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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

IGOR EDUARDO DA SILVA RIBEIRO

ANÁLISE NUMÉRICA DE VIGAS ALVEOLARES DE AÇO


COM ABERTURA CIRCULAR E CASTELADA VIA
SOFTWARE ABAQUS

MARINGÁ
2023
2

IGOR EDUARDO DA SILVA RIBEIRO

ANÁLISE NUMÉRICA DE VIGAS ALVEOLARES DE AÇO


COM ABERTURA CIRCULAR E CASTELADA VIA
SOFTWARE ABAQUS

Relatório contendo os resultados parciais do


projeto de iniciação científica vinculado ao
PIBIC/CNPq-Fundação Araucária-UEM.

Orientador(a): Prof. Dr. Carlos Humberto Martins

MARINGÁ
2023
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1 INTRODUÇÃO

Os pisos mistos convencionais podem ser formados por tipos diversos de perfis de aço
e de lajes. Quanto aos perfis, podem ser de alma cheia (simétricos ou assimétricos) ou com
aberturas na alma (também conhecidos como perfis alveolares). Dentre essas possibilidades,
no caso dos pisos convencionais, o uso de perfis com aberturas na alma é bastante recente e
inovador com origem na Europa (início do século XX).
Estes perfis são formados a partir de um corte longitudinal da alma de um perfil
comum, seguindo um desenho específico para formar os diferentes padrões de aberturas, com
posterior deslocamento e soldagem de forma a aumentar sua altura (SONCK; BELIS, 2015),
como é apresentado na Figura 1.1.

Figura 1.1 – Montagem de perfil alveolar

Fonte: Grünbauer (2018)

As aberturas sequenciais padronizadas na alma são denominadas alvéolos e, por isso, o


perfil resultante é denominado perfil alveolar.
Existem diversos padrões de abertura de serem construídos, como as aberturas
quadradas, aberturas em formato de senoide etc. Dentre as possíveis aberturas na alma, as que
serão utilizadas neste estudo são as de abertura circular (Figura 1.2a), que são chamadas de
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seções celulares, e as de abertura hexagonais (Figura 1.2b), estas sendo chamadas de seções
casteladas.

Figura 1.2 – Perfis de seções celulares e casteladas

(a) (b)
Fonte: Autor

Os perfis alveolares são mais resistentes em comparação com perfis comuns, visto o
aumento significativo da relação entre inércia e peso, além de promover uma utilidade prática,
como por exemplo a passagem de tubulação através de seus alvéolos, e promover uma boa
estética arquitetônica (NSEIR et al., 2012).
Por outro lado, a presença das aberturas diminui a capacidade do perfil de resistir à
esforços cortantes, além de facilitar a ocorrência de instabilidades locais, por isso, são mais
indicados para grandes vãos submetidos a pequenas cargas (BADKE-NETO et al., 2013).
Segundo a norma NBR 8800:2008, vigas apoiadas submetidas à momento fletor
devem considerar em seu cálculo três tipos de instabilidades, sendo elas a flambagem lateral
com torção (FLT), a flambagem local da mesa comprimida (FLM) e a flambagem local da
alma (FLA), podendo ocorrer simultaneamente. Estes são efeitos que são intensificados
quando o elemento sofre a associação de compressão e flexão, situação conhecida como
flexo-compressão.
Desta forma, este trabalho buscou avaliar estabilidade de vigas alveolares submetidas
à flexo-compressão, em torno do eixo de menor e maior inércia, de seções casteladas e
celulares, variando o tamanho dos alvéolos, além do comprimento da viga e a excentricidade
da carga aplicada, por meio de análises numéricas.
Existe certa carência de estudos acerca desses tipos de perfis e um certo receio no seu
uso devido atribuído a sua não padronização por procedimentos analíticos normatizados.
Portanto, há necessidade de se conhecer o comportamento desses perfis com relação a
instabilidades, para então se determinar a influência dos parâmetros geométricos e apoiar a
difusão desta tecnologia no mercado.
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2 IMPERFEIÇÕES INICIAIS

As imperfeições iniciais são importantes fatores a serem considerados no


desenvolvimento de análises não lineares. Estas têm origem no processo de fabricação dos
perfis, sendo divididas em tensões residuais e imperfeições geométricas.
As tensões residuais surgem na produção do perfil, quando a estrutura ainda não se
encontra carregada, e dependem do processo de fabricação, especialmente nos perfis
alveolares, que sofrem corte e solda a elevadas temperaturas.
Estudos acerca de tensões residuais em perfis alveolares foram realizados por Sonck,
Van Impe e Belis (2014), que analisaram as tensões residuais de quatro perfis castelados e
dois perfis celulares através de medições na parte sólida entre os alvéolos e na parte central
dos alvéolos. Os autores propuseram um modelo onde a alma se encontra a uma tensão
constante de tração, conforme a Equação 2.19, e a mesa sofre uma distribuição linear de
tensões que dependem da relação entre a altura do perfil original (d0) e a largura da mesa (bf),
com variações de quando d0/bf > 1,2 (Figura 2.4a) e d0/bf ≤ 1,2 (Figura 2.4b).

