a.-eno m 1m;zeem) (B) SPECT (corte ax.t:il) de pi1cl~-ete
co-n DCB, c'ol\d~-edo tupopcrfus::.o ;isstmêt.na ~ csqucrih (sera) (bdo CJl'Cf:o C:o\ un;igcm).. Vep.
"""'º·
eSQ ítgur.a em cores ;ao Finill aev.:e
CAPÍTULO 13
Patologia e estadiamento
clínico-patológico
20·25% 10%
FIGURA ll.I
146 Leon:u-áo C:Wcet:i
MACR.OSCOPIA
Degeneração microvacuolu
A perda de neurônJos piranúdais e não pira111idais das ca1nadas con.Icais mais
superficiais (sobretudo a II e as porçóes 1nais superficiais da III) deixa um
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 14 7
FIG\JRA l l .2
Atrofi;i foCl! front:il (cm fio de ncvatha) cm pac1c:ntc com Dr (su btipo hatop01Iolôgico éo tipo
doença ac Píck). ~o RSr, qr.rc Iniciou a éocnç;:i aos. 27 anos. Este ;upccto l\ó1IO ~ o rrmts cncot'l~do
n:i :::>FT e. qJ:indo conv.atZll!o. ~ z.'h2mcn::c s-.JgcstJ'\t'o de doe"Ç2 de Pdc. Os lobos front:us cstao na
p>lrtc êc biuxo d:i ftgura.
FIGURA ll. 3
148 Leon:iráo C:Wceu
FIGURA ll.4
A:rofi;i dos lobos fr:ontllls (comp;i.rar o ~ho dos giros froncus com o dos ccntr.11s). ~ PC.
FIGURA ll.5
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 149
,
'
•
'
FIG\J RA 1l . 6
FIG\J RA l l . 7
Ass1mctnll m~cr hen1!õféna (hem1!õféno esquerdo menor c;uc o d ireito). Qia._-,do cze ~lv.ao em
pre5cntc, clCISte !o~c ll'ldlc:iç;i.o de qi.:c se ~t:l c!c um s1..tnapo hlstopiltolô_gJco específico da DfT::
a. doc:n~ de Ptck. Cil.50 PC.
150 Leon:u-áo C:Wcet:i
.. .. ••
•
•
• • ~
- • ' •
• 11
••
•
-- •• e
~
• -
~
•
• •
• • •
'l
;., ' • •• •
•
• "
o
•
-•
., ' ,.
1DP •t
'
• •
••
•
i
~
••
•
..
:1llNt
• •
•
•' \ •
.. •••.,. • •
'
' •
•' •
,..'
•
• • •
• - • •
~· ·
•
•
•••
• 1
FIGURA ll.8
Caracteris-:JGIS imuno hestoqurnk;is d:i..s D..FTs (com b~ cm l<.umw Singh; V;in 6roeckhovcn,
2007). As calor.açõ~ 1mul\O lmtoqumias cspccí.·ícu pôllõl tau (AC), ublqu1c1n'1 (D F) e TOP-'fl
(GHI) go <lcmonstndas cm sccçocs scr1'1ls do córn:.x fro-itcl wpcrlor ; i docnç;i de Pldc (p:-,cl
à csquc rcf;i). DlfT com ubicu1tln:> po~:iva (pa.ncl ccnv.U) e DLIT sem h1v..opõ1.."'0IOf'>i dtst1ntMl
{J>'llneJ i dlrclti1). lndWÕCS Cltopl;i:.mitJas Q.J po~ CStõl.O presentes n;i docnç;i de P1ck (se=
no põ1lncl A), m ;is 2fJScntcs n:> DlfT ub1qUL':ltl01 (8) e n'1 DlfT s;cm lustopnolog1'1 cspcdflc;i (q .
bd.Jsoe; rcl1tlVõ1S à ubec:urt1"°' esoto prcscni:cs n.i. coeAÇ01 de Pldc (O) e rui. O ..FT ub1qu1t1.,.il (E). rus
n;i_o na 01.FT sem hlv.ologr.1 cspcd"'lc:i (f). Vci:i. cst3 f.tgur:i cm cores :io 1n:!.I deste INro.
O pa.drão e o grau de atrofia cerebral 11a DFT Lêm sido usados como tn)por-
Lantes au.xiliares no dlagnósuco da doer1ça, ben1 como em seu diagnóstico
düerencial oorn outras doenças degenerativas. A sequêr1cia de progressão da.
atrofLa t1e~sa forn1a de de:n1@ncia é, enueLanro, pouco conhec1da. Alguns au-
cores descre\·eran1 wn esquema de qllatro pontos para o esca.dia1nento da.
gravidade da degeneração 11cla obScervada., o qual oorrelactona-se tanto com o
Lempo de doença quanto con) sua gra\•ida.de. Qllai1do uma. análise volumétri-
ca. é conduzida em casos de DFT confim1ados por aucópsfa, ob~erva-se atrofia.
Deméncias do tipo não .Al%heimer 15 J
A apresentação cl!nlca das OLFTs .não são definidas p.e!a hlscopatologia subja-
cente, mas sim pela copografia das lesões..l\ssim sendo, ei~ casos individuais
de DFT, afasia progressiva ou demê.J1cia semântica, as alterações hlstológicas
subjacences não pod.en1 ser inferidas de forma pr~cisa. com base na sú1drome
clínica. cada tipo hiscológico pode ser associado de maneira aleatória a cada
uma das s(ndron1es cllnicas (llodges et aL, 2004; Sno\vden; Neat}~ 1999;
Th.J1iguchf et a ., 2004).
Em estudos paio· ógicos puratne11ce de DLFTs, sem dados clli1fcos, fo-
.ran1 verificadas substanciais düerenças na proporção de casos comunicados
mosttru1do cada tipo histológico. e111 parucular se paralisia supl'êl.J1uclear pro-
gressiva e deg·eneração conicobasa1 são incluídos corno DLFTs. Alén1 disso,
pode 11aver variações 11a designação c!inlca. Toda\'ia, algumas grandes ge11e-
ral izações podem ser obtidas a pantr de trabalhos de i.Jl\ estigação publicados
1
durante a \-'ida. Além disso, metade dos casos de DFT-DNM clinica. não cem
ca.ra.cterlslicas hiscológjcas disc.incas. As.stDl, o termo DLFT-U deve ser reserva-
do para a descrição J1istol6gic.a e DFT-DN~ para denotar o distúrbio clú1fco.
Os pacie.i.1tes com den1ência semfu1tjca e a.fasia progressiva n1ost.ra.m uma pre-
ponderância de características não tau (Neary; Sno~\'den; t\1a.nn, 2005).
CAPÍTULO 14
Inst1·t1mentos
de avaliação
Não ten1~ dúvida de que o Ll?.el11or utst.run1ento para avaliar a DFT co111.l-
1
11ua se1tdo o exaJ11e psicopato:ógico bem feito, realiz.ado J)<)t um 111édico bei11
treinado etn feno111eno~ogia descritiva. Aquele~ não faJniliacizados com e~sa
parte do exart!e 111éd!co Lerão dificuldades en1 detectar e dtagno~Licar os con1-
plexos co1nportar11entos assoc!ados às s:ndroir.es pstcorgâ.J1icas preser1tes nes-
sa doei1ça. Será rnuito difícil, por exemp!o, dtfere11ciar depl"Qsão de apatia,
desú1ib!ção de nlania ou hipoinanla, a.J1stedade de hipcrati\•idade ou \•,•a.rtdt!·
rirtg, placidez de fndiferenÇ<l, componamento de utiliz.1ção de comporui.i11en-
tos rcpetiuvos, persc\'eração de compulsão, psicose de co1úabulação, apei1as
para c!lat él1guns pontos crítjcos.
Para ef~ito de pl!blicação ciei1úfica internaciona!, eitcretél.llto, gera:bnen-
te é ex~gido o co11curso de insc.rumei1tos que possibilitam algwn grau de ob-
jeú"ação co1n o objet!\'O de tornill aque:e experimei1to repl!cável e111 outro~
lugaro, por ouuos p~qu~sadores. Ass~ scr1do, apresentru11os neste capitu-
lo algw1s dos i.ttstrwnentos mais utilizados na avaliação de co111portan1e11tos
presente~ na DfT.
ec al., 1994) que, por um lado abrange sintomas incomwts da. DFr (p. ex.,
alucinações, de.irias) e, por outro, omite sinconlas imponantes pata a carac-
cerizaç.ão reais completa de.ssa entidade ( p. e.x., C!o1npon..amento de urilização,
con1port.amento:s relacionados co1n a síndron1e de Klü\rer-Bucy e a disfw1ção
executiva, déficit no iruighl, ei1tre outros), além de não Ler sido desenhado
especialmente pata a DFf. A entrevista semiestruturada proposta por Leben
(1996), cotno o ICF, foi també1n elaborada especificamente pata a DFT, porém
é basta11Le str11plificada e sua utilização básica vis.a ao diag11óstico da DFT em
seus estádios mais iniciais.
INVENTÁR.10 NEUROPSIQUIÁTRICO
• Delfr.ios • Apatia
• A!ucit1-ações • Desulibiç.ão
• Agitação • Irritação
• Depressão • ComportamenLo motor aberrante
• Ansiedade • Componrunentos r1orumos
• Euforia • Ape tite e alterações alimenrares
Dc:ménc:ias do tipo não Al%heuner 1S 7
QUADRO 14. 1
Inventário de Comportamentos Fronca.s (ICF)
(c.o.T.ln ia)
158 Leon:iráo C:Wceu
20. HlPEROAALIDAOE: EJe e~tl bebendo cn:lii. que ó 111uál, Có1íido e.-n ex<lbw c:tualquer
cci!.:l 41e ve;i ou m~ 10 lev-.1.'leio objeto~ l boc31
21. HJPERSEXUALIOAOE: Sf!u COO'lport3n'lento SeJcual t~ sido atípico ou exee~W.
22. COM:-iôRTAMENTO OE UT1LIZAÇAO: E~ parece ter niecesid:)de de toev, senbt,
~-\inar ou recoll'le.r objetos ctue estep:n a surs -mui e abice?
23 . INCO N~NCIA. Ele t~-n umado ou dereca.do na próp<-iaroupa. (excl ado ..nobi·
lidade ou doença t.sica, como. por exemplo. inrecç:W urir*is)?
24. MAO ESTRA' GE AA: Ele tem aJiurtl problema t!l"I U$3J"'ll "*>. b:~ r1terfwe-com:a
ou-.ra mão (ex.cluirãdo artl'ite. traLma, ,pa.ta!i!.i:.l, etc.)!
ESCORF- TOTAL:
QUADRO 14.2
Bateria de A\lahaçao Frontal (FAB)
1. Slmilarlda.des (conceltuaçí!O)
-oe q~ mane110 ~t jêo p!1rtt1dos!-
-um1J bll'l)!JJtO ~ uflto JarGVIJa ".
(Caso 0Câ"r2 (- 13 totat uele.s niio são p3reeidos" ou fali.a p:arcirsL " 3tllbcu têm ema· , aju-
de o pa.cieru diie1K!o. "tanto a ba:iana quanto :a laranp sio._- , rrnn credite O ptra o ita-n;
rúo o ~de nos dOis itens s~intes).
· um!I r11éSa I! ~ codl!1ra".
-um11 wlrpa. urna 10So e uJt1a 111artI1ndo".
l . ~e motora (proaramaçio)
"'0.1/ie cu1dtN!OS1lrr1errte para o que eu estou (rub):Jo ".
O eX'l\minac$or. !.é!J'l~do e:n frente ao pacle1•.e, t!d\ t:a SlO.Lir IO, trb v~. co:n sua m3o
esquerda. a série de L\Jrta "pu.'1ho-bord>pal.-na".
-Agora. cCfrt JV!J n1ão d'~tll (~a a rnesma s~rie. pritn~ ccrnigo. ~ors ~LUJ/í:l •.
O e~Uldor l"e:lliu a. série crt;s ve!U!s C«n o patie:1te. entlit> lhe diz.: ~c;ycro, ~a seíni10 •.
Escore
Pacler1te realia
a M!Í). série> COl1Seôl11Vti õ Orre!llS SOLinl10. )
• pelo ne-1os tri!S sérl~ conloeOJti\llt) e~ sozinho: 2
• fraeb.1a soLinho, nu~ --~idl crês :t.ér-~ eonsecuti\llt) corre~ cor 1o ,exArflínador: 1
• ruo com.egLe realidlr t~ i.l!rres cor.secu'!N.H ootre~ me:s.:no c»Jn o exattúnador: O
Esoore
Ne:1t1u1 1 erro. 3
U-n ou c!ob. ~ITOi.. 2
M:us de dois erros: 1
P...eiente bate cor 10 o exanw1ador pelo ne:1os qu<ttro 'Yt!:te~ comecutivas.. O
Para ter centeza. de qL.e ele e~endeu a ~1nJÇl'lO, uma ~êrle dt! tr~ tenWÍ\.'ltS é< ex~wfa..
2-2-2.
O ~-1itl3.dor ~eo.ita a s.egt.rb te s&ie: 1-1·2·1·2·2-2-1-1-2.
Escore
Nenhu1 1 eN'O. 3
Ur 1 oo d<>d erl'O!>: 2
MôA1S <!e doil> erl'OS. 1
Pàcie:1te b3te tomo o examr13dôf' pelo r1erlOS quatro ve-L~ consieculi'Yti: O
Escore
flaeie:1te
• nio pega" mio! do e;ç,m1inador. l
• hesilà e pe:-gunta o que de>we lazer. 2
• peg.i as nlil.Os se::n he::sitaÇio.
• ~ 3.$ mlos do e.u:ni~dor ·nêjmo dep0i~ de ter )il(fo -ayjgdo pll"J. ·rão ru.er isso: o
Contagem do INP
• Frequência
• IJ1cens.idad e
• Total (frequência x i.t1r,ensidade)
Demência frontotemporal
associada à doença do
neurônio motor
D~de o :1úcio do século XX cêlr. s1do descritos caso~ de u1na sú1dro1ne clínica
11a qual wrta de111énc~a progressiva se assoc~a à doença do !1eurô11io tnotor
0.1t:)'er, 1929). O ter1no "'síndrome den1t11cia1 da e~erose Lateral ain!ouófica
(ELA)" fo! proposto por autores japone.ses 0.r1.itsU)'ama; Tukruniya, 1979), 1nas
poucos estudo~ se preoCtJparam em definir o padrão de de11!t:11cia associado
à .El.A Apeneis en1 1990, Neat}' e co:aboradores relacio11arain a doe11ça do
11eurõnio 111otor a un1 tipo especifico de demênc!a: a den1ência frontotem-
poral (DVO. A!r1da ex..i5te, entretru110, muita discussão referente à posição
11osográfica da ELA com relação à DIT e 'ice i,•ersa, con1 n1ui1as dúvidas a
respeito dessa con1orbidade taJnbé.111 nos carnpos genético, his1opato!ógico,
ITsiopa1ol6g ico e clinico.
A DFT associada à doença do neurõ1uo n101or (DFT-D~~1) é rara e
constitui, seguJ1do as classificações nosológ~cas n1ais atuais, •11na \•ariante
histop.atológica da DFT. Apresenta wr. quadro ra.pidai11e11ce pro~ressivo, ca-
racterizado por a.lteraçõc~ de co1nportrune11co e personalidade úptcas dessa
deJnência associada~ à forma am1otrófica da doe11ça do 11eurônio inotor.
Te111 l1avido cresce11te i11teresse e111 identificar e dtag11osticat subúpos
de ELA en1 ur11 cvtllirtuurn de co1nprometitne11Lo fro11to1e111pora1. A !itt!ratura.
11esse crunpo está enfocada t10 progresso feito nos úlú111os 20 anos, 00111 es-
tudos que se pcopõe111 a 01e11sura.r ru1om1alidades cerebrais 11ão tnotoras ei11
pacie.i1tes co111 ELA sen1 de111êr1cia associa.da. Panicular1nente 11os últimos 10
anos~ os investigadores têr11 invalidado a tese de que as ru1orm~:dade~ cog-
1tiúvas na EL>\ sejam ocorrências raras. Eles têm rcun!do cada vez. 1nais evi-
dencias de que paciei11es coin 1El.A relacionada com DFT fazen1 parte de Ulll
especLrO de ru1orma!!dades fro11to1emporais, com uma. proporção razoj"el de
portadofl!'s de EIA apresenuuldo wi1 leque variável de aite1a.ções cognitjvas e
componéln~e111ais Cvturpl1y; lleJU)'; Loa1en-IIoenh, 2007).
164 Leon:u-áo C:Wcet:i
PATOLOGIA
CARACTERÍSTICAS CU NICAS
Na maior parte dos casos, os si.r1tomas caracrerisdcos da DFT precedem o
surgimento da doença do neurônio mo1or. que surge alguns meses após o
il1fcio dos sintomas componamentais. Em outras siruações, o paciente ini-
cia com sit1tomas dpicos de esclerose lateral amiotrófica (ELA) para depois
apresentar alce.rações de compormmento lfpfcas da deme1icia Ftnalo1ente,
existern situações en1 que sintomas comporcame:t1trus e motores surgem de
fon:ua concon1itante.
Os sintomas comportamentais inaugurais são indistinguí\reis daqueles
observados 11a DFT s..em 001.nprot1lelimento do neurônio tnotor (Neary et al.,
1988; S1to\-.·dei1; Neary; Mann, 1996), mas sua rápida ev·olução deve cha-
tnat atenção para DFT-DNM. Destaca-se a 01udru1ça de personalidade, perda
da motivação (síndrome apática), falta de en1palia e indiferença afetiva. A
aprese:tltaçào mais comuoi, porém é a do subúpo desinfbtdo, n1a.rs do que do
1
Logo que a demê11cia surge, os pacientes e seus cuídadores ai11da 11<10 con-
segue1n observar limitações íJsicas. Em alguns casos, porem~ o n1édico n1ais
acento pode 110Lat a presei1ça de fasciculações nos músculos dos meJt1bros ao
exame flsico Lrucial. Em seinruias ou meses, todos os pacientes desenvolvem
fraqueza e atrofia dos músculos dos men1bros em conj unto com paralisia
bulbar progressiva, o que acarreta disanria e dtsfagia. assocfadas à atrofia e
fasctculação da língua. As complicações resptratórias relac:onadas à paralisia
bulbar são invariavelmente a causa da. n10ne nesses pacfenles, o que rosrunm
ocorrer após u.és a.i1os do início dos sinron1as (S110V\1den; ~eary; Marui. 1996).
Esse quadro anliot.rófico concrasta com a rela.tiva ausência de espasu-
cidade gra.\re dos menll>ros, embora. os reflexos estejanl de forma habitual
exaltados e o sinal de llabinski presente. O reflexo de preensão (gra.spirtg)
pode ser obtido desde as fases inais inlciais da doença. Poucos f>êlCteJltes de-
senvolvem sínafs exuapiran1idals, como acinesfa, rigidez ou 1retnor e, qua.i1do
ocorrem, e111 geral aco11tece 11os esrágios fu1ais da doença. Tal\re-i a baixa
prevalê11cfa desses si11aís tla E.LA seja exp~) cada pela rápida progressão da
doença, que teria tempo iJ1su.fidenre para manifesc.ar rais sintomas. Reforçan-
do essa 11fp6Lese, existe o fato de que, nos casos de EI.A en1 que a evolução é
n1ais longa, a chance de surpreender sit1ro111as extra.p[Tamjdaís como parte do
quadro clú1ico da doei1ça aumei1ro (~1orita et al., 1987).
166 Leon:iráo C:Wceu
FIGURA IS.I
A:rofra da llnglRI C"TI p;u:1c~te com docllÇAl do ncur&llo motor OUlSoclôld;i â. DFT (~so LS).
Proc.edjmentos diagn6stkos
AvaJia.ção neuropsicológia
FIG\J RA 15-2
TC cfc cr5.nl0 do C!.SO 1. evidcnct;indo :urofl:i fl"0'1totempor:J lew! (not.:11" $'Jlcos c:on1c:JJ:. mous :i.l:ir
~os :imcnor que pos-.enonnenU!). Aspec:o indlst1ngu'ivcl de ung ~ sem compi omct1rncmo
do nc ur6nto mo:or.
FIG\J RA 15. l
172
Deméncias do tipo nii.o .Al%heimer 173
174
Deméncias do tipo não Al%heimer 175
176
Deméncias do tipo nii.o .Al%heimer 177
178 Leon:u-áo C:Wceu.
CAPÍTULO 16
Afasia progressiva
. , .
pr1mar1a
CONCEITO
H ISTÓRIA
EPIDEM IOLOGIA
-
Snowden, ~ea.ry e Mru1n (1996) afirmam que a proporção de casos de APP
enl relação à DA é de 1:40. Precaução, é claro, de\'e ser tomada com toda
uúorn1ação epiden1iológica sobre essa condição, pois é dificl: detern1inar as
es timativas coo1 precisão (é provável que a APP seja subdiagi1ostic:ada). Di-
ferindo da DFT, que cosruma ser referida para psiquiatras, .a APP em geral
é encaminhada para avcl.tação neurológica; ponanto, as escaúst~ cas podem
variar depender1do da nature23 do serviço onde são realizadas.
Dc:ménc:ias do tipo não .Al%heuner 18 1
PATOLOGIA
Macroscopia
Microscopia
QUADRO CLINICO
OIAGNÓS l ICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
QUADRO 16. 1
Canaerisocas do d~o dínico da APP
l___o,j~_
PER.FIL CLÍNICO . " al~ração d'9 lirl8~~n expressiv:l ~ ·na °'-'itt'.el'Útica pre!>ente llO
início ê àO 1°"80 do Cu'")() d;t doe<:l~ ÔU~O.S tipetlM da COgrliÇio pernttnecern êl l:ltte»
ou relaiiv-.smente be1n p~rv.ados .
1. Canetens1.ieu cbgr.óstieu es~nciais.:
11) lrrlcio ~ldJOSo e progressão ~uai
b) Oi)C.Jrso ~po·l!;Jfleo liiO fl.Je1l'!e, cott1 p.elo rneno:. u:na das cvacta--t!>tlen ~la'1-
tl!!S: a,grarl3!i>1 10. par:i.'alW tonênlic:as Oll l(IOt't'IQ
A doe.n.ça de Alzheim.er
•
(D.t\) representa outro diagnóstico diferencial
importante a ser feiro. E lamentá\•el que muícos médicos ainda desconJ1eçam
a. APP e tendain a. diagnosticá-la como DA. Existe de fa.co wna apresentação
focal frontal da DA (aparentemente em 5% dos ca.sos dessa fonna de den1ên-
cia), o que pode ajudar 11a confusão entre os dois diagnósticos. Por outro
lado, a APP também pode se n1mtifestar com si11tonJas mais sugesti\'Os de
con1prometin1ento pruieca! (traduzido até por atrofia e J1ipoperfusão parietais
observadas r1os e.'<at:nes de 11euroim.agein), meStlto porque t1ão é raro a doen-
ça se espraiar das riegiões mais anteriores para as áreas mafs posteriores do
encéfalo. Nessa ocasião, podem surgir siJ1tomas co.w.o acalculia, d~ftcu!dades
para desenho e apraxias gestuais. Entretanto, a desorier1mção espacial gros-
seira associada ao compron1etime11co parietal bilateral e geralme11ce presente
11a DA eslá ausence na APP (Sno\.,rde11; ~eary; Maru1, 1996).
