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E1919
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5.1.7 - Definição de Cronograma
........................................................................................................................... 26
5.2 - PLANTIO E MANUTENÇÃO
................................................................................................................... 26
5.2.1 - PRODUÇÃO DE MUDAS
....................................................................................................................... 26
5.2.1.1 - Seleção de Espécies
................................................................................................................................... 26
5.2.1.2 - Coleta de Frutos e Triagem de Sementes
.............................................................................................. 26
5.2.1.3 - Quebra de Dormência
.............................................................................................................................. 27
5.2.1.4 - Plantio de Sementes
.................................................................................................................................. 28
5.2.1.5 - Irrigação de Mudas
.................................................................................................................................... 28
5.2.2 - IMPLANTAÇÃO
......................................................................................................................................... 28
5.2.2.1 - Época de plantio
........................................................................................................................................ 28
5.2.2.2 - Locação Topográfica
................................................................................................................................. 28
5.2.2.3 - Construção de Cercas
............................................................................................................................... 29
5.2.2.4 - Roçada Mecanizada Total
........................................................................................................................ 30
5.2.2.5 - Controle de Formigas Cortadeiras
......................................................................................................... 30
5.2.2.6 - Capina Química
......................................................................................................................................... 30
5.2.2.7 - Coveamento / Espaçamento / Adubação
............................................................................................ 31
5.2.2.8 - Forma de Plantio / Replantio
................................................................................................................. 31
5.2.3 - MANUTENÇÃO
........................................................................................................................................ 32
5.2.3.1 - Roçada Mecanizada Total
........................................................................................................................ 32
5.2.3.2 - Coroamento Manual
................................................................................................................................. 32
5.2.3.3 - Controle de Formigas Cortadeiras
......................................................................................................... 32
5.2.3.4 - Capina Química
......................................................................................................................................... 32
5.2.3.5 - Coroamento Químico Manual
................................................................................................................ 33
5.3 - MONITORAMENTO
.................................................................................................................................. 33
5.4 - AÇÕES PREVENTIVAS E MITIGADORAS DOS IMPACTOS
...................................................... 34
5.4.1 - Fiscalização das margens dos reservatórios
............................................................................................. 34
5.4.2 - Incêndios Florestais
..................................................................................................................................... 35
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5.4.3. Ocorrência de Sítios Arqueológicos
........................................................................................................... 35
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Equipe técnica responsável pela Avaliação Ambiental
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1. INTRODUÇÃO
O Projeto de Reflorestamento objeto desta avaliação ambiental foi elaborado pela AES Tietê
com o objetivo de minimizar a tendência atual de degradação dos ecossistemas ciliares nas
bordas de seus reservatórios, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito
estufa, promovendo e estimulando, efetivamente, o desenvolvimento sustentável na região. O
desmatamento e as mudanças no uso do solo das áreas ciliares, associados a insuficiência de
ações para sua recuperação têm representado um risco à integridade da Mata Atlântica e do
Cerrado, biomas de grande importância global presentes no Estado de São Paulo.
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2. DESCRIÇÃO DO PROJETO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE
ABRANGÊNCIA
Dentro desse quadro, é preocupante a situação das matas ciliares. Alguns estudos estimam em
mais de um milhão de hectares as áreas marginais dos cursos d’água sem vegetação ciliar.
Embora preliminar, essa avaliação revela a ordem de grandeza do problema. Somente para
recuperar as matas ciliares paulistas seria necessário produzir, plantar e manter, mais de dois
bilhões de mudas.
Além disso, estudos conduzidos pela Companhia Estadual de Água (SABESP) demonstram
que os reservatórios podem perder mais que metade de sua capacidade de armazenamento nos
próximos 50 anos como resultado direto da ocupação ilegal das bordas ao redor do
reservatório. A ocupação ilegal, que começou nos 1970 e agora estima-se estar com 2 (dois)
milhões pessoas, degradou córregos que alimentam o reservatório, assim como aumentou a
quantidade de poluentes liberado na água, diminuindo o leito do lago e favorecendo a
proliferação de microrganismos, que deixa a água inadequada para o consumo humano.
Os fatores que têm dificultado (ou impedido) a recuperação de áreas degradadas, em especial
em zonas ciliares, foram identificados pelo Governo do Estado com a participação de vários
stakeholders e podem ser sistematizados em seis grupos, conforme segue:
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• déficit regional (qualitativo e quantitativo) na oferta de sementes e mudas de espécies
nativas para atender a demanda a ser gerada por um programa de recuperação de matas
ciliares;
• dificuldade de implantação de modelos de recuperação de áreas degradadas adequados às
diferentes situações;
• falta de instrumentos para planejamento e monitoramento integrado de programas de
recuperação de áreas degradadas;
• falta de reconhecimento, pela sociedade, da importância das matas ciliares e dificuldades
para a implementação de programas em larga escala para mobilização, capacitação e
treinamento dos agentes envolvidos.
2. 2.1.2 - Objetivos
O presente projeto foi concebido com o objetivo de reflorestar, usando espécies nativas,
aproximadamente 9.544 ha de bordas situadas ao longo de cinco (5) reservatórios no Estado
de São Paulo. Todas as áreas reflorestadas e a reflorestar são controladas e operadas pelo
proponente do projeto, a AES Tietê S.A. . Deste total, 1.250 ha já foram reflorestados entre os
anos de 2001 a 2005, sendo o restante previsto para reflorestar no prazo de 6 anos, visando:
• Apoiar a conservação da biodiversidade nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, através da
formação de corredores de mata ciliar, procurando reverter a fragmentação e insularização
de remanescentes de vegetação nativa;
• Reduzir os processos de erosão e assoreamento dos corpos hídricos, levando à melhoria da
qualidade da água;
• Reduzir a perda de solo e apoiar o uso sustentável dos recursos naturais;
• Contribuir com os esforços mundiais para a redução dos impactos do aquecimento global
de origem antrópica, assumindo um papel pró-ativo de restauração das matas ciliares,
incentivando novas ações neste sentido.
