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APRESENTAÇÃO

“O DESEJO DE ESCREVER
DESENVOLVE-SE
ESCREVENDO.”
Erasmo de Rotterdam

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1. ESTRUTURA TEXTUAL: A TIPOLOGIA TEXTUAL
1.1 - Texto Dissertativo Argumentativo

O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação


de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma
determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que
servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As três características
básicas de um texto dissertativo são:

 Apresentação do ponto de vista - TESE;


 Discussão dos argumentos – REPERTÓRIO ARGUMENTATIVO;
 Análise crítica do texto – APRESENTAÇÃO DE UM RACIOCÍNIO;

1.1.2 - Dissertação Objetiva

Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o leitor, já que os


argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar
de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do autor que está sendo discutida.
Esse procedimento faz o leitor aceitar mais facilmente as ideias expostas no texto.

“Há tipos diferentes de ruínas. No entato, elas são sempre resultado de uma demolição
ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo
passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às mudanças dos gostos e da riqueza
dos donos.”

1.1.3 - Texto Dissertativo Expositivo

É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar


convencer o leitor.

1.1.4 - Exemplos de Texto Dissertativo


Segue abaixo exemplos de trechos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou
seja, argumentativo e expositivo:

Texto Dissertativo Argumentativo

Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importância de preservação do


meio ambiente bem como atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa. Já
ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente
nas grandes cidades, foram gerados pela ação humana.
De tal modo, podemos pensar nas grandes construções, alicerçadas na
urbanização desenfreada, ou no simples ato de jogar lixo nas ruas. A poluição gerada
e impregnada nas grandes cidades foi em grande parte fruto da urbanização
desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, deveres não cumpridos pelos homens
também proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse sentido, vale lembrar que
pequenos atos podem produzir grandes mudanças se realizados por todos os cidadãos.
Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um
papelzinho de bala, ou uma anotação de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e
atire somente quando encontrar uma lixeira. Seja um cidadão consciente! Não Jogue
lixo nas ruas!

Texto Dissertativo Expositivo

Os Relatórios das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão e


desenvolvimento dos recursos hídricos alertam para a preservação e proteção dos

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recursos naturais do planeta, sobretudo da água. Sendo assim, as estatísticas apontam
para uma enorme crise mundial da falta de água a partir de 2025, de forma que atingirá
cerca de 3 bilhões de pessoas, e que pode provocar diversos problemas sociais e de
saúde pública.
Um dos maiores problemas apresentados pela ONU é a “escassez de água” que
já atinge cerca de 20 países no mundo, ou seja, 40% da população do planeta.

1.2 – TEXTO ARGUMENTATIVO: OS MODALIZADORES!

MODALIZADORES

Evidentemente Talvez Um tipo de Felizmente


Realmente Assim Uma espécie de Infelizmente
Efetivamente Possivelmente Geograficamene Espantosamente
Claro Provavelmente Francamente
Certo Eventualmente Lamentavelmente
Sem dúvida
De jeito nenhum
De forma alguma

RELAÇÃO DE
RELAÇÃO
CONTRASTE
DE CAUSA
Já que No entanto
Visto que Entretanto
Porquanto Todavia
Na medida em que Contudo
Uma vez que Embora
Devido à / ao Ainda que

1.3 – TEXTO ARGUMENTATIVO - OS ELEMENTOS COESIVOS

1.3.1 - AS PESSOAS DO DISCURSO (A uniformidade de tratamento)

1ª pessoa ........... a que fala (EU – ME – MIM – COMIGO- MEU/MINHA


– NÓS/NOSSO/NOSSA)
2ª pessoa............com quem se fala (TU – TE – TI – CONTIGO –
TEU/TUA – VÓS/VOSSO/VOSSA)
3ª pessoa ........... de quem se fala (ELE – ELA – SE – SI – CONSIGO –
SEU/SUA - A ELES/A ELAS)

1.3.2 - OS PRONOMES PESSOAIS

A) CASO RETO: EU –TU – ELE – NÓS – VÓS – ELES

B)OBLÍQUO ÁTONO: ME – TE – LHE – SE – O/OS – A/AS – NOS – VOS – LHES

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#DICA CASCA!
Em verbos terminados em -R, -S ou -Z, elimina-se a terminação e os pronomes o(s),
a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -AM, -EM, -ÃO e –ÕE os
pronomes se tornam no(s), na(s).

