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Artigo 17.

º
Acidente causado por outro trabalhador ou por terceiro
1 - Quando o acidente for causado por outro trabalhador ou por terceiro, o direito à reparação devida pelo
empregador não prejudica o direito de acção contra aqueles, nos termos gerais.
2 - Se o sinistrado em acidente receber de outro trabalhador ou de terceiro indemnização superior à devida pelo
empregador, este considera-se desonerado da respectiva obrigação e tem direito a ser reembolsado pelo sinistrado
das quantias que tiver pago ou despendido.
3 - Se a indemnização arbitrada ao sinistrado ou aos seus representantes for de montante inferior ao dos benefícios
conferidos em consequência do acidente, a exclusão da responsabilidade é limitada àquele montante.
4 - O empregador ou a sua seguradora que houver pago a indemnização pelo acidente pode sub-rogar-se no direito do
lesado contra os responsáveis referidos no n.º 1 se o sinistrado não lhes tiver exigido judicialmente a indemnização
no prazo de um ano a contar da data do acidente.
5 - O empregador e a sua seguradora também são titulares do direito de intervir como parte principal no
processo em que o sinistrado exigir aos responsáveis a indemnização pelo acidente a que se refere este artigo.

Jurisprudência
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SECÇÃO IV
Agravamento da responsabilidade
Artigo 18.º
Actuação culposa do empregador
1 - Quando o acidente tiver sido provocado pelo empregador, seu representante ou entidade por aquele contratada e
por empresa utilizadora de mão-de-obra, ou resultar de falta de observação, por aqueles, das regras sobre segurança
e saúde no trabalho, a responsabilidade individual ou solidária pela indemnização abrange a totalidade dos prejuízos,
patrimoniais e não patrimoniais, sofridos pelo trabalhador e seus familiares, nos termos gerais.

A responsabilidade agravada da entidade empregadora em matéria de acidentes de trabalho exige a demonstração da


inobservância das regras sobre a segurança, higiene e saúde no trabalho por parte da entidade empregadora, e que
foi essa inobservância a causa adequada do acidente.

A Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, nomeadamente no artigo 15.º é clara ao impor ao empregador o dever de
assegurar ao trabalhador condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho, devendo o zelar, de
forma continuada e permanente, pelo exercício da atividade em condições de segurança e de saúde para o trabalhador
de modo a Evitar os riscos , Planificar a prevenção E ETC ..

Após analises de fichas médicas identificamos que ao trabalhador que tem acima de 50 anos não foi realizado por
parte da entidade empregadora os exames com intervalos de 1 ano como especifica o Artigo 8 ; nº3 alinea b) Lei
102/2009 , o que constutuiu para a empresa uma contraordenação grave ,identificamos que na sua ultima ficha
médica havia um exame com data de 09/10/2021 ; ou seja 2 anos , agravando a isto o trabalhor já havia informado há
cerca de 1 ano e um mês que passava por episodios de dormência de uma das suas mãos nomeadamente a mão direita
após o uso excessivo do martelo pneumático;

Artigo 10.o Vigilância da saúde 1 — Sem prejuízo das obrigações gerais em matéria de saúde
no trabalho, o empregador deve assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores
em relação aos quais o resultado da avaliação revele a existência de riscos, com vista à
prevenção e ao diagnóstico precoce de qualquer afecção relacionada com a exposição a
vibrações mecânicas. 2 — A vigilância da saúde referida no número anterior deve: a) Utilizar
técnicas apropriadas para a detecção da doença ou de efeitos nocivos para a saúde; b) Detectar
DL 46/2006 , DE 24 DE FEVEREIRO

precocemente a relação entre uma doença identificável ou os efeitos nocivos para a saúde e a
exposição do trabalhador a vibrações mecânicas; c) Determinar a relação entre a doença ou
efeitos nocivos para a saúde e as condições particulares de trabalho do trabalhador. 3 — O
empregador deve assegurar ao trabalhador que tenha estado exposto a vibrações mecânicas
superiores aos níveis de acção de exposição a vigilância de saúde adequada. Artigo 11.o
Resultado da vigilância da saúde 1 — Nas situações em que o resultado da vigilância da saúde
revelar que o trabalhador sofre de uma doença ou afecção resultante da exposição a vibrações
mecânicas, o médico do trabalho deve: a) Informar o trabalhador do resultado que lhe diga
respeito, bem como prestar-lhe informações e recomendações sobre a vigilância de saúde a
que deva submeter-se, terminada a exposição; b) Comunicar ao empregador o resultado da
vigilância da saúde com interesse para a prevenção de riscos, sem prejuízo do segredo
profissional a que se encontra vinculado. 2 — O empregador, tendo em conta o referido na
alínea b) do número anterior, deve: a) Repetir a avaliação dos riscos a realizar nos termos do
artigo 5.o ; b) Rever as medidas adoptadas para eliminar ou reduzir os riscos, com base no
parecer do médico do trabalho, bem como a possibilidade de atribuir ao trabalhador em causa
outras tarefas compatíveis com a sua categoria profissional em que não haja risco de
exposição; c) Promover a vigilância contínua da saúde e assegurar o exame de saúde de
qualquer outro trabalhador que tenha estado exposto de forma idêntica, nomeadamente a
realização de exames médicos adequados. 3 — O trabalhador tem acesso, a seu pedido, ao
registo de saúde que lhe diga respeito. Artigo 12.o Registo e arquivo de documentos

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