• Auxiliar na fiscalização das bordas visando impedir qualquer outro tipo de intervenção
humana pela ocupação ilegal de terceiros.
A AES Tietê está elaborando, em parceria com outros atores presentes no entorno dos
reservatórios, o Plano Ambiental de Uso e Conservação do Entorno dos Reservatórios da AES
Tietê (Plano Ambiental), onde serão indicados os usos permitidos e medidas de
conservação/recuperação das barragens e seu entorno. Esse Plano Ambiental deverá se
constituir num plano de gestão, e faz parte da condicionante ambiental de licenciamento das
UHEs sob concessão da AES Tietê (Resolução CONAMA 302/2002).
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O Projeto de Reflorestamento das bordas dos reservatórios será desenvolvido de forma a
somar com as ações a serem previstas no Plano Ambiental de Uso e Conservação do Entorno
dos Reservatórios da AES Tietê, reforçando sua dimensão ambiental. Essas duas atividades
são projetos complementares, principalmente no que diz respeito a medidas e proposições de
uso e conservação dos solos, de caráter indispensável para o efetivo sucesso de projetos de
reflorestamento. Com isto, será assegurada a maximização dos benefícios ambientais
proporcionados pelo Plano Ambiental, especialmente no que se refere à conservação da
biodiversidade, recuperação das áreas degradadas no entorno dos reservatórios e a
conservação das águas. Outro aspecto relevante diz respeito à otimização da gestão desses
dois programas como resultado da utilização, pelos dois projetos, dos mesmos canais de
mobilização e engajamento dos diversos atores sociais, além de sistemas de acompanhamento
e monitoramento integrados.
O Projeto de Reflorestamento das bordas dos reservatórios da AES Tietê estima o plantio de
aproximadamente 16 milhões de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em cerca 9.544
hectares (o quadro 1 apresenta os dados gerais do projeto para as UHE’s selecionadas),
devendo resultar na remoção de aproximadamente 2,92 milhões de toneladas de CO2
equivalente da atmosfera. Essa remoção de CO2 permitirá, com base nas metodologias de
cálculo apresentadas no documento “Proposed New Methodology for Afforestation and
reforestation project activities: Baseline (CDM-AR-NMB)”, a obtenção de 2,92 milhões de
créditos de carbono, denominados Certificados de Redução de Emissões (CERs), títulos esses
a serem transacionados pela AES Tietê, os quais tornarão viável a implantação do
reflorestamento. A metodologia de base está focada na medição da produção de biomassa e o
projeto será coordenado pelo corpo técnico da área de gestão de meio ambiente da AES Tietê,
com o suporte da estrutura do viveiro de mudas existente na Usina Hidroelétrica de
Promissão, e de práticas de reflorestamento já consolidadas pela equipe técnica. Desses 2,92
milhões de CERs, os primeiros 300,000 a serem gerados já estão comprometidos com o
BioCarbon Fund.
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consideradas com o objetivo de assegurar que na implementação haja sinergia entre as ações
correlatas.
Quadro 1 – Dados gerais do Projeto de reflorestamento nas bordas dos reservatórios da AES
Tietê.
Limites do Projeto
Borda Área Total Exclusões
Reservatório Área total Áreas Áreas a
(Km) (ha) (ha)
do Projeto Reflorestadas1 Reflorestar2
Ibitinga 674 2.393 554 1.839 184 1.655
Promissão 2.445 3.517 428 3.089 436 2.653
Bariri 383 1.030 236 794 140 654
Barra Bonita 783 744 104 640 238 402
Água
1.926 4.337 1.155 3.182 252 2.930
Vermelha
TOTAL 9.544 1250 8294
Fonte Imagem Ltda., 2005
1
2001 a 2005.
2
2006 a 2010.
4.
5. 2.1.4 - Atividades
O Projeto de Reflorestamento nas bordas dos reservatórios da AES Tietê foi proposto para ser
implementado em seis (6) anos, com manutenção e obtenção de créditos de carbono pelo
período de 20 anos. O projeto foi estruturado em quatro atividades principais, conforme
segue:
Para cumprir com esta atividade, a AES Tietê conta com a instalação de um viveiro na UHE
Promissão, com capacidade atual de produção de um (1) milhão de mudas.
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O processo de produção de mudas é realizado em seis (6) etapas, conforme segue:
As áreas identificadas como elegível para o projeto de reflorestamento estão todas localizadas
dentro da cotação máxima da área de concessão da AES Tietê, com média de 30 metros do
nível máximo da água dos reservatórios, conforme esquematizado na figura 1. Nesta faixa a
terra é demarcada com postes de madeira brancos medindo 1 m x 0,05 m x 0,025 m, e
totalmente cercada.
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Assim, a recomposição vegetal é planejada com o propósito de assegurar que a sucessão
evolua naturalmente até atingir o estágio final com a presença dominante das espécies de
crescimento lento.
Durante os anos de duração do projeto, sempre que necessário, serão realizadas atividades de
manutenção das áreas plantadas, compreendendo as seguintes atividades: irrigação; adubação
química e orgânica; roçada; aceiro; coroamento; combate a formiga; replantio e fiscalização
constante.