TABELA 16 . 1
Diferenço» m;s mcterisllc;is lintuistic:ss entre APP e dertén1:'3 scmSntica
l'IGll RA 16. 1
RM (cone aJ;iJ cm T E) de p;i.aent"c com ilbisi;i progrcnl'Võl prrn3na (APP), cvldencr.; inao a'll"OtQ
frorltOtC"Tlpor.iJ à i:squcrd;i (not;ir v;il;i s.yfw;11'1õ1. r1QIS dib~ill rlCSSC rado} C CO' 1C:SpofldC'l~ a;itilll
çao do como fro~ do vcn.zkulo liltcr.i.l no mesmo l;ido (lõldo dírer:o d;i 1m;iecm).
l'IG\J RA 16 .2
SPC:CT (1C:quénc1;i de corti:s col"O"\:ils) cíc: f2'tCIC-.1tc com 01'a.s1:i. progressrv;i pnmàna (APP) conírr
m:u:ia, cvkfc:ncmncfo hipopcrfusio frontotcmporal i esquCJ m (l;,do c:1rcto d;i lm2:gcm). Vep em
fl8ur.i cm cores ;io íll'iõlll deste lrvro.
CAPÍTULO 17
Demência semântica
A de111éncia sen1ânttca CDS) constitui wna das Lrés síndroc11es cli11icas pos-
síveis 110 espectro das degen.erações lobares froc1t0Len1pora~s (que també111
u1clue111 a demê11cta íronlote1nporal e a afasia 11ão ílueJ1te progr~siva), grupo
esse que representa a terceira causa c11ais cocnw11 de de111ência cortical, se11do
sobrepo~to apenas pelas doença de Alzbeil1ter (DA) e de1Itência co111 corpos
de Lewy {Snoi.,•den; Neary; Mann, 1996). A demênc!a seinfu1tica co11cribui
para 15% dos casos de degei1eração lobar fro11totemporal {S110\\·den; Neéll)';
lvfann, 2002}.
lvtesulêl.11 (2000} defe11de o conceito da "forma fluente d.a afas!a progres-
si''ª pritnária"' e1~ deuio.ento do conceito de "dereência se1nãntica", enquanto
I Jodges a de11omic1a "'\'ar!ai1te ten1poral da de111ê.r1c!a frontoteinporal". poré1n,
na prática, estão an1bos se referil1do à ~esil!a síndrome clútica.
PATOLOGlA
QUADRO CLINICO
DlAGNÓST1CO
QUADRO 17. 1
Crttênos dtagnósocos da de m ênaa semántlc.a
berg, 1987; N,ea.t)' et al., 1988). Já na afasta não fluente progressiva, como
o próprto nome indf ca, ocon-e discúrbio da fluência da 111gu.agen1 (que não
está comproJnetida na demêncja sen1fult[ca), além de a patologia estar tnais
relacionada à. região froncotemporal do 11emisféno dominante, padrão dife-
ren·te do observado 11a DS. Apesar das diferenças cll'.ntcas, 11ellrops5cológtcas e
r1euroimageno:ógicas cttadas, o diagJ1óstico dtferei1cia1 pode ser tnu.ito diífcil
en) alguns casos, un1a \ 'e2 que vá.rfos pacientes com apresencaç.ão clínica de
demência seu1ântica aprese:t1tam, na ocasião do anatomopatológico, histo-
patologia oompadvel co1n doença de i\lil1ein1er ou doença de Pick (Ilodges,
2002).
EVOLUÇAO
Compor13rnc1tto 'nsi'iht ircscJVado búcio da demência ~cm.mut111TIO Mutmno com plcto Dcmê:ncia completa
Isolamento 3occaJ lc'W! Sem ;..,s.:g.~ r Si.nc!romc de K1iNc "" Sin~ do C,5j)C iho Rmtrlo ao leito
Mais 111trm pectNo Compulsiocm C:JC?lo• Bucy (mastu~. Com portamc:nto Hipcro~ X'Cll •
~bc r.v-oamb1C11tc com o rupcrorabmdle. ire pctrtNo: se para a nada
Cooper.ativo 0 1bto h~pc nncta:morf'mc, comxb c.m ru pr.1to Ap:rt a gnrvc
tipcnagg pbodcz} m (onna omCUM1
Comportamento Comportamc nto
rcpctltNo n!pctrtM>
Joan~ Comportm'lcnto die
ln~*3ocal or~
Nio coopcnitNo
Ois fora oc:a3ion..J
1-iz tcnc precl:nit
Dcfcanc!o e u rin;ancb
cm Soais Wici:ÇJ~
i
ft•
:::>
G·
Exame NomiAI Nonnal Reflexos srwnitNm A~l3 l d irC!b a.
o
CJC3 I~
ncur-oJógioo {exceto peb h ipcr· Di.d~a "-·
rt:atNICbdc a c3timv- H 1prrto!Q <lfug "8
:::>
los dolormm) Par.ap.a~ ta c-.nnl com
6'
4\ITC'Í~ Q ~ 4'Clm O 40 ~J
de lbb.mk 1
ÇDR 0,5 2 2 3
Pfr.trcr o 15 20 30 30
-
(~lill.Jl) "°
1w
-..
~
g
:i
ã
o
n
TABELA 17 . 1 (contin uação)
;.
C:\'OluQio diria, funaomJc de ncuronnagem de um aso de DS (paciente MCR) a
A..S 1 (1 :Z Aval ~ 4 ) jk) .5 8)
CO'M EN TÁRJOS
FIGURA 17.1
:tM do e"loéfõ!lo (corte cororQJ e ax1:il em T 1) do C!50 MCR cv1dcndõllldo atrofrot brtempor.:tl ;is
FIGURA 17.2
SPCCT ccrebr.11do caso l"'CR ewc::cncWldo htpopcrlu:s;,o bitemporal zssméuia.. mz.a accntuiida
i c:squcrd;i. (b:o darcrto dot flsura). Vcp. c:st;i ílgun c:m corc:s ;:io final d~c lrvro.
198 Leon:u-áo C:Wcet:i
Gliose subcortical
•
progressiva
GINtitc•
ca. foi observado na DFT (Caixeta, 1999). Segundo Ilenon e Jonlcer (1996),
as diferenças rna[s exuheranr~. porém, recaem sobre: 1) a dtscrepância enc.re
o comprometin1ento grave da substância brai1ca. com relati"'ª preservação do
córcex frontal subjacence e 2) gliose proenlinence das Lã.mi.nas corcic.ais pro~
fundas (d~fe.rindo da DFT, na qua! temos maior compro1.netin1enco das cama-
das conicrus mais superficiais rr a illj).
O diagi16s1ico diferencial ainda deve ser feiLo co1n todas as encefalopa-
Lias que cursam con) lesões de substfu1cia branca subconical, desmieli.rti.za-
ção, etc. Cabe lembratn)OS da deficiência de vitan1ina Bl2 que pode rursar
con1 esões de substfu1cia branca (Chatterje-e et a!. 1996), dernêncta vascular,
esclerose mtíltipl.a, leucoencefa!opalia mulc.ifocal progressiva (geralmente o
padrão de discribuição das lesões n~sas doenças é diverso do aprese11tado
pela gliose subconical progressiva).
A RM mosLra lesões da subs1â.J1cia branca restrims às regiões subcorti-
cais fron1ais e que aurnentam com a e\'O ução da doença, porém sem nunca
se esce11der para alén1 dessas áreas (ver Fig. 18.1).
FlGURA 18.1
RM (co~ :axt:il cm f'LAL~ cm p:lCIC"t'::C C<lm g'bmc subcortlc::tl progrcniv:L com moi de ghosc
(sl.Jl:ct"lda pelo lupa s&1;ú) loc'1.11:z.ada cxcl1r.slvõ1mcntc cn sub srã,m b r.i.nti1 fron12I (regao svpcnor
c:;:i. fif,'Jni).
Deméncias do tipo não .Al%heimer 201
202
Deméncias do tipo não .Al%heimer 203
204
CAPÍTULO 19
Degeneração
corticobasal
PATOLOGIA
Macroscopia
La.mbé.m são poupados, aspecto que auxilia 110 diagnóstico diferencial com a de-
generação olivoponLocerebela.r. O com prometin1ent() dos núcleos subcorticais
vartl de caso para caso. A subsffulcia negra aprese.ma-se pálida pela perda da
neuromelanina, o que não ocorre no lorus a>en.t.leU5. A cabeça do núcleo cau-
dado pode estar reduzida no c.an1ailho, o mesmo aco11Lecendo com o tálan10.
A substância brai1ca adjacente às áreas afetadas escá habitualJnerue a tenuada.
Pode~se observar hidrocefaiia ex-vacwn c01110 consequência da atrofia cortica:
adjacente (Case...• 1985).
FIGURA 19.1
FIG\JRA 19. 2
Compôlr.\ç:to de um ci:so cfc OCB (cillO S:mdoval, i c~ucrda) com um caso cc docnç;i éc Pick
(C1.So RS~ à c.ircn;;a). Em ~-nbos ocorre a.1r0fu ;i.mcrior, m .; u percebe se à cllret':õl qirc o pa.dr.llD de
a.:rofi;i ~ MõUS c1rcu-iscn:.o (fro.'l':ô'IJ. em (10 de ~I~) Rlll docnç:i cfc OJoidc.
Microscopia
FIGURA 19.l
Ncu,-0,105 abaloreá05 en regao fro.-.td pré ~e:itrlll esqucrc;i (t t: '400x). MICTOSiC:lOipR real!Zllda
pela neurop~olog1S12 Ora. Lca GrctbC!"g (í'Muldõ!de de Med1cin;, c:i. Urwersldade de~ P2:.ilo) a
p;i.rtlr de um caso de nosso SCNIÇO (aso Swvldov.iJ). Vep c:su lgur.l cm cores ;,to fud deste hvro.
Etiologia
Corr10 ocorre no caso de di\rel.'Sas ouuas doenças degenerati\ras pri.Jnárias do
SNC, não se conhece até o pres.ente a causa da DCD. Sabe-se, entretanto,
que pode estar relacionada a un1a mutaç.ão no gene que codifica a proteína
tau, pesco que ocorre acúmulo dessa prote!na na den1ência conicobasal e ein
ouLraS formas de demência {doença de Aizbein1e.i; doença de Pick, den1énc:ia
frontotemporal associada ao parkinsonisn10, paralisia supranuclear progres-
siva, de111é11cia assoctada à esclerose lacera! a.n1iotrófica e parki11sonismo do
coII1p exo de Guam, enue ouuas), daí a dei1omjnação cauopacias para tais
deiJ1ê.ncias (l liggins et al., 1999). A pro tefua rau, abundante nos neurôn.ios,
encontra-se ligada aos microtúbU:os, esU"U.turas que compõere o citoesque-
leto neuronal É interessai1te 11ocar que a DCB apresei1ca o mesmo Jiaplót[po
da cau encontrado 11a paralisia supranuclear pro&ressiva, sugerindo que pos-
s[velmente essas duas degenerações compartilhen1 a mesma base genéuc:a e
por conseguinre o mesmo 01ecanismo pa'logênico, podendo se tratai; segundo
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 209
FlG\J RA 19 .4
alguns autores, de duas apresentações clinicas para uma meslllêl doença (Di
Maria et al, 2000; lloulden et al., 20011.
Quadro clínico
(55%). Disfunção oorticaJ superior [ncJuJu: dtspraxta (82% dos casos), fenô-
meno da mão estrangeira (42%), perda sensorial corúcaJ (33%) e deménc]a
(em apenas 25% do toutl de e.aros) .
.1\ seguir, descreveremos algumas das n1anifestações clin]cas mais in1por-
tantes e mafs especificas da OCB:
• Alterações sensitivas de origem oonicai experin1entadas conualate-
raln1enre ao hemisfério cerebra! mais comprometido. O paciente re-
ara que seu n1einbro está "'düere11te" "dormente" <•esqu]sico" ..com
1 1 I
Dia.gnóstiw
Segundo autores importantes desra área (litvan ct al., 1997), é provável que
a DCB sej a subdiagnosLicada eJn virtude da heterogeneidade de suas carac-
cer:sticas clfnjcas, da sobreposição tanto de seus sintomas quanto de suas
c:ara.cterfslicas pacológlcas com a de outra.s stndron.1es 11eurodegeneracivas
correlaras (vide seç-Jo de diagnóstico difere11ciaJ) .
Não eJcistein critérios diag11óscicos para DCB wú\rersalmei1te aceitos e
r1em validados de forma absoluta. Ainda assim, apresent.a.ren1os no Quadro
19.1 os de Lang, Riley e Bergeron (1994), por seren1 os nMis utilizados na
prática cl(njca.
A DCB é difícil de ser diagnosticada ern suas fases iniciats, e n1esmo mé-
dicos experieJ1Les a diag11ostican1 de forma correta a pen.as ern 50% das vezes
ou menos (Ltt\'an et al., 1997). Como a sensibilidade diagnóstica é baixa, a
conflttt1ação 11europatológica pern1anece o padrão-ouro para o diagnóstico
defmjlivo (como acontece com outras formas de den1ência), ap.esar de a ca-
racterização dessa doença não ser abso u1amente definida nem em termos
pato 6gicos. Por rudo fsso, o dfag11óstico de DCB 11ão de\re ser feito 1e11do por
base apenas caraaerlsticas clinicas ou neuropatológicas ou de 11euroilnagem,
já que todos esses, quando considerados de fonna isolada, apreseJ1tam baixa
especificidade para o diag116s1ico dessa dege1teração, indicando que a co2nbi-
nação de todo esse conjw1to de dados consLituJ a mell1or estratégia diagnós-
Lica (Stover; WC!.tLS, 2001).
Dc:ménc:ias do tipo não Al%heuner 2 1l
QUADRO 19 . 1
Crttênos dtagnósocos da OCB
Crl~rloi de lncluSlô
• Rigidez (apr.nia., per'd:l siensoml cCH'llol ou fenl>rneno da mão ev.rai~ir-a): ou
• Rí_gjdez assimétrica, clJStoM e n'iodo:1ia.s reflexas locais
Critérios de exdus&o
• Oí!r1'1mda <le início prec:oce (es.-se cnténo irâ excluir 21.iguns pacle.:1~es ctue ce;n OCB,
1•1as ãJja doerM;a nfto pode ser dlSlingu~a~lirwca:ne.:i~e de out.r"JS de.:nê'1das p ·nftnas)
• P.t."1liSia precoe:e do oUlar vertical
• Trenao.- er•1repo.iso
• Oi~rb.~ a.utooo·nico~ graves
• Res~ta sus1."t!ntada à levodopa
• Lbóes no~ estL<i~ de im.:tgelil que índiqLern a respo1S11bilid3de de outro pt'()Ces~
patol6glCo
Avaliapo neuropsic.dógica
O reconbeci.met.1to da existência de vá.rios fenótipos difecenLes da DCB Lem
repercutido em un1a heLetogeneidade de acl1ado.s neuropsicológjcos. Em al-
gwis, predominam alterações de lli1guager11, e11quanLo em ouuos, disfunções
prrucfcas, mas todos parecen1 aprese111.ar disfunção e.xecuti\ a, mais inteJlSa a 1
Ex.ames comp&ear1entares
to confcal ser mais difuso, o que não coincide com o encontrado na DCB. Na
degeru~raçéio esiria.rortigral., a RM evidencia hipointensidades nas aquisições
pesa.das em T2, no pulâmen la.tera! posterior. ~a a.crofia olivoporuocerebtlar, a
a.c.roíia é aia.is evídente na ponte e no cerebelo (Testa ec ai, 1993).
Potenciais e\rocados son1acossensittvos não auxiliam no estudo diag!16s-
tlco da DCD.
O exame de rotjna do liquido cerebrospjnal é t1ormal, porétn poden1 ser
detectad05 1úveis anormalmei1te baixos de somatostatina enl alguns pacien-
tes. Da n1esma fom)a, exames laboratoriais de rotina são normafs nesse tipo
de degeneração.
Apesat de poder estar normal nos estádios [niciais da doença, o eletro-
encefalograma (EEG) pode reve ar alterações com o avar1çar do processo de-
generativo, como, por exei1lplo, lentü1ca.çã.o assimétrica, mais intensa sobre o
hemisfério cerebrn: contra ateral ao membro mais afecado, o qual tende a se
tomru bilateral. com a. progressão da. doença Descargas epileplifonnes geral-
mente não estão pres.enles (Stover; \Vac1s, 2001).
FIGll RA 19. 5
iil.M (co~ ;JJCPtJ, TI ) de p'10Cntc com DCB (mo S:indovo11), c~o por neoopm, C'VIClcn
ai..,do ;i:rofi;i ;:u.s1mêtna. prcdomnlllldo à é1rct2 (bdo e5quereo dill fe.gun).
2 16 Leon:iráo C:Wceu
FIGURA 19.6
SPC:CT (cone ui;ú) c:vldcnc1:mdo heipopcrfuS'ao a.s51mé:rioi ~ d1rett01 (lô!do esquerdo d a ftgrJra) . Ve ja
ena ftgJra em col"6 ao fciõl.I ccnc lrw'o.
Diil,g'1Õstico diferencial
Pick. Con10 elemertco comum ei1r:re elas, destaca-se sua condiç5o de rauo-
patias (lembrando que nen1 rodos os casos de DFf e doença de Pidc se en-
quadram 11essa condição), bem como a posstbi13dade das mru1ffes tações com-
porra.mei1ta.is e do con1prometitnenco frontoparietal constituírem o e.en1en10
mals evidente do quadro cllitico en1 todas essas doenças (Jendroska et al.,
1995; Lru1g ec aL, 1994). Alguns autores chamrun ateJ1ção, entreca.11to, para o
fato de que o con1prometime11ro parietal é mu)to 1nais assfduo na DCB do que
no con1plexo de Ptck (Neary, 1994).
A doença de Alz!teirner, por s.ua fn1pon1ncLa epiden1iot6gica, de\l'e ser
sempre pesquisada, principaltner1te quru1do associada a sfntomas ext.rapira-
rntdats, situação en1 que conjuga características corticais e subcorticais, como
é o caso da OCB (B11atia et al, 2000).
A dotrtça ctN!broWl!cular, com sua fisiopatotogia variada, podendo se
maniêestar com caracter.fsúca.s de compro1nettmeJ:lto corticosuboortical, pode
1nimeli2at a DCD. Nosso seiviço conta com dois pacieJ1tes que apreseJ1ta.ram
sintomas idênticos ao da DCB, aprese11mndo, inclusive, o fe11ôJneno da mão
estrangeira, associados a infarto em território talâmico.
Outros diag;1óstiros diferenciais devem ser constderados, em especial
aqueles que ac.arretatll sinlomas associados de c11odo n1uito panicular à DCB,
ron10 é o caso do fenômeno da mão estrangeira ou das aprax.ias assimétri-
cas. Doenças como a encefalopatia peto tIIY, twnores (me.i1.ingfomas, glio1nas,
linfomas), doenças priõnicas e outras doenças focais raras devem ser consi-
deradas.
Tratamento
Uma das características n1arcantes da tnaior pane dos casos de DCB, bein
con10 de outras doenças que compõem o grupo de parkinsonismo p1us, é que
as drogas ru1uparkinson~ anas en) geral, e a levodopa em particu:ar, têm pouca
ou nenl1un)a ação sobre os sintomas extrapiramidais da doença e, porui.n to,
apenas raramente estão indjcadas.
Um inibidor da n1011oan1iJ1oxida.se tipo B, se· egilina, usado na doença de
Pa.rki.11so11 e com provável efeico sobre a formação de radicais livres, pode ser
tetl.tado com a intenção de redu2ir a velocidade do processo dege11erativo nas
circuttárias dopa1ninérgicas, porém 11enhum estudo até o presente compro-
vou lt1equívoca eficácia dessa droga para a DCB.
Raros são os estudos até o mome11to que apresentarrun de forma siste-
mática. 3 evolução da DCB sob trêltamento farmacológlco em grandes séri~
de paciet1tes. Kompotiú e colaboradores. ( 1998) conduzl!am um estudo coin
essas características avaliando 147 casos, sendo que 92% dos pacientes re-
ceberam drogas dopaminérgicns, as quais apresenrara.m efeito benéfico em
24%. Os smais parki.11sonianos foram os que mais respor1deram à intervenção
Deméncias do tipo não Al%heimer 2 19
Nosso grupo descreveu recentemente ••m padente (casn Sandoval) com atro-
fia foral anterior direita, envolvendo sobretudo a regilo espea•l•r à úea de
Broca, apresentando-se, do pomo de vista dfnlco, m11 alleraç&!s nos ek111m-
tos parallnaufstims da fala, em particular aprosódia, na 111&end1 de outtu
alteraç6es · nos dois primeirosª"°' da doença. Mais tarde,
agreaou-se disanria ao quadro de apnxia orofadal e da f'ala.
Os eumes de neuroimagan esuurural (TC e RM) rewJanm atrofia mr-
tkal progarniva mimmica (direita > Psquerda), pmknadmme na ttgilo
frontal posterior ~ prindpel111ente no ~c••lo frontal direito. O SPECT
de11.omuou bipapei fl•slo tam~111 1•11gttica, proe11dnen1e no giro frontal
posterior Inferior direito e no c:dnex sft-motc:& Coai.e> ~ possM1 observm; os
adwlos de neuroimagem se sobrep6c111, o que atesta a ttpresengtlvidade des-
sa ttgjln cerebral na 6siopat0k>gia do processo em que11lo.
222 Leon:iráo C:Wceu
FIGURA 20. 1
RM (corte il.Xd, T 1) de p;icientc: com dl$pl'"OSÓéta progrcs:srv;i pt'lmina (cõJSO Smacwat), conpro
v.1do por 1ccropsQ, C'Wlenctanco a-:rof1;i ass1métreca G,Ue prcdomsia e'Tl rq;iao íroAtotcmponl à
élr'CI':>!. (bdo csqi.eréo é-a figJra). otar G,UC :i ~ afetada CCfJtwlC i Nea comprometida na õ!.bi
sla progrc.ssrv;i prm3na. Esse aso cvol dnlc.i.mcnte de um cscidto pov..cnor p;ir.11 dcgcAer.iç:to
c:on1cob;ial (comprovad:i por nc:o opsi;i).
