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ARTIGO

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A importância de conhecer os riscos e consequências


da automedicação

The importance of knowing the risks and consequences of self-medication

1Kathleen Kyss Almeida Freire de Arruda, 2Liliane Braz de Andrade, 3Mayara


Carla Eugênio da Silva, 4Alline Oliveira do Nascimento Veloso.
1
Graduanda em Enfermagem
pela Faculdade Internacional da
RESUMO Paraíba- FPB.
E-mail:
Objetivo: mostrar a importância do conhecimento dos riscos e consequências da Kathyalmeida455@gmail.com
automedicação através da análise da literatura. metodologia foi elaborado a partir de
revisão integrativa. Materiais e métodos: embora a busca booleana possibilite uma 2
Graduanda em Enfermagem
forma de filtrar ou expandir os resultados, nesta pesquisa não foi necessário, pois os pela Faculdade Internacional da
arquivos encontrados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); a Scientific Electronic Library Paraíba- FPB.
Online (SciELO) e o Google Acadêmico comtemplaram o que se buscou. Portanto, para
o desenvolvimento deste estudo, optou-se pela revisão integrativa, para isso, foram E-mail: brazililiane41@gmail.com
selecionados 153 artigos, após a leitura destes, selecionou-se 10 que serviram de base
para o desenvolvimento do artigo. Resultados/Discussões: Os resultados mostraram 3
Graduanda em Enfermagem
que a automedicação consiste em grande risco para a saúde da população. Para a pela Faculdade Internacional da
seleção dos artigos, foram usados os seguintes descritores: Automedicação. Paraíba- FPB.
Conhecimento. Riscos e consequências..Considerações finais: a prática da
automedicação traz diversos riscos, como por exemplo, o atraso de diagnóstico ou E-mail:
diagnóstico incorreto, doses imprecisas, tudo isso, causa o mascaramento dos sintomas mayaracarla731@gmail.com
e o agravamento de uma doença que poderia ser curada com os medicamentos corretos
e administrados de forma correta. 4
Especialista em Enfermagem
em Urgência e Emergência
Palavras-chave: Automedicação. Conhecimento. Riscos e consequências. /Atendimento Pré-hospitalar;
Mestre em Saúde Pública pela
UEPB e Docente da Faculdade

ABSTRACT

Objective: to show the importance of knowing the risks and consequences of self-
medication through literature analysis. methodology was elaborated from an integrative
review. Materials and methods: although the Boolean search makes it possible to filter
or expand the results, in this research it was not necessary, because the files found in
the Virtual Health Library (BVS); Scientific Electronic Library Online (SciELO) and
Google Scholar contemplated what was sought. Therefore, for the development of this
study, an integrative review was chosen, for this, 153 articles were selected, after
reading these, 10 were selected that served as a basis for the development of the article.
Results/Discussions: The results showed that self-medication is a great risk to the
health of the population. For the selection of articles, the following descriptors were used:
Self-medication. Knowledge. Risks and consequences. Final considerations: the
practice of self-medication brings several risks, such as delay in diagnosis or incorrect
diagnosis, inaccurate doses, all of which cause the masking of symptoms and the
worsening of a disease that could be cured with the correct medicines and administered
correctly.

Keywords: Self-medication. Knowledge. Risks and consequences.

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DOI Arruda, K.K.A.F; Andrade, L.B; Silva, M.C.E.
Revista Cereus A importância de conhecer os riscos e consequências da
ANO Volume/Número automedicação.

1. INTRODUÇÃO

Entre as estratégias que devem ser estimuladas para manter a saúde estão àquelas
relacionadas ao autocuidado, o qual compreende ações desempenhadas pelo próprio
indivíduo para manter a saúde, prevenir e lidar com a doença. Engloba fatores como:
higiene, nutrição, estilo de vida, fatores socioeconômicos e ambientais. Além disso, há um
ponto muito relevante, no que se refere ao cuidado com a saúde, é importante que as
pessoas não se mediquem por conta própria, ou seja, não se deve praticar a
automedicação. Para que o autocuidado seja exitoso é necessário informação e
conhecimento por parte do indivíduo, cabendo aos profissionais de saúde a função de
orientar e acompanhar esse processo, focando-se na manutenção da saúde, em especial
quando abordado o seu manejo por meio da automedicação (SILVA et al., 2009; WHO,
1998).
De acordo com o Estatuto do Medicamento publicado no Decreto-Lei nº 176/2006,
entende-se por medicamento toda a substância ou associação de substâncias apresentada
como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou
dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a
estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica
ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas (BRASIL, 2006).
O direito à saúde, instituído pela constituição brasileira, evidencia os medicamentos
como componentes essenciais e estratégicos, sujeitos à influência de muitos fatores que
vão de aspectos relacionados ao seu desenvolvimento até o uso na terapêutica. Os
medicamentos constituem um insumo essencial na moderna intervenção terapêutica,sendo
empregado na cura e controle de doenças, com grande custo-efetividade quando usados
racionalmente, afetando decisivamente os cuidados de saúde (LEITE; VIEIRA; VEBER,
2008).
O medicamento deve então, promover a segurança e eficácia para tratamento
de diferentes males. No entanto, na sociedade moderna com os inúmeros avanços
da ciência e aumento do número de fármacos, o objetivo de sanar dores, tornou-se meio
para produzir falso bem-estar, levando até mesmo, a altos níveis de dependência
(BARROS, 1995; AQUINO; BARROS; SILVA, 2010).
A utilização de medicamentos é a forma mais comum de terapia em nossa
sociedade, porém existem estudos demonstrando a existência de problemas de saúde cuja
origem está relacionada ao uso de fármacos. Às pressões sociais as quais estão
submetidos os prescritores, a estrutura do sistema de saúde e o marketing farmacêutico

