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Núcleo IOS

Instituto da Oportunidade Social


CNPJ: 02.449.283/0001-89
OSCIP: 08001.009536/2004-24
CMDCA 1564 / COMAS 387/12

Gestão Administrativa com ERP

Controle de Estoque

MARÇO/2016

Rua Alferes Magalhães, 256 • Santana • São Paulo • SP • 02034-006 • +55 (11) 2503-2618 • instituto@ios.org.br www.ios.org.br
Sumário
Introdução ao Controle de Estoque ................................................................................... 5

Introdução ............................................................................................................................... 6

O Controle de Estoque e seus objetivos .................................................................................. 7

Hierarquia ................................................................................................................................. 9

Tipos de Estoque ............................................................................................................... 11

Tipos de Estoque ................................................................................................................... 12

Planejamento e Cálculos ................................................................................................... 17

A importância do Planejamento .............................................................................................. 18

Consumo Médio ..................................................................................................................... 18

Classificação ABC .................................................................................................................. 19

Lote Econômico ...................................................................................................................... 21

Ponto de Pedido ..................................................................................................................... 22

E no sistema?..................................................................................................................... 24

E no Sistema? ........................................................................................................................ 25

Como Cadastrar os Endereços? ............................................................................................ 26

Como Incluir as Unidades de Medida? ................................................................................... 27

Como cadastrar o Grupo de Produtos? .................................................................................. 28

Tipos de Movimento .......................................................................................................... 30

Tipos de Movimento ............................................................................................................... 31

Como Cadastrar os Tipos de Movimento? ............................................................................. 31

Engenharia ......................................................................................................................... 34

O que é Estrutura? ................................................................................................................. 35

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Como cadastrar as Estruturas? .............................................................................................. 36

Como aprovar as Estruturas?................................................................................................. 39

Como criar uma Estrutura? .................................................................................................... 40

Grupos de Opcionais .............................................................................................................. 43

Como cadastrar os Grupos de Opcionais?............................................................................. 43

Controle de Saldos ............................................................................................................ 46

A importância do Controle de Saldos ..................................................................................... 47

Saldos Iniciais ........................................................................................................................ 47

Como incluir os Saldos Iniciais? ............................................................................................. 47

Saldos Atuais ......................................................................................................................... 49

Transferência de Saldos......................................................................................................... 50

Movimentos de Produção ................................................................................................. 52

Fluxo de Processos de Produção ........................................................................................... 53

Ordem de Produção ............................................................................................................... 53

Como incluir uma nova Ordem de Produção? ........................................................................ 54

Ajuste de Empenho ................................................................................................................ 55

Produção ................................................................................................................................ 56

Requisição ao Armazém.................................................................................................... 58

Requisição ao Armazém ........................................................................................................ 59

Solicitação ao Armazém ......................................................................................................... 59

Gerar Pré-Requisição ............................................................................................................. 60

Baixa da Pré-Requisição ........................................................................................................ 61

Inventário ............................................................................................................................ 63

Inventário................................................................................................................................ 64

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Bloqueio para Inventário......................................................................................................... 64

Acerto de Inventário ............................................................................................................... 65

Kardex ................................................................................................................................. 69

Kardex .................................................................................................................................... 70

Finalização.......................................................................................................................... 71

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Introdução ao Controle de Estoque

Os objetivos desta aula são:

 Entender a importância do planejamento no setor de Estoque;


 Identificar os principais objetivos administrativos do Controle de Estoque;
 Conhecer os cargos mais comuns da área.

Bons estudos!

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Introdução
Imagine a cozinha da sua casa. Nela, existem armários que abrigam
diversos produtos alimentícios, como: farinha de trigo, óleo, arroz, feijão,
goiabada, fermento e açúcar. Esses armários ajudam a guardar os
produtos, evitando a perda da qualidade dos ingredientes essenciais, que
serão utilizados pelo Chefe de Cozinha, para a realização das receitas.

Seria inviável ao Chefe de Cozinha sair para comprar ingredientes toda vez
que fosse cozinhar. Ele perderia tempo e dinheiro se fosse ao
supermercado todos os dias e comprasse pequenas quantidades de
produtos. Por isso, é mais fácil estocar os itens. Para isso, basta comprar
a quantidade necessária para um determinado tempo, evitando as saídas
constantes ao supermercado.

Essa quantidade depende de alguns fatores, como a média de uso dos


produtos. Normalmente, encontramos mais açúcar e mais farinha de trigo
do que fermento nas casas, por exemplo. Nas receitas, a quantidade de
fermento sempre é menor, logo, iremos utilizar menos fermento e não
precisaremos estocá-lo em quantidade maior em relação a outros produtos,
Pote de açúcar, que serve
para estocar esse produto como: arroz, feijão e os próprios açúcar e farinha de trigo, que usamos mais
por algum tempo. no dia a dia.

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Outro fator que influencia diretamente sobre a quantidade de produtos a
ser comprada e estocada é a durabilidade, ou data de validade dos
mesmos. No caso da cozinha, existem produtos não perecíveis, isto é, que
não estragam, como o sal, por exemplo. Isso significa que podemos
guardar o sal por muito tempo sem correr o risco que ele estrague e nos
faça mal. Já o leite não dura tanto tempo, por ser perecível e estragar com
facilidade.

Por último, é evidente que não se pode comprar mais produtos do que o
espaço físico disponível. Em outras palavras, se temos armários pequenos
na cozinha, não podemos comprar vários quilos de arroz, pois não sobraria
espaço para os demais produtos. Entretanto, se existe uma área na casa
disponível para uma dispensa, a quantidade de produtos estocados poderá
ser maior, uma vez que teremos mais espaço para armazená-los.

Há, ainda, outros fatores a serem considerados. Os produtos da cozinha


não podem ficar todos juntos no mesmo lugar. A farinha fica no armário,
enquanto o leite deve ser conservado na geladeira e o frango, no freezer,
pois cada produto tem uma necessidade de armazenamento diferente. Por
fim, cada produto deve ser comprado com uma frequência diferente, para
que não sobrem nem faltem no estoque.

Ufa! Quanta coisa a ser considerada! E olha que falamos apenas da


cozinha da sua casa. Imagine então uma empresa maior que a sua casa e
que possui diversos setores diferentes, cada um com necessidades e
produtos diferentes? O trabalho será ainda maior! Para gerenciar tudo isso,
O Controle de Estoque
as empresas possuem uma área chamada de Controle de Estoque. gerencia todos os produtos
de uma empresa.

O Controle de Estoque e seus objetivos


O Controle de Estoque tem por objetivo gerenciar todo o armazenamento de
matérias-primas, produtos e mercadorias que uma empresa ou entidade
detém em sua posse. Registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída desses
materiais são algumas das principais atividades de quem trabalha nesse
setor.

O setor de Estoque eficiente é aquele que alcança um denominador


comum entre as expectativas do setores de Faturamento e Produção, que
esperam que a empresa possua muitos produtos guardados para suprir as
vendas e o processo de industrialização, e o setor Financeiro, que espera
um estoque reduzido para diminuir a margem de dinheiro gasto e capital
investido.

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Além disso, esse setor também é responsável por efetuar diversos cálculos
que permitam prever a quantidade de materiais necessária para atender à
produção e a margem de estoque mínimo de segurança que uma
empresa deve possuir. O Controle de Estoque é responsável por responder
a algumas perguntas, como:

 O que tenho armazenado?

As empresas precisam ter um controle impecável sobre a quantidade de


produtos que possuem. Dessa forma, torna-se possível realizar um
planejamento correto de quando precisarão abastecer o estoque e quantos
produtos deverão ser comprados.

 Qual o valor do estoque armazenado?

É importante saber quanto valem os produtos que estão guardados,


porque eles contam como capital da empresa, ou seja, fazem parte dos
recursos que são medidos pelos balanços contábeis e ajudam a indicar a
situação financeira da empresa. Além disso, alguns produtos, se
guardados por muito tempo, acabam sofrendo depreciação, ou seja,
perdem valor de mercado. Os produtos eletroeletrônicos são exemplos
disso. Cada vez que é lançada uma nova versão de um celular, por
exemplo, os anteriores se desvalorizam.

 Qual o custo do estoque armazenado?

Aqui é importante observar uma coisa: custo e valor são conceitos


diferentes do ponto de vista do estoque. O custo de estocagem se refere
ao dinheiro que a empresa precisa investir para guardar os produtos por
mês. Gastos como salários de funcionários, conta de luz, manutenção e
limpeza são exemplos disso. Um açougue gastará mais em custos de
estoque do que um almoxarifado, porque para guardar a carne é
necessário um refrigerador que gastará mais energia, por exemplo,
aumentando as despesas em contas de luz.

 Onde estão armazenados meus itens?

Se em nosso quarto já não conseguimos encontrar nossas coisas caso ele


esteja bagunçado, imagine em empresas cujos armazéns possuem
milhares de metros quadrados? A organização é essencial para que as
corporações não percam tempo para achar os produtos. Rapidez e
agilidade são muito importantes para não atrapalhar os processos de
venda, reposição ou produção.

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Hierarquia

Dentro do setor de estoque existem várias possibilidades de carreira. Abaixo,


listaremos algumas das principais:

Supervisor de Estoque: É o líder da equipe de armazenagem. Suas


responsabilidades, portanto, incluem supervisionar todas as atividades realizadas
na área, como conferência de entrada e saída de materiais, acompanhamento de
inventários, conferência de notas fiscais e distribuição de produtos. Além disso,
responde pela utilização de todos os equipamentos da área. Por meio dos
sistemas ERP, também deve assegurar que a base de dados esteja atualizada e
consistente. A formação sugerida para quem deseja atuar nessa área é a
graduação e Administração e pós-graduação em Logística.

Estoquista: O Estoquista empacota e desempacota os produtos, organizando-os


no estoque da melhor maneira para facilitar a movimentação dos itens
armazenados e sua constante verificação. Além disso, determina a média de
saídas por produto para evitar compras a mais. Às vezes, trabalha com vendas de
balcão, lançamento de notas e auxilia na carga e descarga de materiais.
Normalmente, para ser um estoquista é necessário o Ensino Médio e um curso
técnico na área de estoque.

Auxiliar de Estoque: O Auxiliar de Estoque apoia o Estoquista nas atividades


referentes ao armazém. Por isso, recepciona, confere e armazena as mercadorias
compradas. Também é responsável pela emissão de relatórios e registros diários
de manutenção e inserção de dados nos sistemas ERP, além da limpeza das
prateleiras e controle de validade dos produtos. É desejável que um auxiliar de
estoque possua Ensino Médio completo.