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O principal resultado do projeto será a efetiva implantação de reflorestamento nas bordas dos
reservatórios das cinco Usinas Hidroelétricas da AES Tietê, a ser submetido à aprovação das
instâncias competentes e implementado ao longo de seis anos, de maneira economicamente
sustentável.
O Estado de São Paulo possui área de 248.809 Km² e população total de 39 milhões de
habitantes distribuídos em 645 municípios e três regiões metropolitanas. Existe grande
diversidade de situações, tanto no que se refere às características do meio físico, e
conseqüente suscetibilidade a erosão e perda de solo, quanto com relação à tipologia da
atividade agrícola e às condições de vida da população rural.
Quanto à vegetação, estão presentes em São Paulo dois dos quatro biomas existentes no
Brasil, a Mata Atlântica (composta por várias formações como Floresta Ombrófila, Estacional
e Mista) e o Cerrado (Savana), além das diversas formações de contato. Em decorrência do
processo histórico de desmatamento e das pressões a que os remanescentes dos ecossistemas
originais estão submetidos, observa-se a perda acelerada da biodiversidade destes biomas. Por
esta razão, a Mata Atlântica e o Cerrado encontram-se entre os 25 hotspots considerados
prioritários para a conservação da biodiversidade global, de acordo com estudos coordenados
pela Conservation International. Além de fragmentada, a vegetação remanescente distribui-se
1313
de forma muito heterogênea, concentrando-se na região do Litoral, Serra do Mar e Vale do
Ribeira. Vastas áreas encontram-se praticamente desprovidas de vegetação nativa, inclusive
nas zonas ciliares. Este fato, aliado as práticas agrícolas inadequadas, vem acarretando
problemas ambientais e sociais significativos.
A AES Tietê possui cerca de 10.000 ha de bordas no entorno dos dez (10) reservatórios das
Usinas Hidroelétricas operadas no Estado de São Paulo. Estes reservatórios estão distribuídos
ao longo das bacias hidrográficas do Rio Tietê (UHE Promissão, UHE Ibitinga, UHE Bariri,
UHE Barra Bonita e UHE Nova Avanhandava), do Rio Pardo (UHE Caconde, UHE
Limoeiro, UHE Euclides da Cunha), do Rio Mogi-Guaçú (PCH Mogi-Guaçú) e do Rio
Grande (UHE Água Vermelha). Esses empreendimentos localizam-se no interior de São
Paulo que, caracteristicamente, coincidem com regiões de intensa atividade agrícola e
pecuária no Estado, onde são incluídas regiões de passado agrícola mais pretérita, até regiões
de agricultura mais intensa e diversificada. Nestas áreas, a vegetação existente é resumida em
fragmentos florestais que, por si só, não garantem a conservação do ecossistema original.
Mapa 1 – Localização das Usinas Hidroelétricas da AES Tietê no Estado de São Paulo.
Reservatórios selecionados:
1 – UHE Promissão
2 – UHE Ibitinga
3 – UHE Bariri
4 – UHE Barra Bonita
5 – UHE Água Vermelha
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O reservatório de Promissão é situado no curso médio do Rio de Tiete, no centro região oeste
do Estado de São Paulo, entre os paralelos 21º18’00” e 21º45’36” de latitude sul e os
meridianos 48º59’24” e 49º46’48”, abrangendo os municípios de Sabino, Uru, Reginópolis,
Guaiçara, Cafelândia, Lins, Iacanga, Ibitinga, Pirajuí, Pongaí, Promissão, José Bonifácio,
Borborema, Adolfo, Ubarana, Urupês, Novo Horizonte, Mendonça, Nova Aliança,
Potirendaba e Irapuã.
O reservatório de Bariri é situado no curso médio do Rio de Tietê, no centro do Estado de São
Paulo, entre os paralelos 22º28’48” e 22º09’00” de latitude sul e os meridianos 48º45’36” e
48º38’24” longitude oeste, abrangendo os municípios de Bariri, Barra Bonita, Boracéia,
Igaraçu do Tietê, Itapuí, Jaú, Macatuba e Pederneiras.
O reservatório de Barra Bonita é situado no curso médio do Rio de Tiete, no centro do Estado
de São Paulo, entre os paralelos 22º52’12” e 22º30’00” de latitude sul e os meridianos
48º31’48” e 47º57’36” longitude oeste, abrangendo os municípios de Anhembi, Barra Bonita,
Botucatu, Conchas, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Laranjal Paulista, Mineiros do Tietê,
Piracicaba, Santa Maria da Serra, São Manuel e São Pedro.
A vegetação existente nas áreas limites de proposição para a implantação do projeto é composta
quase que 100% por espécies invasoras ou daninhas, resultantes da ação antrópica de supressão e
exploração. Essa característica inviabiliza a permanência de espécies animais nativas que não
encontram no local ambiente para alimentação e refúgio. No entanto, o reflorestamento das áreas
objeto deste projeto - contribuirá à criação de corredores de biodiversidade, propiciando o
estabelecimento de espécies da fauna regional.
3. MARCO LEGAL
1. Definições legais:
A - Área de Preservação Permanente: área protegida nos termos dos artigos. 2º e 3º desta Lei,
coberta ou não por vegetação nativa, com a funções ambientais;
de preservar os recursos hídricos,
de preservar a paisagem,
de preservar a estabilidade geológica,
de preservar a biodiversidade,
de preservar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas.
B - Reserva Legal
Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação
permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos
processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
Sua área deve se de, no mínimo, vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou
outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País (inclusive São Paulo).
As APPs só podem ser incluídas na Reserva Legal se a soma das duas ultrapassar:
50% da área do imóvel ou
25% da área do imóvel em pequenas propriedades.
C - Pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho
pessoal do proprietário ou posseiro e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiro e cuja renda
bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de atividade agroflorestal ou do extrativismo,
cuja área não supere trinta hectares, se localizada em qualquer outra região do País (que não a
Amazônia; inclusive São Paulo).
D- Utilidade Pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e
energia; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio
Ambiente - CONAMA;
E - Interesse Social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção,
combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com
espécies nativas, conforme resolução do CONAMA;
b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural
familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e
c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA.
2.
3. As possibilidades de supressão de vegetação
APPs
A supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso
de utilidade pública ou de interesse social, quando não existir alternativa técnica e locacional e
devendo-se apresentar as medidas de compensação ambiental que deverão ser adotadas pelo
empreendedor. A supressão de vegetação em área de preservação permanente situada em área urbana
dependerá de autorização do órgão ambiental competente, desde que: o município possua conselho de
meio ambiente com caráter deliberativo e plano diretor, e com anuência prévia do órgão ambiental
estadual competente. Poderá ser autorizada a supressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim
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definido em regulamento, da vegetação em área de preservação permanente. A supressão de vegetação
nativa protetora de nascentes, ou de dunas e mangues, somente poderá ser autorizada em caso de
utilidade pública. É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente, para
obtenção de água, desde que não exija a supressão e não comprometa a regeneração e a manutenção a
longo prazo da vegetação nativa.
4.
5. Caracterização das Áreas de Preservação Permanente
1717
Reiterado pela Lei n.º 7.754, de 14/04/89
Artigo 1º São consideradas de preservação permanente, na forma da Lei n.º 4.771, de 15 de
setembro de 1965, as florestas e demais formas de vegetação natural existentes nas nascentes dos
rios.
2.
A principal norma brasileira sobre florestas é o Código Florestal (Lei 4771/65, já alterada pela
Lei nº 7.803/89 e Medida Provisória nº 2.166-67, de 24/08/01. Nesta constam os seguintes
itens aplicáveis às matas ciliares:
Conforme a legislação federal de meio ambiente as matas ciliares são protegidas do corte, mas
sua recomposição, se não for caracterizada uma infração ambiental, não é obrigatória, exceto
no caso das nascentes (Lei n.º 7.754, de 14/04/89).
Apesar de constituir uma categoria distinta da Reserva Legal em determinadas situações elas
podem ser sobrepostas, em especial no caso de pequenas propriedades.
As faixas ciliares, se devidamente cobertas por florestas ou outra vegetação natural são
excluídas da área tributável do imóvel, conforme a legislação específica sobre o Imposto
Territorial Rural - ITR (Lei 9.393/96).
1818
Apesar destas áreas serem protegidas pelo Código Florestal, a rigor não existe uma
determinação explícita na legislação federal de que essas áreas sejam recuperadas.
A caracterização dos usos admissíveis também não é clara na Lei, sendo freqüentemente
usadas por analogia os usos caracterizados como utilidade pública e/ou interesse social para a
supressão de vegetação (artigos 2º e 3º do Código Florestal).
Assim, cabe ser discutida melhor a regulamentação para os usos em áreas já degradadas,
considerando as propostas de recuperação de maneira sustentável em termos ecológicos e
sociais. Um exemplo é o caso das atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na
pequena propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e
não prejudiquem a função ambiental da área, para cuja implantação é admitida até a supressão
de vegetação nativa em APP.
1. 3.2.1 - Penalidades
A regulamentação do Imposto Territorial Rural (ITR) trata em alguns pontos da questão das
matas ciliares. Basicamente isenta de tributação as APPs :
A Lei n.º 9393, de 19/12/96 (regulamentada pelo Decreto n.º 4.382, de 19/09/02), que dispõe
sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, define como área tributável, a
área total do imóvel, menos as áreas: de preservação permanente (efetivamente protegidas por
vegetação nativa) e de reserva legal, de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas,
assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem as
restrições de uso previstas na alínea anterior e comprovadamente imprestáveis para qualquer
exploração agrícola, pecuária, granjeira, aqüícola ou florestal, declaradas de interesse
ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual (Artigo 10).
É importante observar que a Resolução CONAMA n.º 10, de 01/10/93 define em seu artigo 7º
que "As áreas rurais cobertas por vegetação primária ou nos estágios avançados e médios de
regeneração da Mata Atlântica, que não forem objeto de exploração seletiva, conforme
1919
previsto no artigo 2º do Decreto n.º 750/93, são consideradas de interesse ecológico para a
proteção dos ecossistemas".
A Lei nº 10.711, de 05/08/03, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas -
SNSM, prevê regulamentação da produção e do comércio de sementes de espécies florestais,
nativas ou exóticas, ou de interesse medicinal ou ambiental (artigo 47).
O capítulo XII do seu regulamento (Decreto nº 5.153, de 23/07/04) trata da normatização do
processo de produção e certificação de sementes e de mudas das espécies florestais, nativas ou
exóticas, definindo diversos conceitos, exigências e procedimentos.
2020
Através desta norma é exigida a recuperação das matas ciliares pelos proprietários rurais de
São Paulo:
Artigo 1º - É obrigatória a recomposição florestal, pelos proprietários, nas áreas
situadas ao longo dos rios e demais cursos d'água, ao redor de lagoas, lagos ou
reservatórios d'água naturais e artificiais, bem como nas nascentes e nos chamados
"olhos d'água".