50𝑏𝑏𝑓𝑓 𝑡𝑡𝑓𝑓
𝜎𝜎𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = (2.1)
(𝑑𝑑 − 𝑡𝑡𝑓𝑓 − 𝑎𝑎0 )𝑡𝑡𝑤𝑤
Onde:
σres,alma : tensão residual na alma;
bf : largura da mesa do perfil;
tf : espessura da mesa do perfil;
d : altura final do perfil alveolar;
a : altura da abertura dos alvéolos;
tw : espessura da alma do perfil.

Figura 2.1 – Tensões residuais por Sonck (valores em MPA)


6

(a) (b)
Fonte: Carvalho, Rossi e Martins (2022)

As imperfeições geométricas por sua vez, retratam uma possível curvatura inicial da
estrutura ao fim de seu processo de fabricação (Figura 2.5). A ABNT NBR 8800:2008
recomenda que a adoção um deslocamento equivalente a milésimo do comprimento livre do
perfil (L/1000).

3 ESTUDO PARAMÉTRICO

Visando avaliar as diferenças entre a distribuição geométrica da seção transversal,


foram escolhidos dois perfis, sendo eles o IPE 270 e o HE 180A, pois são perfis cujas áreas da
seção transversal são semelhantes, com diferenças apenas na altura, base e espessura dos
elementos, possibilitando uma comparação direta do fator de distribuição de material na seção
transversal. A Tabela 3.1 mostra as características dos perfis citados em sua forma original, ou
seja, antes de que sejam confeccionados os alvéolos e a Figura 3.1 apresenta algumas
propriedades geométricas relevantes para seção sólida e seção alveolar.

Tabela 3.1 – Características geométricas dos perfis


Perfil A (cm²) d0 (mm) bf (mm) tw (mm) tf (mm)
IPE 270 45,9 270 135 6,6 10,2
HE 180 A 45,3 171 180 6 9,5
7

Fonte: Autor

Figura 3.1 – Geometria do perfil

Fonte: Autor

Já para avaliar as diferenças entre os padrões de abertura, foi feito uma variação da
relação entre o tamanho da abertura (a) e a altura inicial do perfil (d0), sendo esta variação
entre 0,8 e 1,0, com incremento de 0,1 a cada nova análise. Além disso, foi feito uma variação
no comprimento (L) de cada perfil entre 4 metros e 8 metros, com incremento de 2 metros
entre cada análise e uma variação na excentricidade (e) de aplicação da carga de 20 mm e 40
mm.

Foi considerado uma distância mínima entre a borda apoiada e o primeiro alvéolo (S0)
de 200 mm, a fim de evitar instabilidades locais neste trecho devido a presença de alvéolos. A
Figura 3.2 mostra um fluxograma com os modelos analisados.

Figura 3.2 – Modelos analisados

Fonte: Autor

Com o estudo paramétrico em questão foram realizadas um total de 144 análises,


sendo 18 perfis castelados e 18 perfis celulares, cada um com 36 análises no eixo de menor
inércia e 36 análises no eixo de maior inércia.
A altura dos perfis castelados foi definida pela altura do perfil original, acrescentado
de metade da altura dos alvéolos, considerando que não haveria perdas de material na
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fabricação, sendo calculado através da Equação 3.1.

𝑎𝑎
𝑑𝑑 = 𝑑𝑑0 + (3.1)
2

Já em relação aos perfis castelados, no processo de fabricação ocorre uma certa perca
de material nos alvéolos, por isto a altura da seção final deve levar em consideração estes
fatores. Segundo Sonck (2016), a altura final do perfil celular é calculada através da Equação
3.2.

�(𝑎𝑎 + 2𝑟𝑟𝑏𝑏 )2 − 𝑤𝑤 2 (3.2)


𝑑𝑑 = 𝑑𝑑0 +
2

Onde:
rb: é a largura de corte;
w: espaçamento entre os alvéolos.
A largura de corte rb tem um valor fixado de 8 mm e o espaçamento w é calculado a
partir da diferença entre o espaçamento S e o diâmetro do alvéolo a, sendo que S por sua vez
foi fixado como sendo 1,6 vezes o diâmetro da abertura para que o espaçamento entre os
alvéolos (w) fosse aproximadamente igual o espaçamento dos alvéolos castelados,
possibilitando a comparação direta entre as duas geometrias.

