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https://doi.org/10.47235/rmu.v10i1.240
Revista de MorfologiaUrbana (2022) 10(1): e00240 Rede Lusófona de Morfologia Urbana ISSN 2182-7214
A epistemologia da morfologia urbana 2 / 14
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contida da morfologia urbana, para que esta se dados, nos quais morfologistas podem
constituísse em um campo de conhecimento encontrar terreno comum.
distinto. Esta diferença de opinião
essencialmente se relaciona à extensão na qual Esta epistemologia é inteiramente baseada em
a morfologia urbana, como uma categoria uma concepção da morfologia urbana tanto
distinta de conhecimento, é observação e como conhecimento cognitivo quanto distinta
análise autônomas de elementos formais ou se da prescrição. Na escola italiana e no trabalho
também inclui a relação destes elementos daqueles que se utilizam da sintaxe espacial, a
formais a outros condicionantes, como intenção do trabalho é frequentemente muito
agentes e significados, como parte do fortemente relacionada ao projeto ou à
esclarecimento do registro histórico e urbano. prescrição. No entanto, a análise e observação
No entanto, Kropf e Malfroy reconhecem que destes pesquisadores formam uma base de
“o ambiente construído é um enorme conjunto conhecimento independente de sua atividade
de índices da atividade humana que os criou” projetual. No processo de desenvolvimento do
(Kropf e Malfroy, 2013, p. 129). Além disso, projeto ou de qualquer outra ação, o estudo
na questão da autonomia, muitos concordam cognitivo é ou deveria ser o primeiro passo
com Moudon (1997, p. 9), que afirma que “a (Moudon, 1992).
morfologia urbana aborda a cidade como um
organismo, onde o mundo físico é inseparável Epistemologicamente, todas as escolas de
dos processos de mudança aos quais é morfologia urbana compartilham certos
submetido”. métodos de adquirir conhecimento, analisá-lo
e validá-lo. Estes são (1) coleta de dados
A premissa deste artigo é que a morfologia formais sobre a área de estudo; (2)
urbana é um campo de conhecimento distinto reconhecimento de padrões comuns na área de
que não tem a ambição de alcançar uma estudo e entre as áreas de estudo; (3)
descrição completa da complicada dinâmica desenvolvimento e teste de teorias de
da cidade. Em vez disso, ela está preocupada mudança; e (4) ligação dos resultados da
em descrever, definir e teorizar um único análise física a condições não diretamente
segmento do conhecimento urbano (a forma e relacionadas à forma urbana (daí para frente
a mudança formal) e sugerir como esse condições não-formais).
conhecimento é inserido em relacionamentos
específicos com outras dinâmicas e condições Coleta de dados como conhecimento
em um lugar particular (incluindo transporte, básico
ecologia, condições sociais e econômicas,
comportamento humano e agentes políticos). Como Kropf (2009) sugere, um modo no qual
Isto não quer dizer que a forma física a morfologia urbana se distingue de outros
determine outras condições, ou que a forma tipos de análise urbana é o ponto de partida
física é a resultante direta dessas forças. Mas para adquirir dados urbanos formais. O
que, nas palavras de Moudon, o desafio da pesquisador começa por juntar dados formais,
morfologia urbana “é demonstrar os modos por exemplo em mapas contemporâneos e
comuns pelos quais as cidades são construídas históricos, pesquisas, levantamentos de
e transformadas e ilustrar como os princípios campo, fotografias e registros documentais.
de mudança agem em muitos contextos Os dados usados na morfologia urbana são
diferentes” (Moudon, 1997, p. 9). substancialmente mensuráveis ou
matematicamente derivados de medições ou
A primeira parte deste artigo é uma estrutura coordenadas da forma urbana e, assim, na sua
epistemológica abrangendo como os maior parte, objetivos. Dados formais têm
morfologistas desenvolvem o conhecimento, escala, estão associados a uma data específica
o escopo de seu conhecimento, e como esse e uma certa área de estudo, e podem ser
conhecimento é validado. Esses modos de localizados geograficamente. Há grande
conhecimento visam descobrir o que quantidade de dados para qualquer área em
morfologistas fazem e como eles sabem o que estudo e, dependendo do nível da
sabem. Na segunda parte do artigo, a estrutura investigação, podem incluir densidade da
epistemológica é utilizada para avançar em forma construída, tamanho dos elementos ou
tópicos, particularmente a organização dos comprimento dos segmentos, largura das vias,
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e localização dos caminhos e limites dos lotes. dados incluem topografia, hipsometria,
Para edificações os dados frequentemente declividade, e localização dos cursos d’água.
incluem descrição dos materiais, plantas e Os dados sempre se destinam a serem
datas de construção. Para alguns estudos, os estudados em comparação com outros.
