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Acidificação

 A acidificação é uma técnica na qual uma solução


ácida é injetada na formação para dissolver alguns dos
minerais, de modo que a permeabilidade seja
aumentada na região próxima ao poço.

 Existem dois tipos de operações de acidificação:

• Acidificação de Matriz (aplicada em reservatórios de


arenito e carbonato)

• Fraturamento Ácido (aplicado em reservatórios


carbonáticos)
 Acidificação da Matriz: Nos tratamentos da Matriz com ácido, a
solução ácida é injetada na formação a pressões abaixo da pressão
de fraturamento da formação. O objetivo é aumentar ou recuperar
a permeabilidade muito perto do poço.
 Geralmente, em formações de arenito, a formação tratada com
ácido fica a cerca de um pés (30 cm) do poço. Em formações de
carbonatos, essa distância pode chegar a cerca de 10 pés (3 m).
Isso ocorre porque o carbonato se dissolve mais facilmente em
solução ácida.
 Todos os tratamentos ácidos em arenitos e a maioria dos
tratamentos ácidos em carbonatos são tratamentos “Matrix”,
onde a formação não é fraturada durante a acidificação.
 Fraturamento Ácido: No fraturamento ácido, os
fluidos ácidos são injetados na formação acima da
pressão de fraturamento. Quando a injeção é
interrompida, a fratura se fecha.
 A intenção é dissolver as paredes da fratura criada de
forma não uniforme, de modo que quando a injeção
parar e a fratura fechar, haja um caminho de alta
condutividade.
 A dissolução das superfícies da fratura durante a
injeção só é possível em formações de carbonato
porque as formações de arenito são mais difíceis de
dissolver. Portanto, o fraturamento ácido só é tentado
em formações de carbonato.
 A acidificação da matriz pode ser muito eficaz
no aumento da produtividade de um poço se
houver dano à formação (SD). No entanto, o
tratamento não será eficaz se não houver dano
de formação. Portanto, o ácido da matriz
geralmente deve ser aplicado apenas se o poço
tiver uma pele alta, o que não pode ser atribuído
à penetração parcial (SC), eficiência de
perfuração (SP) ou outros fatores relacionados a
condições de fluxo não ideais (∑SPS).
Tipos mais comuns de ácidos:

 Ácido Clorídrico (HCl): Usado para dissolver minerais de


carbonato.

 Misturas de Ácidos Clorídrico e Hidrofluorídrico


(HCl/HF): Utilizado para dissolver minerais de silicato
como argilas e feldspatos.

 Ácidos Orgânicos Fracos: Utilizados em aplicações


especiais como limpeza de fluido perfurante e limpeza
de perfurações.
 Reações Químicas Básicas na Acidificação:

A quantidade de ácido necessária para dissolver uma determinada


quantidade de material depende da estequiometria da reação química.

Reações básicas entre ácido HCl e rochas carbonáticas:

Reações básicas entre ácido HF e rochas de carbonato/arenito:


 Poder de dissolução dos ácidos:Uma maneira conveniente de calcular o
volume (ou massa) do ácido que é necessário para dissolver um certo
volume (ou massa) de mineral é usar o poder de dissolução.

 Poder de dissolução com base em massa (poder de dissolução


gravimétrico):
Ƀ= poder de dissolução gravimétrico da
solução ácida,lbm solução mineral/lbm
Ca = fração em peso de ácido na solução
ácida
Vm = número estequiométrico do
mineral
Va = número estequiométrico do ácido
MWm = peso molecular do mineral
MWa = peso molecular do ácido
 Poder de dissolução com base no volume (poder de
dissolução volumétrico):
X = poder de dissolução volumétrica da solução
ácida,solução ft^3 mineral / ft^3

ᵦ = poder de dissolução gravimétrico da


solução ácida,lbm solução mineral/lbm
ρm = densidade do mineral, lbm/ft^3
ρa = densidade do ácido, lbm/ft^3
 Cinética de Reação: A cinética de reação determina a taxa
na qual o ácido dissolve a rocha reservatório.
 Fatores que controlam a taxa de reação ácida:
 área de contato por unidade de volume de ácido
 temperatura e pressão de formação
 tipo e concentração de ácido
 propriedades físicas e químicas da rocha de formação
 velocidade de fluxo do ácido

 O conhecimento da cinética da reação é importante


porque ajuda a descobrir a distância que o ácido
percorrerá na formação antes de ser gasto.
O Design de Tratamento Ácido de Arenito
consiste em:

 Seleção do tipo e concentração do ácido


 Cálculo dos volumes necessários de; pré-
lavagem, mistura HF/HCl e pós-lavagem.
 Cálculo das taxas e pressões de injeção
desejadas.
 Calculando os volumes necessários de pré-lavagem(pre-flush), mistura
HF/HCl e postflush.O volume mínimo de pré-lavagem necessário pode
ser calculado a partir de:
Va = volume mínimo de ácido necessário, ft3/ft
Vm = volume de minerais a serem removidos, ft3/ft
VP = volume inicial do poro, ft3/ft
X = poder de dissolução volumétrica da solução
ácida, ft3 mineral/ft3 ácido

ra = raio de tratamento ácido, ft


rw = raio do poço, ft
Ф = porosidade, fração
Cm = conteúdo mineral, fração de
volume
 Taxa de injeção de ácido:

A taxa de injeção de ácido deve ser selecionada com base na


dissolução e remoção do mineral e na profundidade da zona
danificada.
Como a profundidade da zona danificada não é conhecida, é difícil
selecionar uma taxa de injeção ideal.

Os resultados da pesquisa mostraram que a eficiência de


acidificação em formações de arenito não é muito sensível à taxa
de injeção, mas injetar o ácido com a taxa mais alta possível
fornece os melhores resultados. Existe um limite superior para a
taxa de injeção de ácido que é imposto pela pressão de ruptura da
formação (fratura), Pbd. A pressão de injeção deve ficar abaixo do
pbd para evitar fraturas.
 Cálculo da taxa máxima de injeção sem fraturar a formação:

qi = taxa de injeção máxima, bbl/min


k = permeabilidade da formação não danificada, md
h = espessura da zona de pagamento a ser tratada, ft
Pbd = pressão de ruptura da formação, psia
p = pressão do reservatório, psia
μa = viscosidade da solução ácida ∆psf = margem de segurança, 200 a 500 psi
re = raio de drenagem, ft
rw = raio do poço, ft
S = fator de pele

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