Conferente de Estoque: O Conferente de Estoque é aquele que realiza a


contagem de itens, comparando os saldos físicos com o que está constando na
Nota Fiscal, para garantir que o fornecedor esteja entregando exatamente o
número de mercadorias adquirido. Além disso, é responsável pelo Inventário,
processo de contagem periódica dos produtos armazenados para assegurar que
os saldos mostrados no sistema estejam condizentes com a realidade encontrada
nos armazéns. Ensino Médio e cursos de especialização são desejáveis para a
atuação nesse cargo.

Analista de Planejamento: O Analista de Planejamento trabalha com todas as


previsões e cálculos existentes no estoque para garantir seu bom funcionamento.
Verificar a Média de Consumo dos produtos, suas classificações, estoque de
segurança e ponto de pedido estão entre suas atribuições. Para atuar nessa área,
recomenda-se uma graduação em Técnico de Logística.

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Supervisor

Analista de
Estoquista
Planejamento

Conferente

Auxiliar

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Tipos de Estoque

Os objetivos desta aula são:

 Entender a importância do planejamento ao realizar uma compra;


 Familiarizar-se com o ambiente de navegação;
 Conhecer os conceitos de matéria-prima, material de consumo e produto acabado;
 Conhecer melhor seus colegas de curso, interagindo com eles por meio de Diálogos.

Bons estudos!

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Tipos de Estoque

As empresas vendem diferentes tipos de produtos e serviços para


atenderem às demandas dos clientes. Portanto, os processos relativos ao
Estoque também serão manipulados e trabalhados de formas diferentes.
Será que uma empreiteira, que constrói prédios, casas e pontes deverá
trabalhar com seu estoque da mesma forma que um supermercado? Será
que uma sorveteria armazena seus produtos por meio do mesmo método
de um posto de gasolina?

A resposta é não. Existem diversas formas de uso para o estoque, bem


como a logística de abastecimento e armazenamento, e cada empresa
utiliza uma delas de acordo com suas necessidades. Abaixo, listaremos
algumas das mais comuns no mundo empresarial.

Estoque Especulativo

Normalmente, as empresas possuem em estoque um número de produtos


que seja condizente com aquilo que estão acostumadas a vender, ou seja,
não possuem produtos demais. Por exemplo, uma mercearia que tem uma
média de vendas de 40 quilos de presunto por mês não deverá comprar
200 quilos para guardar de uma vez, porque provavelmente só venderá em
torno de 40 quilos, o que causaria a sobra de 160 quilos do alimento. Como
o presunto é um produto cuja data de validade é curta, essa mercearia
correria o sério risco de ter um grande prejuízo caso o produto estrague.

No entanto, algumas empresas precisam


guardar muitos produtos, mesmo que seja um
Dica: a palavra sazonal número superior ao que está acostumada a
se refere a eventos que
acontecem em períodos vender. Quando isso acontece, as empresas
específicos do ano, utilizam o chamado Estoque Especulativo, que é
estações, como a
Páscoa e o Natal. formado para antecipar vendas sazonais ou
possíveis faltas de um produto. Vendas sazonais
são aquelas que acontecem apenas em
determinados períodos do ano. A Páscoa é um bom exemplo disso.
Empresas que vendem chocolate atingem o pico de vendas nos meses de
março e abril, devido à grande quantidade de vendas realizadas no período
da Páscoa, na qual é tradição presentear as pessoas com ovos de
chocolate. Por causa disso, essas empresas precisam ter muito mais
chocolate em estoque do que geralmente têm no restante do ano, já que a
média de vendas desse período é bastante superior aos demais meses.

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No entanto, esse armazenamento maior é uma regra que não deve ser
aplicada em outros períodos, uma vez que a média de vendas retornará ao
seu número habitual depois da Páscoa. Por isso, o Estoque Especulativo
trabalha com exceções, seja por planejamentos que prevejam vendas fora
do normal, seja para garantir que a empresa tenha produtos em épocas de
escassez, evitando perder dinheiro por problemas ocorridos nas plantações
de tomate, por exemplo.

Estoque Just in Time

Just in Time é um termo do inglês, que


traduzido para a nossa língua significa
“bem a tempo” ou “na hora certa”. Esse
tipo de lógica de estoque tem a ver com
compras de matérias-primas sob
demanda, ou seja, na hora certa em que a
empresa precisa, evitando, dessa forma,
custos de armazenagem, por exemplo. A
maioria das empresas já tem em estoque
os produtos prontos na hora em que
fecham as vendas com seus clientes.
Algumas outras, no entanto, fazem o caminho reverso: primeiro fecham a
venda, para depois buscarem as matérias-primas e produzirem os itens que
já foram vendidos. Isso acontece porque elas trabalham com segmentos
específicos, os quais não compensam prateleiras cheias nos estoques, seja
pelos altos custos de armazenagem, pela demanda de locais muito grandes
ou pela rápida deterioração dos produtos.

Um exemplo disso acontece com as empresas que trabalham no ramo da


construção. Para levantarem um prédio ou uma casa, esse tipo de
empreiteira precisa de uma quantidade grande de materiais, como cimento,
tijolos, ferro, etc. Seria inviável ter tudo isso guardado em estoque,
esperando o fechamento de vendas. Por isso, primeiro elas fecham um
contrato para depois adquirirem exatamente a quantidade necessária para
a construção do edifício em questão. Inclusive, as matérias-primas já
chegam diretamente no terreno onde será realizada a construção, sem
sequer passar pelos estoques da empresa.

Outros tipos de empreendimentos que utilizam essa técnica são as


montadoras de carro e os restaurantes e/ou cozinheiros que trabalham sob
demanda, isto é, com encomendas.

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Estoque em Trânsito

As empresas não podem contabilizar apenas os produtos que possuem


dentro de seus estoques. As mercadorias que estão circulando entre
fábricas e centros de distribuição também devem ser levadas em conta nos
relatórios, bem como devem fazer parte dos processos logísticos que
envolvem as melhores metodologias de trajetos a serem percorridos e
cronogramas de entregas.

Estoque Morto ou Evaporado

Durante o processo de produção, pode acontecer de algumas mercadorias


sofrerem avarias, ou seja, danos decorrentes de quedas ou má estocagem.
No entanto, esses produtos não devem ser descartados se houver
possibilidade de conserto, mas também não devem ficar guardados junto
com os outros itens que estão em perfeitas condições. Por isso, ficam
alocados temporariamente em um lugar específico, chamado de Estoque
Morto ou Evaporado, que é próprio para abrigar mercadorias que esperam
por reparos e consertos ou itens que não podem ser descartados por algum
motivo, como produtos contaminados à espera de testes químicos.

Recentemente ocorreu um caso no Brasil, no qual descobriu-se que um lote


de uma determinada marca de leite estava contaminado com agentes
químicos impróprios para o consumo humano. Desde então, os produtos
pertencentes a esse lote foram isolados no Estoque Morto da referida
empresa e lá ficaram até que todos os testes de perícia fossem realizados.

Estoque Cíclico

Essa metodologia de organização do abastecimento do estoque tem a ver


com ciclo: compras de matérias-primas, agendas de produção e vendas
pré-programadas, tudo dentro de um cronograma de periodicidade já
definido. Geralmente, esse esquema é utilizado por empresas que já
possuem contratos de vendas fechados com clientes, que preveem
quantidades certas de produtos acabados saindo. Por isso, fecham
compras cíclicas com os fornecedores, também nas quantidades certas
para abastecer o ciclo de produção. Esse tipo de procedimento ajuda,
nesses casos, a economizar custos como energia e mão de obra, uma vez
que ligar grandes máquinas industriais de produção apenas para produzir
pequenas quantidades de itens acarreta em desperdício de energia e
tempo dos funcionários. Com o Estoque Cíclico, toda vez que a linha de
produção é ativada produz-se a quantidade ideal de produtos acabados.

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Estoque de Segurança

Normalmente, as casas e os condomínios residenciais possuem


compartimentos nos quais armazenam água, denominados Caixa D’água.
Eles servem para garantir que o consumo de água nesses lugares em
atividades do dia a dia como tomar banho, lavar a louça e lavar roupa não
parem nem atrasem caso falte água na região. Nesse exemplo, a caixa
d’água funciona como o Estoque de Segurança dessas casas, porque
guarda um pouco de água a mais para evitar problemas em situações
críticas, como no caso de problemas no abastecimento regional. É uma
medida de cautela, que prevê riscos e adianta suas soluções. Nas
empresas funciona da mesma forma, mas com matérias-primas e produtos
acabados. Isso significa que geralmente existe uma quantidade de
produtos armazenados sobressalente – isto é – sobrando, cujo objetivo é
garantir que a empresa não pare seu funcionamento se, por exemplo, faltar
matérias-primas no mercado, ou se o consumo dos clientes naquele mês
extrapolar a média mensal.

Estoque de O gráfico ao lado mostra que essa


Segurança empresa possui 300 itens em estoque.
350
A parte cinza, correspondente a 200
peças, é referente ao estoque comum.
300
Já a parte laranja, de 100 itens,
250 corresponde ao Estoque de Segurança
200 daquele produto, que serve para evitar
150 problemas de vendas ou produção.
100
50
0
1

Estoque Consignado

O Estoque Consignado se dá quando guardamos produtos que não são


nossos. Esse tipo de lógica de armazenamento é comum e ocorre quando
a empresa não quer ter um estoque próprio e aloca produtos do fornecedor
em seu estoque. Dessa forma, paga apenas se utilizar algum dos produtos
guardados. Pense em um frigobar de hotel. Ele guarda lanches e bebidas
em seu quarto, mas eles são do hotel e não seus. Caso você consuma um
refrigerante, por exemplo, pagará por ele quando fechar sua estadia. Por
outro lado, se não consumir nada, não terá custo algum. Os produtos
ficavam guardados no frigobar para sua comodidade.

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Um outro exemplo frequente de Estoque Consignado ocorre em
Concessionárias de Automóveis. Trata-se de lojas que vendem carros,
geralmente apenas de uma montadora. Essa montadora fornece alguns
veículos que ficam guardados dentro da Concessionária, aguardando para
serem vendidos. Dessa forma, caso esses carros consignados sejam
vendidos, a Concessionária repassa uma porcentagem para a respectiva
montadora.