Figura 1. Estrutura comparativa da coleta dos dados na morfologia urbana. Para comparação, os dados na
morfologia urbana são coletados ambos diacrônica e sincronicamente, na mesma escala.
Observar o mesmo lugar em diferentes Forma Urbis Lab, 2014) (Figura 1).
períodos de tempo (diacrônico), e diferentes
lugares no mesmo período de tempo Uma das questões epistemológicas chave
(sincrônico) são comparações amplamente damorfologia urbana é a seletividade dos
utilizadas (Caniggia e Maffei, 2001, Coehlo e dados.Alguns pesquisadores (por exemplo
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aqueles que ocorrem ao longo do tempo e em ‘leitura da cidade’ implica em procurar por
diferentes lugares é um dos principais similaridades entre as formas, ambas atuais e
objetivos da morfologia urbana. Na escola históricas. Na escola britânica, ‘lotes seriais’
italiana, uma operação conhecida como [plot series]consiste emlotes similares
Figura 2. Diagrama de padrões. Os padrões são interpretados a partir dos dados de forma física e são
concepções abstratas que se aplicam a múltiplos exemplos documentados. Eles são reconhecidos em
diversas escalas e cada padrão pode ser composto de vários elementos da forma diferentes (por exemplo,
lote, edificação, caminho).
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um único padrão que não envolva mais que de mudança autônomas preocupam-se com as
uma categoria de dados. Um tipo edilício, por dinâmicas das mudanças físicas em si,
exemplo, é quase sempre associado a uma assumindo que existem condições não-
certa escala e dimensão de padrão de lote. De formais altamente variadas que podem induzir
fato, a maior parte das teorias de mudança ou influenciar o mesmo padrão de mudança
sugerem que os dois têm uma relação formal. As teorias de mudança na forma
recíproca: o tipo edilício gera o padrão do lote urbana incluem conceitos como limitação,
e o padrão de lote subsequentemente restringe persistência, ruptura, ciclos de lotes,
o tipo edilício (Scheer, 2010). emergência, evolução, processo tipológico,
hierarquia espaço-temporal, hierarquia
Diferentemente de dados, que existem
orgânica, e relações celulares ou axiais. Estas
objetivamente em todas as escalas, os padrões
teorias aplicam-se a dados e observação de
podem ser evidentes somente em resoluções
padrões. Conduzem a coleta e a interpretação
de escala um tanto específicas, como indicado
de dados, sendo a base para os mais
graficamente na Figura 2. Um padrão de tipos
importantes tipos de informação em
edilícios não pode ser reconhecido na
morfologia urbana.
observação da escala regional, por exemplo.
Este conceito de resolução se relaciona com A tentativa de catalogar e comparar as teorias
outro tipo de reconhecimento de padrões: a de mudança que são prevalentes na
ideia de hierarquia nas formas urbanas, na morfologia urbana está além do escopo deste
qual padrões menores são agregados para artigo. Kropf (2001) forneceu categorizações
formar padrões maiores. Em uma versão de mudança perspicazes e, mais recentemente,
simplificada disto, as escalas reconhecidas são Whitehand et al. (2014) compararam
edificação/lote, via/quarteirão, cidade, e mecanismos de mudança em duas culturas e
região ou território (Kropf, 2014). Dentro do em duas escolas.
conceito de hierarquia, isto é a relação entre
As teorias de mudança autônoma são bastante
padrões em diferentes escalas.
diversificadas entre as escolas, mas existem
O reconhecimento de padrões é uma instância alguns conceitos básicos compartilhados.