Esta Lei determina a elaboração e apresentação de projetos técnicos ao Poder Público,
definindo prazos para sua apresentação análise, definindo sanções para o caso de não
atendimento. O seu artigo 9º define o prazo de 90 dias para a sua regulamentação, que
entretanto ainda não ocorreu. A não efetividade desta Lei a define como verdadeira "letra
morta", em função das evidentes resistências para a sua implementação.
A Resolução SMA 47, de 26/11/03, altera e amplia a Resolução SMA n. 21, de 21.11.2001 e
fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providências
correlatas
Esta norma não trata somente de APPs, mas considera estas como áreas prioritárias para a
recuperação e delimita alguns procedimentos, destacando-se:
- necessidade de elaboração de projeto em áreas de APP, a ser apresentado ao órgão
licenciador (DEPRN), independentemente da necessidade de licenciamento ou aprovação de
projeto (artigo 13). O § único deste artigo define que o DEPRN deverá regulamentar os
procedimentos pertinentes.
- possibilidade do plantio de espécies de uso econômico nas entrelinhas dos plantios de
nativas por até dois em sistema "agro-ecológico" (artigo 8º). Ressalta-se que este tipo de
sistema não tem definição legal, cabendo a analogia do termo "agroflorestal", presente no
Código Florestal.
- a possibilidade da adoção de diversas técnicas, apoiadas na regeneração natural; associadas
ou não ao plantio de mudas (artigo 5º).
O Decreto estadual 47.400, de 04/12/02 (com alterações dadas pelo Decreto 48.919, de
02/09/04), trata da cobrança de preço de análise em processo de licenciamento pelo órgão
competente. Neste é dispensada desta cobrança os empreendimentos, obras ou atividades
voltados à averbação de reserva legal, recomposição de vegetação em áreas de preservação
permanente e em áreas degradas, desde que executados voluntariamente, sem vinculação com
processo de licenciamento, nem decorrentes de imposição administrativa e obras para
proteção de recursos hídricos e para desocupação e recuperação de áreas degradadas e de
áreas de risco (artigo 11).
2121
Dentre a regulamentação deste assunto tem-se a Resolução CONAMA 01, de 23/01/86 que
trata dos critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de
Impacto Ambiental, traduzida em instrumentos como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
2222
Os impactos ambientais potenciais da implantação do projeto são majoritariamente positivos.
As ações previstas visam criar condições necessárias, tanto técnicas quanto financeiras, à
viabilização de futuros programas de reflorestamento nas bordas de outros reservatórios, de
abrangência estadual e nacional.
O principal produto deste projeto será o reflorestamento das bordas de cinco (5) dos
reservatórios da AES Tietê, contribuindo para a recuperação das matas ciliares a um curto
prazo, que será submetida às instâncias competentes para aprovação.
ƒ proteção do solo, com a diminuição dos processos erosivos nas margens dos
reservatórios;
ƒ proteção dos recursos hídricos através da conseqüente redução dos processos de
assoreamento;
ƒ melhoria da qualidade da água dos reservatórios e tributários;
ƒ melhoria da qualidade da água para geração, captação e irrigação;
ƒ melhoria das condições climáticas e, conseqüentemente, na qualidade do ar e no bem
estar das comunidades locais;
ƒ contribuição para a conservação da biodiversidade, incrementando espécies da flora na
paisagem local e propiciando a preservação do fluxo gênico entre fauna e flora
(principalmente no que diz respeito a formação de corredores entre remanescentes
florestais fragmentados);
ƒ restabelecimento, proteção e manutenção da fauna local;
ƒ aumento na disponibilidade de alimento a fauna local e migratória (principalmente no
que diz respeito a avifauna);
ƒ manutenção da biodiversidade de espécies nativas de ocorrência na Mata Atlântica;
ƒ preservação de espécies vegetais em processo de regeneração natural;
ƒ preservação patrimonial das áreas marginais dos reservatórios, com a redução de áreas
disponíveis a implantação de atividades impactantes na margem dos reservatórios,
bem como no uso ilegal destas áreas;
ƒ aumento da vida útil dos reservatórios; e
2323
ƒ contribuição para a redução da mudança climática global, através do sequestro de CO2
da atmosfera.
Dente os impactos positivos, ainda podemos citar as melhorias esperadas com a implantação
do Projeto, tais como:
2424
localizados no Estado de São Paulo e em outras regiões de características ambientais
parecidas.
Com este propósito realizou, em 16 de fevereiro de 2005, um Workshop para debater questões
em torno do aquecimento global e suas conseqüências. O evento contou com palestras do
Secretário de Estado do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Professor José Goldemberg,
que falou sobre os esforços e o apoio do governo paulista ao Protocolo de Kyoto; e do Professor
Luiz Gylvan Meira Filho, um dos arquitetos do protocolo, que falou sobre as perspectivas da
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Participou também do Fórum sobre Pagamentos para Bens e Serviços Ambientais, do World
Bank Institute, realizado em 30 de maio de 2006, apresentando o Projeto de Reflorestamento
e colocando-o a disposição para comentários e sugestões.
2525
Como estratégia futura, tão logo seja aprovada a metodologia pelo Executive Board, a
empresa está programando disponibilizar duas versões do Projeto (inglês e português) em site
conhecido e divulgado entre os stakeholders interessados para que possam ser enviados
comentários a respeito do projeto; e, ainda, realizar uma reunião com as principais ONG’s do
Estado de São Paulo, tais como SOS Mata Atlântica, ISA e Instituto Polis, ONG’s locais
como a Vid’água e demais representantes da comunidade onde os empreendimentos da AES
estão inseridos.
15.