Estoque Regulador

O IOS possui diversas unidades espalhadas pelo Brasil. Em São Paulo,


existem 6 unidades mais o Núcleo, totalizando 7 prédios físicos que
abrigam professores, alunos e funcionários de outras áreas do Instituto. No
entanto, nem todas as unidades possuem autonomia para compras e
abastecimento de estoque. Por isso, a logística de abastecimento das
unidades funciona assim: a matriz (Núcleo) é responsável pela compra de
produtos e por seu armazenamento. Quando uma das unidades periféricas
precisa de algum material, como aventais, apostilas ou canetões, o
responsável da unidade faz o requerimento à unidade central que é quem
faz o abastecimento. Esse é o Estoque Regulador, no qual uma matriz
central de uma empresa abastece as demais unidades. Veja a imagem a
seguir:

IOS Pirituba

IOS Diadema

IOS Santana

IOS Jabaquara

Núcleo SP
IOS Itaquera
IOS Jardim Ângela

A imagem acima retrata bem o esquema de reposição e abastecimento


realizado no Estoque Regulador, no qual uma matriz é responsável por
abastecer todas as filiais/unidades.

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Planejamento e Cálculos

Os objetivos desta aula são:

 Entender a importância do planejamento prévio para o bom andamento do setor de


Estoque;
 Relacionar os conceitos de MRP I aos cálculos de planejamento;
 Observar a lógica e o objetivo de cada um dos cálculos, bem como seus impactos sobre
o Controle de Estoque.

Bons estudos!

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A importância do Planejamento
Você já assistiu ao Chapolin Colorado? Dentre seus vários bordões,
costumava dizer que “foi tudo friamente calculado”. Talvez seus atos
atrapalhados dissessem o contrário, mas no fim, tudo sempre dava certo.

Desconsiderando-se os tais atos atrapalhados, planejar as ações antes de


executá-las é parte fundamental de qualquer estratégia, seja pessoal ou
empresarial. Novos empreendimentos requerem algo chamado Plano de
Negócio, um documento no qual se faz todas as especificações financeiras,
de estrutura, de marketing e jurídicas que serão pertinentes ao negócio que
se quer abrir. Até porque, se não houver tal planejamento, muito
provavelmente a nova empresa estará destinada ao fracasso antes mesmo
de nascer.

Com as empresas já estabelecidas no mercado não é


diferente. As rotinas de produção dependem, sobretudo,
de cálculos numéricos e estratégicos que informam os
prazos, as quantidades e valores certos que a fábrica
precisa considerar para manter seu funcionamento
correto.

Nessa aula, conheceremos os quatro principais cálculos realizados no


Controle de Estoque que fazem parte da base estratégica de planejamento
de ações de produção.

Consumo Médio
O consumo médio representa a demanda média ocorrida no mês para
determinado material ou produto e é utilizado como base para calcular o
todos os outros valores que veremos adiante.

Dessa forma, nada mais é do que a quantidade de produtos consumidos


em um determinado período de tempo. Ou seja: se em um ano nós
bebemos 1000 litros de água, o consumo médio mensal é de 1000 sobre
12, porque o ano tem doze meses. Realizando essa divisão, chegaremos
ao resultado de 83,333 litros por mês. Assim, observamos que o cálculo do
Consumo Médio se dá por meio de uma simples divisão: o total de itens
consumidos pelo tempo que queremos determinar.

No caso de produtos sazonais, ainda é possível realizar o cálculo


atribuindo-se pesos de 0 a 9 aos meses do ano, de acordo com as
demandas representadas por cada mês.

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A atribuição de peso ocorre quando o consumo em um determinado mês é
significativamente diferente dos demais, e serve para não comprometer o
resultado final no cálculo do consumo médio. Por exemplo, o consumo
médio de uma empresa que trabalha com produtos sazonais como o
sorvete é muito maior no verão do que nos demais meses do ano. O
consumo aumenta muito nesses meses de pico de vendas e o resultado
final do consumo médio pode ser prejudicado por um valor muito maior do
que a realidade de todos os outros meses. O resultado final seria
influenciado por esse valor e o consumo médio não representaria a
realidade.

Para sanar esse problema, a empresa pode atribuir pesos a esses meses
de maior consumo. Quanto mais fora da realidade, maior o peso atribuído.
Assim, supondo-se que em um mês no início do verão as vendas cresçam,
o peso atribuído a este mês será dois. Se as vendas somam o triplo do
normalmente comercializado, o peso atribuído será três e assim por diante.
Ao final do processo, dividiremos o total de consumo pelo total dos pesos
atribuídos e, assim, o resultado do cálculo é mais preciso. Veja a tabela:
Meses Consumos Pesos Consumos x Pesos

Janeiro 88 1 88

Fevereiro 90 1 90

Março 96 1 96

Abril 155 2 310

Maio 85 1 85

Junho 150 2 300

Julho 300 3 900

Total 11 1869

Observe que a soma de todos os Consumos x Pesos foi de 1869, e a soma


dos pesos, 11. Ao dividir 1869/11, teremos um valor aproximado de 170.
Logo, o consumo médio desse período foi de 170 produtos por mês.

Classificação ABC
O objetivo da classificação de produtos por meio da curva ABC é permitir à
administração de estoques saber quais produtos tiveram maior movimento
médio em determinado período e quais foram os produtos de maior custo.
Dessa forma, facilita-se a identificação dos produtos que devem receber
mais atenção no gerenciamento dos estoques.

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O método leva esse nome devido à classificação que é dada aos produtos.
Os produtos da Classe A são aqueles de maior importância, que devem ser
tratados com especial atenção. São os produtos cuja média de consumo
multiplicada pelo custo é alta em relação aos demais e, por isso, são
aqueles que têm maior custo de estocagem e alta rotatividade, devendo ser
adquiridos com maior frequência.

Os produtos da Classe C são aqueles cujo consumo médio multiplicado


pelo custo não é tão elevado. Portanto esses produtos têm custo de
estocagem e rotatividade menor, podendo ser adquiridos com menor
frequência e em maiores quantidades.

Por sua vez, os produtos da Classe B são aqueles produtos que se


encontram em uma situação intermediária entre as classes A e C.

Para a classificação dos produtos, um percentual deve ser atribuído a cada


classe (totalizando 100%), de modo a obter um valor limite para que os
produtos se enquadrem nas respectivas classificações.

Assim, ordenam-se os produtos pelo resultado do consumo médio


multiplicado pelo custo, classificando-os em ordem decrescente, enquanto
a somatória desse resultado for menor que o percentual informado para
cada classe. Calcula-se o valor do consumo médio total da empresa e sobre
esse total aplica os percentuais das classes A, B e C, encontrando assim
os valores que serão utilizados para comparação com o consumo médio de
cada produto. Receberá classe "A" o produto que representar maior valor
de giro no estoque e classe "C" o que representar menor valor de giro no
estoque. Exemplo: Considere os seguintes produtos já ordenados pelo total
resultante do custo, multiplicado pelo consumo médio (campo total):

Consumo
Produto Custo Total % Individual Classificação
Médio
Paletó 82,40 60 4944,00 18,53% A

Camisa 68,70 71 4877,70 18,28% A


20%
Terno 96,50 49 4728,50 17,72% B

Gravata 17,45 258 4502,10 16,87% B


35%
Sapato 16,24 254 4124,96 15,46% C
O restante
Meia 15,24 230 3505,20 13,14% C

Total 26682,46 100%

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Agora, supondo-se que sejam definidos percentuais de 20% e 35% para as
classes A e B, respectivamente, os produtos seriam então classificados da
seguinte maneira:

Enquanto a somatória do total for menor que o percentual definido para a


Classe A, os produtos serão classificados como A, como no caso dos dois
primeiros produtos. Note que o segundo produto, a camisa, com sua
porcentagem somada à anterior, ultrapassa a porcentagem limite de 20%
para a classe. No entanto, como o produto anterior, o paletó, não
preencheu sozinho os 20%, a camisa entra na mesma classificação,
mesmo estourando o limite.

Nesses casos, o sistema mantém o produto na classe que está tratando e


começa a classificação na nova classe somente a partir do próximo produto
da lista. Do mesmo modo, continua-se a classificar os produtos como
pertencentes à classe B enquanto a somatória dos totais for menor do que
o percentual definido a essa classe, somada à anterior. Os produtos
restantes podem ser classificados como classe C.

Lote Econômico

Como vimos, existe um consenso em torno de estoque: mantê-lo alto é


prejudicial à empresa, tanto financeira quanto logisticamente (onde guardar
tanto material?). É importante manter o estoque em um nível que não
comprometa as rotinas do ambiente.

Por exemplo, o insucesso na entrega de um pedido a um cliente é o tipo de


prejuízo que não pode ser mensurado, mas que sem dúvida alguma é
extremamente prejudicial.

A principal vantagem de se manter um estoque baixo é financeira.


Estoques baixos exigem menor capital de giro. Não é preciso recorrer a
financiamentos e com isso não se paga juros. Se houver capital próprio,
este é liberado para ser aplicado, oferecendo um rendimento para a
empresa.

Quando o nível de estoques é reduzido, existem vantagens como:


 Menor quantidade de espaço físico para armazenamento;
 Menor risco de obsolescência e deterioração;
 Menor custo de seguro;
 Menor risco de desperdício.

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O conflito entre as vantagens e desvantagens na quantidade a encomendar
a cada nova compra e/ou produção é resolvido por meio do cálculo do Lote
Econômico. Por meio do lote econômico obtém-se a quantidade ideal para
se produzir ou comprar toda vez que for necessário. O cálculo é feito em
função do consumo médio mensal e da periodicidade de compra ou
produção dos produtos classificados pela curva ABC.

O período de aquisição deve ser definido em meses para cada classe de


material (ABC).

Dessa forma, pode-se representar o cálculo do lote econômico pela


fórmula: LE = CM X PA, na qual:
CM = Consumo Médio
PA = Periodicidade de Aquisição

Exemplo:
Para os Produtos de Curva A, comprar a cada 30 Dias (1 mês).
Para os Produtos de Curva B, comprar a cada 60 Dias (2 meses).
Para os Produtos de Curva C, comprar a cada 90 Dias (3 meses).

Isso significa que a quantidade a ser comprada para os produtos do grupo


C deve garantir que o produto fique armazenado por três meses no
estoque. Assim, um produto com consumo médio de 200 peças, estando
classificado na Curva B do estoque, terá quantidade do Lote Econômico
em 400 peças, pois 200 X 2 = 400.