na qual morfologistas podem compartilhar Primeiramente, as cidades são construídas
suas análises produtivamente. Diferentes sobre formas existentes e pela evolução,
padrões podem ser identificados, até mesmo transformação e dispersão de formas
usando os mesmos dados do mesmo lugar existentes. Estas mudanças se refletem em
(Pinho e Oliveira, 2009). Enquanto existem conceitos como ciclos evolutivos e o processo
infinitos padrões e cada um pode ser somente tipológico. Em segundo lugar, há interações
importante em um lugar específico ou em um dinâmicas similares relacionadas aos efeitos
tipo específico de análise, também é do tempo e da resolução que ocorrem em
axiomático que padrões similares podem ser muitos exemplos estudados, implicando em
identificados de um lugar a outro, e podem que condições muito diferentes podem
inclusive ter aplicações universais, ou pelo resultar em mudanças semelhantes. Em
menos muito amplas. Um exemplo é o terceiro lugar, certas formas físicas tendem a
conceito de ‘faixas de hiato’, que foram permanecer por um período de tempo maior
identificadas em ambientes muito diferentes que outras no mesmo lugar. Em quarto lugar,
no mundo todo (Conzen, 2009). a persistência de algumas formas pode
retardar mudanças que poderiam ocorrer mais
Teorias de mudança rapidamente se as formas urbanas fossem
sujeitas somente às forças das condições não-
Tendo reconhecido padrões recorrentes, formais.
alguns morfologistas desenvolveram teorias
de mudança autônoma que se acredita ter As teorias de mudança são interessantes como
maior generalização. São teorias sobre como meios potentes de congregar diferentes ideias.
os padrões se modificam, não por que eles se Muitas ideias que podem ser consideradas
modificam em qualquer lugar específico. como ‘concorrentes’, na verdade não são
Sabe-se que há condições não diretamente conflitantes: mais que isto, as teorias de
relacionadas com a forma urbana que mudança têm diferentes pontos de referência e
conduzem a mudanças nessas formas. Teorias não foram convincentemente conectadas uma
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a outra. Um exemplo disto é a conexão em uma área de estudo específica, bem como
potencial entre o processo tipológico e os comportamento humano geral e culturalmente
ciclos de lotes. Está-se a apenas um passo de condicionado, hábitos e significado. Estas
sugerir que o desenvolvimento de lote correlações nos conduzem a um entendimento
conzeniano observado por Koter em Lodz, por de por que os componentes físicos mudaram
exemplo, pode ter sido conduzido pela em um determinado lugar. A cidade física
transformação tipológica das edificações então se torna um outro dado a ser lido e
iniciais, e que ambos os tipos de mudança são interpretado como um modo de compreender
conectados à economia local, tecnologia, a história ou de observar e correlacionar o que
legislação, e assim por diante (Koter, 1990). não é observável por outros meios. Enquanto
nem todos os morfologistas correlacionam
Ligação com condições não-formais suas descobertas a eventos, períodos e
condições, todos irão entender esta relação.
O campo da morfologia urbana torna-se mais Muitos acham que buscar estas conexões é o
controverso ao relacionar padrões a condições propósito principal da investigação (Conzen,
não-formais. Uma das validações da 2013). No entanto, para que as observações
morfologia urbana é a correlação das empíricas dos morfologistas urbanos sejam
observações sobre a forma física, seus padrões validamente correlacionadas a outros fatores e
e processos, com condições e eventos não- condições, é crucial que os pesquisadores
formais. Os padrões e mudanças observados estejam familiarizados com outras condições
na forma física (quer vistos sincronicamente (por exemplo, valor da terra) tanto quanto com
ou diacronicamente) têm causas complexas. a forma urbana.
As mudanças que são observadas e abstraídas
no mundo físico são comumente relacionadas A Tabela 1 delineia brevemente quatro escolas
a fatos históricos conhecidos, usos do solo, de pensamento em relação ao esquema
deslocamentos populacionais, movimentos epistemológico esboçado acima.
