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ESTADO DE MATO GROSSO

POLICIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ESCOLA SUPERIOR DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE
PRAÇAS

CST EM SEGURANÇA PÚBLICA


32º CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADO

DISCIPLINA: TECNOLOGIAS, SISTEMAS INFORMATIZADOS E


TELECOMUNICAÇÕES

Instrutor:
Sebastião Correia da Silveira – 2º SGT PM

Cuiabá-MT
Novembro/ Dezembro 2023
FICHA DE ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS – FOE

DISCIPLINA: TECNOLOGIAS, SISTEMAS INFORMATIZADOS E


TELECOMUNICAÇÕES

UNIDADES DIDÁTICAS:

UNIDADE DIDATICA I – TEORIA E CONCEITOS DE TELECOMUNICAÇÕES

ASSUNTOS OBJETIVO ESPECÍFICOS


Conceito de Telecomunicações; evolução de comunicações no mundo
1. CONCEITOS DE TECNOLOGIA Conceito de Radiocomunicação;
DE INFORMAÇÃO E Classificação dos Rádios quanto a frequência de operação;
TELECOMUNICAÇÕES Conhecer os tipos de Estações de Rádio.
Manuseio do equipamento de rádio;
2. LEIS, NORMAS DAS Conhecer as leis gerais das telecomunicações;
TELECOMUNICAÇÕES Conhecer o regulamento dos números de emergência
Definir Comunicação, Comunicação Operacional, Telecomunicação, Radio
Frequência e Bandas de Frequência;
3. DEFINIÇÕES E Listar os tipos de sistema que existem e diferenciá-los;
TERMINOLOGIAS DAS Identificar os equipamentos utilizados nas telecomunicações;
TELECOMUNICAÇÕES Listar os tipos de estações que existem;
Distinguir os tipos de ondas que existem e diferenciá-las.

Conhecer os cuidados na recepção do rádio.


4. OPERAÇÃO RÁDIO Conhecer os cuidados na transmissão do rádio.
Descrever o modo de operação rádio.

Conhecer e reproduzir o código “Q” Internacional;


Conhecer e reproduzir o alfabeto fonético internacional;
Conhecer e reproduzir o Código Numérico;
5. CÓDIGO Q, ALFABETO
Conhecer os números de emergência;
FONÉTICO ATENDIMENTO
Considerações iniciais sobre telefonia Celular;
TELEFÔNICO, DIGITALIZAÇÃO
Aplicações do celular como ferramenta de comunicação e tecnologia;
DA RADICOMUNICAÇÃO NO
Atendimento telefônico aos números de emergência;
ESTADO DE MT
Conhecer o conceito da radiocomunicação digital
Conhecer e manusear rádios digitais
 Definir os conceitos e objetivos do CIOSP METROPOLITANO, e
CIOSP`s REGIONAIS
 Listar os benefícios da integração de sistemas de
Telecomunicações das instituições pertencentes a Segurança Pública.
6. CIOSP METROPOLITANO ,  Listar os principais sistemas que compõem o CIOSP
CICCN e CIOSP REGIONAL
METROPOLITANO E REGIONAIS
 Listas as principais tecnologias que possui o CICCM`S,POE,
UNIDADE DE RADIO MÓVEL E MOCHILAS TRANSPORTAVEIS.
Objetivos Geral e Específicos:

 Criar condições para que o aluno possa ampliar seus conhecimentos: Conhecer os
principais sistemas de telecomunicações utilizados no Brasil e no mundo e
compreender a importância desses sistemas para a realização das atividades
Bombeiros Militares. Conceituar e caracterizar os principais sistemas de
telecomunicações empregados no Brasil e no mundo;

 Identificar os procedimentos técnicos, utilizados nas atividades Bombeiros militares,


para o melhor emprego dos diversos sistemas de telecomunicações.

 Conhecer os Sistemas de comunicação utilizados pela PMMT, identificando a sua


importância para as atividades de Bombeiros Militares.

Metodologia de Ensino – Aprendizagem

 Reflexão a partir de leituras pertinentes à Telecomunicação nos Bombeiros


Militares;

 Aulas Expositivas;

 Aulas Práticas;

 e Aplicação de lista de exercício.

Recursos Didáticos

Quadro, pincel, livros, apostilas, internet e data show.


1. INTRODUÇÃO

Quando observamos uma viatura da Polícia Militar nas ruas e avenidas de nossa
cidade logo imaginamos que tipo de atendimento está efetuando ou então de que
atendimento esta retornando. Porém, antes daquela viatura sair para um atendimento
necessariamente houve uma solicitação, a esta solicitação atribuímos o nome de chamada
de emergência que se caracteriza pela solicitação de um serviço emergencial para atender
a iminente risco a vida ou ao patrimônio.

O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública-CIOSP e o Centro de


Operações da Polícia Militar – “COPOM” é o espaço físico que concentra as chamadas de
emergência de um comando de área/unidade, recebe solicitação de atendimento via
telefone, rádio ou pessoalmente. Quando o solicitante usa o telefone para uma
comunicação de emergência, o que acontece na maioria dos casos, realiza uma chamada
de emergência digitando um código de acesso numérico.
O homem sempre sentiu necessidade de estabelecer formas e meios de
comunicação. Estas formas e meios estão em constante evolução e hoje já são realidade
as modernas redes mundiais de informações, as comunicações por intermédio de satélites,
a telefonia celular e outros. Todos os segmentos da sociedade têm se modernizado e
procurado utilizar das modernas tecnologias, principalmente no que se refere às
comunicações, até mesmo as organizações criminosas. Assim, é de fundamental
importância que as organizações militares sejam supridas de equipamentos e instrumentos
modernos de comunicação e que seus profissionais estejam capacitados a utilizá-los. Os
meios de comunicação constituem uma das formas fundamentais no auxílio ao Bombeiro
Militar no desempenho de suas atividades de segurança pública, de forma a dar-lhe
supremacia nas suas ações, para que ele possa atuar de forma inteligente e dentro dos
parâmetros legais.

Podemos, enfim, reunir e definirmos todos estes processos como um grande


sistema de comunicações ou então, um sistema de emergência.

O advento da lei geral das telecomunicações, lei 9472 de 16 de julho de 1997,


trouxe consigo uma mudança profunda para as comunicações do Brasil em diversos níveis
colaborando para a ampliação desse sistema.

