Revoltas

Nome: Ana Clara Martins, Número: 2

A Aclamação de Amador Bueno foi uma revolta nativista foram movimentos de

resistência que ocorreram no Brasil entre
aproximadamente 1640 e 1720, durante o período em que o país ainda era uma
colônia de Portugal, conhecida como "América Portuguesa". Essas revoltas
surgiram em um contexto em que Portugal estava sendo dominado pela
Espanha, devido à União Ibérica, que unificou as coroas espanhola e portuguesa
entre 1580 e 1640. Após a libertação do domínio espanhol, Portugal enfrentou
grandes dívidas e viu no Brasil uma oportunidade de extrair riquezas para
recuperar sua economia abalada. Essa perspectiva preocupou São Paulo, que
tinha vantagens comerciais e facilidades na escravização dos indígenas sob o
domínio espanhol. Eles temiam perder esses privilégios com o retorno do
controle português.
Diante dessas preocupações, pensaram em encontrar uma solução interna e
eleger um líder local para representar seus interesses. Surgiu a ideia de escolher
um capitão, alguém com poder e influência, como um bandeirante, para liderar
a região. Amador de Bueno foi escolhido para essa função, mas ele recusou o
cargo por receio dos conflitos que poderiam surgir com Portugal.O rei de
Portugal, ciente das intenções pacíficas de
Amador de Bueno, acabou perdoando-o e compreendendo suas preocupações.
Assim, a revolta da Aclamação de Amador de Bueno não se concretizou, mas
evidenciou as tensões e receios existentes na época em relação ao domínio
português e seus impactos na vida dos habitantes da colônia.

A revolta da cachaça de 1647 a 1649, os portugueses promulgaram uma lei que

restringia a venda de cachaça apenas para escravos e pessoas de Pernambuco,
afim de evitar a concorrência com o vinho português. A expulsão dos
holandeses do Brasil em 1654 prejudicou as vendas de açúcar, levando os
brasileiros a produzirem mais cachaça, o que irritou os portugueses. Em 1659,
os portugueses destruíram as fábricas de cachaça sem aviso prévio. Em 1660, o
governador do Rio de Janeiro aumentou os impostos, mas liberou a cachaça
para os moradores do Rio sem autorização do rei de Portugal, gerando
revolta.Em 30 de janeiro de 1660, a companhia comercial portuguesa decidiu
enviar-lhe uma intimação e repeti que era proibido o consumo de cachaça no
Rio de Janeiro. O Governador do Rio de Janeiro continua fechando os olhos para
esse incidente e pretende continuar as vendas. Nem todos ficaram satisfeitos
com essa mudança do governador, então 112 proprietários de usinas de açúcar
do Rio de Janeiro organizaram um protesto contra as ações do governador e
começaram a fazer todo o possível para que o povo do Rio de Janeiro
desaprovasse e aceitasse o que o governador fez. sem permissão portuguesa
apenas para poder cobrar mais impostos. Chegaram até a formar um exército
armado para acabar com o que quer que o governador estivesse fazendo. O
governador, vendo esta revolta dos senhores de engenho, decidiu apelar a
Portugal para o ajudar e Portugal ficou do lado dos rebeldes e foi chamado a
testemunhar o aumento da de impostos que o Portugal português já não
permite e não cumpre a lei de proibir a cachaça. Em 1661 tentaram apaziguar os
rebeldes, revogando as leis anteriores e permitindo-lhes voltar à produção de
cachaça desde que não a consumissem e, claro, inicia-se o contrabando e o
consumo clandestino. Em 1665, Portugal percebeu que não
havia outra maneira e decidiu permitir que as pessoas o consumissem. Nos 10
anos seguintes, o consumo aumentou de 400 litros por ano para 300.000 litros
por ano.

