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SEQUESTRO e CÁRCERE
PRIVADO.
REDUÇÃO À CONDIÇÃO
ANÁLOGA À ESCRAVIDÃO.
Pai que encarcera menor com finalidade corretiva pratica o crime de maus-tratos
e não cárcere privado.
O elemento subjetivo é o dolo, que consiste na vontade livre e consciente de privar
alguém de sua liberdade. Embora o crime em exame não exija nenhum elemento
subjetivo especial do tipo, a tipificação adequada da conduta será orientada
sempre segundo o elemento subjetivo geral, o dolo, pois, como em qualquer crime, a
mesma conduta física poderá configurar um ou outro crime, de acordo com a sua
finalidade, isto é, segundo a intenção com que fora praticada.
Como crime material, admite a tentativa, que se verifica com a prática de atos de
execução, sem chegar à restrição da liberdade da vítima, como, por exemplo,
quando o sujeito ativo está encerrando a vítima em um depósito é surpreendido e
impedido de consumar seu intento.
REDUÇÃO À CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes
de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
A liberdade protegida pelo art. 149 não se limita à auto locomoção, mas
principalmente procura impedir o estado de sujeição da vítima ao pleno domínio de
alguém. Para caracterizá-lo não é necessário que a vítima seja transportada de um
lugar para outro, nem que fique enclausurada ou que lhe sejam infligidos maus-
tratos. Tipifica-se o crime, por exemplo, no caso de alguém forçar o trabalhador a
serviços pesados e extraordinários, com a proibição de deixar a propriedade
agrícola sem liquidar os débitos pelos quais era responsável.
Consiste em submeter alguém a um estado de servidão, de submissão absoluta,
semelhante, comparável à de escravo. É, em termos bem esquemáticos, a submissão
total de alguém ao domínio do sujeito ativo, que o reduz à condição de escravo,
como se fosse uma coisa, um objeto, completamente despido de liberdade, de
direitos, de garantias.
A liberdade protegida pelo art. 149 não se limita à auto locomoção, mas
principalmente procura impedir o estado de sujeição da vítima ao pleno domínio de
alguém. Para caracterizá-lo não é necessário que a vítima seja transportada de um
lugar para outro, nem que fique enclausurada ou que lhe sejam infligidos maus-
tratos. Tipifica-se o crime, por exemplo, no caso de alguém forçar o trabalhador a
serviços pesados e extraordinários, com a proibição de deixar a propriedade
agrícola sem liquidar os débitos pelos quais era responsável.
Consuma-se o crime quando o agente reduz a vítima a condição semelhante à de
escravo, por tempo juridicamente relevante, isto é, quando a vítima torna-se
totalmente submissa ao poder de outrem. Em razão da sua natureza de crime
permanente, este não se configurará se o estado a que for reduzido o ofendido for
rápido, instantâneo ou momentâneo, admitindo-se, no máximo, dependendo das
circunstâncias, sua forma tentada. Enquanto não for alterado o estado em que a
vítima se encontra, a consumação não se encerra.
CASOS REAIS NO BRASIL QUE FICARAM CONHECIDOS
NA MÍDIA RECENTE:
https://www.youtube.com/watch?v=YsgkO39_MiY