Essa mesma lei que propiciou o início da privatização das chamadas “teles”,
companhias telefônicas estatais, criou uma agência reguladora que deu ao país um novo
dimensionamento quanto aos serviços de comunicações. Comunicação de voz, dados,
tecnologia de TV digital e de telefonia móvel celular criaram, em curto espaço de tempo,
novos hábitos na população brasileira.
O regulamento do serviço telefônico fixo, aprovado pela resolução número 85
da ANATEL (agência nacional de telecomunicações), de 30 de dezembro de
1998 diz, em seu capítulo VIII e art 39, quando trata dos serviços públicos de
emergência, que “as chamadas destinadas a serviços de emergência, definidos
em regulamentação específica, serão gratuitos para os usuários”, o que não se
torna contraditório haja vista a grande disponibilidade atual de linhas
telefônicas fixas, telefones públicos e telefones celulares.
É importante ainda observarmos que no mesmo regulamento supracitado, já no
artigo 40, fica explicito a disposição técnica da uniformidade dos números de emergência,
senão vejamos: “os códigos de acesso aos serviços públicos de emergência... devem ser
uniformes, em todo o país, de acordo com a regulamentação de numeração”. Esse código
de acesso ou número de emergência é o 190 para a Polícia Militar, 193 para o Corpo de
Bombeiros, 192 para o serviço de ambulâncias, e 197 para a polícia judiciária civil, dentre
outros.

A palavra sistema, ao consultarmos um bom dicionário, nos revela


designar o conjunto de elementos inter-relacionados em vista de uma
finalidade, estrutura, ordem, método. É o que denota os sistemas que conhecemos
como o de compensação de cheques, sistema de abastecimento de água, de energia
elétrica enfim, convivemos com sistemas simples até outros complexos e de abrangência
nacional.

No momento em que nos referimos a sistemas de emergência devemos


entender justamente como o conjunto de elementos inter-relacionados em
vista do atendimento emergencial da população, sua finalidade.

Naturalmente esta estrutura comporta tanto o conhecimento humano quanto o uso


de máquinas e equipamentos, pois o homem sempre usou de artifícios de sistemas lógicos
para interagir com seus semelhantes.

O nosso país que em 1877 recebeu sua primeira linha telefônica


instalada no palácio imperial de Dom Pedro II no Rio de Janeiro e, em seguida,
em uma casa comercial ligada a um quartel do corpo de bombeiros evidenciava,
desde então, a utilidade do sistema de telefonia como principal meio de acesso,
e talvez nesse caso o primeiro, a um serviço de emergência.

Finalmente, quem poderá afirmar hoje que o célebre geógrafo e militar


Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon, mato-grossense de
Mimoso nascido em 05 de maio de 1865, não vislumbrara já em 1890, quando
lançava linhas telegráficas ligando São Paulo a Mato Grosso, a atual revolução
nos sistemas de comunicação.
2. Definições e Terminologias

Comunicação: Comunicação é ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens.

Comunicação Operacional: É a correta utilização dos procedimentos e equipamentos


de comunicação, permitindo o fluxo de mensagens desde a solicitação de emergência ao
Centro de Comunicação até o retorno das viaturas a Unidade de Bombeiros.

Telecomunicação: Processo de comunicação à longa distância que utiliza como meio de


transmissão linhas telegráficas, telefônicas e ondas eletromagnéticas (ondas de energia
que se propagam no espaço); As ondas eletromagnéticas são compostas por frequências.

Radio Frequência: É o sinal enviado pela antena de um Rádio, gerado nos circuitos
eletrônicos do transmissor.

Bandas de Frequências: São utilizadas em radiocomunicação no Brasil e se enquadram


nos espectros eletromagnéticos conforme segue:

a) 1,8 – 30 MHz (Mega Hertz)- Faixa de HF\SSB


b) 30 – 50 MHz - Faixa VHF\FM banda baixa – Rádios
c) 136 – 174 MHz - Faixa VFH\FM banda alta – Rádios
d) 403 – 450 MHz - Faixa UHF\FM – Rádios
e) 806 – 941 MHz - Faixa UHF\FM Fullduplex – Sistema Trunking e Celulares

Sistema Simplex: Sistema de comunicação em que os equipamentos rádio possuem


uma frequência para comunicação e todos os usuários escutam todos. Ex: Fixo para
móvel.
Sistema Halfduplex: Os rádios possuem duas frequências, ou seja, uma TX e outra RX.
Caso a repetidora deixe de operar perde-se a comunicação. Ex: Fixo-Repetidora-móvel.

Fullduplex: Comunicação simultânea. Ex: Telefonia convencional ou celular.

Trunking: Permite, por meio de uma central de controle, o compartilhamento de um


grupo de freqüências por diversos grupos independentes. Ex: Sistema troncalizado.

3. A Evolução das Comunicações no Mundo

A humanidade assistiu ao longo do século XX várias evoluções tecnológicas que


permitiram a conquista do espaço. Os satélites de telecomunicações são, talvez, os
maiores frutos dessa conquista. Além de permitirem a retransmissão de programas da
televisão educativa e comercial, eles abriram novas perspectivas para a comunicação
telefônica, a transmissão de dados, fax, Internet e muitos outros serviços especializados.
A fibra óptica é outra inovação revolucionária.
Surgida no final do século XX, essa tecnologia da informação permite a transmissão rápida
e simultânea de milhares de chamadas telefônicas e dezenas de imagem por um filamento
de vidro, sílica, náilon ou silicone de altíssima transparência e da espessura de um fio de
cabelo humano (no seu interior circulam correntes pulsantes de luz laser). Para se ter uma
idéia de seu impacto, um cabo de fibra óptica pode substituir até mil cabos coaxiais de
cobre. Iniciamos o século XXI com o avanço das telecomunicações, que nos últimos anos
apresentam um salto evolutivo muito além de qualquer previsão.
A microeletrônica criou o Chip com dezenas de milhões de transistores e a digitalização
deu às telecomunicações a mesma linguagem dos computadores. Nasceram as redes de
computadores e, entre elas, a de maior impacto na vida das pessoas: a Internet.
4. Equipamentos Utilizados na Telecomunicação

Rádio: O rádio usado na Polícia Militar é transceptor que recebe e transmite a


voz dos operadores. É composto essencialmente de um transmissor que gera energia
sob a forma de radiofrequência (ondas eletromagnéticas), de um receptor que converte as
ondas de rádio em sinais audíveis, de um sistema adequado de antenas e de uma fonte
de energia elétrica. O rádio é um equipamento que possibilita que a voz seja
convertida em sinais e transportada pelas ondas eletromagnéticas até outro
rádio; este último faz as conversões necessárias para transformá-las, outra vez,
em som (voz humana).

Estação Rádio: O rádio possibilita que a voz seja transportada até outro aparelho. O
conjunto de aparelhos destinados à transmissão e recebimento de mensagens é chamado
de “estação”.
Estação Fixa: Equipamento instalado em uma edificação, ligada à energia elétrica. Sua
antena é posicionada em local alto, sendo ideal a instalação em cima da unidade CBMMT.
Na falta de energia elétrica, pode ser ligado a uma bateria, que fornece alimentação até o
retorno das condições normais. A estação fixa é identificada pelo nome da localidade onde
está situada, por siglas ou por números.
Composição:
Equipamento com potência de 10 watts.
Transceptor Fixo;
Microfone de mesa;
Fonte de alimentação;
Antena fixa;
Cabo coaxial.
Estação Móvel: Instalada em veículos, obtém energia da bateria do automóvel. A
estação móvel é identificada pelo cadastro operacional da viatura.
Composição:
Equipamento com potência de 10 watts.
Microfone de mão (PTT);
Suporte de fixação do Rádio;
Cabo de alimentação para a bateria;
Antena Móvel;
Suporte de fixação da antena.

