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Universidade Federal do Acre

Centro de Educação, Letras e Artes - CELA


Licenciatura em Letras Português
Vespertino / 2º período
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
Discentes: Thaís Aline Ferreira do Nascimento, Valéria
Nascimento de Almeida e Karoline Machado
Docente: Vivian Gonçalves Louro Vargas

RESUMO
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
Segundo o autor, todas as línguas de sinais recebem influência de outras línguas de
sinais específicas. Algumas evidências que mostram o uso natural da língua pelos
surdos são: a
ilha de Martha's Vineyard nos arredores da costa de Massachusetts nos Estados Unidos
e o livro escrito por Pierre Desloges em 1779 chamado Observation of a Deaf-Mute. As
línguas americana e brasileira de sinais têm origens na língua francesa de sinais. Foi
com a influência da língua de sinais francesa e dos índios locais que se formou ASL
moderna. As interações entre as línguas de sinais e as línguas orais fazem com que
aconteçam trocas linguísticas, mas, não significa que as línguas de sinais têm suas raízes
nas línguas orais, pelo contrário, algumas evidências constatam que a capacidade de se
comunicar por meio de sinais veio antes da comunicação oral. De acordo com o autor,
todas as línguas possuem uma variedade. Assim como nas línguas orais, a língua de
sinais brasileira varia em seus sinais. Essa variação pode ser notada nas práticas sociais
e interacionais entre a comunidade surda de uma mesma região ou não. Para alguns
sinalizadores, essas variações são vistas como um erro, pois não reconhecem e resistem
à diversidade linguística na língua de sinais. A língua de sinais é uma língua ágrafa? A
escrita da língua de sinais não existia até a década de 1974 quando a coreógrafa
americana Valerie Sutton desenvolveu um sistema de escrita para poder escrever os
movimentos de dança de suas alunas. Pesquisadores da Universidade de Copenhagen,
junto a coreógrafa, "fizeram a transição de sinais de dança para a escrita de sinais", e
ficou conhecida como SignWriting - esse sistema pode ser usado em línguas de sinais
de diferentes países. Em 1996 a escrita da língua de sinais chega ao Brasil, inicialmente
como objeto de estudo de um grupo de pesquisa, liderado por Antônio Carlos da Rocha,
na PUC de Porto Alegre. Nesse grupo quem se destacou foi Marianne Stumpf, surda
que usou SignWriting para alfabetizar crianças surdas sinalizadoras de LIBRAS.
Conforme o autor, como toda escrita esse sistema apresenta as suas complexidades, mas
assim como nas outras línguas acredita-se que a escrita de sinais irá sofrer modificações
para se tornar mais simples e se adaptar ao usuário.

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