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CPF 16902932760

CADERNO 2 - HISTÓRIA

Profe. Alê Lopes

CPF 16902932760
Caderno 2 - EsPCEx
2021

Recado inicial

Olá, papiradores, como estão nos estudos?


Como foram no 1º. Caderno, fecharam as 50 questões? Recebi algumas dúvidas. Saibam que continuo à disposição.
Quero lembrá-los de que, assim como no nosso primeiro caderno, este também foi elabora conforme os pontos do
Edital e da incidência de assuntos na prova.
Além disso, as questões estão sendo elaboradas a partir dos livros indicados na Bibliografia do Edital de 2021 para o
Exame Intelectual da ESPCEX. Por isso, não tem erro. Está super focado na Banca!!
Veja a lista de livros indicados no Edital:
HISTÓRIA:
a. ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História – História Geral e História do Brasil. 13. ed. São Paulo:
Ática, 2007.
b. AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História. Ensino Médio – volume único. São Paulo: Ática, 2013.
c. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania. Ensino Médio. Volume único (partes 1,2 e 3). 2. ed. São
Paulo: FTD, 2015.
d. COTRIM, Gilberto. História global. Volume único. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.e. VICENTINO, Cláudio; DORIGO,
Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011.
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Então, sem mais delongas, vamos começar mais um treino com 50 questões inéditas? Foco, Força e Disciplina!
Fé na Missão 12/12!!
Abraços,
Alê Lopes

Lista de questões

MODERNA III - As Revoluções Inglesas (Século XVII). O Iluminismo. A Independência


dos Estados Unidos.

51. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“O absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1457-1509), fundador da dinastia dos Tudor. Ele assumiu o
trono ao final da Guerra das Duas Rosas (1455-1485)” (COTRIM, 2012, p. 339).

Sobre a Guerra das Duas Rosas é correto afirmar que:

a) foi um disputa entre Igreja Católica e monarquia inglesa em torno da possibilidade de separação matrimonial.

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b) duas famílias da nobreza disputaram o poder político, os Lancaster e os York.

c) o resultado da guerra terminou com um acordo glorioso ao estabelecer uma monarquia constitucional.

d) foi um embate direito entre Inglaterra e Espanha pelo controle das rotas comerciais marítimas.

e) foi uma disputa entre Inglaterra e França em torno da hegemonia das rotas comerciais da região de Flandres.

52. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Não satisfeito com o poder “de fato” que os Tudor haviam obtido, os Stuart quiseram exercer também um absolutismo
“de direito”, isto é, reconhecido juridicamente, como o existente na França. Isso ia contra os interesses dos membros do
Parlamento inglês, pois era essa instituição que, de acordo com a Magna Carta de 1215, detinha o poder “de direito”.
(COTRIM, 2012, p. 340)

Diante dessa tensão identificada no texto, é correto afirmar que o desdobramento final do conflito, no final do século
XVII, resultou

a) no fim da monarquia parlamentarista e no estabelecimento do absolutismo pleno.

b) no início da República Inglesa, baseada na liberdade e na propriedade privada.

c) na Revolução Anglicana, responsável por decapitar os monarcas que desrespeitaram o poder parlamentar.

d) na limitação dos poderes da monarquia pelo respeito jurídico às liberdades individuais e pela força do parlamento.

e) no início da guerra civil, a qual somente se resolveu no final do século seguinte com a força da revolução industrial.
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53. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A divisão social dos homens baseada em uma hierarquia de estratos determinados pelo nascimento correspondia a qual
elemento estrutural da sociedade do Antigo Regime criticado pelas ideias iluministas:

a) sociedade estamental, na qual havia baixa mobilidade social.

b) sociedade de classes, na qual a burguesia explorava as demais.

c) horizontalidade social, combinada com a miséria em larga escala.

d) mentalidade mercantil, que impedia as possibilidades comerciais dos profissionais autônomos.

e) sociedade escravagista, a qual negava a liberdade e a cidadania e um terço dos habitantes das principais nações
europeias.

54. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Para o pensador e economista Adam Smith (1723-1790):

a) a terra é o principal fator de produção da riqueza.

b) o Estado é essencial para regular a ordem do mercado.

c) o trabalho é o elemento produtor da riqueza.

d) o mercado é resultado de um contrato social entre os homens de negócio.

e) o mercantilismo seria o modelo ideal de livre concorrência.

55. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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Assim como os fenômenos físicos – diziam os iluministas -, as relações entre os indivíduos são regidas pelas leis da
natureza. Nesse sentido, um desses pensadores afirmou: “A liberdade natural do homem consiste em estar livre de
qualquer ser superior na Terra (...) Se o homem no estado de natureza é tão livre, iguais e independentes, ninguém
pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem seu consentimento”. Esta frase é de
autoria de

a) John Locke.

b) Karl Marx.

c) Denis Diderot.

d) Marc Bloch.

e) Voltaire.

56. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No contexto o pensamento iluminista, a crítica à propriedade privada como fundamento da desigualdade social e a
necessidade de separação do poder em três partes (Executivo, Legislativo e Judiciário) são, respectivamente dos
pensadores:

a) Adam Smith e Voltaire.

b) Karl Marx e Montesquieu.

c) Jean-Jacques Rousseau e Voltaire.


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d) Karl Marx e Jean-Jacques Rousseau.

e) Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.

57. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No século XVIII, nos territórios das 13 Colônias britânicas, pode-se dizer que o aumento dos impostos e do controle
sobre a produção colonial a partir da Coroa foram decorrência direta

a) da derrota dos ingleses na Guerra dos Sete Anos, contra os franceses.

b) da vitória dos ingleses na Guerra dos Sete Anos, contra os franceses.

c) dos gastos em Guerras no mar Mediterrâneo contra espanhóis.

d) da guerra civil interna na Inglaterra, chamada de Revolução Puritana, que consumiu quase a totalidade dos recursos
da nobreza.

e) da expansão para o Oeste, medida expansionista adotada para evitar as constantes invasões dos franceses via terras
canadenses.

58. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


São acontecimentos que estiveram no contexto da ocupação inglesa na América do Norte:

a) os cercamentos nos campos ingleses, que provocaram o deslocamento de uma massa de camponeses sem terra e
sem trabalho para processos migratórios.

b) a parceria comercial entre ingleses, franceses e espanhóis, concretizada na função de sociedades comerciais, as
Companhias, com cotas proporcionais de cada reinado.

c) o incentivo dos reis católicos para que os protestantes fundassem colônias e catequisassem os indígenas.

d) a corrida pelo ouro, em particular, nas terras do Sul das 13 Colônias.

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e) a autonomia financeira e administrativa concedida pela Coroa inglesa aos ingleses que assumissem os riscos de
empreender nas novas terras.

59. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Relacione as colunas e, em seguida, marque a alternativa correta no que diz respeito ao domínio colonial inglês na
América do Norte:

A – Lei do Açúcar

B – Lei do Selo

C – Lei do Chá

D – Lei Intoleráveis

I – de 1773, concedia o monopólio de venda do produto em questão à Companhia Inglesa das Índias Orientais, sendo
que o objetivo do governo inglês era combater o contrabando do produto.

II – de 1764, proibia a importação de rum pelos colonos e cobrava taxas sobre a importação do melaço que não tivesse
origem nas Antilhas britânicas.

III – de 1765, cobrava uma taxa sobre diferentes documentos comerciais, jornais, livros, etc.

IV – de 1774, um conjunto de medidas repressivas que autorizava fechamento de estabelecimentos e autorizava o


governo colonial a julgar e punir severamente os colonos.

a) A-III; B-II; C-I; D-IV.


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b) A-IV; B-I; C-III; D-II.

c) A- IV; B-III; C-II; D-I

d) A-II; B- III;C-I; D-IV.

e) A-I; B-II; C-III; D-IV.

BRASIL COLÔNIA II - Expansão territorial; rebeliões coloniais. Movimentos


Emancipacionistas: Conjuração Mineira e Conjuração Baiana
60. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A subordinação à metrópole não impediu que houvesse certo dinamismo nas relações econômicas e comerciais na
América Portuguesa, sobretudo, a partir da crise do açúcar. Paradoxalmente, na colônia portuguesa é um momento de
diversificação econômica.
Analise a lista de atividades econômicas:
I - fumo
II – Aguardente e rapadura
III – Algodão e índigo
IV – Pecuária
V- Atividades extrativistas florestais
VI – Extrativismo mineral
Estão inseridas na economia colonial a partir do século XVII apenas os itens:

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a) I, II, III, IV
b) I, II, III, IV, VI
c) I, II, IV, V, VI
d) I, IV, V, VI
e) I, II, IV, VI
61. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

É causa principal do impulso para o desenvolvimento da pecuária no Sul e no Nordeste da Colônia


a) A necessidade de abastecimento alimentar e de transporte para a empresa mineradora no centro-sul.
b) A busca realizada, oficialmente, pela coroa, para abastecer a região açucareira.
c) O transporte de baixo custo para o transporte da produção do açúcar.
d) O estabelecimento das missões jesuíticas, já que foram estes que trouxeram o gado.
e) O desenvolvimento da região mineradora que precisava apenas de charque.
62. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O combate à presença estrangeira, especialmente durante a União Ibérica, também contribuiu para a ocupação do
interior do Nordeste e da região que hoje chamamos Amazônica. Foram construídas fortificações pelas expedições
militares que ao longo do tempo
a)Contribuíram para o processo de urbanização, já que as fortificações viraram importantes cidades, como Fortaleza.
b)Imprimiram um caráter de extermínio indígena no processo de expansão territorial, já que as fortificações foram
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construídas por portugueses.


c)Desapareceram por falta de uso, logo após a expulsão dos estrangeiros franceses e holandeses.
d)Tornaram-se aldeias jesuíticas com o objetivo de controlar os índios e, assim, catequizá-los.
e)Ajudaram na memória dos primeiros anos de colonização, mas sem qualquer utilidade prática.
63. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A pobreza da inicialmente próspera capitânia de São Vicente, diante do sucesso do empreendimento açucareiro no
Nordeste, levou à organização de bandeiras. Essas expedições podem ser classificadas conforme seu objetivo.
Correlacione a coluna I e II de modo a caracterizar corretamente os três tipos de bandeiras:
Coluna I (tipos de Bandeiras)
I- Bandeira de apresamento
II- Bandeira de contrato
III- Bandeira de Prospecção

Coluna II (objetivos)
( )Destinadas a capturar e aprisionar escravizados fugidos e refugiados em quilombos.
( )Destinadas a procurar riquezas minerais.
( )Destinadas a atuar no mercado de escravizados, apresando indígenas, inclusive de missões jesuíticas.
Assinale a alternativa que indique a ordem correta da associação entre a Coluna I e Coluna II:
a)III, II, I
b)I, II, III
c)II, I, III

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d)II, III, I
e)I, III, II
64. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Sobre a origem dos bandeirantes na região de São Paulo, é correto afirmar que
a) Exterminaram os indígenas a partir de sua aliança com franceses.
b) Fizeram acordos com indígenas, o que incluía a união com mulheres indígenas, de modo que se formou, nessa região,
um povo mestiço.
c) Descobriram ouro sozinhos, sem apoio da Coroa ou de povos indígenas.
d) Formaram a Vila mais próspera da colônia, a Capitânia de São Vicente.
e) Em conjunto com as missões jesuíticas, conseguiram povoar São Paulo com indígenas vindos de Sete Povos das
Missões.
65. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No Nordeste, especialmente no Rio Grande do Norte e no Ceará, os colonizadores, na sua tentativa de estabelecer um
domínio nos campos agrícolas e de criação de gado, tentaram, de todas as formas, eliminar as nações Tapuias.
Representa resistência indígena contra os colonizadores, durante ocupação colonial na região Nordeste:
a)Quilombo de Palmares
b)Confederação dos Tamoios
c)Sete Povos das Missões
d)Guerra dos Emboabas
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e)Confederação do Cariri
66. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Após a anulação dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, ocorrida durante a União Ibérica, foram estabelecidos
novos tratados para resolver as contínuas disputas entre espanhóis e portugueses no Sul da Colônia, como:
a)Tratado de Petrópolis
b)Tratado de Rio Branco
c)Tratado de Badajós
d)1º. Tratado de Utrecht
e)Bula Intercoetera
67. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

As primeiras descobertas significativas de ouro na América portuguesa estão ligadas à expansão bandeirante e datam
do final do século XVII, quando a produção e comercialização do açúcar enfrentavam um período de crise.
São consequências da descoberta do ouro:
I- Ocupação e povoamento do interior do Brasil.
II- Urbanização com a formação de vilas e cidades.
III- Insatisfação do comércio já que não havia abastecimento
IV- Deslocamento do eixo político e econômico do Nordeste para o Centro-Sul da Colônia.
V- Introdução do Barroco como instrumento de doutrinação católica.
Assinale a alternativa que apresenta todos os itens corretos:
a)I, II, III, IV
b)I, II,III, V
c)I, II, IV

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d)I, II, IV, V


e)II,IV, V
68. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Se o quinto recolhido no ano não atingisse o valor mínimo, a diferença seria completada pela derrama, cobrança
compulsória feita por soldados metropolitanos autorizados a invadir casas e confiscar bens e propriedades até completar
o valor.
Qual foi o valor anual mínimo do quinto imposto pela Coroa Portuguesa?
a)1000 arrobas de ouro
b)100 arrobas de ouro
c)100 arrobas de ouro e 10 de diamantes
d)1450 quilos de ouro
e)100 arrobas independentemente de ouro ou diamante.
69. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1755 Portugal passou por um terremoto que destruiu a cidade de Lisboa. Isso ocorreu no mesmo momento em que
reduzia a entrada de ouro vindo da colônia portuguesa na América. Diante de tal situação, o então Ministro de Dom
José I, Marques de Pombal, recorreu a algumas medidas econômicas.
São elas
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a)Aumento de tributos e estabelecimento de monopólios por meio de companhias de comércio


b)Criação do subsídio literário
c)Expulsão dos jesuítas
d)Transformação de aldeias em vilas
e)Extinção das capitanias hereditárias
70. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No século XVII, a diferenciação interna da sociedade colonial, separando os interesses de comerciantes e senhores de
engenho no Nordeste, gerou tensões que levaram à luta armada. Essas primeiras disputas
a) Revelavam a insatisfação de setores da sociedade colonial, sendo que havia por trás delas interesses separatistas,
como é o caso da Inconfidência Mineira.
b) Demonstravam a insatisfação de setores da sociedade colonial, mas contestavam apenas aspectos da política
colonial e não o sistema como um todo, como é o caso da Revolta de Beckman.
c) Traziam a marca da insatisfação dos portugueses com a falta de privilégios e benefícios tais como os concedidos
pela Coroa, como é o caso da Guerra dos Mascates.
d) Marcaram o início do processo de independência, já que todas elas expressam a insatisfação e o desejo de
ruptura com a metrópole.
e) Expressam a insatisfação da elite letrada e das camadas populares que se insurgiram contra o sistema colonial,
como vemos na Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
71. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Na segunda metade do século XVIII, enquanto na Europa e nos Estados Unidos difundiam-se os ideais liberais, o Brasil
continuava ainda submetido ao estatuto colonial e ao absolutismo da Coroa Portuguesa. O contraste entre o imobilismo
desse sistema e as mudanças que ocorriam na Europa e na América do Norte acabariam por levá-lo à crise.
(Arruda e Pilleti. História Geral e História do Brasil)

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Na raiz do problema apresentado acima estão três processos históricos, corretamente e cronologicamente identificados
na alternativa
a)Revolução Industrial, Independência dos Estados Unidos da América e Revolução Francesa
b)Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Era Napoleônica
c)Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Independência do Haiti
d)Revolução Industrial, Revolução Francesa e Era Napoleônica
e)Independência dos Estados Unidos da América, Revolução Francesa e Estabelecimento da Família Real Portuguesa no
Brasil
72. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O despertar da consciência nacional inicia-se no século XVIII. Os primeiros movimentos de certa envergadura a contestar
o estatuto colonial foram a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
Assinale a alternativa que marca a diferença entre esses dois movimentos
a)Ambos tinham caráter emancipacionista e, por isso, lutavam pelo fim da dominação de Portugal.
b)Eram contrários ao abuso fiscal e à continuidade do pacto colonial.
c)Enquanto o movimento mineiro era formado por um grupo letrado da elite, o baiano contou com a participação das
camadas mais pobres da sociedade.
d)Enquanto a Inconfidência defendia a abolição dos escravos, na Bahia o assunto tinha divergências entre os populares.
e)A devassa contra os dois movimentos teve desfecho diferente: em Minas gerais todos foram presos, enquanto na
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Bahia houve enforcamento também.

CONTEMPORÂNEA I - A Revolução Industrial. A Revolução Francesa e a Restauração (o


Congresso de Viena e a Santa Aliança
73. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A industrialização da segunda metade do século XVIII, na Europa, iniciou-se com a mecanização do setor têxtil, cuja
produção conquistava cada vez mais mercado. A nação considerada pioneira na revolução industrial foi:
a) França.
b) Rússia.
c) Portugal.
d) Inglaterra.
e) Alemanha.
74. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A Primeira Revolução Industrial, entre 1760 e 1860, ficou conhecida por qual característica do processo industrial
a) aproveitamento do aço e da energia elétrica, com destaque para o motor a combustão.
b) desenvolvimento da indústria de tecidos a partir do tear mecânico.
c) exploração de recursos energéticos petrolíferos como fonte de energia.
d) rápida comunicação entre matrizes das companhias de comércio por meio do telégrafo.
e) emprego de tração animal.
75. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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No que diz respeito às mudanças mais profundas nas relações econômicas e sociais, a Revolução Industrial, a partir de
meados do século XVIII, provocou a seguinte transformação em comparação ao modelo econômico até então vigente:
a) ampliação do trabalho doméstico em setores organizados da indústria.
b) mecanização das atividades agrícolas, com diminuição do mercado consumidor interno e expansão do mercado
externo.
c) diminuição do mercado consumidor interno nos países europeus.
d) diminuição dos custos de produção e ampliação do mercado consumidor.
e) pleno controle das atividades de trabalho pelo trabalhador a partir da especialização.
76. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

As inúmeras transformações provocadas pela Revolução Industrial podem ser sistematizadas conforme segue:
I – utilização de máquinas mecanizadas e aprofundamento da divisão e especialização do trabalho.
II – formação de novas ideologias e estabelecimento de mão de obra assalariada.
III – reestruturação das corporações de ofício a partir da ampliação do trabalho manufaturado.
IV – ampliação das zonas urbanas e êxodo rural.
V- surgimento do ludismo.
Assinale a alternativa que apresenta todas as medidas corretas, dentre as listadas acima.
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a) somente I e II são corretas.


b) I, II e III são corretas.
c) I, II, III e V são corretas.
d) somente II, III e IV são corretas.
e) I, II, IV e V são corretas.
77. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Quais acontecimentos internacionais contribuíram para impulsionar o processo da Revolução Francesa, em 1789:
a) a Guerra dos Sete Anos e a Independência do Haiti.
b) o Bloqueio Continental e a Guerra dos 100 anos.
c) a Guerra dos Sete Anos e a Independência das 13 Colônias Americanas.
d) A Independência das 13 Colônias Americanas e o fechamento das rotas comerciais no mediterrâneo.
e) as disputas da França com o Império Turco-Otomano e a penetração dos comunistas russos em território francês.
78. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Leia as afirmações abaixo referentes ao período inicial da Revolução Francesa, em 1789.


I – não houve participação popular.
II – os privilégios do clero e da nobreza foram extintos.
III – a Assembleia Nacional Constituinte aboliu a escravidão.
IV – foi implantada uma República Constitucional, que terminou com a ascensão de Napoleão Bonaparte, em 1799.
V – foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

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Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmações corretas, dentre as listadas acima.
a) I, II e III estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) II, IV e V estão corretas.
d) III, IV e V estão corretas.
e) II e V são corretas.
79. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Do ponto de vista simbólico, a ação popular que marcou a queda do Antigo Regime, logo no início da Revolução Francesa
(1789) pode ser sintetizada
a) na tomada da Bastilha.
b) na queima do Palácio de Versalhes.
c) no enforcamento do rei.
d) no estabelecimento da Comuna de Paris.
e) no massacre da nobreza ligada aos interesses financeiros.
80. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A vitória contra os exércitos estrangeiros deu nova força aos revolucionários franceses. Os principais líderes da revolução
decidiram, então, proclamar a República, o que ocorreu em 22 de setembro de 1792.
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(COTRIM, 2012, p. 380).


Após proclamarem a República, seguiu-se que
a) Luís XVI foi julgado e condenado a prisão perpétua.
b) a Assembleia Legislativa foi dissolvida e, no lugar, foi criada a Convenção Nacional.
c) foi instaurada a hegemonia da corrente dos girondinos, seguida da fase do Termidor liderada por esta força.
d) o Comitê de Salvação Pública ficou encarregado de vigiar, prender e punir os traidores da causa revolucionária.
e) o Tribunal Revolucionário passou a ficar responsável pelo controle do exército e pela administração pública.
81. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O Golpe do 18 Brumário de 10 de novembro de 1799 resultou


a) na instauração do Governo do Diretório
b) na restauração da monarquia.
c) na ascensão de Napoleão Bonaparte.
d) no estabelecimento do governo do Consulado, liderado por Luís Bonaparte.
e) na repartição do poder entre 3 Cônsules, sendo um do grupo das girondinos, outro dos jacobinos e um terceiro da
corrente da planície.
82. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Leia as afirmações abaixo referentes a Era Napoleônica.


I – instituição de uma administração pública descentralizada.
II – controle da inflação por meio da regularização da emissão de moedas com criação do Banco da França.

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III – elaboração e adoção do Código Penal, conhecido como Código Napoleônico.


IV – ampliação das instituições de ensino.
V – assinatura da Concordata, de 1801, um acordo que transferiu para a Igreja católica o poder de nomeação dos
bispos.
As medidas corretas que caracterizam a Era Napoleônica são:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III, IV e V.
d) II, IV e V.
e) I, IV e V.
83. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Napoleão termina seus dias na ilha de Santa Helena, após ser derrotado militarmente, em 1815. Qual o nome dessa
batalha decisiva?
a) Batalha de Caporetto.
b) Batalha das Nações.
c) Batalha de Verdun.
d) Batalha de Tannenberg.
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e) Batalha de Waterloo

BRASIL IMPÉRIO I - O processo da independência do Brasil: o Período Joanino; Primeiro


Reinado; Período Regencial

84. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“Em tese, a abertura dos portos às “nações amigas” aplicava-se a outros países, além da Inglaterra, que desejassem
comercializar com o Brasil. Por isso, o governo inglês procurou obter privilégios para seus produtos.”
(COTRIM, 2012, p.451)
Para obter esses privilégios, o governo de D. João e os inglês firmar o seguinte acordo:
a) Tratado de Methuen.
b) Tratado de Comércio e Navegação.
c) Tratado da Boa Vizinhança.
d) Acordo das Nações Amigas.
e) Tratado de Livre Comércio e Redução Alfandegária.
85. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O governo de D. João VI foi responsável pela implantação no Brasil de diversas academias e instituições de interesse
cultural, educacional e social. Observe a listagem abaixo:
I – Academia Militar e da Marinha e o Hospital Militar.
II – Jardim Botânico.

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III – Fundação do Clube da Maioridade.


IV – Museu do Ipiranga.
V – Academia de Belas-Artes.
Assinale a opção em que as afirmações estão relacionadas à promoção cultural do governo de D. João VI:
a) I e II
b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
86. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A Revolução Pernambucana, de 1817, foi motivada, dentre outros fatores:


a) pela condição de miserabilidade da população, que sofria com a decadência econômica da região, fruto da queda
dos preços do açúcar e do algodão.
b) pela grande chuva, de 1816, que inundou boa parte da lavoura e, nas cidades, destruiu as habitações populares,
tornando as pessoas desamparadas, sem qualquer tipo de apoio dos governantes.
c) pela falta de liberdade industrial, impostas pelo ingleses em 1808, fato que arrefeceu a economia do nordeste.
d) pela defesa da abolição da escravidão e pela liberdade religiosa.
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e) pelo ameaça de D. João VI deixar o Brasil, fato que traria para os brasileiros a ameaça da condição de colônia.
87. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Logo no início do Primeiro Reinado (1822-1831), o Projeto da Constituição de 1823 recebeu o nome popular de
Constituição da Mandioca. O motivo dessa denominação era porque:
a) o projeto previa a instituição do Poder Moderador.
b) o projeto valorizava o poder legislativo e pretendia limitar o poder do Imperador.
c) o projeto estabelecia que o eleitor precisava ter renda mínima anual em alqueires de determinado produto agrícola,
reafirmando o voto censitário.
d) o projeto proibia estrangeiros, principalmente os portugueses, de ocupar cargos públicos de representação, como os
cargos de Senador e de Deputado Federal.
e) o projeto era financiado pelos agricultores exportadores de mandioca.
88. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Pedro I abdicou do trono em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial.
No início do Período Regencial, até 1834 o cenário político do país estava dominado pelos
a) progressistas e regressistas.
b) restauradores, exaltados e moderados.
c) comunistas e republicanos.
d) liberais e republicanos.
e) liberais e conservadores.

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CONTEMPORÂNEA II - O Pensamento e a Ideologia no Século XIX. . O imperialismo e os


antecedentes da Primeira Guerra Mundial

89. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Após a derrubada da Era Napoleônica, ocorre a restauração monárquica dos Bourbons e o rei Luis XVIII governa até
1824. Seu governo ficou marcado pelo Terror Branco, que foi:
a) a violenta repressão contra os sindicatos dos trabalhadores.
b) a execução sumaria de partidários do jacobinismo, os quais foram julgados por terem promovido o Terror na
Revolução Francesa.
c) a repressão e perseguição dos partidários de Napoleão Bonaparte e do liberalismo.
d) a perseguição aos membros da nobreza que mudaram de lado, aderindo às ideias socialistas.
e) a repressão dos partidos comunistas e anarquistas.
90. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em boa parte do século XIX, a França viveu processos revolucionários que repercutiram em toda Europa. Nesse interim,
o rei Luís Filipe de Orléans, conhecido como o “rei burguês”, foi deposto em 1848, dando início a um novo governo.
Entre 1848 e 1870, a França passou pela formação e desestruturação de quais formas de governo:
a) 1ª República e 3º Império Napoleônico.
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b) 2ª Republica e 2º Império Napoleônico.


c) 1ª República e 2º Império Napoleônico.
d) 2ª República e 1º Império Napoleônico.
e) 3ª República e 2º Império Napoleônico.
91. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O italiano Giuseppe Garibaldi (1807- 1882) chegou a tecer o seguinte comentário ao escritor Alexandre Dumas, que fez
sua biografia: “O homem que defende seu país ou que ataca outro não passa de um soldado (...) Por outro lado, o
homem que, ao se tornar cosmopolita, adota a humanidade como sua pátria e vai oferecer sua espada e seu sangue a
todos os que lutam contra a tirania, é mais que um soldado: é um herói". Essa concepção de Garibaldi é identificada
no fato de ele ter atuado ativamente
a) na Revolução Farroupilha, em defesa do Império e, posteriormente, na defesa da restauração monárquica na Itália.
b) na Guerra Civil Uruguaia e, posteriormente, na Guerra de Secessão nos Estados Unidos.
c) na Revolução Farroupilha, no Brasil, e, posteriormente, no processo de unificação italiano e, após, na Guerra de
Secessão nos Estados Unidos.
d) Revolução Farroupilha, no Brasil, e, posteriormente, no processo de unificação italiano.
e) na Revolução Boliviana e, em seguida, nos processos de unificação da Alemanha e da Itália.
92. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“...viam na propriedade comum desses meios a forma de viverem todos bem. Por isso, em suas sociedades visionárias,
planejavam que os muitos que executariam o trabalho viveriam com conforto e luxo, graças à propriedade dos meios
de produção...”.
As ideias expressas no texto, representam uma corrente de pensamento político do século XIX, na Europa. As ideias se
aproximam da

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a) socialismo utópico.
b) anarco-sindicalismo.
c) liberalismo.
d) positivismo.
e) darwinismo-social.
93. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
“A aristocracia sulista estava vinculada, em primeira instância, ao mercado mundial, ao estilo latino americano; do
trabalho de seus escravos provinha 80% do algodão utilizado nas tecelagens europeias. Quanto ao protecionismo
industrial o norte somou a abolição da escravatura, a contradição eclodiu com a guerra”
(Eduardo Galena. As veias abertas da América Latina).
O conflito em questão é a Guerra de Secessão, entre 1861 a 1865, nos EUA. As divergências econômicas entre a
aristocracia sulista e a elite nortista estão corretamente expressas em:
a) os Estados do Sul queriam migrar para o trabalho assalariado, já os do Norte consideravam que a escravidão era um
“mal necessário” para desenvolver a industrialização.
b) apesar de manufatureiro e livre cambista, o Norte defendia a intervenção do Estado para proteger o mercado da
concorrência internacional, já o Sul dos EUA priorizava um projeto de exportação sem tarifas, tanto na saída de produtos
quanto na entrada.
c) a divergência entre as elites do Norte e do Sul estava baseada na regulação da economia, pois, para os sulistas não
seria preciso uma moeda única, já que o ouro era o lastro de negociações internacionais, já para os nortistas seria
preciso um moeda única, capaz de fornecer unidade à nação.
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d) o norte manufatureiro exigia tarifas protecionistas dos produtos importados ao passo que o Sul, que vivia da
exportação e importação, pregava o livre mercado.
e) o Sul, por fornecer algodão para as industriais têxteis internas e externas, defendia medidas industrializantes, já o
Norte pretendia criar um Estado de Bem Estar Social baseado no livre cambismo.