Estação Portátil: Transportável pelo Bombeiro, alimenta-se com energia de bateria


recarregável, incorporada ao equipamento. A estação portátil é identificada por códigos
predeterminados.
Composição:
Equipamento com potência de 2.7watts;
Carregador de mesa;
Bateria recarregável;
Antena heliflex;
Clip de cinto.
Estação Repetidora Baixo Trafego e Médio Tráfego: É o equipamento que
retransmite os sinais recebidos. Destina-se a aumentar o alcance de uma rede ou operá-la
à distância.
Composição: equipamentos com potência de 10watts (BT) e 40 watts (MT)

Gabinete com fonte de alimentação;


Antena.

DIJUNTORES

ERB

LINK

BATERIA
Rede Rádio: O conjunto de estações funcionando em uma mesma frequência ou grupo
de frequências é denominado rede de rádio, isto é, um conjunto formado por estações
que estão no mesmo “canal” ou faixa de comunicação.

Ondas de Rádio

É um tipo de luz invisível aos olhos humanos. A onda de rádio é produzida a partir da
eletricidade, através dessas ondas podemos transportar dados, sons, imagem ou música
pelo ar. Essa onda propaga-se a uma velocidade aproximada de 300.000 km/s.
Classificação dos rádios quanto à frequência de operação

HF → é a sigla para o termo inglês High Frequency, que significa freqüência alta, Designa
a faixa de radiofreqüências de 3 MHz até 30 MHz. É uma freqüência usada na
comunicação de rádio em aviões e embarcações e por radioamadores

Principais características:
a) Comunicação a distâncias longas;
b) Sinal de baixa qualidade;
c) Sofre deflexão da ionosfera;

VHF → é a sigla para o termo inglês Very High Frequency, que significa freqüência muito
alta. Designa a faixa de radiofreqüências de 30 MHz até 300 MHz. É uma freqüência
comum para propagações de sinais de televisão (canais 2 ao 13), rádio FM e rádio
transceptores.

Principais características: a) Comunicação a distâncias curtas (depende da potência do


transceptor e da antena do rádio)
b) Sinal de boa qualidade;
c) Sofre interferência de obstáculos terrestres (prédios, morros, etc...).

UHF → é a sigla para o termo inglês Ultra High Frequency, que significa freqüência ultra
alta. Designa a faixa de radiofreqüências de 300 MHz até 3000 MHz. É uma freqüência
comum para propagações de sinais de televisão e rádio transceptores.

Principais características:
a) Comunicação a distâncias longas;
b) Sinal de péssima qualidade;
c) Sofre interferência da ionosfera;

5. Exploração da rede de rádio


 A disciplina numa rede de rádio e de fundamental importância para o seu
funcionamento;
 Outro aspecto importante, e que numa determinada rede apenas um dos postos
consegue transmitir de cada vez, embora todos escutem;
 Não transmita sem autorização do órgão coordenador (COBOM, CENTRAL, etc.);
 Responda prontamente a todos os chamados, não sobrecarregando a rede e
evitando perda de tempo;
 Só transmita quando a rede estiver em silêncio, escute antes de transmitir para
evitar interferência;
 Não interrompa as transmissões de outro posto exceto em casos excepcionais;

Capítulo II

Atribuições do Radio Operador e Telefonista

Ao Radio Operador e Telefonista compete:

I. Ao assumir o serviço, juntamente com o seu antecessor, verificar a carga em relação


própria da sala de Operações/ Central de Comunicações/ Estação de Trabalho,
comunicando qualquer alteração verbalmente a seu superior;

II. Fazer experiências com aparelhos transceptores em estações fixas, móveis e portáteis
após a parada e na revista do recolher a exemplo dos aparelhos telefônicos;

III. Não permitir que estranhos ao serviço atendam ou façam uso dos aparelhos
telefônicos e rádio-transceptor sem a permissão de quem de direito;

IV. Atualizar diariamente o Mapa de Força Operacional;

V. Identificar-se ao atender aos aparelhos telefônicos de conformidade com instrução


recebida ou em vigor;

VI. Participar todas as ocorrências havidas no horário de serviço a seu superior;

VII. Permanecer rigorosamente atento ao seu serviço, não permitindo a presença de


pessoas estranhas no seu local de serviço;

VIII. Só ausentar-se do local de serviço para refeições, higiene ou com autorização


superior, deixando sempre um substituto devidamente orientado com as ordens
estabelecidas;
IX. Cobrar da Vtr a agilidade no atendimento de ocorrências, cientificando seu superior
quando observar permanência excessiva em determinado local;

X. Atender aos pedidos de socorros com presteza, atenção e educação, identificando a


Unidade “Bombeiros Emergência”;

XI. Preencher corretamente todos os campos do Aviso de Ocorrência, confirmar o pedido


de socorro, despachar o TREM de Socorro de acordo com as NGA dando conhecimento a
seu superior;

XII. Acionar os meios de Apoio as Ocorrências dando conhecimento imediato a seu superior
hierárquico ou por determinação deste;

XIII. Acionar as Vtrs usando sempre o prefixo da mesma, e as UBMs pelo indicativo da
rede de rádio;

XIV. Manter em condições de uso o livro de Telefones de Emergência para contatos com
órgãos de apoio, comunicando qualquer alteração a seção de expediente competente;

XV. Permanecer atento ao rádio-transceptor para receber ou transmitir comunicações de


ocorrências as viaturas ou as UBMs;

XVI. Ser o responsável pelo correto uso dos equipamentos em seu serviço, como o
aparelho telefônico, computador, e rádios, participando a seus superiores qualquer
irregularidade;

XVII. Cumprir com exatidão todas as ordens e determinações do Oficial de


Operações/Oficial de Dia/Chefe de Operações/Adjunto de dia;

XVIII. Passar o serviço ao seu sucessor com todas as ordens em vigor aguardando
enquanto houver ocorrências urgentes pendentes;

XIX. Outras determinações previstas em NGA e/ou portarias.

Capítulo III

Operação Rádio

I. A comunicação depende em muito do operador. Quando não conseguir a


comunicação com a estação de seu interesse, deve deslocar a estação móvel (ou portátil)
para locais onde consiga uma comunicação melhor. Caso este deslocamento não seja
possível, poderá comunicar-se com outras estações e solicitar a retransmissão da
mensagem para a estação de seu interesse.
II. Em uma única frequência (canal) operam diversas estações, por isso os
operadores devem utilizá-la de forma coordenada, procurando não transmitir
simultaneamente.