Ponto de Pedido

O Ponto de Pedido é a quantidade em estoque que uma vez atingida, inicia


o processo de compra ou produção, considerando o consumo médio
mensal, o tempo de reposição e o estoque de segurança.

Ao ser cadastrado no sistema, o Ponto de Pedido permite ao ERP TOTVS


abrir uma solicitação de compras toda vez que um produto chegar a uma
quantidade crítica em estoque. Dessa forma, garante que nunca faltem
matérias-primas no estoque, por exemplo.

A fórmula para cálculo do ponto de pedido é:

PP = (CM*TR) + ES

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No qual:
CM = consumo médio;
TR = tempo de reposição, que é o prazo de entrega do cadastro do produto;
ES = estoque de segurança;
PP = ponto de pedido;

Para entender o cálculo, veremos um exemplo:

O produto abacate possui um Consumo Médio de 30. Isso significa que a


cada mês, 30 abacates são utilizados na empresa. O Tempo de Reposição
desse produto é de 2 meses, ou seja, o fornecedor de abacates leva dois
meses para entregar novos produtos. O cálculo do Estoque de Segurança
chegou à conclusão que a empresa deve possuir no mínimo 20 abacates
em seu estoque. Dessa forma:

CM = 30
TR = 02 meses
ES = 20

PP = (CM*TR) + ES

PP = (30*2) + 20 = 80

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E no sistema?

Os objetivos desta aula são:

 Reforçar a necessidade dos cadastros no ERP TOTVS;


 Compreender a importância do endereçamento no Estoque;
 Identificar as principais Unidades de Medida utilizadas no mundo;
 Apresentar a facilidade proporcionada pelo agrupamento de produtos.

Bons estudos!

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E no Sistema?

Agora, vamos pôr em prática o que aprendemos sobre o setor de Estoque,


simulando o dia a dia de uma empresa que utiliza o ERP TOTVS!

Novamente, acessaremos o SmartClient, que é o aplicativo que carrega a


interface do sistema e pode ser ativado no Servidor ou na própria estação
de trabalho. Para acessá-lo, basta clicar duas vezes no ícone relativo à
sua turma.

Tela de Login ERP TOTVS

Tela de Acesso

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Após fazer o acesso ao sistema, o primeiro passo é fornecer as
informações necessárias para que os processos possam ser geridos pelo
ERP.

Em nosso Estoque, precisamos organizar os produtos e materiais, de modo


que, quando precisarmos procurá-los, os achemos com facilidade e
rapidez. Para isso, o sistema realiza o endereçamento de produtos. É como
se fosse um mapa, no qual constam todos os materiais e seus respectivos
endereços. Normalmente, os endereços são numéricos, ou seja, são
números que identificam onde estarão guardados e/ou separados
determinados produtos. Nosso primeiro passo será informar ao sistema a
existência de três endereços: o estoque de produtos, o estoque de
materiais de apropriação indireta e o controle de qualidade.

Para isso, acesse: Atualizações > Cadastros > Endereçamento >


Endereços > Incluir.

Como Cadastrar os Endereços?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Endereços Incluir, nela


deverão ser incluídas três informações referentes aos endereços. Como
visto anteriormente, temos três endereços para cadastrar que serão
utilizados para armazenar nossos materiais. Essas informações estão na
tabela abaixo.

Cadastro de Endereços

Endereços 1 – Estoque de Produtos 2 – Materiais de Apropriação Indireta 3 – Controle de Qualidade

Armazém 01 99 02

Endereço 100 101 102

Descrição Estoque de Produtos Mat. De Apropriação Indireta Controle de Qualidade

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Agora, o sistema sabe que possuímos um local para estocagem de
produtos, outro para guardarmos materiais de apropriação indireta, ou seja,
aqueles de difícil medida, como latas de tinta, por exemplo, e o controle de
qualidade, que é o lugar onde os produtos esperam testes e avaliações
para comprovar que estão em perfeitas condições para seguir para as
vendas.

Falando em medida, cada produto requer uma unidade diferente. A tinta,


por exemplo, deve ser medida em litros. Produtos alimentícios, no geral,
são medidos em quilos. A prestação de serviços é medida em horas.
Temos, ainda, dúzia, par, unidade. Cada uma para medir um produto
específico. O ERP TOTVS já traz algumas unidades pré-cadastradas, mas
podemos cadastrar unidades novas, caso haja a necessidade. Vamos
cadastrar uma nova unidade de medida, a dezena, utilizada para medir
produtos que aparecem em kits de dez em dez unidades.

Para isso, acesse: Atualizações > Cadastros > Produto > Unidades de
medida > Incluir.

Como Incluir as Unidades de Medida?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Unidades de Medida - Incluir,


nela deverão ser incluídas as informações referentes às unidades de
medida. Vamos incluir uma nova unidade: a dezena.

Cadastro de Unidades de Medida

Un. Medida DE

Desc. Resum. DEZENA

Desc. Portug. DEZENA

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Por fim, vamos cadastrar um Grupo de Produtos. Trata-se de uma
aglutinação de produtos similares e serve para facilitar alguns processos
no sistema. Lembra do Produto x Fornecedor? Imagine que o fornecedor
Panificadora Itaim venda 123 produtos diferentes. Ao invés de amarrarmos
123 vezes um produto ao fornecedor, podemos colocar todos esses
materiais em um grupo chamado “Produtos da Padaria” e, depois,
amarrarmos o fornecedor Panificadora Itaim somente ao grupo Produtos da
Padaria, que já engloba por si só os 123 itens vendidos. Vamos cadastrar
um grupo que englobe nossos produtos: Matérias-Primas do Caderno.

Para isso, acesse: Atualizações > Cadastros > Produto > Grupos >Incluir.

Como cadastrar o Grupo de Produtos?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Grupo de Produtos - Incluir,


nela deverão ser incluídas as informações em relação aos produtos
vendidos pelos fornecedores.
Deveremos incluir o novo grupo com seu código e descrição. Note que
ainda não temos nenhum produto incluído nele.

Cadastro de Grupo de Produtos

Cod. Grupo 0008

Desc. Grupo MATÉRIAS-PRIMAS DO CADERNO

Agora temos o grupo informado no sistema, mas ele está vazio. Para
dizermos ao ERP TOTVS quais produtos fazem parte dele, precisaremos
alterar o cadastro das nossas matérias-primas. No cadastro de Produto
existe um campo chamado Grupo. Nele, deveremos informar o código
0008, referente ao grupo que acabamos de criar. Dessa forma, o sistema
associa o produto ao grupo informado, incluindo-o nele.

Para isso, acesse: Atualizações > Cadastros > Produto > Produtos > Folha
Pautada > Alterar.

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Após acessar o caminho, será exibida a tela Produtos – Folha Pautada –
Alterar. Note que se trata da mesma Folha Pautada que incluímos antes e
que faz parte do nosso Caderno. Por meio da rotina Alterar, podemos incluir
ou alterar informações antes cadastradas. Localize o campo Grupo e
informe o código 0008. Clique em Confirmar e repita o procedimento
também para os produtos Capa e Espiral.

Agora o ERP TOTVS sabe que no grupo Matérias-Primas do Caderno


estão contidos os produtos Folha Pautada, Capa e Espiral!

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Tipos de Movimento

Os objetivos desta aula são:

 Identificar as diferenças entre os tipos de movimento;


 Compreender a importância da utilização correta das movimentações no Estoque.

Bons estudos!

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Tipos de Movimento

Como já sabemos, é imprescindível que haja controle sobre tudo que entra
ou sai de algum departamento em uma empresa. Se não houver a
preocupação em registrar todas as saídas e entradas de materiais do
armazém, chegará uma hora em que o departamento não saberá mais se
possui ou não determinados produtos, fator que impactará negativamente
em todos os processos. Para controlar todas as movimentações, o ERP
TOTVS utilizará o que chamamos de tipos de movimentos. Assim, ele
saberá exatamente quantas unidades de cada material a empresa possui
nos armazéns.

Existem três tipos de movimento: a Requisição, a Devolução e a Produção.

Requisição acontece quando alguém pede algum produto para o armazém.


Logo, esse produto sairá do estoque para atender a alguma necessidade.
Portanto, trata-se de uma saída de materiais.

A Devolução, ao contrário, se dá quando um produto é devolvido ao


armazém por algum motivo. Logo, é um produto que está voltando ao
estoque. Portanto, trata-se de uma entrada de materiais.

Por fim, a Produção. Trata-se de um movimento duplo, no qual as matérias-


primas que serão requisitadas e trabalhadas no processo de produção e
serão devolvidas ao estoque na forma de produto acabado. Por isso, na
produção temos uma saída de matérias-primas e uma entrada de produtos
acabados. No entanto, não temos algum movimento cadastrado no
sistema. Antes de mais nada, é necessário incluí-los. Vamos lá?

Para isso, acesse: Atualizações > Cadastros > Movimentações > Internas
>Incluir

Como Cadastrar os Tipos de Movimento?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Tipos de Movimento – Incluir.


Nela deverão ser incluídas as informações referentes aos movimentos. Os
principais campos são:

Código
 Os códigos de 0 a 500 representam entradas.
 Os códigos de 501 a 999 representam saídas.
 Os códigos 499 e 999 são de uso interno do sistema e representam,
consecutivamente, entrada e saída automática.

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Aprop. Indir. – Define se o material movimentado possui incidência direta no
valor final de um produto acabado.
 Sim: DESATIVA a apropriação indireta do produto.
 Não: ATIVA a apropriação indireta do produto.

Atu Emp. – O campo de atualização de empenho indica se os registros do


Ajuste de empenho serão lidos e baixados no movimento, caso sejam
relacionados a uma ordem de produção.

Transf.Mod – Transfere mão de obra. Indica se o movimento deve requisitar


mão de obra empenhada ou não (a maioria dos casos referentes à produção
P.C.P. não exigem a requisição desse tipo de mão de obra).

Valorizado – Movimento valorizado. Indica se o usuário irá definir o valor do


movimento ou não. Se for indicar o valor do movimento, estará ignorando o
custo médio histórico forçando o valor digitado.

Qtd. Zero – Permite quantidade zerada. Funciona em conjunto com o campo


“Movimentos valorizados”. Permite incluir um movimento valorizado sem
quantidade, apenas para ajuste de valor. Cadastraremos os três movimentos a
seguir:

Cadastro de Tipos de Movimentos

Código T.M. 600 010 400

Tipo T.M. Requisição Produção Devolução

Descrição Requisição Manual Produção Automática Devolução Manual

Aprop. Indi? Não Sim Não

Atu. Empenho? Não Sim Não

Transf. M.O.D.? Não Não Não

Valorizado Não Não Não

Envia P/ C.Q.? Não Não Não

Libera P.V.? Não Não Não

Qtd. Zero? Não Não Não

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Agora, existe no sistema uma base de movimentações que servirá para que
os usuários possam criar movimentos personalizados de entrada, saída ou
produção que atendam às suas necessidades.