BRASIL IMPÉRIO II - Segundo Reinado; Crise da Monarquia e Proclamação da República

94. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Até então, o imposto sobre importação era de apenas 15%. Com a tarifa Alves Branco, a maioria dos produtos
importados passou a ser tributada em 30%. E se fossem fabricados no Brasil produtos semelhantes, a tarifa chega a
60%.
(COTRIM, 2012, p. 487)
O objetivo da Tarifa Alves Branco, de 1844, era:
a) equiparar a competitividade nacional e internacional.
b) priorizar o consumo de produtos importados, em particular os ingleses.
c) fomentar a indústria nacional e forçar o mercado consumidor a optar por produtos nacionais.
d) desestimular o tráfico negreiro.
e) favorecer a economia do café, reforçando um modelo interno dependente de um único produto.
95. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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A política externa do Segundo Reinado girou em torno de dois eixos fundamentais: as relações privilegiadas com a
Inglaterra, que foram interrompidas momentaneamente com a Questão Christie, e as constantes intervenções do Brasil
na Bacia do Prata, que geraram conflitos com vários países da região, como, por exemplo, Argentina e Paraguai.
(CÁCERES, 1993, p. 191)
Sobre essas as relações exteriores no Segundo Reinado (1840-1889), suas possíveis causas e consequências, assinale
a afirmação correta:
a) internamente, uma das consequências da Guerra do Paraguai foi o fortalecimento do Exército brasileiro e das
reivindicações dos oficiais de baixa patente, provocando atritos entre o corpo militar e o governo monárquico.
b) a Questão Christie girou em torno da divergência sobre a Lei de Terras, de 1850, pois os ingleses queriam preferência
na compra das terras ociosas do Estado brasileiro.
c) a Questão Christie se tornou em um conflito diplomático após o embaixador britânico no Brasil, William Douglas
Christie, ir aos jornais criticar publicamente D. Pedro II em razão da demora na política abolicionista.
d) nos três conflitos em que o Império brasileiro se envolveu, a guerra contra Oribe e Rosas, a guerra contra Aguirre e
a Guerra do Paraguaia, em todos ele saiu derrotado.
e) a Guerra da Cisplatina, entre 1864 e 1870, foi iniciada após o governo paraguaio invadir terras brasileira no Mato
Grosso.

96. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A chamada Lei de Terras, de 1850,


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a) democratizou o acesso a terras no Brasil, pois regularizou o processo de compra e venda aos brasileiros, aos
portugueses e demais estrangeiros e aos ex-escravos.
b) priorizou o instituto da doação de terras para facilitar a regularização dos grandes proprietários.
c) foi feita para atender aos interesses ingleses, que pretendia entrar nos negócios agrícolas do Brasil com a exploração
do chá.
d) alterou o regime de propriedade de terras no Brasil, diferenciando terras devolutas do Estado e aquelas que poderiam
ser propriedade privada.
e) retirou a posse da terra daqueles que haviam recebido propriedades por meio das doações de sesmarias.
97. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1840, o primeiro Gabinete montado por Dom Pedro II era exclusivamente de liberais, a quem o imperador “devia”
a maioridade antecipada. Mas não durou muito porque
a) Perderam as eleições, em 1840, e, assim, foram substituídos por conservadores
b)Chefiado por Araújo Lima, os conservadores derrubaram o Ministério Liberal.
c)Lideraram a Revolta Liberal, em São Paulo e Minas Gerais.
d)Promoveram a Revolução Praieira, fato que gerou desentendimento com o Imperador.
e)Os liberais não conseguiram pacificar as províncias e, além disso, fraudaram as eleições parlamentares, em 1840.
98. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1847, o imperador decretou a criação do cargo de “presidente do Conselho de Ministros”. A partir daquele momento,
Dom Pedro II passou a nomear apenas o Presidente do Conselho que, por sua vez, nomeava os demais ministros.
Esse sistema de governo recebeu o nome de __________________, porque ______________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase acima.

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a)Bipartidarismo; Dom Pedro procurou conciliar os interesses de liberais e conservadores.


b)Parlamentarismo; Dom Pedro indicava para presidir o Conselho sempre membros do Partido mais votado pelos
eleitores.
c)Parlamentarismo às avessas; a nomeação era de escolha do Imperador e não indicação do Partido com maior número
de cadeiras no Parlamento.
d)Conciliação partidária; havia uma constante troca do ministério com o objetivo de dividir de maneira equitativa o
poder entre os dois partidos existentes.
e)Poder moderador; ficava a cargo do imperador intervir no Poder Legislativo.
99. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Com o café, a partir de 1860, os déficits na balança comercial deram lugar à superávits. Com isso, a economia sofreu
um novo impulso. Além da expansão do café, outros fatores contribuíram para equilibrar econômica e financeiramente
o país:
I – Mudança da política alfandegária que fixaram os impostos de importação no valor médio de 30%.
II- Abolição do tráfico de escravos que liberou capital para investimentos em outras atividades produtivas.
III – Construção de estradas de ferro e obras de infraestrutura.
IV- Pauta exportadora diversificada e equilibrada.
V- Aumento dos empréstimos, sobretudo feitos com a Inglaterra.
Assinale a alternativa que contenha apenas itens que caracterizam o avanço da economia durante o Segundo Reinado.
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a)I, II, III


b)I, II, IV
c)I, II, III, V
d)II, III, IV
e)II, III
100. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em maio de 1865, os governos do Brasil, do Uruguai e da Argentina uniram-se contra Solano López, criando a Tríplice
Aliança. Era o começo da Guerra do Paraguai, que teve diversos combates de grandes proporções, com a participação
de milhares de soldados.
São batalhas importantes da Guerra do Paraguai:
I-Batalha do Riachuelo
II-Batalha do Tuiuti
III-Batalha do Curupaiti
IV-Batalha do Avaí
Assinale a alternativa que contenha todas as Batalhas da Guerra do Paraguai
a)I, IV
b)I, II, III
c)I, III, IV
d)I, II, IV
e)I, II, III, IV

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Lista de questões com comentários

MODERNA III - As Revoluções Inglesas (Século XVII). O Iluminismo. A Independência


dos Estados Unidos.
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51. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“O absolutismo inglês teve início com o rei Henrique VII (1457-1509), fundador da dinastia dos Tudor. Ele assumiu o
trono ao final da Guerra das Duas Rosas (1455-1485)” (COTRIM, 2012, p. 339).

Sobre a Guerra das Duas Rosas é correto afirmar que:

a) foi um disputa entre Igreja Católica e monarquia inglesa em torno da possibilidade de separação matrimonial.

b) duas famílias da nobreza disputaram o poder político, os Lancaster e os York.

c) o resultado da guerra terminou com um acordo glorioso ao estabelecer uma monarquia constitucional.

d) foi um embate direito entre Inglaterra e Espanha pelo controle das rotas comerciais marítimas.

e) foi uma disputa entre Inglaterra e França em torno da hegemonia das rotas comerciais da região de Flandres.

Comentários
Em primeiro lugar, note que o tema da questão é a Guerra Das duas Rosas, ocorrida entre 1455 e 1485, no século XV. Com
o trecho de autoria do professor Cotrim, o enunciado sugere que esse conflito foi parte fundamental do processo de
centralização política na Inglaterra. De fato, em consequência da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), contra a França, e da
Guerra das Duas Rosas, logo em seguida, a nobreza britânica ficou enfraquecida. Isso porque não havia um exército
unificado e cada nobre cedeu parte de suas tropas e investiu seus próprios recursos no esforço de guerra. Assim, a família
Tudor viu a oportunidade para se destacar e concentrar mais poder. Sabendo desse contexto, vejamos o que é correto
afirmar sobre o conflito que é tema da questão:
a) Incorreta. Essa disputa se deu no século XVI, mais especificamente durante o reinado de Henrique VIII, filho de Henrique
VII. O monarca queria se divorciar de sua esposa para casar com outra mulher, o que o papado se recusou a oficializar.
Além disso, havia outras rixas entre Coroa inglesa e Igreja relacionadas a isenções fiscais, privilégios de foro e propriedade
de terras. O polêmico divórcio do rei foi a “cereja do bolo” e em 1534, a Inglaterra rompeu com a Igreja Católica, fundando

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a Igreja Anglicana. Esta não era em quase nada diferente da igreja romana, mas na nova o monarca inglês era a autoridade
máxima.
b) Correta! Esse conflito, que envolveu toda a nobreza inglesa, foi a disputa pelo trono entre as famílias York e Lancaster
uma vez que, após a Guerra dos Cem Anos, não mais existia uma autoridade real vitoriosa capaz de unir a nobreza inglesa.
Havia um vazio de poder após a derrota para a França. O desfecho dessa Guerra entre as duas famílias ocorreu com a
ascensão dos Tudor ao poder, por meio da figura de Henrique VII.
c) Incorreta. Esse foi o desfecho das revoluções inglesas durante o século XVII, muito posterior ao conflito aqui abordado.
Com a coroação do rei católico Jaime I e o início da Dinastia Stuart, em 1603, o absolutismo se aprofundou na Inglaterra.
Isso gerou um grande descontentamento na nobreza puritana e de grande parte da sociedade britânica, de maioria
protestante. No reinado do sucessor Carlos I a tensão ficou ainda pior com a eclosão de uma guerra civil em 1640. Nove
anos depois, o monarca foi derrotado pelo exército do parlamento e executado. Instaurou-se uma república, que logo se
tornou tão ou mais absolutista quanto os Stuart, com a concentração de poder na figura de Oliver Cromwell. Somente após
dois anos de sua morte que se deu em 1658, é que a nobreza, por meio do Parlamento, restaurou a monarquia britânica e
a dinastia Stuart, com a condição de que o rei não tentasse aplicar o absolutismo. Contudo, durante o reinado de Jaime II,
entre 1685 e 1688, novamente a ambição do monarca gerou o descontentamento da nobreza que, temendo uma nova
guerra civil, apressou-se em fazer um acordo glorioso para estabelecer uma monarquia constitucional. Jaime II foi destituído
e seu genro protestante, Guilherme de Orange, foi coroado em 1689. Ele foi obrigado a assinar o Bill of Rights, que limitava
os poderes do rei em favor do parlamento. O acontecimento ficou conhecido como Revolução Gloriosa, pois não houve
derramamento de sangue.
d) Incorreta. Os embates entre ingleses e espanhóis pelo controle das rotas marítimas no Atlântico Norte foram começaram
somente durante o reinado de Elizabeth I, entre 1553 e 1603. Ela procurou fortalecer a marinha britânica e foi a idealizadora
do uso de corsários. Ao invés de investir na colonização extensiva em terras americanas, a rainha preferiu saquear os navios
espanhóis, ora justificando que eles haviam entrado na jurisdição marítima dos ingleses sem permissão, ora contratando
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piratas (corsários). No século XVII, os esforços para colonizar a América do Norte e fortalecer a marinha aumentam. Jaime
I fez concessões à Companhias de Comércio, alguns grupos protestantes fundaram novas colônias para fugir da perseguição
religiosa e Cromwell aprovou os Atos de Navegação. Isso aumentou a tensão com a Espanha, que acabou saindo
enfraquecida. No raiar do século XVIII a Inglaterra seria a nova potência marítima mais poderosa do mundo.
e) Incorreta. Esse foi o conflito conhecido como Guerra dos Cem Anos, entre 1337 e 1453. Na verdade, esta guerra teve
dois grandes motivos: 1) a questão dinástica, envolvendo a sucessão do trono francês, quando o rei Filipe IV morreu sem
deixar herdeiros e a família real inglesa reivindicou o trono argumentando ter parentesco com o falecido monarca; 2) disputa
pelo domínio da região de Flandres, fundamental para a exportação de lã inglesa, onde havia próspera manufatura têxtil. A
vitória coube a França que conseguiu expulsar os ingleses e seus aliados da maior parte do continente. A principal
consequência da guerra foi a centralização do poder na França, a partir do enfraquecimento dos nobres feudais. Os ingleses,
derrotados, entraram em uma guerra civil, com a disputa entre duas dinastias pelo controle do país, a já referida Guerra
das Duas Rosas.
Gabarito: B
52. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Não satisfeito com o poder “de fato” que os Tudor haviam obtido, os Stuart quiseram exercer também um absolutismo
“de direito”, isto é, reconhecido juridicamente, como o existente na França. Isso ia contra os interesses dos membros do
Parlamento inglês, pois era essa instituição que, de acordo com a Magna Carta de 1215, detinha o poder “de direito”.
(COTRIM, 2012, p. 340)

Diante dessa tensão identificada no texto, é correto afirmar que o desdobramento final do conflito, no final do século
XVII, resultou

a) no fim da monarquia parlamentarista e no estabelecimento do absolutismo pleno.

b) no início da República Inglesa, baseada na liberdade e na propriedade privada.

c) na Revolução Anglicana, responsável por decapitar os monarcas que desrespeitaram o poder parlamentar.

d) na limitação dos poderes da monarquia pelo respeito jurídico às liberdades individuais e pela força do parlamento.

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e) no início da guerra civil, a qual somente se resolveu no final do século seguinte com a força da revolução industrial.

Comentários
Atenção! O tema da questão é o absolutismo inglês e as revoluções inglesas, no século XVII. Com a morte da rainha
Elizabeth I sem deixar herdeiros, em 1603, seu primo escocês e católico, Jaime Stuart, foi coroado rei. Como o texto do
enunciado destacou, ele tentou aprofundar a centralização do poder na Inglaterra. Em outras palavras, aplicar o absolutismo
monárquico. Esse rei também aumentou a perseguição religiosa tanto aos puritanos quanto à outras vertentes do
protestantismo inglês. No entanto, é durante o reinado de seu filho, Carlos I, que a tensão entre a Coroa e o Parlamento
(nobreza) chega ao ápice. Entre 1640 e 1649 eclodiu uma guerra civil violenta que resultou na destituição do rei, sua
execução e a instalação de uma república puritana governada pelo Parlamento. Todavia, uma das lideranças tinha ambições
maiores. O nobre protestante Oliver Cromwell fechou o Parlamento e concentrou o poder em suas mãos, bem aos moldes
absolutistas. Seu governo durou até 1658, quando faleceu. Diante da inabilidade política de seu filho, o Parlamento
conseguiu destitui-lo e restaurar a monarquia e a dinastia Stuart, mas procurando limitar o poder o rei. Durante o reinado
de Carlos II foi possível manter certo equilíbrio, mas seu irmão e sucessor Jaime II tentou novamente aplicar o absolutismo.
Entre 1688 e 1689, os parlamentares rapidamente fizeram um amplo acordo entre a nobreza para detê-lo sem que uma
nova guerra civil sangrenta ocorresse novamente. É o resultado desse acordo que interessa ao enunciado da questão.
Vejamos as alternativas:
a) Incorreta. O objetivo do Parlamento era instituir uma monarquia constitucional, ou parlamentarista, pondo fim a qualquer
intento absolutista de futuros monarcas.
b) Incorreta. Na verdade, a República Inglesa, ou República Puritana, também chamada de Commonwealth, foi instaurada
no meio de todo esse processo revolucionário. Com a derrota e execução de Carlos I, em 1649, a república foi implantada
e seria governada pelo Parlamento e seu exército. No entanto, como eu já disse, Oliver Cromwell deu um golpe e fechou o
legislativo.
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c) Incorreta. A Igreja Anglicana não foi fundada por meio de uma revolução. Foi fruto do rompimento da monarquia inglesa
com a Igreja Católica, em 1534, ou seja, bem antes do período aqui abordado.
d) Correta! Com o acordo feito entre 1688 e 1689, Jaime II foi destituído e seu genro protestante, Guilherme de Orange,
foi coroado em 1689. Ele foi obrigado a assinar o Bill of Rights, que limitava os poderes do rei em favor do parlamento. O
acontecimento ficou conhecido como Revolução Gloriosa, pois não houve derramamento de sangue. Assim, a monarquia
constitucional se consolidava na Inglaterra e o absolutismo inglês era definitivamente derrotado.
e) Incorreta. A guerra civil acabou em 1659, com a derrota de Carlos I. Por sua vez, a Revolução Industrial só foi possível
com a estabilização política proporcionada pela a Revolução Gloriosa.
Gabarito: D

53. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A divisão social dos homens baseada em uma hierarquia de estratos determinados pelo nascimento correspondia a qual
elemento estrutural da sociedade do Antigo Regime criticado pelas ideias iluministas:

a) sociedade estamental, na qual havia baixa mobilidade social.

b) sociedade de classes, na qual a burguesia explorava as demais.

c) horizontalidade social, combinada com a miséria em larga escala.

d) mentalidade mercantil, que impedia as possibilidades comerciais dos profissionais autônomos.

e) sociedade escravagista, a qual negava a liberdade e a cidadania e um terço dos habitantes das principais nações
europeias.

Comentários
O tema da questão é o Antigo Regime, nome dado à organização política e social das monarquias europeias durante a Idade
Moderna. Basicamente, consistia em sociedades organizadas em monarquias centralizadas (absolutistas), sociedade
praticamente sem mobilidade social (classe social definida pelo nascimento) e economia mercantilista. Por seu turno, o

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iluminismo foi um movimento intelectual e cultura que se disseminou pela Europa entre os séculos XVII e XVIII. De certa
forma, representava um desdobramento do renascimento, valorizando a razão, o individualismo, a liberdade religiosa e de
expressão, o liberalismo político e econômico. Os iluministas muitas vezes eram críticos do Antigo Regime. O enunciado
direciona a questão para a crítica iluminista à hierarquia social baseada no nascimento. Como eu mencionei, essa hierarquia
não tinha mobilidade social, pois as pessoas eram consideradas nobres, se nascessem em famílias nobres; caso contrário
seriam servas. Sabendo disso, vejamos:
a) Correta! Chamamos o Antigo Regime de sociedade estamental, porque a sociedade era dividida em estamentos ou ordens,
definidas pelo nascimento.
b) Incorreta. A sociedade classes sucedeu o Antigo Regime. Na verdade, podemos ver sua formação ainda durante o fim da
Idade Média e ao longo de toda a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial, a expansão econômica e a
industrialização novas classes sociais foram surgindo, como a própria burguesia composta por comerciantes, banqueiros e
industriais. Conforme as zonas urbanas viravam parques industriais surgia também o proletariado, isto é, os trabalhadores
assalariados, uma relação de trabalho diferente da servidão feudal até então praticada. A mobilidade social continuou baixa,
porém em teoria desde que você conseguisse enriquecer e, assim, comprovar seus méritos não deveria ter maiores
obstáculos para fazer parte das classes dominantes. O critério de nascimento foi um dos últimos pilares do Antigo Regime
a ser derrubado para eliminar o estigma do nascimento plebeu de vários burgueses enriquecidos. Conforme as revoluções
liberais varreram a Europa no final do século XVIII e ao longo do XIX, a sociedade de classes se consolidou. Agora, a divisão
mais elementar entre as classes sociais se dava entre proprietários (burgueses) e não-proprietários (trabalhadores).
c) Incorreta. Horizontalidade social não era uma característica do Antigo Regime. Pelo contrário, as sociedades europeias
da Idade Moderna eram extremamente desiguais, com baixa mobilidade social e com uma hierarquia baseada no
nascimento. Por isso mesmo era criticada pelos iluministas. Contudo, não se confunda, nem todos os iluministas queriam
sociedades horizontais e o fim das desigualdades sociais. O que muitos concordavam era que o mérito e as virtudes
individuais podiam levar a pessoa a ascender socialmente e os governos não deviam interferir nisso.
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d) Incorreta. Não confunda mercantil com mercantilista. Mercantil são todas as atividades relacionadas ao comércio e às
trocas de serviços e mercadorias. Mercantilismo é o conjunto de teorias e práticas econômicas caracterizado pelo metalismo,
pela balança comercial favorável e pelo exclusivo comercial metropolitano e por forte intervenção estatal. Mentalidade
mercantil, muitos iluministas também tinham, mas vários deles criticavam as políticas econômicas mercantilistas das
monarquias absolutistas.
e) Incorreta. O Antigo Regime europeu mantinha a escravidão quase que exclusivamente nas colônias em outros
continentes. Nas metrópoles, a escravidão era minoritária, praticamente inexistente em muitas das vezes. Portanto, não
podemos considerar as sociedades europeias como escravagistas.
Gabarito: A
54. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Para o pensador e economista Adam Smith (1723-1790):

a) a terra é o principal fator de produção da riqueza.

b) o Estado é essencial para regular a ordem do mercado.

c) o trabalho é o elemento produtor da riqueza.

d) o mercado é resultado de um contrato social entre os homens de negócio.

e) o mercantilismo seria o modelo ideal de livre concorrência.

Comentários
O tema da questão é o pensamento do inglês Adam Smith, que viveu entre 1723 e 1790, ou seja, durante o século XVIII.
Neste momento, a Europa vivenciava uma efervescência intelectual e cultural: o movimento iluminista. Os pensadores
iluministas eram críticos de vários aspectos do Antigo Regime, como a sociedade estamental, a economia mercantilista, do
absolutismo e da interferência da Igreja no Estado e na educação. O liberalismo político e econômico são expoentes desse

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movimento. Do ponto de vista econômico, Smith foi responsável por aprofundar as críticas ao mercantilismo. Sabendo disso,
vejamos as alternativas:
a) Incorreta. Na verdade, esse era um pressuposto dos fisiocratas, economistas iluministas que precederam Adam Smith.
Eles já criticavam a intervenção do Estado na economia, como Smith, mas este discordava quanto ao principal fator gerador
de riqueza. Para ele, o trabalho e não terra era o que gerava a verdadeira riqueza.
b) Incorreta. O pensador inglês defendia que a ordem econômica é parte de uma lei natural: a da oferta e da demanda,
portanto, o mercado se autorregularia. Smith acreditava que uma ordem econômica harmônica poderia garantir a justiça
social e a possibilidade de os homens buscarem sua felicidade. Para isso, era necessário assegurar três condições: a livre
concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio.
c) Correta! É como eu disse na justificativa da letra “a”. Para Smith, o trabalho era o que gerava a riqueza da sociedade.
d) Incorreta. O mercado é a materialização das trocas econômicas entre os homens.
e) Incorreta. Mercantilismo é o conjunto de teorias e práticas econômicas caracterizado pelo metalismo, pela balança
comercial favorável e pelo exclusivo comercial metropolitano e por forte intervenção estatal. Portanto, em uma economia
mercantilista não havia muita liberdade econômica, pois o Estado agia para criar monopólios e protege-los, evitando que
houve concorrência.
Gabarito: C
55. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Assim como os fenômenos físicos – diziam os iluministas -, as relações entre os indivíduos são regidas pelas leis da
natureza. Nesse sentido, um desses pensadores afirmou: “A liberdade natural do homem consiste em estar livre de
qualquer ser superior na Terra (...) Se o homem no estado de natureza é tão livre, iguais e independentes, ninguém
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pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem seu consentimento”. Esta frase é de
autoria de

a) John Locke.

b) Karl Marx.

c) Denis Diderot.

d) Marc Bloch.

e) Voltaire.

Comentários
Repare que o tema da questão o pensamento iluminista, que se disseminou pela Europa durante os séculos XVII e XVIII. O
trecho citado pelo enunciado discursa sobre um dos preceitos do liberalismo político. A teoria liberal surgiu em meio a
efervescência iluminista. Como dois lados da mesma moeda, podemos distinguir o liberalismo político e o liberalismo
econômico. O primeiro tem como precursor o filósofo inglês John Locke, crítico do absolutismo. Ele era um defensor da
liberdade religiosa, do princípio de tolerância, da organização política pelo consentimento, da propriedade privada e do
princípio da vontade da maioria. Assim, podemos ver que o trecho corresponde muito com suas ideias e ele é citado por
uma das alternativas, que no caso é a correta. Então, ficamos assim:
a) Correta!
b) Incorreta. Karl Marx viveu entre 1818 e 1883, portanto depois do iluminismo. Além disso, ele era um crítico do liberalismo
político e econômico. Na verdade, Marx foi um dos elaboradores do socialismo científico e idealizador do comunismo.
c) Denis Diderot (1713-1784) realmente foi um pensador iluminista, mas não se destacou na filosofia política do liberalismo,
mas sim na literatura e na publicação da Enciclopédia, um grande dicionário que pretendeu abarcar todo o conhecimento
até então reunido pelo homem europeu até aquela época.
d) Incorreta. Marc Bloch foi um historiador francês que viveu entre 1883 e 1944, ou seja, muito tempo depois do iluminismo
e das primeiras elaborações sobre o liberalismo político.

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e) Incorreta. Voltaire (1694-1778) também foi um pensador iluminista e expoente do liberalismo. Contudo, o trecho não é
de sua autoria, mas sim de Locke como já apontei.
Gabarito: A

56. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No contexto o pensamento iluminista, a crítica à propriedade privada como fundamento da desigualdade social e a
necessidade de separação do poder em três partes (Executivo, Legislativo e Judiciário) são, respectivamente dos
pensadores:

a) Adam Smith e Voltaire.

b) Karl Marx e Montesquieu.

c) Jean-Jacques Rousseau e Voltaire.

d) Karl Marx e Jean-Jacques Rousseau.

e) Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.

Comentários
O Iluminismo também é conhecido como Esclarecimento ou Ilustração e foi um movimento intelectual ocorrido entre os
séculos XVII e XVIII, mas que teve influência da política, economia e sociedade ocidental nos séculos seguintes. O
Iluminismo também está intimamente ligado ao liberalismo, filosofia política e econômica formulada no mesmo contexto.
Os iluministas e liberais defendiam três princípios básicos para o progresso da humanidade: a razão, o indivíduo e a
liberdade. No entanto, havia diferentes propostas de sociedade para a realização efetiva desse ideal. Alguns defendiam
a propriedade privada, outros a criticavam; uns defendiam monarquias constitucionais, enquanto outros queriam
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repúblicas. As discussões eram férteis. Sabendo disso, vejamos à quais pensadores correspondem as ideias destacadas
pelo enunciado:
a) Incorreta. Adam Smith (1723-1790) é considerado o pai do liberalismo econômico e como tal defendia o direito de
propriedade privada. Para ele, a economia se autorregularia e eventualmente a desigualdade encontraria um equilíbrio.
Voltaire (1694-1778), por sua vez, não se importava tanto se o governo seria uma monarquia, uma república ou qualquer
outra coisa. Para ele, um governo seria bom desde que se guiasse pela razão e pela ciência, além de respeitar e proteger
as liberdades individuais.
b) Incorreta. Karl Marx (1818-1883) realmente defendia a propriedade privada era a origem das desigualdades sociais e
precisava ser abolida. Contudo, ele é posterior ao iluminismo. Por seu turno, está correto que a divisão dos três poderes
foi elaborada por Montesquieu (1689-1755), um filósofo francês iluminista.
c) Incorreta. Está correto que Rousseau (1712-1778) criticava a propriedade privada. Todavia, como vimos, não era
Voltaire, mas sim Montesquieu que elaborou o argumento da divisão dos três poderes.
d) Incorreta, pelas razões que já apontei acima.
e) Correta! Agora sim! Rousseau era o iluminista mais crítico à propriedade privada, enquanto Montesquieu formulou a
teoria da divisão dos três poderes.
Gabarito: E

57. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

No século XVIII, nos territórios das 13 Colônias britânicas, pode-se dizer que o aumento dos impostos e do controle
sobre a produção colonial a partir da Coroa foram decorrência direta

a) da derrota dos ingleses na Guerra dos Sete Anos, contra os franceses.

b) da vitória dos ingleses na Guerra dos Sete Anos, contra os franceses.

c) dos gastos em Guerras no mar Mediterrâneo contra espanhóis.