III. A transmissão da mensagem deve ser feita no menor tempo possível; isto,
além de poupar o equipamento (principalmente a bateria de estações portáteis), permitirá
que outras estações utilizem a rede sem maior espera.

IV. Quando muitas guarnições (e, consequentemente, muitas estações)


participam da mesma ocorrência, é importante que toda comunicação com o CIOSP/COB
seja feita por uma única estação, montada no posto de comando. Esta estação pode ser,
por exemplo, a estação móvel mais próxima ao Comandante da Operação.

V. Antes de transmitir, deve-se pensar no que dizer acionar o transmissor e


transmitir a mensagem, utilizando-se do código “Q” e alfabeto fonético.

VI. Em caso de mensagem de pouca inteligibilidade, utilizar o alfabeto fonético e


acionar viaturas sempre pelo prefixo.

VII. O Bombeiro deve conhecer todos os cuidados necessários para uma boa recepção
e transmissão rádio.

2. Cuidados na Recepção Rádio

I. Atuar no controle de silenciamento para garantir a recepção dos sinais mais fracos,
porém com ruído de fundo;

II. Ligar o rádio, girando o controle de volume no sentido horário;

III. Ajustar o volume para um áudio perceptível e confortável;

IV. Selecionar o canal desejado;

V. Proceder a um teste com a estação base ou com o Centro de Comunicações.

3. Cuidados na transmissão Rádio


I. Retirar o microfone do seu suporte (estação móvel ou estação portátil com
microfone externo).

II. Manter uma distância aproximada de 5 (cinco) centímetros entre o microfone e a


boca.

III. Observar se a rede está limpa, ou seja, se não há ninguém transmitindo naquele
instante.

IV. Acionar a tecla de microfone, verificando o aparecimento de sinal indicativo de


transmissão.

V. Aguardar um segundo antes de falar para que o início da mensagem não seja
incompleto. Este cuidado deve ser tomado principalmente quando a rede funciona
através de repetidora.

VI. Identificar-se. Em toda estação de rádio, para comunicação, a identificação é


obrigatória, mesmo em equipamentos com a programação de PTT ID em que o apertar
da tecla de transmissão já identifica a estação.

VII. Mentalizar a mensagem antes da transmissão. Ela deve ser clara, concisa e
precisa, mesmo complexa.

VIII. Adiar a chamada, caso uma estação não responda. Repeti-la somente após alguns
minutos ou após um posicionamento melhor. Caso este deslocamento não seja possível,
tentar a comunicação com outras estações (inclusive móveis) e solicitar a retransmissão
da mensagem àquela de interesse.

IX. Enquanto transmitindo, manter a tecla apertada, soltando-a imediatamente após a


fala.

X. Durante a transmissão, não utilizar expressões desnecessárias.

XI. Utilizar o rádio somente para comunicação operacional.

4. Procedimento que devemos ter no manuseio do equipamento de rádio

Para ligar:
a) Gire o botão liga/desliga no sentido horário ou aperte o Botão para ligar
Para sintonizar o canal:
a) Gire o botão do canal ate encontrar o canal desejado, (cada batalhão tem um canal de
operação).

Para transmitir
a) Aperte a tecla PTT (Push To Talk – “Aperte para falar”), chame o posto desejado pelo
prefixo do mesmo, dando a seguir o seu;
b) Solte a tecla e aguarde a resposta por alguns segundos;
c) Não havendo resposta, repita a operação.
5. Alfabeto fonético Internacional - Código “Q”

O código "Q" foi originariamente criado para transmissões telegráficas como forma
de acelerar as transmissões de informações de um para outro local. Entretanto, houve
uma adaptação para a radiofonia e Inicialmente foi adotado para transmissão em Código
Mors

O Código Fonético Internacional e Código Civil Internacional, chamado de Código


“Q”, foi aprovado em 21 de Dezembro de 1959, na Convenção Internacional de
Telecomunicações em Genebra - Suíça e pela Norma 01/80, sendo usado em transmissões
de radiocomunicações aéreas, marítimas e terrestres. A função do Código Fonético e
Código “Q” é simplificar, dar maior fluidez e, principalmente, o entendimento entre
operadores de radiocomunicação em qualquer idioma, tanto falado, quanto codificado em
Código Morse, pela substituição de informações por um conjunto de três letras, sempre
iniciadas pela letra “Q”.

QSL Ciente, entendido


QSP Ponte com estação( servir de ponto entre duas estações que não se ouvem)
QTA Cancelar mensagem
QSO Comunicado
QTC Mensagem
QTH Qual endereço
QTR Hora certa
QRA Nome do Operador ou da Estação
QRM Interferência natural
QRQ Falar mais rápido
QRS Falar mais devagar
QRT Encerro a transmissão
QRU Alguma novidade para mim (Ocorrência ou problema)
QRV As ordens
QRX Aguarde
QRK Clareza dos sinais
QSA Intensidade dos sinais
QAP Na Escuta
Código “Q” mais utilizados na rede rádio

O Código “Q” é uma combinação de três letras começando com a letra “Q” e que
são muito utilizadas em radiocomunicação e radioamadorismo.

Além de facilitar as comunicações, o Código “Q” agiliza a transmissão e identifica os


operadores experientes, dando uma maior confiabilidade nos dados transmitidos, além
disto, torna a conversação limpa e clara sendo muito mais importante do que qualquer
tipo de "gíria" que venhamos a utilizar.

As abreviaturas do Código “Q” podem ser usadas tanto no sentido afirmativo, como
no negativo; serão interpretadas no sentido afirmativo quando imediatamente seguidas da
abreviatura “SIM” e no negativo quando seguidas da letra “NÃO”.

As abreviaturas do Código “Q” terão forma de perguntas quando seguidas por um


ponto de interrogação. Quando uma abreviatura é usada como pergunta e é seguida por
informação complementar ou adicional, o sinal de interrogação será empregado após esta
informação.
Caso se queira saber a grafia de palavras ou sequência de números ou aumentar a
compreensão sobre o que se fala é necessário conhecer os nomes das letras e números
internacionalmente adotados, quais sejam:

Código Fonético Internacional


Qualidade dos sinais (é a qualidade de entendimento)
Código Pergunta Resposta
QRK Qual a clareza dos meus sinais? A clareza dos seus sinais é:
1-ruim 2-pobre 3-razoável 4-boa 5-excelente

Intensidade dos Sinais (é a altura, o volume de recepção)


Código Pergunta Resposta
QSA Qual intensidade de meus sinais? A intensidade dos seus sinais é:
1-apenas perceptível 2-fraca 3-satisfatória 4-boa 5-
ótima
Exemplos:
a) Quando o operador informa que a recepção no rádio está 5/5 significa que quanto a qualidade
de sinais (refere-se a qualidade de entendimento) está EXCELENTE e, quanto a intensidade dos
sinais (refere-se a altura, o volume) está ÓTIMA.
b) Caso o operador informe que está 3/5, significa que a qualidade dos sinais está RAZOÁVEL,
porém a intensidade dos sinais está ÓTIMA.