econômicos e culturais e influências políticas
Ligações Região cultural, Uso do solo, valor Crime, pobreza, Poder, mercado
não- significado humano, da terra, uso do solo, imobiliário e
formais condições materiais periodicidade propriedade,
frequente- legislação, trans-
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Estas escolas são comparadas de acordo com diferentes da interpretação ou análise desses
os tipos de dados que geralmente empregam, dados como pertencentes a uma classe ou
os padrões que identificaram e compararam padrão. Por exemplo, a muralha de uma
em diferentes lugares, e umas breves notas cidade é uma construção específica que pode
sobre a teoria de mudança que cada uma ser medida e rastreada em diferentes eras do
promoveu. A tabela também anota as desenvolvimento da cidade. Quando
conexões com as condições não-formais que chamamos a mesma muralha de ‘linha de
cada escola tem se interessado em explorar. fixação’, estamos a interpretando como um
Para cada escola, há muito mais para ser dito: padrão amplamente conhecido, e a
a tabela é somente um exemplo de como o relacionando com outros padrões em outros
esquema é aplicado. Ele poderia ser lugares e outros tempos. No entanto, como nas
expandido para que muitas outras ideias e estruturas comuns da morfologia urbana os
teorias da morfologia urbana pudessem ser dados (as informações mensuráveis no
similarmente comparadas, com resultados terreno) são frequentemente combinados com
úteis. Exemplos de pontos de vista que, ideias sobre análises, resulta-se em uma
possivelmente, não se encaixam com precisão abundância de ideias conceituais e termos
no cânone do ISUF incluem aqueles de aparentemente conflitantes. Isto pode ser
Bosselmann (2008), Lynch (1981), Marshall ilustrado pela ideia de ‘tipo edilício’. Tipo é
(2005) e Steadman (1979). um conceito valioso em morfologia urbana.
Quando documentamos uma série de
Uma estrutura comum edificações e seus lotes (os dados), estamos
aptos a reconhece-los como sendo similares,
Um dos primeiros passos para encontrar uma mas não idênticos (reconhecimento de
estrutura comum é concordar sobre o que são padrão). Podemos chamar aquele padrão um
os dados e o que é a análise em nossos ‘tipo’. Claro, a razão pela qual os estamos
estudos. No presente esquema, a coleta de documentando é relacionada acima de tudo a
dados é bem definida como objetiva, e a um reconhecimento a priori de sua
análise consiste em três tipos de geração de similaridade – na prática, não podemos evitar
conhecimento interpretativa: reconhecimento formar ideias sobre padrões enquanto nos
de padrões, teorias de mudança e relações com movemos pelo mundo. Importante dizer,
condições não-formais. nenhuma das edificações específicas que
Na busca por uma estrutura simples que medimos ou fotografamos ou documentamos
pudesse incluir as muitas e valiosas ideias da é o ‘tipo’. Todas são, em vez disso,
morfologia e tipologia urbanas, ficou claro exemplares do tipo – por definição, um tipo é
que a fusão comum de dados e análises estava um conceito abstrato (Caniggia e Maffei,
restringindo a criação de dados comparáveis 2001). Todavia, as edificações existem ou
de um lugar para outro. Da mesma maneira, os existiram e a documentação do tempo e da
padrões precisam ser reconhecidos como natureza de sua mudança ajuda a moldar
abstrações que não somente podem ser nossas ideias sobre o padrão de tipo edilício
comparados, mas também podem ocorrerem que estes edifícios devem compartilhar com
muitos lugares e tempos. Isolar os padrões outros, bem como validar uma ou outra teoria
deste modo seria o primeiro passo para de mudança.
catalogá-los. Conforme acumulamos dados sobre um
Apesar de não podermos fornecer os mesmos determinado lugar, normalmente
dados de um lugar para outro, é importante classificamos essas informações em
reconhecer conscientemente que dados categorias. Aqui, uma leve reorganização é
medidos e mapeados sobre um determinado proposta nas categorias que constituem os
lugar em um determinado tempo são elementos comuns da forma urbana que os
morfologistas usam, normalmente nomeados
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Em quase todos os lugares urbanizados (de joga. Tão complicada e variada como a forma
fato, na maioria dos lugares), caminhos e lotes construída é, a matriz de limites é muito mais
continuamente constituem a base da forma simples, e esta simplicidade nos ajuda a ver a
construída inteira, fornecendo um tabuleiro de estrutura e os recipientes nos quais toda a
mudança lenta sobre o qual a forma construída
Figura 3.Elementos da forma urbana: categorização dos dados mais comumente coletados, com as
categorias básicas como conjuntos únicos, não sobrepostos, apesar de coexistirem no espaço.
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possível comparar uma matriz de limites nos e padrões permite a comparação e catalogação
subúrbios dos EUA com o mesmo elemento de ambos, quiçá habilitando um renascimento
no centro da cidade ou em uma cidade científico que pode aumentar a influência da
europeia. Esclarecer as distinções entre dados morfologia urbana.
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