A Revolta do Nosso Pai ocorreu em 1666 na região de Pernambuco, a revolta

começou com as pessoas ficando cada vez mais insatisfeitas com os impostos
que Portugal exigia aumentar a cada ano, e o Brasil enfrentava uma crise.
Grande crise econômica e rendição, e perceberem qur Portugal tinha grandes
vantagens. O "governador de :pernambucano este ano, Gerônimo Mendonça,
por tudo o que está acontecendo, tem sido mal visto por todos por ser de
Portugal, todos o veem como alguém que só
quer vantagem sobre eles porque foi isso que Portugal fez ao Brasil como
colônia, com tanto ódio por esse governador, que chegaram a apelidá-lo de
Xumbrega. Este governador não é criticado apenas por ser português, é também
criticado pelas coisas que faz, e com as pessoas descontentes e vendo-o como
inimigo, um grupo de elite decidiu começar a organizar um plano para derrubar
este governador, e eles lembraram que todos os anos vinha uma festa
organizada pelo “Pai Nosso”, essa festa incluía pessoas se reuniram para acender
tochas para celebrar e ajudar os necessitados e doentes nas ruas. Quando o
governador se juntou a esse partido,
armaram uma armadilha e quando chegou a hora, pessoas que sabiam do plano
começaram a executá-lo e o líder dessa classe alta atacou o governador, a
confusão ocorreu. O governador foi capturado e levado para a fortaleza de
Brum, onde, depois de passar algum tempo na prisão, foi deportado para
Portugal. Portugal acabou por enviar um novo governador, em parceria com a
elite pernambucana, André Vidal de Negreiros, que permaneceu seis meses e
acalmou a situação.
A Revolta dos emboabas que acontece em Minas Gerais em 1707, foi uma
revolta que aconteceu entre São Paulo e o resto do Brasil, São Paulo havia
descoberto Ouro existente em Minas Gerais e como haviam descoberto
consideravam que o ouro era apenas deles, fora os indígenas claro, mas eles
acreditavam que só eles podiam ficar com todo esse ouro e o resto da
América Portuguesa não tinha esse direito. Então São Paulo se apoderou dessa
terra, hoje parte de Minas Gerais, e deu aos estrangeiros que visitavam essa
terra o nome de Emboabas. Na época da descoberta do ouro, muitos
estrangeiros, pessoas que não eram do Brasil, como os portugueses, os
espanhóis começaram a chegar e queriam o ouro que
os paulistas haviam descoberto, o que acabou criando Na esteira da integração
regional, houve trocas de ouro com a Bahia e o Rio Grande do Sul durante o que
alguns historiadores chamam de ciclo áureo. O objetivo da Guerra dos
Emboabas era adquirir ouro, e os paulistas lutaram pelo uso exclusivo dessas
terras. Portugal acabou ficando do lado de Emboabas e cedeu o uso exclusivo
das terras mineiras para um empreendimento
pertencente a um comerciante baiano e o valor do número de sobreviventes em
Minas aumentou muito, e em 1707 mataram Emboaba primeiro e Emboaba
matou dois paulistas em vingança. Desde 1708, Emboaba fez grande pressão
sobre os paulistas, que logo começaram a sair, Emboaba conquistou 2/3 do país
como cidades, então os paulistas resolveram ir em busca de novas terras que
também contivessem ouro e as encontraram, em Mato Grosso , Mato Grosso do
Sul, Goiás, que ajudou o Brasil a se desenvolve.

Revolta do Sal ocorreu em 1710 em São Paulo e Minas Gerais, o sal era um
produto extremamente importante na época, havia apenas um fornecedor de
sal devido ao sistema econômico muito diferente da época, Portugal assinou
pouquíssimos acordos. Com os empresários tendo muito poder e os governos
tendo muito controle sobre o comércio. Porque existe apenas um fornecedor,
Neste vasto território, muitas vezes era impossível conseguir sal para todos. Um
proprietário de terras chamado Bartolomeu Fernandes de Faria, precisava de
muito sal porque tinha que alimentar muita gente que
trabalhava para ele. E justamente nessa altura, em 1710, houve uma crise e o
único fornecedor de sal do território deixou de fornecer sal por questões de
privacidade, fazendo com que o proprietário e os seus empregados ficassem
indignados com esta situação. Barthélemy estava apenas esperando a
oportunidade de se rebelar quando o
governador de todos esses capitães foi para Minas Gerais, reuniu pessoas que
trabalhavam para ele e foi para Santos, onde tinha uma mina de sal, invadiram e
encontraram sal, sabiam que havia sal , só não venda para aumentar o preço.
Então estes trabalhadores pegaram o sal e deixaram para trás o dinheiro desse
sal que retiraram do armazém e escaparam sem ferimentos. No ano seguinte, a
polícia perseguiu Bartolomeu para prendê-lo, e quando o levaram, ele morreu
porque era velho, mas morreu como um herói, porque mesmo sendo pego,
deixou sal para todos os trabalhadores.

A Revolta de Beckman, dos Irmãos Beckman ou de Bequimão, foi uma rebelião

ocorrida na cidade de São Luís, Província do Maranhão (que incluía os atuais
territórios do Maranhão, Ceará, Piauí, Pará e Amazonas) entre 1684 e 1685.
Os revoltosos – comerciantes e proprietários rurais de São Luís, contando com
apoio popular – decidiram expulsar os jesuítas e extinguir a Companhia Geral de
Comércio do Estado do Maranhão.

A Guerra dos Mascates foi um confronto entre comerciantes de Recife e

senhores de engenho de Olinda, ambas cidades do estado do Pernambuco,
então capitania de Pernambuco. Ocorreu entre os anos de 1710 e 1711, por
causa da crise do açúcar brasileiro, que passou a encontrar concorrentes em
outros lugares do mundo.
A Guerra dos Mascates deve ser vista como um conflito pelo poder político local,
sem qualquer reivindicação social.

Os Motins do Maneta foram duas sublevações ocorridas no Brasil Colônia em

Salvador contra o monopólio da comercialização do sal e aumento de impostos,
ocorridos, respectivamente, em: 19 de outubro de 1711 - primeiro motim; 2 de
dezembro deste mesmo ano.
O estopim foi o decreto de uma taxa sobre todas as mercadorias exportadas
pela colônia. Assim, o primeiro conflito foi liderado por João Figueiredo da
Costa, conhecido como Maneta, e Lourenço de Almeida, o “Juiz do Povo”, nas
ruas de Salvador. Com o apoio da população, conseguiram que não ocorressem
as sobretaxas.

Revolta de Felipe dos Santos graças às amarras econômicas estabelecidas pelo

pacto colonial, os colonos ainda eram obrigados a pagar os altos valores
cobrados sob os gêneros manufaturados oferecidos por Portugal. Mediante essa
lógica de exploração e controle é que compreendemos a deflagração da Revolta
de Filipe dos Santos, em 1720.