Você está na página 1de 4

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos

construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em


modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A perpetuação do
trabalho escravo no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Art. 149 – Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a
jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por
qualquer meio,
sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
• 1o – Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no
local de
trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos
pessoais do
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
• 2o – A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Art. 203 – Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:
Pena – detenção, de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
• 1o – Na mesma pena incorre quem:
I – obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado estabelecimento, para
impossibilitar o
desligamento do serviço em virtude de dívida;,/p>
II – impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por
meio da retenção de
seus documentos pessoais ou contratuais.
• 2o – A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa,
gestante,
indígena ou portadora de deficiência física ou mental.
Art. 207 – Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território
nacional:
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
• 1o – Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do
trabalho,
dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador,
ou,
ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.
• 2o – A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa,
gestante,
indígena ou portadora de deficiência física ou mental.
Disponível em:
<https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-escravo/leis-e-escravidao/tres-artigos-do-codigo-pe
nal.aspx>

TEXTO II
Tiago Muniz Cavalcanti, coordenador nacional da Conaete (Coordenadoria
Nacional e Combate e Erradicação do Trabalho Escravo), órgão da Procuradoria Geral
do Trabalho, afirma que o problema atual é a falta de vontade política por parte do
governo de enfrentar o trabalho escravo. (...)
Por uma nova Lei Áurea
Quantos brasileiros compreendem a concepção contemporânea de trabalho
escravo? Certamente, não muitos, tendo em vista a ausência de contextualização
histórica das mazelas sociais nativas nas discussões em rodas e redes. “A gente brinca
que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea mas esqueceu de assinar a Carteira de
Trabalho de todos aqueles negros que estavam sendo libertados. Isso fez com que eles
continuassem numa situação de vulnerabilidade que, ao longo da história, os submete
a um processo de exploração”, constata Mello Rosa, da OIT. Se hoje os trabalhadores
escravizados não são todos negros, a maioria é.
“Quando você olha as características dos trabalhadores egressos do trabalho
escravo, são pessoas em condição de extrema pobreza, não documentadas, com
pouca educação, sem oportunidade de qualificação. E muitas vezes elas próprias não
têm consciência da sua condição”, descreve Mello Rosa.
Dentre os milhares de casos relatados por ano no Brasil encontram-se, segundo
Vitor Filgueiras, auditor fiscal do Ministério do Trabalho, em artigo publicado no site da
ONG Repórter Brasil, os de “trabalhadores obrigados a dormir sob barracos de lona,
em chiqueiros, currais, sobre esterco de animais, consumindo água contaminada por
agrotóxicos, alimentos em putrefação, ou mesmo mantidos em condição famélica”. (...)
Disponível em:
<https://www.diariodocentrodomundo.com.br/trabalho-escravo-no-brasil-uma-realidade-que-nos-envergonha-por-paul
o-henrique-arantes/>

TEXTO III

Você também pode gostar