C) OBLÍQUO TÔNICO: A MIM – A TI – A SI – A ELE/A ELES – A ELA/A ELAS – A NÓS


– A VÓS

1.3.3 OS PRONOMES RELATIVOS


São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa.

PRINCIPAIS PRONOMES RELATIVOS: QUE – O QUAL – A QUAL – QUEM – CUJO –


ONDE – EM QUE.

1.3.4 OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

1ª pessoa: este(s), esta(s), isto................ se refere a algo que está perto da


pessoa que fala.
2ª pessoa: esse(s), essa(s), isso .............. se refere a algo que esta perto da
pessoa que ouve.
3ª pessoa: aquele(s), aquela(s), aquilo.... se refere a algo distante de ambos.

1.4 – TEXTO ARGUMENTATIVO – A COERÊNCIA

1.4.1 - AS ORAÇÕES COORDENADAS

A) Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só ... mas também,


não só... como, assim ... como.
- Não só cantei como também dancei.
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
- Comprei o protetor solar e fui à praia.

B) Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo, todavia,


entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.

C) Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou... ou; ora. ora;


quer...quer; seja. seja.
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes.
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.

D) Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo, portanto, por fim, por


conseguinte, consequentemente.
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.

E) Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a saber,


na verdade, pois.

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- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo.

1.4.2 - AS ORAÇÕES SUBORDINADAS (A Relação Lógica entre Ideias)

A) CAUSA
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato,
ao motivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina
um acontecimento".

Ex: As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.

Principais conjunções: como, porque, porque, porquanto, na medida em que,


visto que, já que, mesmo que, sendo que etc.

B) CONSEQUÊNCIA
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que
é consequência, que é efeito do que se declara na oração principal.
Principais conjunções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e
pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.

Ex: Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.

C) CONDIÇÃO
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um
fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não
ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração
principal.

Ex: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time


será campeão.

Principais conjunções: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que etc.

D) CONCESSÃO
As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do
verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A
ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.
Principais conjunções: ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que,
posto que, apesar de que, malgrado, a despeito de, apesar de, conquanto,
embora, não obstante

Ex: Embora fizesse calor, levei agasalho.

E) COMPARAÇÃO
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem
uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal.
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau
comparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que,
menos (do) que. Veja os exemplos:

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Ex: Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência.

E) CONFORMATIVAS
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade,
ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se
declara na oração principal.
Principais conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas
com o mesmo valor de conforme).

Ex: Fiz o bolo conforme ensina a receita.

F) FINALIDADE
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo
que se declara na oração principal.
Principais Conjunções finais: que, porque (= para que) e a
locução conjuntiva para que.

Ex: Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.

H) PROPORÇÃO
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ou
seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
Principais Conjunções proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda
as estruturas: quanto maior... (maior), quanto maior... (menor), quanto
menor... (maior), quanto menor... (menor), quanto mais...(mais), quanto
mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).

Ex: À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões.

I) TEMPO
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao
fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade,
anterioridade ou posterioridade.
Principais Conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções
conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que,
sempre que, desde que, etc.

Ex: Quando você foi embora, chegaram outros convidados.


Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela chegou.
Terminada a festa, todos se retiraram

2. ESTRUTURA DA AUTORIDADE - CARACTERÍSTICAS

AUTORIDADE

#Defesa de ponto de vista


 TESE;

#Repertório Argumentativo

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 Desenvolvimento da TESE;

#Impessoalidade
Uso da norma padrão da língua portuguesa
REGRAS DA GRAMÁTICA FORMAL;
 Gírias, Regionalismos ou Jargão técnico – PROIBIDO!;
 Padrão oficial de linguagem (modelinhos; expressões fixas) – PROIBIDO!;
 Burocratês – PROIBIDO!

#Objetividade e Concisão

A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o TEMA e com as


informações,sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor
que a objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.

Conciso é o texto que diz muito com poucas palavras, sem redundâncias ou texto
inútil. Porém, isso não significa uma “economia de pensamento”.