16. 4.3 - Conclusões e recomendações gerais
Com base na avaliação dos impactos potenciais foram identificados os processos e atividades
que devem ser avaliados e controlados de modo a evitar ou minimizar a ocorrência de
impactos negativos e maximizar os impactos positivos decorrentes do projeto, relacionando-
os no do Plano de Gestão Ambiental, pré-definido ao final deste documento.
Sem prejuízo das medidas preventivas e mitigadoras específicas a serem previstas no Plano de
Gestão Ambiental é possível apresentar algumas recomendações gerais, a serem observadas
conforme segue:
4 - Deve-se atentar para cuidados visando evitar que a colheita de sementes para a produção
de mudas ou a exploração experimental de produtos florestais não madeireiros interfira na
capacidade de regeneração do ecossistema pela eliminação/redução de banco de sementes e
plântulas ou pela redução da capacidade de suporte da fauna. Esse acompanhamento será feito
pela equipe técnica permanente da AES Tietê, auxiliada pela firma consultora que executará o
monitoramento do Projeto de Reflorestamento.
A orientação da equipe técnica da AES Tietê é de que os coletores de sementes não utilizem
uma única matriz, evitando prejudicar o processo de regeneração natural de florestas. O
fundamento utilizado é o proposto por Vencovsky (1987), referente ao TAMANHO
EFETIVO DE POPULAÇÃO (Ne) no qual deve-se coletar sementes em no mínimo 12 a 13
árvores, garantindo um tamanho efetivo de no mínimo 50. Quanto maior o número de árvores
2626
coletadas, maior o tamanho efetivo e, conseqüentemente, maior a conservação genética. Outra
recomendação dada aos coletores de sementes é de permitir o descanso das matrizes, não
coletando todo ano no mesmo local e nas mesmas matrizes. As coletas serão realizadas em
remanescentes localizados nas regiões de influência dos reservatórios e com autorização do
proprietário da mesma.
5.1.3. Autorizações
Para a efetivação das atividades de reflorestamento será necessária a solicitação de
autorização ao Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN) para
intervenção em áreas de preservação permanente (APP). Para cumprimento desta etapa é
necessário que estejam concluídas as atividades de identificação das áreas de plantio e
identificação e regularização das propriedades rurais.
Será importante que as mudas produzidas sejam identificadas através de uma numeração
adequada e que essa possibilite a equipe técnica de monitoramento encontrá-las em campo.
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5.1.5. Melhorias no Viveiro de Mudas
Atualmente, a capacidade de produção do Viveiro instalado na UHE Promissão é de um
milhão de mudas por ano (1.000.000 mudas/ano). Para a implantação do Projeto de
reflorestamento proposto pela AES Tietê será necessária uma produção superior de mudas
anualmente.
Desta forma, estão previstas melhorias nas instalações aumentando a capacidade de produção,
além do fornecimento terceirizado de mudas. A proposta de melhoria é para modernização
nas instalações do viveiro, aumentando a capacidade de produção de 1 para 2 milhões de
mudas/ano. Passado o período da necessidade de maior produção para o Projeto, serão
desmobilizadas as estruturas antigas do viveiro voltando o mesmo a produção da capacidade
atual.
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O modelo a ser empregado no Projeto de Reflorestamento proposto é resultado do
desenvolvimento técnico conquistado pela equipe de gestão de meio ambiente da AES Tietê,
e está baseado na sucessão secundária induzida, utilizando mecanismos pelos quais ela se
manifesta naturalmente.
As sementes devem ser de boa qualidade genética e fisiológica. Devem ser colhidas em bons
talhões, representativos da espécie, com todas as técnicas de beneficiamento e
armazenamento.
Para algumas espécies existem sementes selecionadas no mercado que preenchem esses
requisitos. Todavia, no que se refere às espécies nativas usadas para programas de
revegetação, ainda há pouca disponibilidade de sementes de boa qualidade, principalmente
para as espécies de estágios avançados de sucessão.
É essencial o cuidado com a produção e aquisição das sementes, pois, sendo a revegetação
uma ação de médio e longo prazo, o início do processo deve oferecer segurança quanto ao
sucesso das futuras plantações. Desta forma, para a seleção de sementes, será recomendado o
uso poucas matrizes e com origem e produção de sementes conhecida, buscando evitar
problemas genéticos, que podem afetar o sucesso da futura plantação.
A escolha das sementes deverá ser acompanhada por assistência técnica especializada na
produção de sementes, tanto pelo fornecedor de mudas quanto pela equipe técnica contratada
para a produção de mudas no viveiro da AES Tietê.
Para a coleta de frutos, serão selecionadas plantas matrizes na região e que apresentem bom
aspecto nutricional, estejam em plena produção, livres de sintomas de pragas e doenças e com
grande número de frutos.
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Os frutos-sementes serão colhidos manualmente quando estiverem totalmente maduros, evitando
colher frutos caídos por apresentarem baixo poder germinativo. O ponto de colheita é
reconhecido pelo secamento e coloração escura do fruto.
A quebra de dormência é uma alternativa para uma germinação rápida e homogênea. São cinco
os processos recomendados para quebra de dormência das sementes nas espécies arbóreas, e há
necessidade de conhecermos como as espécies superam o estado de dormência em condições
naturais para que se identifique o mais adequado antes de executar o processo:
O suporte dos tubetes, nas fases de germinação e plântula, tem capacidade para 192 unidades.
Estas bandejas ficam dispostas em canteiros suspensos, os quais ficam embaixo de viveiros
com sombrite 50 %. Este tipo de plantio possibilita o controle das condições de crescimento
da muda em função do ritmo de plantio no campo, mediante a flexibilização da irrigação
totalmente automatizada, realizada por aspersores.
