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Desenho de Arquitetura
Desenho arquitetônico é uma especialização dentro do desenho técnico voltada para a execução e
representação de projetos de arquitetura. Esses registros são feitos por arquitetos ou projetistas e têm
como objetivo padronizar e orientar a execução de projetos.
O desenho arquitetônico começou a ser usado a partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia
conhecimentos sistematizados sobre geometria descritiva, o que tornava o processo mais livre e sem
normatização.
Foi a partir da Revolução Industrial, com os primeiros projetos de máquinas, que houve a necessidade
de criar normatizações para criar processos mais precisos e seguros.
Desenho arquitetônico surgiu no Renascimento (foto: Basílica di Santa Maria Del Fiore, obra mais fa-
mosas do Renascimento)
Mas cada país costuma adaptar as suas próprias versões das normas, por vários motivos. No Brasil,
as normas são editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As principais são:
É claro que um desenho arquitetônico é muito mais complexo do que isso, mas para começar a en-
tendê-lo o primeiro passo é conhecer seu principal elemento: as linhas
São elas que definem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares,
vigas, entre outros elementos.
Por esse motivo, as linhas precisam ser representadas de forma legível e com a espessura adequada
de acordo com o objetivo da representação.
Traço forte: paredes e elementos estruturais (pilares, vigas, lajes) visíveis no corte de arquitetura
Traço médio: elementos em vista, ou seja, tudo que esteja abaixo (planta baixa) ou além (cortes) do
plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em
vista, etc. O traço médio também é usado para representar elementos cortados pequenos, como mar-
cos e janelas.
Traço fino: hachuras e texturas que representam elementos de concreto e madeiras. Também é usados
para representar os revestimentos de pisos e paredes como pedras e cerâmicas, além de linhas de
cotas e chamadas.
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Perspectivas, vistas e escalas: o trio que não pode faltar no desenho arquitetônico
Para conseguir esse efeito, é necessário que o desenho arquitetônico tenha perspectiva, vistas, e es-
cala. Veja um resumo de cada termo:
Perspectiva
A perspectiva ajuda quem está vendo o desenho a ter uma noção de como aquele objeto existe no
mundo real.
Existem três tipos de perspectivas usadas em desenho técnico: a cavaleira, a cônica e a axonométrica.
No desenho arquitetônico, utiliza-se a perspectiva cônica, que também é conhecida como perspectiva
do arquiteto.
A perspectiva cônica tem 3 variações, com 1, 2 ou 3 pontos de fuga. Cada uma delas conta com regras
próprias para sua construção.
Vistas
Vistas, também conhecidas como projeções ortográficas, são formas de representar objetos tridimen-
sionais em superfícies planas. Existem basicamente 3 tipos de vista: a frontal, a superior e a lateral.
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Quer entender melhor como funcionam as vistas? Nesse post explicamos com mais detalhes: Vistas,
tipos de linhas e mais: tudo o que você precisa saber sobre desenho técnico
Escala
A escala é uma forma de representar objetos em um plano mantendo as proporções de suas medidas
lineares.
As escalas servem para ampliar, reduzir ou manter o tamanho da representação de um objeto em uma
planta. Elas indicam a relação do tamanho do desenho com o tamanho real do objeto.
Trata-se de um recurso fundamental no desenho arquitetônico, pois traz as noções reais de um projeto.
Fazer um desenho arquitetônico à mão é ultrapassado, afinal existem vários programas que otimizam
o processo (falaremos mais sobre eles ao longo de texto).
Mas se você é um futuro estudante de arquitetura, vai precisar desenhar muito à mão para aprender
os conceitos básicos do desenho arquitetônico.
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Essa matéria costuma aparecer no primeiro ano do curso, então prepare-se para conhecer a lista de
materiais:
o Prancheta de desenho
o Par de esquadro
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o Escalímetro
o Lapiseiras ou lápis
o Canetas nanquim
o Mata-gato
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o Borracha
o Gabaritos
Formatos
Em todo escritório de desenho, seja aquele que somente executa trabalhos de arquitetura ou o que
executa todas as espécies de desenho, e para melhor previsão de espaço, mobiliário e economia de
material, surge a necessidade de se instituírem formatos e dimensões para o papel a ser utilizado.
O formato escolhido é as normas é o retângulo harmônico √¯2 por ser realmente o que mais agrada à
vista
2) Traça –se em seguida uma diagonal deste quadrado: AC, por exemplo;
3) Fazendo – se centro em A, e com abertura igual à diagonal AC, traça –se um arco de circuferência
que vai encontrar o prolongamento do lado AD em E. AE será o lado maior do retângulo harmônico e
AB o lado menor.
O conhecimento exato dos tamanhos usuais do papel e bastante importante para os desenhistas de
arquitetura.
O Dr. Portsmann, autor dos formatos adotados pelas Normas D. I. N. e universalmente usados, de-
senvolveu – os partindo do retângulo harmônico cuja superfície:
X x Y = 1 m²
Dessa maneira, o formato origem é um retângulo possuindo uma área próxima de 1 m², cujos lados
guardam uma razão harmônica e são, respectivamente, X = 0,841 m e Y = 1,189 m
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A razão harmônica existente é igual a √¯2, resultado este que se obtém dividindo o lado maior da
retângulo pelo lado menor. A série de dimensões resultantes é que dá origem à Série A (Série Principal
de Formatos).