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são habitualmente citados como fatores envolvidos nessa problemática (DALL´AGNOL,


2004). Os medicamentos ocupam um papel importante nos sistemas sanitários, pois salvam
vidas e melhoram a saúde (MARIN et al., 2003).
Nesse contexto, surge a automedicação, identificada como o uso de produtos
industrializados sem prescrição médica com finalidade de tratar sintomas ou agravos de
saúde autorreconhecidos (SOUZA et al., 2011). O processo de automedicação se constitui
de um fenômeno complexo e pode estar associado a diferentes fatores, entre eles a
facilidade de acesso ao medicamento (SOUZA et al., 2011; MUNHOZ; GATTO;
FERNANDES, 2010). No Brasil a dificuldade de acesso às redes básicas de saúde,
associada à falta de informação sobre o medicamento, a facilidade de acesso a esta
tecnologia em estabelecimentos farmacêuticos figura um quadro preocupante e que vem
cada vez mais sendo alvo de estudo nos últimos tempos (PADOVEZE et al., 2012;
CASCAES; FALCHETTI; GALATO, 2008; VILARINO et al., 1998).
Soma-se a esse quadro a propaganda de medicamentos que tendem a enfatizar os
benefícios e minimizar as possíveis reações adversas e riscos, podendo passar uma visão
inofensiva do produto para o público leigo, tornando-se necessário maior informação aos
indivíduos para que os mesmos tenham conhecimento dos problemas que a automedicação
pode vir a causar se não utilizada adequadamente (AQUINO; BARROS; SILVA, 2010).
Segundo Naves et al. (2010) em lugares onde o sistema de saúde é insatisfatório e
os aspectos contextuais das enfermidades passam despercebidos, o medicamento passa
a ter papel central e começa a ser visto como resolução do problema. As indústrias
farmacêuticas tendo conhecimento da função simbólica do medicamento na sociedade, que
reduz a enfermidade a um fenômeno orgânico e compõe para muitos pacientes papel de
destaque na consulta médica, o utiliza como estratégia de mercado para fins lucrativos não
se importando com as consequências que o mesmo pode acarretar na vida do indivíduo
leigo e na sociedade.
O hábito da automedicação, por estar tão presente na sociedade, tem-se tornado,
recentemente, objeto de estudo. É um assunto bastante preocupante, tendo em vista a falta
de conhecimento de inúmeras pessoas sobre os riscos e consequências de se
automedicarem.
Os resultados de estudos sobre medicamentos apresentam uma situação grave no
que se refere às consequências do uso irracional, como o grande número de intoxicações
(BORTOLETTO; BOCHNER, 1999; MATOS; ROSENFELD; BORTOLETTO, 2002), a baixa
resolutividade dos tratamentos (VILLA et al., 2008), o uso abusivo (RAYMUNDO et al.,

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2003) e ainda, a necessidade de novos tratamentos, geralmente mais complexos como


consequência dessa lógica, com um aumento nos custos correspondentes.
Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo, mostrar a importância do
conhecimento dos riscos e consequências da automedicação através da análise da
literatura.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho, foi feito um levantamento bibliográfico de artigos


sobre a importância de conhecer os riscos e consequências da automedicação. Em relação
à pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2002, p. 65), a principal vantagem “é o fato de permitir
ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela
que poderia pesquisar diretamente, e que se torna particularmente importante em relação
ao universo a ser pesquisado”.
Quanto à abordagem, realizou-se uma pesquisa exploratória sobre todo o material
encontrado, ou seja, trata-se um artigo com finalidade exploratória de revisão bibliográfica
simples que foi formulado com a pesquisa sobre os riscos da automedicação. Nesse
sentido, a pesquisa exploratória e qualitativa, conforme discorre Acevedo e Nohara (2007,
p. 46) cujo “o principal objetivo da pesquisa exploratória é proporcionar maior compreensão
do fenômeno que está sendo investigado, permitindo assim que o pesquisador delineie de
forma mais precisa o problema”.
A revisão integrativa se caracteriza por um método que concede a busca, a avaliação
crítica e a síntese de evidências disponíveis a respeito do tema investigado, em seu produto
final se compõe do estado atual do conhecimento, estabelecimento de intervenções e
identificação de lacunas que conduzem para o desenvolvimento de outros estudos
(MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
Através da utilização dos descritores: “Automedicação, Riscos e Medicamentos”, foi
possível encontrar 138 estudos, tal busca ocorreu nas seguintes bases de dados: Google
Scholar, SciELO, LILACS, BBO - Odontologia/LILACS, MEDLINE e BDENF – Enfermagem.
Após a aplicação critérios de inclusão: artigos que foram publicados na íntegra e em língua
portuguesa entre os anos de 2018 a 2022, foi possível obter uma amostra final de 10 artigos.
Os artigos que estavam fora do período estipulado, os que não estavam disponíveis em sua
versão completa e que não tratavam diretamente dos objetivos do estudo, foram excluídos.
Posteriormente a leitura bibliográfica dos artigos, foi plausível identificar a visão de diversos
autores a respeito do risco da automedicação e suas consequências.