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d) da guerra civil interna na Inglaterra, chamada de Revolução Puritana, que consumiu quase a totalidade dos recursos
da nobreza.

e) da expansão para o Oeste, medida expansionista adotada para evitar as constantes invasões dos franceses via terras
canadenses.

Comentários
O tema da questão é o processo de independência dos Estados Unidos da América. Originalmente, este país era composto
por 13 colônias inglesas na costa leste da América do Norte. Todavia a Coroa britânica exercia pouco controle e influência
sobre boa parte dessas colônias, sobretudo as do norte, fundadas por grupos protestantes que fugiram das perseguições
religiosas durante o reinado de Jaime I. No entanto, o fim das revoluções inglesas no século XVII, a Inglaterra obteve a
estabilidade política e econômica necessária para dedicar mais atenção às suas posses ultramarinas. Durante o século XVIII
as medidas de controle e tributação da produção e comércio das colônias aumentaram. Os colonos se rebelaram e decidiram
declarar a independência em reação à esse comportamento da metrópole, em 1776. A guerra de independência durou até
1783, quando os EUA se emanciparam definitivamente. Entretanto, alguns acontecimentos nos anos imediatamente
anteriores ao início da Revolução Americana motivaram a Coroa britânica a aumentar impostos e reforçar o controle sobre
a produção colonial de forma brutal. É sobre isto que o enunciado nos indaga. Então, vejamos:
a) Incorreta. Exatamente entre 1756 e 1763, ocorreu a chamada Guerra dos Sete Anos, entre França e Inglaterra pelas
áreas coloniais localizadas onde hoje se encontra parte do Canadá. A Inglaterra ganhou, porém saiu extremamente
endividada.
b) Correta! Como disse acima, realmente foram os ingleses que ganharam. No entanto, a Coroa saiu profundamente
endividada da guerra. Para compensar e equilibrar as finanças, foi decidido aumentar os impostos e o controle sobre a
produção colonial. Além disso, durante o conflito, os ingleses tiveram que fornecer armas e treinamento militar aos colonos
para ajudarem nas batalhas. Ou seja, com colonos descontentes e armados só podia dar no que deu!
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c) Incorreta. As batalhas marítimas com os espanhóis se davam no Atlântico Norte, pelo controle da circulação de
mercadorias nessa região. No entanto, os ingleses superaram os espanhóis ainda no fim do século XVII, quando passaram
a ter a maior e mais forte marinha do mundo.
d) Incorreta. Na verdade, com o fim das revoluções inglesas do século XVII, a Inglaterra encontrou a estabilidade política e
econômica para investir na revolução industrial e expandir sua economia. De fato, isso abriu possibilidade para que se
prestasse mais atenção em suas colônias. Contudo, como já dissemos, é apenas em decorrência dos resultados da Guerra
dos Sete Anos que a situação financeira da Coroa britânica motivou o recrudescimento do pacto colonial entre a Inglaterra
e as 13 Colônias.
e) Incorreta. A expansão para o oeste da América do Norte só teve início após a independência dos Estados Unidos e foi
incentivada pelo próprio governo norte-americano, não pela Inglaterra.
Gabarito: B
58. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
São acontecimentos que estiveram no contexto da ocupação inglesa na América do Norte:

a) os cercamentos nos campos ingleses, que provocaram o deslocamento de uma massa de camponeses sem terra e
sem trabalho para processos migratórios.

b) a parceria comercial entre ingleses, franceses e espanhóis, concretizada na função de sociedades comerciais, as
Companhias, com cotas proporcionais de cada reinado.

c) o incentivo dos reis católicos para que os protestantes fundassem colônias e catequisassem os indígenas.

d) a corrida pelo ouro, em particular, nas terras do Sul das 13 Colônias.

e) a autonomia financeira e administrativa concedida pela Coroa inglesa aos ingleses que assumissem os riscos de
empreender nas novas terras.

Comentários

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Veja bem, o tema da questão é a colonização inglesa da América do Norte. A Inglaterra deu início a seu projeto colonizar
mais tardiamente em relação à Espanha e Portugal. Somente em 1584, a monarquia britânica iniciou a exploração comercial
das terras nas Américas. Ao mesmo tempo que a Coroa não reconhecia o Tratado de Tordesilhas, ampliou o comércio
marítimo e fundou a Colônia da Virginia, na parte sul da América do Norte. Nela foi instalada o sistema de plantations de
algodão. A rainha concedeu o monopólio e a administração dessa colônia para uma companhia de comércio privada. No
entanto, essa primeira experiência não deu muito certo, devido a resistência indígena na região. Com isso, a Coroa preferiu
investir maiores esforços em batalhas marítimas contra os espanhóis pelo controle da circulação de mercadorias no Atlântico
Norte, inclusive fazendo uso de corsários para tanto. Em 1606, o rei Jaime I faz novas concessões às Companhias de
Comércio de Londres e Plymouth para explorar o tráfego em direção ao novo continente e organizar sua colonização. Por
outro lado, a partir de 1620, novas levas de colonos migraram de forma independente para a região mais ao norte da colônia
inglesa na América. Esses novos colonos eram protestantes de várias vertentes e fugiam das perseguições religiosas
promovidas por Jaime I, rei católico. Assim, formaram-se as 13 Colônias. Aquelas que tinham maior influência da Coroa, no
sul, eram voltadas para produção agrária voltada para exportação. Aquelas que eram mais autônomas em relação ao
governo inglês, desenvolveram a produção agrícola voltada para o mercado interno, versaram-se no comércio e na
manufatura. Agora que você está por dentro do contexto da ocupação inglesa da América do Norte, vejamos qual alternativa
aponta corretamente acontecimentos relacionados a esse processo histórico:
a) Correta! Os cercamentos eram uma prática muito corriqueira na Inglaterra que se intensificou a partir do reinado de
Henrique VIII, entre 1509 e 1547. Essa prática consistia em levantar cercas em terras originalmente consideradas comunais,
isto é, de uso comum. Muitos camponeses não só faziam uso como dependiam dessas terras para se sustentar. Nobres e
proprietários de terras em geral faziam isso para aumentar suas propriedades e consequentemente aumentar sua produção,
especialmente de lã para alimentar a manufatura têxtil inglesa. Acontece que a dinastia dos Tudor, a qual pertencia Henrique
VIII e Elizabeth I, destacou-se por usar terras como moeda de troca em suas negociações com a nobreza e burguesia em
troca de apoio político. Assim, as terras comunais eram alvos fáceis. Com o rompimento com a Igreja Católica, em 1534, as
terras administradas pelo clero, muitas das quais também comunais, foram cercadas e se tornaram propriedades privadas.
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Essa prática continuou cada vez mais frequente ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o avanço da Revolução Industrial.
A massa de camponeses despossuídos que isso gerou só tinha duas opções: migrar para as cidades para trabalhar nas
indústrias em condições precárias e por salários baixíssimos ou tentar a sorte emigrando para a América.
b) Incorreta. Tal parceria nunca existiu entre essas nações. Na verdade, elas competiam entre si pela colonização dos
territórios americanos.
c) Incorreta. Os Stuart, dinastia dos reis católicos na Inglaterra, não incentivaram os protestantes a fundar colônias na
América. Na verdade, estes últimos o fizeram pois estavam sendo perseguidos pelos primeiros por razões religiosas. Assim,
como disse antes, eles emigraram para a América do Norte, mas preferiram fundar colônias fora do território de maior
controle da Coroa britânica.
d) Incorreta. Não houve uma corrida pelo ouro nas Treze Colônias inglesas, pois não havia grandes jazidas do metal na
costa leste da América do Norte. A atividade mineradora só se desenvolveu após a independência dos Estados Unidos, com
a marcha para o Oeste. Contudo, ficou restrita às regiões mexicanas que acabaram sendo anexadas ao território
estadunidense.
e) Incorreta. A Coroa inglesa não concedia autonomia financeira e administrativa às suas colônias. Na verdade, as colônias
mais ao norte, fundadas por exilados protestantes, eram mais autônomas justamente porque foram fundadas por exilados
e longe da região onde a Coroa exercia maior influência. Tanto é que, uma vez que a conjuntura política e econômica se
estabilizou na Inglaterra, gradativamente o governo inglês foi dedicando maior atenção e controle sobre suas colônias. Isso
se intensificou após a Guerra dos Sete Anos, que deixou a Coroa britânica endividada criando a necessidade de aumentar
impostos e o controle sobre a produção colonial.
Gabarito: A

59. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Relacione as colunas e, em seguida, marque a alternativa correta no que diz respeito ao domínio colonial inglês na
América do Norte:

A – Lei do Açúcar

B – Lei do Selo

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C – Lei do Chá

D – Lei Intoleráveis

I – de 1773, concedia o monopólio de venda do produto em questão à Companhia Inglesa das Índias Orientais, sendo
que o objetivo do governo inglês era combater o contrabando do produto.

II – de 1764, proibia a importação de rum pelos colonos e cobrava taxas sobre a importação do melaço que não tivesse
origem nas Antilhas britânicas.

III – de 1765, cobrava uma taxa sobre diferentes documentos comerciais, jornais, livros, etc.

IV – de 1774, um conjunto de medidas repressivas que autorizava fechamento de estabelecimentos e autorizava o


governo colonial a julgar e punir severamente os colonos.

a) A-III; B-II; C-I; D-IV.

b) A-IV; B-I; C-III; D-II.

c) A- IV; B-III; C-II; D-I

d) A-II; B- III;C-I; D-IV.

e) A-I; B-II; C-III; D-IV.

Comentários

Em primeiro lugar, note que o enunciado nos direciona para o tema do domínio colonial inglês na América do Norte, mas
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quando conferimos as afirmações propostas podemos reparar que elas dizem respeito à acontecimentos relativos ao
processo que criou as circunstâncias favoráveis para a independência dos Estados Unidos da América. Preste atenção
nas datas: todas são posteriores à Guerra dos Sete Anos (1756-1763). Este conflito opôs Inglaterra e França em uma
luta pelo domínio de territórios coloniais que hoje correspondem ao Canadá. Os ingleses saíram vitoriosos, mas o governo
britânico contraiu dividas imensas para financiar a guerra. Além disso, teve que armar e treinar os colonos norte-
americanos para ajudarem nas batalhas. Em razão do déficit financeiro, a Coroa decidiu aumentar impostos e o controle
sobre a produção e o comércio coloniais. Em outras palavras, reforçou o pacto colonial. Algumas das medidas aplicadas
para isso são as leis listadas pelo enunciado e que devemos associar a sua correta descrição. Descontentes com o
autoritarismo da metrópole, os colonos começaram a se rebelar e, em 1776, teve início a guerra de independência que
só acabaria em 1783, com a vitória norte-americana. Com isso em mente, vamos ver qual a associação correta entre as
duas colunas:

A – Lei do Açúcar - II – de 1764, proibia a importação de rum pelos colonos e cobrava taxas sobre a importação do
melaço que não tivesse origem nas Antilhas britânicas.

B – Lei do Selo - III – de 1765, cobrava uma taxa sobre diferentes documentos comerciais, jornais, livros, etc.

C – Lei do Chá - I – de 1773, concedia o monopólio de venda do produto em questão à Companhia Inglesa das Índias
Orientais, sendo que o objetivo do governo inglês era combater o contrabando do produto.

D – Lei Intoleráveis - IV – de 1774, um conjunto de medidas repressivas que autorizava fechamento de estabelecimentos
e autorizava o governo colonial a julgar e punir severamente os colonos.

Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.

Gabarito: D

BRASIL COLÔNIA II - Expansão territorial; rebeliões coloniais. Movimentos


Emancipacionistas: Conjuração Mineira e Conjuração Baiana

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60. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A subordinação à metrópole não impediu que houvesse certo dinamismo nas relações econômicas e comerciais na
América Portuguesa, sobretudo, a partir da crise do açúcar. Paradoxalmente, na colônia portuguesa é um momento de
diversificação econômica.
Analise a lista de atividades econômicas:
I - fumo
II – Aguardente e rapadura
III – Algodão e índigo
IV – Pecuária
V- Atividades extrativistas florestais
VI – Extrativismo mineral
Estão inseridas na economia colonial a partir do século XVII apenas os itens:
a) I, II, III, IV
b) I, II, III, IV, VI
c) I, II, IV, V, VI
d) I, IV, V, VI
e) I, II, IV, VI
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Comentários
Antes tudo, é importante definirmos o tempo, o espaço e o tema abordados pela questão. Uma referência importante
dada pelo enunciado é a crise do açúcar, durante o período colonial no Brasil. Portanto, estamos falando do século
XVII. Durante esse período, Portugal e suas colônias estavam submetidos à Espanha. A fusão das duas coroas deu
origem à União Europeia, governada pelo rei espanhol Filipe II. Entretanto, essa fusão fez dos territórios portugueses
inimigos da Holanda, que estava em guerra com os espanhóis naquele contexto. Por isso, os holandeses invadiram
colônias lusitanas na América e na África, com os objetivos de conseguir entrepostos comerciais importante no comércio
internacional e prejudicar a Espanha. Os principais alvos conquistados pela Holanda foram o Nordeste brasileiro
(Capitânia de Pernambuco) e Luanda, na África Central. Somente em 1654, portugueses e brasileiros recuperariam o
domínio da região. O Nordeste brasileiro era um dos polos produtores de açúcar naquela época e sua capacidade
produtiva não saiu a mesma desse período conturbado. Muitas plantações foram devastadas nas batalhas, enquanto
muitos fazendeiros ficaram endividados. Por outro lado, enquanto tudo isso acontecia, outras nações europeias
continuavam colonizando outras regiões da América, sobretudo o Caribe, onde espanhóis, franceses, ingleses e
holandeses fundaram colônias produtoras de açúcar que passaram a competir com o açúcar brasileiro. Por essas razões,
tanto no Nordeste como em outras regiões, os colonos passam a procurar novas atividades econômicas que garantam
seu sustento e possibilitem seu enriquecimento. Com isso em mente, vejamos quais atividades listas estavam inseridas
na economia colonial a partir do século XVII:
I – Verdadeira! O fumo era uma mercadoria importante no comércio de escravizados. Muitas vezes era trocado por
cativos nos mercados africanos. Além disso, seu uso recreativo na Europa se popularizava cada vez mais. Se pararmos
para pensar, a mão de obra africana começou a ser usada no Brasil a partir da década de 1570, aproximadamente.
Pouco tempo antes da formalização da União Europeia e das disputas com os holandeses. O fumo provavelmente foi
uma alternativa de baixo custo encontrada pelos fazendeiros e traficantes para manter o abastecimento de mão de
obra em um período de crise econômica. Dessa forma, o gênero passou a ser vital para a economia colonial escravista.
II – Verdadeira! A Aguardente e a rapadura são derivadas da produção de cana-de-açúcar. Assim como fumo, a
aguardente era usada no comércio de cativos com os reinos africanos. A rapadura, por sua vez, servia de alimento
consumido pela população, assim como a mandioca. Ou seja, era uma produção voltada para subsistência. Em um
período de crise na exportação de açúcar refinado devido a competição internacional, esses produtos derivados davam
suporte para manter a economia em atividade.

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III – Falsa. A produção algodoeira e de índigo só ganhou força na América portuguesa a partir da segunda metade do
século XVIII. Naquele contexto, a Revolução Industrial no ramo têxtil estava a todo o vapor na Inglaterra. Contudo, a
principal colônia inglesa estava conquistando sua independência. Até então, os Estados Unidos, antigas 13 Colônias,
eram o principal fornecedor dessas matérias primas para a indústria têxtil britânica. Contudo, com a guerra de
independência esse fornecimento ficou comprometido. Na época, o Marquês de Pombal era ministro do rei José I, em
Portugal, e estava promovendo uma política econômica de aproximação com a Inglaterra. Assim, incentivou a produção
de algodão no Maranhão e índigo no Rio de Janeiro.
IV – Verdadeira! Inicialmente, a pecuária começou a ser desenvolvida como suporte da economia açucareira. Os bois,
cavalos e mulas eram importantes para o transporte e para o arado de tração animal, além do couro ser usado na
fabricação de utensílios e ferramentas. Todavia, com a crise do açúcar, a criação de gado foi tomando um lugar de
maior importância na exportação de carne e couro. Por outro lado, conforme a região sul do Brasil era desbravada por
jesuítas e bandeirantes, a criação de gado foi sendo praticada cada vez mais por lá. Paralelamente, no fim do século
XVII, foi descoberto ouro na região de Minas Gerais. Ali acabou se tornando um grande polo de mineração, devido à
abundância de ouro. Rapidamente, a urbanização e o comércio floresceram. No entanto, a agricultura e a pecuária
recebiam pouco investimento na região. Por isso, o gado nordestino e gaúcho começou a ser mais consumido pelos
mineiros, tanto na alimentação quanto na produção de utensílios e ferramentas.
V – Verdadeira! Outra dinamização territorial e econômica ocorreu com a colonização da região Norte. Em 1616, por
iniciativa governamental, iniciou-se a ocupação da região Norte, que começou no Maranhão e foi até o Amazonas.
Evidentemente, seguindo o “desejo dourado” de encontrar ouro nas possessões coloniais, o governo português montou
um sistema administrativo e de ocupação territorial a fim de descobrir metais preciosos. A principal Expedição de
Reconhecimento dessa grande região ocorreu em 1637, a qual concluiu que era impossível instalar qualquer sistema
de exploração colonial, uma vez que os europeus não sabiam cultivar em zonas de mata tropical fechada como a
Amazônia. Da mesma forma, os portugueses não contavam com nenhuma interação com os povos da floresta. Contudo,
alguns colonos, nessas andanças, notaram que diversos povos usavam produtos da floresta para fins medicinais e
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alimentícios. Eram frutas, ervas, folhas, raízes que passaram a ser apelidadas de “drogas do sertão”. Então, eles
começaram a fazer o extrativismo dessa riqueza natural usando, para isso, mão de obra de indígena escravizada.
VI – Verdadeira! Como mencionei no item IV, no final do século XVII, foi descoberto ouro na região de Minas Gerais.
Em pouco tempo, pessoas de todas as partes do Brasil e do império Português passaram a migrar para lá para tentar
a sorte e encontrar um tanto do metal. Realmente, havia abundância e o ouro podia ser achado e extraído com relativa
facilidade. Rapidamente, desenvolveu-se uma economia abundante baseada na extração aurífera que possibilitou a
fundação de várias cidades e a prosperidade do comércio nos próximos cem anos.
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.
Gabarito: C

61. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

É causa principal do impulso para o desenvolvimento da pecuária no Sul e no Nordeste da Colônia


a) A necessidade de abastecimento alimentar e de transporte para a empresa mineradora no centro-sul.
b) A busca realizada, oficialmente, pela coroa, para abastecer a região açucareira.
c) O transporte de baixo custo para o transporte da produção do açúcar.
d) O estabelecimento das missões jesuíticas, já que foram estes que trouxeram o gado.
e) O desenvolvimento da região mineradora que precisava apenas de charque.
Comentários
A pecuária começou a ser praticada com mais frequência na América portuguesa durante o século XVII. Esse período
coincide com a crise do açúcar e com o aumento das expedições bandeirantes. No Nordeste, a pecuária se desenvolveu
de forma auxiliar, como suporte para a economia açucareira. Bois, cavalos e mulas eram necessários para o transporte
e para o arado de tração animal. Por sua vez, no Sul, a economia pecuária esteve ligada às expedições bandeirantes e
às missões jesuítas. Conforme a região era ocupada por esses colonizadores, a criação de gado e muares se
intensificava. No entanto, é no final do século XVII que um acontecimento dará um grande impulso para os dois polos
criadores de gado na colônia e é esse o objeto de interesse da presente questão. Então, vejamos as alternativas:

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a) Correta! Com a descoberta de ouro pelos bandeirantes paulistas, na região de Minas Gerais, a região Sudeste se
desenvolveu rapidamente como predominantemente urbana e mineradora. Ou seja, não havia muito espaço para
investimento em produção agrícola nem pecuária. Por isso, se buscava o couro e outros alimentos produzidos no
Nordeste e no Sul. Além disso, o gado ainda era utilizado para transportar esses produtos entre as regiões.
b) Incorreta. A região açucareira, isto é, o Nordeste não precisava de abastecimento. Paralelamente à produção
extensiva de cana-de-açúcar era plantado alguns gêneros de subsistência como o feijão e a mandioca. Nas vilas e
cidades costeiras, a pesca também ajudava no fornecimento de alimentos.
c) Incorreta. De fato, como eu disse no comentário, inicialmente esse era o principal objetivo da pecuária na colônia.
Contudo, com a crise do açúcar e com a descoberta do ouro em Minas Gerais, a pecuária se tornou uma atividade
econômica independente da produção açucareira.
d) Incorreta. Mais uma vez, realmente isso foi o impulso inicial da criação de gado no Sul da colônia. No entanto, a
atividade só foi impulsionada, tornando-se lucrativa, com a demanda mineira por couro e carne de outras regiões da
colônia.
e) Incorreta. Por um lado, está correto que havia demanda na região mineradora de charque gaúcho e nordestino.
Porém, não era única coisa que os mineiros precisavam comprar de outras partes da colônia. Basicamente, eles tinham
que comprar todos os seus alimentos, ferramentas, utensílios, roupas e outras mercadorias necessárias no dia a dia.
Gabarito: A

62. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O combate à presença estrangeira, especialmente durante a União Ibérica, também contribuiu para a ocupação do
interior do Nordeste e da região que hoje chamamos Amazônica. Foram construídas fortificações pelas expedições
militares que ao longo do tempo
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a)Contribuíram para o processo de urbanização, já que as fortificações viraram importantes cidades, como Fortaleza.
b)Imprimiram um caráter de extermínio indígena no processo de expansão territorial, já que as fortificações foram
construídas por portugueses.
c)Desapareceram por falta de uso, logo após a expulsão dos estrangeiros franceses e holandeses.
d)Tornaram-se aldeias jesuíticas com o objetivo de controlar os índios e, assim, catequizá-los.
e)Ajudaram na memória dos primeiros anos de colonização, mas sem qualquer utilidade prática.
Comentários
Atente-se para a menção à União Ibérica no enunciado. Este foi o nome dado à fusão das Coroas espanhola e portuguesa
entre 1580 e 1640, governada pelo rei espanhol Filipe II. Com isso, Portugal e suas colônias passaram a ser consideradas
inimigas pela Holanda, com a qual a Espanha estava em guerra no período. Ao longo da primeira metade do século
XVII, os holandeses conquistaram partes do território nordestino, no Brasil, onde se concentrava a produção açucareira,
principal atividade econômica da colônia. Em razão disso, a Coroa começou a procurar novas formas de exploração do
território para compensar esse prejuízo. Por outro lado, as fronteiras definidas pelo Tratado de Tordesilhas foram
suspensas. Assim, o governo metropolitano passou a promover o desbravamento do interior da América do Sul,
principalmente em busca de ouro. Em 1616, por iniciativa governamental, iniciou-se a ocupação da região Norte, que
começou no Maranhão e foi até o Amazonas. A principal Expedição de Reconhecimento dessa grande região ocorreu
em 1637 (sete anos depois de os holandeses tomarem Pernambuco), comandada por Pedro Teixeira. Ele começou na
foz do Amazonas, subiu todo o rio e depois foi por terra. Seguiu cruzando o território até chegar nos Andes, em Quito,
no Peru. Esse é um caminho de reconhecimento, mas, também de destruição dos povos ribeirinhos (que viviam às
margens do rio) e indígenas. Os sobreviventes fugiram mata adentro e, na volta dos colonos, era impossível instalar
qualquer sistema de exploração colonial, uma vez que os europeus não sabiam cultivar em zonas de mata tropical
fechada como a Amazônia. Da mesma forma, os portugueses não contavam com nenhuma interação com os povos da
floresta. A metrópole, então, secundarizou essa região, apenas criando 2 grandes regiões administrativas chamadas de
Maranhão e Grão Pará. Contudo, alguns colonos, nessas andanças, notaram que diversos povos usavam produtos da
floresta para fins medicinais e alimentícios. Eram frutas, ervas, folhas, raízes que passaram a ser apelidadas de “drogas
do sertão”. Então, eles começaram a fazer o extrativismo dessa riqueza natural usando, para isso, mão de obra de

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indígena escravizada. Agora que estamos mais atinados ao contexto, vamos avaliar qual alternativa está correta sobre
as fortificações construídas ao longo da ocupação do interior do Nordeste brasileiro:
a) Correta! Na maioria dos territórios que foram colônias no passado, as primeiras cidades se desenvolveram a partir
de feitorias e fortificações construídas pelas primeiras expedições colonizadoras. Isso porque era nesses locais que as
matérias primas e mercadorias eram trocadas entre colonos, indígenas e europeus. Igualmente, era onde ficavam
inicialmente sediados órgãos administrativos e militares.
b) Incorreta. Essa afirmação não está errada por si só. Contudo, do ponto de vista do interesse do enunciado ela foge
do tema. Realmente, as fortificações são expressão do caráter militar e da violência com os quais os povos nativos
foram tratados pelos portugueses. No entanto, essas construções também serviam para proteger a colônia de invasões
de nações europeias rivais. Considerando o contexto do século XVII, com as invasões holandesas recém ocorridas, as
fortificações tinham uma dupla função: proteger tanto dos outros europeus quanto de ataques indígenas. No caso, o
enunciado está particularmente interessado na reação aos estrangeiros.
c) Incorreta. Muitas fortificações continuam existindo até hoje, algumas inclusive em funcionamento. Outras foram
tombadas como patrimônio histórico.
d) Incorreta. Os jesuítas não construíram fortificações, mas sim aldeamentos nos quais eram edificados colégios,
moradias e templos. Os aldeamentos podiam se dedicar à atividades extrativistas, agrícolas ou pecuárias, dependendo
da região que se encontravam. De acordo com o tipo de trabalho desempenhado nele, outros tipos de construções
podiam ser feitas, como moendas, celeiros e armazéns.
e) Incorreta. A utilidade prática dessas edificações era a segurança do povoamento e da colônia de modo geral, como
já enfatizei acima.
Gabarito: A
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63. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A pobreza da inicialmente próspera capitânia de São Vicente, diante do sucesso do empreendimento açucareiro no
Nordeste, levou à organização de bandeiras. Essas expedições podem ser classificadas conforme seu objetivo.
Correlacione a coluna I e II de modo a caracterizar corretamente os três tipos de bandeiras:
Coluna I (tipos de Bandeiras)
IV- Bandeira de apresamento
V- Bandeira de contrato
VI- Bandeira de Prospecção

Coluna II (objetivos)
( )Destinadas a capturar e aprisionar escravizados fugidos e refugiados em quilombos.
( )Destinadas a procurar riquezas minerais.
( )Destinadas a atuar no mercado de escravizados, apresando indígenas, inclusive de missões jesuíticas.
Assinale a alternativa que indique a ordem correta da associação entre a Coluna I e Coluna II:
a)III, II, I
b)I, II, III
c)II, I, III
d)II, III, I
e)I, III, II
Comentários
É fácil notar que o tema da questão bandeirantismo no Brasil Colônia. Como aponta o texto destacado, essa atividade
floresceu na capitânia de São Vicente. Lembre-se que inicialmente, nos séculos XVI e XVII, essa região da colônia não