Do formato origem AO vamos obter o imediatamente inferior, dobrando ao meio o retângulo origem, e
assim por diante
Passamos agora à tabela abaixo que, sendo constantemente consultada, deverá ficar gravada na me-
mória.
Nesta tabela podemos verificar que os formatos A0, A1, A2, A3 e A4 são, pelas suas dimensões mais
práticas ou mais empregados em arquitetura.
A escolha de um desses formatos depende da escala em que vai ser executado o desenho da grandeza
em que desejamos representá-lo.
Carimbo.
O carimbo é utilizado em quase todos os escritórios técnicos com a finalidade de uniformizar as infor-
mações que devem acompanhar os desenhos. Os tamanhos e formatos dos carimbos obedecem à
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tabela dos formatos A. O carimbo pode ser desenhado ou executado em borracha para impressão.
Recomenda – se que o carimbo impresso seja usado junto à margem, no canto inferior do papel.
Essa colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos forem arquivados.
O carimbo deve possuir os seguintes itens principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o
acréscimo de outros ou a supressão de alguns:
b) Título do projeto;
e) Escalas;
g) A assinatura do arquiteto ou do engenheiro e do responsável pela execução da obra que pode ser a
de um engenheiro ou do próprio arquiteto;
h) Nome do cliente.
Escalas
Na arquitetura, compreende-se por escala aquilo que é representado graficamente através de medidas
em um espaço.
O assunto faz parte dos conhecimentos que envolvem o desenho técnico, dentro do universo da arqui-
tetura e na área de edificação.
Geralmente, a escala de projetos arquitetônicos é tema recorrente entre alunos e profissionais de ar-
quitetura e áreas afins.
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Mas, para relembrar o assunto e ter certeza de que está empregando a escala correta em seus projetos,
é importante rever esse conceito em detalhes.
Nesta postagem, você verá como calcular a escala de projetos arquitetônicos de uma maneira bastante
prática e didática.
A escala é bastante utilizada pelos arquitetos para exibirem projetos de obras e representar uma ideia
sobre uma edificação.
Por exemplo, ao elaborar o projeto de um objeto, o arquiteto pode representá-lo a partir de uma escala
reduzida, mostrando exatamente como ficará dentro de um cômodo depois de pronto.
A escala de projetos arquitetônicos é, portanto, um recurso poderoso para trazer noções reais – embora
em tamanhos reduzidos ou ampliados – sobre uma construção, reforma ou ideia de objeto.
Quando se trata de desenho na arquitetura, profissionais costumam usar escala de redução equiparada
com a escala real, para dar efeito comparativo.
A ideia é que os objetos relacionados ao real ganhem representações gráficas pequenas ou grandes.
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o Coloque seu cliente dentro dos seus projetos com a realidade virtual na arquitetura
o Como fazer uma maquete eletrônica: conheça os 10 programas que vão turbinar seus projetos
Uma boa escala de projetos arquitetônicos deve ter, basicamente, 3 características principais:
o Dimensões do papel;
Do contrário, tudo o que o arquiteto ou desenhista terá é um trabalho mal feito e longe da realidade de
uma escala de projetos arquitetônicos.
O cálculo feito para representar a escala ampliada de 20 metros (nosso exemplo por aqui) será da
seguinte forma:
1. Um arquiteto deseja saber como calcular escala de projetos arquitetônicos e criar um desenho com
uma folha A3 (que mede 297 mm x 420 mm);
3. Considerando uma margem de 10 mm, ele terá 400 mm (ou 40 cm) de área livre para criar a escala
de arquitetura;
4. Para criar uma escala de um objeto ou edificação com dimensão máxima de 20 m, podemos repre-
sentá-la em 5, 10, 20 ou 50 vezes menor que o objeto em seu tamanho real;
5. No cálculo, há que se considerar que não seria possível representar no papel um objeto com dimen-
sões maiores que o seu tamanho;
6. Ou seja, não seria possível representar um objeto de 20 m em um papel de 40 cm, como no nosso
caso;
7. Para tornar isso possível, há a escala. Ela está relacionada à proporcionalidade do objeto;
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Justamente por causa de relação de proporcionalidade entre tamanho real e reduzido ou ampliado,
nem todas as escalas se adequam a todos os projetos.
o 1:50;
o 1:100;
o 1:200;
o 1:500.
Como exemplo, temos a seguinte situação: um arquiteto precisa usar uma escala para fazer o desenho
de uma planta baixa de um apartamento representado na escala 1:50 (um por cinquenta).
A escala de 1:50 significa que para cada 1 cm representado no papel, essa medida corresponde a 50
cm reais.
Ou seja, a representação do apartamento será 50 vezes menor no papel (na planta) do que é na reali-
dade.
O modelo de cálculo vale para todas as outras escalas e aplicações dessas em plantas.
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