QRB A que distancia aproximada você esta de minha estacão


QRF Estou regressando a ...lugar
QRL Estou ocupado, não interfira por favor
QRZ Quem esta me chamando
QSJ Taxa ou Dinheiro (Valor)
QSM Repita a ultima mensagem
QSN Você me escutou
QTN A que horas saiu do ... lugar
QTO Banheiro, sanitário.
QTY Estou a caminho
QRG Qual a sua frequência?

Em todos os serviços de telecomunicações são utilizadas as series de QRA a QUZ.


As series de QAA a QNZ são reservados para o serviço aeronáutico. E as series
de QOA a QQZ reservadas ao serviço marítimo.

Expressões convencionais

PB: Ponto Base


PO: Ponto de Origem
TKS: Obrigado
QTF: Telefone de Contato
RPT: Repetir a mensagem
OK!

OBS: Em caso de repetição de números procede-se da seguinte forma:

11 Primeiro dobrado
222 Segundo Triplo
000 Negativo Quádruplo
0

Exemplo de transmissão usando o alfabeto internacional e código numérico:


Capítulo IV

Atendimento Telefônico

Instrumento de comunicação projetado para a transmissão de voz, dados e


imagens. O telefone contem um diafragma que vibra ao receber o impacto das ondas
sonoras. Essas vibrações (movimento ondulatório) se transformam em impulsos elétricos e
são transmitidas a um receptor que volta a convertê-las em som, dado ou imagem.

O acesso da população a serviços de atendimento de emergência seja médico,


policial ou de Bombeiros é, notadamente, iniciado pela comunicação do cidadão de um
fato através de uma chamada telefônica a um número de emergência.

A chamada é gratuita de qualquer tipo de telefone e é disponibilizada pelas


operadoras de telefonia conforme regulamentação.

O atendimento telefônico deve proporcionar o melhor aproveitamento das linhas


telefônicas, observando-se as seguintes regras:

1. ATENDER de imediato o chamado dizendo: “BOMBEIROS EMERGÊNCIA".

 O Atendente deve empenhar-se em atender o chamado, ao soar do primeiro toque


do aparelho telefônico;
 A expressão: “Bombeiros Emergência" dita com clareza e firmeza identifica o
serviço de emergência do Corpo de Bombeiros;
 Atender o solicitante de forma cortês, educada e atenciosa.

2. OUVIR com atenção e o necessário.


 O solicitante deve ser ouvido com cortesia, educação, atenção e respeito;
 O atendente deve direcionar o diálogo com o solicitante, colhendo os dados
necessários para a devida triagem, orientação e/ou atendimento;
 Devem-se fazer poucas perguntas, mas que sejam fundamentais para o
atendimento;
 Lembre-se que numa situação de emergência o solicitante está "envolvido' e
"impaciente"; por isso pode estar "atrapalhado" e/ou "agressivo";
 Utilize o pronome de tratamento: "- Senhor" ou "- Senhora"; e
 Não utilize o fone de emergência para diálogos desnecessários e alheios ao serviço.

3. TOMAR ciência do que realmente está acontecendo.

 Ouvindo o solicitante com paciência e perguntando o que for essencial para o


atendimento, possibilitando a confecção correta do aviso de ocorrência;
 Lembre-se que o solicitante geralmente não tem conhecimentos técnicos sobre os
serviços de emergência por isso cabe ao atendente colher os dados, através de
perguntas simples e objetivas; e

 Anote todos os dados e/ou peça ao solicitante que busque melhores dados e faça
um novo contato informando:

Endereço;
Natureza da ocorrência;
Pontos de referência para localização;
Possíveis vítimas e detalhes da edificação ou do local;
Telefone utilizado;
Nome do solicitante;
Outros dados de interesse para o atendimento.

4. JULGAR se há ocorrência do âmbito do Corpo de Bombeiros.

 O atendente deverá julgar, com base em conhecimentos técnicos e bom senso, se


há ocorrência urgente para ser atendida.

 O atendente, julgando que não há ocorrência, deverá orientar o solicitante,


informando a maneira e o meio adequado para que o mesmo seja atendido, ou
seja, o órgão ou instituição que compete o atendimento, fornecendo o número de
telefone.

 Não se deve emitir opinião pessoal sobre o atendimento efetuado por outros órgãos
públicos ou particulares;

 Caso o solicitante conteste a orientação do atendente, atribuindo ao Corpo de


Bombeiros o serviço ou mesmo alegando não ter sido atendido, NÃO DISCUTA COM
O SOLICITANTE E NÃO TENTE JUSTIFICAR-SE.

 O responsável pelo atendimento (Chefe de Operações, Oficial de Área ou médico


Regulador) conduzirá a conversa em termos legais, respeitando o protocolo
existente e agindo com firmeza e cortesia;

 Deve-se anotar os dados necessários e notificar ao órgão público sobre a


emergência.

 5. CLASSIFICAR o caráter de urgência da emergência.


 O atendente deve classificar a luz dos conhecimentos técnicos, se a emergência
notificada pelo solicitante deve ter atendimento urgente ou não.

 Quando a emergência caracterizar-se como situação urgente deve-se classificar a


ocorrência como tal.

6. ORIENTAR o solicitante sobre a necessidade de acionamento do órgão correto e/ou


solução particular para a emergência, de caráter não urgente.

O solicitante poderá ser orientado da seguinte forma:

(a) A emergência não pode ser atendida pelo Corpo de Bombeiros, visto tratar-se de
serviço a ser realizado por outro órgão público ou pelo próprio solicitante;

(b) Ao solicitante devem ser concedidos os números telefônicos corretos dos órgãos
públicos a serem acionados;

(c) A necessidade do mesmo solicitar o atendimento da ocorrência, mediante contato


telefônico ou documento, a ser encaminhado à instituição com jurisdição administrativo-
operacional sobre o local exato da emergência.