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recebia grande investimento da Coroa, devido à sua localização mais distante, quando comparada ao Nordeste. Isso
encarecia o transporte e consequentemente qualquer investimento. Assim, os paulistas desenvolveram uma singela
economia de subsistência. Havia algumas plantações de pequeno e médio porte, que produziam gêneros como
mandioca, feijão, açúcar, entre outros necessários no cotidiano. Por outro lado, parte desses colonos também passaram
a organizar expedições ao interior das matas, em busca de riquezas, como ouro e prata, além de indígenas para
escravizar, ou ainda, insumos para sobrevivência. Com isso, constituiu-se uma cultura e uma mentalidade próprias,
fundamentadas no desenraizamento. Nada prendia o bandeirante à terra. Durante o século XVII e XVIII houve uma
grande intensificação das bandeiras, que resultou na maior ocupação do território brasileiro. Agora, note que o
enunciado direciona a questão para os diferentes tipos de bandeiras. Cada um deles tinha objetivos distintos. Com isso
em mente, vejamos as associações corretas entre as colunas I e II:
( II ) Destinadas a capturar e aprisionar escravizados fugidos e refugiados em quilombos.
Também chamado de sertanismo de contrato, esse tipo de bandeira costumava ser contrata por senhores de
escravos ou pelo governo para caçar cativos em fuga e destruir quilombos. Inclusive, esses bandeirantes eram
contratados para isso até mesmo em outras regiões da colônia. Nesse sentido, o caso do Quilombo dos Palmares é
emblemático. A bandeira liderada pelo paulista Domingos Jorge Velho foi responsável por um dos últimos e mais bem
sucedidos ataques àquele refúgio, capturando o líder Zumbi.
( III ) Destinadas a procurar riquezas minerais.
As bandeiras de prospecção muitas vezes eram iniciativa dos próprios bandeirantes em busca de riquezas.
Entretanto, era comum também que a Coroa os contratasse para essa função, sobretudo depois que os primeiros
bandeirantes encontraram ouro em Minas Gerais, no final do século XVII.
( I ) Destinadas a atuar no mercado de escravizados, apresando indígenas, inclusive de missões jesuíticas.
A escravidão indígena foi amplamente usada no Brasil Colônia a partir da instalação do projeto açucareiro no
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Nordeste, por volta da década de 1530. Contudo, passou a ser desencorajada pela Coroa e condenada pelos jesuítas,
com base em argumentos religiosos. Por outro lado, a partir dos anos 1570, a escravidão africana foi a solução
encontrada para o dilema. Havia uma base teológica para a escravização de africanos (além de infiéis, eles supostamente
eram descendentes de Cam). Paralelamente, o comércio internacional de escravizados africanos pareceu altamente
lucrativo para os portugueses e de fato acabou sendo e se tornando um dos pilares da economia colonial. No entanto,
os preços dos cativos africanos eram altos demais para colonos de regiões mais pobres e afastadas como a capitânia
de São Vicente. Por isso, muitos deles recorriam aos bandeirantes para caçar indígenas e escraviza-los ilegalmente. Os
bandeirantes atacavam tanto tribos e comunidades independentes quanto os aldeamentos jesuítas onde residiam
centenas de nativos convertidos.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
Gabarito: D

64. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


Sobre a origem dos bandeirantes na região de São Paulo, é correto afirmar que
a) Exterminaram os indígenas a partir de sua aliança com franceses.
b) Fizeram acordos com indígenas, o que incluía a união com mulheres indígenas, de modo que se formou, nessa região,
um povo mestiço.
c) Descobriram ouro sozinhos, sem apoio da Coroa ou de povos indígenas.
d) Formaram a Vila mais próspera da colônia, a Capitânia de São Vicente.
e) Em conjunto com as missões jesuíticas, conseguiram povoar São Paulo com indígenas vindos de Sete Povos das
Missões.
Comentários
O tema da questão é a origem do bandeirantismo. Essas eram expedições organizadas por autonomamente por colonos
paulistas. Seus objetivos eram variados e havia casos em que agiam por conta própria ou à serviço de particulares e
até da Coroa. As primeiras bandeiras datam do século XVI, mas é ao longo do XVII e XVIII que elas se intensificam.
Sabendo disso, vejamos o que é correto afirmar sobre a origem dessas expedições:

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a) Os bandeirantes não se aliavam aos franceses. Na verdade, foram mobilizados para combatê-los nas ocasiões em
que invadiram a América portuguesa.
b) Correta! O bandeirantismo surgiu em uma das capitânias mais pobres e isoladas nos primeiros séculos de colonização,
a capitânia de São Vicente. Por conta de sua distância da métropole, não recebia tanta atenção e investimento da Coroa
e dos comerciantes, que preferiram se dedicar à produção e exportação de açúcar no Nordeste. Assim, no Sudeste, os
colonos conseguiam apenas manter pequenas e médias propriedades dedicadas à subsistência. Até havia algumas
plantações de cana um pouco maiores que exportavam açúcar, mas nada comparado aos engenhos da Bahia e de
Pernambuco. Esses fatores tiveram duas consequências na relação dos colonos com os indígenas locais: 1) o pouco
contato com a metrópole contribuiu para que os colonos interagissem mais com os nativos para aprender sobre a região
e mesmo procriar, favorecendo a miscigenação; 2) a escassez de recursos e investimento impedia que os paulistas
comprassem muitos cativos africanos, o que tornou a escravização de indígenas mais atrativa pelo seu baixo custo.
c) Incorreta. As bandeiras de prospecção, como eram chamadas aquelas dedicas a busca por metais preciosos, agiam
tanto por conta próprio quanto sob contratação da Coroa. Por exemplo, em 1671, Fernão Dias Paes foi convidado pelo
governador do Brasil, Afonso Furtado, para liderar uma grande bandeira em busca de metais preciosos e esmeraldas.
Somente dez anos depois, o velho bandeirante encontrou pedras verdes, mas eram turmalinas, não esmeraldas. Ele
morreu acreditando que fossem verdadeiras. Contudo, coube a seu genro, Borba Gato encontrar ouro pela primeira vez,
de forma independente. Após se desentender e matar um figaldo na região de Minas Gerais, para não ser condenado
preferiu se evadir nas matas e acabou encontrando ouro no Rio das Velhas. Todavia, ele negociou com as autoridades
o perdão pelo crime em troca de revelar a localização exata dos veios de ouro. Borba Gato não só conseguiu o perdão
como foi elevado ao posto de lugar-tenente (oficial que desempenha, por delegação, as funções de outra pessoa). Em
seguida, indicou onde estava o metal precioso nos ribeirinhos e na serra de Sabará. Mais tarde, ascenderia ao posto de
Tenente-general do Mato e foi responsável pela organização da justiça, divisão das lavras de ouro e o envio dos impostos
que correspondiam à Coroa portuguesa. Esta, por sua vez, continuou financiando bandeiras para encontrar mais
reservas de metais preciosos. Com isso, vemos que a Coroa manteve-se bem próxima das bandeiras de prospecção e
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sem seu investimento talvez elas não tivessem propserado tanto. Por outro lado, como visto na alternativa “b”, devemos
lembrar que muitos bandeirantes eram mestiços. Portanto, tinham contato mais ou menos amistosos com certos grupos
indígenas que por bem ou por mal lhes ensinaram bastante sobre os caminhos pelo sertão e pelas matas.
d) Incorreta. São Vicente não era a vila mais próspera da colônia, principalmente nos primeiros séculos de colonização.
Salvador e Olindas eram as mais ricas, devido à produção açucareira. Posteriormente, as vilas e cidades mineiras se
tornaram as mais prósperas em decorrência da extração aurífera ao longo do século XVIII.
e) Incorreta. Bandeirantes e jesuítas não trabalhavam juntos. Na verdade eram rivais. O principal motivo de discordância
entre eles era a escravidão indígena. Os primeiros eram favoráveis e efetivamente se embrenhavam nas matas atrás
de indígenas para escravizar. Os segundos condenavam essa prática baseados em uma justificativa teológica. Muitos
clérigos e teólogos acreditavam que a América era um pedaço do Jardim do Éden que havia se preservado longe da
civilização. Logo, seus habitantes nativos viviam em um estado primitivo anterior ao pecado original de Adão e Eva.
Portanto, a escravidão não podia ser empregada para civilizá-los e evangelizá-los como no caso de infiéis. Além disso,
os jesuítas acusavam que os bandeirantes e colonos que escravizavam nativos nem mesmo se preocupação com sua
evangilização, o que deslegitimava mesmo se aquele cativeiro fosse “justo”.
Gabarito: B
65. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No Nordeste, especialmente no Rio Grande do Norte e no Ceará, os colonizadores, na sua tentativa de estabelecer um
domínio nos campos agrícolas e de criação de gado, tentaram, de todas as formas, eliminar as nações Tapuias.
Representa resistência indígena contra os colonizadores, durante ocupação colonial na região Nordeste:
a)Quilombo de Palmares
b)Confederação dos Tamoios
c)Sete Povos das Missões
d)Guerra dos Emboabas
e)Confederação do Cariri
Comentários

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Para responder essa questão é preciso identificar alguns elementos que nos ajudam a interpretá-la. O tema é a resistência
indígena durante a ocupação colonial na região Nordeste do Brasil. Mas em que período exatamente? É mencionado que
a colonização se exapndia para os territórios do Rio Grande do Norte e do Ceará com o objetivo de estabelecer campos
agrícolas e de criação de gado. A pecuária no Nordeste se intensificou a partir do século XVII e XVIII. Com a crise do
açúcar, essa atividade obteve maior autonomia e importância na economia regional. Além disso, com a descoberta de
ouro em Minas Gerais, o gado nordestino passou a ser consumido por lá, por os mineiros se dedicavam quase que
exclusivamente a mineração. Isso criava a necessidade de comprar alimentos, ferramentas, utensílios, roupas, enfim,
basicamente tudo de outras partes da colônia. Com isso já sabemos o tempo, espaço e o tema: resistência indígena no
Nordeste brasileiro, na segunda metade do século XVII. Sabendo disso, vejamos:
a) Incorreta. O Quilombo do Palmares, na verdade, foi uma confederação de vários quilombos na Serra da Barriga, em
Pernambuco. Não se sabe a data exata em quando esses quilombos começaram a se formar. As primeiras notícias sobre
negros refugiados na região datam de 1597. Ao longo do século XVII, esses refúgios cresceram, organizaram-se e
resistiram às tentativas de captura e reescravização feitas por portugueses e holandeses. A liderança de Zumbi se deu
entre 1681 e 1695. Entretanto, Palmares continuou resistindo até 1711, quando seu último líder, Mouza, é capturado.
Apesar de os historiadores considerarem provável que houvesse alguns indivíduos de origem indígena entre os refugiados
em Palmares, este foi predominantemente uma experiência de resistência de negros nascidos no Brasil e na África contra
a escravidão.
b) Incorreta. A Confederação dos Tamoios realmente foi uma experiência de resistência indígena. Porém, ocorreu entre
os anos de 1554 e 1567, no século XVI, cerca de cem anos antes da intensificação da pecuária no Nordeste. Ademais, a
Confederação dos Tamoios foi organizada por tribos do grupo dos Tupinambás que envolvia os Tupiniquins, Aimorés e
Temiminós, habitantes da região entre o litoral paulista e o sul fluminense, hoje desde Bertioga até Cabo Frio.
c) Incorreta. As missões jesuítas que compunham os Sete Povos das Missões estavam localizadas no Rio Grande do Sul.
Elas foram fundadas por padres espanhóis, que agruparam indígenas em sete aldeamentos para catequizá-los. Eram
eles: a redução de São Francisco de Borja, de São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista,
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São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo Custódio. A primeira redução a nascer foi a de São Francisco de Borja, em 1682,
fundada pelo padre Francisco Garcia. A região se tornou alvo de disputas entre espanhóis e portugueses. Os bandeirantes
paulistas frequentemente atacavam os aldeamentos para escravizar os indígenas neles residentes. Além disso, havia
interessante de ambas as Coroas em controlar a região, pois era pelos rios que a atravessavam que se exportava a prata
extraída das minas de Potosí, na Bolívia.
d) Incorreta. A Guerra dos Emboabas foi travada entre 1708 e 1709 em Minas Gerais. O conflito foi entre bandeirantes
paulistas e migrantes de outras partes da colônia e do império português que para lá rumavam em massa ao saber da
descoberta de ouro da região. Os paulistas entendiam que o território e o direito à o explorar era somente deles, pois
descobriram o ouro. Por isso, hostilizavam qualquer um de outras regiões que ia para Minas em busca de enriquecimento
fácil na extração aurífera. Eles passaram a chamar essas pessoas de emboabas. Porém, estes em geral tinham mais
recursos para investir da exploração de ouro, estavam em maior número e mais bem armados, levando vantagem sobre
os paulistas. A Coroa não tinha interesse algum em que a luta continuasse, nem pretendia se indispor com nenhum dos
lados, pois necessitava de ambos: dos paulistas, para descobrir novas jazidas; e dos emboabas, para explorar as já
descobertas. Dessa forma, em 1709, Portugal enviou tropas e funcionários para pacificar a região, garantir a permanência
dos forasteiros e, para não descontentar os paulistas, incorporar a área mineradora a São Paulo. Com isso, foi criada a
mais extensa capitânia brasileira: a de São Paulo e Minas de Ouro.
e) Correta! Cariri é a designação da principal família de línguas indígenas do sertão do Nordeste, onde vários grupos
locais ou etnias foram ou são referidos como pertencentes ou relacionados a ela. Esses grupos habitavam a região ao
norte do rio São Francisco, principalmente nos atuais estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Com a expansão
da ocupação portuguesa nesses territórios, para estabelecer núcleos de povoamento, campos agrícolas e de criação de
gado, na maioria das vezes, signficava deslocar as populações indígenas localizadas nas proximidades dos rios. Assim,
os conflitos surgiram. Os Cariri enfrentaram uma guerra de extermínio que se seguiu à expulsão dos holandeses e que
durou toda a segunda metade do século XVII. Em reação, eles quase destruíram a colonização lusa em seus fundamentos.
A Confederação dos Cariri pegou de surpresa muitos capitães-mores do interior que não conseguiram esboçar qualquer
reação contra estes indígenas. Para auxiliar, foram chamadas tropas vindas de todo a colônia, sobretudo de bandeirantes
paulistas. Depois das batalhas, os prisioneiros mais fortes foram exterminados, enquanto as mulheres e crianças foram
escravizadas e enviadas para as fazendas como forma de indenização aos proprietários de terra que foram prejudicados
pela revolta com a destruição de seus campos e residências.
Gabarito: E
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Após a anulação dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, ocorrida durante a União Ibérica, foram estabelecidos
novos tratados para resolver as contínuas disputas entre espanhóis e portugueses no Sul da Colônia, como:
a)Tratado de Petrópolis
b)Tratado de Rio Branco
c)Tratado de Badajós
d)1º. Tratado de Utrecht
e)Bula Intercoetera
Comentários
O tema da questão são os tratados que conformaram as fronteiras da América portuguesa, mais especificamente na
região norte. Nos atuais Uruguai e Rio Grande do Sul, na foz do Rio da Prata, havia uma grande disputa entre espanhóis
e portugueses, pois era por ali que a prata extraída de Potosí (Bolívia) era exportada. Logo, quem controlasse o tráfego
naquele rio, poderia cobrar taxas e impostos sobre a circulação da prata. Como o enunciado destacou, entre 1580 e
1640, Portugal e Espanha se fundiram na União Ibérica governada pelo rei espanhol Filipe II. Isso suspendeu os limites
entre seus territórios coloniais acordados em 1494, pelo Tratado de Tordesilhas. No entanto, quando os portugueses
recuperaram sua independência, nenhum novo tratado foi firmado de imediato e os colonos lusitanos passaram a
avançar sobre o território teoricamente espanhol. As disputas em torno das colônias em torno do Rio de Prata estão
inseridas nesse contexto. Agora, vejamos qual alternativa aponta correta um dos vários tratados assinados entre
Portugal e Espanha ao longo do século XVIII para resolver a questão:
a) Incorreta. O Tratado de Petrópolis é de 1903. Lembre-se que esse acordo esteve relacionado com a Questão do Acre,
ocorrida na Primeira República, ou seja MUITO tempo depois dos acontecimentos aqui tratados. Intimamente ligado ao
boom da exploração de borracha na Amazônia, o território do Acre era alvo de disputas entre a Bolívia e o Brasil, já
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independentes a muitos anos naquele momento. Ambos tinham interesses em arrecadar impostos sobre a exploração
no local e garantir acordos com as multinacionais interessadas na borracha. Esse processo também foi marcado pela
migração de vários brasileiros de outras regiões do país para o território amazônico para trabalharem na nova atividade
extrativista.
b) Incorreta. Esse é outro nome dado ao Tratado de Petrópolis, visto que a capital do Acre é Rio Branco.
c) Correta! Assinado em 1801, esse tratado devolveu a Portugal grande parte do Rio Grande do Sul (Sete Povos das
Missões), mas a Espanha manteve o domínio do estuário do Prata ao afirmar sua posse da região de Sacramento. O
tratado representou o fim dos conflitos territoriais entre portugueses e espanhóis, além de assegurar ao Brasil a maior
parte de sua configuração atual. Lembrando que este é o último de cinco tratados assinados entre as duas nações sobre
a posse daquela região. Os demais foram: o Segundo tratado de Utrecht (1715); o Tratado de Madri (1750); o Tratado
do Pardo (1761); e o Tratado de Santo Idelfonso (1777).
d) Incorreta. Na verdade, por meio desse tratado, a França reconheceu o direito exclusivo de navegação dos
portugueses no Rio Amazonas, em troca do reconhecimento luso da posse da Guiana pelos franceses. O Rio Oiapoque
passou a ser o limite entre as duas colônias, o que ratificou o pertencimento do Amapá ao território brasileiro. Com
isso, vemos que não tinha nenhuma relação com a disputa entre portugueses e espanhóis pela foz do Rio da Prata.
e) Incorreta. A Bula Intercoetera foi o acordo firmado entre Espanha e Portugal, por intermédio do papa Alexandre VI,
em 1493. É anterior ao Tratado de Tordesilhas e definia que uma linha imaginária a 100 léguas a oeste do Arquipélago
de Cabo Verde seria o limite entre as possessões portuguesas e espanholas. No ano seguinte, as duas nações
redefiniram esse limite para 370 léguas a oeste do mesmo arquipélago.
Gabarito: C

67. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

As primeiras descobertas significativas de ouro na América portuguesa estão ligadas à expansão bandeirante e datam
do final do século XVII, quando a produção e comercialização do açúcar enfrentavam um período de crise.
São consequências da descoberta do ouro:
VI- Ocupação e povoamento do interior do Brasil.

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VII- Urbanização com a formação de vilas e cidades.


VIII- Insatisfação do comércio já que não havia abastecimento
IX- Deslocamento do eixo político e econômico do Nordeste para o Centro-Sul da Colônia.
X- Introdução do Barroco como instrumento de doutrinação católica.
Assinale a alternativa que apresenta todos os itens corretos:
a)I, II, III, IV
b)I, II,III, V
c)I, II, IV
d)I, II, IV, V
e)II,IV, V
Comentários
As primeiras jazidas de ouro foram encontrar na região de Minas Gerais por bandeirantes paulistas, entre as décadas
de 1680 e 1690. Como dito, naquele momento a América portuguesa vivienciava uma crise do açúcar, devido aos
prejuízos causados pelas invasões holandesas e pela fundação de colonias exportadoras de açúcar por outras nações
europeias no Caribe, que passaram a competir com o produto brasileiro. Como já se tinha a suspeita que era possível
encontrar metais preciosos no interior da América do Sul, devido às minas de prata na Bolívia, a Coroa portuguesa
passou a contratar bandeiras de prospecção para procurar por reservas naturais desses metais. Quando finalmente foi
encontrado ouro, isso causou uma transformação significativa na economia colonial, que passou a ter um novo polo.
Com isso em mente, vejamos quais dos itens apontam consequências dessa descoberta:
I – Verdadeira! A exploração aurífera atraiu pessoas de todas as partes da colônia e do império portuguesa. Os boatos
que circulavam diziam que havia ouro em abundância e era facilmente encontrado até nas margens dos rios. A
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população colonial passou de 300 mil habitantes no final do século XVII para 3,3 milhões no final do século XVIII. A
ocupação e povamento da região mineradora, como o atual estado de Minas Gerais e, em seguida, Goiás e Mato Grosso,
alteraram o caráter predominantemente rural da colonização, com o surgimento de diversas vilas e cidades.
II – Verdadeira, pelas mesmas razões que o item anterior.
III – Falsa. Na verdade, como grande parte dos esforços se concentraram em usar a terra para explorar ouro, não havia
muito espaço para plantações e criação de animais. Com isso, o comércio foi a segunda atividade econômica que
floresceu no Sudeste. Os mineiros passaram a comprar e revender produtos de outras partes da colônia, como o gado
gaúcho e nordestino, além de gêneros alimentícios das pequenas e médias plantações espalhadas pelas capitânias de
São Paulo e Rio de Janeiro.
IV – Verdadeira! Rapidamente, a extração de ouro se tornou a atividade mais lucrativa da colônia. Devemos lembrar
que como a economia era mercantilista, o padrão de riqueza era medido com base na quantidade de metais preciosos
acumulados, o chamado padrão ouro. Portanto, a região de Minas Gerais passou a ser a maior preocupação da Coroa.
Inclusive, foram criadas instituições específicas para sua administração com o objetivo de inibir o contrabando de ouro.
Até mesmo ordens religiosas foram proibidas de se estabelecer na região, pois o clero era isento de impostos. Caso
alguma ordem decidisse se dedicar a exploração de ouro, como aldeamentos jesuítas que entravam no ramo da criação
de gado ou produção agrícola, o governo não poderia taxá-la, perdendo o acesso a uma quantidade significativa de
ouro. Dessa forma, o desenvolvimento de um novo eixo econômico ocorreu, deslocando as atividades principais da
costa litorânea nordestina para o centro-sul. Isso determinou a transferência da capital de Salvador para o Rio de
Janeiro, em 1763, por onde boa parte do ouro era exportado para a metrópole. Além disso, como comentei no item III,
os mineiros passaram a consumir produtos de outras partes da colônia, gerando um fluxo de pessoas, mercadorias e
capitais para o Sudeste.
V – A arte mineira foi marcada pelo estilo barroco, em voga na Europa até princípios do século XVIII. Tratava-se de um
estilo intimamente ligado à Contrarreforma católica, por expressar os fundamentos da devoção religiosa por meio de
construções, esculturas e iconografias que enalteciam os princípios do catolicismo. No barroco há uma multiplicidade
de formas, como se vê em imagens disformes e irregulares, como forma de afirmação de postulados religiosos. Trazido
pelos jesuítas, tomou características particulares em Minas Gerais, principalmente em função da distância do litoral e
das dificudlades de importação de materiais e técnicas construtivas. Assim, criou-se uma arte diferenciada, marca pelo
regionalismo. Expressou-se principalmente pelas igrejas construídas pelas irmandades, na confecção de santos e anjos

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em madeira, na ornamentação de altares, fazendo uso de madeira e pedra-sabão. O barroco esteve intimamente ligado
à religiosidade da época e dentre seus artistas destacaram-se Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, com suas
esculturas de pedra-sabão que substituía o mármore, e Manoel da Costa Ataíde na pintura.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
Gabarito: D
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Se o quinto recolhido no ano não atingisse o valor mínimo, a diferença seria completada pela derrama, cobrança
compulsória feita por soldados metropolitanos autorizados a invadir casas e confiscar bens e propriedades até completar
o valor.
Qual foi o valor anual mínimo do quinto imposto pela Coroa Portuguesa?
a)1000 arrobas de ouro
b)100 arrobas de ouro
c)100 arrobas de ouro e 10 de diamantes
d)1450 quilos de ouro
e)100 arrobas independentemente de ouro ou diamante.
Comentários
Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, no final do século XVII, a Coroa portuguesa se empenhou e criar instituições
e impostos específicas para a região. Algumas das instituições para administrar e controlar a circulação de ouro foram
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a Intendência das Minas, criada em 1702, e as Casas de Fundição, em 1725. Quanto aos impostos, inicialmente foram
criados dois: o quinto, que taxava em 20% a extração de ouro; e a capitação, que correspondia à cobrança de um valor
por escravo maior de doze anos e de cada homem livre que não possuísse cativo (faiscadores), e que se dedicassem a
alguma atividade, realizada na área de mineração, rendesse recursos pecuniários (comércio, hospedaria, transporte,
criação de animais, plantação e mesmo extração de metais). Todavia, na segunda metade do século XVIII, as reservas
naturais do metal precisos mostravam evidentes sinais de esgotamento. Em razão disso, a Coroa decidiu reformular os
impostos já existentes e criar um novo, a derrama. Esta foi instituída em 1765 e consistia na cobrança de todos os
impostos atrasados, realizada da forma descrita pelo enunciado. Entretanto, a questão direciona sua pergunta para o
valor anual mínimo do quinto, estabelecido a partir de 1750 no contexto de reformulação dos impostos. Vejamos:
a) Incorreta.
b) Correta! Diante da crescente escassez de ouro e a necessidade de manter a receita da corte portuguesa, o governo
determinou que o quinto minímo seria de 100 arrobas de ouro, equivalente a 1.468, 9 kg do metal, por ano! A decisão
só entrou em vigor a partir da década de 1770. Se o quinto recolhido ao longo de todo o ano não atingisse esse valor,
a diferença seria completada pela derrama.
c) Incorreta.
d) Incorreta.
e) Incorreta.
Gabarito: B

69. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1755 Portugal passou por um terremoto que destruiu a cidade de Lisboa. Isso ocorreu no mesmo momento em que
reduzia a entrada de ouro vindo da colônia portuguesa na América. Diante de tal situação, o então Ministro de Dom
José I, Marques de Pombal, recorreu a algumas medidas econômicas.
São elas
a)Aumento de tributos e estabelecimento de monopólios por meio de companhias de comércio

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b)Criação do subsídio literário


c)Expulsão dos jesuítas
d)Transformação de aldeias em vilas
e)Extinção das capitanias hereditárias
Comentários
O tema da questão são as medidas pombalinas aplicadas à extração aurífera na América portuguesa, na segunda
metade do século XVIII. O Marquês de Pombal esteve no cargo de ministro entre 1755 e 1777, período que não só
corresponde ao terremoto em Lisboa, como também os crescentes sinais de esgotamentos apresentados pelas reservas
naturais de ouro em Minas Gerais. Diante disso, para manter a receita da corte portuguesa, o governo tomou uma série
de medidas para a manutenção da economia colonial. Vejamos qual alternativa está correta em apontar tais medidas:
a) Correta! Na região mineradora, foi estabelecido um valor anual minímo (100 arroubas de ouro) para a arrecada do
quinto que passou a vigorar a partir dos anos 1770. Também foi criada a derrama, uma cobrança de todos os impostos
atrasados. Por outro lado, para diversificar a economia colonial, Pombal concedeu monopólios a duas Companhias de
Comércio: a de Pernambuco Paraíba, que na verdade tinha o objetivo de recuperar a economai açucareira nordestina;
e a do Grão-Pará e Maranhão, para incentivar a produção algodoeira e a extração de drogas do sertão. Com esses
monopolios, além de propulsionar as economias regionais, o governo estabelecia maior controle sobre as exportações
e importações na colônia, otimizando a tributação.
b) Incorreta. Em nenhum momento foi criado subsídio literário durante o período colonial.
c) Incorreta. A expulsão dos jesuítas tinha motivações econômicas, mas não só. Do ponto de vista econômico, os
jesuítas eram isentos de pagar impostos, como qualquer membro do clero católico. No entanto, era frequente esses
religiosos estarem envolvidos em atividades econômicas lucrativas como criação de gado, extração de borracha,
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plantação de açúcar, entre outras. Em alguns casos até exportavam em larga escala sua produção. Como não eram
obrigados a pagar impostos, o governo entendia que estava tomando prejuízo já que não podia tomar uma parte desse
lucro. Todavia, também existiam motivações políticas e ideológicas para a expulsão dos jesuítas dos territórios
portugueses. Pombal era um iluminista e, por isso, o reinado de José I ficou conhecido como um exemplo de despotismo
esclarecido. Isso gerava um atrito entre Estado e Igreja, pois os iluministas defendia a laicização do governo e da
educação. Haviam clérigos, inclusive jesuítas, tanto em cargos públicos quanto na educação. Na realidade, os jesuítas
monopolizavam a educação nos territórios portugueses. O resultado foi a expulsão da Companhia de Jesus de todos os
domínios do Império lusitano, seja no reino ou nas colônias, em 1759. Assim, podemos concluir que a alternativa é
equivocada, uma vez que é reducionista ao afirmar que a expulsão dos jesuítas era uma medida meramente econômica.
d) Incorreta. A urbanização vinha ocorrendo, sobretudo na região de Minas Gerais, desde o final do século XVII devido
a exploração aurífera, não à medidas aplicadas por Pombal.
e) Incorreta. Assim como a expulsão dos jesuítas, a extinção do sistema de capitânias hereditárias em 1759 teve razões
tanto políticas quanto econômicas, o que torna reducionista a afirmação da alternativa. As unidades administrativas
regionais continuavam se chamando capitânias, mas deixaram de ser hereditárias. Isso fez parte do esforço da Coroa
em reforçar seu poder e a arrecadação de impostos na colônia.
Gabarito: A

70. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)


No século XVII, a diferenciação interna da sociedade colonial, separando os interesses de comerciantes e senhores de
engenho no Nordeste, gerou tensões que levaram à luta armada. Essas primeiras disputas
a) Revelavam a insatisfação de setores da sociedade colonial, sendo que havia por trás delas interesses separatistas,
como é o caso da Inconfidência Mineira.
b) Demonstravam a insatisfação de setores da sociedade colonial, mas contestavam apenas aspectos da política
colonial e não o sistema como um todo, como é o caso da Revolta de Beckman.
c) Traziam a marca da insatisfação dos portugueses com a falta de privilégios e benefícios tais como os concedidos
pela Coroa, como é o caso da Guerra dos Mascates.