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Engenharia

Os objetivos desta aula são:

 Iniciar o Fluxo de Processos de Produção por meio do cadastro e aprovação de pré-


Estruturas;
 Observar a importância da Estrutura de Produtos para toda a base de planejamento do
Controle de Estoque;
 Apresentar a rotina Grupo de Opcionais e suas principais características.

Bons estudos!

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O que é Estrutura?

O processo industrial de produção é igual em todos os lugares: a empresa


utiliza matérias-primas, que são trabalhadas em uma linha de produção até
serem transformadas em um produto acabado. Até aí, parece simples.

Vamos pensar que alguém pediu a você que fizesse um bolo. A primeira
coisa em que pensamos é: “cadê a receita?”. Isso porque se não
soubermos quais são os ingredientes e quais são as quantidades, a
probabilidade de errarmos no preparo do bolo é enorme.

Agora imagine que você precisa fazer mais de 20 tipos de bolos diferentes,
cada um com uma receita diferente. Bem mais complicado de lembrar,
certo?

No ramo industrial é a mesma coisa: cada produto acabado tem uma


“receita”, que indica quais e quantas matérias-primas serão necessárias
para sua fabricação. Algumas fábricas produzem centenas de produtos
diferentes, cada um com uma “receita” diferente, que é chamada de
Estrutura.

Cada Estrutura informa as matérias-primas e suas quantidades certas para


a fabricação de um respectivo produto acabado, e devem ser cadastradas
no ERP TOTVS para que o sistema e os funcionários sempre saibam de
quantas matérias-primas precisarão para atender a uma ordem de
produção específica.

A representação do cadastro de Estruturas é feita por meio de uma


estrutura de árvore, que identifica a hierarquia entre os itens cadastrados,
como na figura abaixo:

PA1
Produto
Acabado

MP1 MP2
Matéria-Prima1 Matéria-Prima2

Para incluir uma Estrutura no ERP TOTVS, devemos acessar: Atualizações


> Engenharia > Estruturas > Pré-Estrutura > Incluir.

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Como cadastrar as Estruturas?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Pré-Estruturas – Incluir. Nela


deverão ser incluídas as informações referentes à estrutura desejada, mas
em caráter pré-operatório. A pré-estrutura deverá ser posteriormente
aprovada por um responsável para então tornar-se uma estrutura oficial.

Cadastro de Pré-Estrutura

Código – Identifica qual produto terá sua pré-estrutura cadastrada. Note que esse
produto já deve ter sido incluído previamente na rotina Cadastro de Produtos.

Estrutura Similar – Opcional. Permite que um código de produto que possua


estrutura seja sugerido. O cadastro trará os componentes como base para
inclusão da nova pré-estrutura.

Revisão – Esse campo é utilizado na rotina de visualização da estrutura e permite


que sejam visualizados componentes relacionados à revisão informada, por
exemplo, quando a estrutura for alterada. Isso permite um controle sobre todas
as mudanças na estrutura de um produto.

Base Pré-Estrutura – Indica qual é a quantidade do produto resultante dos


componentes cadastrados. Ou seja, informa quantos produtos acabados serão
produzidos a partir das matérias-primas indicadas.

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Inicialmente, devemos informar qual o produto acabado que possui a pré-
estrutura que será cadastrada. No campo Código, digite o código do
caderno, 004. A quantidade da Base Pré-Estrutura será 1, pois
informaremos a receita para produzir um caderno. Após digitar o número 1
no campo, pode-se pressionar a tecla enter. Automaticamente surgirá uma
“pastinha” com o código e a descrição do produto acabado informado, que
nesse caso é o caderno.

Devemos selecionar a pasta referente ao caderno, que está vazia, e incluir,


uma a uma, as matérias-primas que o compõem. Para isso, deve-se clicar
no botão incluir, localizado na parte inferior direita da tela. Então, a seguinte
tela surgirá:

Aqui, basta informar o código dos componentes e suas quantidades. Para


fazer um caderno, utilizaremos 90 folhas pautadas. Logo, no campo
Componente informaremos o código 001, referente à folha pautada, e no
campo Quantidade, o número de folhas necessárias para fabricar um
caderno, que é 90.

Ao confirmar a tela, o ERP TOTVS fica sabendo que 1 caderno possui 90


folhas. Repetimos o procedimento informando a quantidade de capas, que
é 2, e a quantidade de espirais, que é 1. Note que para cada componente
devemos fazer uma inclusão individual.

Ao fim do procedimento, será exibida a seguinte tela:

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Devemos observar se os componentes estão todos dentro da pasta
referente ao produto acabado. Caso estejam hierarquicamente coerentes,
podemos confirmar o procedimento por meio do botão Ok, localizado na
parte inferior direita da tela.

Em uma empresa, quem aprova a pré-estrutura é o funcionário responsável


competente pela sua produção. Quem cadastra a pré-estrutura tem seu
trabalho terminado aqui e, por isso, pode confirmar a tela.

Quando o cadastro de pré-estruturas for alterado, a tela abaixo será exibida


para o sistema calcular os níveis dos produtos na estrutura, conforme tela
a seguir:

Basta confirmá-la por meio do botão Ok. Agora, temos uma pré-estrutura
cadastrada no ERP TOTVS. Ela precisará ser aprovada por um funcionário
responsável para passar a “valer de verdade”.

Observe que sua lenda está em amarelo, ou seja, “em criação”. Ela
precisará, ao fim do processo, estar na cor verde, que significa “Pré-
Estrutura Aprovada”.

Para aprová-la, é necessário acessar o link: Atualizações > Engenharia >


Estruturas > Pré-Estrutura > Aprovar/Rejeitar.

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Como aprovar as Estruturas?

Após acessar o caminho, será exibida uma tela de pesquisa, que deverá
ser apenas confirmada por meio do botão Ok. Então, seremos levados à
tela Pré-Estruturas – Aprovar/Rejeitar. Observe que ela é praticamente
idêntica à anterior. A única diferença está na parte inferior da tela, na qual
constam duas checkbox: a Aprovar Pré-Estrutura e a Rejeitar Pré-
Estrutura. Aqui, o funcionário avaliará a pré-estrutura incluída no sistema e,
se ela estiver correta, a aprovará marcando a primeira checkbox. Caso
contrário, ela será rejeitada e voltará para a pessoa que a incluiu, para que
as devidas correções sejam feitas. Veja a imagem a seguir:

Assim que o responsável clicar no botão Ok para aprovar a pré-estrutura,


o ERP TOTVS perguntará se todos os níveis estão aprovados, ou seja, se
todas as ramificações do produto acabado contêm as quantidades certas
de matérias-primas necessárias. No nosso caso, o produto caderno possui
apenas um nível, que é onde estão as folhas pautadas, a capa e a espiral.
Produtos mais complexos podem possuir mais de um nível. Por exemplo,
uma empresa que fabrica uma bicicleta e todos os seus componentes. Em
um primeiro nível, a bicicleta será composta por um banco, um guidão, dois
pedais, duas rodas, um quadro e uma corrente. Todos eles estariam no
primeiro nível da bicicleta. No entanto, esses componentes, por sua vez,
também são feitos de outros componentes, como o banco, que é produzido
a partir de ferro, couro e plástico. Essas três matérias-primas estariam no
segundo nível da bicicleta, pois compões uma das partes da bicicleta, e
assim por diante. Veja a tela a seguir, que mostra a confirmação solicitada
pelo sistema:

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Basta clicar na opção Todos, caso todos os níveis estejam corretos e agora
teremos uma pré-estrutura aprovada, conforme imagem a seguir:

Note que a legenda passou da cor amarela para a verde, indicando que a
pré-estrutura foi aprovada. Para que ela se transforme em uma Estrutura
legítima, é preciso realizar uma última rotina: a Criar Estrutura.

Para isso, deveremos acessar o link: Atualizações > Engenharia >


Estruturas > Pré-Estrutura > Criar Estrutura.

Como criar uma Estrutura?


Após acessar o caminho, será exibida uma tela de pesquisa, que deverá
ser apenas confirmada por meio do botão Ok. Depois, seremos levados à
tela Pré-Estruturas – Criar Estrutura. É uma tela igual à de inclusão de pré-
estruturas. Basta selecionarmos o caderno e clicarmos em ok.

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O ERP TOTVS iniciará então a rotina de criação de estruturas, conforme
imagem a seguir:

Clicando em avançar, o sistema trará algumas opções, como podemos


observar na imagem abaixo:

Considera níveis: Todos


(Quais níveis devem ser
considerados)

Considera status: Aprovados


(Quais pré-estruturas devemos
considerar)

Considera componentes: Qualquer


data
(Qual data deve ser considerada?)

Mais uma vez, clica-se em Avançar.

Agora, o sistema irá fazer mais duas perguntas. Observe na imagem a


seguir.

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Estruturas já existentes
Sobrescreve – Salva a estrutura por cima de outra já existente para
o mesmo produto;
 Mantém – Mantém outras estruturas já existentes para o mesmo
produto, se elas estiverem criadas.
Pré-Estrutura gravada
 Apaga – Exclui a pré-estrutura que originou a estrutura criada na
rotina;
 Mantém – Mantém a pré-estrutura que originou a estrutura criada
na rotina.

No nosso caso, não temos outra estrutura para o caderno, então tanto faz
a opção escolhida em estruturas já existentes. Como temos que escolher
uma, marcaremos Sobrescreve. Já em Pré-Estrutura gravada, vamos
marcar Apaga para limpar a base e mantermos só a Estrutura Oficial do
caderno, que entrará em funcionamento toda vez que houver uma ordem
de produção para o produto acabado Caderno. O sistema verificará
quantos cadernos foram solicitados e multiplicará a quantidade de matérias
primas necessárias pelos valores informados na estrutura do produto.

Ao clicar em Finalizar, encerramos o procedimento e criamos a estrutura


para o nosso produto.

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Grupos de Opcionais

O Grupo de Opcionais permite a criação de estruturas dinâmicas no caso


de produtos que possuam opcionais. Em outras palavras, permite que
criemos um grupo de opcionais para uma estrutura, ao invés de várias
estruturas semelhantes com apenas algumas diferenças.