#Inteligibilidade – COMPREENSÃO TOTAL DO TEXTO!


Sem AMBUIGUIDADES:

 utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o


texto versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura
própria da área;

 não utilizar regionalismos e neologismos;

 explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela.

3. A ESTRUTURA REDACIONAL – MACROESTRUTURA E


MICROESTRUTURA
3.1 – A MACROESTRUTURA: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E
CONCLUSÃO

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3.1.2 - A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ARGUMENTATIVO
 Sem rasura;
 Letra cursiva (preferência);
 Propriedade vocabular (CARCATERÍSTICA DA AUTORIDADE);
 Economia vocabular (concisão)
 Obediência às regras de TRANSLINEAÇÃO

Não se separam:
as letras com que representamos os dígrafos ch, lh
e nh:
cha-ma, ma-lha, ma-nhã, a-char, fi-lho, a-ma-nhe-cer;
os encontros consonantais que iniciam sílaba:
cla-va, re-gra, a-bran-dar, dra-gão, tra-ve;
a consoante inicial seguida de outra consoante:
gno-mo, mne-mô-ni-co (no Brasil) / mne-mó-ni-co (em
Portugal), psi-có-ti-co;
as letras com que representamos os ditongos:
a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, jó-
ia, réu;
as letras com que iniciamos os tritongos:
a-güen-tar (no Brasil) / a-guen-tar (em Portugal), sa-
guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-güiu (no Brasil) / ar-
guiu (em Portugal), en-xá-guam (no Brasil) / en-xa-guam
(em Portugal).

Separam-se:
as letras com que representamos os dígrafos rr, ss
,sc, sç, xc:
car-ro, pás-sa-ro, des-ci-da, cres-ça, ex-ce-len-te;
as letras com que representamos os hiatos:
sa-ú-de, cru-el, gra-ú-na, , re-cu-o, vô-o (no Brasil) / vo-
o (em Portugal);
as consoantes seguidas que pertencem a sílabas
diferentes:
ab-di-car, cis-mar, ab-dô-mem (no Brasil) / ab-dó-men
(em Portugal), bis-ca-te, sub-lo-car, as-pec-to."

Quando a palavra já tem um hífen e este coincide com o fim da linha, repete-se o
hífen no princípio da linha seguinte: arco-da-/-velha; cor-de-/-rosa.

3.1.3 – TEMA VS. ASSUNTO

Assunto: é AMPLO, GLOBAL, e envolve diferentes TEMAS.

Tema: é justamente um RECORTE de determinado assunto, uma


perspectiva sobre ele.

TEMA: Publicidade infantil em questão no Brasil

Perceba que esse tema é constituído por dois recortes: Publicidade [infantil] em
questão [no Brasil]. Assim, para cumprir o tema de maneira satisfatória, era
fundamental que se considerasse estes dois aspectos: infantil e no Brasil.
Perceba, também, que a intenção da prova era avaliar o que o candidato sabe e pensa
sobre a relação entre a publicidade e as crianças no Brasil, e não no

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mundo ou em outros países específicos, e como ele se posiciona sobre esta
relação.

3.1.4 – ESQUEMA DA MACROESTRUTURA

TEMA

1 - INTRODUÇÃO

CONTEXTO ABORDAGEM
TEMA TEMA/TESE

2 - DESENVOLVIMENTO

TÓPICO CONCLUSÃO
ARGUMENTO 1
FRASAL 1 TESE
TESE
TESE

TÓPICO ARGUMENTO 2
FRASAL 2 TESE
TESE

ARGUMENTO 3
TESE

3 - CONCLUSÃO

SÍNTESE INTERVENÇÃO
TESE SOCIAL

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3.2 – MICROESTRUTURA: é a estrutura do PARÁGRAFO.

3.1 A ESTRUTURA REDACIONAL – A INTRODUÇÃO!

TEMA

1 - INTRODUÇÃO

CONTEXTO ABORDAGEM
TEMA TEMA/TESE

CONTEXTUALIZAÇÃO TEMA: Relevância e Atualidade!

ABORDAGEM: SUGESTÃO – TESE!