Dc:méncm do tipo não Al%heuner 223
FIG\J RA 20.2
Áre'õl cc pcrd;i 11Curo!W co~I com v;icuohZilÇtO (GTSd 1OOx HE). M1croscopõ1. ~hzou:l01 pm
nC!l.lroJ:Qtologtv.õl Ora. Lcõ!. T. Gr11'\bcrg, d;i f ;:i.culd01do de MOIÚcsl;i a~ U·11~rsid01dc de S:>o r.uJo.
A atrofia cortical posterior é tJn1a síndrotlle rara e foi descrita inicia!mei1te por
Beiison, Da.vis e S11}rder (1988). Ela se .re{ere a uma dege11eração foca'.. das re-
g]ões parietal posterior e oocipta. Existe uma discussão sobre se de fato essa
síndrome não represe11taria uma forma de DA focal ou uma forma de "DFT de
localização posterior" (Sno'\o\•den; Neary; Mann, 1996).
Epidemiologia
O iJúcio do quadro é pré-~enil, sobretudo 1ta sex1a década de vida Inicja com
sintomas visuais e não raramente o pacte11te procura primeiro o ofialmo.ogis-
ta para a avaliação iJticial.
224 Leon:u-áo C:Wcet:i
Patologia
A atrofia focal, locali2.ada nos cónices posteriores, co1n a presença majs acen-
ruada de enla.ranh.ados neurofibrilares, é encontrada nas regiões parieooccipi-
tais. E.n1 un1 dos casos descricos por Benson, Davts e Snyder (1988), ocorreu a
001úirmação pacológica do diag,t\óstico de doença de AJ2heimei; assin1 como
a sobreposiç.ão sindrõmica e.i1tte ambas.
Quadro clínico
Di~tico
PROSOPAGNOSIA PROGRESSIVA
ce.r pessoas fauu iates a panir de suas faces, porém tinha melhor desempenho
quando o reconhecimento se processa\fêl por meio da fala e de nomes. Com
a evolução do quadro, entteranto, ficou claro que o processo envolvja tam-
bém a perda de infomla.ções sobre pessoas, afetando todas as modalidades de
acesso ao co11heci.J11et1to.
Diferet1cemei1r;,e da demência semâ.núca (que pode taiubé1n se apre-
sentar con1 prosopagnosia, sobrerudo quando a atrofia cen1poral encontrada
nessa sCt1drome é 1nais à direira), a memória sen1â.núca geral se etlCOI)tra
preservada. Diferentetnente da doença de Alzheimer (que também pode se
apresei1tar com prosopag11osta, dada a exte11são das lesões mesiais temporais,
características da DA, para regiões anter-0latera[s do lobo temporal diretto), a
n1emória autobiogrâfica tai11bé1n está preservada (1 Iodges. 2002).
Os exames de neuroirriagein rnostrarn alcerações localizadas na região
anterolaieral do lobo ten1poral dtreico (1)'tTell, 1990).
O ii1teres.sance caso da primatologista Jar1e Godal, ecoru.i\rista especíalís-
ta e defeil.Sora dos gorilas, pode ser usado para ilustrar um caso paradfgtnátj-
co dessa íotma de atrofia Coca!. Esta pesquisadora con1eçou a apresentar ur11a
curiosa dificuldade progressj\'a para recool1ecer fisio11omias de seres hu1na-
11os. De 1uodo .iJ1Lrigan1e, no enta.t1co. não deset1volveu a mesma dificuldade
para reconhecer fisionomias de aniinais (no ca.so, gorilas), que eram indj-
vidualjzados por ela por 11omes próprios e caracterlstjcas de personaJjdade
paniculares no grupo de símio~ con1 o qual convivia. Esses achados parecem
e:omprovar que diferentes áreas cerebrais são responsá\•cis pela identificação
de fisionon1ias l1um.anas e animais.
APRAXIA PROGRESSlVA
Quadro d ínico
A doença err.. geral i1ticia 11.a meia-idade. Observa.n1os canto apraxia fdeatória
quanto tdeomotora. e consLtutiva. Os pacientes ex.ibein acer1ruada dllicuJdade
226 Leon:u-áo C:Wcet:i
Diagnóstico
Tratamento I -
tratamento não
farmacológico e
reabilitação
A rigor, não se pode falar de ri:abilicação das funções executivas t1a DFI: pois
até o momento não se con11ece maneira de reverter a incensa disfunção exe-
ruli\•a já presente nas fases iniciais dessa farma. de demência.
O n1aterial existente referente à !'leabilita.ção das funções exe-cutivas para
doe11ças neuro.óg.icas adquiridas (para revisão, ver Mun02. Ce:spedes; Tirapu
UslêllTOZ, 2004) em geral não pode ser plenamet1te e.'ttrapo ado para. a DFT
por s.e trnc.ar de doe11ça progressfva e, sobretudo, porque, alén1 da disfw1çiio
executi\~ esses pacientes se apresentrun com graves aheraçães de compor-
Lan1enco (p. ex., apatia ou dest.nibição), as. quais comprometem a adesão e
realfzaçiio dos programas propostos. É imponante acrescentarmos a fsso o
fato de a disfu11çiio execuLiva observa.da 11a DFT ser panicula.m1e.nte grave e
difusa, não awlgindo apenas uma. pane do conjUJ1to de fw1ções exe-cuLivas,
co1:no é o caso do trans1omo de déficit de acet1ção/1úperatividade de algwis
IJ'él.Wnatismos cranianos que con1prome1e1ll de fomla seletiva apCJ1as algun1as
das funções executivas, preservando outras essenciais para a efetivação de
um programa de reabilitação, como o insiglic, o juCzo critico, e11ue outtaS.
Tu.l\•ez rias fases muito precoces da DFT seja poss~ve! o es1abe'..edn1ento
de algumas técntcas para oti!l1fzar as funções executi\•as residuais nesses pa-
cientes.
Um aspecro [mporcan1e a ser considerado na te:ntati\ra de reabilitar al-
guma função exe-cudva nesses pacientes é o papel que podem desempetlhar
as emoções nas tomadas de decisão, visto que emoção e cognição estão rnuito
relacionadas. Quru1do um adequado aporte afeti\ro é proporcionado e quru1do
as LaXaS de emoção exprfs-.sa (emoção com valência negativa que está embuúda
de forma subliru.i.t1ar no discurso ou nas atitudes dOIS far1úliares e cu~dadores
no trato com as vfw11as da DFT) são reduzidas, o paciente tende a dimjnuir
Deméncias do tipo não .Al%heimer 229
Não podemos deixar de reg.isuar que não ape11as aspectos negati\•os estão
relacionados à eclosão de DLFTs. Alguns autores relatam o desenvolvinJento
de habilidades artísticas enl algID1s pacientes, enquanto outros descrevenl o
apetfeiço.amento de habilidades preexistentes em artistas talentosos, que se
Lomaran1 tnai.s livres e originais em sua expres~o anisúca., demonstrando
que o dom arúsúco ·pode se dese11vo.ver no contexto de DLFTs com alterações
de linguagem, levantattdo a hipótese de que a linguagem verbal não é neces-
sária, podendo inclusive ser inibitória, para a expressão de certas modalida-
des de criaúvidade \'lsual (Mell; Ilo\.,ard; wt:ei; 2003).
De forma incuidva e ainda não comprovada cientificamente, acredita-
1nos que talv~ esses achados possam ser aproveitados pela terapia ocupacio-
nal de diversas formas:
Tratamento II -
tratamento
farmacológico
QUADR022.I
Sinopse das pnnclpa.s altençoes de comportamento, sua neuroanatomta e
btoqulmb mais prová'llell e o tratamento sugerido
APATIA
Tratamento
N~rõanatomla
Antléeprt:S1IVOS
Região p~-'ror1tal ~lãl Triclclicos
a igulo antetior
ISRS$
Bioqu,mlca
Ar1tips;cD-1cos
Oopas 1ina
Tratamento
Ve:\la..~
PERSEVERAÇÃO
Neuroanatomla
Bupropiona
Re_qióêS Íl"0"1taís !.Jpe-'iON!S
Metiltenicbto
Bioqulmlc.a
ISRSs
Oop1ttm1a(O e 02)
tfatamenu>
DESINIBIÇAO
AgoniiWI dopami:1ét»eos
Neuroanatomla
Sromocrip::ina
O~bitoírontil
Bioquímica
Oopantína
WANDER#NG
Tratament0> Neuroanatomla
OescOf'lhecida
Tr.uodo:ra
Baoqulmlca
An~lo6lico~
Oopamna
Propraaolol
~l"01.<X1ina
Beruodiuepfnicoj.
Tratamento
Ai tJC0.1vulwantéS
Tr::uodor~
Antipsic6c.i~ ciplc~ (evitar
DEPl\ESSÂO aque{e~ (fJe induLtlni ac-.s!im,
Neuroanatõmla como ati~I e riSperido1\a)
C•wlto1. fnxl!obMah.!
Bioquímica
HIPE_ftFAGIA
Seroc.onina Neuroartatorn
orad re'"" 1a Ttm'lpond anterior
Oopam&.'l:l
Bioquímica
Tntamento Seroto:1ina
Ai llC!epres.slvos
Tratamento
Elettoconvulw.e1"3piâ
Anbdepressivos I SRS~
OAE (drogas :.~epilépticas)
COMPORTAMENTOS
TOj)ir.\Jtlll!O
REPETITIVOS
l.!n.ott'igjna
Ne-uroanatornla
CJtuito1. fro:1~anis
HIPERSEXUALIDADE
Bioqu,mica
Neuroana_tomia
Ooparnina
Tei 1po~1~erior
Ser«onina
(<or'llifl1 ~
23 6 Leon:iráo C:Wceu
Baoqulmlca
Tâl:lrtK>?
~roto;1ina
BJoqufmka
Tratamento Serotonins
f"' edroxiprozt!!itl!f'Ona li'a~
Qp.t"Ot~ona
.-i1pn6licos 1üo BZOs
A.nUcl eprei1 ivos 1SRS.s
Zo!pidell
~ltôlieos
Sulpinda Zopc:lc>:ie
Antidt!pre~ívc»
Ô l411âpt"1A
- "liW<lona
Al"ltipsicÔliàM seda:i~
INSÓNIA
Olastr.api~
Neul"Oal'latomla
Que-J apina
~te:na 11etJãJ lar' 3!Í'i".id04"
ucende·1te
QUADRO 22.2
Sintese de vártos trabalhos sobre tratamento da DFT
(<Onl uw)
Dc:ménc:ias do tipo não Al%heuner 23 7
l\CT - <tnl -ad~ r. 1 cnri~ r·~u~1 Cl,,;lo. NPI - Nl!i:rop 'f" 4 l ·it h Y\lnt;)f)'. C~I - C..1tl,'fit~•· Sl•h<f'lie>-
1 ~11cury. MF l:M M .J1nt d o kl.l <> Mtnt-'I.
23 8 Leon:u-áo C:Wcet:i
porcio11al para seu peso e sua idade. Le\rantan1os a hipórese de que a redução
do poder ansiollLico cios benzodiazepínicos t1essa popll!ação de pacientes seja
explicado pela degeneração das regiões fronLats e, por cortseguinte, dos re-
ceptores GADA alt !ocalizados, os quais constituem C>S sClios de atuação desse
grupo de psicofãrmacos.
Insônia
Comportame11tos repetitivos
der (de forma parcfal ou total) aos ar1 tidepressivos, sobretudo à t.razodona e
aos ISRSs, como a fluoxetina., a seruali11a, a paroxetjna. e o citalopran, code>s
geralmente e1n dooes altas, que 11ão ape11as incerfereni nesses sintomas como
tan1b~n1 podent !evat a redução do peso secundária {Caixeta, 2006).
Apatia
A difere.1ça senliológica er1tre apatia (alteração da. volição, do drive) e depres--
são (a:teração do hwnor) nem sempre é fácil, até porque não raro encontra-
mos apatia como uni dos imponances sintomas consticuin1es de uma s.lndro-
me depressiva. O arsenal farmacológico de que dispoalos para tratar apatia
não impr:esstona como no caso da depressão, e a maior pane deles represenra
cent.ru.fvas desesperadas anunciadas eJll rela.tos de caso (Allen; Burns, 1998).
Os medicamei1coo p11ó-dopaminé.rgfcos estão e11t.re os 1nafs consagrados
para esse ftm. En tre eles, estão a bromoergocripw1a (dose de 5 a 15 rng/d), o
metilfenidato (aumen'los graduais até 20 tng/d, com resposta em um mês) e
a amantadina (até 300 nig/d), os quajs deven1 ser usados con1 cautela (con-
traindicação relativa iia 11iperter"tsão aneria!, i1a insuílciêt1cfa cardíaca COJl-
gesti\ra e 11a epHepsfa) e t.razem quase sempre resultados medlocres.
Unia outra estratégia de tratan1ento é o uso dos antidepressivos, como
a bupropio11a (150 a 300 mg,td, e.m duas doses. sendo un1a após o café-da-
-manhã e outra. após o almoço), n1irtaza,pi11a (15 a 30 mg/d, em dose única à
11oice), venlafaxil1a (11a dose de 75 a 150 rng/dia, cli\rididas em duas vezes),
desipramina (50 a 250 mg/d), Lodos reconhecidos por suas ações 110 drive
vo itivo, graças a seu per-ftl noradrenérgico. Os ISRSs (como a íluoxeún,a, em
doses de 20 a 80 mg/d; a serc.ra:ina., em doses de 50 a 200 mg/d; a paroxe-
Li.J1a, en1 doses de 20 a 40 mg/d e o citalopran, en1 doses de 20 a 40 n'lg/d)
também podem ser rentadoo, apesar de paradoxal.me.i1Le existir lima síndro-
me ainotivacional relacior1ada ao uso de a.lgu11S representru1tes desse grupo
em certos casos (Caixeta, 2006).
A mania de\re set ltéltada sempre por especialista em psiquiatria de\•ido a sua
con1plexidade. O uso de anticonvulsivances (carbamazepina, oxarbazepina)
constitui opção interessante, com o benefício adicional de que tatnbénl atu-
am sobre a agressividade, disfona e melhoram a insônia. Deve-se obset\ ar 1
Deméncias do tipo não Al%heimer 243
Sintomas depressivos
Para o tratamento da. depressão nas DLFTs pode-se usar os mesmos a.gen-
tes farmacológicos geralmente utflizados para uatar depressão em pacien-
tes se111 DLFTs. Os mals usados nessas dege.r1erações, co11cudo, são os ISRSs
(inibidores seletivos da recaptação de seroto11Ena), por seu perft.l vantajoso
de efeitos colaterais, mas coni o cuida.do de moni'lora.r os efeitos extrapira-
111idais, iníeltzn1ente comuns quando a população geriátrica usa essa frunília
de antidepressivos. Entretanto, pacie11tes refratários a.os mesmos ou aqueles
portadores de sil1tomas extrapiran1jdais. (p. ex., degeneração conicobasal,
DFT e parkinsonismo assoctados ao cromos~mo 17), podem se beneficiar
de outras classes (IMAOs, rrfc(clfcos, duais), sobretudo quru1do apresentam
sintomas dolorosos ou [nsônia Abordagem psicossocial de\'e ser acrescei1tada
ao ua1ameJ1to famtaco16gico quru1do o caso em particular sugerir a tuação de
aspectos ambientais no quadro e o n1édtco assistente assim orientar.
Os antidepressivos estão indicados não apenas para o uatrunenco da de-
pressão como sCndrome mas c.ambém de sincomas depress[vos iso:ados, ainda
que sua eficácia seja reduzida. nesse últ1010 caso. Et1ae as diversas familias
de ru1tidepressivos disponíveis, de\reremC>S fazer a. opção por aquelas que se
adaptem Jnais ao perfil específico de cada pacieJlte.
A regra de ajustaro1os os vários perfis psicopatológicos existentes na
depressão aos perfis 11euroqufmtcos dos diíere.i1tes antidepressivos deverá ser
perseguida t1a n1edida do possível e da reêL[da.de econômica do paciente/
serviço. A regra é a seguinte:
a) Depressão ansiosae/ouagimda- t.ra.Zodo11a (dosesentreSO e 400 mg/d),
lSRSs como a íluoxew1a, em doses de 20 a 80 O)g/d; a sertrali11a., e.rn
doses de 50 a 200 n1g/d; a paroxetina, en1 doses de 20 a 40 mg/d e
o citaloprru1, em doses de 20 a. 40 tng/d). ~efazodo11a (dose de 100
244 Leon:u-áo C:Wcet:i
Afeto pseudobulbar
Sintomas psicóticos
cia.das, como, por exeinplo, insuficjência renal, diabete, ICC, etc). Devemos,
en1tetanro, ter cuidado com doses maiores, posto que te.mos encontrado unla
taxa repres.entaú''ª de efeitos colaterais e..XU'êl.pEram1dats (principalmeJ1te dfs.
tonia. de tronco, rigidez e acinesia) en1 pacientes idosos (Cai:<eca, 1996; Fren-
chmai1; Prince, 1997). Efeicos como sedação com quedas; g.an110 de peso; dis-
tortia. de trot1co, que se coma e11cW'Véldo para a írei1te; disfagja; bradtcinesia
e cigtdei. podem ocorrer.
A ola.nza.p~na.. apesar de mu1to eficaz para co11trole de sintontas psicó-
ticos. nessa população (CIDxeta, 20051 , ve1n sendo cada vez menos utillza-
da pelo risco de morte associada a fenômer1os cardiovasculares e sú1drorue
metabólica. Seu uso a longo pra2.0 nesses pacientes. deve ser desesúmulado.
Portadores de den1éncia fron101.emporal associada a sincon1as parkinsonia-
11os podem apres,entar piora discreta. de seus sii100111as exLrapiramidais com
a utilização desse medtcamento. Precaução deve ser cornada em pacientes
diabéúcos..
•1\ 1..iprazidona (dose de 40 a 80 mg/dta) ven1 sendo progressi\'arnei1ce
inais uúiizada no seguime11to etárlo 111ais. avançado, poré1n tanlbéi11 são pou-
cos. os escudos. em pacientes com deo1ê11cia e psicose.
A sulpirida (doses de 50 a 600 mg/dia), apesar de ser considerada por
a.!gwlS aurores. um antipslcóúco aúpico, quaitdo em alLas doses poderá de-
sencadear efeitos colaterais extrapirrunidais, acatisia, discjnesia e dis1onja
tardias, n1uit.as \.'ezies. de diffcil correção e compromete11do a adesão a.o trata-
mento. Ainda assim, constitui boa opção terapêutica etn muitos casos, tendo
como aliado seu baixo pr,eço.
Entre os 11eurolépticos clássicos ntais sedativos, podemos utilizar a tiori-
dazin.a (doses médias que podem variar de 25 a 300 mg) e a propericiaztna
(10 a 75 mg/d). Ambas têm apresentação de solução oral, o que facilita na-
que:es casos em que o paciente rejelta a medicação ou tem dificuldades de de-
glutição. O baloperidol ta.mhém é eficaz no cor1crole dos sintotnas produtt\ os,1
COM ENTÁRJOS
ALEXM"DER. G. E. et al. CMlical perlusloo and gray matter weight ln frontal lobe demem.la. J
NturoptydiMltry din NtllTOld., v. 7, n.. 2 , p. 188-196, 1995.
Al.IEX, H.: BURNS, A. CUrreot pbarmacologk treatmems for dementla. lo: GROWOON. J. H.:
ROSSOR. M. N. (Ed.). T1iit ~mtnraas. Boston: Butte:wonh-Heiftemann, 1998. p. 33S.358.
AMADOR. X. F. et al. Awareness oC lllw lin scbbophrenla. Sdúaopltr &.n.. v. 17. p. l 13· 132,
1991.
AMADOR, X. F.: DAVID, A .S. lnsr,Jd and psydtosis. Ox!ord: Ox!ord Un.lversity Press, 1998.
AMERJCAX PSYOllATRY ASSOCIATION. DüJgnoslu: and sratisrical manual o/ mrnldl cfiMlrdm.
4ch ed. washinpoo: American PsychiatJic ASIOCÍl'llOe'I.. 1994.
AMES, D. ec al. Repetlôw and compultM behavior m !roma! lobe detefte:rauom. J Nturop-
qc:hiaay Clin Neurr»d.• V. 6. n. 2. p. 100-113, 1994.
AMOUYEJ... t; RIOIARD, F. F.pldem6ology oi fftl 11...,..pa ai (lem.earil. ln: ~ F; 1OFR'I;
f.; SICHELD.1\S, I? (Ed.). ltcft"*1mp0ftll ~ Necbrdll'&d•· 1m pubKmMarM, 1996, p. 11-7.
ANDERSON, L M.; SCDl"t IC.; HASBOIU."E. G. setocoaln and depressm ln frotical aobe demeo-
da.. Ant J f!9dti&Kry., Y. 152. p. 645, 1995.
ANDERSON, s. W; DAMASIO. A. A neural bem for coDtctlng bebMiour ln bLHUM. !tnún., V.
128, n. l, p. 201-212, 2005.
ANDRl!ASEN, N. C. PolkM YS. ~Mlve teb~nia: a crttbl MhlllkML SchDoplu' •.U., v.
ll,n.3,p.380-389, 1985.
MJC. 't H. et al. SelecUYe lmplinMDI of verb ~.-. ••od•d
wlda patboJosical cbanaes ln
Brodmann aras 44 and 45 in tbe miCMOr neuw dbee~la-apb11'8 syndracne. Brain, v.
124, p. 103-120, 2001.
MJC, 't H.; HODGES, J. a. Copkkm, IU81H•te and bebaYiour ln mocor newaae dl1e11e: evlden-
ce of &omoremporal dementJa. Dmimr GriUr e.o, Dúord.., v. 10, Suppl l, p. 29-32, 1999.
MJC. T. H.; HODGES. J. a. ltmlng and dancins: a test ao dJst1ngulsb tbe '"'º' and ee- cieptual
coauibudons ao noun/verb llld actJoQ/objecl dh1orl~: preHrnJn1ry te1Ull1 ln p11lenu wttb
froaloce,,,,anl dcmc:nril J N~. v. 16. p. 169-181 , 2003.
MJC, 't H.; H<X>GES, J. a. Mocor neurone d••••, demenrla anel apHtll: eoindder.a, ec>«:cUr·
rence or CMl.._'Um? J Halrol., v. 241, n. 4, p. 260-270, 2001.
MJC, 1: H.; HODGES, J ... Noun-verb d'- • llOca in duee ptlifnn wilb mocor neuron dhr••
ud .............. 1.ani.• V. 60, p. 38 40, 1997.
BAX. T. H.; HOOGES, J. a. lbe efJem oi mocor neuroae dwaae on laftl'18P: íurdier ftidence
Brain l.Gni.. V.19, D. 2, p. 354-361, 2004.
IWCF.R. M. e1 al. A·orlMllOca o( u e11e~ b~ ln tbe tau gene wttb Pl'OllessM supcanu-
dear pailqt Hum Jlol Gmd.., "8, n. 4. p. 711-715. 1999.