Em resumo, o atendente deve:

I. Ser rápido, eficiente e cortês. A rapidez não pode prejudicar a clareza da


mensagem;

II. O atendimento deve inspirar confiança no solicitante;

III.Não devem ser dadas informações de âmbito interno;

IV. Nos casos de demora de atendimento ou dificuldade em localizar a pessoa com


quem o solicitante deseja falar, este deve ser informado;

V. Durante o atendimento telefônico, identificar-se da seguinte maneira: “Bombeiros


Emergência”;

VI. Evitar termos usados no diminutivo (exemplo: aguarde um minutinho). Se


necessário, usar “aguarde um momento”;

VII. Não usar termos afetivos como “meu bem”, querida e gírias como “CARA”, etc.
Capítulo V

Órgãos de Comunicação

O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), unidade de


gestão compartilhada, instituído na estrutura organizacional da Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SESP), tem por finalidade centralizar e otimizar os serviços de
atendimento e despacho de ocorrências de emergência na região metropolitana de
Cuiabá, Cáceres e Rondonópolis.
Nos seus mais diversos aspectos, coordena as ações de respostas integradas às
solicitações emergenciais, colaborando no controle operacional da Polícia Militar, Policia
Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar, SEMOB, Guarda Municipal de Várzea Grande e
da Politec garantindo que atuem de forma complementar e harmônica, centralizando à
população. Dividindo o mesmo ambiente físico com as instituições que o compõem,
permite a gestão compartilhada de meios materiais, humanos e de informações buscando
a eficiência a eficácia e, sobretudo a efetividade das ações de segurança o que resulta em
um melhor atendimento a sociedade. Funcionando interruptamente e acolhendo
chamadas aos números de emergência 190 da Polícia Militar, 193 do Corpo de Bombeiros,
191 da PRF, 118 da Secretaria de Mobilidade Urbana do Municipio, e GMVG e o 197 e 181
da Polícias Judiciária Civil. O CIOSP faz uso de tecnologia de ponta, dentre elas, sistemas
para transmissão de voz e dados, localização automática de veículos, vigilância eletrônica
e geoprocessamento com o uso de mapa digitalizado próprio das cidades de Cuiabá e
Várzea Grande. Todas as tecnologias estão integradas por um sistema informatizado para
atendimento ao cidadão e despacho de ocorrências chamado de SIOSP-GEO - Sistema
Integrado de Operações de Segurança Pública com Georreferenciamento.

A montagem de um Centro Integrado de Operações, ou Central de Comunicações


envolve basicamente os seguintes sistemas:

1. Estrutura física;
2. Sistema de Suporte Elétrico;
3. Sistema de Telefonia;
4. Sistema de Informática;
5. Sistema de Comunicações;
6. Software de Atendimento e Despacho.

Esses passos são definidos para que se possa efetivar uma sequência de ações e ao
final ter-se um CIOSP ou COB funcionando plena e eficazmente.

1. Estrutura física
Ao definir o espaço físico para o COB deve-se considerar os seguintes itens:

Estar em uma área nobre da UBM, pois o COB constitui-se num ponto fundamental para a
parte operacional e de comando para o comando, sujeito à presença de autoridades,
constituindo-se num “cartão de visitas da UBM” logo, deve prevalecer sobre as seções,
pois as necessidades de instalações para estas são muito mais fáceis de serem atendidas;

Possuir espaços para: atendimento, despacho, sala de situação, sala de descanso e copa.
Deve prever a possibilidade de expansão, pois se trata de um local sujeito às alterações
quanto às demandas de novos efetivos, novos equipamentos e novos serviços;

Estar próximo das entradas de energia elétrica e de telefonia para facilitar as ampliações
futuras;

Ter estrutura de banheiros masculinos e femininos;

Ter o máximo de área transparente, com boa ventilação e visibilidade externa para
permitir ver e serem vistos pelas pessoas em trânsito pela UBM e contribuir para aliviar o
stress do serviço;

2. Sistema de Suporte Elétrico

O COB deve ter um sistema próprio de rede elétrica com alimentação, se possível,
direta do quadro de entrada do prédio, com no-break e gerador à diesel.

Pode-se dividir a rede em duas com dois no-break, um de 5 kva e outro de 6 kva,
possuindo dois quadros: um para o despacho e sala de situação, e outro para o suporte
(servidor, PABX, gravador, etc.).

O gerador a diesel deve ter sistema automático de entrada em operação, e chaves


contactadoras de proteção para o sistema de no-break. Um gerador de 10 kva pode suprir
as necessidades do COB, devido a necessidade da capacidade de produção ser de no
mínimo 80% maior que a de consumo.

A rede elétrica deve ter uma entrada exclusiva a partir da caixa de entrada da
concessionária de energia elétrica, como também deve ter uma caixa de disjuntores
exclusiva para serviços, ou seja, luminárias, ar condicionado e tomadas para
eletrodomésticos, etc., fora do no-break .

Deve contar também com um sistema de iluminação de emergência.


Todo o sistema elétrico deve estar devidamente protegido (aterramento) contra
raios e fugas de eletricidade.

3. Sistema de Telefonia

Central telefônica dotada de capacidade adequada de chamadas, dimensionada de


acordo com a demanda prevista para o centro e com capacidade de expansão. Deve
possuir a capacidade de distribuição automática de chamadas e gravação de voz.
Para o sistema de telefonia é aconselhável a contratação da concessionária de
telefonia de um link E1, podendo, se monitorado, servir a todo o serviço da unidade.

4. Sistema de Informática

Consiste na rede física de computadores englobando:


 Microcomputadores;
 Concentrador (SWITCH);
 Cabos de par trançado;
 Terminal RJ 45;
 Servidor de rede.

5. Sistema de Comunicações

Trata-se do conjunto de equipamentos para propagação de sinal magnético, de


forma a permitir o perfeito contato do CIOSP/COB com as viaturas e entre estas, sem a
necessidade da intervenção de outras estações de rádio.
Visa também propiciar que o CIOSP/COB seja o Posto Diretor de Rede – PDR,
controlando, coordenando, disciplinando e fiscalizando o Comando, bem como zelando
pela manutenção da padronização de ações a partir do contido no sistema operacional
em uso.

6. Software de Atendimento e Despacho

O CIOSP usa o SIOPM (Sistema Integrado de Operações Policiais Militares), mas


existem várias opções no mercado e ainda há a possibilidade da própria instituição
desenvolvê-lo. Necessário para o controle de atendimento e despacho de emergências.
7. Radiocomunicação digital

Foi realizado o termo de Ajustamento de Conduta nº008//2019 - MP, no valor de


R$ 9.963.176,41 (nove milhões, novecentos e sessenta e três mil, cento e setenta e
seis reais e quarenta e um reais) , pactuado com o Ministério Público Estadual e a
empresa Itamarati S.A, para atender a região metropolitana compreendendo os seguintes
municípios : Cuiabá e Várzea Grande, Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio de
Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Jangada, Acorizal, Chapada dos Guimarães,
Rosário Oeste, Nobres, Nova Brasilândia, Planalto da Serra e os distritos de Agrovila das
Palmeiras, Distrito da Guia e Paraíso de Manso.
Sendo que foram adquiridos 19 (dezenove) ERB’s, 160 (cento e sessenta) rádios móveis,
80 (oitenta) rádios fixos, 950 (novecentos e cinquenta) rádios portáteis e 32 enlaces de
rádios.

Foi entregue e inaugurado a rede radio nesses municípios em 15 de Outubro de 2020, e


está em pleno funcionamento.
Link da materia: http://www.sesp.mt.gov.br/-/15660298-radiocomunicacao-digital-e-
lancada-e-ja-esta-em-operacao-em-15-cidades.