TESE = A IDEIA CENTRAL = POSICIONAMENTO – TODO O TEXTO!

3.1 – TIPOS DE CONTEXTUALIZAÇÃO

A) CONTEXTUALIZAÇÃO TRADICIONAL
Na introdução tradicional, que aparece em mais da metade dos textos escritos em
português, o TÓPICO FRASAL inicia o parágrafo.

“As tecnologias podem ser usadas para o bem ou para o mal. A mesma internet
que facilita os crimes cibernéticos, o preconceito e a pedofilia também divulga o
conhecimento, traz informações e facilita o contato de pessoas geograficamente.”

B) CONTEXTUALIZAÇÃO POR ALUSÃO HISTÓRICA


Nesse tipo de contextualização, em vez de o TÓPICO FRASAL vir no início, começa-se
o parágrafo com uma breve narrativa de FATOS HISTÓRICOS que expliquem
uma situação atual ou comparem a situação atual com a mesma situação em
outras épocas.

“Com o advento da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, o trabalho doméstico


continuou a ser exercido majoritariamente por milhares de mulheres negras
– jovens e inclusive crianças -, vindas das cidades do interior do país para trabalhar
nos grandes centros urbanos.”

C) CONTEXTUALIZAÇÃO POR FLASHES


A contextualização por flashes se dá com a ENUMERAÇÃO inicial de vários elementos
da mesma função, com o TÓPICO FRASAL apresentado DEPOIS. Serve para
LOCALIZAR o leitor no TEMA.

“Rádio. Televisão. Computador. Tablet. Ipod. Smartphone. As tecnologias


sempre estiveram presentes na vida do brasileiro, para facilitar seu trabalho ou criar
novos problemas.”

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D) CONTEXTUALIZAÇÃO JORNALÍSTICA
Nesse tipo de contextualização, inicia-se com uma BREVE NARRAÇÃO sobre fatos
relacionados ao TEMA.

CUIDADO! É importante lembrar que, em uma REDAÇÃO DISSERTATIVA, os trechos


NARRATIVOS devem ser MINORIA e servir apenas como SUPORTE à
DISSERTAÇÃO.

“Manifestações são marcadas pelo Facebook, pessoas comuns divulgam seus vídeos na
internet feitos com câmeras de celulares.”

3.2 – ABORDAGEM (a criação da TESE)

ESQUEMATIZE AQUI!

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OFICINA DE LEITURA

INTRODUÇÃO I

Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia a dia das


discussões do mundo inteiro. O excesso de poluição emitida pelas indústrias e
automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e
finalmente se tornaram motivo de preocupação. Contudo, até agora, os resultados pró-
natureza são insignificantes perto dos prejuízos causados a ela.

INTRODUÇÃO II

“Ser legalista não é o mesmo que ser governista, ser governista não é o mesmo
que ser corrupto. É intelectualmente desonesto dizer que os governistas ou os
simplesmente contrários ao impeachment são a favor da corrupção. Embora me
espante o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da miséria e deu
oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país, não nego, em nome dessas
conquistas, as evidências de que o PT montou um projeto de poder amparado por um
esquema de corrupção. Isso precisa ser investigado de maneira democrática e
imparcial.”

INTRODUÇÃO III
TEMA: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

Na obra “O Tratado sobre a Tolerância”, o filósofo Voltaire visava ressaltar a


importância da efetivação do combate à intolerância religiosa. No Brasil, não há
fomentação plena dessa consciência social ressaltada na obra filosófica devido,
principalmente, à ineficiência do Estado, relacionada a essa temática, e devido à
negligência de parte das escolas, e ainda à omissão populacional no que concerne à
temática religiosa. Sob essa perspectiva deficitária, nota-se que esses fatores
contribuem para ineficácia da consolidação de caminhos para combater a intolerância
religiosa no país.

INTRODUÇÃO IV
TEMA: . A garantia institucional do Ministério Público em função da proteção
dos direitos humanos.

Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição


iluminista, o direito tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a
coibir a desordem do estado de natureza, que, em virtude do risco da dominação dos
mais fracos pelos mais fortes, exige a existência de um poder institucional. Mas a
conquista da liberdade humana também reclama a distribuição do poder em ramos
diversos, com a disposição de meios que assegurem o controle recíproco entre eles
para o advento de um cenário de equilíbrio e harmonia nas sociedades estatais. A
concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do
exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que tem
poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limites. Para que não se possa
abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder limite o poder”.