258 Referênà;s.s
BAKER, M. e l al MulalJ01b lll prog.i3Jl·Jl 1:i C3use La•J·Oegall...e f1011Lotei!.'lpo1al d~l!eott.3 hoked to
cluo1~o~nte 17.1'':.ilur~. v. 44 2., p. 9 l 6·919. l'· 2006.
BALD'1VIN, S..: FORSfl.., H. Pldc'~ d1seJ1~: 101 y~~ Ol'l s.tJll Lht!!t!, b-Jt ll'l l'leed o! :e!'orot. Br J
P.ip::h1r:crf, ''· 163. p. 100·19'4. 1993.
BARBER., R.; SXO'•\!DEX. J. S.; CRAUFURD. o. F10nl.O(el!lpora.l det:le.n!Ja and AU:be.ut'!ie:"s dl5e3·
~~ 1L 't:Ospeccr.·e differeittlauo.it w.iog ut.fo:-11lauo1• (tout Lt!ot..l.3.:'ll.S. 1.•Vt1.!rol 1'1ruro>JJr8 P.l.r'Chta·
:ry.. . 59, p. 61 ·70. 1995.
BARCLAY, G. L.., BERGERO~, C.; l..Al\G, A E. Alul 3e\ iLa.Uoa 11l p1og;ru1\'t! sup1a:vJclea.i pals)'.
!','tt.JrtJrtJg.V., V. 52, p. 879·SS2., 1999.
BARKl.EY. R. l\ . ; MURPHY, X. R. AcCt:rulw1· dt:fi:.1l hyperacCl •t.C)' di;ürdc:r: 3 •i::s1l1.book fo: dr.agii&..t.S
at1d t:ea.L1ue;1t. 2nd ei!. .1\e"v Yo1k.: Guílfo:1. Pce5S, 1993.
BAROJ\"·OOHE.\', s. e l al. Reoog.11LJon of 1t)elltal sLate ter;i..s. a ch:uc.al s:ud)•of aulhi:1 al'li: a !une·
Liua.sl t1l<'J.!1Ji:11.a~ltlg ~tudy uf JlO::'ftla.l ~~ults. Ilr J P5y~}1ia1ry., \'. 165. p. &40-649, 1994.
BAROl\·OOHEX, S. .'rfutdblu1dnr.u: :L'l b~Y u1l .autum rut(!. d1eo:y of uund. ~13!!.SaS..~•.JS&ls: ~UT
P:e.». 1996.
BARO!\-OOHJ:.X. S.; LESUE. A.• FRITH. u. Does me autlruc dltld !tJve a LbeOt)' of ound? Ci;gn..1·
LJIWJ., \!. 21, J>. 27-'1f>, 1983.
CAJXr.Llt., L Ol:.t."Uaj'.llfle use l!l ".0 pGt.Jeol!> \\Jtb de:n:.entJS: 81) cpeu si:udy. L.a: l'.\TERJ\Jü10X.AJ. CO:'\-
FERl:.."\"CE ox A!.ZHEJ.MER' s DISEASE AJ\D PAJU<Il\SON' S DtsEASE, So::1eoto, l'ália., 2005.
CAIXETA, l.; OE 5().10l\E, A.; NITIUNE, R. l11e 11>e o! 8ljpldlt anll(J yclJOÚC) lt) ÍJ1.)J\t~e.i~po1al
det:leJLLJ:!.. 1\"r:!urohwl~1ng. , v. 19, Suppl. 45, p. 118, 199a.
CAIXETA, L; 1'ITRl.1'C, R.. Det:tênda f101l t()-(eit)po_ta1: estuco p>JCopeLológ.ico de 10 caso... R.l!••
P.ltqur.atr C1út . Y. 25, rl. 3, p. 132-134, 1998.
CAJXET.A, L: ~JTIU~l. R. Sttblipos clLucos da det:1ê.tLCJa (1011totc1:::1pural .Arq 1\lí!u.ro-P.ltquitltr., '•·
59, n_ 3A. p. sn-5s1, 2001.
CAIXETA, l.: SOARES, \>'. l.: SOARES, C. ~lOL01 oewo.1d.i{ell~ :us.ooa~ed 1b probre>~i~t: apb:Ultl!
.a esse tepi);L. Arqi.:11'1cuf1JJ.u1quwtr., '•· 68, 2010. Xo pr~o.
CARJULHO, e E.. ~1. et al. L1volurlLS:y li3ad le\·iLalJOJl :lSSê03~e<l \\'Lch jl01 Jeta.J d3t:l3ge. Arq .'\ 'ru-
•14ú~ULC1Lr ., p. 52.l ·.525, 2001.
'•• .59,
CASE t~JC.> o! Lhe .Ma.,sscbu5ell.3 G~le;al Hoe.picAI. c,~e 38· l 9-S.5. 1V EngJ J ,fr!d.. ~- 313, n. 12..
p. T.39· 74 S, 1985.
Ct\SFI 1.1, Jt J. ruyr:u.etoc coruc.al t..e&et'e.: at.c>~1 s:r1kiiu1tl~. Cwr Oput 1'1~()l.. v. 9, p. 276·230,
1996.
CASEJ I 1, IL J. et 3.1. Rap1é1;. progr~s1ve apha~c dt!l!1ei11.u1 a!ld u1~0~ rleu.:o.:'I due:!lse. Arm ,\.tu·
rul .• \'. 33. p. 200·207, 1993.
CATAKL, .M. l?l al Rap1cl; ptO~!l?S31\' ~ aph3.3tc: cementia \\'ilh JbOLO: !U!.t!:Ofi CJse~e: ..! disl11lCl ive
clill.lcal e.Jllll y. De1rtent ~r1c:cr Co-.çi Dut.rd., v. 17, p. 21·28, 2CX>4.
CHA.~. O. et al. EEG ab1l011ti:i.lllies ill !:011toti..a..1)()1aJ Jo~r éeget)L:filio:t. ,,·l!urofügy, v. 62. n. 9.
p. 1628· 1630, 2004.
Gi...i\..~. D. et sl Pauer1t> o! ltJ!pu: al lol>e atrupby in s.ei:iaõt1c den.'l i::.llla aod AW1eITTter' s ~c.ea.... e..
;t.n.n Nr:!w-i>J., \'. 49. :1. 4. p. '1 33~~2. 20Jl.
CHO't\~ T. "aV. 1'1e.::.LI~1to.rlt ;:,pp:oschl!S to syr.::ipcui:is li»OU.llll!d \\llb &011LOCeü1lJOta.l t..ege:1e:3CJO.L
Curr P...JrhiUU} Rep_, \'. 7, n.. .5, p. 376·380, Ckf 2XX>5.
ctAR.K. L. :.... t!L ~L P.uliogt!tltc !..!UlJUCatt<>.LS o! ctuta.uo1u b1 lh~ tau ~t1e Li! j)31Lt..e>-pO!lto-1u&1al
degen~Lroa a1>ó :'t!uted 111eurodege:ie.iatJ\ t t!1So1 Ce.:3 11.ilked to ciu ouu:iwrue 17. Proc !~CJd .4roJ
Sc1L'SA., \. 95, rl. 22,p. 13103· 13107, 199&.
C:..A.RKE, A. N. G.: MAJ\l.KAR. Ci. O.: Gltl\Y. 1. Diogei"W!s S/ 111d:ome: a dutical Sl•Jd)' of St'OS> i1egkct
1t) ot<! ll$e. lAt1i:c:.. \. l, ll. 7900. p., 366·36!!, 1975.
COUJJ\' GE, J .• PA1...\1ER. .M. s. Ptll)ll t..ise~e> Ul hu~&ib Sllt.. Lb~ :'ele\SJL<:e LO otJter ~•eu.Jut..l!&é·
1~au ..e duesses... Dt:mm!!tt .• ~- -4, p. 178· 185. 1993.
C;J!'\1lf•1JXGS, J. L Fro:1~al-subeo:t1tal orcut.ts anc.l hllll1a.n bei18YIO'J:. Ardi Neur<JL, \ '. 50, p. 873,
1993.
C.'Ui\'t1'1lXGS, J. L. ·rl:e ne~ftktao,· u/Alz:kt:r.-1r!r~ clúc:u.st' u11r.I r~lu.!ed tl!,·~1Ct:a. l.u1Kon: ~1iSI·
IJ1l Dwt1ct. 2003.
C.'Ui\'.1'1lXGS, J. L: DUCHE..~. t. \V. !Cilve:-Bucy S)Odto.t.e ut Piek Ciseibe: ch.:1.1e11l and pscholog1c
<:o: 1 el3110fu. 1'1t1.1r"W!..'Y·, v. 31. p. 111 S-1422. 1981.
Reícrênci;u 261
CUR"JlS. R. e_; RfSCH, D. s. C3se o! Pi&'s Ct!õttal loOO! at:oph)' '.VLÜl 3p!)3r'elll .scaLr.lt.LalltO!l of
cogiuL1ve declullt! alter t:eal.:l!enl '""ttlL rupe:1dot)e. J Cl1t1 Pl)-chap}wrm.utul., ll. 20, p. 384-385.
2000.
D.AJ.tASCO. A. R. O trrCJ de ~rt~ . São P.!ulo. Co1t'lpa.ilua <W~ l.et~S.. 1996.
D.AJ.tAStO, li. eL aL l11e rei urn o! Pbuleas Gag,e: cl•Jes ab&Jt tl~ brsín f:o.1. lhe skull of a faut.aus
fl-'U~IL Stll!llt~. \. 2b4, JL 5162. p. 1102-l l OS, 1994.
D.6-\l'[D, A .s. llliJg)LI a.:1d psychosJ::.. llr J P.syrltWl;y.• ...... ] 56, p. 798-808, 1990.
D.6-VLD, A. S. FroncaJ loboJogy: psydustr)"S tlt.:"•'I IJSeOOOSCJeJttt. /J; J Pl.,<l:u:~try., \'. 161, p. 2"·~
248, 1992.
D.6-VLD, A S. To see oo:seJs 3S otheJs see us: Aubrey l.e\\'IS\ t:~1gbt Br J [>)1·d:iacry.• ' '· 175. p.
210·216, 1999.
D.6-\.'LDSO:". ~{.; '•\l'filSER. }.L; SOAR.ES K. f\"ovel à1tl1psycll.<Obi:s lll Lhe t.:t!l!.l.JLe:1' o! p::.ycbOSt.> 811C.
a~rei.:.1un :h::.OCJated \'\ 1d 1Lleme:1tu. a életa à.Ji.3l}'sl5. o! ra.tdOul.Jl~ oo.1trolled cludcal tr 1ãh. ln 1
~ydwgtr:ll!r., \'. 12. suppL 1, p. 271·277, 21XX>.
DE DEYJ\, e e t:l al A 131At!omi:wl 1.:tsl of rispeudone, plau!bo a.:1d baJopetJCOJ for Lt.!tiav10tJ:a!
syxpto.~ o! decteJltia. o'iturolv&Y•• \'. 53, p. 916-955, 1999.
DE R.E.\"Zl, E. SlO\\l; p:~tt!)S.Í~'t! vJSu31 3..!;.1osia ot ~praxw witbouL dt.::.1-1?>.11.J3. Car~u.• \'. 22. p.
1n-1BO, 1986.
DE REl'>ZI. E.; FAGLJO?\l, E! J\ortii!llJ\'e C.ata a1lt.! sCteeJlul~ P'O'"Je: ufa sbone1led \e.!SJOJí of tlte
Tokt:1 Tese. C:õrta.. ' '· 1"1, n.. 1. p. 41-'49, 1978.
DE R.ENZl, E.; C.6-\'ALLEA.l, F.. F.i\CCHIJ\l, s. LIJratiOll Slll! uuluaoo~l beba\'ÍOUC. J l\1tJJl1i t' 1'ir!urQ-
flJl!j Pl_ydtteiCr)"., \'. 61, p. 396-400. 1996.
DE \'lWERS, e. e1 al A ílL,gbt o~ !anl.3!>)'. !al~ .ueuLOr1es là Íc'Otllal lobe disesse. J NeuroJ •'•~urtr
>ul!l Pl:r'Chtacry .. ... 61. p. 652-653, 11196..
DEAKL'\ J. B., et at. P.a;c.xetui.e does 11()( i.;t..p1ov1: ~yclpl01ns wld ut'lpait::. cog,1uliot'J 10 f;ontoteio-
poral deiui:tt!Ja: .! t:.oublt!· bluld 1 a.n.<l.o..i:.J:tOO eo:1t:olled ttt3l. p_,,yrhuphttrrnrl~rvgy... \. 1 n . ''· -4.
p. ·• 00-4al, Ap1 2íJ04.
DEL\1LlKG, G. T.; B.c\SS, D. i\f:. Syut p<o.iu o! l!'leJlWl uupa.it .1!et1l auto.1~ eldei l}' adu!b .aud t.ltei:
effecL> on f,anuly c:u eg1ve:s. J Geroruat, v. 4 1, p. 778-784, 1986.
DELA'(, J.: NE\'EU, 2; DESCL\UX, P. 1..e:. C.isWluuons. d•J la:1gag1: d.!!lS. la .1.aladJe d~ PJCk. Rt:l-'
1'4~urul.,
' '· 7b, p. 37-lB, 1944.
DElt.'1AU1: B. et aL A :1o~'el prõ~ulin : mutatJOn assoclatet! \o,Jlh Plcl(s di~ase but 11()( B·
am)•loid plaq·.tes. A11n .' \'turol.. v. 55, õ. 5, p.. 617·&2.6. 200~.
DEltOt:ESNE. C. t:l 3L Decre3Se0 ~"31.'eJ\e~ o! ooguLLJve de!JcllS ín p:UlfnlS '>'' L(h culd i!eOtt!!lli3
o!lbe Aldu?101.et l~'J)t!. /ru J G~r~w Plytk1a.cry .• "- 11. n. 12., p. 1019· 1000, 1999.
Dli\'.A.N,'\ND. D. P. Role o! 1teuro~pllcs L.'l lte3lJ!leJ\l of beh3\'ÍOr31 eo;1~pl!C3LJOl1S. la; lA\VLOR. B•
•6-. (Ed.). &/Jt.:l-'1ó.ral oor.1p!~t tOJ1.S 1.-i ~ur.u d"t~e. \Vash1.11isLoJ1: ,'\t:le.iicao P:i;chl.:iU')' P1ess...
1995. p. 131-152.
DETh1.EEH. F.. e1 ai. ·11utal.fuc de.i:.lentJa a.'ld uLOLOr 1ieucoo i.;.i.Se~e. :~·turdoy., \. 39, !.l. l, p. 58·
61. 1989.
DI ).1AJUA, E. l!t al. Cor~"Obí!.3al d1?gl!~11:!1 lID01\ sbã.J l!S a eotlw...u1\ geii.etie La.d<i1 Dllll \\ 1dl pru·
gr~::,ji,e SIJj)!l!.llu.Jí!~I pGby. !inn ·''turo1., Y. 17, p. 174· 377, 2000.
DLi\t•t O~D. A. t\or:r.al dc!velopl!l.1:.1u o! pre.f:o:ual co:tex [rout bu dl to yuwl~ at!ukhood. Cn:
511:55, D., ~lGHT, R. (El.). Prutttp!tS r;ff ronwl ro~ fur:a:wn. Ox!o1 t!: Ox!'o1 u U.uve.rSJty P1 í!sS.,
2002. J>. 466-503.
DJCK.. J. P. lt SLowly p~re:,::.i ..e .,pra.1tl3. Bc.liai;wror 1Ve::W"~D-, v. 2, p. 101 · l :.4. 1989.
262 Refe rênà;s.s
DJCi<sON. D. '.V. .BaJl001led neurot1s L'l ~lect 1leurod~ener3tii,.-e diseas.e COtlUlJ1~ pliosphorylateo
JJieu1ofila=cent epitopes..Accu 1'1t!uropatlw1., v. 71, p. 216-223, 1986.
DIC:<SON, D. '•~ et al. Kluver·Bucy :.y:icLo:ce aoc a1:i/'Ol!O\Jbbc Ltteral icle..-om: a e.ase :eporl
V.Jlb lJluclie:.L.15LJy. mo:plioa:.eet>ti, :tJ&d. Gulga st•Jd)·. 1"ft!1trorugy., v. 36, p. 1323· 1329. 1986.
DICK.SON. D. \•I. al. Ni:wOJX!aÚlolo&>c ani.. 1uolecula: conside:t<tllO:IS uf CurtiOObasal degt!JJl!!a·
I?(
uoa. Jl.dv Nt!u""·· .... 82, p. 9-27. 2oro.
00:\,1\TH, J. Dn~ l>t!Ct!'.ltung d~J surruur;IS f•.i: die hulJl!!t!fl :ie-ehschen let.>tun~n. Dudr Z Nu.-e·
11hi!t&d•• .... 23. p. 282·3.06. 1923.
OOODY, R. .S. et a.I. PosttJv~ and ~1~au ...-e ;1eu.io~;-duat:1c feãtu:t!S ul Ah..~eluter':. OJseaSt!. J
!''turo]T.>)'t.11 ctm !•'eurtuê1., v. 7, 1\. 1. p. 5"-60, 1995J
OOODY, lt S.; J.AJ\:XO\'IC, J. 1')i.e 8Ut!t1 lurid at1d ;el.Jtt!d ~g;t:.. J 1'ê1!W'Ul 1\1~wCJ)~ PlJ-chwcry.• '•-
5.5. p. 80&-510, 1992.
DORA.'\, ).1.; Xl'.AJlEB. J .• HODGES. J. R. lUVJCI)' p1~:e~tví! sph3~ia \'.JÚ} bülba; WOlOJ oewo1le
di~ase; a clit)tê8l a.nd. ní!U."<JP~}'chuluKIC:àl s tuc:.y. BdttJ'11\1curol .. .._ 8. l'· 1&9-180, 1995.
DREVITS, I,\'. C.; JtUBlX, E. H. Ps)•d"'otic SjUlplO~JtS snc! the I01lg,tuc.~131 o:>u:.)e o! St:=ule de:.1.í!rt-
Lia o! Úlí! Aúbeuoe: l)'llt?. Ba~ P.sft}uac.ry., \'. 2.5. p. 39-4S. 1989.
o·souZA, l. ~ a.J. MC!.seô~ SôL. stleJ\l tau se:ae tt'IUla tJOJ\S êa•.1Se rt01llOleélpor3.I de~L.l!t)U3 "1th
_p.lt'kt:bonisin-clu ul!loSO.t."E! 17 'fpe, by a!~eet.uI.i> utulciple altt!rJuU\'t! R.'\A :!>phong rt!Sula!ú:)'
elewe:lts. P:-oc .Vaci Arod Sri i; S A., v. 96, n. 10. p. 559&·.5603, 1999.
Dt:BOlS, B. et al. 111e FAll: 3 f1011tal .i~ess.x.t!tlt battt:IY a.t bed..;ktt!. 1\'i!urolos_y., ... 55, ri. 11. p..
1621-1626, 2000.
ElIGREN, C.; PAS.SANT, U.; RISBEll.G. J. XewopsyclW>log!CSl !uuitngs i~ (rootal lobe d.e1!telltia..
.lkm<!r~cu-i., \'. 4 , p. 21" 2.20, 1993.
FINXEL., s. 1. The iigrli of lhe be1u..1ôwal a.'\d ps~·ch.ologicat S)'.:t!pto.1~ of de11le:1tJa. C1tn11.:111n.,
\'. 16, ;L ] , p. 33~2. 1995.
FOGfil., B. 5. Tbe stst1ú1caJ10? of !rontal S;],,ll!!I~ dJSordei) (oI Uledical practlce aJtd bealth jXllicy..
J 1''t::Jrüp.sydt:11uy c:fin .\'tt.lr"<.lli:L, v. 6, p. 343-34 7, 1994.
FO!tsn, ti. et aL t'rorltal liobe de&eJ'let'3tioo anc! Al:dleitiler's 1..be:l..>1!: a controUed scuc!y ó.:'1 ch.:u-
C3l úuc!1.:1ss.. \utumE!!;1C b:-3t.:1 clt.ar:igei aod qua.Jtt.itatr~c elecuo~1ceptialug;aphJ' tara.. Di$:l~C:u. ,
\'. 7, p. 27-34. l 99ó.
JõQJtSTI, ft.. l3UR1'"S, A., J.i\CX>BY; R. New ua.:\3LOx.1C3l co1 relates of clini.eal .wiide::11.1fica.Llo11
s1lê t1t1S;pei ceptllO:l io seni.le -c.e.:.1lellll8 uf tbe AWliilii..er l}'i:>ê- J CJ1 •1~)~hwCI)' .• v. 52, p. 2bB-l71.
1991.
F~TER. X. L ef àl F:o,;uaJ byiJO tll~Laboüs:c ul Al:chei01er's i...lsease is a~oc.ia.1ec. \Y1d1 i:wre
tap!.d prugte)!JOn od de:i:.l!!ltt3. Nt!W"Ubrul A8tJt8.., \'.21, p. 5 108, 2000.
:FRAT.. .AJ..J, e: l\1.• SOJ\lES, B. e. La:1gua.ge d..1~tu..rbaoce=. ui oo:tlcubasal .:.egeoe:acio:"L Nt!~~ .•
\'. 54. ~- 990-992. 2000.
JõRENCH~tAf\·, L B.• PRl.l\G.E, T. cluuca] exµe:h:.nce v.•w:1 11:1per11June, balo~tdol asi.d Lb1orica:L.J·
.:ie Cor de1!\enLia·a~IJCi81ed beba\'LOral WSlurba.:1ces. inr P.>yd1ogr.rimr., \'. 9, p. '~31 ""135. 1997.
FREUD. S. OfNU.\ ror.·1pJi!CtL R.Jo te J.::it1eiru: h.n.s go, 1969. 2'1 v.
1'"R1EDL.A.ND. ll. P. t:l a.I. Futlcliu.lal l!ltuglug, tbe f1u1ual lobt!S;. 3111.. dei:1eitt.ia . .lkrl11!~Cw., 'f. 4 .•1_
3 .11, p. 192-203, 1993.
FRISOl\1, G. n. ec al. Bl'l:li.a aw1.1pl1)' u l f:ontote:.Lpor.ll dec1eiu.1a. J Ncw-ol .\'turCJi~rg ~"C.hwCI)·. ,
\'.61,;L2,p.157· 165, :996..
1'-UJCHARA. S. et aL P:e·.'3.lence o! p:esenile cfeote1lua l.n a te:cia..:y ouq>a.Lie::n cL.11.ic. Arq l\'~rop
>~q:J:ll!r., \', 62, :t. 3 -A, 51. 592-595. 2004.
FúS] EJt J. r.1. Fcontãl lobe 31id COg.JlJll\'e dt! ... dOp1ne:1L J ,\'t"IJl'Oi.')'Wl.' ll. ll p.. 373-l35. 2002.
t
GJ\LLAIIDA. ·e t! l aL Un c:u êe -dét.."l.e.n.<:e p:éeoct!'' dlâ u.'\.e _1eua1.. (e~wne de 23 a.~: Dt!ine.ooe
de Pd JU.. é:.ule ou sch1ioph1éiJe bébépbr:énio-ca1..11tooique? ..;;1n ,\fld AytlwL. v.. JS·· . n. 3, p.