Nosso caderno, por exemplo, pode vir na versão com capa dura ou capa
flexível. Ao invés de criarmos uma estrutura para o caderno com capa
flexível e outra para o caderno com capa dura, criamos apenas uma, para
o caderno genérico, e um grupo de opcionais que contém as opções de
capa.

Para incluir um Grupo de Opcionais, devemos acessar o link: Atualizações


> Engenharia > Estruturas > Opcionais > Incluir.

Como cadastrar os Grupos de Opcionais?


Após acessar o caminho, será exibida a tela Grupos de Opcionais – Incluir.
Nela deverão ser incluídas as informações referentes ao grupo e às opções
que ele deverá conter. Preste atenção aos códigos: o código do grupo será
001. Ele terá duas opções: a Capa Flexível, cujo código será 0001, e a
Capa Dura, cujo código será 0002.

Primeiro, informaremos o código e a descrição do grupo na parte superior


da tela:

 Grupo de Opcionais: 001


 Descrição: Opcionais Capas Caderno

Depois, informaremos os itens opcionais do grupo. Ou seja, a capa flexível


e a capa dura. Na parte inferior da tela, preencheremos a primeira linha
com as informações referentes à primeira opção e, depois de pressionar
a seta para baixo do teclado, preencheremos na segunda linha que surgirá
as informações referentes à segunda opção de capa.

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Itens Opcionais = 0001
Desc. It. Opcionais = Capa Flexível

(Pressionar seta para baixo)

Itens Opcionais = 0002


Desc. It. Opcionais = Capa Dura

Ao confirmar a tela, teremos o grupo de opcionais cadastrado. No entanto,


na estrutura que criamos não informamos a existência de opcionais para a
capa. É necessário alterar a estrutura do caderno e, no componente capa,
informar a existência das duas opções para ela.

Para isso, acessaremos o cadastro de estruturas por meio do caminho:


Atualizações > Engenharia > Estruturas > Estrutura. Selecione o produto
004 – Caderno e clique em alterar. A tela a seguir é a mesma que vimos
várias vezes durante essa aula. Dessa vez, selecionaremos o componente
Capa e clicaremos no botão Editar.

Faça a seguinte alteração, nos campos indicados em vermelho:

Sequência – 001
Grupo de Opcional – 001
Item Opcional – 0001

Confirme a tela. Em seguida, voltaremos à tela inicial da Estrutura. Clique


sobre o caderno e pressione a opção Incluir. Iremos incluir outro
componente Capa, dessa vez com o Item Opcional 0002. Faça conforme
orientação a seguir.

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Componente - 002
Sequência – 002
Quantidade - 2
Grupo de Opcional – 001
Item Opcional – 0002

Note que não teremos um caderno com 4 capas, mas sim um caderno com
duas capas que possuem duas opções: dura ou flexível.

Confirme a tela. Surgirá a tela de recálculo de níveis de estrutura. Confirme-


a também. Pronto! Temos nossa estrutura do caderno pronta, com duas
opções de capa a serem escolhidas!

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Controle de Saldos

Os objetivos desta aula são:

 Destacar a importância do controle adequado dos saldos dos produtos para o


funcionamento da empresa;
 Apresentar as ferramentas de controle de saldo oferecidas pelo ERP TOTVS;
 Relacionar as funcionalidades da ferramenta Transferência.

Bons estudos!

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A importância do Controle de Saldos

Como vimos na primeira aula, dentre as atribuições do Estoque estão


responder quais e quantos produtos existem no armazém e quais seus
respectivos valores. Essas informações são cruciais para o correto
planejamento de compras, de produção e de vendas, e impacta
diretamente nos resultados financeiros desejados.

É possível consultar de maneira prática e rápida todas essas informações


por meio da automatização oferecida pelo ERP TOTVS. Nele, existem
principalmente três rotinas que auxiliam o controle de saldos: os Saldos
Iniciais, Saldos Atuais e Transferências.

Saldos Iniciais

Já sabemos que o sistema atualiza o estoque sempre que há entradas e


saídas de materiais, internas ou externas. Isso significa que todas as
movimentações que acontecem enquanto a empresa utiliza o software ERP
são registradas e controladas. No entanto, pense na seguinte situação:
uma empresa já existente adota o ERP TOTVS e o instala. Veja que essa
empresa já possuía um estoque físico antes de adquirir o ERP. Logo, esses
produtos não estarão referenciados no sistema. Como resolver esse
problema? Por meio dos Saldos Iniciais, rotina que permite a inclusão
manual de um saldo de um produto.

Como incluir os Saldos Iniciais?


O primeiro passo é cadastrar o produto no sistema. No nosso caso,
tomaremos como exemplo o produto Luva. Para cadastrá-la, é necessário
acessar a rotina de Cadastro de Produtos que já conhecemos, por meio do
link: Atualizações > Cadastros > Produto > Produtos >Incluir.

Na tela de Cadastro de Produtos, vamos incluir as seguintes informações:

Código: 016
Descrição: Luva
Tipo: MC
Unidade: P=Par
Armazém Padrão: 01
Seg. Um. de Medi: UN
Fator Conv: 2
Tipo de Conv: Multiplicador
Apropriação: Indireta

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Observe que aqui tivemos algumas diferenças em relação aos cadastros
de produtos que fizemos anteriormente. Primeiro, a luva é um Material de
Consumo (MC), porque apesar de ser utilizada pelos funcionários no
processo de fabricação, não compõe o produto acabado final. Segundo, a
unidade de medida principal da luva é o par, já que são produtos que são
vendidos de dois em dois. Isso implica em mais três campos novos:

 Segunda Unidade de Medida – Utilizada em movimentações nas quais


trabalhamos com unidades de medida diferentes. Por exemplo: a luva é
medida inicialmente em pares, mas pode ser medida também em
unidades.
 Fator de Conversão – Valor a multiplicar ou dividir a segunda unidade de
medida. Por exemplo, a luva tem o Par como unidade de medida principal.
Para que a segunda unidade de medida, a Unidade, seja coerente com o
valor total do produto, deverá ser multiplicada pelo número 2, já que 1 par
é igual a 2 unidades.
 Tipo de Conversão – Determina como será obtida a segunda unidade de
medida: se multiplicando ou dividindo a primeira unidade de medida pelo
fator de conversão.

Por fim, a luva é um produto de Apropriação Indireta, ou seja, de difícil


contagem e medida durante o processo de produção.

Agora que possuímos o produto cadastrado, podemos incluir seus saldos


iniciais. Para isso, deveremos acessar o link: Atualizações > Saldos > Inicial
> Incluir.

Após acessar o caminho, será exibida a tela Saldos Iniciais – Incluir. Aqui,
deverão ser incluídas as informações referentes aos saldos de um produto
específico. Os principais campos são:

 Produto – Código do produto a ter o saldo inicial cadastrado;


 Armazém – Armazém relacionado ao produto a ter o saldo inicial
cadastrado;
 Qtd. Inic. Mês – Quantidade inicial do produto no início do período;
 Qtd. Inic 2ª UN – Quantidade inicial do produto no início do período na sua
segunda unidade de medida;
 Sld. Inic. Mês – Valor total em estoque do produto no início do período.

Vamos incluir as seguintes informações:

Produto: 016
Armazém: 01
Qtd. Inic. Mês: 1000
Sld. Inic. Mês: 1000

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Observe que ao preencher a quantidade inicial com 1000 pares,
automaticamente o sistema atualiza a quantidade inicial da segunda
unidade de medida com 2000 unidades, utilizando o fator conversor 2
informado no cadastro da luva.

Cadastro dos Saldos Iniciais

Saldos Atuais

A rotina de Saldos Atuais permite a consulta dos saldos físicos e valores


em moeda dos produtos registrados no estoque. Nessa tela não é possível
incluir nem alterar dados, apenas consultar informações. Ainda assim, é
uma das rotinas mais utilizadas nas empresas. Vamos consultar o saldo do
produto folha pautada. Para isso, deveremos acessar o link: Atualizações
> Saldos > Atual.

Selecione o produto 001 – Folha Pautada e clique em Visualizar. Vamos


nos ater às seguintes informações:

 Salto Atual – 100000. Afinal, compramos 100000 folhas pautadas lá


no departamento de compras, lembra?
 C.Unitário – É o resultado do Sld. Atu. Dividido pelo Saldo Atual.
Dessa forma, temos o valor unitário de cada folha pautada, que é de
R$ 0,041.
 Sld. Atu. – É o valor total de todas as folhas pautadas armazenas.
R$ 4.100,00. Percebe algo estranho? Pagamos R$ 0,05 centavos
por folha ao fornecedor Gonçalo. R$ 0,05 x 100000 deveria dar um
valor total de R$ 5.000,00. Acontece que o ERP TOTVS desconta
os 18% referentes ao ICMS embutido no valor dos produtos
acabados comprados. Logo, pode-se concluir que nessa operação,
R$ 900,00 foram pagos exclusivamente ao Governo Estadual.

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Transferência de Saldos

Essa rotina permite informar a transferência de saldos entre armazéns,


produtos, endereços e qualquer combinação dessas variáveis.
Normalmente, são utilizadas para corrigir erros nos saldos registrados no
sistema.
Nessa movimentação, são transferidos a quantidade e o valor de um
produto para outro. O sistema gera, automaticamente, uma requisição do
produto origem e uma devolução para o produto destino, garantindo que os
dois movimentos possuam custo idêntico.

Estoque Estoque

Produto X Produto Y

Vamos imaginar que a empresa verificou que possuía 5 caixas de canetas


pretas e 5 caixas de canetas azuis não referenciadas no sistema. Qual o
primeiro passo? Incluir os produtos Caneta Preta e Caneta Azul no sistema.
Vamos voltar ao cadastro de produtos por meio do link: Atualizações >
Cadastros > Produto > Produtos >Incluir.
Inclua os itens a seguir:

Código 011 012

Descrição Caneta Azul Caneta Preta

Tipo Material de Consumo Material de Consumo

Unidade CX CX

Armazém Padrão 01 01

Seg. Un. de Med: DE DE

Fator Conv. 10 10

Tipo de Conv: Multiplicador Multiplicador

Agora, inclua os saldos iniciais de ambos os produtos acima, por meio do


caminho: Atualizações > Saldos > Inicial > Incluir.