4 CARACTERÍSTICAS DO MODELO NUMÉRICO

As análises foram realizadas por meio da utilização do software de análise por


elementos finitos ABAQUS, em sua versão 6.14, utilizando o método de perturbação linear
buckle, onde foram obtidas as cargas críticas de flambagem elástica. Para obtenção da carga
última, foram feitas análises de pós-flambagem considerando o método Static Ricks, onde
foram obtidas as trajetórias de equilíbrio da peça, fornecendo a carga última do elemento.
Foram consideradas as imperfeições geométricas resultantes da confecção dos perfis,
sendo assim, para confiabilidade do modelo numérico desenvolvido, foram realizadas análises
de validação com base em ensaios experimentais de estruturas alveolares disponíveis na
literatura.
As análises foram feitas em duas etapas. A primeira consistiu em analisar a
estabilidade em torno do eixo de menor inércia, para isto, os perfis foram submetidos a um
carregamento axial, sem que sejam feitas restrições ao longo de seu comprimento.
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Para aplicação de restrições de contorno, foram definidos apoios rígidos para que estes
não influenciassem na distribuição de cargas e deformações dos perfis. Este tipo de apoio
exige um ponto de referência que é utilizado para aplicação de cargas e condição de contorno,
definindo o comportamento do elemento rígido.
As restrições foram aplicadas apenas nos pontos de referência 1 e 2 (RP-1 e RP-2,
Figura 2.1), simulando uma viga bi apoiada, de forma a restringir os três possíveis
deslocamentos em um dos apoios e suas rotações. Exceto em torno do eixo analisado para
evitar situação de engaste, o que se repete no outro apoio, com a diferença de que neste será
liberado o deslocamento longitudinal.

Figura 2.1 – Restrições da primeira etapa

Fonte: Autor
A segunda etapa consistiu em analisar a estabilidade em torno do eixo de maior
inércia, para isto, foram mantidos o carregamento e as restrições aplicados na primeira etapa,
alterando apenas o eixo de rotação que será liberado, que neste caso foi em torno do eixo de
maior inércia. Além disso foi bloqueado o deslocamento e a rotação na direção e em torno,
respectivamente, do eixo de menor inércia ao longo dos eixos longitudinais das mesas
superior e inferior, a fim de garantir que a instabilidade aconteça em torno do eixo de maior
inércia e permitindo a ocorrência de instabilidades locais nas mesas e na alma, como mostra a
Figura 2.2.

Figura 2.2 – Restrições da segunda etapa


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Fonte: Autor
Com relação as imperfeições iniciais, foram aplicadas tensões residuais seguindo o
modelo de Sonck, Van Impe e Belis (2014), além de uma imperfeição geométrica com valor
de L/1000, sendo L o comprimento do vão analisado.
O aço utilizado para as vigas é o aço carbono S355, cuja tensão de escoamento é de
355 MPa. O módulo de elasticidade adotado para realização das análises foi de 210 GPa.
Para proposta de relação entre tensão-deformação foi adotado o diagrama elasto-
plástico perfeito, em que se considera apenas a tensão de escoamento do material para
obtenção da carga última visto que não é suficientemente seguro dimensionar perfis se
baseando na tensão última do aço (Figura 3.3).

Figura 3.1 – Diagrama tensão por deformação

Fonte: Rossi et. al (2020), adaptado

A malha adotada foi de 10 mm, valor escolhido baseado em estudos de Ferreira, Rossi
e Martins (2019), onde os autores inferiram que malhas menores que 10 mm não geravam
diferenças significativas nos resultados.
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4.1 CALIBRAÇÃO DO MODELO NUMÉRICO

A fim de verificar as interações das imperfeições geométricas e tensões residuais pelo


modelo de Sonck, Van Impe e Belis (2014), foram realizadas um total de seis análises
numéricas, que foram comparadas com experimentações realizadas por Panedpojaman, Sae-
Long e Thepchari (2021).
Os autores em questão realizaram análises em perfis celulares submetidas a flexo-
compressão, sendo que a carga aplicada possui uma certa excentricidade, e se dividem em
duas seções transversais confeccionadas a partis de seções H, sendo denominadas C80 e
C100, número que representa aproximadamente a altura do perfil celular em milímetros,
como mostra as Figura 3.4 (a) e Figura 3.4 (b), respectivamente. A Tabela 3.2 apresenta os
perfis analisados, bem como a variação de excentricidade aplicada.