3030
Em alguns casos, quando a semente necessita de maiores cuidados para que se processe a
germinação, são semeadas no Viveiro de Germinação, sendo posteriormente transplantadas
para os tubetes.
Não será utilizada água do reservatório ou dos tanques de criação de peixes existentes na
UHE Promissão uma vez que as partículas em suspensão podem causar o entupimento dos
aspersores.
5.2.2. IMPLANTAÇÃO
São utilizadas na marcação de cotas, estacas de madeira medindo 1,00 m x 0,05 m x 0,025 m
(pintadas). No transporte de cotas, piquetes de madeira medindo 0,30 m x 0,05 m x 0,05 m
(pintados). A cada 50 m foi colocada uma estaca de marcação de cotas.
As estacas utilizadas serão de Eucalyptus spp., tratadas a pressão e vácuo com CCA a 3%,
com medida mínima de 2,20 m de comprimento, diâmetro médio variando de 6 a 11cm e a
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cabeça chanfrada. Os esticadores também serão de Eucalyptus spp., tratados a pressão e vácuo
com CCA a 3 %, tendo comprimento de 3,00 m com diâmetro médio variando de 12 a 14cm
e cabeça chanfrada. Os fios serão de arame farpado, devendo ter no mínimo a seguinte
especificação:
Serão utilizados 4 fios de arame farpado, sendo que o primeiro fio da cerca é fixado a 10 cm
do topo e os outros restantes mantendo-se uma distância proporcional entre si com o objetivo
de proteção. A fixação nos esticadores será feita com grampos galvanizados.
Entre uma estaca e outra serão utilizados dois distanciadores do tipo balancim metálico e
amarrados nos fios com arame 14 BWG, para evitar o desvio dos mesmos.
Para esticar os fios, serão utilizadas catracas esticadoras nas extremidades das cercas nos
mourões esticadores.
Sempre que a cerca passa próxima, paralela ou sob uma linha de transmissão ou alimentador
de energia elétrica, ela será seccionada através de dois esticadores afastados de 10 cm, sendo
que este seccionamento será localizado nos limites das faixas de segurança e cada esticador
tem sua parte superior pintada com esmalte sintético vermelho vivo, em uma extensão de 50
cm.
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a altura do peito) é igual ou maior do que sete centímetros. O trabalho é conduzido com trator
agrícola e roçadeira de levante hidráulico ou com equipamento similar.
O produto que será utilizado respeita as normas da legislação vigente (Portaria ANVISA n010 de
08/03/1985, Portaria ANVISA n0329 de 02/09/1985, Resolução RDC n0339 de 07/12/2005 e
Instrução Normativa IBAMA n0109 de 03/08/2006). No trabalho serão utilizados equipamentos
de proteção individual pelos empregados diretamente envolvidos nessa operação, conforme NR’s
(normas regulamentadoras) e/ou recomendação dos fabricantes. Diariamente, no fim da jornada
de execução desse serviço, todas as embalagens de produtos utilizados serão armazenadas em
local seguro e, posteriormente, serão destinadas de acordo com a Legislação Ambiental vigente
para resíduos sólidos. Todos os produtos utilizados para controle das formigas cortadeiras serão
recomendados e acompanhados por engenheiro agrônomo da equipe técnica de meio ambiente
da AES Tietê, o qual se responsabilizará pela garantia de que os mesmos estejam sendo utilizados
conforme orientação técnica de manuseio e aplicação.
A capina química começa após o término do controle das formigas cortadeiras. Ela será realizada
com o auxílio de um tanque pulverizador acoplado a um trator agrícola ou mesmo através de um
pulverizador costal, numa dosagem de 5,0 litros/hectare e dirigida, exclusivamente às plantas
invasoras. Será efetivado em dias de pouco vento e preferencialmente pela parte da manhã.
Diariamente, no fim da jornada de execução desse serviço, todas as embalagens utilizadas serão
armazenadas em local seguro e, posteriormente, serão destinadas corretamente de acordo com a
Legislação Ambiental vigente para o uso e manuseio de agrotóxicos. Todos os produtos
utilizados para a capina química serão recomendados e acompanhados por profissional
habilitado.
ƒ cada cova terá a dimensão de, no mínimo, 0,40 m X 0,40 m X 0,40 m e serão abertas
mecanicamente, sempre em nível e em quincôncio.
ƒ o espaçamento utilizado será de 3,0 m X 3,2 m.
3333
ƒ a adubação será realizada com 200 g de superfosfato simples por cova.
As mudas serão distribuídas pouco antes do plantio, embaladas após intensa rega, através de
caixas de transporte e/ou baldes. Especial atenção deverá ser dada à forma de se apanhar as
mudas, sendo sempre pela embalagem e não pelo caulículo.
No ato do plantio, a muda deverá ser retirada do recipiente (tubete plástico), o que se faz com
pequenas batidas na borda do tubete até o desprendimento da muda, evitando com isso o
destorroamento. Em seguida, a muda deve ser colocada na cova, previamente completada com
a terra de enchimento e perfurada no centro com instrumento denominado “chucho”, servindo
de gabarito na padronização do formato da coveta, adequado ao plantio de mudas em tubetes.
Na colocação da muda na coveta, o colo da muda deve ficar em nível com a superfície do
terreno, não se amontoando terra sobre o caulículo (tipo “vulcão”). O excesso de terra deve
ser disposto em “coroa” ao redor da muda (ao invés de cone ao redor do caule), assegurando a
possibilidade de irrigações subseqüentes, na eventualidade de uma seca prolongada.
Após o término de uma jornada de trabalho, os tubetes retirados das mudas serão recolhidos em
caixas ou sacos plásticos e retornados ao viveiro de produção de mudas para desinfecção e reuso.