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d) Marcaram o início do processo de independência, já que todas elas expressam a insatisfação e o desejo de
ruptura com a metrópole.
e) Expressam a insatisfação da elite letrada e das camadas populares que se insurgiram contra o sistema colonial,
como vemos na Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
Comentários
O tema da questão são as revoltas coloniais na América portuguesa, ou seja, estamos falando de um período que vai
desde o fim da União Ibérica até a independência do Brasil. Naquele contexto, o Império português passava por uma
crise, pois os principais produtos produzidos na colônia tinham que competir com outras colônias europeias na América
que começaram a produzir as mesmas matérias-primas, como o açúcar. Além disso, no final do século XVIII a extração
aurífera estava em decadência, uma vez que as reservas naturais de ouro nas Minas Gerais estavam se esgotando
depois da intensa exploração que ocorria desde fins do século XVII. Em razão disso, Portugal iniciou uma série de
reformas para aperfeiçoar seu controle sobre o Brasil de modo e garantir a arrecadação de grandes quantias de capital
por meio de novos impostos. Aumentaram os impostos principalmente sobre a extração de ouro e sobre os produtos
importados. Recorde que o Brasil não podia comprar produtos importados de outras nações que não Portugal, por causa
do Pacto Colonial. Foram essas reformas que motivaram elites e outros setores da sociedade colonial a dar início a uma
série de revoltas. É importante lembrar que todas os levantes compreendidos nesse contexto não queriam
necessariamente a mesma coisa. Algumas delas compartilhavam certos princípios ideológicos, mas divergiam em seus
objetivos. Por exemplo, praticamente todas elas reivindicação o fim ou a diminuição dos impostos, mas nem todas
defendiam a independência do Brasil ou mesmo de sua região. Algumas delas foram apenas conflitos entre diferentes
grupos da sociedade colonial. Sabendo disso, note que o enunciado direciona a questão para as primeiras disputas
desse contexto, na região Nordeste. Então, vejamos:
a) Incorreta. De fato, a Inconfidência Mineira consistiu em uma revolta separatista. No entanto, teve lugar em 1789, ou
seja, foi uma das últimas revoltas coloniais na América Portuguesa, não as primeiras.
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b) Correta! A Revolta de Beckman foi de caráter local e por demanda específica, contra a administração colonial, porém,
não houve um efetivo desejo de romper com a coroa ou proclamar emancipação do Estado. A política metropolitana
instituiu, em 1682, uma Companhia de Comércio (do Maranhão) com intenção de abastecer a área com mão-de-obra
escrava africana. Esta companhia não teria apenas o monopólio da venda de escravos, mas de todo o comércio da
região por determinado tempo. Somente os missionários ficaram excluídos do monopólio da Companhia. A Revolta de
Beckman, considerada como um movimento nativista, foi uma rebelião ocorrida na cidade de São Luís (estado do
Maranhão) em 1684, devido a insatisfação crescente dos colonos com essas medidas. O movimento cresceu não apenas
contra a exploração da Companhia de Comércio do Maranhão, mas também contra os jesuítas. Acabou reprimido de
maneira violenta pela Coroa.
c) Incorreta. Na verdade, a Guerra dos Mascates se tratou de um conflito armado entre a elite olindense
(agroexportadora) e a elite recifense (comerciantes). O conflito se deu entre 1710 e 1711, na região de Olinda e Recife,
em Pernambuco. Toda a produção açucareira de Olinda era exportada por Recife, o que tornava este porto um local
importante na economia pernambucana. Além disso, era um ponto de passagem de navios que viajavam entre Portugal,
Brasil e África. Devido a esses fatores, os recifenses reivindicavam se separar administrativamente de Olinda. Eles são
atendidos pela Coroa e em 1709 Recife é elevada à categoria de vila, com Câmara Municipal própria. Então, no ano
seguinte, os olindenses atacam Recife. A metrópole envia tropas para pôr fim ao conflito, em 1711. Três anos depois,
um novo acordo é firmado garantindo a elevação de Recife não só como vila, mas também como capital de Pernambuco.
Nesse episódio, assim como na Revolta de Beckman, o objetivo não era a independência, mas sim um grupo de colonos
vencer outro.
d) Incorreta. Como destaquei no comentário, nem todas as revoltas coloniais expressavam o desejo de romper
definitivamente com Portugal ou com o restante da colônia, principalmente as primeiras disputas que tiveram lugar
entre o fim do século XVII e na primeira metade do XVIII. Estas revoltas eram marcadas por rixas entre grupos distintos
de colonos ou reivindicavam o fim ou alteração de medidas específicas da administração colonial.
e) Incorreta. A alternativa não está errada na sua descrição dessas duas revoltas. Porém, as estão entre as últimas, não
as primeiras disputas internas que tiveram lugar no Brasil colônia. Além disso, vale ressaltar que a participação da elite
letrada não durou todo o movimento, durante a Conjuração Baiana. Conforme libertos e cativos aderiram às
reivindicações, os mais abastados foram se retirando do movimento. Com isso, se tornou uma revolta essencialmente
popular, defendo não só a independência da Bahia como também o fim da escravidão.

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Gabarito: B

71. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Na segunda metade do século XVIII, enquanto na Europa e nos Estados Unidos difundiam-se os ideais liberais, o Brasil
continuava ainda submetido ao estatuto colonial e ao absolutismo da Coroa Portuguesa. O contraste entre o imobilismo
desse sistema e as mudanças que ocorriam na Europa e na América do Norte acabariam por levá-lo à crise.
(Arruda e Pilleti. História Geral e História do Brasil)
Na raiz do problema apresentado acima estão três processos históricos, corretamente e cronologicamente identificados
na alternativa
a)Revolução Industrial, Independência dos Estados Unidos da América e Revolução Francesa
b)Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Era Napoleônica
c)Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Independência do Haiti
d)Revolução Industrial, Revolução Francesa e Era Napoleônica
e)Independência dos Estados Unidos da América, Revolução Francesa e Estabelecimento da Família Real Portuguesa no
Brasil
Comentários
Esta é uma questão contextual, no sentido em que temos que identificar acontecimentos internacionais que tiveram
repercussão nos processos históricos em curso no Brasil. O período é o século XVIII, momento no qual as ideias
iluministas e liberais, inovações científicas e contestações ao Antigo Regime percorrem todo o mundo ocidental. Com
isso em mente, vejamos qual alternativa lista corretamente esses fatos internacionais de grande relevância para a
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história brasileira naquele período. Lembre-se que eles devem estar listados em ordem cronológica!
a) Correta! A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, sobretudo no setor têxtil, em meados do século XVIII. A
Independência dos EUA declarada em 1776, ao que se seguiu a guerra de libertação nacional que acabou em 1783 com
a vitória norte-americana. Por fim, a Revolução Francesa foi deflagrada em 1789. A ordem cronológica está correta.
Além disso, esses três processos históricos estavam diretamente relacionados com o iluminismo e a profusão do ideário
liberal. Essas ideologias carregavam fortes críticas ao absolutismo, ao mercantilismo e à Igreja Católica. Apesar de
muitas vezes não chegarem a propor o fim do capitalismo ou mesmo da escravidão, esses movimentos causaram
transformações políticas e econômicas que consolidaram a sociedade burguesa e o Estado-nação liberal. Essas críticas
e anseios encontravam eco na América portuguesa, em um período no qual a Coroa buscava reforçar seu controle sobre
colônia, reformando instituições e criando novos impostos ao mesmo tempo que negava maior participação política dos
colonos. A influência do iluminismo e do liberalismo no Brasil desse período podem ser notadas na Inconfidência Mineira
(1789) e na Conjuração Baiana (1798).
b) Incorreta. Apesar de ter início em 1799, a Era Napoleônica está mais inserida no contexto do século XIX do que no
XVIII, pois se estende até 1815.
c) Incorreta. A independência do Haiti ocorreu em 1804, portanto, posterior ao recorte abordado.
d) Incorreta, pela mesma razão que a letra “b”.
e) Incorreta. A família real portuguesa só chegou ao Brasil em 1808, logo, depois do contexto tratado aqui.

Gabarito: A
72. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O despertar da consciência nacional inicia-se no século XVIII. Os primeiros movimentos de certa envergadura a contestar
o estatuto colonial foram a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
Assinale a alternativa que marca a diferença entre esses dois movimentos
a)Ambos tinham caráter emancipacionista e, por isso, lutavam pelo fim da dominação de Portugal.

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b)Eram contrários ao abuso fiscal e à continuidade do pacto colonial.


c)Enquanto o movimento mineiro era formado por um grupo letrado da elite, o baiano contou com a participação das
camadas mais pobres da sociedade.
d)Enquanto a Inconfidência defendia a abolição dos escravos, na Bahia o assunto tinha divergências entre os populares.
e)A devassa contra os dois movimentos teve desfecho diferente: em Minas gerais todos foram presos, enquanto na
Bahia houve enforcamento também.
Comentários
O século XVIII, no Brasil, é marcado por uma série de revoltas coloniais por meios das quais podemos observar o
processo de percepção dos colonos de seus próprios interesses, os quais se mostravam cada vez mais antagônicos aos
da metrópole. A insatisfação com o pacto colonial, a falta de meios para ampla participação política das elites coloniais
e demais setores da população na política institucional, a criação de impostos abusivos e a resistência à escravidão
contribuíam para os vários habitantes da colônia perceberem gradativamente que queriam sua independência. Contudo,
os projetos de nação independente idealizados por cada movimento variaram conforme sua composição social. Com
isso em mente, vejamos quais as diferenças entre a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798):
a) Incorreta. Na verdade, isto era uma semelhança, não uma diferença, entre os dois movimentos. De fato, cada um
deles reivindicou a independência de suas respectivas capitânias em relação à Portugal e ao Brasil.
b) Incorreta. Essas também eram características comuns entre as duas revoltas.
c) Correta! Agora, sim, temos uma diferença básica entre os dois movimentos: justamente sua composição social. Isso
refletia nas pautas levantadas por cada um. Por exemplo, os mineiros não queriam o fim da escravidão, enquanto os
baianos, sim.
d) Incorreta. Na verdade, os baianos defendiam a abolição da escravidão, enquanto os mineiros optaram por sua
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manutenção.
e) Incorreta. Em ambas houve prisão e execuções por enforcamento, com a diferença que em Minas Gerais apenas um
participante foi executado: Tiradentes, um dos menos abastados no movimento.
Gabarito: C

CONTEMPORÂNEA I - A Revolução Industrial. A Revolução Francesa e a Restauração (o


Congresso de Viena e a Santa Aliança
73. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A industrialização da segunda metade do século XVIII, na Europa, iniciou-se com a mecanização do setor têxtil, cuja
produção conquistava cada vez mais mercado. A nação considerada pioneira na revolução industrial foi:
a) França.
b) Rússia.
c) Portugal.
d) Inglaterra.
e) Alemanha.
Comentários
A Revolução Industrial foi um longo processo que consistiu em uma série de inovações tecnológicas e científicas aplicadas
à produção industrial. Essas transformações também acarretaram uma mudança drástica nas relações de trabalho e na
própria organização das economias nacionais e internacional. Podemos localizar os primeiros passos dessas inovações
tecnológicas e científicas com o renascimento, no início da Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVI. Conforme o comércio
florescia e o êxodo rural se intensificava, novas classes sociais e formas de acumulação de riqueza e trabalho surgiam. As

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oficinas de artesãos e as manufaturas começaram operar uma transição entre trabalho doméstico e familiar para o trabalho
assalariado em ambientes próprios. Entretanto, essas inovações demandavam grandes investimentos de capitais e de
estabilidade política para que essa acumulação acontecesse, o que só se deu em pelo menos uma nação da Europa a partir
do século XVIII. Nessa nação, aquelas circunstâncias ocorreram antes das demais. Graças à acumulação de terras por meio
de cercamentos, a geração de uma massa de trabalhadores despossuídos decorrente deles, a estabilização política após um
longo período revolucionário e tratados comerciais estratégicos com Portugal após a descoberta de ouro no Brasil foram
fatores que contribuíram que a Inglaterra fosse pioneira nas inovações tecnológicas e científicas aplicadas à produção
industrial. Portanto, a alternativa correta é a letra “d”. Os demais países citados tiveram uma industrialização bem mais
tardia. Apesar de manufaturas serem comuns em alguns deles desde o renascimento urbano e comercial, essas outras
nações só começaram a se industrializar no século XIX.

Gabarito: D
74. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A Primeira Revolução Industrial, entre 1760 e 1860, ficou conhecida por qual característica do processo industrial
a) aproveitamento do aço e da energia elétrica, com destaque para o motor a combustão.
b) desenvolvimento da indústria de tecidos a partir do tear mecânico.
c) exploração de recursos energéticos petrolíferos como fonte de energia.
d) rápida comunicação entre matrizes das companhias de comércio por meio do telégrafo.
e) emprego de tração animal.
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Comentários
Antes tudo, você deve lembrar que é preciso encarar a Revolução Industrial como um longo processo histórico ao longo
do qual uma série de inovações tecnológicas e científicas foram aplicadas à produção de mercadorias. Ao longo desse
processo, podemos dizer que houve diferente etapas caracterizadas por transformações distintas no modo de produção
e, consequentemente, na organização do trabalho e da sociedade de classes. A presente questão enfoca a etapa
conhecida como Primeira Revolução Industrial, entre aproximadamente 1760 e 1860. A Segunda Revolução Industrial
se deu entre 1860 e 1900. A Terceira vem ocorrendo desde meados do século XX. Com isso mente, vejamos qual
alternativa aponta corretamente caraterística(s) da Primeira Revolução Industrial:
a) Incorreta. Essas inovações só ocorreram na segunda metade do século XIX, ou seja, durante a Segunda Revolução
Industrial.
b) Correta! A Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra, pois aquele país vivenciava circunstâncias propícias
para isso. Os cercamentos que ocorriam desde o fim da Idade Média possibilitaram a concentração de terras ao mesmo
tempo que gerou uma massa de trabalhadores despossuídos que procurou emprego nas áreas urbanas, onde
manufaturas e indústrias funcionavam. Além disso, após o fim das revoluções inglesas no século XVII, o Reino Unido
enfim obteve estabilidade política para expandir sua economia e se projetar internacional, por meio da colonização e
do comércio exterior. Isso tudo permitiu a acumulação de capitais pelas classes proprietárias que, por sua vez,
reinvestiram em inovações e formas de melhorar e aumentar sua produção. Ocorre que os ingleses se destacavam no
ramo da produção têxtil. Grande parte dos cercamentos das terras comunais eram feitos com o objetivo de criar ovelhas
e plantar algodão para produção de tecidos. Conforme as circunstâncias permitiram, os proprietários industrializaram a
produção têxtil ao longo do século XVIII e XIX. Gradativamente, outros setores da economia vivenciavam processo
semelhante.
c) Incorreta. Isso também só ocorreu durante a Segunda Revolução Industrial.
d) Incorreta, pela mesma razão que as letras “a” e “c”.
e) Incorreta. A tração animal era característica da produção feudal, pré-revolução industrial. Com as inovações do século
XVIII, o vapor seria responsável pela automatização da produção têxtil.

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Gabarito: B

75. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

No que diz respeito às mudanças mais profundas nas relações econômicas e sociais, a Revolução Industrial, a partir de
meados do século XVIII, provocou a seguinte transformação em comparação ao modelo econômico até então vigente:
a) ampliação do trabalho doméstico em setores organizados da indústria.
b) mecanização das atividades agrícolas, com diminuição do mercado consumidor interno e expansão do mercado
externo.
c) diminuição do mercado consumidor interno nos países europeus.
d) diminuição dos custos de produção e ampliação do mercado consumidor.
e) pleno controle das atividades de trabalho pelo trabalhador a partir da especialização.
Comentários
Atenção ao tempo, espaço e tema da questão. Estamos falando do século XVIII, na Inglaterra, onde ocorreu primeiro a
Revolução Industrial. Esta consistiu em uma série de inovações tecnológicas e científicas aplicadas à produção de
mercadorias. Isto resultou em uma transformação brusca do modo de produção e, portanto, da organização da sociedade
de classes. Sabendo disso, vejamos qual alternativa aponta corretamente uma ou mais transformações em relação ao
modelo econômico anterior:
a) Incorreta. Na verdade, o trabalho doméstico era o mais comum durante o período pré-industrial, ou seja, durante a Idade
Média e mesmo nos primeiros séculos da Idade Moderna. Mesmo com o renascimento comercial e urbano não era incomum
encontrar artesãos e camponeses dividindo o trabalho com seus familiares, executando suas atividades na própria residência.
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Lentamente, ao longo dos séculos XV e XVI, as manufaturas vão se proliferando, nas quais os trabalhadores não
necessariamente trabalhavam com seus parentes. Vários deles eram reunidos para trabalhar a um proprietário das
ferramentas e do local de trabalho. De qualquer forma, até o século XVIII, era comum encontrar os dois tipos de relação
de trabalho. A partir deste momento, com a industrialização, é que o trabalho doméstico e familiar vai se tornar cada vez
mais raro.
b) Incorreta. A mecanização das atividades agrícolas é um processo que se intensificou apenas no século XX. Além disso, a
Revolução Industrial dependia da ampliação, não da diminuição, do mercado interno. A própria população nacional deveria
dar conta de consumir boa parte da produção industrial. Ao mesmo tempo, buscava-se atender também o mercado externo,
com a comercialização do excedente e o controle sobre a circulação de mercadorias (rotas, portos, estradas, ferrovias, etc.).
c) Incorreta. Como já disse, a industrialização demanda a ampliação do mercado interno, não sua diminuição.
d) Correta! O grande objetivo e benefício da Revolução Industrial foi diminuir os custos de produção. Isso foi possível graças
à automatização de etapas da produção que permitiu produzir mais em menos tempo. Por outro lado, essa automatização
também tornava descartável empregar tantos trabalhadores, o que igualmente diminuía o custo da produção. Por sua vez,
já comentei que a ampliação do mercado interno era necessária para que a produção industrial tivesse sempre para quem
vender seus produtos e manter o capital circulando.
e) Incorreta. Na realidade, a Revolução Industrial retirou o controle das atividades de trabalho pelo. Com as mudanças no
modo de produção, os patrões cada vez mais detinham a propriedade de todos os meios de produção. Em outras palavras,
eles eram donos da fábrica, das máquinas e das ferramentas; em suma, tudo que era necessário para trabalhar. Ao
trabalhador restava apenas a propriedade de sua própria força de trabalho (ou seu tempo), a qual vendia ao patrão em
troca de um salário, no mais das vezes insuficiente para sua própria sobrevivência. Vale ressaltar que, graças aos
cercamentos de terras que aconteciam a séculos, havia uma massa de desempregados despossuídos. Por isso, mesmo
diante de condições de trabalho precárias, os trabalhadores não tinham muita opção, pois, se reclamassem, podiam ser
demitidos e facilmente substituídos. Assim, eram o patrão e seus encarregados que ditavam o ritmo do trabalho.

Gabarito: D
76. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

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As inúmeras transformações provocadas pela Revolução Industrial podem ser sistematizadas conforme segue:
I – utilização de máquinas mecanizadas e aprofundamento da divisão e especialização do trabalho.
II – formação de novas ideologias e estabelecimento de mão de obra assalariada.
III – reestruturação das corporações de ofício a partir da ampliação do trabalho manufaturado.
IV – ampliação das zonas urbanas e êxodo rural.
V- surgimento do ludismo.
Assinale a alternativa que apresenta todas as medidas corretas, dentre as listadas acima.
a) somente I e II são corretas.
b) I, II e III são corretas.
c) I, II, III e V são corretas.
d) somente II, III e IV são corretas.
e) I, II, IV e V são corretas.
Comentários
A Revolução Industrial foi um longo processo histórico que consistiu em uma série de inovações tecnológicas e científicas
aplicadas a produção de mercadorias. Essas inovações geraram mudanças no modo de produção, mas também na própria
organização da economia e da sociedade de classes. Esse processo teve início na Inglaterra, durante o século XVIII, mais
especificamente na produção têxtil. Sabendo disso, vejamos quais transformações listas podem ser atribuídas à Revolução
Industrial:
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I – Correta! Uma das inovações foi a construção de máquinas automáticas que podiam realizar o trabalho em maior
quantidade e em menos tempo de um trabalhador humano. O tear mecânico foi uma das primeiras a serem concebidas. Em
menos de um século, essa ferramenta ficou cada vez mais sofisticada, inclusive ganhando uma versão movida a vapor. Por
outro lado, conforme a industrialização se expandia e as fábricas aumentavam sua capacidade, a produção e o trabalho
eram cada vez mais divididos em etapas para abaixar seu custo e acelerar seu ritmo. Assim, os trabalhadores eram
designados para tarefas distintas e costumavam se especializar somente aquela etapa do processo produtivo.
II – Correta! Como a Revolução Industrial causou transformações econômicas, sociais e políticas, proporcionou também a
elaboração de ideologias que buscavam legitimar posicionamentos e reivindicações relacionadas aos interesses das
diferentes classes sociais componentes desse quadro. O liberalismo, o nacionalismo, o socialismo e o anarquismo são
algumas delas que, apesar de antagônicas muitas vezes, todas se desenvolveram ou se criaram em decorrência da
industrialização.
III – Incorreta. Esse processo se deu no período imediatamente anterior à Revolução Industrial. Entre os séculos XVI e XVII,
as corporações de ofício foram perdendo espaço na economia. Nelas se reuniam artesãos dedicados a mesma atividade de
modo que podiam controlar eles mesmos todas as etapas da produção. Contudo, conforme alguns proprietários acumulam
capitais, decidem criar suas próprias oficinas e contratar artesãos para trabalharem lado a lado em linhas de produção.
Essas eram as manufaturas. Nelas, era o patrão que detinha a propriedade do ambiente de trabalho e o controle da
contratação e do ritmo de trabalho. Em alguns casos, até das ferramentas. Podemos dizer, que aqui temos o embrião do
que seria a Revolução Industrial. No entanto, somente no século XVIII haverá proprietários com capital acumulado o
suficiente e uma conjuntura política favorável para a industrialização e as transformações mais drásticas nas relações de
trabalho.
IV – Correta! O êxodo rural foi impulsionado pelos cercamentos das terras comunais cada vez mais frequentes desde o
século XVI. Sem terras, uma grande massa de camponeses perdeu seus meios de sustento e se viram obrigados a migrar
para as zonas urbanas para procurar emprego nas manufaturas e, futuramente, nas fábricas.
V – Correta! O ludismo foi um movimento dos operários ingleses no início do século XIX, em um momento mais avançado
da Revolução Industrial. Nesse momento, a economia industrial já havia se consolidado na Inglaterra. As máquinas eram
usadas em praticamente todas as fábricas, o que diminuía a necessidade de contratar grande número de trabalhadores.
Contudo, como resultado da concentração de terras decorrente dos cercamentos, a massa de desempregados era crescente.

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Com isso, muitos trabalhadores se organizavam para quebrar as máquinas com o objetivo de prejudicar os patrões e
intimidá-los a não realizar mais demissões.
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Gabarito: E
77. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Quais acontecimentos internacionais contribuíram para impulsionar o processo da Revolução Francesa, em 1789:
a) a Guerra dos Sete Anos e a Independência do Haiti.
b) o Bloqueio Continental e a Guerra dos 100 anos.
c) a Guerra dos Sete Anos e a Independência das 13 Colônias Americanas.
d) A Independência das 13 Colônias Americanas e o fechamento das rotas comerciais no mediterrâneo.
e) as disputas da França com o Império Turco-Otomano e a penetração dos comunistas russos em território francês.
Comentários
Em primeiro lugar, preste atenção do tempo, no espaço e no tema. Este último é a Revolução Francesa, ou seja, estamos
falando da França entre os anos de 1789 e 1799. Todavia, o enunciado direciona a questão para acontecimentos
internacionais que contribuíram para a deflagração da revolução na França. Lembre-se que o processo revolucionário foi
desencadeado pela revolta da burguesia, dos trabalhadores assalariados, camponeses e sans-cullotes contra o Antigo
Regime francês, isto é, a monarquia, a nobreza e o clero. Então, vejamos:
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a) Incorreta. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) consistiu em um conflito entre Inglaterra e França pelo domínio do
território colonial que hoje é o Canadá. Os franceses saíram derrotados do conflito, não sem a Coroa se endividar
absurdamente para financiar a guerra. Para ressarcir os cofres públicos, o rei optou por aumentar impostos sobre a
população, o que contribuíram para o clima de insatisfação que resultaria na revolução anos depois. No entanto, a
Independência do Haiti ocorreu (1791-1804) depois do início da Revolução Francesa. Os dois acontecimentos realmente
estão relacionados, mas na verdade foi a segunda que contribuiu para impulsionar a primeira, não o contrário.
b) Incorreta. O Bloqueio Continental foi uma estratégia francesa para impedir que as nações europeias comercializassem
com a Inglaterra, visto que era extremamente difícil vencer os ingleses em batalhas navais, indispensáveis para que os
franceses pudessem atravessar o Canal da Mancha e invadir a Inglaterra. Contudo, isso só ocorreu durante o governo
napoleônico, em 1806, depois da Revolução Francesa. Por seu turno, a Guerra dos 100 anos foi um conflito entre França e
Inglaterra em decorrência das intenções da realeza britânica pleitear o trono francês. O rei inglês alegava ser parente do
falecido rei francês que não tinha herdeiros. Porém, essa guerra ocorreu entre 1337 e 1453, séculos antes da Revolução
Francesa, logo não pode ser considerada como algo que contribuiu diretamente para sua deflagração.
c) Correta! Já comentei sobre a Guerra dos Sete Anos. Por sua vez, o processo de independência dos Estados Unidos da
América, iniciado em 1776, serviu de inspiração para os revolucionários franceses, pois compartilhavam dos mesmos ideais
iluministas e liberais que criticavam o Antigo Regime como um todo.
d) Incorreta. Apesar da Independência das 13 Colônias terem contribuído para a deflagração da Revolução Francesa, não
podemos dizer o mesmo do fechamento das rotas comerciais no mediterrâneo. Isto se deu séculos antes dos acontecimentos
de 1789 na França. Após as Cruzadas (1096-1270) mercadores italianos de Gênova e Veneza, bizantinos e árabes
monopolizavam o comércio realizado por meio do mar Mediterrâneo, impedindo que outras nações europeias pudessem
fazer o mesmo. Isso motivou Portugal, Espanha e, mais tarde, França, Holanda e Inglaterra a se dedicarem à busca de
novas rotas comerciais marítimas e novos territórios para colonizar a partir do século XV.
e) Incorreta. As disputas entre França e Império Turco-Otomano ocorrem apenas nos séculos XIX e XX. Por outro lado, é
possível que comunistas russos tenham visitado a França ao longo do século XX, por intermédio do Partido Comunista
francês.

Gabarito: C

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78. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Leia as afirmações abaixo referentes ao período inicial da Revolução Francesa, em 1789.