Produto: 011 Produto: 012


Armazém: 01 Armazém: 01
Qtd. Inic. Mês: 6 Qtd. Inic. Mês: 4
Sld. Inic. Mês: 60 Sld. Inic. Mês: 40

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Imagine que por algum equívoco, o saldo do sistema está errado, porque
consta uma caixa de canetas pretas no saldo de canetas azuis. Para corrigir
esse problema, faremos uma transferência de saldos, por meio do link:
Atualizações > Movimentações > Internas > Transf. Simples > Incluir.

Rotina de Transferência de Saldos

Note que a tela de transferências é dividida em três partes. A primeira parte


é onde devemos inserir informações acerca do produto de origem, no caso
o produto que terá seu saldo diminuído. Vamos inserir o código da Caneta
Azul, 011, e seu Armazém Padrão, 01.

A segunda parte é aquela na qual iremos inserir informações sobre o


produto destino, no caso aquele que terá seu saldo aumentado. Vamos
informar o código da Caneta Preta, 012, e seu Armazém Padrão, 01.

Por fim, na parte inferior, iremos preencher a quantidade de saldo


transferido em Quantidade Primária. Como no nosso exemplo temos uma
caixa fora do lugar, devemos corrigir esse saldo com a quantidade de uma
caixa. Logo, informaremos o número 1 nesse campo, automaticamente o
campo quantidade secundária será preenchido com o valor 10 No campo
Doc informaremos um número interno para controle de transferências
anteriormente realizadas. Como se trata da nossa primeira transferência,
informaremos o número 00001.

Confirmando a tela, corrigimos os saldos das canetas, pois o sistema,


automaticamente, gerará uma requisição de canetas azuis e uma
devolução de canetas pretas.

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Movimentos de Produção

Os objetivos desta aula são:

 Apresentar as etapas finais do Fluxo de Processos de Produção;


 Diferenciar os conceitos de Ordem de Produção e Produção;
 Demonstrar a importância do planejamento de ajuste de empenho de materiais.

Bons estudos!

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Fluxo de Processos de Produção

O processo de Produção segue algumas etapas pré-definidas e


sequenciais para acontecer corretamente, como podemos ver no
fluxograma a seguir:

1. Definir a 2. Comprar
Estrutura do suas Matérias-
Produto Primas

3. Emitir uma
4. Realizar a
Ordem de
Produção
Produção

Como você pode observar, já realizamos os passos 1 e 2, faltando emitir a


Ordem de Produção e, por fim, realizar a Produção em si. Qual é a
diferença entre os dois?

Ordem de Produção

Antes dos funcionários de fato começarem a produzir, alguém deve emitir


uma Ordem de Produção. Trata-se de um documento no qual constam
todas as informações acerca do processo, como produto a ser fabricado,
prazos a serem cumpridos e quantidades a serem atingidas. É como se
fosse um pedido, uma solicitação.

Essa rotina utiliza-se das informações contidas na Estrutura do produto


acabado solicitado para relacionar todos os componentes e as etapas de
fabricação necessárias.

Além disso, esse documento é essencial na geração das requisições dos


materiais via sistema. Para incluir uma nova Ordem de Produção, devemos
acessar o link: Atualizações > Movimentações > Internas > Produção >
Ordens de Produção > Incluir.

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Como incluir uma nova Ordem de Produção?

Após acessar o caminho, será exibida a tela Ordem de Produção – Incluir.


Nela deverão ser incluídas as informações referentes à produção que se
deseja alcançar. Os principais campos são:

 Produto – Qual é o produto acabado que deve ser fabricado;


 Quantidade – Quantos produtos acabados devem ser fabricados;
 Previsão Ini – Qual é a data de previsão do início do processo;
 Entrega – Qual é a data em que os produtos devem ser entregues;
 Tipo OP – Se é Firme ou Prevista. As Firmes estão liberadas para
produção, enquanto as Previstas, não.

Observe que os campos Número da OP, Item e Sequência são


automáticos, não devendo ser alterados pelo usuário.

Cadastro da Ordem de Produção

Produto 004

Quantidade 100

Previsão de Ini. Hoje

Entrega Dois dias da data de Hoje

Tipo de OP Firme

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Ao confirmarmos a tela, o ERP TOTVS nos perguntará qual é o tipo de capa
que desejamos para esses cadernos que serão produzidos. Na aula
anterior, definimos que teríamos duas opções de capa: a dura e a flexível.
Escolha a capa flexível e confirme a tela.

Em seguida, o sistema perguntará se, caso necessário, poderá gerar


ordens de produção intermediárias e/ou solicitações de compras de
matérias-primas para atender à Ordem de Produção. Confirme também
essa tela. Nossa Ordem ficará com status em verde, que significa Em
aberto, pois ainda não foi atendida.

Ajuste de Empenho

Empenhos são previsões de consumo relacionadas a uma ordem de


produção. Eles são efetuados pois, às vezes, o volume total de material
necessário para a execução da OP não deve ser enviado imediatamente à
linha de produção, mas, mesmo estando fisicamente presente no
armazém, está vinculando a uma OP. Com base no saldo em estoque e
nos empenhos efetuados, é possível calcular as necessidades precisas de
compra e de produção de determinados itens. Os empenhos podem ser
incluídos no Sistema de duas maneiras:

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 Automaticamente - Os empenhos são gerados automaticamente por
meio da inclusão de ordens de produção. Quando uma ordem de
produção é incluída, o sistema verifica a estrutura de produtos e
empenha as quantidades adequadas, reservando-as para garantir a
execução da OP;
 Manualmente - É possível incluir empenhos manuais por meio da rotina
ajuste de empenho. Esta rotina, além da inclusão, possibilita alterar e
excluir empenhos.
No nosso caso será um processo automático, pois o ERP TOTVS irá
empenhar as matérias-primas necessárias para a produção dos 100
cadernos, conforme podemos ver acessando o link do Ajuste de Empenho
em: Atualizações > Movimentações > Internas > Produção > Empenho
Simples.

Note que os produtos apontados na imagem acima são justamente as matérias-primas do


caderno, na quantidade exata para produzir 100 cadernos.

Produção

A produção de materiais consiste em informar a execução parcial ou total


de uma OP (ordem de produção). Se for parcial a OP não é encerrada,
permanece em aberto.

A informação da produção atualiza os empenhos dos componentes do


produto, os saldos em estoque e o custo do produto e da ordem de
produção envolvidos.

Em outras palavras, essa é a rotina que avisa ao sistema de que a produção


foi realizada. O ERP TOTVS, então, atualiza os saldos em estoque, tanto
das matérias-primas utilizadas quanto dos produtos acabados fabricados.

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Vamos imaginar que os funcionários do setor de Produção da nossa
empresa já fabricaram os 100 cadernos que solicitamos na Ordem de
Produção. O próximo passo, agora, é fazer esse apontamento no sistema,
por meio do link: Atualizações > Movimentações > Internas >Produção >
Apontar Produção > Incluir.

A Produção é extremamente fácil de ser informada. Basta preenchermos o


campo Tp. Movimento com o código 010, referente ao tipo de movimento
Produção que cadastramos na aula 06, e a Ordem de Produção que foi
atendida, no campo Ord. Produção. Note que nenhuma outra informação é
necessária, uma vez que todas elas já constam na Ordem de Produção
emitida para esse processo.

Ao confirmarmos a tela, o sistema irá atualizar os saldos em estoque.


Teremos a entrada de 100 cadernos e a saída de 9000 folhas pautadas,
100 espirais e 200 capas.

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Requisição ao Armazém

Os objetivos desta aula são:

 Demonstrar a importância do controle burocrático de entradas e saídas no armazém;


 Apresentar as etapas procedurais necessárias para a realização de uma requisição
completa.

Bons estudos!

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Requisição ao Armazém

Toda vez que algum funcionário precisa de algum material, ele deve
requisitá-lo ao armazém pelo sistema ERP que administra os processos da
empresa. Isso acontece para proporcionar um maior controle sobre as
saídas de produtos do estoque e, dessa forma, possibilita a criação de
indicadores para relatórios com informações preciosas que facilitam a vida
dos gestores, como:

 Média de saída de um produto;


 Produtos que são mais requisitados;
 Funcionário que mais requisita produtos;
 Departamento que mais requisita produtos.

Com essas informações, o planejamento estratégico da Cadeia de


Suprimentos torna-se mais efetivo e impacta positivamente nos resultados
financeiros da empresa. A Requisição ao Armazém segue três etapas
distintas para ser realizada. Vamos a elas.

Solicitação ao Armazém
É a abertura do processo, iniciado por um funcionário. Imagine que a área
de Marketing está precisando de mais canetas para seus brainstorming
semanais. Alguém deverá emitir no sistema uma solicitação ao armazém,
pedindo esses materiais.

Brainstorming é um A Solicitação ao Armazém é um pedido, que será analisado e executado


método no qual várias por alguém que trabalhe na área de Estoque. Essa rotina controla os
pessoas se reúnem e
sugerem várias ideias produtos solicitados por um determinado departamento ou usuário ao
para a sequência de um armazém. O sistema permite o acompanhamento dos saldos, quantidades
trabalho. Também
conhecido como Chuva e compra do material. Identificada a necessidade, o usuário deve incluir a
de Ideias. Solicitação ao Armazém, que desencadeará na execução de uma série de
processos controlados pelo sistema. Para incluir uma Solicitação ao
Armazém, devemos acessar o caminho: Atualizações > Movimentações >
Internas >Armazém > Solicitar > Incluir.

Será exibida a tela na qual devemos inserir as informações referentes à


solicitação. Ela é praticamente idêntica à Solicitação de Compras, vista no
módulo anterior. Devemos nos atentar aos seguintes campos:

 Número – É a identificação da solicitação, automática.


 Solicitante – É o nome do usuário que está solicitando.
 Produto – É o produto a ser solicitado.
 Quantidade – É a quantidade do produto solicitado.

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Inclusão da Solicitação ao Armazém

Solicitaremos duas caixas de caneta azul. Portanto, deveremos preencher


a tela com os seguintes dados:

Número: <Automático>
Solicitante: Seu nome
Produto: 011
Quantidade: 2

Após confirmarmos a tela, poderemos observar na legenda que essa


solicitação está no aguardo da geração de uma pré-requisição, que é o
próximo passo do processo, conforme tela abaixo:

Inclusão da Solicitação ao Armazém

Gerar Pré-Requisição

Após o usuário incluir solicitação no sistema, um funcionário do estoque é


alertado para o fato de que existe uma solicitação pendente. Então, ele
realiza um procedimento chamado de Gera Pré-Requisição, que consiste
em acionar o sistema ERP para que ele verifique nos Saldos Atuais se o
material requisitado está disponível no armazém. Se sim, eles são
empenhados (reservados) para o usuário solicitante. Se não, o sistema
automaticamente emite solicitações de compras para os produtos faltantes.