186-100, 1996.
GEIITZ~ H. J.: ~\1 0LJ~ lt.; .i\REND~ T. P:.;-duat:ic disotdt!t) of tbê í1onr..at klbe.. ÚJ.rr Op.m ~)rltu:.....
try., \'. 12, p. 321·324, 1999.
GIBB, Vi R. G.; W'J"HERT, 2 J.; M.'\RSDill\. C. D. Corucob&al d1?St::ti!.1atl01i. B:run. , \. l 12, p.
1 171 -:192. 1989.
GIS!ASON. ·r. a ec al. 11i.:: µre·valenc~ o! fro!'lcal Y3tl3tll &uôll.llt:l:lpot3l d~tJ~'ltlS a.il.<! tli.e frontal
lobe syJid101ne lll .'.:! popr..tlatJon t.ased sa;1.pJe of B5 yeiSI olds. J 1''~JJ/1X 1''blrOlW8 P.i)·~'tW..u-y., .,_
7'4. p. B67.a7l. 2003.
GOEOERT, ht. et a..I. Thu g~e ~r!uLattô:t l;i fa~J!Jlia.l p1osreiS1\'I! .,ubcOJLie:sl gllosls..\':!! lr1t!il. .. •... 5,
n. -4, p. 4 54-457. 1999.
GOFORTH. H.. \\~ el al. Qua.1u1..11uve electJ~pbaloS::-.aphy Jõ ft01llotei:1poral den1.ei1ua \';1lh
:1.etb;lpl.iet1td.Jle 1êSpOJU~ .a Cil~ )l1tdy. Cf.irz ELG 1\f&!W'l).S!:'..t. ..... 35. p. lOB· 111. 2004.
GOGTAY, !'\. et <.il D} t la.Jt'l!ie .i31:JPl!IS o! h•J.Wtl 001 tl~I d~·t!f.,oputellt i!urutg chilc.bood thcuugh
e,s,]y adultli.ood. Pro:. .\ 'atl Aca.d Sll L' S A., \ . l 01, p. 8 17.• -B: 79, 200·t
GltA..FF-RAOFORD, X. R; Vi OODRL"l'F, !t K. fiº10l'ltoe1:!!uporal d~tt'lt!Jltl.3. ~-r:1út 1Vt!w-ul. ·.. Zi, :1.
1. p. 48-57. 2007.
GltASBECK, A. e! ~L Pred.iL10~ o! ti10t'tàlity t..1 Í!'OJ)l.Olt!tl"lpOJ.31 deioenLJa. a 1t!UUSpt.Ui\'t! Sludy of ilie
pcog.;1ostic u1!luw.1Cí! of p:~~1ostlc fe.:uwes.. Jnc J Gauur ~fa,WJtr') .. •.. 18, P- 594-(:{JJ, 2003.
GREGORY. e. A., i'.l.~CKENA J.; liODCi ES J. R. Deu1e1lti3 uf froo cal C)''Pt &;."ld sL:1.pJe 5dmopli:eow:
,.,.,.u sides o! uie saxe 0.11.n? 1'ii!~l!'1 \ '. 4, p. 1-6, 1998.
264 Refe rênà;s.s
lL\YASllL, S. et s!. L:lte-01iset fron toter~poral ~eu1en~ wu.h a .no·.'el eiO:l 1 (ArgSHb) tau ge:.1e
:r~u lal1'():L. 11.iur N~:iriX., •. 51. o. 4, p. 525-SJ.O, 2002.
li.ELY, !\~. A. e1 sL Oú!u~ l.e\\'Y body t..bí!.3SI!: cluucsl fear.u~ 10 tnlle casie:s. •.... u.lw.tt coe..1JslJoi,<
.6-W~Lr.er":. dbl!l9se. J Nt!urol. !,'turoJurg Plyduc:~;., v. 60, n. 5, p. 531-5'.IB. 1996.
HÊNOJ\, H.; JONKER. e. Oú!trí!t'IL&al d 1ag00>1S o! !ro.1tOle.ôlpo:~il deaientJa. !O. PASQUEER, F..:
lEBERT, F.. SCJ IEJJE.1\S, I? (Ed.). F:o:l!tJlt!!r:.po:a1 d~e:lU.J. Nc.rl1e.rta~1ds: ICG publicatlo11s_
1996. p. 12.5-136.
lilGGCNS, J_ J. et sl. A ~ck o! the R·. 06Y\' ta•J mutatd>n i.:1 pro~~s111e supr.1nuclear pais. ~uc
coruco~al dege.n~uon. iVt!urul~ .• v. 52. p. 404""106. 1999.
ttOIXi E5 J. R.. t,1[[.I FR B. rt1e cl.3!.3ÚJCSlli0:1., ge:1eucs a.nid llí!.'.1t0pr3L!Jology o! f;o:lIOCí!':l:po:al
dei:.li:.:1tJa: 1L11rodu cuon to t.11e spect3l top1c pâ}Jll!f:.: l'a.:1 l. /\1~rou. , v. 7, rl. 1, p. 3l·l5, 2.001.
HODGES, J. R. (Et:..). F1w1tulinlp1N11l cf.tr11tncw .i.flldrom~. Ca.a.bridgl!: C3t.itb:1dge Urli\'t!.tSlf)'
P:e», 2007.
ltODGES. J. R. ec al. du11copathulug.ICàl co:1elates 1.a fron lOll!Jtporsl d1:.1t'le.;11!Jíl. Arv1 1'ic1uuL, "~
56, p. 399-406,2004.
lIOIXiES, J. R. e t al Sí!.LOStllJC ceutt!t)t13: prog1ê5Jve ílueiu apb:uui \VJt.l1 te";t.po:3l WLe arroçh1:
ll1wn., \'. 115, p. l 783· 1806, 1992..
HODGES, J. ll. t!L al S1uv1vaJ IJ\ f10Jtt()(t!!L'lpo1aJ dt::Lentu..\'rur<Jfo8/·· v. 61, n. 3, p. 3·~9 ·354.
2003.
ltOIXiES, J. R. Ptue reuog:ade .s4"l!1e-5!.3 elUstS bt.Jt "'·bat L> lhe e.-tpla..uliurl? C()f(rx., v. 38. o. 4.
p. 674-ón. 2002.
HODG ES, J. ll. The cLfferei)tl.,uon of seioa.ntic dei.:1.eotl3 a.nd f10111.31 lobe dein~t1a (te::i:po: al
ani:. !ro~1ta1 vil.n3n~ o! !rontult!êtpor31 centt?J)l.13) (10111 eãrly AWiéLc.et's dnes~- 3 COrujX!ralJ·.e
!lW!ups;clt0!ogLC3l St'Jd)'. 1\tcu.rop.s)'.YlfJJ.• \'. 13, :L 1, p. 31-40, 1999.
liOIXiES, J. R.: GUllD. J. !\~. lteo].()(e i:1eioory and lwcal retae ...'8110 a cru.e o!fro~1ta.1 Pick'sdJse-
ase. AnJt Nrurol., ' '· 51, p. 821-81.7. 1994.
HOGG, ~.1. et aL 1·1ie 1.266\' tau mul.Juo:.-r IS ~»OCJat~L. \.,,Jlh !ro:1!0lt!.r:.po~l d~e1,1a ru1d P1d..-
liAe 3R 30d 4R tauopstli;. .Acca /\1curvpa.ú1uL, \1• 106, .:t. 4. p. lZl-336, 2003.
HOU•1A'1. B. l. et õ!.I. Tht! SOJtll!.ograph.Jc osppea.-t'ltlCL <>! A!Lheut·u~;·:. Diseas.t!. a pruSileéLrve ~'Jd)•
usLas Tecbn~Ul!l·991;i·f-ll11P.o\O SPECI. J ,\'ud !if~ .• V. 33, ll. 2, p. 181-185. 1992.
] COXG, r.1. el .al. },!•J~tJon·~l!e.!CiC ÍUJt.;:lJOJLil J1;11Jalr.i.e.:..1ll> lll ci.JSZJOCL l~lJ 1:.o!ot.w of bt!l t!dlt.'St')'
]•!D?-17. ~llU, V. 252, ~L 5395, p. 1914-1917, 1998.
liOROUPJAN. o. s. d al. oeatenlia ai,c. .IH.ar raewo:l C.ise::ue; r::iot1Jl1oc.1etr i.c. b:.<>d1emicaL. auc
Gotg1 studres .•Ju>sn !,'roroF., v. 16, p. 305-313. 1984.
liOSt.ER, B. A. et al. lltka,!lt: o! !wutlwtl atnyuuopJlic lat~:at sclecos.is \'\lth (roi1toum1pural dt!·
:1.eutt3 to cluo11:1osonle c;q21-q22. .JJS.?,1A., v. 284, rl. 13, p. l 664-1669, 2000.
HOUlDE.-..;. Jt l!l at. Coru.oobasal degeiierauurl ant.. progresi.he sup1ru1uclear pai!;) S:t&Je a coul·
:i.:.01• Ut•J bap!o<)'J)í!.1''<ur<JW8_f., v. 56, p. 1702·1706, 2.001.
liUTl"O=". M. et aL rui.ooauon of ut.15.:ie:lSe .ind 5' ·S)Jl1~-sl!e u1•Jt.&Lioos 1:1 ta•J V.Jl.b tbe t.thei i:ec
deit'le::ttJa ~IDP..17. 1Vac~. "· 393, o. 669.6. p. 702· 705. 1998.
lUEJ.1.1\, l•t. et aL A dblut;.;:I f3tllJbal pres~ult! ~e.LA!OU3 \.Yifh a ~10·,l!J .i.tSSêlt$e 1::11J!a1Ju1l 1Jl LI)(! t3U
St!:ae. .\'turo~purl., \. 10, o. 3. p. 497-501, 1999.
lKEDA. P.1. et .il. Effic:::tc> u! O•J\'0Xtl:1.u1e ns a uealllle'!l! for heLavroraJ sympto:.ib ul frootOLeclpu·
:a! k>bar d~euicr3Lr01l p:!itlc::tts. IH.rrrtrrc ~rac:rr C"1.(n Di.:.ord. , "'· 17, p. 1117-1121, 2004.
JKEJDU, Y. et al. C01!lp•.ili.ivt:.. Sllll't.'olyped be.h.:s\101 3.»oclãtet.. v11t.lL trau1!'13Lic l>:ain llljur)' tu di.e
rrgbt (root:tl anc:! temporal lobes. J !-.'ruroJtsyr.'rr c.!L•s Nl!W11:Lt .• ~- 9. p. blS, 1c;9s. ~umo.
266 Refe rênà;s.s
KERTE.SZ, A; fo1L-XOZ, D. G. Fro:iroLemporal deiue:n1a.•\ftd Chn 1"1ar1.'t .A.'TL. \'. 86, 11. 3, p. 501 -
518, 2002.
KESSJ..E.Jt, H.; SUPi'iUA'\, T.; t•ALK<\I, e Plt3rtll..3colog1ciJ t;ealJt)l!..'l! opuo:is 10 !:<t:ttou.•:1~po:al
derue:tt1a.. ,..CNf.jdv ·''turur Ps)·i:l1wu. , ' '· 75. o. 12, p. 71-4~719 . 2006.
KNEBB, J. A.: KlPPS, C. l\~ .• HODGES, J. R. F:o:1eote:1.po:al det.."le.t\lla. Cu.rr Oplít Nt!tuW., v. 19.
!L 6, p. SóS-571. 2o:>6.
XNOP.MM', D. S. ~1 .!L A..1~eulOtlt~11) c.iag,.:1os.ii. o! fro~1to1catporal lolA:sr d~t::terauon. A11r1 1'it.u-
rül., ..._ 57, p. 450-t. 88, ZC<>S.
XNOP~. D. S. !.!! al. l>eJ:lt!llt.ia Jacku~ di~1ucu•.-e hutuli>~ical Íe.3LLUe?J: a OO.J~ót0.1 ;1on·Altl:it!t·
.a..e: ceseoe.IfilJ\l! c.ement.i3. !\·ruráWS.f·· Y. ~. p. 231-256, 1990.
XNOP~1AI\. D. S. et al. Tl li! l>J-'e!.:L.tui;1 of Ul'là8ul_i; and rleútOj.JS)'Cl,olug.Jcal !uidiugs. u1 P1d!:.. di~
sse. !•'rurof()gy., v. l9, p. 362-36S, 1989.
JQ>.;OP~. D. S. O•.-erv1e-.v of de:a~~1U3 lsckiu~ êisuncuve hJ~o!ogy. paaholosu~·& deSJg,.1at1un of
a p=<>sre:.s1...-e d1:.1uencu. De.•1tt.'1tU1., v. -1. p. 132-136, 199'.3.
KOB.'\YASHi, K. et ai. Allotllet pbe.1ocype o! frontoteulporal deiue:.1011 auo ps::ku~a11ist!I Lt11u!d to
di:o.;c.oso1!le-17 (rrOP.17) wJLlt a ;w~wue it..utaoo;1 o! S30SN cbel}• reseiublu~g PJck'i. d.t~a~e.
J 1"'blrol.• "'· 250, o. 8, p. 990· 992, 2003.
XOB.<\YASliC, K. Picl<. s dl5.e:be pstbology o! a uuS!>e.ise t:1utatiu11 o~ S305:-i o~ f:o.:1,uci::c.po:al
dt!ll'lí!:llJa a:1d p.ar.kuuonis1!'1 JulkL"<i to d1!o.ruoswne 17: rullOlhei phett«)'pe of 5305~. Dr!rftt!.nl
Gt:nw Cug11 DuurrJ., \'. 17, ;t.. 4, p. 293-297. 2Di>4.
XOl .I ER, \'i e .. ).10~lGOMERY, E.. B. lSS·J~ iu f~1e e.!t ly d.tagnos1s o! P..l!lunSO.:.l'S c.isea..~. 1~1!11.rcr
l<JS,/., v. 49, Suppl. l, p. Sl0-25, 1997.
XOP.1POLfn. K. el al. CLn~1 pu.~e;1tation snd pban:1acolog,ical tl1e:apy ui ooitteab~sl de.gen~
:acion..A:-rh .'Vwn:A.• ... 55. o. 7, p. 957-961. 199a.
KOPELJ.tAN. r.t. D. lWo l)'Pf!S o! oo:t!abul:i.%101\. J !'"''í!Ur(Jr Nt'Ufl).SLIJ8 P,)_vchrr.:CI)', V. so. ti. 11, p.
l 482· l4S7. 1987.
XO\'ACH~ t.1. J. et aL C'li.;ucal t..t!l111ei!l10::l a.ti.d lud\L~auu1l to du01óOW::u.~ 9p13.J.pl2 ufa 1.i_;uq•Je
do:iurui..;1t d~ordt!! L1 (OUJ Í3 t11ill1!S: ltei edita.-y l:1d11.>to.1 body 1.!l)'Op->tlty, Pa&t!Ld.íY.!a!>e of bone,
sn~ !rootote..itpat"3! Ct!!L-encía. !rSíll Gr!r:.tl 1\fr!Cith., v. 74, n. -4. p. 4 5&-475, 2001.
XU~r1AR·SE~Gtt, S., 'VAN BROECKHO\'EX., C. F1ullt()(e11.1!>01al Lob3t' Oegeae.satJ011: curteilt Cull·
cepcs til die Liglu of recen1 ai:.va.tl!Cfi. lJru:n P.Jt.hul., \'. 17. p. 104-113. 2007.
1.AJ\G, A. E. d al. ?a1 Jt!Cal Pícl<.'s d1seo:sse JOunwuJtS oo: ucaJ-b3sal gt1!1guo.1uc <iegeJ'lcrallon. 1'i1!r.:·
n.IW8J'., Y. ~4, ll • .S, p. ]·~3f>· 1440, 1994.
L\1'.· G, A. E..; RIU:'( o. E.; BERGEROX. e. CO:'t1C.al-brusl ~l!lllglionlie c:.e~et\1:J"800;.1.. lo. CAL.NE, D.
B. ."\turvr1e~,·1trtJCt•'t dúttt:.t:.>. P}ti!.adt.!lpltia: 'A'. B. &!u~1d~.> Co1.:1p4.ny, 1994. p. 877·S9"1.
LAVEl\U, L et al ~roeJ)l~Oll o! e.L.O(JO!l 11'1 f:ontot~1~poral C..el!'lt!lllia and. AWl.ebLer dis-?.Si.e. Al-
!ht!trnu Du ~iA'. Dut>l'd .• ··- 13. n. 2, p. 96-101, 1999.
LA\V. J. Late c1Jas1)Uii3 o! f:o1u.al 1:1en.1ngioc.1~ lJ,\fJ, 11. 297, p . 123, 19.sõ.
lEBERT, F. .Assesst~tlll o! beh.s\'L()iJ."al cll.3t1ge. pba:1a11.o:nhe:ap; 3Jlt.; 01.;nasexet1L uf f:onlOCl:ltl·
poral dei!lettlla. !D. PASQUlER, E. tEBERT. f:; SCHELTENS. e ( EL.). Fr.,nco<trnpuràl ~r11mcw.
XeLberlaOO... ICXi pubucaoo;i.s, 19%. p. 71...S-2.
l.EBf.ltT, F.. BeJ~t.,iu1a.l be;1e!1~ o! t:a2adot111! ar1: susta!.nei! fo.1 cb1: Jong Lt!tm L'l !:o;t,oti::;:i:.po:al
deitle:tClS. 71tero.p_f ., V. 3, p. 93-96, 2000.
l.EBERT, F.. et .tL f10JU0tetupo1al de:.Letl l13: a :aAdOuuted, COllt:olkt.. L!JSl \\IÚl U3l:OOO.lt?. Dt!-
riu.-ic G'r!r:11.rrC!lX1t DLWrd., 11. 17, 11. -4. p. 355·359, 2004.
l.EBf.ltT, li. P. li. T1a:.t.OOotle in tbe ue:llJr.lLat o! bel1a\'1101J: t..1 !:oft,Ol1:;;1.pe>J a) cemeou3. liu1n
Plyrlwp.l1arntM-ul.• ,,.,_ l·'t, p. 2 79. 1999.
268 Referênà;s.s
LUIU.4.. A. R. i..c.u jtJri~wlb lortt!dd .11.~pa:lh'd dd Jtar.1b: e.. H3bsoa: Orbe, 1977.
MAO~CUA.'\, 1.1. PltUbeas cage: a c:ue fo: 31J :t!:lSOll.1. ín. CODE, e. el al. C11JllJt Ctl.lõ Ili ltlN.JrOp-
i)'U!tX'©'. L.ondoo: P:,;'Clwlog; Pres~. 1996. p. 243-262.
:MAlA. L. et aJ.•'\fasaa p:~iesslva p:11:1áI1a de 1.1po r1ãa tluenLt:. .Atw ,\fd JbrL, ... 19. p. 85-92. 2006.
MANN. D. ~~ ..A..: SOUTtt, E! w. Tbe 'ºPº&.:afL>C cb~1buuoo oí b:.Ju1 .itropby 11'1 úobr.al lob@ de-
:.i. enu.a. .~aa !\'e..irvJXJthol., \'. 35. p. 3:>4·340. 1993.
MM'N, D. M. eL al. ."1.."l)'W:d beut pruLeitl c:.epos1Li01l u1 paú~1b '''it!a !10~1tOl~po1a! lobst dt:-
~e:aeta.tJOll: relà1.J01uh1p LO age a~1d a..,oupop:~eu1 E genoLyve.. 1\fi:&U"Wr: Le:i .• v. 30<\ , tt. 3, p.
161 -164. 2001.
MM' N, U. f\1.. er al J[t.!1~ug~l~J" !;1 Alt.beJJút::';, d.tsea~. pro~~!>J1>11 rdLt! )t.!grq;ãtt!l b:i d.JID1lcL
:1ettiuJb)d10~dl a..tr.d Ct::ebraJ c1et.abolic lJt'O!U~. J .\'rurvr Nr.urwurg Plyi:.lu11fr'/., ... .5.5, .L 10,
p. 956-959. 1992.
MARJN. R. S. O:.!!i::eul13l êiag;lOSe> aud d35.li.J',caUOJ1o! a;iathy.•o\r;1 J Plydi~wry ., '· 147, n. 1. p .
22-30, 1990.
).1AJUN. R. S.; f'llUNCTOGL'U.AJU, S.; BLEDRZYC.Kl, R. e. The sourees o! eao..-ergeoce becween
:1.e:Uurt!> of apathy 3t)t:. dt!p:eSoltO.;LJ JSJ]'«c Due1rc.l .• "· 28. u. 1, p. 7· 14, 1993.
MARXO\'Á. l. S. ; BlilUUOS, G. E. tm1gh.c L'I clu\Jca.J p))dU:3lt)': a 1le-.v 1oode!. J 1'11!..'>' .•&.11! D11 .• v.
183, p. 74 ).751, 1995.
).1ARJCO\fÁ, e. s.; BERJUOS, G. E. 111e 1ue~11ias o! u\;,ight I.:\ clíoi.cal psycbidl!)~ &- J 1:i,.}'di1t1cry-.•
..~ 160. p. 850-860, 1992.
).\1'.R.J<O'r\'ITSOi, H. J.; KESSLER., J. f\Ui.:..l\·e i~:urxetlt ul exl!a!U\'~ fwt<.:l.JOJtS WJll\ pa.:ual p:e-
secv:lliOJ\ o! utht!r eag,iullve (unct1uns: tl1e eitie of s )'Ouõ& p~Lita1! \ 'lttl\ Se\"-!te dc:&t!l)eratw~1 of
d1e pre.fao11u;I cotLex. &p .Bru1n R.b .• •, . 133, n. l, p. 94-102, 2000•
.MARXUS, H. s. eL a.l. P..lne: tts oí :egional 0t:reb1al blood fio·.v 1:1 coruootioua.l d~e.'\etauoii sLu·
d1ed ú.>Ul,!; H~~PAO SPECT. .~IW Da.wrd., v. 10, :\. 2. p. 179-187, 1995 .
.MA.55~\', ?. J. ec al. Nauoµsycho!og1ca1 íun.cúo1lL1g ul oo:-tico-ba~I &.'logho.;uc de:ge.11ie11:1l!01l:
d1aert:.1t1.Jauo1i (rol!l AltbeJl!1et'~ d1Stiá>t!. Nr.ul'IXi:rlO'·· v. 4b, p. 720-726, 1996.
.MArA.IX-COLS, D. t!f aJ. 01.St.ulCL new a.l ooi 1 t:.lates o! \''S!Sbt.n~. chedu..ag, ~td boa:d.log ~Y x.ptO.L.
cLi:1etbw.1s m obse>s.i..e<'O.LJ)U.hJ•,e dí.>on!l!I. Arei: Gtn Plyc.fuuJry., "· ~1 . t1. 6, p. 56'1- 576, 2004.
