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Serviço Social
Marilda Villela Iamamoto
Disciplina: Capitalismo e Questão Social
Curso: Serviço Social UFRN.
• A FINANCEIRIZAÇÃO e NEOLIBERALISMO
como processo integrante da
MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL: capacidade
mundial de produção, distribuição e consumo.
Quebra de barreiras nacionais para a
mobilidade do capital desterritorializado,
deslocalizado.
INTRODUÇÃO
• A mundialização do capital se iniciou no Pós
Guerra Fria, no início do século XXI, sob a
hegemonia norte americana e se desenvolve por
intermédio dos grandes grupos industriais
transnacionais articulados ao mundo das
finanças que passam a operar com o capital que
rende juros (bancos, companhias de seguro,
fundos de pensão, fundos mútuos e sociedades
financeiras de investimento) apoiadas na dívida
pública e no mercado acionário de empresas.
Contexto histórico
• Estabeleceram em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países
mais industrializados do mundo.
• Foi a primeiro iniciativa, registrada na história do capitalismo a nível mundial, de uma ordem
monetária negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado
independentes.
Primeiramente, a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio de
suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar —mais ou menos um por cento— cujo valor, por
sua vez, estaria ligado ao ouro numa base fixa de 35 dólares, e em segundo lugar, a provisão pelo FMI de
financiamento para suportar dificuldades temporárias de pagamento.
A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta no preço de uma delas medido em
relação à outra.
Quando a Conferência de Bretton Woods aconteceu, as vantagens econômicas dos Estados Unidos eram
indiscutíveis e esmagadoras.
Os EUA tinham a maioria dos investimentos mundiais, da produção manufaturada e das exportações.
Na condição de maior potência mundial e uma das poucas nações não afetadas pela guerra, os EUA estavam em
posição de ganhar mais do que qualquer outro país com a liberação do comércio mundial. Os EUA teriam com isso
um mercado mundial para suas exportações, e teriam acesso irrestrito a matérias-primas vitais.
Apesar de os EUA terem mais ouro, mais capacidade produtora e mais poder militar do que todo o resto do
mundo junto, o capitalismo dos EUA não poderia sobreviver sem mercados e aliados.
Em 1971, diante de pressões crescentes na demanda
global por ouro, Richard Nixon, então presidente dos
Estados Unidos, suspendeu unilateralmente o sistema
de Bretton Woods, cancelando a conversibilidade
direta do dólar em ouro.
CRESCEM AS
DESIGUALDADES
ESTADO FORTE PARA O
GARANTIR O FLUXO DO
CAPITAL E MÍNIMO
CAPITAL FINANCEIRO
PARA O SOCIAL
CONQUISTAS SCCIAIS
TRANSFORMADAS EM
PROBLEMAS – GASTOS
SOCIAIS EXCEDENTES
DESREGULAMENTAÇÃO
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
E DOS DIREITOS SOCIAIS
ATENÇÃO À RUPTURA DA
UNIVERSALIDADE DOS
POBREZA PARA A DIREITOS; TENDÊNCIA AO
INICIATIVA PRIVADA APROFUNDAMENTO DO
OU INDIVIDUAL TRAÇO ASSISTENCIALISTA
Resultados do Neoliberalismo
Radicalização da
concentração de Ampliação do
renda, da desemprego e
propriedade e do subemprego
poder.
Violento
empobrecimen
to da Desmonte dos
população direitos
• O capital financeiro assume o comando do processo de acumulação e, mediante
inéditos processos sociais, envolve a economia e a sociedade, a política e a cultura,
vincando profundamente as formas de sociabilidade e o jogo das forças sociais
(p.107).
• A esfera estrita das finanças, por si mesma, nada cria. Nutre-se da riqueza criada pelo
investimento capitalista produtivo e pela mobilização da força de trabalho no seu âmbito.
• Essa dominação é impensável sem a intervenção política e o apoio efetivo dos Estados
Nacionais (Ex: tratados internacionais como o Consenso de Whashington, o Tratado de
Marrakech e o Tratado de Maastricht, que criam a Organização Mundial do Comércio (OMC),
o Acordo do Livre Comércio Americano (ALCA) e a Unificação Européria.
• Em um mercado mundial realmente unificado, impulsiona-se a
tendência à homogeinização dos circuitos do capital, dos modos
de dominação ideológica e dos objetos de consumo – por meio da
tecnologia da multimídia.
Além desses dois elementos a autora pontua, partindo de Oliveira (1998) que o capital financeiro
avança sobre o fundo público;
A partir de 1994, os mercados das bolsas de valores (compra e venda de ações) ocupam o cenário
econômico, com a compra de ações dos grupos industriais pelas instituições financeiras, que
apostam na lucratividade futura dessas empresas.
“A mundialização unifica questões que vem sendo tratadas
pelos intelectuais como autônomas...”
Reforma do Estado;
Reestruturação produtiva;
“Questão Social” reduzida aos chamados
processos de “exclusão” e “integração social”;
A ideologia neoliberal e as concepções pós-
modernas, atinentes à esfera da cultura.
O ESTADO NO/PARA O/ CAPITAL
FINANCEIRO
• Em contrapartida da dinâmica de precarização que assola a vida da classe trabalhadora, as
empresas se expandem com o processo de fusão empresarial.
• Mandel aponta como função primordial o estabelecimento de políticas anticíclicas (crises); criação
das condições legais e infraestruturais para expansão das empresas multinacionais de seus países
nos seus territórios e no cenário internacional.
“O moderno se constrói por meio do arcaico” recriando elementos da nossa herança histórica colonial e patrimonialista” e
as atualizando no contexto da mundialização do capital. Além disso, elitista e antipopuplar.
A atual inserção do país na divisão internacional do trabalho, como um país de economia dita “emergente” em um mercado
mundializado, carrega a história de sua formação social, imprimindo um caráter peculiar à organização da produção, às
relações entre Estado e sociedade, atingindo a formação do universo político-cultural das classes (p.128).
A modernidade das forças produtivas do trabalho social convive com padrões retrógrados nas relações no trabalho,
radicalizando a questão social.
O país transitou da democracia do oligarcas a democracia do grande capital, com clara dissociação entre regime capitalista e
regime político democrático. Esse processo manteve e aprofundou o laço de dependência em relação ao exterior e ocorreu
em uma desagregação radical da herança colonial na conformação da estrutura agrária brasileira.