A bienalidade é uma constante em culturas perenes como no caso da
cultura do cafeeiro, podendo ser considerada com sendo o fenômeno da alternância de grandes e pequenas produções ao longo do tempo. Diferentemente da maioria das culturas, o café leva dois anos para completar seu ciclo fenológico (CAMARGO; CAMARGO, 2001). No primeiro ano fenológico formam-se os ramos vegetativos, com gemas axilares nos nós, que depois serão induzidas a se transformarem em gemas produtivas ( GOUVEIAM 1984). O segundo ano inicia-se com a florada e vai até a fase de maturação dos frutos (CAMARGO; CAMARGO, 2001).
Essa alternância bienal de produção é própria da natureza fisiológica do
cafeeiro, que necessita vegetar em um ano para produzir bem no ano seguinte. (RENA & MAESTRI, 1985) BARROS (1997) afirmam que a bienalidade da produção do café está ligada à relação fonte-dreno existente entre frutos e folhas, enquanto as folhas são fontes de fotossintetizados, os tecidos em crescimento atuam como drenos dos mesmos.
Essa alocação prioritária de carboidratos para os frutos em especial, em
detrimento da parte vegetativa da planta, promove um reduzido crescimento dos ramos, diminuindo a produção da planta no ano seguinte, uma vez que o cafeeiro leva dois anos para completar seu ciclo fenológico de produção.
Como ambas as fases reprodutiva do ano corrente e vegetativa para o
ano seguinte ocorrem de maneira simultânea, a planta tende a balancear a partição de fotossintetizados. Nos anos de alta carga pendente, a planta direciona a produção de fotossintetizados para a formação e crescimento dos frutos. Nos anos de baixa carga pendente, estes são direcionados à formação de novas gemas vegetativas que gerarão novos ramos. Desse modo, a alta produção de um ano causa uma redução do crescimento vegetativo, em virtude do direcionamento das reservas metabólicas para a produção de frutos, e da consequente restrição do crescimento e redução da emissão de novos ramos laterais (PICINI, 1998). Segundo GOUVEIA (1984), fatores de origem hormonal e nutricional que ocorrem em virtude de uma alta produtividade também podem atuar atrasando e restringindo a diferenciação das gemas em botões florais. PICINI et al. (1999) obtiveram resultados de produtividade do cafeeiro altamente dependentes da produtividade do ano anterior e particularmente sensíveis ao estresse hídrico durante o estádio fenológico do "final da dormência das gemas/florescimento" e do estádio "final do florescimento/início da formação do grão". Figura 1. Variação temporal da produtividade da cultura do café nos estados de Minas Gerais (A), Espírito Santo (C), São Paulo (C), Paraná (D) e no Brasil (E) ao longo dos últimos 10 anos, em sacas de 60 kg do produto beneficiado por hectare (sc ha-1).
Fatores que afetam a BIENALIDADE:
A bienalidade é comumente atribuída à diminuição das reservas das
plantas em anos de safra com altas produtividades, o que faz com que, em virtude do menor crescimento dos ramos plagiotrópicos, a produção no ano seguinte seja baixa (DAMATTA et al., 2007; SILVA et al., 2008). MAZZAFERA & GUERREIRO FILHO (1991) relacionaram o vigor da planta de café com os estádios vegetativos e concluíram que o vigor da planta está diretamente relacionado ao potencial de produção. Os mesmos autores afirmaram que uma boa produtividade é função da capacidade que a planta tem em alocar os produtos metabólicos diretamente para os frutos. O crescimento vegetativo pode ser influenciado negativamente pelo desenvolvimento dos frutos, limitando a formação de novos nós produtivos. O manejo da nutrição do cafeeiro também pode influenciar a bienalidade de produção. O que se pode afirmar é que existe alta correlação entre o manejo nutricional e a bienalidade, pois em anos de alta produção o cafeeiro se depaupera devido ao metabolismo elevado empregado pelo vegetal a fim de garantir todo o potencial da produção (MATIELLO et al., 2002). Este mecanismo aliado aos demais fatores, como a ocorrência de problemas fitossanitários, a ineficiência no manejo cultural e adversidades climáticas, acentuam a bienalidade no cafeeiro. A adubação foliar se torna uma prática de manejo muito importante quando trata-se de um programa de manejo em culturas perenes. Essa prática via foliar possibilita uma aplicação pontual e direta dos nutrientes que são necessários para a cultura exatamente no período que ela mais necessita. Além do fornecimento nutricional a funcionalidade da atividade fisiológica deve ser preservada, possibilitando que o vegetal seja menos afetado quanto a redução da massa foliar, de crescimento radicular e assim a perda de produção de fotoassimilados que devem ser destinado a manutenção dos processos reprodutivos, como floração, enchimento e uniformidade dos frutos.