I – não houve participação popular.
II – os privilégios do clero e da nobreza foram extintos.
III – a Assembleia Nacional Constituinte aboliu a escravidão.
IV – foi implantada uma República Constitucional, que terminou com a ascensão de Napoleão Bonaparte, em 1799.
V – foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmações corretas, dentre as listadas acima.
a) I, II e III estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) II, IV e V estão corretas.
d) III, IV e V estão corretas.
e) II e V são corretas.
Comentários
O tema da questão é a Revolução Francesa, de 1789, movimento que derrubou a monarquia e perseguiu boa parte da
nobreza e do clero na França. Era uma grande revolta dos demais setores da sociedade contra o Antigo Regime. Com base
nisso, vejamos as proposições:
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I – Incorreta. Pelo contrário, o movimento foi marcado pela participação do Terceiro Estado, como era chamado o conjunto
das classes sociais que não pertenciam à nobreza nem ao clero. Eram elas: a burguesias; os trabalhadores assalariados; os
camponeses; o sans-cullotes. A desigualdade era gritante na França do fim do século XVIII. Contudo, a monarquia e a
nobreza ostentavam suas riquezas e a abundância de alimentos, enquanto a grande parte da população passava fome. Além
disso, os nobres mais próximos ao rei eram completamente isentos de pagar qualquer imposto, enquanto as demais classes
sociais pagavam cada vez mais tributos. Em um cenário de crise generalizada, fome e boatos sobre uma suposta zombaria
da miséria dos mais pobres feita pela rainha, a população se insurgiu dando início a revolução em junho de 1789.
II – Correta! Como eu disse, parte da nobreza não pagava impostos. Por sua vez, o clero também era isento de impostos,
além de ter privilégio de foro (eram julgados apenas pela Igreja) e não eram obrigados ao serviço militar. A Igreja também
era responsável pela educação e controle do pensamento. Vale dizer que a França era uma monarquia absolutistas. Logo,
a monarquia fazia amplo uso da censura e da perseguição política, inclusive com o auxílio da Igreja. Além disso, a nobreza
e o clero tinham amplos direitos políticos, podendo assumir cargos no governo e na administração pública, o que a maioria
da população não podia fazer. Por essas razões, os principais alvos dos revolucionários foram esses privilégios.
III – Incorreta. Na verdade, durante o primeiro revolucionário, da Assembleia Nacional Constituinte (1789-1791), foi abolida
somente a escravidão na França. Nas colônias francesas, o cativeiro foi abolido mais tarde, com a primeira constituição
republicana em 1793, durante o segundo governo revolucionário, a Primeira República Francesa ou Convenção Nacional
(1792-1795).
IV – Incorreta. Após a deflagração da revolução em meados de 1789, foi instalado um governo provisório, liderado por uma
Assembleia Nacional Constituinte. Haviam vários interesses em disputa e não havia uma concordância se o novo governo
devia ser uma monarquia constitucional ou uma república. Inicialmente, a alta burguesia conseguiu manipular a situação
para se proceder a primeira opção. Contudo, em 1792, os deputados jacobinos conseguiram se articular e declarar a primeira
república francesa.
V – Correta! Em 26 de agosto de 1789, os revolucionários aprovaram por aclamação a Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, inspirada em ideias iluministas e na Declaração de Independência dos Estados Unidos. O eixo da Declaração
acabava com os privilégios tradicionais do Antigo Regime (dos títulos da nobreza) e trazia princípios de igualdade (direito
de todos à vida; direito de todos a terem sua propriedade). Contudo, esse primeiro documento oficial da Revolução não
previu transformações em direitos econômicos (igualdade social), tampouco igualdade de gênero. Dessa forma, as mulheres
continuavam sem direitos e a relação estrutural entre ricos e pobres não foi alterada. Socialmente, apenas a abolição da
escravidão na França foi abolida. Além das ideias de liberdade e igualdade presentes na Declaração dos Direitos do Homem

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e do Cidadão, a noção de fraternidade ali presente conferia, pela primeira vez, uma identidade nacionalista popular. Isso
porque a fraternidade seria a relação de laços iguais e de solidariedade entre um povo formado por cidadãos iguais: o povo
francês. Os fundamentos político-filosóficos da Declaração são o liberalismo político e o liberalismo econômico.
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Gabarito: E
79. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Do ponto de vista simbólico, a ação popular que marcou a queda do Antigo Regime, logo no início da Revolução Francesa
(1789) pode ser sintetizada
a) na tomada da Bastilha.
b) na queima do Palácio de Versalhes.
c) no enforcamento do rei.
d) no estabelecimento da Comuna de Paris.
e) no massacre da nobreza ligada aos interesses financeiros.
Comentários
Como é evidente, o tema da questão é a Revolução Francesa, que deu início a um longo processo revolucionário na França,
entre 1789 e 1799. Ao longo destes anos, diferentes governos revolucionários marcados pelas rivalidades entre os
participantes da revolução se sucederam. Entretanto, o enunciado direciona a questão para os acontecimentos mais
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imediatos à própria deflagração da Revolução Francesa, isto é, os fatos que consistiram na ampla revolta popular que teve
lugar entre os meses de junho e julho de 1789. Sabendo disso, vejamos as alternativas:
a) Correta! A Bastilha era uma grande fortaleza na qual eram mantidos os presos políticos, ou seja, aqueles que atentavam
contra a autoridade real de alguma forma. Por isso, esse edifício era um grande símbolo do Antigo Regime francês. Não à
toa, quando o rei fechou os Estados Gerais para evitar dar mais direitos políticos ao Terceiro Estado e a população se
revoltou, pouco tempo depois o povo parisiense tomou a Bastilha.
b) Incorreta. O Palácio de Versalhes não foi queimado durante a revolução.
c) Incorreta. O rei francês, Luís XVI, não foi enforcado, mas sim guilhotinado. Além disso, sua execução só se deu em 1793,
durante a Primeira República Francesa, o segundo governo revolucionário.
d) Incorreta. A Comuna de Paris foi um governo provisório e paralelo à Assembleia Nacional Constituinte sediado na capital
francesa liderado pelos jacobinos, momentos antes da proclamação da primeira república francesa em 1792.
e) Incorreta. O massacre da nobreza não pode ser reduzido apenas aos interesses financeiros. Era motivado por séculos de
história permeados de opressão, violência e desigualdade. O ressentimento da população que compunha o Terceiro Estado
era em relação a todos os privilégios que os nobres tinham e pareciam ser reforçados conforme a crise se intensificava.

Gabarito: A
80. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A vitória contra os exércitos estrangeiros deu nova força aos revolucionários franceses. Os principais líderes da revolução
decidiram, então, proclamar a República, o que ocorreu em 22 de setembro de 1792.
(COTRIM, 2012, p. 380).
Após proclamarem a República, seguiu-se que
a) Luís XVI foi julgado e condenado a prisão perpétua.
b) a Assembleia Legislativa foi dissolvida e, no lugar, foi criada a Convenção Nacional.

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c) foi instaurada a hegemonia da corrente dos girondinos, seguida da fase do Termidor liderada por esta força.
d) o Comitê de Salvação Pública ficou encarregado de vigiar, prender e punir os traidores da causa revolucionária.
e) o Tribunal Revolucionário passou a ficar responsável pelo controle do exército e pela administração pública.
Comentários
A Revolução Francesa teve início em 1789 e consistiu na revolta das camadas sociais que compunham o Terceiro Estado
(burgueses, trabalhadores assalariados, camponeses e sans-cullotes). Com a destituição da monarquia, foi instalado o
governo da Assembleia Nacional Constituinte. No entanto, os deputados que as compunham não tinham um consenso
sobre como o novo governo devia ser organizado. Os interesses das diferentes classes sociais que participaram da
revolução começavam a se manifestar agora que seu inimigo comum – o absolutismo monárquico – havia sido
derrotado. Para piorar, em 1791 outras monarquias absolutistas da Europa, Áustria e Prússia, aliaram-se para combater
a revolução para que ela não ultrapassasse as fronteiras francesas. Elas encaminharam a Declaração de Pillnitz ao
governo revolucionário da Assembleia Constituinte. Esse documento era uma ameaça: se Luís XVI não fosse reconduzido
ao trono, a França seria invadida. Assim, o exército revolucionário foi mobilizado para combater as forças absolutistas.
Os líderes mais radicais da revolução, os jacobinos, conseguiram fazer com que a população aderisse amplamente às
batalhas. Para os mais radicais, o envolvimento dos cidadãos na resposta armada foi importante porque revitalizou a
participação popular nos rumos políticos da Revolução Francesa. O ímpeto de 1789 foi retomado. Por meio dessa
mobilização popular rumo à guerra, os jacobinos conseguiram instaurar, com o apoio de províncias próximas a Paris,
um Governo Provisório em Paris denominado de Comuna (não tem nada próximo ao comunismo aqui, ideologia
inexistente nesse momento da história). Comuna aqui equivale à “cidade”. Em decorrência da instauração da Comuna,
formou-se o Conselho Geral da Comuna, uma espécie de poder paralelo ao da Assembleia Nacional. Esse poder paralelo
liderado pelos jacobinos organizou a resistência e passou a ter vitórias militares contra os invasores. Apesar de perder
alguns territórios, os franceses saíram vitoriosos dos conflitos. O rei foi julgado e condenado por traição, além de uma
ampla perseguição política àqueles considerados inimigos internos da revolução (o Massacre de Setembro). Entre 20 e
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22 de setembro de 1792, 749 deputados alinhados aos jacobinos decretam o fim da Monarquia e começam a construção
da República. Em 21 de setembro foi proclamada a Primeira República Francesa. Com isso, vejamos qual alternativa
aponta corretamente o que foi feito imediatamente pelo novo governo republicano:
a) Incorreta. De fato, como disse antes, o rei foi julgado e condenado, mas não à prisão perpétua e sim à morte por
guilhotina. Foi uma execução pública.
b) Correta! A Assembleia passou a ser chamada de Convenção Nacional e seus integrantes eram eleitos por sufrágio
universal masculino.
c) Incorreta. Na verdade, a República ou Convenção foi marcada pela liderança dos jacobinos, representantes da
pequena burguesia e dos trabalhadores assalariados. Os girondinos (alta burguesia) tiveram mais espaço durante o
governo da Assembleia Nacional Constituinte, tentando instaurar uma monarquia constitucional, o que não conseguiram.
Mais tarde, em 1795, conseguiram assumir o controle da república por meio da instalação do Diretório, o qual durou
até 1799.
d) Incorreta. O Comitê de Salvação Pública só ficou criado no ano seguinte à proclamação da república, após a
promulgação da primeira Constituição da República Francesa em 1793.
e) Incorreta. Era o Comitê de Salvação Pública que controlava o exército. O Tribunal responsável era responsável
somente por julgar atos e crimes contrários a Revolução, de modo que a pena para qualquer condenado era a execução
na guilhotina.
Gabarito: B

81. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O Golpe do 18 Brumário de 10 de novembro de 1799 resultou


a) na instauração do Governo do Diretório
b) na restauração da monarquia.
c) na ascensão de Napoleão Bonaparte.

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d) no estabelecimento do governo do Consulado, liderado por Luís Bonaparte.


e) na repartição do poder entre 3 Cônsules, sendo um do grupo das girondinos, outro dos jacobinos e um terceiro da
corrente da planície.
Comentários
Veja bem, o Golpe do 18 Brumário pôs fim à experiência revolucionária na França. Desde 1789, a monarquia havia sido
derrubada diferentes governos de distintas orientações políticas se sucederam. Como vimos em aula, o governo da
Assembleia Nacional Constituinte (1789-1791) foi marcado por disputas e a alta burguesia aliada a setores da nobreza quase
conseguiu instalar a monarquia constitucional. A Primeira República Francesa (1792-1794) foi caracterizada pela liderança
dos jacobinos e foi o momento mais radical do processo revolucionário. O governo do Diretório (1795-1799) era liderado
pelos girondinos, que preferiam um sistema político mais elitista e que restringisse os direitos políticos aos proprietários.
Devido ao autoritarismo do Diretório, a população realizou vários protestos que eram prontamente reprimidos, mas sem dar
conta de amenizar a tensão social. Com isso, parte dos girondinos e setores militares (incluindo Napoleão Bonaparte) se
aliaram e deram um golpe em seu próprio governo. Este episódio ficou conhecido como Golpe do 18 Brumário. Dessa forma,
instalaram o Consulado que seria comandado por três cônsules. Com isso em mente, vejamos no que resultou a instalação
desse novo governo:
a) Incorreta. O Diretório era o governo que foi derrubado com o Golpe do 18 Brumário.
b) Incorreta. A monarquia não foi restaurada nesse momento, apenas em 1804, quando Napoleão se declarou imperador.
Contudo, a monarquia francesa propriamente dita, da dinastia Bourbon, só seria restaurada em 1815 com a derrota de
Bonaparte para as forças da Santa Aliança.
c) Correta! Como mencionei antes, Napoleão Bonaparte aderiu ao golpe com os girondinos. Ele era a figura de maior
prestígio no exército, instituição que por si só era muito popular entre o povo devido à sua importância no combate às forças
estrangeiras que queriam pôr fim à revolução. Em razão disso, com o desgaste do governo do Diretório em 1799, parte dos
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girondinos percebeu que Bonaparte gozava de popularidade em todos os setores da sociedade francesa da época, o que
garantiria legitimidade política a qualquer governo do qual ele participasse. Todavia, habilmente Napoleão conseguiu se
alçar à posição de primeiro cônsul. Acumulando cada vez mais poder e autoridade, em 1804 se declarou imperador dando
início a um governo autoritário e expansionista.
d) Incorreta. Realmente, foi estabelecido o governo do Consulado, no entanto este não era liderado por Luís Bonaparte,
mas sim por Napoleão Bonaparte. Luís foi presidente da segunda república francesa, entre 1848 e 1851. Ele foi responsável
por articular outro golpe, em 1851, quando, de forma semelhante a seu tio, declarou-se imperador. Esse golpe também
ficou conhecido como 18 Brumário, devido às semelhanças entre as ações de tio e sobrinho.
e) Incorreta. O poder executivo no Consulado era mesmo dividido entre três cônsules. No entanto, eles eram girondinos e
membros do exército. Jacobinos e a planície, grupos políticos com maior participação no governo da Assembleia Nacional
Constituinte e da Primeira República Francesa, ficaram de fora do Consulado.

Gabarito: C

82. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Leia as afirmações abaixo referentes a Era Napoleônica.


I – instituição de uma administração pública descentralizada.
II – controle da inflação por meio da regularização da emissão de moedas com criação do Banco da França.
III – elaboração e adoção do Código Penal, conhecido como Código Napoleônico.
IV – ampliação das instituições de ensino.
V – assinatura da Concordata, de 1801, um acordo que transferiu para a Igreja católica o poder de nomeação dos
bispos.
As medidas corretas que caracterizam a Era Napoleônica são:
a) I, II e III.

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b) I, III e IV.
c) II, III, IV e V.
d) II, IV e V.
e) I, IV e V.
Comentários
Chamamos de Era Napoleônica o período que vai de novembro de 1799 a 1815, período em que Napoleão Bonaparte esteve
à frente do governo francês, primeiro como cônsul e, a partir de 1804, como imperador. Lembre-se que seu governo foi
marcado por uma aliança entre girondinos (alta burguesia) e o exército. Sabendo disso, vejamos quais afirmações estão
corretas sobre esse período:
I – Falsa. Desde que chegou ao poder, Napoleão buscou cada vez mais centralizar a autoridade em sua figura. Durante sua
atuação como cônsul, procurou combater a oposição e reorganizar o Estado. Após sua autodeclaração como imperador deu
início a uma política expansionista e à combater outras monarquias absolutistas.
II – Verdadeira! Essas medidas foram aplicadas ainda durante o Consulado. Nesse período, a principal preocupação do
governo era estabilizar política e economicamente o país para impulsionar a industrialização. Para tanto, controlar a inflação
era um passo indispensável.
III – Falsa. Na verdade, o Consulado criou um Código Civil, não penal, o qual realmente ficou conhecido como Código
Napoleônico.
IV – Verdadeira! Também durante o Consulado, foram criadas escolas politécnicas e a educação pública passou a ser laica,
baseada no conhecimento universal da humanidade (por exemplo, das Enciclopédias). Por outro lado, foi definido que o
concurso público por mérito seria o critério para acessar os cargos públicos, o que reforçava a necessidade de ampliar e
padronizar a educação.
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V – Verdadeira! Veja bem, apesar da centralização e do autoritarismo empreendidos por Bonaparte, ele ainda se colocava
como um continuador da Revolução Francesa e da ideologia liberal. Algumas das medidas que falamos acima realmente
eram de caráter liberal, como a manutenção da educação pública e laica que ia contra os interesses do clero. Mas lembre-
se que o objetivo principal durante o Consulado era estabilizar a situação para impulsionar o país economicamente. Nesse
sentido, politicamente, Napoleão fez gestos de conciliação com os antigos oponentes da Revolução. Assim, forma como ele
governou a maior parte do tempo gerou um conceito usado em Ciência Política, qual seja: o bonapartismo! Esse conceito
expressa a conciliação entre diferentes interesses tentando agradar a todos os setores da sociedade. Contudo, usa-se o
autoritarismo para impor alguma medida que, em tese, deveria ser bom para todos, segundo os critérios desse governante.
Este aparece como uma figura acima dos interesses de qualquer classe social. Com isso, busca-se uma adesão dos diferentes
grupos e sua aceitação nas políticas implementadas pelo governante. A Concordata de 1801 não só restituiu à igreja Católica
o direito de nomear os bispos franceses, como também restabeleceu a paz religiosa e o Estado passou a pagar um salário
aos padres, como compensação pelos bens confiscados depois de 1789.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
Gabarito: D

83. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Napoleão termina seus dias na ilha de Santa Helena, após ser derrotado militarmente, em 1815. Qual o nome dessa
batalha decisiva?
a) Batalha de Caporetto.
b) Batalha das Nações.
c) Batalha de Verdun.
d) Batalha de Tannenberg.
e) Batalha de Waterloo
Comentários

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O tema da questão é o fim da Era Napoleônica, que ocorreu em 1815 com a derrota do exército francês para forças
estrangeiras. Lembra-se que desde o início da Revolução Francesa lá em 1789, as demais monarquias absolutistas temeram
que as revoltas chegassem a seus domínios e buscaram combater o movimento francês? Sobretudo Áustria e Prússia
ajudaram bastante os Bourbon, a família real francesa destituída, a tentar recuperar seu trono. Desde então, esses países
e outros, como Inglaterra, Espanha e Rússia, fizeram várias coalizões para combater a revolução. Todavia, a coisa mudou
de figura quando Napoleão Bonaparte, primeiro cônsul francês, declarou-se imperador da França em 1804. A partir de então,
ele deu início a uma política expansionista com a justificativa de disseminar o ideário liberal e combater o absolutismo. Seu
objetivo real era impor um monopólio sobre o comércio internacional na Europa para que os produtos industrializados
franceses fossem os mais comercializados no continente. As já mencionadas monarquias europeias não deixaram barato e
tentaram resistir a todo custo. Houve vitórias e derrotas de ambos os lados. Contudo, em 1812, as tropas francesas sofreram
uma derrota drástica para a Rússia, o que reduziu o apoio da população à expansão. Nesse cenário, ocorreu a 6ª Coalisão
contra França formada por Ingleses, Russos, Prussianos e Austríacos, ou seja, as grandes Monarquias. Em 06 de abril de
1814 essa aliança invade Paris, depõe Napoleão e o manda para a Ilha de Elba, no mar Mediterrâneo. No entanto, em março
do ano seguinte, ele retornou à França e, com amplo apoio popular, reorganizou o exército, voltando a combater seus
opositores. Mas o Governo de Napoleão durou pouco. Em junho de 1815, formou-se a 7ª Coalisão Internacional contra
Napoleão. Em 18 de junho, Napoleão perdeu sua última batalha, cuja qual o enunciado questiona o nome. Vejamos:
a) Incorreta. Esta batalha ocorreu entre outubro e novembro de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. Nela o exército
italiano combateu as forças militares dos Impérios Austro-Húngaro e Alemão, perto da cidade de Kobarid (ou Caporetto,
para os italianos), na atual Eslovênia.
b) Incorreta. Este conflito teve lugar em outubro de 1813, opondo as tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte
à chamada Sexta Coalização, que mencionei no comentário, antes da invasão de Paris. A batalha ocorreu em Leipzig, na
atual Alemanha. Os franceses foram derrotados.
c) Incorreta. Este episódio se deu no contexto da Primeira Guerra Mundial, sendo um dos momentos em que mais pessoas
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morreram. Durante a luta travada entre alemães e franceses durante 10 meses, mais de 600 mil pessoas morreram. O
campo de batalha foi próximo à cidade de Verdun, às margens do Rio Meuse, no nordeste da França.
d) Incorreta. Esta batalha também fez parte dos conflitos da Primeira Guerra Mundial e aconteceu em agosto de 1914. Na
ocasião, os exércitos russo e alemão se enfrentaram na zona sul de Allenstein (hoje, Olsztyn), na Prússia Oriental.
e) Correta! Como disse no comentário, após retornar à França, em 1815, Napoleão liderou o exército francês em uma série
de batalhas contra seus opositores. No mesmo mês que fugiu, chegou à Paris, aclamado pela população e pelas tropas. O
rei Luís XVIII fugiu e uma nova Coligação, a Sétima, foi formada reunindo os países monarquistas. Em 18 de junho de 1815,
Bonaparte foi derrotado na Bélgica, na batalha de Waterloo. Novamente, viu-se obrigado a abdicar e foi exilado, desta vez,
na ilha de Santa Helena, no meio do Atlântico, onde faleceu em 1821.

Gabarito: E

BRASIL IMPÉRIO I - O processo da independência do Brasil: o Período Joanino; Primeiro


Reinado; Período Regencial

84. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“Em tese, a abertura dos portos às “nações amigas” aplicava-se a outros países, além da Inglaterra, que desejassem
comercializar com o Brasil. Por isso, o governo inglês procurou obter privilégios para seus produtos.”
(COTRIM, 2012, p.451)
Para obter esses privilégios, o governo de D. João e os inglês firmar o seguinte acordo:
a) Tratado de Methuen.
b) Tratado de Comércio e Navegação.

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c) Tratado da Boa Vizinhança.


d) Acordo das Nações Amigas.
e) Tratado de Livre Comércio e Redução Alfandegária.
Comentários
A abertura dos portos às “nações amigas” se deu no contexto da transmigração da Corte portuguesa para o Brasil. Em
1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental, proibindo todos os países europeus de comercializarem
com a Inglaterra. Portugal dissimulou o máximo que pôde, enquanto negociava com os ingleses a escolta da Corte até
sua principal colônia, o Brasil. Eles zarparam de Lisboa em 1807 e chegaram à América portuguesa em 1808. Entretanto,
a condição para dar suporte à monarquia lusitana feita pelos ingleses era que D. João VI abrisse os portos do Brasil.
Lembre-se que até então vigorava o pacto colonial que permitia à colônia fazer comércio apenas por intermédio da
metrópole. A Inglaterra tinha grande interesse em acabar com isso, pois vivenciava o auge da industrialização e
necessitava de novos mercados consumidores para os quais escoasse seus produtos. Assim, uma das primeiras medidas
tomadas pelo príncipe regente ao pisar em solo brasileiro, foi abrir os portos “às nações amigas”. Como o enunciado
ressaltou, isso não sanava os interesses ingleses totalmente, pois permitiria que outras nações concorrentes igualmente
pudessem comercializar com os brasileiros. A partir então, a estratégia britânica mudou, passando a cobrar privilégios
alfandegários para seus produtos em detrimento daqueles de outros países, inclusive os de Portugal. Eles só
conseguiram isso em 1810. Vejamos qual alternativa aponta corretamente o nome pelo qual ficou conhecido esse
acordo:
a) Incorreta. O Tratado de Methuen realmente foi um acordo entre portugueses e ingleses. Contudo, foi assinado em
1703. Com ele, Portugal se comprometia a comprar apenas tecidos ingleses, enquanto a Inglaterra ficava obrigada a
importar apenas vinhos portugueses. Por isso, esse acordo também ficou conhecido como Tratados dos Panos e Vinhos.
b) Correta! Este tratado, assinado em 1810, reduzia para 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos ao
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Brasil. Dos demais países, era cobrada uma taxa de 24%, e mesmo dos artigos portugueses cobrava-se 16%.
Manufaturados ingleses inundaram o mercado brasileiro: sapatos, tecidos, guarda-chuvas, talheres, ferramentas,
charutos e até caixões (para defuntos). Na expressão de Gilberto Freyre, houve uma “britanização” sistemática da
economia brasileira, e somente em 1816 ocorreria a equiparação das taxas alfandegárias para ingleses e portugueses,
mas estes não tiveram condições de competir com o bem-montado esquema comercial e industrial inglês.
c) Incorreta. Não houve um tratado com esse nome na história da diplomacia colonial portuguesa. Na verdade, houve
uma Política da Boa Vizinhança, elaborada e adotada pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, dos EUA, entre 1933
e 1945. Consistia em uma aproximação dos norte-americanos com os países da América Latina, buscando minimizar a
influência europeia e manter a liderança estadunidense.
d) Incorreta. Esse é outro nome dado à abertura dos portos às nações amigas.
e) Incorreta. Não existiu nenhum tratado com esse nome ao longo da história da diplomacia colonial portuguesa.

Gabarito: B

85. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O governo de D. João VI foi responsável pela implantação no Brasil de diversas academias e instituições de interesse
cultural, educacional e social. Observe a listagem abaixo:
I – Academia Militar e da Marinha e o Hospital Militar.
II – Jardim Botânico.
III – Fundação do Clube da Maioridade.
IV – Museu do Ipiranga.
V – Academia de Belas-Artes.
Assinale a opção em que as afirmações estão relacionadas à promoção cultural do governo de D. João VI:
a) I e II

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b) II e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
Comentários
O tema da questão são as medidas de cunho cultural adotadas por D. João VI, no contexto de transmigração da Corte
portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1821. Com a instalação do governo lusitano na colônia foi necessário realizar
uma série de reformas e adaptações para que o Brasil pudesse de fato exercer a função de capital do Império colonial
português. Medidas econômicas e políticas foram tomadas para tanto. O pacto colonial foi abolido e os portos foram
abertos às nações amigas; foi criado o Banco do Brasil; o Conselho Ultramarino e a Mesa de Consciência e Ordens foram
transferidos para o Rio de Janeiro; foi abolido o Alvará de 1785 que proibia a instalação de manufaturas na colônias;
etc. Do ponto de vista cultural também era necessário tomar medidas, como a criação de instituições de ensino e
pesquisa que dariam uma coesão ideológica e formaria funcionários para o Estado, além de estudar formas de
diversificar a economia brasileira. Com isso em mente, vejamos quais itens apontam corretamente instituições de cunho
cultural criadas pelo príncipe regente nesse contexto:
I – Verdadeira! Grande parte do domínio colonial era mantido pela ação militar, tanto para reprimir revoltas internas
quanto para proteger o território de outras nações europeias ou tomar possessões das mesmas. O período joanino no
Brasil foi marcado por revoltas, como a Revolução Pernambucana (1817), e por tentativas de expansão do domínio
português na América do Sul, como na invasão da Guiana Francesa (1809) e a ocupação da Banda Oriental do Uruguai
(1810). Assim, regulamentar a formação de oficiais e criar hospitais para atender as tropas era indispensável na reforma
do Estado português em sua transmigração para o Brasil.
II – Verdadeira! O governo passou a dirigir pesquisas sobre novas e mais produtivas espécies vegetais que pudessem
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atender a demanda interna de alimentos ou que fossem potencialmente lucrativas em caso de exportação. Por isso, o
Jardim Botânico foi criado para desempenhar as funções de um instituto agronômico.
III – Falsa. O clube da maioridade era um grupo político composto por liberais que queriam adiantar a maioridade de
D. Pedro II para coroá-lo imperador, durante o Período Regencial (1831-1840). A última regência foi comandada pelos
conservadores. Por essa razão, os liberais calcularam que coroar D. Pedro II daria maior oportunidade para eles
chegarem ao poder como seus conselheiros.
IV – Falsa. O Museu do Ipiranga foi fundado em 1895, pelo governo estadual de São Paulo, durante a Primeira República.
V – Verdadeira! Essa escola foi fundada em 1826 e foi fruto de uma preocupação do príncipe regente com a educação
e o clima cultural na sede do governo português. Um de seus ministros, um francófono, entrou em contato com o
Instituto Francês de Belas Artes e, então, montou-se uma Missão Francesa para vir ao Brasil. Ventos iluminados
trouxeram os franceses para a colônia, ou seja, as ideias liberais promotoras da ruptura com os dogmas da Igreja
Católica e o estabelecimento da força do pensamento filosófico e do saber acadêmico e científico. Foi neste contexto
que a Missão se instituiu: uma tentativa de modernizar a nova sede do reino. Evidentemente, como toda aristocracia,
as preocupações do rei e de seus ministros era criar um universo cultural apropriado para a vida da e na Corte.
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.

Gabarito: E
86. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A Revolução Pernambucana, de 1817, foi motivada, dentre outros fatores:


a) pela condição de miserabilidade da população, que sofria com a decadência econômica da região, fruto da queda
dos preços do açúcar e do algodão.
b) pela grande chuva, de 1816, que inundou boa parte da lavoura e, nas cidades, destruiu as habitações populares,
tornando as pessoas desamparadas, sem qualquer tipo de apoio dos governantes.