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Para gerar a pré-requisição sobre a solicitação ao armazém, basta acessar
o link: Atualizações > Movimentações > Internas >Armazém > Gera Pré-
Requis.

Tela Gera Pré-Requisição

Nessa tela, basta selecionar o checkbox referente à Solicitação que se


deseja dar andamento e pressionar no botão Gera. Depois, confirmar a tela
seguinte por meio do botão Ok.

Baixa da Pré-Requisição

Lembra do funcionário do Marketing que precisava de mais canetas para


os brainstorming realizados em seu departamento? Ele fez uma Solicitação
ao Armazém, pedindo as canetas ao setor de Estoque. Essa solicitação
chegou a um dos estoquistas, que gerou uma pré-requisição em cima dela.

Ao enviar as caixas de canetas solicitadas, o estoquista responsável realiza


o último passo da operação: a Baixa da Pré-Requisição. A rotina de baixa,
conforme veremos ao longo desse curso, sempre se refere à finalização de
um processo. É como se fosse uma maneira de dar um OK ao sistema e
aos demais funcionários, avisando-os de que a rotina foi encerrada com
sucesso.

Isso significa que a baixa da pré-requisição só pode ser feita quando todos
os produtos solicitados saírem do estoque para irem às mãos do usuário
solicitante.

Para realizar esse procedimento, devemos acessar o link: Atualizações >


Movimentações > Internas >Armazém > Baixa Pré-Requis.

Nessa tela, deveremos clicar sobre a requisição a ser baixada e, depois,


no botão Baixar. Depois, será exibida a tela na qual constam as
informações referentes ao estoque. Basta averiguar se está tudo certo
para, então, finalizar o processo por meio do botão Confirmar. Será exibida
uma terceira tela, conforme imagem a seguir.

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Aqui, basta inserirmos o tipo de movimento adequado. Bem, estão saindo
materiais do estoque. Como sabemos, a saída de itens é característica da
Requisição. Por isso, informaremos o código 600, referente a esse tipo de
movimento, no campo TP Movimento. Então, podemos confirmar o
processo.

Pronto, os produtos foram entregues e o departamento de Marketing


poderá continuar a realizar suas reuniões!

Caso queira conferir os saldos atualizados, basta acessar a tela Saldos


Atuais.

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Inventário

Os objetivos desta aula são:

 Relacionar os conceitos de tecnologias da aula 03 às possibilidades de melhorias no


processo manual do Inventário;
 Especificar a importância da realização periódica de inventários para o Controle de
Estoque;
 Apresentar as etapas procedurais necessárias para a realização de um inventário por
meio do ERP TOTVS.

Bons estudos!

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Inventário

As empresas costumam realizar periodicamente um procedimento


chamado Inventário. Ele existe para garantir que os saldos físicos, ou seja,
a quantidade de produtos nos armazéns, seja sempre igual aos números
mostrados pelo sistema ERP no módulo Estoque/Custos.

Trata-se da forma adequada de corrigir diferenças entre os saldos em


estoque registrados no sistema e os saldos físicos de uma empresa. Essa
forma de controle ocorre por meio de uma recontagem dos materiais
fisicamente em estoque para comparação com os saldos fornecidos pelo
sistema, gerando registro de movimentos para tornar os saldos idênticos.

Em muitos locais, a contagem ainda é feita manualmente: alguns


funcionários dirigem-se ao armazém e fazendo a contagem eles mesmos,
anotando os números obtidos em relatórios, que no caso do ERP TOTVS,
chamam-se etiquetas. Note que esse processo leva mais tempo e está
sujeito a erros.

Outros lugares utilizam-se da tecnologia RFID, vista na aula 03 desse


módulo, que proporciona uma contagem rápida e mais exata. As
embalagens dos produtos devem possuir uma tag, que emitirá a
radiofrequência a ser lida pelos transponders manuseados pelos
funcionários.

Depois dessa contagem, seja ela manual ou automática, alguns processos


devem ser realizados para fazer com que os saldos mostrados no sistema
sejam os mesmos observados na contagem física dos materiais
armazenados no estoque. Vamos a eles.

Bloqueio para Inventário

Quando um produto vai ser inventariado, ou seja, passar pelo processo de


contagem e sincronização com os saldos do sistema, como vimos acima, o
primeiro passo é bloquear as movimentações desse produto.

Isso acontece para impedir que os saldos do produto mudem durante sua
contagem, fator que atrapalharia no processo. Portanto, quando um
produto está sendo inventariado, não deve poder ser devolvido ou
requerido ao armazém.

Para bloquear as movimentações de um produto por meio do ERP TOTVS,


devemos acessar o link: Atualizações > Processamento > Bloq. Inventário.

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Por meio da tela acima, o ERP TOTVS nos pergunta o que queremos fazer.
Para avisá-lo de que queremos bloquear as movimentações das matérias-
primas do caderno, precisamos preencher os campos da seguinte forma:

 Quanto ao produto: Bloqueia


 Do armazém: 01
 Até armazém: 99
 Do produto: 001
 Até produto: 003
 Do grupo: <em branco>
 Até grupo: Z
 Da data: 01/01/XX (ano atual)
 Até data: 31/12/XX (ano atual)

Depois de confirmar as informações por meio do botão Ok, o sistema trará


uma segunda tela, na qual constarão os produtos que queremos
inventariar. Devemos selecionar todos os produtos e confirmar a tela.
Pronto! Desse momento em diante, movimentações que envolvam a folha
pautada, a capa e a espiral não poderão acontecer até que façamos o
desbloqueio desses materiais.

Acerto de Inventário
Como dito anteriormente, os funcionários realizam a contagem dos
produtos e depois devem atualizar os saldos no sistema de acordo com os
números que obtiveram durante essa contagem no armazém. Vamos
imaginar que os conferentes do Estoque chegaram à conclusão de que a
empresa possui, na verdade:

 Folha Pautada: 91500


 Capa: 2500
 Espiral: 2850

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Essas são as quantidades que precisam constar no sistema. Para que isso
aconteça, devemos incluir esses saldos no ERP TOTVS. Dessa forma,
realizaremos o acerto de inventário. Primeiro, vamos incluir os valores da
contagem por meio do link: Atualizações > Movimentações> Internos >
Inventário > Incluir.

Inclusão do Inventário

Observe que o sistema já trouxe o primeiro produto, a Folha Pautada.


Devemos incluir a quantidade observada na contagem, 91500 (sem ponto)
e o número do Documento, que é uma forma de controle do Inventário.
Nesse campo colocaremos 123456.

Após confirmar a tela, o sistema continuará trazendo automaticamente os


próximos produtos. No produto 002, a Capa, informaremos sua quantidade,
2500 (sem ponto) e seu Documento, 123457. Confirmamos.

O sistema trará o produto 003, a espiral. Informaremos sua quantidade,


2850, e seu Documento, 123458. O sistema continuará trazendo produtos,
mas não queremos mais atualizar nenhum saldo, porque só fizemos o
inventário referente aos materiais já informados. Podemos cancelar a tela.
Os saldos ainda não estão atualizados, apesar de já os termos incluído no
sistema. É necessário realizar uma última rotina, que ativa o acerto do
inventário com os saldos que informamos acima. Para acessá-la, devemos
seguir o link: Miscelânea > Processamentos > Inventário.

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O acerto de inventário compara a quantidade em estoque em determinada
data à quantidade inventariada e faz ajustes caso as informações não
sejam iguais. O sistema gera uma requisição ou devolução automática do
produto, dependendo da diferença encontrada. Esse movimento tem o
mesmo tratamento do que as requisições/devoluções para consumo.

Ao acessar o link, será exibida a tela acima. Nela, deveremos clicar em


parâmetros, para ajustar o processo de acerto de inventário.

Aqui, preencheremos os campos da


seguinte forma:

 Data de seleção: <Data de hoje>


 Do produto? 001
 Até produto? 003

Consulte os saldos em estoque e veja que ele está atualizado com a nova
contagem do inventário.

Se você tentar fazer uma movimentação de internos, tipo de movimento


600, requisitando 1 folha pautada, observará que isso não foi possível,
porque os produtos 001 até 003 estão bloqueados. Precisamos
desbloqueá-los. Para isso, acessaremos o link: Atualizações >
Processamento > Bloq. Inventário.

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Observe que o caminho e a tela exibida são os mesmos de quando
bloqueamos as movimentações dos produtos. Preencheremos a tela da
mesma forma agora, com a única diferença que ao invés de pedirmos para
o ERP TOTVS bloquear os produtos, vamos selecionar a opção
desbloquear.

 Quanto ao produto: Desbloqueia


 Do armazém: 01
 Até armazém: 99
 Do produto: 001
 Até produto: 003
 Da data: 01/01/XX (ano atual)
 Até data: 31/12/XX (ano atual)

Dessa forma, encerramos o processo de inventário! 

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Kardex

Os objetivos desta aula são:

 Especificar a importância da emissão do Kardex para o gerenciamento do Estoque;


 Apresentar as etapas procedurais necessárias para a realização de uma emissão de
Kardex.

Bons estudos!

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Kardex
O Kardex permite a visualização rápida de cada produto, resumidamente,
na posição diária, relacionando suas movimentações sequencialmente,
informando as entradas e saídas diárias, conforme parametrização do
usuário.

Trata-se de um relatório muito utilizado nas empresas, que pode conter as


movimentações diárias, mensais ou anuais de um ou vários produtos, e
auxilia muito no controle de movimentações.

Vamos tirar um Kardex da Folha Pautada. Para isso, devemos acessar:


Consultas > Cadastros > Kardex Diário.

Na tela de parametrização, devemos informar ao sistema sobre o período


que será demonstrado no relatório. Basta atualizarmos a data para o ano
atual, tanto o campo Data Inicial dos Movimentos como o Data Final dos
Movimentos. Após confirmar a tela de parametrização, o sistema listará
todos os produtos disponíveis para consulta. Vamos selecionar a Folha
Pautada e clicar em Consultar.

Observe que todas as movimentações da Folha Pautada estão listadas em


ordem cronológica, bem como seu saldo atual e saldos parciais ao longo
do período solicitado na demonstração.

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Finalização

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Publicação 16.08.2016
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direitos
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