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Segundo Ano

Conteúdo: o Brasil no ciclo do ouro

Os Bandeirantes
 Os Bandeirantes eram pessoas ligadas à São Paulo que avançavam para o interior do continente em busca
de metais, pedras preciosas e aldeamento de índios.
Diferença entre entradas e bandeiras:
 As entradas eram financiadas pela coroa portuguesa e tiveram como ponto de partida o litoral. Já as
bandeiras foram expedições particulares saídas de São Paulo. Ambas as expedições, tanto as entradas quanto as
bandeiras tinham o mesmo objetivo capturar índios e encontrar metais e pedras preciosas.
 Os Bandeirantes também funcionavam como verdadeiros grupos de mercenários contratados para atacar
tribos hostis aos portugueses.
O Quilombo dos Palmares
 Palmares é tido como o maior Quilombo estabelecido na América portuguesa, era na verdade uma
confederação de quilombos que, reunia 20000 habitantes.
 Criado por volta de 1629 seu território abrangia parte de Alagoas e Pernambuco e era governado por um
rei guerreiro.
 O primeiro rei de Palmares foi Ganga-zumba, que foi assassinado em 1678 é em função de sua disposição
em negociar com as autoridades coloniais. A partir de então o Quilombo foi dirigido por zumbi chefe guerreiro
morto em 1695.
 Após várias tentativas de destruição do Quilombo de Palmares, em 1694 o Bandeirante Domingos Jorge
Velho, destruiu o Quilombo e decapitou Zumbi expondo publicamente a sua cabeça.
A guerra dos emboabas
 a guerra dos emboabas foi uma guerra feita por Paulistas contra os forasteiros(emboabas) que eram
pessoas vindas de todos os cantos da colônia e de Portugal para explorar as Minas recém-descobertas.
 A coroa estabeleceu o imposto sobre a quantidade de escravizados empregados pelo minerador, era a
“capitação” e o “quinto real”, ou seja, a quinta parte do ouro fundido.
A Revolta dos Mascates em Pernambuco
A Guerra dos Mascates foi um conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de
Recife, na capitania de Pernambuco, entre os anos de 1710 e 1711.
 "Essa guerra foi assim chamada porque os comerciantes portugueses de Recife eram designados pelos
senhores de engenho de Olinda como mascates, de maneira pejorativa.
 "O contexto histórico da Guerra dos Mascates foi a crise internacional do açúcar, que encontrava
concorrentes em outros lugares, como nas Antilhas. Somou-se a isso a expulsão dos holandeses de Olinda, que
eram ligados aos senhores de engenho.
 O motivo da Guerra dos Mascates foi a disputa entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes
portugueses de Recife. Quando os primeiros ficaram endividados, pediram empréstimos aos segundos; porém
recifenses sonhavam em se emancipar, já que a Câmara continuava nas mãos dos senhores. Essa tentativa de
emancipação foi o estopim da guerra.
 A Guerra dos Mascates se deu com uma primeira vitória de Olinda para que, na sequência, perdesse
batalhas para os recifenses, que a venceram no final.
 “Mascate” diz respeito a comerciantes que vendem produtos variados de casa em casa. É também o nome
de uma cidade árabe, de onde vieram muitos dos descendentes portugueses que eram chamados de mascates no
Brasil de maneira pejorativa.
 As principais consequências da Guerra dos Mascates foram a prisão de olindenses senhores de engenho e
a emancipação de Recife, que passou a ser a sede administrativa da capitania."
O Motim do Maneta
 Em 1711 João de Figueiredo Costa o maneta um negociante português liderou uma revolta em Salvador
contra o estabelecimento de novos tributos sobre mercadorias vindas do Reino imposto sobre escravizados e
sobre o preço do sal.
 Nesse contexto, ainda temos que destacar a influência da Guerra de Sucessão Espanhola (1702 – 1714)
que acirrou os ânimos das monarquias européias. A guerra contou com uma aliança entre Portugal e Inglaterra
contra a possibilidade de unificação das coroas francesa e espanhola. A vitória luso-britânica frente às pretensões
francesas contou com intensas batalhas que motivaram o envio de uma esquadra francesa contra as possessões
coloniais portuguesas no Brasil.

 Porém, um pouco antes dessa tentativa de invasão francesa, o governo português impôs o aumento dos
impostos cobrados sobre o sal e os escravos comercializados no Brasil. A elevação tributária e a Guerra de
Secessão se encontram neste ponto, tendo em vista os gastos excessivos da coroa lusitana na guerra européia. Os
colonos, insatisfeitos com os reajustes, mobilizaram uma revolta a ser liderada pelo comerciante João de
Figueiredo da Costa, conhecido como Maneta.
 A primeira revolta, acontecida na cidade de Salvador, contou com uma distribuição de cartazes
convocando a população contra os novos impostos. Mobilizados, os revoltosos se dirigiram contra a casa de
comércio de Manuel Dias Figueiras, considerado o maior negociador de sal da região. Depois de realizarem o
saque e a depredação da casa de comércio, os manifestantes foram à Casa do Governador exigindo o fim da
medida. Acuada, a autoridade local cedeu à pressão anistiando os insurgentes e anulando os impostos.
A Inglaterra e a economia portuguesa
 Ficou conhecido como Tratado de Methuen, ou tratado de Panos e Vinhos, um acordo entre Portugal e
Inglaterra vigente entre 1703 e 1836 e que envolvia a troca entre os produtos têxteis ingleses e o vinho português.
Seu nome é uma referência ao embaixador britânico que dirigiu as respectivas negociações. O tratado é muitas
vezes mencionado como um dos fatores de supressão da indústria portuguesa e consequente atrelamento da
economia do país à britânica, levando em última instância a economia portuguesa a uma estagnação. Aliás, uma
das principais consequências deste tratado foi o abandono da política de fomento industrial do conde de Ericeira.
 O comércio entre ingleses e portugueses começava entrar numa faixa de transição delicada, pois entre os
produtos de destaque que Portugal vendia à Inglaterra estavam o fumo e o açúcar. O primeiro produto a ficar fora
da importação inglesa foi o fumo, e logo em seguida, a produção açucareira nas colônias britânicas substituiu a
cota comprada de Portugal.
 Acredita-se que os resultados do tratado foram desfavoráveis a Portugal porque os panos ingleses eram
fabricados com técnica apurada, muito superiores aos produzidos pela indústria portuguesa.
 Portugal não tinha quase nenhuma indústria, quase todos os produtos manufaturados consumidos em
Portugal eram comprados na Inglaterra por preços altos. Restava como seu produto principal o vinho, que
Portugal vendia aos ingleses, mas que não era suficiente para pagar tudo o que importava.
 Portugal devia muito dinheiro aos ingleses e, além disso, o comércio com os ingleses era muito importante
para a economia portuguesa. Por causa disso, Portugal ficou cada vez mais dependente da Inglaterra, e para pagar
suas dívidas, restava apenas recorrer ao ouro que obtinha do Brasil. A parte do ouro que ficava no Brasil era
pequena, e aquela destinada a Portugal também não permanecia lá. Portanto, quem mais se beneficiou com o
ouro brasileiro foi a Inglaterra.
 Assim, Portugal, que poderia ter se tornado uma potência econômica com o ouro explorado do Brasil,
acabou por se tornar muito dependente da economia inglesa, entrando em um declínio econômico e político do
qual não mais sairia.

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