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PRATICANDO...

REDAÇÃO I

CONCURSO: PM-SP/2014
BANCA: VUNESP

No combate à violência, até que ponto o policial


deve interferir no cotidiano escolar?
REDAÇÃO II

CONCURSO: PM-BA/2017
BANCA: IBFC

“Efeitos das redes sociais na realidade”.

3.2 A ESTRUTURA REDACIONAL – O DESENVOLVIMENTO!

2 - DESENVOLVIMENTO

TÓPICO CONCLUSÃO
ARGUMENTO 1
FRASAL 1 TESE
TESE
TESE

TÓPICO
FRASAL 2 ARGUMENTO 2
TESE TESE

ARGUMENTO 3
TESE

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3.2.1 - Técnicas da Argumentação I

A) O Argumento dedutivo
Parte-se de uma generalização para se chegar a um caso específico:

“Todas as pessoas brancas têm sérias queimaduras se não usarem protetor solar
mesmo que pouco tempo no sol. Você é muito branco. Logo, irá se queimar
seriamente se não usar o protetor.”

B) O Argumento indutivo
Parte-se de um fato particular para se chegar a uma generalização:

“Um inocente foi condenado à morte. Se a pena de morte não for abolida,
muitos outros inocentes poderão ser condenados.”

C) O Argumento por dados estatísticos


Recurso muito utilizado em textos jornalísticos:

“Segundo o IBGE, 41% da população brasileira é negra, e 7% parda. Nas


universidades, os negros são apenas 6% segundo o Inep, Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (...)”.

D) O Argumento por citação ou testemunho de autoridade


Consiste em citar a ideia de alguém que possa ser considerada autoridade no
assunto. Assim, numa argumentação sobre Psicologia, pode-se citar Freud,
numa argumentação sobre Educação, pode-se citar Paulo Freire.

CUIDADO!
A) Provérbios também são citações, são a autoridade dos antepassados, a sabedoria
dos antigos passadas de geração a geração.
B) Nas Redações de concurso, as citações devem ser feitas apenas se o candidato
realmente CONHECER o autor e suas ideias, sob o risco de não se encaixarem no
texto.
C) Evite citações feitas apenas para passar uma ideia de erudição.

De acordo com o cardiologista Ricardo Barcellos, “o consumo exagerado de


gordura animal deve ser evitado, pois faz mal ao coração.”

E) O Argumento por analogia


É apresentado um FATO e em seguida feita uma COMPARAÇÃO entre o fato e
o que se pretende defender. Pressupõe-se que algo deve ser tratado de
modo igual a outro, se o contexto e a situação são semelhantes:

“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não
admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam
propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do
cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes,
cadeia.”

OFICINA DE LEITURA

Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia a dia das


discussões do mundo inteiro. O excesso de poluição emitida pelas indústrias e
automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e
finalmente se tornaram motivo de preocupação. Contudo, até agora, os resultados pró-
natureza são insignificantes perto dos prejuízos causados a ela.

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Essa diferença tem razões econômicas. Não é simples nem vantajoso uma
fábrica que emite grande quantidade de poluentes comprar equipamentos que
amenizam tal emissão. O mesmo acontece com automóveis, grandes vilões do ar nas
cidades. Segundo reportagens, carros e ônibus velhos poluem quarenta vezes mais do
que os novos, e não é por falta de vontade que os donos não os trocam, e sim por falta
de dinheiro. Concluímos, então, que o mundo capitalista inviabiliza um acordo com o
meio ambiente e, enquanto isso, o planeta adoece.

(...)

PRATICANDO...