Foi celebrado o convênio nº880339/2018-SENASP/MJSP no valor de R$


13.020.637,98 (treze milhões vinte mil seiscentos e trinta e sete reais e noventa e oito
centavos) com a Secretaria Nacional de Segurança Pública para atender parte da região
de fronteira, como os municípios de Cáceres, Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima
Trindade, Mirassol D’Oeste, Araputanga, Jauru, Comunidades MT 265, Porto Esperidião,
Casalvasco (Vila Bela da Santíssima Trindade), Distrito de Ponta do Aterro e comercio nas
zonas urbanas e propriedades das zonas rurais, interligando-a com a região metropolitana
de Cuiabá. Assinado contrato para a implantação da infraestrutura, contêineres e
terminais de rádios e de torres;
O contrato nº 120/2020 adquiriu 13 (três) ERB’s, 23 (vinte e três) enlaces, dezesseis
consoles de radio, 02 (duas) unidades controladoras, 13(treze serviço de engenharia, 01
(um) serviço de treinamento nível técnico, 01 (um) serviço de treinamento de operação e
01 (uma) operação assistida.
O Contrato nº 115/2021, adquiriu 76 (setenta e seis) rádios fixos, 151 (cento e cinquenta
e um) rádios móveis, 454 (quatrocentos e cinquenta e quatro) rádios portáteis e 02 (dois)
serviços de treinamento.

Foi celebrado o convênio nº 006/2019, no valor de R$ 220.000,00 (duzentos


e vinte mil reais) celebrado com a Prefeitura Municipal de Rondonópolis/MT, para
aquisição de aparelhos de radiocomunicação para o município, contrato 123/2019 em
anexo. Já foi entregue e está em operação desde o dia 05/03/2021.
Link da materia: http://www.rondonopolis.mt.gov.br/noticias/rondonopolis-tem-pioneirismo-
com-radios-digitais-reconhecido-por-parlamentar/

Foi realizada a assinatura do Contrato 072/2021, tendo como objeto a


aquisição de infraestrutura para digitalizar 05 RISP's (Barra do Garças, Rondonópolis,
Primavera do Leste, Nova Mutum e SINOP), totalizando 56 municípios, sendo adquiridos
05(cinco) placas ASC, 90 (noventa) Erb’s, 90(noventa) enlace e 01 Cliente Multi-Agência.
Foi assinado o contrato 108/2021/SESP para aquisição de equipamentos dos
terminais de rádio para atender as 05 RISP's , sendo 120 (cento e vinte) rádios fixos, 143
(cento e quarenta e três) rádios móveis, 466 (quatrocentos e sessenta e seis) rádios
portáteis tipo 1 e 403 (quatrocentos e três) rádios portáteis tipo 2).
Foi realizada a assinatura do Contrato 368/2021, tendo como objeto a
aquisição de infraestrutura para digitalizar 06 RISP's (Tangará da Serra, Alta Floresta,
Água Boa, Vila Rica, Guarantã do Norte, Juína), sendo adquiridos 06(seis) placas ASC,
134(cento e trinta e quatro) Erb’s, 146(cento e quarenta e seis) enlace, 140 (cento e
quarenta) UPS e 01(um) expansão controlador, 04(quatro) Mochila, 01 (uma) unidade
móvel.

Unidade Transportável
Unidade Móvel

Mapa atualizado da digitalização


CIOSP
CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA

Órgão destinado a centralizar, integrar e otimizar atividades preventivas,


repressivas e de socorro à população, desenvolvidas por profissionais de Segurança
Pública. Seu objetivo é proporcionar eficiência, eficácia e efetividade das ações policiais,
para garantir melhor atendimento ao cidadão. O CIOSP surgiu na estrutura organizacional
da SEJUSP no Decreto nº 5.394 de 04 de Novembro de 2002, porém foi inaugurado
oficialmente em 10 de agosto de 2004.

 OBJETIVOS GERAIS

 Acompanhar, registrar, controlar e autorizar o atendimento das ocorrências


emergenciais, na área de atuação da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de
Bombeiros Militar, bem como da Superintendência de Perícias e Identificações.
 Centralizar as informações decorrentes desse serviço, para subsidiar o
planejamento, a tomada de decisões e efetiva ação desses Órgãos. Contribuindo
assim, para maior agilidade no atendimento ao cidadão, com conseqüente melhoria
da ordem pública e da defesa da coletividade.

 RECURSOS TECNOLÓGICOS DO CIOSP

a) Centrais telefônicas dotadas de alta capacidade de atendimento simultâneo distribuição


automática de chamadas e gravação de voz;
b) Equipamentos e terminais ergonômicos (melhoria das condições de trabalho, por meio
da tecnologia).
c) Computadores de última geração, com sistema desenvolvido especificamente para
atendimentos de ocorrências emergenciais.
d) Ampliação da capacidade de radiocomunicação.
e) Rede de Rádio Digital;
f) Sistemas duplicados, visando garantir o funcionamento ininterrupto do CIOSP.
g) Sistemas de checagens INFOSEG (armas, indivíduos, veículos e condutores).
h) Base de logradouros de Cuiabá e Várzea Grande.
i) Base de endereços de telefones públicos e fixos, residenciais e comerciais.
j) Sistemas de Vigilância Eletrônica Monitorada (VEM) dotado de câmeras de vídeo de
alta definição.
k) Sistema de Localização Automática de Veículos (AVL), realiza localização em tempo
real das viaturas operacionais de serviço,
CENTRO INTEGRADO DE COMANDO E CONTROLE MÓVEL – CICCM

O CICCM é uma viatura com tecnologia embarcada (equipamentos de informática e


radiocomunicação, software e outros), capaz de realizar as atividades de comando em
controle em áreas específicas de interesse operacional, bem como, substituir o Centro
Integrado de Comando e Controle (CICC) Regional, no caso de indisponibilidade deste
último.
PLATAFORMA DE OBSERVAÇÃO ELEVADA – POE

Possibilitar às entidades de segurança pública e defesa civil condições de visibilidade


privilegiada, em patamar elevado, de onde será possível estabelecer perímetro de
observação amplo, facilitando a rápida identificação de ações criminosas ou perturbações,
possibilitando a pronta intervenção dos agentes públicos na cena de ação”.
Telefones Institucionais
Referências Bibliográficas

 Manual de Fundamentos de Bombeiros, CBM/PM ESP.

 Manual Técnico Motorola

 QUEIROZ, Adail Bessa de. Glossário de policiamento de radiopatrulha, Fortaleza:


Pan americana, 1990. SOARES JUNIOR, Raimundo José. Telecomunicação.
Teresina: CFAP, 2014.

 MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES, Códigos reconhecidos pelo ministério das


comunicações código Q. Disponível em: Acesso em 20/06/08.

 SOARES JUNIOR, Raimundo José. Sistemas de comunicação. Teresina: CFAP, 2010.