MAYBE::RG, H. S. Fro.llta.l IObt! 6)sfWKUOJt 11l secun1..a:y ceptes~01l. J .\ 'rurüp.syr,l1 Cl1t1 Neu.-u:.d....
\'. 6. p. 428-442~ 1994 .
.!\1C:00:'\.4.LD, T. D. eL at. Pofy~ucos.:in btidf cii>~s,e suuu!3LUl8 a.i.fOlrOlJble l3Le:a! selei uSJs..
1\"i!urology., \'. 43, Jl.. 4, lJ. 785·790. 1993.
).1CKErnt, 1. G. ec ai. te\"}' bod1' dc:..ceoct!l. cLasnosb a.1d u~u:iet1L .Br J Pl,... dt.:1ur1-. \'. 167. p.
709·i~ 7, 1995.
~1CKHA.,'X, G. ~~. ec al. Clutical and p:uhological t!iag...'los.ts o! f1011tCKeiupo1aJ det:ietttla: repo:L
o! dte 1r\'o:k G1uup oo FrOõlOtet:1poral Dl!tftt!llU3 3JL<i Pidr.';, D1)l!ase. Ard: .\'t"l.Jrot, \. 58, p. 1803·
1809, 2001.
).1ft 1., J. C.; HO'•\fARO, S. ).1.; F-11lLER. 13. L. A: L asl<! UI.e b:aut: Lhe LuJlui!tlCe of f:o:1tute:t.po:al
d~oe::at.Ja un :c1aerot:lplis.lted3rtul. 1Vr.wvl.ugy., \ . 60. o. 10, p. 1707-1710. 2003.
MELLOVi, .l\. r.t .• ARO:'\SOK. s. f•L J>ta3rtlt3C(Jtlt6"dp)' o! beli.a~ iO! ai S).t:.i>lO.J.S L'l l!ertlt!tl llA: OO!l·
newolepuc s~ul.\.. u1: LA\VLOR. B. A. (Ed. )• .BeJ1c:111om! cvD1pl~1f)lt:; 1J'1 .l\àJIJ!alrt& dui:u.i.e. 'r\'a·
sht.:lSLOn: Alt'l1!:1C2J\ P.>1'duaL")' P:e~. 1995. p. 209-22.2.
.ME.'\DEZ, bt r.; ClI111~$GS, J. 4 Oélce.w..a. [1): TRI1•113LE, .M. R.. CUiVJ,11:\GS, J. L (Ed.). Cón·
Ci:r:ipúrory• bd1CJ11Wrol nll:L"Vfu,&:>'. l30st01l: BuLtt?rt\'01 Lb-H~Oe:J.8.t.:L. l 997. p. 255·27S.
.ME."\DEZ, ~°'- F.; UPTO!\, A l:.Jue:geiu 1t<eurokpt.ic h;-pe.i s.enSJLi" iLy 3S 3 l>erald uf prl:Se-..ule dc-
:t.t!t'llt3. J 1\'i:ld'Op$J·diwcry cJu1 N~uruzi .. \_ 13, n. 3, p. 347· 3Só, 2001.
270 Referênà;s.s
f,1E.\l>EZ, i\{. f.; MAIITTN. R-J.; SJ,1YTH, K. A. Di.,,tu!'ba.ooes, of per!>O..'l lte!llÚ>CIID():1 Ll\AUbeuõet"s
du.ease. J í''fr!n• J°•fc;iC D'u.., •. 180, p. 94-6, 1992.
~1ESHBERGER, F. L An 1l'llt:p1et>:iLJoo o! i\{1chela."lselo·s C:ea11on of Adam La!>ed un ueurorut.a-
to.i...y. .i..i._•,iA, \'. 264. :L ) .;, p. 1837· l 841, 1990.
f,\ESUL\.\1, ;\{. 1.1. t"runlal cortex ani:. bel13Ylo0'.c. 11.nn 1'fr!1Uól., ' '· 19, p. 320-32.5, 1986.
~tESUL\.'\1. l\{. 1.1. SlcY,,,,t:y p.-og~h't! apbS!>ia ~.,11tlioul ge:1eralued det:ieiLLJa. A.n.•1 Nt:~., \'. 11.
lt. 6, p. 592· 598, 1982.
f;1ESUL\.'\, >tt. ).1. (Ed.). Pr1111:1pld <Jj btliuv1urul w1d t~n:C1l't' ~ur<JCo&,v. 2..1d ed. a.do:t..: O.xfo1d
t.:1liversir1 P1~s. 2000.
J'1EYF.lt, A. Ube: eioe dt:: 3r:t)'Ot:oplusdteu Lat.t!.talsklerose Jtahl?!>tebe~1de E:k..~tlkwtg i:ut psydlb·
dteJl Sto.rwlgt!1l. Zttglel'Ch eut BeJl.ta~ ~Ili f'1 ;:i_gt! ler spoulbdle~1 p~eudo~o~ (A.. Jru..oh). ü iu ·
chnft Jur c.!1c Gé>ar.•1Cr! •';r!W'Olvs~ u.<td P.ijt:h 1at.rie, v. ~21. p. 107-12.8, 1929.
1,trLLER, B. L. et al. A study of Lhe LJ.Jod·f•tancbe~Lef rt.!Sea11.:h cict::ia for !ro:1tote.u.po:al de:r..eo-
tia: cluucal 31,C. Si~1~le photOJI e;JuSSl!O.:l C I' OOr:'el8LJOn!.. 1\tr!wt>Jrro., \'. 4 S, p. 937·942, 1997a.
f.ULLER, 13. L.. d aL AgSc'eSSÍ\'e, ~oc1ally dJSW'új)lJ\ e and 8Clll.)ocial b\Sl3YJO'J; :USOClllted \'ó1lh frOCI·
tO-le:.t:.pc>:al d~~encta. Br J Plyr.fuarr:(.. v. 170, p. 150· l 55, l 997b.
111!1 1r· R, B. L.. eL al. Dle!àt:}' dt3J~ge5. c<>.a.pu.1!>101~ a.Jl.d. s1!1u.:tl be!1::.v110: l!l ú 01lt0<em1:>ural L.ege-
tlt!raliun. ~ntncia., v. 6, p. 195· l 99. 1995.
hllULR. B. L e< ai. EJoi:.;genoe of atlbllC taletu 1n fiulltõtel!lpotal de:t;.e;Ju:a. 1'ic!wvlugy., ... 51.
!\.. 4, p. 978·932. 1998.
1'ACULR, B. L.. l!( <l!L Ft'O~llal lobe dese;lez at>OJ\: cluucal, tteUt01J5')Cholo8JC8l íl.;td s PECT ch.llt'3Clê-
tlSllCS. :,·wrtJras.r. . ... 41 , a. 9, p. 1374-1382, 1991.
MIULR. B. L. ~tal. P~re.ss.i·•~ 11sbt í:o1tt.uU!:.:1.po1al ci~~M!ra uo~1. ch.tJcal, "eu1ops;cbolos1cal
aDd SPECTcl\.3ractcrlSllc:i. Dt.mettl:IL, ... ••· l'· 204-413, 1993.
fAil.'\TliOJ\, L.• ED\'11.'\SSO.I\, l.; GUST.'\f'SON. L.. 50:JWLO~Lit1 a..rtd. :1ewopepudc y lll Ct!teh:OS·
pinal fiuld. a:.ir1e]aoo:1S v.11.h se•.e111y o( dls.ease :uid clmlc-.J s:g::is in Al:theLi:..er's cL~se a1>ê
f:o11toU!'.:1.pvral deirie:1w. Dr;n.e11t GG-Wtr Cugn Duiml., v. 8, •'· 4, p. 232· 239. 1997.
~1!01TO. E e. Abo::'d3g~ 1k!uroµs1coló&ica L.OS lo~ !ronta1!>. IQ-1. l1ll~A.tyU... ... l b. o. 2, p.
52·56, l 994.
11f[RA..\DA. s. J. e. A.'l.SlOJ:.11.3 dos, lobos ti01lLal.>. lll: ;.;rrru.\!, R.; C.:\RA.t11El IJ, r.1. L Ntlll"r>p1l·
ciXug{ll dw ba:n w1t1c6.·1u!.'J.IJ ü rmb.tlJCUÇÚ.U. 5.'to Paulo. Ed. L.0 liOspl13l <.;3) Cltucas 4..3 r~{USg
2003. I'· 59·71.
1.1cTS~Y>J,1A, Y. P1 ~e.:lile de.i.e!!Lw \YJIB u10<or 1leu~o.:t L.~e::ue L'l Japan: cli11lco-pstbolo&Jcal
re\111!'..,. o! 2.6 cases. J Neurol 1\"i!urwlU}; Plj•r.luuuy. , v. 4 7, 1t. g. p. 953-959, 1984.
,,UTSUY>J.tA, Y.; T.A,KAt.1lYA, S. Pi ~eut.le d t:.nle.."\UJ \\ ILb t:10lOJ 1W!utu:.l C.bl?out: ul Japs!'l. & 1~e\v
enlil}'? .Ni:Ji N~LIM .• \'. 36. t'l. 9, p. 592-593, 1979.
1.trYA.'ltOTO, K. el al. FillllJbaJ !rO.IWltt'.llJl(l~àl CeàteOLl3 a.u.d pa::kt.tuoobe-t \\<JU' a llO'o'el Ul'JU;Uon
at 8Jl 1nuu1l l O • 11 ·S!Jl.JCe Slte 111 tLt: La•J geil.c!. Ann. l\'f!Urol ., ·•. 50. tl. 1, p. 117· 120, 200 l .
},10DREOO, P. J. .:t at. r.Ju·s ->;;1d:o1ue p:~sent.l:l~ \vlth J)'J:e a11C. ptu&it"!SS1v~ p1ese~1de cei!1eiu.Ja..
:,•CtJf'c)roXL, 'oi. 26. ll. 5, p. 367·369, Dec 2005.
MOU::H.A.N, S. E. et dl. i>.>>-dtofJ!>. [ll: l-1\Vil.OR., 13. A. (E.d.). Br}iuvu)ral COJntJi'.!r:t1cwru út Al::ht1r11tr's
001!~. V1'a.>butgL01l: Au:le:ica.tl P5')'ClU:ll:. P11?Sl., l 995. p. 55· 73.
h10LCHAN, s. E.; MA.Jm~'EZ.. R. A.. Lo\\\'LOR. B. A. Rt1lecuo11S o! lhe self: ar;-p•C3l 1UtStdetLLi·
flcaooa ao1.. C.e111.>;'.()~l3l syudroxes 1ll L\''º p3Lit?Jt u witl' AIL.~eimer's d.Jsease. Br J P:.yclu11Uy., •,:
157. p. 605-608, 1990.
Reícrênci;u 27 I
1\EUi1\ti\..,1\, P.L A. P1ck's <Lse.asie. J ,\.i!uru}'flchul t:xp Ni!urt:JJ., \'. S, p. 255-2.52., 19·~9.
J\lCOL.\s. J. P.1. et at. Jleg1ot1al Ct!rl!btal bliood Oo\\··SJ>ECT c1 chronic alcoliolism: 1t:la~oft to
1ieuroµ~ydioloS.ical t~LL1g. J iV~cl ,\ftti., \'. 34, p. ] ! 52· 1'459, 1993.
J\ITRIJ\l, R. Dei~~1oa ei~ 1..õeUÇ:lS L"l!ettJosas. LJ1: ~tACHADO, L. R.. et al. (Ed.). ,\'tur(J1,.1ft!~du
96. Silo Paulo: cUnh:a Newológh:a i;.o HCfr.tt.:SP. l99b, p. 275·284.
J\"ITR.U\L, Jl.: ll0Sfil,1B.ERG , S. (>);d1ol&e sy1t'lµlOJ:::lS c1 de1!lei&tia associsted \Y1lh élotor :1euro n
<L~aSI!. a µatt1opby)1ulog1cal bypotbclJ). J !,'tur<Jps)·c}1~1Ur/ C"l1r1 1Vt!uru:.et., ' '· l O, p. 45b-45S,
1998.
0'00).~J\.ELI~13. F. et ai. J:1ronw1eooe a.:1d t;c>ubkso:.i..e behav10:) prt!d.Jct ifilt.itulJO.l3uzatiOJl ul
det:Jeitua.J Gu112cr ~)·:J11acry 1'4.i!w·uL, ' '· 5, 45·52. 1992.
O&UDA, 13. l!l .li. Ct!: elJraJ bluod ílu\'' ui COJ t1CJIJasal d~l!l\t!t3.U01l so~ µco~rê:-..1\ e )úp11u1 Jclt!:U
}Jl!lsy. Alz.l11!ur.i;.~ D.ú /u)ar Duard., v. 14, :\.. 1, µ. '1 6-52, 2000.
O:'\.AJU, K.; SPATZ. li. A.Jr.ato1:llich1: Bt!iu'3~ LUJ L.ebre \'011 de: P1ckscben U4'1Scbrrebei,e;1: g;i:r~
:,ln.nlruiden -at:uph~ (Ptdúdle Kia.ru..ht!Jt). Z Gor.lr.tCI! ,\.l!wv! P>}l:h .• \'. 101. ~- 4 70-511. 1926.
PICK. A. C-ber dle be2.iebun&en der ~eruler\ bur)a(:ôphJe LtlI ~phasle. Pr-ug~r Y.,é'd~dte "t~~
~•udut,tt. \'. 17. p. 165-167, 1892.
PJCK. A. Zur Syt:tptor!l~tolog.ie d~ lulh>1!1ll8e:l ScltlaJenlapper13t!opbte. !,J1111t.1UlCW Pl)'.::hwtr
,\"cl.!ról., \'. 16, p. 378·3Sg, l 90.t
PICKERI1'"G·BROVi?\", s. et 3l. P..:k'~ cLsease 1~ assocu11ed wl~h ~1~uwlío:is l.il tl!.t! tau gei\ot!. JSJUt
1\"curoL, \'. 48, Jt. 6,, p. 859-867. 2000.
PJCKERl.l\G·BRO\'if\. S. ~1. et aL IJJic.rJted frurltút~r:ipora l dei~t:::1lJ3 llL nl1e BtJlll>h f.muLe::. ~.~O·
Clll!ed \\ i1h iut:rot1tc l!1'J1>:1Lio11s l.;1 the 13u g1.:..u?. &11111. , v. :25, p. 732·5 l, 2002.
PlCKERl.l\G·ôROViX. S. Tt1e !:lU ge.1e l«us ~od f:unt<Kuú!)1.ual d~'letltJa.. Ihrr1cnr &r:Ulr C~
Duord., \. l 7, n. 4, p. 258·260, 200" .
PJCKUT, B.•A.. el 2.1. Obr.:nwUWC1Vt! •.e.e or
SPECT l1 f1011wl lube ~pe t:.e:.iteulij '~~lil (~ilt!)
deiue:1c1a o! the ,i\Uhei::i.e<' t;pe.J f\•utf f,fcd., \. 38. n. b, p. 929· 934, 1997.
PlGUE"I~ O. et ai. Suuila; esr1y cluut!.I p:esentatJruu lu Jar:uLal aot .1on-famiLal !:0;1totc:.1.!)0:al
p. 1743-1745, 2001.
dett11!!;1,1a. J ,\ 'ruror Nt:iuu.surg PJ)dut.1Cry.• v. 75. o. 12,
PU1\"E.'.13UilG, Y. A. et al. lfuual c:uelpla11u.• ui f;o11toce.it'lporal lob:l1 de&t!.ne:srroa. D~ole•1C G<11JJfr
ÜJgn Duord., \'. 17. t). •t p. :ID2·306, 2004.
PU1'1Di'BURG, Y. .A.. e( aJ. \tuL11erab1Lty to ;tewolep1.1c side errectl> 01 frorno teutp<>t'al klba.z dege-
:)esalion. Int l wwtr ~J·rht:iuy., \'. 18, _1. l. lJ. 67· "12. 2003.
PH 1ON. B. tt( al. Tbe 11.t?U:OpllYCbolog,ical patter l) o! OJrlJCí)b.s531 ée~1i::aoo:1; CO.tpsnso~l WJlh
p:&,stes~ive ~Jp:-at1uclea; pr3by .sJtd. Altheitui::s.'s disease. ·' 'eur-01.úg:f. , \ '. .:! 5, ;1. S, p. 1·~77-1 453,
1995.
POORKA.1, P. t! l al. ·ra•J is 3 caJtd.ida.te &er~e !ot clt<'O;LOSOrne 17 Í1011toeesu!J01al dLLet)li.S. An.n
1'ii!urul. , \'. 43. J\. 6,, p. 815-825, 1998.
POl/iNFl u. D. J.: i?REUSS, T. r.t. 11teo1; or ul.ind: evoh1U01i3J)' hutOr)' of 3 COSJl.lt1ve ~al~
llOJ\. TlNS, V. 18, p. '416-"124 , 1995.
PREY..ACK. D.; \.\'OODRUFF, G. Doe!. tlte dur!lp3.!tllet? lu-.-e 3 Lheory o( .:ókld? Bdta'.' Iirou1 Sct .. v.
1. p. 515-26, 1978.
PRUSlNER, S. B. i.Iokcular brolu8)' uf lJt'lOJl dr:.eMeS. Sat.•1et, v. 252, o. 5012, p. 1515·1522 ,
1991.
JltJU'Ell\~["LJ.ER, E; HÃJUE, f\1., HUF-.V ttEl, F. Neu: opt1)'.!.JO)og,ical d1:StUJ.dJ01) OÍ \lt!rb Ci!tesoues..
1'ócul"VttflCJrl ., v. l l , n. 12, p. 2789·2793. 2000.
PUl\'EJt\ Q'Ll.ER. F.: LUTZE.l\'BERGEll. V.:: PRfilSS. 1-i. J\"WJl.> a:1d .,.~rbs. 1n tlte rtltac\ lir410. t!~~
deiice !ro.1. ~·eat-11:.lateê !)Ott!t1uab and bigb·frequ~q· corucal tl::)(,lOJl.>1!'.>. C~b c:orta., \'. 9••1.
5. (,l. 497·506, 1999.
RABiNS. P. ~:: ~tACE, ::\. L.: WCAS. h1. J. Tbe JcipàCt o! ce:.ite1)LJ3 0.1 d11! fa1;1il;. JA!.1A, Y. 2418.
p. 333·J5, 1982.
RADA.'iO\'lC, P•'l el aL P-:ltll.3t')' p;09r'b::.1~ t! S(,lblb1a: a.1uly~s of 16 c&.es. Arq .\'~rüpll/(IHt:fr. , Y.
59, o. lA, p. 512·520, 2001.
RADA.'iO\'lC, l\t.• C:AJXE'l:A, L. Af~ta p1og:es..•''ª p.:Ln.ána e dei:lê.ilcia st::t.Gtllta1. l~1: CAlXhl:.\. L.
Dt!nt~ abo1d::t.gt:;t. Jr.ulr.tdlsopLna:. loo ce Jsoeiro: Echto:a Albe;'.leu, 2006. p. 271 -280.
JWi"Af.., lt. D.; GRL\1!v., R. J. Piog~i\·e sup1a.'l•Jcleai pab)·: !u.lc:tt0:~l a1laly~iso!tlle:~pon~ to
:r.eth~~e:gldc! 3LJt.. anlipaik.irl50o~n 3gêOts.. 1\"cW'úlogy.,\'. 31, .1. 12, IJ· 1507-1518, 1981.
RAH~tA.'i, s_ec al Spccl!.ie c&,st1lli ...e <!c!1ois u1 núki !:01tt3l vaii.!J1t frunL0Lectpo1al deint:jUJa.
Bru.m., \'. 1 2.2, p. 1469-1493, l~.
RAKO\VlCZ, Z., HODGES, J. R. De.1:t1;1lLia and apltaSJa JJl motor l1LW01lle dbe31e: ao unde: reoos·
!lúed :l.>SOOabOJt. J ! \'eu rol iV~UJt P.)ydJt:lCry., \'. ó5, p. 881-.989, l 998.
2 74 Referênà;s.s
IV\SCO\'SKY, K. el al. R.3Le of p:ogressioo dif(en l!l fro1)lCile1!tporal êe.:.1;.er:ltt.3 aud Alth~"lll!
du.ease. Nr!u.•~ogy .• "'· 6.5, u. 3, p. 397-403, 200.5.
RATEY. J. J. (Ed..). 1"ir!urop~)·:hr.mry uf p«~n1dt1y dLWrdi:rs. Cttinl:11 JC!se: Bwckv.el.1 Scieu~. 1995.
R.'\TN.'\\'.AJ.11. E. et al. 111.ie pre\'alence o! !ro:rtote.:.1!po:al l!eut~Lt3. 1"ir!urolugy•• "'· 58, 1l. 11, p.
161.5· 1621, 2002.
REBfilZ, J. J.; KOLODf\'Y. E.. H.; RIOfARDSOJ\, E.. P. J:. CO.:t1coceataton1g:at d~eaier~uou "11.Jl
11êural scJ1rutJu~1a: a prog:ei...i\'e d.il>O:i..~ of tale a duh lJfe. ·1rwu. Anttr 1'iturolog Auoc. , ' '· 92, p.
2.3-26, 1967.
REBEIZ, J. J.; KOLODNY. E.. H.; R!OíA.RDSOJ\.' , E.. P. J:. COrueot.eal~llJtlt~:itl d~e11.t!raUO!l \\1th
1liew3l <icbrotl13sia.. A.•r.11 jVt.iuiM., v. 18, p. 20-33, 1968.
REY. G. J. et a.L P~:rtluat:ic s;;t.pto.t.S.. ~lyp1C3l êcult!1~l13. a;.11] lúc v1:>uill fJeJê. 111Jttl!filJ01l ~ cor·
ticolx!sal g,an&}ior1DC dese;1eiat.1on. ,\fu.· D.uurd .• "~ 10. n. 1. p. 106-110, 199.5.
IUDOEJUNECHOF, K. R. Ec al. 1'' eu~OC0&1\Jl1\'e ulechú.:.US;t.~ o( é()gt\LLJ'. e w!it;Ol: lhe to~ of PJ e!run-
uil co1lu 1;1 aa110;1 st:lecnõ;1. :e~ousie 11~b1liibo1t, perfou:ta1'1oe .:.t.01t1tu1ulg. a.:1d re-,\lard-bas.ec
l~rtlU\g. Br<l :n Cugr1., v. 56, Jl. 2. p. l 29-140, 2004.
IUE.\-tENSCHNEIDEH. YI. t!C al. Tau a1lr.:. Abe~a42 proet:ul Jll csr o! p<il1enb '' ilh frontoeeiõporal
dege1lf!.:'3Lio.:1. 1V1!tu~rit>··· ... .58, o. ll, p. 1622-:625. 2002.
IUU.?', O. E. ef ai. Curll!C()-basal gangllo~1tc degeiretl:JtiOll. 1'4°elm)ll>"J., v. 40, 1\. 8, p. 1203· 1212.,
1990.
