O poema descreve a experiência de acordar e sentir os cheiros da manhã que anunciam o novo dia. O cheiro inconfundível deixa o sujeito alerta para as dores e sofrimentos que o dia pode trazer, como os cheiros da guerra e da solidão. Ao acordar, o sono e a música que ouvia se foram e restam apenas os cheiros da realidade, como o sangue esparramado, que o forçam a enfrentar o novo dia.
O poema descreve a experiência de acordar e sentir os cheiros da manhã que anunciam o novo dia. O cheiro inconfundível deixa o sujeito alerta para as dores e sofrimentos que o dia pode trazer, como os cheiros da guerra e da solidão. Ao acordar, o sono e a música que ouvia se foram e restam apenas os cheiros da realidade, como o sangue esparramado, que o forçam a enfrentar o novo dia.
O poema descreve a experiência de acordar e sentir os cheiros da manhã que anunciam o novo dia. O cheiro inconfundível deixa o sujeito alerta para as dores e sofrimentos que o dia pode trazer, como os cheiros da guerra e da solidão. Ao acordar, o sono e a música que ouvia se foram e restam apenas os cheiros da realidade, como o sangue esparramado, que o forçam a enfrentar o novo dia.
a vontade de ser e acordar Não há como negar e fingir que o dia não raiou, é tarefa ardilosa, quase argilosa de construir o novo dia Lá está refestelado sobre panos amarelecidos pelo suor inconteste, suor excêntrico Tudo inextricável é o cheiro da manhã, que inconfundível deixa o sujeito alerta Mesmo não vendo o sol, a claridade que cega, o cheiro não nega que a manhã chegou É o cheiro dos conflitos, das guerras, o cheiro cheio de despertar horrendo Fugir? Não dá, pois a noite de calmaria, de sossego (mesmo que em pesadelos mórbidos) já se foi E foi junto com o dormir, de chofre aparece a manhã, não pediu para entrar e vai comandando, mandando nos homens É também o cheiro da dor, pois desperto o sujeito sofre, sofre e arde no calor sufocante O sono que foi é como uma orquestra, quer-se que ela siga até o fim, mas que ela jamais termine... Pedimos no nosso âmago para que a música continue até não podermos mais existir E o que vem é sempre o final, e a música, assim como o sono, se perdeu na trilha e agora é o cheiro do sangue esparramado No caminho tudo foi se confundindo até sumir sem nossa total percepção, e de repente é tudo vida morta Acorda-se para viver e morrer na solidão, e dorme-se para se alegrar no vazio O cérebro que apaga e nos desliga está alerta para o que possa suceder de estranho, como o cheiro invadir as narinas E a partir desse momento é impossível continuar recluso no medíocre catre da despedida Ao se despertar tudo está errado, as notas adentrando as narinas, e o cheiro os tímpanos Quem decide o quê? São as causas alheias ao homem, ele está recluso na estupidez do acordar E ao acordar está em um espaço e tempo Fugir? Não dá...