GAMA CORONA
Fertilizante hidrossolúvel para aplicação foliar em culturas perene s .
Com a tecnologia Activ’n tem efeito na recuperação das plantas no pós colheita e redução nas variações de produtividades entre as safras. Sua ação fisiológica, funcional e nutricional, atua diretamente na assimilação e translocação dos nutrientes, com efeito direto na qualidade e na produtividade da lavoura. As principais culturas de interesse são as perenes, tais como café, citros e outras frutíferas em geral. A gama Corona é caracterizada por ser formada por uma porção orgânica associada a nutrientes mineral. A fração orgânica é a especificidade ACTIV’N.
Figura 1: Representação da composição da gama CORONA
A tecnologia ACTIV’N
A especificidade ACTIV’N é complexo constituído por um polissacarídeo
natural de origem vegetal, patenteado, com propriedade de incrementar a síntese de substâncias de crescimento e estimular o melhor aproveitamento dos nutrientes. O triplo efeito de ACTIV’N, com ação nutricional, fisiológica e funcional age sobre os diferentes órgãos da planta.
Ação fisiológica: Precursor da atividade e do balanço de fitohormônios que
interferem no crescimento. Inibe a queda de flores e frutos, retarda a senescência. A concentração balanceada leva a um maior desenvolvimento da massa foliar e do fruto.
Ação nutricional: O aumento local na biossíntese de fitohormônios induz um
aumento da divisão celular que também é refletida em um movimento para atrair nutrientes para as áreas de maior atividade metabólica. Este efeito age no sentido de atração de nutrientes, permitindo a veiculação de nutrientes adequados quando necessário para o desenvolvimento adequado das plantas.
Ação funcional: Juntamente com os efeitos acima mencionados ocorre o
maior desenvolvimento da raiz, em particular no que respeita ao surgimento de novas raízes secundárias. Este efeito é um reflexo da atividade fotossintética aumentada através de uma maior concentração de açúcares derivados deste processo que são translocados para as raízes através do floema.
Assim com tecnologia CORONA temos:
• Evita que a lavoura se depaupere devido ao metabolismo elevado empregado pelo vegetal a fim de garantir todo o potencial da produção; • Equilíbrio nutricional durante todas as fases das culturas; • Redução da oscilação de produção; • Induz a rápida recuperação da planta após colheita.
1. CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS:
2. INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
2.1 Solubilidade em água:
A gama CORONA apresenta solubilidade superior a 99,5%. 2.2 pH: Os valores de pH da água de situam-se entre 4,3 e 7,0.
2.3 Macro e micronutrientes:
A produção da linha CORONA é feita com matérias-primas minerais
especialmente selecionadas para conferir ao produto final alta performance na fertilização além de fornecer os nutrientes altamente assimiláveis, necessários a cada fase fenológica da cultura.
3. BENEFÍCIOS ADICIONAIS:
Facilidade de aplicação devido à alta solubilidade;
Maior assimilação dos elementos devido ao alto índice de pureza e ação do complexo orgânico; Melhoria do transporte dos nutrientes para pontos de crescimento; Estimulação do crescimento e divisão celular; Retardo do envelhecimento das folhas; Favorece a emissão de ramos laterais; Manutenção da área foliar e preparação de ramos produtivos.