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TRABALHO

1. Quais os três pilares do existencialismo? fale sobre cada um deles


2. Qual a diferença entre ser e existir?
3. O que Sartre fala sobre Deus?
4. O que é a essência e existência?
5. Qual o primeiro princípio do existencialismo?
6. Como provar a existência de deus

R:
1.O existencialismo é uma corrente filosófica que emergiu no século XX, destacando-se por sua
ênfase na liberdade individual, responsabilidade pessoal e a ênfase na existência individual
como ponto de partida para a compreensão da existência. Embora não haja uma lista definitiva
e única de pilares do existencialismo, muitos filósofos associam o existencialismo a três ideias
fundamentais. É importante notar que diferentes filósofos existencialistas podem enfatizar
aspectos diferentes, mas geralmente esses três pilares são considerados como centrais:

Liberdade:

O existencialismo enfatiza a ideia de que os indivíduos são, em última instância, livres. Essa
liberdade não se refere apenas à liberdade política, mas também à liberdade de escolha
existencial. Os existencialistas argumentam que os seres humanos são responsáveis por suas
próprias escolhas e ações, e essa liberdade implica uma responsabilidade profunda pela
direção de suas vidas. A liberdade está ligada à capacidade de fazer escolhas autênticas,
aquelas que são verdadeiramente reflexo dos valores e da essência de um indivíduo.

Angústia Existencial:

A angústia existencial, muitas vezes referida simplesmente como "angústia", é uma experiência
fundamental na filosofia existencialista. Refere-se à ansiedade e ao desconforto que surgem
quando confrontamos a liberdade radical e a responsabilidade por nossas próprias escolhas. A
angústia resulta da consciência de que somos livres para moldar nossas vidas, mas também
responsáveis pelas consequências dessas escolhas. Esse desconforto pode surgir ao confrontar
questões sobre o significado da vida, a existência de Deus e a natureza da moralidade.

Desespero e Absurdo:

O existencialismo muitas vezes explora a ideia do "absurdo" da existência humana. Albert


Camus, por exemplo, discutiu a noção de que a vida é essencialmente irracional e carece de um
significado intrínseco. O existencialismo confronta a busca de sentido em um universo
aparentemente indiferente. O desespero surge quando os indivíduos buscam um significado
absoluto em um mundo que pode não oferecer respostas claras. Enfrentar o absurdo,
reconhecer a falta de um significado universal, pode levar a um estado de desespero
existencial.

Esses três pilares - liberdade, angústia existencial e desespero/absurdo - oferecem uma visão
geral das principais preocupações existencialistas. É importante notar que diferentes filósofos
existencialistas podem abordar esses temas de maneiras distintas, e o existencialismo como
uma corrente filosófica é rica e diversificada em suas abordagens.

2. A distinção entre "ser" e "existir" pode ser sutil e filosoficamente complexa, e diferentes
filósofos podem oferecer interpretações variadas desses conceitos. Aqui estão algumas
maneiras de abordar essa distinção:

Ser:

O termo "ser" geralmente se refere à natureza fundamental ou essência de algo. Em filosofia, a


questão do "ser" muitas vezes está relacionada à metafísica, que explora a natureza última da
realidade. Platão, por exemplo, discutiu o "ser" em termos de formas ou ideias eternas e
imutáveis que constituem a realidade por trás das aparências sensíveis.

Existir:

"Existir", por outro lado, está mais associado à existência concreta e individual. Quando
falamos sobre algo que existe, estamos nos referindo à sua presença no mundo real, sua
manifestação tangível. A existência muitas vezes está ligada ao tempo e ao espaço, à realidade
empírica que podemos perceber e experimentar.

3. Em resumo, Sartre rejeitou a ideia de Deus como base para a moralidade e enfatizou a
liberdade individual e a responsabilidade como características centrais da existência humana.
Seu pensamento contribuiu significativamente para a compreensão da autonomia moral e da
busca de significado em um mundo aparentemente sem Deus.

4. Essência:

Tradicionalmente, a "essência" refere-se à natureza fundamental e definidora de algo. Em


termos filosóficos, a essência é aquilo que torna algo o que é, as características ou
propriedades que são intrínsecas à sua identidade. Por exemplo, a essência de um triângulo é
ter três lados e a soma de seus ângulos internos igual a 180 graus.

Existência:
A "existência", por outro lado, refere-se à manifestação concreta e individual de algo no
mundo. É a realidade tangível de algo no tempo e no espaço. Enquanto a essência é mais
abstrata e universal, a existência é particular e empírica.

Em resumo, enquanto a tradição filosófica tradicional via a essência como algo preexistente e
determinante, o existencialismo, especialmente a abordagem de Sartre, inverte essa relação,
afirmando que a existência precede a essência, colocando ênfase na liberdade e
responsabilidade individual.