EXTRATO DE NATUREZAS DE OCORRÊNCIAS E COMPLEMENTOS DO CORPO DE BOMBEIROS

GRUPO G - AUXÍLIO COMUNITÁRIO


G01 APOIO
139 FALTA DE ÁGUA
236 CORTE DE ÁRVORE
R01 APOIO À PESSOA FÍSICA
180 APOIO A PARTICULAR
181 APOIO A PARTICULAR (PM, PC, BM)
R03 APOIO ÀS INSTITUIÇÕES
171 ORGANIZAÇÃO DE CARÁTER PRIVADO
172 ÓRGÃO PÚBLICO MUNICIPAL
173 ÓRGÃO PÚBLICO ESTADUAL
174 ÓRGÃO PÚBLICO FEDERAL
G02 ASSISTENCIAL
140 CASO CLÍNICO
G03 ATIVIDADE EDUCACIONAL
144 DEMONSTRAÇÕES
145 DESFILES
213 PALESTRAS
G04 CONCENTRAÇÃO PÚBLICA
141 EM SHOWS
142 EM PRAIAS
143 EM EVENTOS DIVERSOS
G05 PROTEÇÃO A AUTORIDADES
G06 VISTORIA TÉCNICA

GRUPO H -ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR


T02 ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA(S)
14 POR ABALROAMENTO
15 POR CAPOTAMENTO
34 POR ENGAVETAMENTO
130 POR TOMBAMENTO
131 POR QUEDA
132 POR COLISÃO
212 POR CHOQUE MECÂNICO
242 MOTOCICLETA
ACIDENTE DE TRÂNSITO VÍTIMA(S) PRESA(S) NAS
T03
FERRAGENS
14 POR ABALROAMENTO
15 POR CAPOTAMENTO
34 POR ENGAVETAMENTO
130 POR TOMBAMENTO
131 POR QUEDA
132 POR COLISÃO
212 POR CHOQUE MECÂNICO
242 MOTOCICLETA
H01 ACIDENTES PESSOAIS

OUTROS
214

POR INGESTÃO DE OBJETOS


215

POR QUEDA DE OBJETOS SOBRE PESSOAS


216

POR ELETRODOMÉSTICOS
217
H02 AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS

OUTROS
214

EM ACIDENTES DE TRABALHO
218
T04 ATROPELAMENTO
124 A ANIMAL
126 A CICLISTA
127 A PEDESTRE
H03 CHOQUE ELÉTRICO
H04 ENVENENAMENTO
H05 FERIMENTOS
219 POR ARMA DE FOGO
220 POR ARMA BRANCA
221 POR ANIMAIS
222 POR OBJETOS DIVERSOS
223 POR MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
253 POR FOGOS DE ARTIFÍCIO
H06 HEMORRAGIA
H07 MAL SÚBITO
H08 PARADA CARDÍACA
H09 PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
H10 PARADA RESPIRATÓRIA
H11 PARTURIENTE
H12 QUEDA
146 DE MESMO NÍVEL
147 DE NÍVEL
H13 QUEIMADURAS
H14 EMERGÊNCIA CLÍNICA
244 TRANSTORNO RESPIRATÓRIO
245 TRANSTORNO DIGESTIVO
246 TRANSTORNO CARDIOVASCULAR
247 TRANSTORNO CEREBROVASCULAR
248 TRANSTORNO AUDITIVO
249 TRANSTORNO VISUAL
250 TRANSTORNO URINÁRO
251 TRANSTORNO MÚSCULO ESQUELÉTICO
252 TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO

GRUPO I – PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS


I01 INCÊNDIO
EM AÉRODROMO/AERONAVE
EM COMERCIO
EM FLORESTAS
EM INDÚSTRIA
EM MEIOS DE TRANSPORTES DIVERSOS
EM ÓRGÃO PÚBLICO
EM TERRENO URBANO
EM VEÍCULO
EM EDIFÍCIO COMERCIAL
EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL / CONDOMINIO
EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR
I02 RISCO DE INCÊNCIO
EM AÉRODROMO/AERONAVE
EM COMERCIO
EM FLORESTA
EM INDÚSTRIA
EM MEIOS DE TRANSPORTES DIVERSOS
EM ÓRGÃO PÚBLICO
EM TERRENO URBANO
EM VEÍCULO
EM EDIFÍCIO COMERCIAL
EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL / CONDOMINIO
EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR

GRUPO S - PROTEÇÃO, BUSCA E SALVAMENTO.


S01 AFOGAMENTO
S02 ANIMAL AGRESSIVO
S03 ANIMAL EM LOCAL DE RISCO
A11 CADÁVER LOCALIZADO
1 INDÍCIOS DE HOMICÍDIO
2 INDÍCIOS DE SUICÍDIO
3 INDÍCIOS DE MORTE NATURAL
233 EM LOCAL DE DIFÍCIL ACESSO
S04 DESABAMENTO
S05 DESLIZAMENTO
S06 EMERGÊNCIA AEROPORTUÁRIA/AERONAVE
S07 EMERGÊNCIA COM PP
154 RISCO DE VAZAMENTO
155 VAZAMENTO
S08 EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
S09 ENCHENTE
S10 EXPLOSÃO
S11 EXPLOSÃO AMBIENTAL
S12 INSETOS AGRESSIVOS
S13 INUNDAÇÃO
S14 OBJETO EM LOCAL DE RISCO
S15 OBJETO PERDIDO
S16 PESSOA RETIDA
156 EM EDIFICAÇÃO
157 EM ELEVADOR
A09 PESSOA DESAPARECIDA
43 DO AMBIENTE COMERCIAL
44 NO TRÂNSITO
45 EM LOCAL PÚBLICO
46 EM MATA / RIOS E SIMILARES
73 DA PRÓPRIA RESIDÊNCIA
S17 PESSOA EM LOCAL DE RISCO
S18 QUEDA DE ÁRVORE
158 SOBRE EDIFICAÇÃO
159 SOBRE VEÍCULO
160 SOBRE VIA PÚBLICA
S19 QUEDA DE FIO ENERGIZADO
S20 RISCO DE ACIDENTE
241 LAVAGEM DE PISTA
S21 RISCO DE DESABAMENTO
S22 RISCO DE DESLIZAMENTO
S23 RISCO DE QUEDA DE ÁRVORE
158 SOBRE EDIFICAÇÃO
159 SOBRE VEÍCULO
160 SOBRE VIA PÚBLICA
S24 RISCO DE SOTERRAMENTO
S25 SOTERRAMENTO
A04 SUICÍDIO, TENTATIVA
10 COM ARMA DE FOGO
11 COM ARMA BRANCA
149 COM OUTROS OBJETOS / FORMAS
78 COM INGESTÃO DE PRODUTOS
234 DE PLANO ELEVADO
S26 SUSPEITA DE SITUAÇÃO DE RISCO
S27 VAZAMENTO DE ÁGUA
S28 VAZAMENTO DE GLP
152 COM FOGO
153 SEM FOGO

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