IUSBERG, J. ~ al. Rq;io.t3l ce:ebJ al bklud 00\v i.!1 (ruutal lobe dll!oe.'ltai o! 1101\-.A.Wl.t!LL.er lYP'!-
Dt!r.1r!r:Cta., \'. 4 , p. 186· 187, 1993.
IUSBERG, J. Fru.1t:l.l lobe cit?geJlt!...-:ilt0.1 o! no11-AltLí!Jmu t>!}e- JJ[. 1cgio~1al oereb:al b!iood flu\'11.
A.n:h Gtro.'l~ul G-u1atr., v. ó, n. 3. p. 225-13, 1987.
IUZZL\1. e. et aJ. Ta•J g~1e u1u,~Llon :K257f causes a t.,uopsili) sLt:.ila; LO P1clts dtSease. J ,\ 'turo-
paJ!1ul Exp 1'1t::ir-0l.. ·.. .59, n. t 1, p. 990-1001, 2000.
ruzzu. e e l aL Htgh p11!.\.'81eJ,ce of ruutations lll tl1e .X.lc:'()(•Jbul.e-M.>oci3Led p1oteU\ lau UL a po-
p.UatJlJll slur.:.y of (rot1lulwtp<1re:1l dl!.JÔ~ 1w i:1 lhie N~Lli.erla~1ds ..4r11 J H~r.1 C-t'ntc., v. M, JL 2., p.
414-<!21, 1999.
IlOBlSON. S. H.; BRADLEY. VL. G. D~ i!aa.age &'JL. cb1 onlc ll'C!uru:la.l dt!S~1ei a.uu1b. J N~wlÂ
Sct., \'. b4 , 1\. 1. p. ll -2 0, 1984.
•
RODRIGUEZ DE!. AL\.\10, A.; CA1MAJ\: Al.01\SO, ~'{. J.; CARRASCO MARL'\ L. F.>\B: a p1elL1tJ03.r
Span1sb a.pplicat10í\ uf tlie f:onl.31 assesilt\últ baLLery to l l ~roUIJS o! !)3C1.t!J)LS.. ~" 1,·l!i.:rol., v. 36.,
ll. 7. p. bO>-WB, 2003.
R0~1BOU1"S, A. R. B. et al. Loss of (rütital ™RI actJ..-atioti 10 ea:I>' (rotiluteuipo~ dexeutl.3
co:i:..p.ated co early AD. 1'4tL:1'Ulugy.• v. 60, :L 12, l'· l 9".>4· 1908, 2003.
ROi'\, P•1. ,'\. ~;,tluat:y 1t\ll..'lJfesll:ILioos of !rOtltal lobe tuu10:>. Br J ~.)'é~u.é!Cf)'., •,. 1.55, p. 735· 73.8,
1989.
ROSE!\, H. J. et al EltlCJIJOo Cui:lpc'el1e11s101l Ul Ui.e c-=-.t.po:al .,,ari.at\l o! Cru.ltott!àtpo:al d~leitlla.
p. 2286-2.29.5, 2002a.
Bn.ltrt. , \'.• 25,
ROSE?\, H. J. et a.l. Xeururut.atocucat eor:eLces o! beba\f1oural duordeis lll dt!1:1eiuJa.. Brr:1..t., ••·
128, p. 2612·2625, 1!.'.lOS.
ROSE?\, lf. J. et a.J. P'.lttetns o! bral.:1 .,uopby Ul !:ontoteiupo1aJ Cl!!!:..t!t'lli3 tt.'1d se.l.3nl!C de1!teJltla..
~,·roro rogy., v. 58, n. 2., p. l 98-200, 2002b.
ROSSE, R. B. el al. r:o:tt~I co:-ucal :illopb>• a~td 1ieg,.,li\'e ~yutjllO;iJS ui !)3tt'l!Jlts \'t'Jth chronle aleo-
J:ol depeilldeuce. J .~'turop~y C!m Ni:u~a .. \'. 9 , :L 2, p. :t!M>-282. : 997.
ROSSO, S. r.1. et 3.l. Apobpop:oteL"l E4 1.:1 1.lie teiopo1al \'Sr1a:tt of ÍJ01\toternµo1al deroe:ltla.. J
~,·wro r N1!1U1J,:,u.<8 Ps)·dJ1atrJ• .• v. n . u. 6, p. sio. 2oos.
Reícrênci;u 27 5
RO.SSO. S. r.L et ttl. FtofilOl~r~po!ttl d1::;.1...~1li.s Jll lhe Nelli.er la~tds: pa~ot c:tra.r atter u l1<::9 31lC!
p:t:val1:1i.oe estuoates !101tl a populaLtOn·ba~i:. stuc!y. Brau1., v. 126, p. 2016-202.2:., 2003.
RUSSO. S. !I.~. \!'Ar\ 5\'/llITl::t\, J. C. l\e'.'' de\ldoptt.er1tS Ul (rOl'.llOlt!UlflOnil C.etnellll.3 Mil. parlun·
:i.1>Jll~ttl lt.;lked to cbrur:loso:a..e 17. Curr O~rt !,'~uror .. v. l 5, ll. 4. p. -423-4 2S. 2002.
RUBIX, E.. H.: DREVETS. ..,~ C.; BL"R.KE, Vi J. 1·11e naau.:e o[pS)'dl«!c S)'mpto1:1S LI se;ule<ieo1eo-
tJa o! ui.e
.i\Wter.;1...e:- twe.. J Gtruicr P,)1_hwt.ry i'il!urô!. 1, n. 1, p. l 6· 20, 1988.
t \ '.
JlUBIX, R. T. el ãl. Regio11al xt:..110:1 133 ee,rtibral bloo1.. ílO\\' aod ce:ebral ted1netiuCJ 990t·H1·1~0
~ in 0;w..edlCf!led palli:::1cs .,,,i!L obsessl\e-co:i:.pulsl\'e duorde.: a.i.C 1natdted llOJl!l~I oot1trol
subjeas: deter:1.L1slion by h1g_h-resol•JtJ01\ sutglie-pOO<on ~1.1Ss1011 0011..puteõ tomog:aphy. Ardt
Gt:n PlyJuorry., v. 49. ft. 9 . p. 695-702. 1992.
S.'\CXElf.1. H. A. The uiea.;wlg of utstght. lo: A.\1AOOR, X. li; DA\.'CD, A ..5. I~111t <JncJ /úydt<u.t!.
Xe\'' Yo:k_ Oxford L"1ll\'t!r~k)' Press, 1998. p. 3·12.
SA1\DSOJ\·, J.; ALBERT. .M. L l\!r:>e•..eta.lJOI) iu ~bá\'l0!'8l c1eu:ology. 1'1roMVtJ'., \'. 37, o. 11, p.
1736·1741 , 1987.
S.AJ\:FOI\D, J. R. Tult:ia.i1ce o! debiUry Jll i:l1-ecl:r depí!lld3JllS by suppo:te~s a1 l&&-ce; tu signl!!.C21l·
ee !01 hospital p:~cdee. Br J h1iid .. ... 3, tl. 5981, p. 471-473, 1975.
SCHE.TE?\'S, P. li. ; VA.'\ S\VlE·~. J. C. J\eutoJC:1~1ng Ut fr0~1lOleropo1'3l de...1..-et1ll3. úl: P.>\S·
QULER, F., LE.BliltT, F.; SCHE!.TE..'\.S, P. H. Frü.1C~J!rnporcl dm:ertJ:a. The Netlierla.tds: CCG publi·
CSlJOll!>, 1996. p. 12.5·136.
SCHERDER. E. J.; SERGEA..\-r. J. A.; S1r\'.l\AI3. D. F. P.:ti.tt p1uoe~lll.8 lll d~l!e!IW! and its celalJOl'l lO
:1ewopatholug.v. Lu.nc(t 1"iiiiut>J., v. 2. !l. l 1, p. 677-686, 2003.
SCHXEIDER. C. Über P1cksche K:snk&!Jt. h1an:iL>Chr P~)·cht<Ur 1V(IUC.ll., v. 65, p. 230·275, 1927.
SCHOD."fil11M"N, I? T; SHEEH:\t\, ~~- J., GLOTlER, L D. P1 elron~I \Yhth.~ truJUI:!:' volu1:1e 1s dJ511~0-
potc1onately la.t;e: 1.1 11'.Li.:3~ tll;.11l UI. od~ vr:.:1.3.ltá. 1"iar N~.r<UCI., \'. 8, n. 2, p. 2'\2·2.52. wos.
SCHRÕD~ R. ei. eL P.1•Jtaill va.los.in-<:X>:itainlt\g pr«ein ca•JSes a ~o ..el t)'pe of (:0:1tote:i.po: aJ
detac::1,1a. .Ai1t1 l\~r-Ol., •.'. 57, o. 3, p. 457-461, 2.005.
SCH\•/AJtTL., lt C. LuSJ~1~ a;1d uL1e~:. 111 cl1.:0111c '.)chu.op~1reil1.3. Co;n.pr ~_;rhia.~f., •,.. 39, :1. 5, p.
249·2S4. 1998.
SE.ME1\'DEFEJU, K. ef al. Huiaus au.d. grt?3l ape:> sJwre a bt't!e f1 oulJll curtu. l\'!Jl l\'euruY.t ., -.:.. 5,
n.. 3, (:). 272·27ó. 2002.
SHl, J. et ai. fusr.aµatl10tog1C!l d1a.ristS u.1dei .yL'iS !ro:1tutt: túpOral lubar degehl!.r;;sllO:J •v1tl1 cli.;d·
l!'Opad1o~icsl 00:1 ~atJOJL. .kr11 Ne11rvp~1hvl., \. l l O, n. 5, p. 501 ·512, 2005.
SJL\1.<\, l. s. T. Diirnht~t.:U PrW.tt:IXll. 1998. ·rl!se (Doufo::aco) - F3cu.lda:d.e lt: r.tec1c11ra, U.uve.1 w·
da1..e de Sàô Paulo, S110 P.a.•Jlo. 1998.
SJOGRl.J\, ~1 .• i,.\'.&\1.UN, A.; EDMAN, l\. S~1npt0.1...!U0~1Cill cba;aal.!:l~lJO dJSt.J1lgiJJ~ bd\'I~
!ro.1~ote:1.po:st d4!i:..1eii.1ia and 11SSOJla; ce;.i1eJ~Lla \~1m a d&;wt1a.i11 f1onuil lobe S)'DC.rucie. l'n! J
Guilltr P.l_,-d11G.~f .• V. 12, O. 6, p. 656· 661, 1997.
SX1131.J\'SKJ. G. et til Jr1u,auoas Lll thtt 1::.11.d~Olllal ESC."Rl'W·COclple.x sub/J;)JL ou.!P'lB Ul. !rontu·
'e11:ipo1a.I deeltll.Ua. •'iG.t Gal.d. , v. 37, n. 8, p. 806~. 2oos.
SXO'tVDEX, J. S. C::O~u1buruon to ui.e
di!fereilu.al ê.ug..1oss.s of t:.emt!!lLi;u. ueurop:>)'dJOlogy. fu11
Cl111 Gtrw1to1., ' '· 4, p. 227-J.4 , 1994.
SXO'•VDEX, J. S. el ttl. D1~tioct belmv90'J!3l p1ofi~ itl fro.tt.0Le-i:..po111t Ct!UteJ)lU a.;td ~t:n1a.1tic
deiue:icla.. J ~,·euror NeW11.sllfX P>ychwtry., ' '· 70, t). 3. p. 323·332, 2001.
SXO)VDD., J. s .. GR.IF1'IDlS, fi.. L, NE.<\RY. D. P:ogrt!ssh·e 1.s~1guage duorder :u~at.ed "-1lb
!ro.1tal lobe degeiieraLion. l\'t:~ .• v.2, p. 429-40, 1996.
SXO\VDE..', J. S.; J\"EARY, D. X europsycbl.3u1e aspeas of !roJltOtexporal dlt!OlenlJas. c.:wr ~;-dua·
try RLp., '•· 1, D. l, p. 93-98, 1999.
276 Referênà;s.s
5XO'oVDfil\, J. S.; ~"'EAll:Y, D. Pt'ogressi..-~ la.r\guage dys!uue:ui0.a :l.nd Jobar al:'opby. ~rtt.·1fi.:J_, ~~
4. p. 226-2..31. 1993.
5XQ',VDEJ\, J. S.; "Ei\JtY, D., ~!\. O. M. A. f-ro.lllo· ltm;>Wul dt!S!!r.àut::w1: líuf'llo-teiupo1al
de1:1enlla. p:ogre:ii!••e aplul>la, se;Uoll:c ~e:~Oll21. Lo=:ido1\: GILw chiJI L.ivul,8slo1ie, : 996.
5XQ',VDEJ\', J. S.: J\EARY, D. ; '-tANI"\. D. l\t. f10t1lCllt!Ul{JO:"al De.lt'li?.;1tJa.. .Br J Ps)·t.1.itúty., ~- 150.,
J>- 110-141, 2002.
SXO'•\'D:fil\', J. S; GOLWJ!'\G, P: J .• !'\'EARY, D. Se:.U..3J)lJCdt!!!tetllJa: ;3 (oroto! Cltt:uU~cnbei.. Ct:.:t!-
b:a! al10ph)•. !kha.11 1'i!!W"UL, v. 2, p. 167 · B2. 1989.
SOAIU::S, J. C.; l\~'I, N. J. J. Tbe fu..1ctJ01LII ot?•J;OO!l:ltUUl)' o! :oood d1so:dt!tS. J P~r)1 R~ .. "" 31,
11. 4, p. 393~32, 1997.
5.PEJlfEl..J), A. D. l!l al. l'TDP.17: :l.Jt e.:ii:ly·utl~t pbt!.:1or;,pe \vLtlt paikinso.us.a:. a1lê epikpth: sei·
1;wes o:iused b} 3 lllO\-el t.''l'Jt3tJ01l . .!.inn 1'iti..roL, v. 46, n. 5, p. 708-71.5. 1999.
~"J>Jll...A'\-rl1'1, ~t. G .• BJRO, T. D.: GHETTI. B. F1011tote.iu(J01al
dl:lr.enli.a ai11d Park.inso:us.m Uokee
tocluo1tlOSu:.11e 17: a :1ew g,ruup oI u1·Jup:ulut!i.. Brr.:lf1 PutlwL, v. 8, n. 2, p.. 387-4D2., 1998.
5.Plt.LA.i'iTL'\"J, ,,t G.; VA.'\; S'.VIEJ E.\', J. C.; GOEDER.T, ~1. Ta•J &ene 1t1utauo1t> io f1on1oce.iapo.ial
dei:1enLJa sud p.sr kinso;uu linkei.. cu cbr 0010!>0:1:.e 1 7 (f'TD?-17). 1\'!!u.rvJ;l!.llUô:::J•• v. 2, n. 1, p.
193·205, 2000.
SRINJVAS.A.N. R. e.< al 1'he apuli~:<Me.it1 E epstlun4 al!.iéle i.ewcl1\•t!I)· 1ucrt!3s.e~ LI~ rbk of !roo-
tot~Jtlpo1al Job.s:.- dl!8e!leJall01l. lll Jtiale:s. J NbJl'ol .\'~urc.uWl> ~JVllilU)'.. \'. 77, ll. 2, p. 15·~ - i5&,
2D06.
5TA.'l.1"0RD, P.11.~. ec aL Pt~re:ss.i~e sup1anude3r ~lsy pstholos..v caused by s JllO\•el l>lkill l1.Ulj ·
llOii 1n em;1 10 oI d 1e ~u gene;. upail"°Jl o! lhe dt.Sease pl1etWC)'J>e cauM!d by ta'J gene :u.uta-
uo1~. 6ruut., ·•· l 23, l'· B!ID-993, 2DJO.
s·ootKSTEU..', s. E. et al. PtOSVt!:Cf.J~ I! '°-'SI! Jdinal stuc; o! êeµrEMlo!'l ~ntl anosog11osla "'
Af.lheune!"s dJsea!le. Br J Plydutu.ry .. v. 171. p. "17-52. 1997.
S'rAJU(STEL'\', S. E. e: aL speetflOl} uf cluuges it1 cl!tebra.J blooc. OO\\' 1n pruenLS \.,.1lh Goul3l lobe
dêt:leJtua. J 1'.'t:urol 1Vl!u.ro.uug P.syt.'n..:.iuy., \'. 5 7. !L 7, p. 790-796. 1994.
S'OOtKS.fE11'', S. E., ROBIXSON, R.. G. Medl311i.sm o! C.!Sullulnuon a.ftei brain lesio1t>. J .\ 'trv /,Senc
Dti., \'. lts5, ;t. 2, p. 10B·111. 1997.
SfEEl.E, C. et J1.. ~/ÚU3LJ1C S)'U!ptOêtS à.."ld llUJilr)g llO::êt! pl:iCt!!it~l OÍ p:alienb Wtth AUh.eullt!:'S
dii.ease. .A..11 J Plydt!uc.ry., v. 147, n. a., p. 1049-10.51, 19'X>.
s·rnRTZ, G. l:t:ber P1cluche AlJOiJlut. Zuclt. f. d. ~d. 1Vturol. lo\.. Pl)-<:}Jwf., \'. 101, p. 729, 1926.
STE\'E..'\;S, ~1.. t!l sl. F;..Lili31 aggregat.JO!l JO frOJ\lOCetupoti!l C.en1enti02. Nt!~O'.{)'., V. 50, n. 6. p.
l.541· 1545, 1998.
s·rtv, E.. Cu1!1pubtve clsoJ C.et ait.d ~IJJtt:<i antJ~t beh3\ i:Q; Jll FrO;Jr.a.l Lobe Dl!!.llt:llll3. J 1'iro·
ropjjdt iurrf Cl1r1 .>,'rorellc1. , v. 7, 1\. 1, J>- 116, 1995.
STOVE.n. r\. P.; 'r\'.A:rrs, ll. l. CO:tJcol>:ual <..í!getlt::tlOO:L St:rrlL'I 1Vt:w:t>l, \'. 21. ;L 1, p. -~9 -58.,
2D01.
s·rL' SS, D. T. ~esSJn~lC u~ Dl:WOps)'dtO~lc:sl d)•s!utlCUOU lll (rulllal ~ degeu.er&tlOt). DtrJltn·
.U11., .,._ -~. p. 22().225, 1993.
srt:ss. D. T. el al. A.'l ~:so1dui.ary !ou!l o! co1úabul.sc.ion. 1'.'~ur4llogy .. '" 28, n. 11. p. 1166·
1172, 1978.
s·n:ss. D. T. l\eu.rOps)'dto!&b.Y oI tbe frO::'.llâl lobtl.. la: THE .A.l>tEIUCA.'\ ACADEf.tY OF ~'Ll:'RO ·
LOGY, B::ttA\'lOltt\L ~"Et.:ROLOGY OOURSE. P.•uc.t:exflJI~ ••• Sefiltle_ k1:etJC:l.:1 Acudemy of l\eu-
10Jog,_v, 199.5.
Reícrênci;u 277
STL"SS, O. T.; ALEXA?\OER, ).1. 2: B~SON, O. F. F:O!lt3l lobe (u:1ctlo:'.h.. lu: TIU~illLE, ~1. R..;
CUT\0,1J:\G.S. J. 1... (Ed.). úirztar..purttry beh~v1ord rwunlug>·. Boston. Buue.rv.oth-Heioe:.:t..ai1,
1997. p. 169-88.
S11.:SS, D. ·i:.: BE..'\SON. o. r: 71:efrwi:.m luli~. r\e\\' Yurk Ravt!O Pie.~s. l 9B6.
S\'/Altrl., JR.. et al F:o11tOC1!.!r:'lpotal t!e;i..entia: 1Je3LG11!.!U rcspo:l.)e to St!rotoJ\Jn selecu ...-e reup<ak.e
11lhib~tor>. J c.!u1 J1))1:.htrury ... \ '. 58. :1.. 5, p. 212· 216, 1997.
·1:.\1.Bor; e R. et al .A. clcucál role for 99n.l Tc· ill.1PAO SPK"T 1u tli.t! Jt'Y~ll6àtJ011 uf d~eutr.a? J
!1ici.irõl 1''wr-OJl!rg P.l)'C~wc.ry .. \. &'. tl. 3, p. 306-313, 1998.
·i:.~~IG L"CHL, S. l!l sl. Th~ t'lal:op.:itliolog)' o( f:01ltutt!lOporal lo bar dege:lei atiou \~ tt!l respect LO
die cywlo~cal ai>C btocbe!Wca.I cb:ll aaei i:suc::s of mu p101eL"l. Nt!un.>ptlúw1.-\p?Jf1'1ru;ub1ol., \'. 30.
~l.. l, I"· l • 18. 2004.
TE.STA, D. et al. );1•.Ütlple systeot acroph;: clut1cal a1)C. ~{R o~ervaCJotl3 on 42 cas.õ. lcul J 1''rurol
Sr,., \'. 14 , ;1.. 3, !:'· 211 · 216, 1991.
lliA~. P. B. et al. E!fet:t~ o! aitlipS)'dlObc ,.,,1d1u1:f\·.-al 11) etdétly aursu\g hoele :esid1::1c~. 1 Aln
Gdtuu Srx .. V. 4 2, .t.. 3, p. 215:).286, 199'4.
l'HE WND Al\'O ~1AKCHESTEJt GROL"PS. Cutl1C3l &1d Jh!UtupacboluKical C::tft:ua !ur f:OJ\lOCeJO·
parai êetu.enlhl. J 1''eur~ 1'il!WWW}; PJyc1 ~wy., "· 57, 1L. 4, p. 416--418, 1994.
l li0:\P50:"\, J. C. el al Q·.talJLSLi\."e M!UIGp~)dauJf1g1caJ pt!.tÍ<Y.".c.ance dl3! ílL1.et:Sl.Jô L::\ fi 0:1lo~:po
tal C.t!!!le!.llt:l a.'\d /lJzlJe.itnets i!rse2St. J 1'1l:úl"CJJ. '~IIl"S Pk)'Clt:filry .• \'.. 76, ~\. 7. p. 9'lf.)-q27, 2005.
l li0t.1PSOX, P. O.; t.t'\R.SDEK. G. D. CO:ucoba~J êeget1e.:aooft. [ t\ : ROSSOR., ~{. J\. UroutuJl
.
D1!11U!ntim. Lo:tdon. &Jliê::e T1ada.ll, 1992. p. 677-686.
- .
llRAPt.: USTARROZ. J.; i\~UNOZ CESPEDES, J. .M. P.1emO:')' <111c. tlie execulhe !uncUC1:1~. Re11
i'il!urúL, \•. 41, n. S.. p. 475-484 , 2005.
TOLJ\AY. ~,,_ et s l. A :te\"" case o! frontotempor3l dur..e.aua a:1d 1:1:llk.inso:lU.'.lL :esultuig !rol!l ai.