5. Não há um "primeiro princípio" único e universal do existencialismo, pois o existencialismo é


uma corrente filosófica rica e diversificada com diferentes pensadores que abordaram suas
ideias de maneiras distintas. No entanto, podemos destacar algumas ideias fundamentais que
são frequentemente associadas ao existencialismo:

A Existência Precede a Essência:

Este é um princípio central no existencialismo, particularmente enfatizado por Jean-Paul Sartre.


A ideia é que, ao contrário de objetos inanimados ou mesmo animais, os seres humanos não
têm uma "essência" predefinida que determine sua existência. Em vez disso, os seres humanos
existem primeiro e, por meio de suas escolhas e ações, definem sua própria essência. Isso
destaca a liberdade radical e a responsabilidade individual na criação do significado e propósito
da vida.

A Liberdade e a Responsabilidade Individuais:

O existencialismo frequentemente enfatiza a ideia de que os indivíduos são livres e, ao mesmo


tempo, responsáveis por suas escolhas. Essa liberdade é vista como uma característica
intrínseca da existência humana, mas também como uma fonte de angústia e
responsabilidade.

A Angústia Existencial:

A angústia é uma experiência fundamental no existencialismo. Refere-se à ansiedade e ao


desconforto que surgem quando confrontamos a liberdade radical e a responsabilidade por
nossas próprias escolhas. A falta de um significado pré-determinado na vida pode gerar
angústia, pois os indivíduos enfrentam a necessidade de criar seus próprios valores e
significados.

O Absurdo e a Inexistência de Sentido Inerente:

Alguns existencialistas, como Albert Camus, exploraram a ideia do "absurdo" da existência


humana. Isso sugere que a vida é essencialmente irracional e carece de um significado
intrínseco. A ausência de um Deus ou um propósito universal leva os indivíduos a confrontar
um universo aparentemente indiferente.
Essas ideias não formam um único "primeiro princípio," mas juntas oferecem uma visão geral
das preocupações centrais do existencialismo. Cada filósofo existencialista pode enfatizar
aspectos diferentes dessas ideias, contribuindo para uma riqueza de pensamento dentro dessa
corrente filosófica.

6. A questão da existência de Deus é uma das mais antigas e debatidas na filosofia, teologia e
religião. Existem várias abordagens para argumentar a favor da existência de Deus, e diferentes
tradições religiosas e filosóficas oferecem diferentes argumentos. Vou apresentar alguns dos
argumentos clássicos, mas é importante notar que nenhum desses argumentos é
universalmente aceito e cada um tem suas críticas e contra-argumentos.

Argumento Cosmológico:

Este argumento parte da observação do cosmos e questiona sobre a causa ou origem do


universo. Afirma que tudo o que começa a existir tem uma causa, e como o universo começou
a existir, deve ter uma causa. Essa causa é então identificada como Deus. O argumento
cosmológico tem várias formas, incluindo a versão kalam, que se concentra na ideia de um
começo no tempo.

Argumento Teleológico (Design Inteligente):

O argumento teleológico sugere que a complexidade, ordem e adaptação observadas no


universo são evidências de um design inteligente. A ideia é que a complexidade dos sistemas
biológicos, a precisão das leis naturais e a adequação do universo para a vida sugerem a
existência de um designer divino. Este argumento, no entanto, é criticado por alguns que
apontam para explicações alternativas, como a evolução.

Argumento Moral:

Alguns argumentam que a existência de valores morais objetivos e deveres morais indica a
existência de Deus como a fonte última de objetividade moral. A ideia é que, se existem
padrões morais absolutos, deve haver uma base última e transcendente para esses padrões.

Experiência Religiosa e Testemunho Pessoal:

Algumas pessoas argumentam que suas experiências religiosas pessoais, como revelações
divinas, visões ou encontros com o sagrado, são evidências da existência de Deus. No entanto,
a validade dessas experiências é frequentemente debatida, pois diferentes tradições religiosas
relatam experiências divergentes.

Argumento Ontológico:

Este argumento, proposto por filósofos como Anselmo de Cantuária e René Descartes, é
baseado na própria ideia de Deus. Argumenta que, ao conceber a ideia de um ser perfeito e
supremo, já se está implicitamente aceitando a existência desse ser. No entanto, esse
argumento é altamente controverso e foi criticado por muitos filósofos ao longo dos séculos.

É importante notar que nenhum desses argumentos é considerado conclusivo, e a questão da


existência de Deus permanece uma questão de crença, fé e interpretação pessoal. Cada pessoa
pode abordar essa questão de maneiras diferentes com base em suas próprias experiências,
valores e perspectivas.

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