REDAÇÃO I

CONCURSO: PM-SP/2013
BANCA: VUNESP

Os textos que seguem servirão de subsídio à sua redação.

texto 1

O governo federal adquiriu um pacote que inclui robôs, para reforçar


o esquema de segurança para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos
de 2016, no Rio de Janeiro, com custo aproximado de US$ 7,2 milhões, de
acordo com a empresa americana iRobots, que venceu a concorrência para
oferecer o serviço. Os equipamentos, que são uma espécie de veículo terrestre
não tripulado, serão utilizados em trabalhos de vigilância, detecção e
desativação de explosivos, entre outras funções. A entrega dos robôs, peças
de reposição e outros equipamentos está prevista para dezembro deste ano,
ainda de acordo com o comunicado emitido pela empresa americana. O Brasil
tem montado aparato com cerca de 3 mil a 5 mil agentes de segurança em
cada uma das 12 sedes para a Copa do Mundo. O governo ainda prepara um
reforço das equipes de defesa, com compra de aviões teleguiados (drones),
de fabricação israelense. Nas fronteiras do país, o efetivo será de 20 mil
agentes, para fins de reforço de vigilância.
(http://esportes.terra.com.br. 15.05.2013. Adaptado)

texto 2

Um dia após as explosões que mataram pelo menos três pessoas e feriram
mais de 100 durante a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, o ministro das
Relações Exteriores, Antonio Patriota, declarou, nesta terça-feira (16.04.2013), que o
Brasil está tomando todas as providências para garantir a segurança nos grandes
eventos internacionais que o país vai sediar: Copa das Confederações de 2013, Copa
do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. “O Brasil está tomando as providências
necessárias e temos confiança de que serão providências que garantirão a segurança
dos eventos”, disse Patriota, antes do início de um seminário no Palácio do Planalto.
(www.copa2014.gov.br. 16.04.2013. Adaptado)

texto 3

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De acordo com a avaliação do empresário João Doria Jr., presidente do Lide (Grupo de
Líderes Empresariais), o Brasil enfrenta, para os dois grandes eventos esportivos que
se aproximam, entre os principais problemas, a falta de segurança pública. Segundo o
empresário, neste momento, o poder público está consciente do que deve ser feito,
mas essa percepção teria vindo “tarde demais”.
(http://noticias.r7.com. 11.04.2013. Adaptado)

A partir da discussão que os textos podem provocar, escreva uma dissertação,


empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O Brasil nos megaeventos esportivos e a


segurança a ser oferecida à população

REDAÇÃO II

CONCURSO: PM-BA/2017
BANCA: IBFC

Violência Urbana
02/04/2013 por Damásio Evangelista de Jesus

A violência urbana, que nos faz vítimas todos os dias, consistente em assaltos,
agressões físicas, estupros, sequestros, homicídios e tantos outros delitos, não é nova,
existindo desde épocas remotas. Atualmente, sua natureza e formas de manifestação
expressam-se conforme as condições das cidades, consideradas estas as regiões
urbanas que possuem mais de 25 mil habitantes, dependendo das condições sociais e
econômicas das comunidades. Assim, nos aglomerados desenvolvidos são cometidos
mais crimes contra a propriedade; nos em desenvolvimento, delitos contra a pessoa,
como lesões corporais e homicídios. Ela é parte do cotidiano das cidades brasileiras,
fazendo com que o Brasil, em 2010, em pesquisa de 2013, tenha sido o país com o
maior número de assassinatos em todo o mundo (Folha de S.Paulo, 14 mar., C4).[...]

“Os efeitos da violência urbana nas escolhas do


sujeito contemporâneo”

3.2.2 - Técnicas da Argumentação II

A) CAUSA E CONSEQUÊNCIA (POSITIVIA OU NEGATIVA)

As greves e os protestos são importantes para UNIR ESFORÇOS EM TORNO DE UM


MESMO OBJEJTIVO, aumentando, assim, as chances de conquistas e de AVANÇOS
NOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS, TRABALHISTAS E SOCIAIS.

As greves e os protestos PARALISAM OS SERVIÇOS, PREJUDICAM AS PESSOAS


QUE PRECISAM DESSES SERVIÇOS e podem até mesmo ficar MAIS VIOLENTAS E
AGRESSIVAS dependendo do perfil dos envolvidos.

B) A TÉCNICA DA CONDIÇÃO (O EQUILÍBRIO ENTRE AS IDEIAS


DIVERGENTES)

As greves e os protestos são importantes manifestações da democracia, mas eles


apenas são válidos SE FOREM PACÍFICOS, pois com violência e com
agressividade nada é conquistado.