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c) pela falta de liberdade industrial, impostas pelo ingleses em 1808, fato que arrefeceu a economia do nordeste.
d) pela defesa da abolição da escravidão e pela liberdade religiosa.
e) pelo ameaça de D. João VI deixar o Brasil, fato que traria para os brasileiros a ameaça da condição de colônia.
Comentários
Repare na data: 1817! Nesse ano, o Brasil vivia o período joanino. Desde 1808, a Corte portuguesa tinha se instalado
no Rio de Janeiro e feito da colônia a capital do império lusitano. Uma série de reformas institucionais e tributárias
foram aplicadas para que o Brasil pudesse desempenhar a função de sede do governo português. Com isso em mente,
vejamos quais as motivações para a deflagração da Revolução Pernambucana:
a) Correta! A Revolução Pernambucana contou com a participação de padres e das camadas mais populares da
sociedade local. Entre as motivações dessa revolta estavam a situação de miséria e trabalho precário que a maioria da
população se encontrava e o aumento de impostos promovido pela Coroa portuguesa para sustentar o luxo da corte e
a implantação das novas instituições necessárias com sua transferência para o Rio de Janeiro. Com a queda dos preços
dos principais produtos exportados pela região no mercado internacional, devido à concorrência do açúcar antilhano e
do algodão norte-americano, a situação ficou ainda mais grave. O objetivo dos revolucionários era se emancipar tanto
de Portugal quanto do Brasil e fundar uma república. Eles conseguiram derrubar o governador, prendê-lo e proclamar
a República de Pernambuco, que durou 75 dias. Entre suas medidas iniciais podemos citar a extinção dos impostos, a
elaboração de uma constituição, a liberdade religiosa e de imprensa. Contudo, a abolição da escravidão ainda seria
estudada. A nova república foi derrubada pelas tropas reais e seus líderes foram presos e executados.
b) Incorreta. Na verdade, não foi uma grande chuva, mas sim uma grande seca que havia causado graves prejuízos à
agricultura e provocado fome no Nordeste, em 1816. Somada aos demais fatores destacados na justificativa da letra
“a”, essa seca reforçou a insatisfação popular.
c) Incorreta. Os ingleses não impuseram falta de liberdade industrial. Na realidade, em 1808 foi abolido o Alvará de
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1785, que proibia a instalação de manufaturas e fábricas na colônia. Isso concedeu liberdade industrial aos brasileiros.
No entanto, estes não conseguiam competir com os produtos industriais importados da Inglaterra, após a concessão
de privilégios alfandegários aos ingleses em 1810. De qualquer forma, o descontentamento e rancor dos revoltosos
pernambucanos estavam direcionados à Coroa portuguesa, considerando o aumento de impostos e a centralização
administrativa em curso.
d) Incorreta. A abolição da escravidão não era um consenso entre os revoltosos. Como disse antes, o objetivo principal
deles era se emancipar tanto de Portugal quanto do Brasil e fundar uma república. Por sua vez, de fato a liberdade
religiosa foi uma das medidas aplicadas pela curta República de Pernambuco.
e) Incorreta. Os revolucionários pernambucanos não estavam preocupados com um possível retorno de D. João VI, pois
não queriam apenas declarar a independência, como também proclamar uma república. Logo, um rei não seria
necessário. Além disso, eles estavam dispostos a se separar do resto do Brasil, o que diminuiu o apego à figura do
monarca português e sua permanência ou não em terras brasileiras.

Gabarito: A
87. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Logo no início do Primeiro Reinado (1822-1831), o Projeto da Constituição de 1823 recebeu o nome popular de
Constituição da Mandioca. O motivo dessa denominação era porque:
a) o projeto previa a instituição do Poder Moderador.
b) o projeto valorizava o poder legislativo e pretendia limitar o poder do Imperador.
c) o projeto estabelecia que o eleitor precisava ter renda mínima anual em alqueires de determinado produto agrícola,
reafirmando o voto censitário.
d) o projeto proibia estrangeiros, principalmente os portugueses, de ocupar cargos públicos de representação, como os
cargos de Senador e de Deputado Federal.

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e) o projeto era financiado pelos agricultores exportadores de mandioca.


Comentários
A Assembleia Constituinte de 1823 teve como objetivo propor um texto constitucional para o recém independente
Império do Brasil. Os grupos políticos que a compuseram eram: o Partido Português, favoráveis a concentração de
poder na figura pessoal de D. Pedro I, para facilitar uma possível reunificação entre Brasil e Portugal no futuro; os
moderados do Partido Brasileiro, representantes das elites brasileiras que defendiam uma monarquia constitucional,
com a divisão do poder entre D. Pedro I e o Parlamento, cujos eleitores seriam apenas homens proprietários (voto
censitário); e os exaltados do Partido Brasileiro, compostos por pequenos comerciantes e proprietários que rejeitavam
completamente a figura de D. Pedro I, por sua ligação com Portugal, e reivindicavam a ampliação da participação
política. O projeto mencionado, apelidado de Constituição da Mandioca, era de autoria da ala moderada. Sabendo disso,
vejamos qual a razão de ter recebido essa alcunha:
a) Incorreta. O Poder Moderador não estava incluído do projeto de 1823. Foi incluído pelos conselheiros de D. Pedro I
na Constituição que elaboraram e foi outorgada pelo imperador em 1824. Esse era um quarto poder, além dos
conhecidos Executivo, Legislativo e Judiciário. Entretanto, o Moderador era de prerrogativa única e exclusiva da pessoa
do imperador. Alguns historiadores o interpretam como uma sobrevivência do absolutismo no Império brasileiro. Por
meio dele, o imperador podia outorgar, anular ou vetar qualquer lei ou projeto de lei; nomear e cassar parlamentares
e magistrados; aplicar ou anular qualquer sentença.
b) Incorreta. De fato, o projeto de 1823 instituía a divisão do poder em três esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário),
com o objetivo de limitar o Poder Executivo, proibindo o monarca de dissolver o Parlamento e convocar o exército. No
entanto, não foi isso que suscitou o apelido de Constituição da Mandioca.
c) Correta! Como um projeto elaborado pela ala moderada, composta pelos grandes proprietários e comerciantes mais
ricos, a proposta de texto constitucional instituía o voto censitário, para limitar a participação política da população.
Para votar era necessário ter uma renda equivalente ao valor de 150 alqueires de plantação de mandioca. Para ser
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votado (receber votos) as faixas iam de 200 a 800 alqueires de mandioca, a depender do cargo ao qual a pessoa
quisesse concorrer.
d) Incorreta, pelas mesmas razões que a letra “b”. Isso constava no projeto, mas não foi o que inspirou o apelido de
Constituição da Mandioca.
e) Incorreta. O projeto era financiado e elaborado pela ala moderada, como dito, composta por grandes proprietários e
comerciantes ricos no geral, não só os que trabalhavam com mandioca. Vale dizer que este gênero específico não era
plantado para exportação, mas sim para consumo interno. Era a base de alimentação de várias classes sociais, sobretudo
os mais pobres e escravizados.
Gabarito: C
88. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Pedro I abdicou do trono em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no Brasil o Período Regencial.
No início do Período Regencial, até 1834 o cenário político do país estava dominado pelos
a) progressistas e regressistas.
b) restauradores, exaltados e moderados.
c) comunistas e republicanos.
d) liberais e republicanos.
e) liberais e conservadores.
Comentários
Após a independência do Brasil, as tensões e disputas pelo poder não diminuíram. Pelo contrário, ficaram cada vez mais
complexas. Lembre-se que havia grupos que apoiavam a instalação de uma monarquia constitucional, grupos simpáticos
ao absolutismo, grupos que defendiam a proclamação de uma república e até quem defendesse a reunificação entre
Portugal e Brasil. Também era objeto de debate a continuidade ou não da escravidão, a ampliação ou restrição dos
direitos políticos e se o Estado devia ser centralizado ou federalizado (mais autonomia para as províncias). Esses conflitos

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de interesses perduraram ao longo do Primeiro Reinado (1822-1831) e do Período Regencial (1831-1840), chegando
até o Segundo Reinado (1840-1889). Somente a pauta da reunificação acabou se perdendo, pois em 1834 D. Pedro I
faleceu impossibilitando o sonho da restauração do Brasil à Portugal. Apesar das pautas das disputas permanecerem
mais ou menos as mesmas, os grupos políticos que as defendiam foram mudando e se adaptando às circunstâncias de
cada período. Dê uma olhada novamente, no esquema que vimos em aula:
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Pensando nisso, vejamos qual era a divisão do cenário político do Período Regencial:
a) Incorreta. Como você pode ver no esquema, esta divisão se constituiu somente a partir de 1834 como resultado dos
rearranjos estabelecidos pelo Ato Adicional e pela morte de D. Pedro I. Nesse novo cenário, no final do Período Regência,
os progressistas eram um grupo constituído basicamente pelos antigos liberais exaltados. Eles defendiam a ampla
autonomia das províncias a partir do Ato Adicional. Por sua vez, os regressistas eram um grupo formado pelos liberais
moderados aos quais se juntaram os antigos restauradores, após a morte de D. Pedro I. Este grupo interpretava o Ato
Adicional de maneira mais restrita, opondo-se às medidas descentralizadoras propostas pelos adversários.
b) Correta! Os restauradores ou restauracionistas, também conhecidos como caramurus, desejavam a volta de D. Pedro
I ao trono. Entre eles estavam grandes comerciantes portugueses radicados no Brasil, militares e funcionários públicos
de alto escalão. Os liberais moderados, basicamente, eram membros da elite agrária, que não desejavam que a ordem
estabelecida fosse alterada, prevalecendo a monarquia, mas com a adoção de medidas pontuais que garantissem maior
autonomia para as províncias, sem que a unidade do Império fosse posta em risco. Também eram conhecidos de forma
depreciativa como chimangos, por associação à ave de rapina. Por último, os liberais exaltados eram um grupo que
contava com membros da classe média urbana, como profissionais liberais, militares, jornalistas, pequenos e médios
comerciantes. Eles pregavam a realização de medidas profundas no sentido de garantir a maior autonomia para as
províncias. Defendiam também o fim do Poder Moderador e do Senado vitalício. Alguns, tidos como mais radicais,
propunham a República. Também eram conhecidos como farroupilhas, em virtude dos trajes rústicos que um deles,
Cipriano Barata, usava quando era representante nas Cortes. Igualmente, eram chamados de jurujubas, por se reunirem
em uma praia com esse nome em Niterói.
c) Incorreta. O comunismo ainda não havia sido plenamente elaborado como filosofia política. Lembre-se que Karl Marx
e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista apenas em 1848, na Europa. Portanto, não podia haver comunistas
no Brasil antes disso.

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d) Incorreta. Realmente existiam muitos liberais (moderados e exaltados) no cenário político do Período Regencial.
Contudo, os republicanos eram minoria e não formavam um grupo consistente e coeso como os demais. A melhor
divisão dos grupos políticos é mesmo a apresentada pela alternativa “b”.
e) Incorreta. Esta divisão só se consolidou no Segundo Reinado, a partir de 1840. Os partidos regressista e progressista
se reorganizaram em dois importantes grupos políticos: o Partido Liberal, conhecido como “luzia”, era composto em sua
maioria por profissionais liberais e proprietários de terras voltados para o abastecimento interno, tendo o partido maior
força em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo; o Partido Conservador, denominado “saquarema”, era formado
principalmente por representantes da elite agrária agroexportadora e escravocrata, com grande expressão nas
províncias do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Gabarito: B

CONTEMPORÂNEA II - O Pensamento e a Ideologia no Século XIX. . O imperialismo e os


antecedentes da Primeira Guerra Mundial

89. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Após a derrubada da Era Napoleônica, ocorre a restauração monárquica dos Bourbons e o rei Luis XVIII governa até
1824. Seu governo ficou marcado pelo Terror Branco, que foi:
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a) a violenta repressão contra os sindicatos dos trabalhadores.


b) a execução sumaria de partidários do jacobinismo, os quais foram julgados por terem promovido o Terror na
Revolução Francesa.
c) a repressão e perseguição dos partidários de Napoleão Bonaparte e do liberalismo.
d) a perseguição aos membros da nobreza que mudaram de lado, aderindo às ideias socialistas.
e) a repressão dos partidos comunistas e anarquistas.
Comentários
O tema da questão é o Terror Branco praticado pelo governo de Luís XVIII, na França, em 1815. Como o enunciado
destaca, isso ocorreu logo após a queda de Napoleão Bonaparte para as forças da Santa Aliança e do Congresso de
Viena. Vale lembrar que Napoleão vinha praticando uma política expansionista e se apresentava como o propagador
dos ideais liberais da Revolução Francesa. Isso o colocava em choque direto contra as monarquias absolutistas da
Europa. Após sua derrota, a intenção dos membros do Congresso de Viena era restaurar o Antigo Regime tal qual era
antes de 1789. Com isso em mente, vejamos o que exatamente foi o referido Terror Branco:
a) Incorreta. Nesse momento
b) Incorreta. É importante ressaltar que, em geral, a expressão Terror Branco se refere a atos de violência praticados
por grupos reacionários (frequentemente, monarquistas ou conservadores) como parte de uma contrarrevolução.
Eventos como esse receberam essa alcunha na Rússia, Hungria, Espanha, China, Taiwan, Grécia entre outros. Na França
dois episódios receberam esse nome. O primeiro deles foi a perseguição perpetrada pelo governo girondino do Diretório
(1795-1799), que mirava principalmente os jacobinos por seu caráter radical. Como isso se deu antes do reinado de
Luís XVIII, a alternativa está equivocada.
c) Correta! Isso foi o segundo Terror Branco, ocorrido em 1815, logo após a queda de Bonaparte. Com isso, os
ultrarrealistas - muitos dos quais tinham acabado de retornar do exílio - estavam encenando uma contrarrevolução
contra a Revolução Francesa e também contra a revolução de Napoleão. Por todo o Mídi - na Provença, Avignon,
Languedoc e muitos outros lugares - o Terror Branco assolou com ferocidade implacável. Os monarquistas encontraram
na disposição dos franceses de abandonar o rei uma nova prova de sua teoria de que a nação estava infestada de

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traidores e usava todos os meios para procurar e destruir seus inimigos. O governo estava impotente ou sem vontade
de intervir.
d) Incorreta. O segundo Terror Branco era iniciativa dos ultrarrealistas, que defendiam a restauração nos moldes do
Antigo Regime, incluindo a devolução de bens confiscados da aristocracia. Portanto, eram nobres e seus simpatizantes.
Além disso, o socialismo ainda não estava plenamente elaborado nesse momento. Apenas nas revoluções de 1848 é
que essa filosofia política desempenhará um papel mais significativo. Vale dizer que, mesmo nesse momento é
improvável que nobres aderissem ao socialismo, haja vista esta filosofia defender o fim do Antigo Regime e até ser
contra monarquias constitucionais. Em suas vertentes mais radicais, é defendido a instalação de uma ditadura do
proletariado (trabalhadores.
e) Incorreta, pela mesma razão que a anterior. Ainda não existiam partidos comunistas e anarquistas em 1815, pois
essas filosofias políticas não haviam sido plenamente elaboradas e divulgadas.

Gabarito: C

90. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em boa parte do século XIX, a França viveu processos revolucionários que repercutiram em toda Europa. Nesse interim,
o rei Luís Filipe de Orléans, conhecido como o “rei burguês”, foi deposto em 1848, dando início a um novo governo.
Entre 1848 e 1870, a França passou pela formação e desestruturação de quais formas de governo:
a) 1ª República e 3º Império Napoleônico.
b) 2ª Republica e 2º Império Napoleônico.
c) 1ª República e 2º Império Napoleônico.
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d) 2ª República e 1º Império Napoleônico.


e) 3ª República e 2º Império Napoleônico.
Comentários
Esta é uma questão cronológica. Atente-se antes de tudo às datas fornecidas. O governo de Luís Filipe de Orléans, uma
monarquia constitucional de orientação burguesa, durou de 1830 a 1848. Com isso em mente, vejamos que tipo de
governo estava em formação e qual se desestruturava com seu fim:
a) Incorreta. A 1ª República francesa foi instalada entre 1792 e 1794, ainda no período revolucionário, sob a liderança
dos deputados jacobinos. Por seu turno, não existiu um 3º Império Napoleônico.
b) Incorreta. Realmente, com a destituição de Luís Filipe foi instalada a 2ª República francesa que durou entre 1848 e
1870. Sua proclamação foi liderada pelos revolucionários de 1848, muitos deles socialistas. No entanto, o parlamento
foi palco de disputas entre bonapartistas, liberais e socialistas utópicos. Por outro lado, o 2º Império Napoleônico não
estava sendo desestruturado naquele momento. Na verdade, ainda seria instalado, em 1851, quando o presidente Luís
Bonaparte deu um golpe e se declarou imperador, coroado com o nome de Napoleão III.
c) Incorreta. Já vimos que a 1ª República francesa começou e teve fim muito antes sequer da coroação de Luís Filipe,
o que dirá de sua destituição. Também acabamos de mencionar que o 2º Império Napoleônico ainda estava para surgir
quando o rei burguês foi destituído.
d) Correta! Na alternativa “b”, vimos que realmente era a 2ª República francesa que estava sendo formada em 1848.
Quanto ao 1º Império napoleônico, vigente entre 1804 e 1815, devemos lembrar que foi responsável pela consolidação
de um Estado liberal, apesar de elitista e autoritário. Ele foi derrubado graças às forças da Santa Aliança e do Congresso
de Viena, que pretendiam restaurar não só a monarquia francesa, mas também o Antigo Regime como um todo em
todos os lugares afetados pelas guerras napoleônicas. Assim, entre 1815 e 1830, os Bourbon voltaram a governar a
França buscando reprimir reivindicações liberais e restaurar o absolutismo francês, sobretudo durante o reinado de
Carlos X (1824-1830). Isto despertou o descontentamento da população, sobretudo da burguesia. Porém, após a
desitituição de mais um rei Bourbon, os setores mais enriquecidos da burguesia cooptaram o movimento e instalaram
uma monarquia constitucional, coroando um rei burguês, Luís Filie de Orléans. Com isso, Estado liberal, elitista e
autoritário foi mais uma vez resgatado, apresentando muitas semelhanças com o projeto napoleônico de sociedade e

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governo. Portanto, se as revoluções de 1848 e proclamação da 2ª República francesa combatiam essa nova monarquia
burguesa, consequentemente visavam desestruturar do mesmo modo sua forma de governo.
e) Incorreta. Já comentei que o 2º Império Napoleônico só surgiria em 1851. Por sua vez, a 3ª República francesa
apenas foi instalada em 1870, com a destituição de Luís Bonaparte, ou Napoleão III. A mais nova república durou até
1940.

Gabarito: B
91. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

O italiano Giuseppe Garibaldi (1807- 1882) chegou a tecer o seguinte comentário ao escritor Alexandre Dumas, que fez
sua biografia: “O homem que defende seu país ou que ataca outro não passa de um soldado (...) Por outro lado, o
homem que, ao se tornar cosmopolita, adota a humanidade como sua pátria e vai oferecer sua espada e seu sangue a
todos os que lutam contra a tirania, é mais que um soldado: é um herói". Essa concepção de Garibaldi é identificada
no fato de ele ter atuado ativamente
a) na Revolução Farroupilha, em defesa do Império e, posteriormente, na defesa da restauração monárquica na Itália.
b) na Guerra Civil Uruguaia e, posteriormente, na Guerra de Secessão nos Estados Unidos.
c) na Revolução Farroupilha, no Brasil, e, posteriormente, no processo de unificação italiano e, após, na Guerra de
Secessão nos Estados Unidos.
d) Revolução Farroupilha, no Brasil, e, posteriormente, no processo de unificação italiano.
e) na Revolução Boliviana e, em seguida, nos processos de unificação da Alemanha e da Itália.
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Comentários
Preste atenção em duas informações fornecidas pelo enunciado: 1) Garibaldi era italiano; 2) ele viveu entre 1807 e
1882. Outra informações importante que você deve lembrar é que ele era uma liderança camponesa e vivia no sul da
Itália, na região que na época era governada pelo Reino das Duas Sicílias. Com isso em mente, vejamos em qual
movimento ele participou:
a) Incorreta. A Revolução Farroupilha realmente contou com a participação de Garibaldi, que migrou para o Brasil em
determinado momento. O movimento foi uma revolta ocorrida no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, entre 1835
e 1845. A participação popular foi bem reduzida. Na verdade, o movimento foi liderado por uma oligarquia formada por
pecuaristas. Porém, os revoltosos não defendiam o Império. Essa elite questionava a centralização do poder no Rio de
Janeiro e as imposições da Coroa quanto ao comércio de charque. Os assim chamados estancieiros queriam condições
mais favoráveis para o comércio de gado e para o fortalecimento do charque no mercado brasileiro. Dessa forma, a
insurreição começou com a deposição do presidente da província do Rio Grande do Sul, que fora nomeado pelo governo
regencial. O líder Bento Gonçalves da Silva (1788-1847), filho de um rico proprietário de terra, invadiu a cidade de Porto
Alegre. Em setembro de 1836 o movimento proclamou a República de Piratini e Bento Gonçalves sagrou-se presidente.
Em 1839 o movimento atingiu a região de Santa Catarina sob a liderança de Davi Canabarro (1796-1867) e de Giuseppe
Garibaldi. Com isso, foi proclamada a República Catarinense ou Juliana. Por outro lado, também está incorreto afirmar
que Garibaldi defendia a restauração monárquica na Itália, enquanto lá viveu. Na verdade, como disse, ele era uma
liderança dos movimentos populares e campesinos no sul da península. Eles reivindicavam a proclamação de uma
república popular. Ele acabou se retirando do movimento em favor da liderança de Victor Emmanuel, rei de um reino
do norte da Itália que queria unificar toda a península sob o governo de uma monarquia constitucional. Garibaldi
considerou que apenas a união dos dois movimentos poderia realizar o sonho de unificar o país, mas se retirou por não
concordar com o projeto monarquista.
b) Incorreta. A guerra civil uruguaia se deu na primeira metade da década de 1860. Nela se enfrentaram os membros
do Partido Blanco, formado por grandes latifundiários, e os correligionários do Partido Colorado, composto por grandes
comerciantes de Montevidéu. Já a Guerra de Secessão, nos EUA, ocorreu entre 1861 e 1865, opondo os estados do
norte e os do sul. A principal razão do conflito era a continuidade ou não da escravidão. Questões tributárias e
alfandegárias também motivavam as tensões. De qualquer forma, vemos que nenhum dos conflitos se deu na Itália,
nem envolveu a participação de Garibaldi.

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c) Incorreta. Como vimos na letra “a”, de fato Garibaldi participou da Revolução Farroupilha, no Brasil, e no processo
de unificação italiana. No entanto, não esteve envolvido na Guerra de Secessão, nos EUA, como também destaquei
acima.
d) Correta! Está de acordo com o que dissemos nas letras “a” e “c”.
e) Incorreta. Garibaldi nunca esteve na Bolívia. Além disso, a Revolução Boliviana só ocorreu em 1952, muitos anos
depois de sua morte. Por outro lado, ele também não participou do processo de unificação alemã cujos primeiros passos
podemos identificar no Congresso de Viena (1815) e na criação da união aduaneira Zollveirein, posteriormente
consolidado em 1870, após a vitória alemã na Guerra Franco-Prussiana.

Gabarito: D
92. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

“...viam na propriedade comum desses meios a forma de viverem todos bem. Por isso, em suas sociedades visionárias,
planejavam que os muitos que executariam o trabalho viveriam com conforto e luxo, graças à propriedade dos meios
de produção...”.
As ideias expressas no texto, representam uma corrente de pensamento político do século XIX, na Europa. As ideias se
aproximam da
a) socialismo utópico.
b) anarco-sindicalismo.
c) liberalismo.
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d) positivismo.
e) darwinismo-social.
Comentários
O tema da questão são as teorias políticas que ganharam grande expressão na Europa, durante o século XIX. Esse
período é marcado por revoltas que questionavam o Antigo Regime, caracterizada pelo conflito entre interesses
burgueses, aristocráticos, religiosos e trabalhistas. Com isso em mente, vamos avaliar cada uma das alternativas, para
identificar qual aponta a filosofia política compatível com o trecho:
a) Correta! Havia diferente propostas que se autointitulavam socialistas. Em geral, eram marcadas pelo objetivo de
melhorar as condições de vida e trabalho para os trabalhadores, mas nem todas rompiam definitivamente com a
participação da burguesia no papel de liderança política e econômica da sociedade. O socialismo utópico é um exemplo
disso. Esta vertente se contentava em conceder mais direitos e melhores condições de vida e trabalho para os operários.
Muitos de seus principais idealizadores eram ricos industriais com sentimentos humanitários, como Robert Owen.
b) Incorreta. O anarco-sindicalismo desenvolveu uma teoria contra todo tipo de hierarquia e autoridade, qualquer que
seja ela. Essa filosofia via o Estado como indispensável para a organização da propriedade privada e da autoridade,
principais fatores que geravam a desigualdade social. Portanto, deviam ser extintos assim como elas. Em seus lugares,
deveriam ser instauradas propriedades coletivas autogestionadas, ou seja, administradas por quem trabalhasse nelas,
seja uma fábrica ou terra. Diferentemente dos socialistas e comunistas, os anarquistas rechaçam completamente a
participação no Parlamento.
c) Incorreta. O liberalismo consistia basicamente na defesa do indivíduo, da razão, da liberdade econômica, das
liberdades individuais e condenava a intervenção estatal na economia. Era uma filosofia compatível com a desigualdade
social, com regimes monárquicos ou republicanos. Basicamente, sua maior oposição era ao absolutismo e ao
mercantilismo.
d) Incorreta. O positivismo tinha como princípio estabelecer a ordem que só poderia vir com o conhecimento científico.
Para seu criador, August Comte – filósofo francês – somente por meio da ordem estabelecida é que uma nação poderia
desenvolver-se cientificamente e, com isso, alcançar o progresso. Tratava-se de uma concepção evolucionista que
interpretava a história da humanidade de forma linear, caminhando sempre em direção ao progresso. Dessa forma,

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considerava que o estudo da história se resumia a constatar os fatos mais relevantes que atestavam esse movimento
linear.
e) Incorreta. O evolucionismo biológico de Charles Darwin (1809-1882), desenvolvido no campo da Biologia, foi
parâmetro para elaborações para as explicações sociais sobre as diferenças entre os agrupamentos humanos. Dessa
proximidade entre ciências biológicas e ciências humanas surgiu o pensamento evolucionista social, com destaque para
o inglês Hebert Spencer (1820-1903). Para os evolucionistas, as sociedades se desenvolvem em escalas previsíveis, do
estágio mais “primitivo ao mais “sofisticado”. O evolucionismo social, ou darwinismo social, defende que as diferenças
fundamentais entre as pessoas ou grupos humanos estão baseada em raças distintas. No século XIX, os estudos
científicos (naturais e sociais) dividiam a humanidade em raça caucasiana (branca), raça etíope (negra) e raça mongólica
(amarela). Para Spencer, por exemplo, a raça branca era o topo da evolução humana. Isso porque, em meio à
competição pela vida, a história teria selecionado, naturalmente, os brancos enquanto seres mais fortes. Trata-se,
portanto, de uma das teorias racialistas do final do século XIX. Por meio delas, as sociedades encontradas na África,
Ásia e Oceania eram tratadas como “fósseis vivos” representantes de estágios inferiores da escala evolutiva os quais a
civilização europeia já teria ultrapassado.