Tabela 3.1 – Perfis experimentais analisados


Identificação do perfil Seção Transversal Excentricidade (mm)
CC80-20 C80 20
CC80-40 C80 40
CC80-60 C80 60
CC100-20 C100 20
CC100-40 C100 40
CC100-60 C100 60
Fonte: Adaptado de Panedpojaman, Sae-Long e Thepchari (2021)

Figura 3.2 – Seções transversais C80 (a) e C100 (b)


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Fonte: Panedpojaman, Sae-Long e Thepchari (2021)

O material utilizado nas validações foi o aço carbono S355, com tensão de escoamento
de 355 MPa e módulo de elasticidade de 200 GPa.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 VALIDAÇÃO DO MODELO NUMÉRICO

Os resultados obtidos em comparação com os experimentos realizados por


Panedpojaman, Sae-Long e Thepchari (2021) para a seção C80 são apresentados na Figura 4.1
e os resultados obtidos para a seção C100 são apresentados da Figura 4.2.

Figura 4.1 – Comparação entre curvas de carga por deslocamento experimentais e


geradas pelo modelo numérico em perfis C80
14 12
12 10
10 8
Carga (tf)
Carga (tf)

8
6
6
4
4
Experimental Experimental
2 2
Abaqus Abaqus
0 0
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)

(a) CC80-20 (b) CC80-40


10

8
Carga (tf)

2 Experimental
Abaqus
0
0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)

(c) CC80-60

Fonte: Autor
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Figura 4.2 – Comparação entre curvas de carga por deslocamento experimentais e


geradas pelo modelo numérico em perfis C100
20 16
14
15 12
Carga (tf)

10

Carga (tf)
10 8
6
5 Experimental 4 Experimental
Abaqus 2
0 Abaqus
0
0 2 4 6 8 10
0 2 4 6 8 10
Deslocamento (mm)
Deslocamento (mm)

(a) CC100-20 (b) CC100-40

12
10
8
Carga (tf)

6
4
Experimental
2
Abaqus
0
0 5 10 15
Deslocamento (mm)

(c) CC100-60

Fonte: Autor

Por meio das análises realizadas é possível perceber uma boa adequação do modelo de tensões
residuais de Sonck, Van Impe e Belis (2014) e da imperfeição geométrica definida em L/1000. A
Tabela 4.1 apresenta os valores de carga última do modelo experimental (Pu,exp) e as cargas últimas
obtidas por modelo numérico (Pu,num), além da relação entre as cargas do modelo numérico com o
modelo experimental.
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Tabela 4.1 – Cargas ultimas do modelo experimental e obtidas pelo modelo numérico

Perfil Pu,exp (tf) Pu,num (tf) Pu,num / Pu,exp

CC80-20 13,1 13,02 0,99


CC80-40 10,5 9,56 0,91
CC80-60 7,8 7,86 1,01
CC100-20 18,8 17,38 0,92
CC100-40 14 13,64 0,97
CC100-60 10,2 10,86 1,06
Fonte: Autor

A Figura 4.3 apresenta uma comparação do modo de falha experimental e o modo de


falha obtido experimentalmente para o perfil CC100-20.
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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Adriano Silva de; ROSSI, Alexandre; MARTINS, Carlos Humberto.


Assessment of lateral–torsional buckling in steel I-beams with sinusoidal web openings.
Thin-Walled Structures, v. 175, p. 109242, 2022.

FERREIRA, F. P. V.; ROSSI, A.; MARTINS, C. H. Lateral-torsional buckling of cellular


beams according to the possible updating of EC3. Journal of Constructional Steel
Research, v. 153, p. 222–242, 2019.

Grünbauer, J. What are castellated beams?, Grünbauer BV, 2018. Disponível em:
http://www.grunbauer.nl/eng/wat.htm. Acesso em: 13 out. 2022.

NSEIR, Joanna et al. Lateral torsional buckling of cellular steel beams. In: Proceedings of
the Annual Stability Conference Structural Stability Research Council. 2012. p. 18-21.

PANEDPOJAMAN, Pattamad; SAE-LONG, Worathep; THEPCHATRI, Thaksin. Design of


cellular beam-columns about the major axis. Engineering Structures, v. 236, p. 112060,
2021.

ROSSI, A.; NICOLETTI, R. S.; DE SOUZA, A. S. C.; MARTINS, C. H. Numerical


assessment of lateral distortional buckling in steel-concrete composite beams. Journal of
Constructional Steel Research, v. 172, p. 1-20, 2020.

SONCK, D.; BELIS, J. Lateral-torsional buckling resistance of cellular beams. Journal of


Constructional Steel Research, v. 105, p. 119–128, 2015.

SONCK, Delphine; BELIS, Jan. Weak-axis flexural buckling of cellular and castellated
columns. Journal of Constructional Steel Research, v. 124, p. 91-100, 2016.

SONCK, D.; VAN IMPE, R.; BELIS, J. Experimental investigation of residual stresses in
steel cellular and castellated members. Construction and Building Materials, v. 54, p. 512–
519, 2014.

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