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C) A TÉCNICA DOS EXEMPLOS

A leitura é muito importante para a formação crítica das pessoas, pois as palavras
exercem grande poder sobre a sociedade e elas podem ser muito perigosas se forem
usadas para o mal. Hitler, com o poder de seu discurso e de suas palavras,
persuadiu e convenceu uma nação inteira de que eles eram uma raça superior,
arrastando a Alemanha para a guerra de todos os tempos.

D) A TÉCNICA DA COMPARAÇÃO (VANTAGENS OU DESVANTAGENS)

O transporte metroviário é a melhor alternativa para solucionar o caos do tráfego das


grandes cidades. Ao contrário dos automóveis e dos ônibus, os metrôs são mais
rápidos, mais baratos, transportam mais passageiros e não poluem o ar.

3.3 A ESTRUTURA REDACIONAL – A CONCLUSÃO!

3 - CONCLUSÃO

SÍNTESE
INTERVENÇÃO
TESE
SOCIAL

CONCLUSÃO I

Torna-se evidente, portanto, que o país precisa administrar de forma mais


consciente a expressiva chegada de imigrantes. Com esse objetivo, além das medidas
anteriormente citadas, a criação da "cartilha do imigrante" ajudaria no estabelecimento
desses indivíduos, uma vez que eles ficariam cientes de suas possibilidades, sendo
papel do governo elaborá-la. Com os imigrantes incrementando não só a cultura como
a economia, a reação social de transformação em país do futuro certamente será
agilizada.

CONCLUSÃO II

Portanto, a Lei Seca é importante para a redução do número de acidentes de


trânsito. Porém, sua efetividade completa só ocorrerá com a mobilização da sociedade.
Sendo assim, é preciso que o governo acrescente ao currículo escolar disciplinas como
cidadania e segurança no tráfego, além de tornar mais rígidas as punições pelas
transgressões e aumentar o número de postos de fiscalização. Ademais, deve-se fazer
uma reforma no sistema de transportes públicos, aumentando o número desses nos
horários noturnos e nas cidades periféricas. Dessa forma, será possível reduzir o
número de mortes no trânsito e chegar a uma sociedade menos individualista.

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OFICINA DE LEITURA

TRT-2013/FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO
Nos anos 70, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) registrou pela
primeira vez a existência da economia informal. Hoje, o trabalho sem vínculo
empregatício (alternativo, temporário, provisório) é uma realidade que
desconhece fronteiras.

Com base no que está transcrito acima, redija um texto dissertativo-


argumentativo a respeito do seguinte tema:

Causas e efeitos do trabalho informal

A crescente concorrência mercadológica aparece como barreira ao trabalhador


que almeja formalizar a prestação de serviço, não só por ter reduzida, de maneira
considerável, a margem de lucro, como também restringir o leque do negócio a poucos
produtos.
Muito embora esteja o poder público engajado em fornecer subsídios aos
trabalhadores informais, que vão desde as isenções até as restituições de maiores
valores de imposto de renda, isso não confere a eles competitividade. É mister que
ofereçam, além de incentivos, benefícios continuados, de modo a garantir aos
trabalhadores uma certa segurança jurídica, que valha o desembolso do investimento
na formalização do trabalho.
Outro quesito bastante defendido pelos operários, que preferem manter-se
sem vínculos, é a facilidade com que podem mudar de rumo mercadológico. Quando
da existência de muitas formalidades – inscrição do CNPJ - por exemplo, - o término
do contrato acaba sendo muito moroso, o que, em se tratando de economia capitalista,
pode, sem dúvidas, comprometer a existência do negócio.
Não há como negar que, por outro lado, os trabalhadores legalmente
formalizados ficam em desvantagem no que tange à precificação, já que não
conseguem competir, de maneira igualitária, com preços aplicados por profissionais
que não terão deduções de suas arrecadações.
Evidencia-se, portanto, não só uma negligência pública em relação aos trâmites
legais de formalização do trabalho, como também os benefícios financeiros que a
informalização confere aos trabalhadores, fatores estes que prolongam e reafirmam a
existência, e possível crescimento da classe ao longo dos anos.

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