Gabarito: A
93. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
“A aristocracia sulista estava vinculada, em primeira instância, ao mercado mundial, ao estilo latino americano; do
trabalho de seus escravos provinha 80% do algodão utilizado nas tecelagens europeias. Quanto ao protecionismo
industrial o norte somou a abolição da escravatura, a contradição eclodiu com a guerra”
(Eduardo Galena. As veias abertas da América Latina).
O conflito em questão é a Guerra de Secessão, entre 1861 a 1865, nos EUA. As divergências econômicas entre a
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aristocracia sulista e a elite nortista estão corretamente expressas em:


a) os Estados do Sul queriam migrar para o trabalho assalariado, já os do Norte consideravam que a escravidão era um
“mal necessário” para desenvolver a industrialização.
b) apesar de manufatureiro e livre cambista, o Norte defendia a intervenção do Estado para proteger o mercado da
concorrência internacional, já o Sul dos EUA priorizava um projeto de exportação sem tarifas, tanto na saída de produtos
quanto na entrada.
c) a divergência entre as elites do Norte e do Sul estava baseada na regulação da economia, pois, para os sulistas não
seria preciso uma moeda única, já que o ouro era o lastro de negociações internacionais, já para os nortistas seria
preciso um moeda única, capaz de fornecer unidade à nação.
d) o norte manufatureiro exigia tarifas protecionistas dos produtos importados ao passo que o Sul, que vivia da
exportação e importação, pregava o livre mercado.
e) o Sul, por fornecer algodão para as industriais têxteis internas e externas, defendia medidas industrializantes, já o
Norte pretendia criar um Estado de Bem Estar Social baseado no livre cambismo.
Comentários
O tema da questão é a Guerra de Secessão, ocorrida nos Estados Unidos da América, entre 1861 e 1865. Esse conflito
opôs os estados do norte, denominados como União, e os estados do sul, autoproclamados Estados Confederados. O
conflito foi motivado pelas diferenças entre os projetos econômicos pretendidos por cada região. O norte vinha se
destacando como polo industrial e o sul como zona agroexportadora. Isso fazia com que cada local tivesse interesses
distintos. Visto isto, avaliemos qual alternativa aponta corretamente as divergências econômicas entre ambos os lados:
a) Incorreta. Os sulistas defendiam o uso da mão de obra escravizada, mais vantajoso para o modelo plantation
exportadora vigente na sua região. Por seu turno, os nortistas preferiam o trabalho assalariado, pois possibilitava a
consolidação de um mercado consumir que comprasse os produtos industrializados produzidos na sua região.
b) Incorreta. A União desejava aplicar uma série de medidas protecionistas para que seus produtos industrializados
fossem mais consumidos pelo mercado interno. Portanto, não eram livre-cambistas visto que se fossem seriam
terminantemente contra quaisquer medidas protecionistas. Contudo, os Confederados tinham um modo de vida
aristocrático e consideravam importante ostentar sua riqueza e status social perante a sociedade. Os símbolos dessa

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distinção eram produtos e mercadorias europeias. Por isso, eram contrários ao protecionismo nortista, uma vez que
isso tornaria ainda mais caro para eles performar sua superioridade social.
c) Incorreta. Como disse acima, realmente a questão era em torno da organização da economia, mas a respeito da
moeda, mas sim sobre a política tributária e a continuidade ou não da escravidão.
d) Correta! Já confirmei os interesses protecionistas da União. Por sua vez, os Confederados viviam quase como
aristocratas rurais e consideravam importante ostentar sua riqueza e status social perante a sociedade. Os símbolos
dessa distinção eram produtos e mercadorias europeias. Por isso, eram contrários ao protecionismo nortista, uma vez
que isso tornaria ainda mais caro para eles performar sua superioridade social.
e) Incorreta. Os sulistas compunham os setores mais conservadores das elites norte-americanas. O principal interesses
deles era manter o status quo em suas regiões. Em outras palavras, manter suas grandes propriedades rurais
monocultoras e voltadas para exportação, com uso de mão de obra escrava. De fato, seus maiores consumidores eram
as indústrias dos estados do norte e da Inglaterra. Todavia, os ingleses superavam a indústria norte-americana devido
à maior antiguidade e capacidade de sua indústria têxtil. Com isso, os sulistas não viam tanto a necessidade de
industrializar o território nacional desde que tivessem garantidos seus consumidores europeus. Ainda, esta relação de
troca com a Europa dava acesso para essas elites a mercadorias e artigos de luxo importantes para a ostentação de
sua superioridade socioeconômica perante a sociedade. Por seu turno, os nortistas não pretendiam criar um Estado de
Bem Estar Social, visto que essa teoria política surge somente no século XX, muito tempo depois da Guerra de Secessão.
A União também não queria uma política de total livre-cambismo. Desejavam sobretaxar produtos industrializados
estrangeiros, como vimos.

Gabarito: D
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BRASIL IMPÉRIO II - Segundo Reinado; Crise da Monarquia e Proclamação da República

94. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Até então, o imposto sobre importação era de apenas 15%. Com a tarifa Alves Branco, a maioria dos produtos
importados passou a ser tributada em 30%. E se fossem fabricados no Brasil produtos semelhantes, a tarifa chega a
60%.
(COTRIM, 2012, p. 487)
O objetivo da Tarifa Alves Branco, de 1844, era:
a) equiparar a competitividade nacional e internacional.
b) priorizar o consumo de produtos importados, em particular os ingleses.
c) fomentar a indústria nacional e forçar o mercado consumidor a optar por produtos nacionais.
d) desestimular o tráfico negreiro.
e) favorecer a economia do café, reforçando um modelo interno dependente de um único produto.
Comentários
Em primeiro lugar, repare que estamos falando do ano de 1844, ou seja, durante o Segundo Reinado (1840-1889),
período em que o eixo econômico do país mudou para a produção e exportação de café. As grandes somas de dinheiro
resultantes dessas atividades não foram aplicadas apenas na expansão da própria cafeicultura. Em certa medida, foi
paralelamente revertida no financiamento da instalação de indústrias e da modernização de algumas cidades brasileiras,
principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Além do dinheiro da cafeicultura, o crescimento industrial também seria
favorecido pelos capitais destinados ao tráfico internacional de escravos, extinto em 1850. Todavia, houve uma medida
propriamente econômica adotada pelo governo brasileiro que começou a incentivar a industrialização do país: o aumento

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das taxas de importação, realizado por meio da Tarifa Alves Branco, de 1844. Sabendo disso, vejamos qual era seu
objetivo específico:
a) Incorreta. Realmente, fomentar a industrialização do país passava pelo desafio de superar a competição de produtos
estrangeiros, sobretudo os ingleses, frequentemente de melhor qualidade que os nacionais. No entanto, com o aumento
da taxação sobre as importações, o objetivo não era simplesmente equiparar a competividade, mas sim vencer a
concorrência estrangeira incentivando a população a consumir os produtos brasileiros.
b) Incorreta. Na verdade, tratava-se do contrário. Os ingleses eram os concorrentes mais difíceis de vencer no comércio
de produtos industrializados. Com uma indústria mais antiga e desenvolvida, eles frequentemente eram preferidos por
sua qualidade e por seu preço mais acessível (lembre-se que quanto maior a capacidade produtiva, mais barato era o
produto). Mas o Brasil está atrás de outras nações também mais industrializadas, como a França e os Estados Unidos.
Por isso, era necessário priorizar os produtos nacionais, não os importados que já estavam em vantagem.
c) Correta! Ponto crucial para a prosperidade da economia industrial é garantir que haja consumidores para comprar
seus produtos. Com isso, o primeiro passo dado pelo governo brasileiro para fortalecer a indústria nacional era fazer
uma reforma tributária nas taxas de importação. Com maiores impostos, o preço final do produto aumentava em
comparação com os produtos nacionais, incentivando o consumidor a optar pelos segundos.
d) Incorreta. A Tarifa Alves Branco acabava afetando o tráfico, pois os escravizados eram importados como qualquer
outra mercadoria. Contudo, como vimos, seu objetivo principal era incentivar a industrialização, não inibir o tráfico. Até
porque havia grande resistência à pressão interna e externa para o fim do comércio internacional de cativos. Tanto a
elite agrária tradicional quanto os novos barões do café usavam grandes quantidades de braço escravizado em suas
plantações. Assim, se houve qualquer repercussão dessa medida no tráfico, foi um efeito colateral.
e) Incorreta. Na realidade, a intenção era diversificar a economia brasileira, principalmente a industrialização. Isso não
necessariamente acarretava na perda de importância econômica pelo café, haja vista que os principais investidores
nacionais na industrialização eram grandes cafeicultores que queriam diversificar seus investimentos.
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Gabarito: C
95. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A política externa do Segundo Reinado girou em torno de dois eixos fundamentais: as relações privilegiadas com a
Inglaterra, que foram interrompidas momentaneamente com a Questão Christie, e as constantes intervenções do Brasil
na Bacia do Prata, que geraram conflitos com vários países da região, como, por exemplo, Argentina e Paraguai.
(CÁCERES, 1993, p. 191)
Sobre essas as relações exteriores no Segundo Reinado (1840-1889), suas possíveis causas e consequências, assinale
a afirmação correta:
a) internamente, uma das consequências da Guerra do Paraguai foi o fortalecimento do Exército brasileiro e das
reivindicações dos oficiais de baixa patente, provocando atritos entre o corpo militar e o governo monárquico.
b) a Questão Christie girou em torno da divergência sobre a Lei de Terras, de 1850, pois os ingleses queriam preferência
na compra das terras ociosas do Estado brasileiro.
c) a Questão Christie se tornou em um conflito diplomático após o embaixador britânico no Brasil, William Douglas
Christie, ir aos jornais criticar publicamente D. Pedro II em razão da demora na política abolicionista.
d) nos três conflitos em que o Império brasileiro se envolveu, a guerra contra Oribe e Rosas, a guerra contra Aguirre e
a Guerra do Paraguaia, em todos ele saiu derrotado.
e) a Guerra da Cisplatina, entre 1864 e 1870, foi iniciada após o governo paraguaio invadir terras brasileira no Mato
Grosso.
Comentários
O tema da questão são as relações exteriores durante o Segundo Reinado. Repare nos principais eventos citados pelo
texto: a Questão Christie, entre 1862 e 1865; e os conflitos na Bacia do Prata, entre os quais tiveram envolvimento

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brasileiro a Guerra do Paraguai (1864-1870) e a Guerra do Uruguai (1864-1865). Sabendo disso, vejamos qual
alternativa aponta corretamente as causas e consequências desses eventos:
a) Correto! Apesar de vitoriosa, a monarquia brasileira pagou um alto preço por isso – o Exército, fortalecido durante
os anos de guerra, teve um grande papel na construção de uma identidade nacional. A Guerra do Paraguai estimulou
o sentimento de integração do país, mas expunha as mazelas, como a questão escravocrata, que excluía parte da
população que atuou na batalha contra Solano López. Muitos escravizados foram para guerra com a promessa de
alforria. Mesmo libertos se alistava, devido ao prestígio social conferido pelas patentes militares e à possibilidade de
receber pensões e outras honrarias do governo, como recompensa pelos esforços de guerra. Contudo, mesmo os
sobreviventes vitoriosos terem sido alforriados, esses e os demais libertos que serviram frequentemente eram
esquecidos pelo governo, sem conseguirem qualquer pensão ou honraria pelos serviços prestados. Além disso, os
militares brasileiros lutaram ao lado de argentinos e uruguaios, países republicanos.
b) Incorreta. Entre 1860 e 1862, o embaixador inglês instalado no Brasil, William Dougal Christie, foi o responsável por
uma sequência de equívocos diplomáticos que alimentaram duras críticas dos jornais cariocas. Primeiro, o diplomata
tentou abafar o assassinato de um agente alfandegário por dois marinheiros britânicos no Rio de Janeiro. No ano
seguinte, responsabilizou o Brasil pelo roubo da carga de um navio de seu país, Prince of Wales, no Rio Grande do Sul.
Finalmente, em 1862 exigiu indenização do governo brasileiro após dois oficiais britânicos serem presos por embriaguez,
mesmo tendo sido liberados em seguida. Seis dias após a cobrança, navios ingleses fecharam o porto do Rio de Janeiro
e sequestraram cinco navios brasileiros. A Questão Christie, nome como ficaram conhecidos estes incidentes envolvendo
o embaixador inglês, geraram grande comoção popular, alimentada por um discurso nacionalista, e a intervenção direta
do Imperador para defender a defesa nacional. A quantia de 3.200 libras foi paga à Inglaterra, mas o governo rompe
relações diplomáticas com o país após julgar insuficientes as explicações dadas para as atrapalhadas ações do
embaixador. Diante do impasse entre os dois países, o imperador Leopoldo I da Bélgica foi solicitado para mediar o
conflito, e acaba por dar ganho de causa ao Brasil, em junho de 1863. Dois anos depois, a rainha Vitória enviaria um
pedido formal de desculpas a D. Pedro II, sendo restabelecidas relações diplomáticas entre os dois países.
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c) Incorreta. Como ficou evidente na letra “b”, a Questão Christie não envolveu política abolicionista, mas esteve
relacionada a erros diplomáticos do embaixador inglês sobre uma série de conflitos relacionados ao comércio marítimo.
d) Incorreta. Nesses três conflitos, o Brasil saiu vitorioso. Na guerra contra Oribe e Rosas lutaram Brasil, França e
Inglaterra contra as facções argentinas e uruguaias que queriam unificar os dois países, em 1851. A guerra contra
Aguirre, ou guerra do Uruguai, opôs Brasil e Argentina aos blancos uruguaios e Paraguai. Com a fuga de Aguirre
(presidente uruguaio) para terras paraguaias, formou a aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai contra os paraguaios,
que daria início à Guerra do Paraguai, que durou de 1864 a 1870.
e) Incorreta. Como vimos, entre 1864 e 1870 ocorreu a Guerra do Paraguai. A Guerra da Cisplatina teve lugar entre
1825 e 1828. Nela o Brasil tentou anexar o Uruguai, mas não foi bem sucedido.

Gabarito: A

96. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

A chamada Lei de Terras, de 1850,


a) democratizou o acesso a terras no Brasil, pois regularizou o processo de compra e venda aos brasileiros, aos
portugueses e demais estrangeiros e aos ex-escravos.
b) priorizou o instituto da doação de terras para facilitar a regularização dos grandes proprietários.
c) foi feita para atender aos interesses ingleses, que pretendia entrar nos negócios agrícolas do Brasil com a exploração
do chá.
d) alterou o regime de propriedade de terras no Brasil, diferenciando terras devolutas do Estado e aquelas que poderiam
ser propriedade privada.
e) retirou a posse da terra daqueles que haviam recebido propriedades por meio das doações de sesmarias.

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Comentários
Preste bastante atenção no ano em que essa lei foi promulgada: 1850. Nesse mesmo ano, o tráfico internacional de
escravizados fora abolido pela segunda vez. Cada vez mais se debatia o fim da escravidão e a possibilidade de trazer
imigrantes, de preferência europeus, para substituir os cativos no trabalho. Com isso em mente, vejamos as alternativas:
a) Incorreta. Na verdade, a medida não alterou tanto as formas de como conseguir terras (doação da Coroa,
compra/venda, herança ou ocupação). No entanto, ela tornava as terras que não podiam ter sua posse comprovada
em terras devolutas, ou seja, todas as terras que não estivessem sob o domínio de um particular, por um título legal
ou mesmo pela posse, eram terras do Estado. Na prática, os proprietários de terras ocupadas teriam de ter seus limites
demarcados e a comprovação do pagamento de um imposto territorial, para que fossem reconhecidos como donos do
direito de uso. Isso não democratizou ao acesso a terra, pelo contrário, os grandes proprietários foram os verdadeiros
beneficiados, pois poucos conseguiam arcar com os tributos exigidos. Assim, a maioria da população, que era pobre,
evitava demarcar suas terras e ficava sem a documentação necessária para comprovar que eram donos dela.
b) Incorreta. Como disse, foi priorizada adimplência dos tributos cobrados sobre a terra pelos proprietários, justamente
para facilitar a regularização para os grandes proprietários e dificultar para os mais humildes.
c) Incorreta. A Lei de Terras buscou atender os interesses da elite agrária brasileira, não dos ingleses.
d) Correta! É como disse na alternativa “a”. Se não pudesse ser comprovada a posse da terra por meio da documentação
tributária, elas eram consideradas terras devolutas. Isso dificultava tremendamente a regularização das terras pelos
mais pobres. Com a aprovação do fim do tráfico negreiro e a possibilidade de intensa imigração, os grandes produtores
de café não queriam que os colonos fizessem concorrência a eles, adquirindo terras. Era preciso valorizá-las e impedir
que dela se apossassem. Também não queriam que ex-escravos, homens pobres livres, tivessem acesso a ela. O
argumento da elite agrária era que se essa população tivesse terras, poderia faltar mão-de-obra nas fazendas.
e) Incorreta. Não necessariamente. Como já disse, caso o proprietário estivesse com os impostos em dia e,
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consequentemente, a terra demarcada, sua propriedade seria reconhecida mesmo que a origem dela fosse a doação
de sesmaria.
Gabarito: D
97. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1840, o primeiro Gabinete montado por Dom Pedro II era exclusivamente de liberais, a quem o imperador “devia”
a maioridade antecipada. Mas não durou muito porque
a) Perderam as eleições, em 1840, e, assim, foram substituídos por conservadores
b)Chefiado por Araújo Lima, os conservadores derrubaram o Ministério Liberal.
c)Lideraram a Revolta Liberal, em São Paulo e Minas Gerais.
d)Promoveram a Revolução Praieira, fato que gerou desentendimento com o Imperador.
e)Os liberais não conseguiram pacificar as províncias e, além disso, fraudaram as eleições parlamentares, em 1840.
Comentários
Os principais articuladores do Golpe da Maioridade foram designados por D. Pedro II para integrarem o primeiro
ministério do seu reinado. Esse gabinete, porém, não conseguiu se sustentar nem por um ano. Em março de 1841,
políticos conservadores foram chamados para assumir as pastas ministeriais. Nomear e demitir os responsáveis pelo
Poder Executivo era uma das principais atribuições do Poder Moderador, exercido exclusivamente pelo imperador.
Apesar disso, ao analisar a experiência daquela primeira formação ministerial é possível identifcar os fatores
determinantes que levavam à ascensão e à queda de ministros, para além da vontade de Pedro II. Os condutores do
Golpe da Maioridade foram alçados ao ministério por terem se tornado, mesmo que circunstancialmente, importantes
lideranças políticas tanto na Câmara, quanto no Senado. Contudo, eles tinham por objetivo chegar ao governo para
implementar práticas mais liberais, que conferissem maior autonomia aos governos provinciais. Essa diretriz contrariava
a maior parte dos conservadores que constituíam a Assembleia Geral. Ciente desse contexto, vejamos qual alternativa
aponta corretamente as causas para a queda do primeiro ministério de Pedro II:

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a) Incorreta. Na verdade, as eleições legislativas em setembro de 1840 foram vencidas pelos liberais. Os ministros não
pouparam esforços para que fossem eleitos apenas os seus aliados. Abusando da violência, o ministério conseguira
eleger uma maioria de deputados liberais. Na verdade, foi justamente essa parcialidade na organização das eleições
que prejudicou a imagem dos ministros.
b) Incorreta. Os conservadores não foram chefiados por Araújo Lima quando os liberais perderam o ministério.
c) Incorreta. Essas revoltas se deram em 1842, um ano depois da queda do ministério liberal portanto, não podiam
influencia-la.
d) Incorreta. A Revolução Praieira (1848-1850) ocorreu ainda mais tempo depois da queda do primeiro ministério de
Pedro II.
e) Correta! Nomeado pelo governo central, o presidente de cada província recebeu ordens no sentido de usar todos os
expedientes disponíveis para garantir o êxito dos candidatos ministeriais. Contudo, a maior parte dos votantes e eleitores
não concordava com as propostas governistas e decidiram resistir à interferência do Rio de Janeiro no processo eleitoral.
O resultado de disso foi uma das eleições mais violentas de todo o Segundo Reinado, as quais ficaram conhecidas como
“eleições do cacete”. Como disse acima, os liberais conseguiram vencer. No entanto, além de terem queimado a própria
imagem em eleições claramente fraudulentas, antes da nova Câmara se reunir oficialmente, os ministros e demais
lideranças partidárias já constatavam que o entendimento entre os futuros parlamentares era fácil quando se tratava
apenas do estabelecimento, em linhas gerais, das reformas descentralizadoras a serem adotadas. Todavia, os deputados
não conseguiam chegar a consensos mínimos para converter porposições genéricas.
Gabarito: E

98. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em 1847, o imperador decretou a criação do cargo de “presidente do Conselho de Ministros”. A partir daquele momento,
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Dom Pedro II passou a nomear apenas o Presidente do Conselho que, por sua vez, nomeava os demais ministros.
Esse sistema de governo recebeu o nome de __________________, porque ______________________.
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase acima.
a)Bipartidarismo; Dom Pedro procurou conciliar os interesses de liberais e conservadores.
b)Parlamentarismo; Dom Pedro indicava para presidir o Conselho sempre membros do Partido mais votado pelos
eleitores.
c)Parlamentarismo às avessas; a nomeação era de escolha do Imperador e não indicação do Partido com maior número
de cadeiras no Parlamento.
d)Conciliação partidária; havia uma constante troca do ministério com o objetivo de dividir de maneira equitativa o
poder entre os dois partidos existentes.
e)Poder moderador; ficava a cargo do imperador intervir no Poder Legislativo.
Comentários
Durante a primeira década do Segundo Reinado, ainda havia grandes tensões e disputas entre os grupos políticos
brasileiros: liberais e conservadores. Mesmo se opondo aos princípios mais radicais da descentralização política e ao
recurso às armas, os parlamentares, que tomaram posse em 1843, se apresentavam, antes de tudo, como defensores
dos interesses de suas províncias junto ao governo central. Isso explica a grande dificuldade para o estabelecimento de
consensos entre eles sobre a política e administração nacionais. Após a troca de três gabinetes ministeriais, por conta
da oposição enfrentada por cada um deles na Câmara, Pedro II acatou o pedido de um ministério formado por políticos
liberais e decretou a dissolução do Parlamento, pela segunda vez. Graças às dissidências entre os conservadores e à
união de vários segmentos deles a grupos liberais nas províncias, a situação política se invertia novamente. A Câmara
dos Deputados, eleita em 1844, era dividida, por conseguinte, entre os liberais e os conservadores dissidentes com
relação ao grupo que dominara a legislatura anterior. As dificuldades para a formação de ministérios capazes de
constituir maioria parlamentar continuaram. É nesse contexto que D. Pedro II cria o cargo de presidente do Conselho
de Ministros. A ele caberia a escolha dos demais ministros, dando ao Ministério uma organização mais adaptada às
condições do regime representativo. Em outras palavras, daria uma sensação de poder ao Legislativo. Porém, era o

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imperador que continuava nomeando o cargo mais estratégico desse conselho, o de presidente. Com isso em mente,
vejamos qual alternativa preenche adequadamente as lacunas:
a) Incorreta. Bipartidarismo não quer dizer conciliação entre dois partidos. Significa que um sistema político pode apenas
contar com a participação de dois partidos. Além disso, não foi D. Pedro II que definiu que só haveria dois. Desde o
início do Império, a política brasileira se organizava assim. Isso só mudaria a partir dos anos 1870, com a fundação do
Partido Republicano.
b) Incorreta. O parlamentarismo é o regime no qual o Legislativo tambéme exerce funções do Executivo. De certa
forma, como os ministros eram escolhidos entre os parlamentares poderiamos dizer que isso era sintoma de
parlamentarismo. Contudo, era o imperador que nomeava o Ministério, portanto mantinha sua soberania, garantida
pelo Poder Moderador.
c) Correta! O fato de o imperador continuar a exercer o Poder Moderador, nomeando os ministros, ainda que a partir
de 1847, por meio do Presidente do Conselho, e, ao mesmo tempo, poder dissolver a Câmara dos Deputados, levou
muitos historiadores a caracterizarem o regime parlamentar brasileiro como um “parlamentarismo às avessas”.
d) Incorreta. Na realidade, houve uma conciliação partidária no Ministério de 1853, que contava com representantes de
ambos os grupos. Por isso, ficou conhecido como Ministério da Conciliação.
e) Incorreta. Realmente, era o Poder Moderador que conferia a prerrogativa de nomear os ministros e, posteriormente,
o presidente do conselho ao imperador. Contudo, como disse, a medida de 1847 buscava passar a sensação de que se
operava uma transição para o parlamentarismo, o que não se confirmava efetivamente devido à perrogativa do
imperador. Com esse novor rearranjo da administração política o sistema ficou conhecido como parlamentarismo às
avessas.

Gabarito: C
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99. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Com o café, a partir de 1860, os déficits na balança comercial deram lugar à superávits. Com isso, a economia sofreu
um novo impulso. Além da expansão do café, outros fatores contribuíram para equilibrar econômica e financeiramente
o país:
I – Mudança da política alfandegária que fixaram os impostos de importação no valor médio de 30%.
II- Abolição do tráfico de escravos que liberou capital para investimentos em outras atividades produtivas.
III – Construção de estradas de ferro e obras de infraestrutura.
IV- Pauta exportadora diversificada e equilibrada.
V- Aumento dos empréstimos, sobretudo feitos com a Inglaterra.
Assinale a alternativa que contenha apenas itens que caracterizam o avanço da economia durante o Segundo Reinado.
a)I, II, III
b)I, II, IV
c)I, II, III, V
d)II, III, IV
e)II, III
Comentários
Durante o Segundo Reinado (1840-1889), o eixo econômico do país mudou para a produção e exportação de café. As
grandes somas de dinheiro resultantes dessas atividades não foram aplicadas apenas na expansão da própria
cafeicultura. Em certa medida, foi paralelamente revertida no financiamento da instalação de indústrias e da
modernização de algumas cidades brasileiras, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Com base nisso, vejamos
outros fatores que contribuíram para a melhora na economia brasileira:

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Caderno 2 - EsPCEx
2021

I – Verdadeira! Isso foi feito em 1844, com a Tarifa Alves branco. Com isso, o objetivo era tornar mais atrativo o
consumo de produtos brasileiros do que estrangeiros pelo mercado interno.
II – Verdadeira! Sobretudo, o crescimento industrial seria favorecido pelos capitais antes destinados ao tráfico
internacional de escravos, extinto em 1850.
III – Verdadeira! Para otimizar e baratear o transporte dos gêneros exportados e facilitar a ocupação do território no
interior do país, houve um grande investimento por parte de particulares e do Estado na construção de obras de
infraestrutura, como as estradas de ferro. Assim, a partir de 1852 começaram a ser instaladas no país várias estradas
de ferro, financiada com empréstimos de bancos, sobretudo ingleses. As vias férreas se multiplicaram. Além de integrar
o Oeste paulista, região produtora, com a cidade de São Paulo, e desta até o porto de Santos, as ferrovias provocaram
a urbanização.
IV – Falsa. A exportação cada vez mais se concentrou no café. Apenas a borracha teve crescimento no atendimento ao
mercado internacional. Mesmo assim, ainda muitas vezes menores que a venda de café.
V – Verdadeira! O foco de investimentos dos ingleses se dava principalmente no ramo do capital financeiro. Ou seja,
fazer empréstimos. Com isso, os ingleses conseguiam manter certo controle sobre a economia brasileira. Não por
menos, a partir da influência econômica, os britânicos impulsionaram projetos de infraestrutura destinado a atender os
setores de serviços: bancos e transporte (construção de ferrovias).
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.
Gabarito: C

100. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)

Em maio de 1865, os governos do Brasil, do Uruguai e da Argentina uniram-se contra Solano López, criando a Tríplice
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Aliança. Era o começo da Guerra do Paraguai, que teve diversos combates de grandes proporções, com a participação
de milhares de soldados.
São batalhas importantes da Guerra do Paraguai:
I-Batalha do Riachuelo
II-Batalha do Tuiuti
III-Batalha do Curupaiti
IV-Batalha do Avaí
Assinale a alternativa que contenha todas as Batalhas da Guerra do Paraguai
a)I, IV
b)I, II, III
c)I, III, IV
d)I, II, IV
e)I, II, III, IV
Comentários
Lembre-se que que o Rio da Prata é um rio de integração comercial formado pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.
Desde o período colonial, essa região e esses rios foram alvo de disputas entre as potências ibéricas por servir de
escoadouro para a prata que vinha de Potosí e se dirigia à Europa. Durante o Segundo Reinado (1840-1889), o controle
sobre a foz do rio da Prata foi essencial para os interesses brasileiros de manter a livre-navegação - o que favorecia o
escoamento de sua produção e maior integração entre Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Contudo, outras nações sul-
americanas, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e mesmo europeias, como Inglaterra e França, também tinham
interesse em controlar a navegação fluvial e a circulação de mercadorias nessa região. A Guerra do Paraguai foi um dos
vários conflitos que envolveram essas nações e o Brasil em disputas bélicas violentas. Vejamos quais batalhas
constituíram esse grande conflito entre a Tríplice Aliança e o Paraguai:

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Caderno 2 - EsPCEx
2021

I – Esta batalha ocorreu em 1865 e foi um conflito naval ocorrido no Rio Riachuelo, um afluente do rio Paraná, na
província de Corrientes, na Argentina. É um conflito considerado de suma importância para a vitória da Tríplice Aliança.
II – Esta foi a maior e mais sangrenta batalha campal de toda a Guerra do Paraguai, envolvendo a morte de mais de
55 mil combatentes. Ocorreu em Tuiuti, no Paraguai, em 1866.
III – Este conflito também foi travado em 1866, mas no Forte de Curupaiti, às margens do Rio Paraguai.
IV – Este embate se deu em 1868, em Avaí, no Paraguai. Contou com a participação de sujeitos famosos na história
das Forças Armadas brasileiras, como Duque de Caxias e General Osório. A batalha posteriormente foi representada em
pintura, de autoria de Pedro Américo, em 1877.
Portanto, a alternativa correta é a letra “e”.
Gabarito: E

Gabarito
51. B 77. C
52. D 78. E
53. A 79. A
54. C 80. B
55. A 81. C
56. E 82. D
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57. B 83. E
58. A 84. B
59. D 85. E
60. C 86. A
61. A 87. C
62. A 88. B
63. D 89. C
64. B 90. B
65. E 91. D
66. C 92. A
67. D 93. D
68. B 94. C
69. A 95. A
70. B 96. D
71. A 97. E
72. C 98. C
73. D 99. C
74. B 100. E
75. D
76. E

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