O replantio deverá ser realizado 90 dias após o primeiro plantio. Para isso será necessário
vistoriar toda a área plantada, visando identificar as mudas mortas e ou mesmo falhas
ocorrentes quando do plantio. As covas deverão ser reabertas e nova muda deverá ser plantada
seguindo todas as especificações descritas para o primeiro plantio.
7. 5.2.3. MANUTENÇÃO
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Basicamente consiste no rebaixamento em até 10 cm do solo, da vegetação existente na área,
sendo realizada na linha e na entrelinha. Na entrelinha poderá utilizar-se o trator agrícola e
roçadeira de levante hidráulico ou outro equipamento mais apropriado, dependendo do
desenvolvimento das mudas e das plantas invasoras. Na linha, entre as mudas, utiliza-se
normalmente roçadeira costal motorizada ou através de roçada manual, também dependendo
do desenvolvimento das mudas e das plantas invasoras.
Durante a operação serão preservadas as espécies arbóreas existentes no local, cujo DAP
(diâmetro a altura do peito) for igual ou maior do que 7 cm e as plantas de regeneração Após a
roçada, será colocado capim seco em volta da muda, para manter a umidade.
O produto que será utilizado respeita as normas da legislação vigente. No trabalho serão
utilizados equipamentos de proteção individual pelos empregados diretamente envolvidos nessa
operação, conforme NR’s (normas regulamentadoras) e/ou recomendação dos fabricantes.
Diariamente, no fim da jornada de execução desse serviço, todas as embalagens de produtos
utilizados serão armazenadas em local seguro e, posteriormente, serão destinadas de acordo com
a Legislação Ambiental vigente para resíduos sólidos. Todos os produtos utilizados para controle
das formigas cortadeiras serão recomendados e acompanhados por profissional habilitado.
A capina química será realizada dois dias após o término do controle das formigas cortadeiras,
com o auxílio de um tanque pulverizador acoplado a um trator agrícola ou mesmo através de um
pulverizador costal, onde o herbicida utilizado será aplicado, exclusivamente, nas plantas
invasoras. O herbicida a ser utilizado é o Roundup N.A. (uso florestal), numa dosagem de 5,0
litros/hectare, sendo aplicado em dias de pouco vento (preferencialmente pela manhã) e com os
devidos implementos, de modo que não se atingia as mudas plantadas.
Nessa fase de manutenção, essa prática será realizada somente na segunda e quarta seqüência dos
tratos culturais. Diariamente, no fim da jornada de execução desse serviço, todas as embalagens
utilizadas serão armazenadas em local seguro e, posteriormente, serão destinadas corretamente de
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acordo com a Legislação Ambiental vigente para o uso e manuseio de agrotóxicos. Todos os
produtos utilizados para a capina química serão recomendados e acompanhados por profissional
habilitado.
5.3. MONITORAMENTO
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5.4.1. Fiscalização das margens dos reservatórios
A fiscalização das margens dos reservatórios da AES Tietê, que serão reflorestados através do
Projeto de Reflorestamento, terão Inspeções Patrimoniais a campo e através de imagens de
satélite. Ambas as formas de inspeção serão realizadas 01 (uma) vez ao ano, tendo por finalidade:
Para a AES Tietê, incêndios florestais são considerados como situações de emergência.
Nestas situações a empresa assume os procedimentos operacionais contidos nos Manuais de
Operação (SOSEm – Manual Geral do Sistema de Operação em Situação de Emergência).
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Além disso, a empresa realizará procedimentos de manutenção no entorno das áreas
reflorestadas, visando à prevenção de incêndios florestais, bem como, a manutenção de
aceiros para conter os potenciais focos de incêndio.
O compromisso com a questão arqueológica vem sendo conduzido pela AES Tietê desde o
início do período de concessão dos reservatórios (1999). Comprometida junto ao IPHAN e
Ministério Público construiu um museu para viabilizar a manutenção do acervo arqueológico
encontrado no entorno da UHE Água Vermelha, como forma de compensação pelo impacto
causado na construção da usina. A missão do museu é preservar e comunicar os registros de
sociedades pré-coloniais que ocuparam a região, visando a ampliação de uma consciência
sobre a história do Brasil e sobre o patrimônio cultural da nação. Além do material ósseo
humano, o museu abriga restos de fauna e fragmentos cerâmicos, reserva técnica com
arquivos e monitoramento ambiental, além de apoio à pesquisa arqueológica.
O Museu de Água Vermelha foi construído segundo critérios internacionais para tratamento
de material arqueológico. O prédio conta com uma recepção, um auditório para 50 pessoas,
onde serão ministradas palestras e exibidos vídeos sobre arqueologia brasileira e mundial, e a
ala de exposição, chamada “Ouroeste 9 mil anos de história”, com o resultado das escavações.
Uma cenografia montada no local mostra todo o processo de pesquisa e catalogação das
peças, além de instrumentos usados pelos arqueólogos e fotos dos sítios de onde foi retirado o
material histórico. Uma equipe de funcionários cedidos pela Prefeitura de Ouroeste foi
treinada para receber o público e fazer a manutenção do acervo. Além da exposição, os
visitantes podem usufruir de uma pequena biblioteca sobre arqueologia, com livros de
linguagem acessível à maioria da população. Um ateliê de museografia foi montado para que
os monitores possam preparar eventos e materiais que serão enviados para escolas. A
construção e os equipamentos para a instalação do museu custaram à AES Tietê cerca de R$ 1
milhão e o terreno onde o museu se encontra foi doado para este fim.
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