JtllJOD ] 0 -l-3-~plb.!e Slll! :L.Ulat&O:I 10 Lh~ l3U Si!O~: clL."\JCaJ a.:1d p;.1LboJog.icaJ featw l!S. i' il!uropatfwl
A;Jpl .\ 'turob:ol., \'. 26. ~1.. ~. p. JóS.378, 2000.
T01'1<0NOGY. J. P.l; .5:\{ITti. ·r. V.:; BARRElltA, E! J. Obses~n.~-ã>~1~pttl~'•"t: dJ.surder~ Jll P1ck's
cLsesl>e. J 1\'1!WV/llJ-Cliiátry QiJ1 1Vi:u;url• ..._ 6, ô. 2. p. 176-180, 1994.
TSL'C! UYA, K. e' al. R~J»W)' 1:1rogr essJ~ e a;i!ií!,.)1.3 .iud ioto: ôt·..uu:1 Ltseb~: a clt..:ucal. 1acLolo1:1.l·
cal., and !}3tbologicru stud» o! n.;1 aut0psy 1.-ase \,•i.th cu cut:l5Crtbed lobGr au op}ty• .At:w Nt!IJ.J't)Jlfl·
tliCIJ ... \'. 99. Jl.. l. p. !!1 ·87. 2000.
1-YR.REll., e J. Pro~ess,i ~ e de.&eikratlon of r 1e tight teu41orsl lobe ~tucied. wiLh pmitr-0.1 1:1nis·
StOO LO~rapby. J N1!111'VJ .\'turcuurg Plyclt u::cry .. V. 53, tl. 12. p. 1046-10.50, 1990.
UUUOi., J. l11e !'letJ..:'O]X:sUJOIOI!.)' of Sletlill! det:lei1Lia... l!'I: ).1El.E.R-RUGF.. '-.V. (Ed. ). Dm:mun.g brotn
dt.struc in oltJ a,gt!. B:uw: Karge:-. 1993. lJ.28 .
U5)11A,'\, ~1 . •!\.. rrOtl.10'.e.tl'lµôta.I dé.:!.e~1lt3S. ln: l'\USSB.A.UM, E! D. (Ed.) . Handhook uf MUr<Jpjj'thtr
l~K! a.1d agírt,i;. Ne\v Yo(.<: Pknum P1ess_ 1997. p. 159•176.
'VAR.\1A. A. Jt l!l al. Dt.11g1llO!:.Lic patc~1t> o! t~)0;1al a.t;OJ.)h)' o.:i ),1RJ 81)1... :egional eereb~a! bloo1..
fio-.~ in f:ont«~uporal de.tne:\.tla. 1Vl!u.ru!l1'1l)' •• \'. 66, p. 17·'12.. 2002.
\l'O~ BOG,l\EJri: l... !..e. croubtes :i:.ê..:'IUltl.lt êa:u. l.! .>déiose lâtérale au1youop]uque. E11tlphn~. v.
85. p. Z0-27, 1925.
\•/AJ\LEK, C. e' al. L)'ttll! êLSe.sse prese.itlillg a., F1011toc.eu.po13.l deJ:le.ttLla. J Ne.w~ych C1m 1\"~u
r(.l~~n~.. v. 7, p. 34.5·347, 199.5.
\•/AR.KEJ\"l1N, S. : P:\SSAf\l, u. Fu.!l.Clll0:13l UL.3SLllS o! Úle !101u.al lotlt!S ltl 0:~3ú1Ct:.l!tll.flll13: !t!·
g10oa1 Ot!re.b:al bloot:. !ki·.v f11.\LJ:1ss L'l non."ll'lls, i!'l psu.e111.> \.,.Jtb !roototeu~porat i:..e~t1ua &tlt! J1l
2 78 Referênà;s.s
j)l!!Ue.tu-> ,,.. il.h Attbeut'lt11"s d.isease. petfo:mi.ns 11 ~,·01 ~ Out!OC;' tesl. De.'Tttitt Gatacr Cagn Duurd.,
'"ª· ti. 2, p. 105-l 09. 1997_
Vr'ATTS, G. D. el a.l. 1:1cl~o11 bod)• 1!l)-opa1hy 2.Sli()Clllred. "'1th P-aget Libl!Me of bu:Je aod fron-
l<ltl!.IUf>OJ al c!e:..ue1lL1a Is O!lusei: b)• mula.tu \~lio!IL"l~outaJaiug p101ei:1.. 1''.u Gt!IUf •. v. 36. o. 4. p.
ln-3Bl. 200-4.
ViATfS, R. L; .BJlE\•fER. R. P. CoJCIC3l·IJasal gsngll!O;uc legene::a!l.O!l: uasSJc.a! cluúe:a.l fe3Lu.res
and ;13tui al histo.ry. !r111V Duurd., ' '· 11, p. 3" 6, l 996..
' 'iATTS, JL L., KOI J ER, W. C. J,fuo\!tJU!rtC dl.S()rJ.!n: .'leuioJoglc p:1tlC1ples a00. praCLÍCt:- Xe\' Yà!'k
~.1cG:íi~v- H1.Jl, 1997.
ViEDEll, X. D. el ai. 1;10J\t<Me.i:upo1al deiut::tuas: a le\'11.:\... Atlrt Gi!rt P.\ydullli"/.• V. f>, P- 15-21,
2.007.
V•lill\'BERGER, D. R. J.1:pl~LiO'l~ o! 1110:1:181 b1 a.it1 c.e•,elop1:ient !ut Lhe pa,ha~t1t!jis o! Schl:t..0-
ph.:eow. .~rdt Gi!n P.i.;,dt1Cl1.ty.• ' '· 4-4, ;L 7, p. 660-669, 1957.
v;E11>:BEJl.GfR, D. R. Sdw.opli.:eow an1.. 't1e (ro1'Jtal lobes. 771'.'S. v. 11, p. 367-370. l9BB.
ViEN1'\1NG, G. K. ~ 3L X3LUJa.I hutOI}' a;1d !lut\'1"81o! 14 patit:::1ts •.vitll «iruco!X33sl d~ener3LiOl'l
oo:\!ueied 3 l post,;i;.01ten1exa1:u1l8lllO;LJ1'.11!W'11l Nl!uru.>tug P.i_,-c:Puao:,.., \'. 64, tl. 2. p. lB" -159.
1998.
v•HJT\VEIL, J. L e t aJ. LoilK-JlULl:\31 pattertl!> o! :egJoual chaoge u11 \ u!woet:ic i\{IU JJ\ f101\lO!eJt'I·
poral lobat d~t:::teratlon. Ihrrh!rtC Gl!r:1tir Cog11 Dl.!ard., ' '· 17, 1 4, p. 107-310, 2004.
V•l.1JiEL'1SEN. K. e. F1ontote1:1pural dt:ruentla IS on Uiit: .MAPtau. Anr: !'.'turol .• V. ·~l. n. 2, p.
139·1'10, 1997.
v;Ll.HEL'1SEN, K. C.; CL\RK, L ~ - Cbru...1lOSoltlt 17-lulked dt:.1ct?.:1ti.;t!>. ln: ERISE, P•1. l\L: ~OR
RJS, J. H.. ( Ei.:..). T1u.' ~:.i;1ip1uht1JcrJ uf ikr 1tncao_ Ca..t.b:'idse; Ca.ttlbrad~e Uotverstl)' ~ess. 1997-
p. 170-179.
Xl.AOYtNG. l.; BRUN. A. lle:gllC);1al a.11d btil..11'la: sy;iap1UIC pad1o~y Lt íror'llal lobe deJ;~ llOtl
o! 110.1-Al:tl1eiu1er 1ype. /nr J Gaw.v P.iyck1acl)·., ... 11. p. 4 7·55. 1996.
YASUDA, ,,,_ e t aL A oovd iouta l.JC>n a Lpu).JL10;1 + 12 1.1 tbe ulllo11!otlo\\ 1ng exo1' 10 of t!1e t3o
sulA! ui Í!ltluuul !ru!ltOtt!wpor31 de.~tulua (1:-rD-Ku.rnaruoto). Ann Nt!llrlll.., \ . 47, 11. 4, p. 422-429,
2DOO.
Z..i\XZAKIS, K. K. 1'\et.U ooogotl.J\ e deficit ln Frotuo-TeuqXJ~31 Delt~e:.t.tJa. ~·iturtJ,V.\)"thiru..ry NrUIUp·
.>yr.'wl Ik.111:1.v •"'tu.rut, v. l l, ll. 3, p. 127-135. 1998.
ZlEGl..ER, L. H. P...)dtou.c a;1d eu10llo1&.SI pb!!L1ou1en.!l a~ociated •..ath uyotropb1e latersl sdero-
su. Ardi .\ 'turor P~)\:JJwt.ry., V. Z4 , p. 930-936, 1930.
LEITURAS RECOMENDADAS
CAIXETA, L. O grupô dtJi dtr:t~r:cui.s )r1Ji·1tú.!~rnponw: urna ~.ulkl crú::ro da IL!eratura rorn apro~rl·
t~o de ciu0. 1999. 0.bsettaçau (t.test.rai:.o) - R!culd3i:.e de ~led.Jcc13 ds Uusvt:.~lld.sde de Sju
P:l•J)O, S:to P.!ulo, 1999.
CAJXIITA, l. Qual o t."St:llce:ito !a.u:i:,cológ.1co ~as a.lte..-sçüel> ée w:.itpo~taate1lt0 1t.as di:t:~~?
üirnp.:u:kl Tt:JT:u.s ~,.,, .\'rurowg1.:1, v. 1, : 1... 6. p. 21-23. 2001.
CAJXIrfA, L.: t.tAJ\SUR, L Dew~ua Soi?é!!Jlllie3: ::ivalt3ÇOO cliatd e de :leu.t Oi:.lt8gt?Cll.: t'elo:ilO de
c:sso. .Jirq /\~r<Jp.stquwcr.. v. bl, J\. 2, p. 3"8-351, 2005.
CH.i\JTERJEE, A. e~ :li. ~r1cepbalopau1> msooated ,..1Lh ooba.la:l!L1 dt:f1cle!lcy. Nt!w-ul'«>'··
\~ 46, • L. 3. p. 532·834, ~ 996.
DEl30\'iSKA, G.: GRZY\\TA., .4.: Pü:.1UAA, K. K. tnSJght ul pa!30oid scbu..opllle.rtia: its relauons.."up
e.o ~ychopatltolog.v at1d p:euwrbJi! adJUiW.enl. Cóm.pr P:.yduGLry.., v. 39, 1.J. 255-260, 1998.
E..~GLUXD, E .• DRUX, A.; GUST.A.FSON, L. A ~vlute . L.3llU' dkSl!!lse Ul dt:i:.eillt3 of .4.l:d~Ll.e:'s
t)'pe. C1uucsl a.ad. tletJ.:<>p3Llwlog.ie.al correl&tes. /r1c J w1ucr f'>)-t/Jt:Ut)• ... \'. 4. p. 87-102. 1989.
r"REED:\~'\ . .M. ;·101uotem1.JOtal dee1ei1ua: teL"Ooune.:1dtt1io1l~ fo: Lht:.:11'-'t!\lt1c stud1es, ce~1g11s..,
aJlc! app:ooche:.. Cu11J1\'tw-c>I Sc.1., v. 34 , Suppl. : . 51lB· l24, 2007.
GALWP. J. J. J:. Chunpa.<u.ee. self-recogt1tuon. Sc1tnu• ..i. 167, p. 86-87, 19i'O.
HODGE.S, J. R. Ear!y-oll.>t:.! ditn_tritw . O.Jo1d: Ox!o1d U1li.,,~s1t; Ptt!SS. 2003.
ttO:>GES, J.; P.tESUL\..~, ~t 1.1. P1u1.:3t)' piogresSJve apb:isia.A11n 1\'r!JUol., \. '1 9. p. 4 25-432, ZiX>l.
liOOTL~. \V. r..-t•• ll'XETSOS. e. G. rro1l lOte1:1por31 é.eo1e1l tl3: a tlk11c:ipatl1C1tog&0I 1t:VJe\'\ of
!uw posLL."lO::tew SluL.h:es.. J .\'turoplyd1 C:fm .'\'rurwct., v. 8, p. l 0-19, 1996.
liUEY. A. D. : PUTXM~. K. T.. GRAF1.1AN. J. A S/-:ill!:t.31.IC re\fit?\'\' oJ lll!UtOlt<Jtl!>JôUtet deflCllS 31,c
t.:C!a.t:1...~1Ls u1 !runtotei:tp0ral deu~nLla. .\ 'wrorogy.. , ••· 66, p. 17-22, 2006.
JKEDA, M.; 1.SHíKA\'/A. T.• "11\..~ABE. H. Eptdei:uol08)' of f;0:1tOle:1...po:al lolx!r de~1le:aoo~1... Dt!-
rnetl[ ~riu.cr Ci;gn Di.wrcf., v. 17, p.. 265-265. 2004.
J.MAf,1UJlA, T. et al. B:o:c.ocnpw!it! li eau~t:.1U Cor petse\~3uo1l Ju êl!tlteul t!LI p<t:Jll.!... .4J::1~1!1r11u
Du Au.x D.aurrl. \'. 12. l'· 109· 113, 1998.
JACit:S'T \V. J. et aL J'oca.I A!.i:beUõe:·:. d.Jse:ise.1'1~uro&Jgy.. ~- 40. µ. 14- 19. 1990.
XR!l, J. J.: HAWDA't', G. t.t c:lLucopaLllolo~.real StaK-J1lg oJ !:011tot~po1al de::ee11l!.3 :.e·.e.i;ty:
ro~:elJM~ \'rJLb !t:J!>Íútl3l atropJty. Ih111tr:.c Gér!aJr wg1t Dut1rd., \'. 17, p. 311-315, 200'1.
lEBERT. F. et ai. ftu~1luteuiporêtl Dem1::10:1. a R<:indo1!lbt:<i, oo.1colled tJ ial '' 1th T:3:todonl!. Dt!·
rneric G'cr:utr Cé.lg11 Duarcf.., v. 17, p.. 355-359, 200·t
lE\VY, f·L L. et 31. Alibeutlt:.:' l!be3..>t: sud !ro1llOteClpor3I de:iriulll~: bé.lL11v101 al dt:SwtC:tJ01t1. ;t..rdt
1'êcurol., \'. Sl, p. 687-600, 1996.
UU, X.; BRUN, A. RegJ0~131 a..td la1!W\Sr synapti.c prid10~ i.:1 úonL.Jl l<>be de;;1!.1eJatJ01l oí tl01l·
AWl.t!i:1~ez type. ~r:t J Guiacr l'>J•thwcry.• v. 11, p. 47-SS, 1996.
UU, X..: EIUKSON. C.: BRUI\, A. Cruueal 5}'1'1apcsc cbang\!.) a.td glwsi.s iu 1lo1t.1.sl :1.SUQ:••l\!dl.4!i:L.í!t's
dJ5eaSc! ani.:. !ro:ttal lobe dege.ilit!r11L1on. 0e..~.1tto:t.., v. 7, p. 128-1:>4. 1996.
:MAJ\GOKE, C. A .; H!ER, D. 6..: GOREUC<, P. B. Ctnp3lt!d inl>lglu 10 Al:Lllei;~r's C.tSea,e.. J Guwtr
P:.ydt:at:ry' 1''t-Wlll. v. -4. IJ· 189-193, 1991.
).1lOCOX, A. et a!. Relat1on o! a:1ooogoostS to !ro~1ral lube dysíuOCtJon it1 Alibe.Jrner's duesse. J
1\'riurc.J l\'~w-tJWig P.l_'((_h1e1try., ~. 57, p. 805-809, J. 9941.
MUNOZ-GARC!A. o.; Ll: O'r\'LN, .s. K.. Cls>.>!.e and ~le.rali~t:<i \'a.'JàJU~ uf P1ck'!> tiSt:ll.>t!: a cl1,;u-
C01JS!ho?iosiC3I. uluiutruet•J.;'8l, ac1d luuàu~1ucytucll.iei:ucal COU1fdtat1ve stud}•. Artn .\'turol.. Y. 16.
p. "67~.&J. 1984.
"1"fR1'-1, R.; B.A.OiESOit, A. ~ A nl'.tut>p.sÍ'túJo~u:z !fút ci.do rr:é:lkú d~vl! ja!J~r. São P.auk>: Ath~neu.
2003.
280 Referênà;s.s
J~).1AJ\, s. et 31. Medlylpbe~uc:3Le l'R:ita!io') C31) a1:1eoo:a!e abJw:1oa.l ruk·,ak.it'l& beh.s,io: Jll
tlte (rOt)i.al ..-ana.:1c o! !ro:1!ute.:1:po:al i:.e.uteoll3. .\'~p:.yd11JplJtmnCJroros.;r. ..L 31, t\. 3, p. 651-
658. 2006.
llOSSO. S. !\i. Cuu!plex coiuµuls i\'e bduviow to d1e t~pe>:al ~r1a.;1t o! úo1uete.1:.potal d1t1.en-
LJa..J .\ 'eurcl., .._ 2"8. 1~. 11, p. 965-970. 2001.
SCH.l\IDER, A.. VON D.ti.NIKE.'\. e.; GUTBROn. K. Spo;1t8t'll!OUi OJ.1(a.bul3tlô::tS: a letL1poJ a.J ordl!l
1 ecogJUUO~l failwe. Jll'YS, Y. 2, p. 70. 199&.
SXO\\IDEl'i, J. s.. NE.-'\RY. D.: i\L\.'-1'". D. M. A ,A.utops:r ptoveú spo:adte f~ontoee.it.po1al C.e.:l.""eéllia
due to 101C::ovaeuo!ar-r;pe lustolog~ ,,·it.h 01bet ~l 21 }'~ rs o! age. J ,vi;u;W Ni;uro~u.ri ~p:Jur:rry.•
\t. 74 . p. 86 7-871. 2003.
SO'r\'DE..'\, J. S. St!otalllJCd)'3Íutlctt0~1 º' f101tt«eiapo1al loba: '-e~t1e: auio;L .De.•n.erif Gerrl:Ur Cogn
DUC>l'li. •.- 10, n. l, p. 33-36, 1999.
ViEU\STE!N. E. A .: fR IFDlAND, R. P.: 'r\'AG.l\Elt, E. E. OeJt1aVutlàV.'3teJlit!)S o! t.:1.paJJtlle!t'l l ané
s;:t.bolJe beh.1•,101 Jll Altl1ewier'~ t!isie~e. Nt!1L•ú;JS/t.k1tJC,,. Nt!urotJJ_rc.leül Bdw·1 Jt.'turul., v. 7. p..
176-84' 199"1.
A 8
e --
,._
6 - -.
2 ~
FIG\JRA 2..-
FIGURA 12. 1
(A) ~0"'"1nc1:i m;i,gné-ilc;i (RI"') (cone g;gn;:iJ cm T 1) e (B) SPECT ccw ebra (corte ~ cqiuv:iJcnre
;io c;i RK) cm czo de ccmenm fru"llotcmpor.il, evidencmdo rn:irc;irne iftrofn focU IOG6•.•d:i no
SrECT (sequ&ic1;i de co~ ;uc1:us) de pac1enn~ com ~;isa;i proSrcssrr.t prwn3n:!i (ArP) conlirrn:ida,
CVJdeno;uido h1po pcrfwã.o írow.occmponl i csq-.icrd:i (bfo m cno d:i ·~cm) .
FIG\J RA 12. 5
FIGU RA 12.8
(A) RM (cone ;w;iJ. - 1) de p;iacnte com dcgcn.craçao cornc:di;i.sõ11 (DC!) , evtdcncl;,ndo ilitrofa as
srnétnQ. pr-eéo.'numdo;;. CSiej UCrdil (l;ulo d1re1-:-e> d;i rmgcm). ( B) S,..">fCT (corte ;i.xr,,f) dcpaoente
com DCs, C'l'deno;i_-,do h lpopcrlusio ;usunetna à csquerd3 (sc:::i) {bd'o d rcrto da im~e:n).
• •• '
•
• ••
'..''· •
t
•• • •
•• • •
• ••
til
•• •
.. '• •• ~
•
• •
•• •
, ' ••
•...• •• •
• •
f 4 •
• •'
•
• ..
• , ,.
..
:1 '
• ..
• ~
• •••
• 1
' .. •
'" • " 6;
••• • 1
• •• ' •
•• 1
... • •
()1. 1 r.- ~ ( l'l(lc) 1>LF 1 - 11:> c;1.1;11q JI 1 "'"' h•c:olo.l)J cl q 1m ""'
FIGU RA ll.8
úr.u:tcrístic:u 1mJ no h1stoc:uírR1C2S d :u. DLfTs (com b;ne c:m '<irn:ir Sinef\; ~ Brocckhoven,
2007). As color.iç~ 1m uno h1noq i1ím1C's cspccifu::is p:ir;t -::ou (A C ). u btql..lltSl;I. (O f) e TD?.... 3
(GJ fl) SõtO dcmoMt~ cm sce>çócs sc:mtS cio cóncx front:al supcl'IOI' na C CJCllÇ3 a e P rck (p>ilncl
à esquerda) , [)._FT co m Jbrquim;i ~rtrv;i (pôllncl cen tr.d} e D LFT sem h1stop3toloa1a d1S1S1:lv.1
(põ1rncl à cf1rc1-:;i). lndusocs atopbsmi1'Q!S t3JJ pos1t1v.:i.s cmo pr esentes na doença de Pd (set:u.
no ~cl A). mm ôllJsentcs m D'-.FT ll'lxq u rtin.-a (13) e r1;i. O _fT sem hw.:op;uoloF cspecff;c:a (C).
lnclusocs ~~ i ub1qintr101 cscic> p r esentes n:t doc:nc;01 de Prck ( D) e n3 DLFT u bu:rJltina (E), mn
nao nil Ol r sem l11stologct especiflca (F).
FIG\J RA 16. 2
SPECT (scqu{!noa de- cortes col"CX'l ;us) <fe paclc:t:e com a...'a.sci. p rogrcss rw p m'lám (A.t-"V) oonfao 111.a
d;i. eYKienc1omco hipOf!CrlíJsao frontotc:nporal à esquerda (l:ido direito dô!. 1~m).
FIGURA 17.2
SPfCT cerebr.I! do aso MCR eVJdcnazndo tupopemisao b1tempor.al ilSStmê:rica, mais acentmt.a;i.
3 esquerd:i {l:i.do cfil"Ceo d:i hg-Jr.i).
FIG\J RA 19 . l
'curõntos abab'lildos cm rcgiao froi~ ~ centr.115 csqucrd;i (HE '100x). M1croSCOlltõJ. ,...,,&r:tda
pel3 ne-Jrop:atdog1v.:i Ora. ~ GnnbC1'g (f;iculdõldc de Medicina d;i ln1vcl'3,d:>dc de 5010 J'.7.Jlo) a
p:irt1r cfe um CõlSO de 00$$0 SCl'V'ÇO (c;iso ~dov.if).
FIG\J RA 19 . 4