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3. RESULTADOS

Quadro 1 – Relação dos artigos científicos selecionados e analisados sobre o tema


Nº DO TÍTULO PERÍODICO AUTOR ANO TIPO DE
ESTUDO ESTUDO
E-1 Automedicação Semina: RAMIRES, 2022 Estudo de
em usuários da Ciências R.O.; prevalência /
Atenção Primária Biológicas e da LINDEMANN, Fatores de
à Saúde: Saúde I.L.; ACRANI, risco
motivadores e G.O.;
fatores GLUSCZAK, L.
associados
E-2 Automedicação e Brazilian XAVIER, M.S.; 2021 Revisão
CASTRO, H.N.; integrativa de
o risco à saúde: Journal of
SOUZA, literatura sobre
uma revisão de Health Review L.G.D.; os
OLIVEIRA,
literatura riscos à saúde
Y.S.L.
associados à
automedicação
E-3 Riscos da Brazilian SILVA, L.P.A. 2021 Pesquisa
automedicação: Journal of exploratória de
uma breve Development revisão
revisão bibliográfica
bibliográfica simples
E-4 Automedicação Research, PINTO; C.D.; 2021 Estudo
entre estudantes Society and OLIVEIRA, N.; transversal e
de enfermagem Development SILVA, R.B.V.; observacional,
em uma CERDEIRA, com
universidade C.D.; GARCIA, abordagem de
privada no sul de J.A.D.; natureza
Minas Gerais BARROS, quantitativa, de
G.B.S. base primária.
Amostra de
estudantes dos

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1º, 3º, 5º e 7º
períodos do
curso de
Enfermagem
de uma
universidade
privada no
estado de MG.
E-5 Riscos da RECIMA21 - SILVA, C.R.; 2021 Pesquisa
FRANCISCO,
automedicação Revista exploratória e
R.A.;
durante a Científica BORGES, qualitativa
A.C.S.;
pandemia COVID Multidisciplinar
ROCHA, C.M.;
–19 RODRIGUES,
G.S.R.;
BARROS,
G.B.S.
E-6 Prevalência da Arq. Odontol. ARAÚJO 2021 Estudo de
automedicação JÚNIOR, A.G.; prevalência /
em acadêmicos CAETANO, Fatores de
de odontologia e V.S.; risco / Estudo
enfermagem em PORTELA, de
uma instituição I.J.Z.; rastreamento
pública brasileira BEZERRA,
J.P.; FERRAZ,
M.Â.A.L.;
FALCÃO,
C.A.M.
E-7 Automedicação SICTEC - Anais TEIXEIRA, 2021 Abordagem
qualitativa do
do Salão de D.R.;
tipo descritiva
Iniciação KREMER, com revisões
bibliográficas
Cientifica J.J.O.; LOPES,
de 5 artigos do
Tecnológica J.; PLEM, A.G.;
ano de 2004 á
FERREIRA, V.
2016

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E-8 Uso de Rev. Bras. BARROS, 2020 Estudo


analgésicos e o Anestesiol. G.A.M.; observacional
risco da CALONEGO, transversal
automedicação M.A.M.; com amostra
em amostra de MENDES, R.F.; de população
população CASTRO, urbana.
urbana: estudo R.A.M.; FARIA,
transversal J.F.G;
TRIVELLATO,
S.A.;
CAVALCANTE,
R.S.;
FUKUSHIMA,
F.B.; DIAS, A.
E-9 Prática da Rev. Cogit. SANTOS, 2019 Rev. Cogit.
automedicação Enferm. E.S.P.; Enferm.
entre estudantes (Online) ANDRADE, (Online)
de ensino médio C.M.;
BOHOMOL, E.
E-10 Tendência da Rev. Bras. SECOLI, S.R.; 2019 Estudo de base
prática de Epidemiol. MARQUESINI, populacional,
automedicação E.A.; cujos dados
entre idosos FABRETTII, foram obtidos
brasileiros entre S.C.; de uma
2006 e 2010: CORONA, L.P.; amostra de
Estudo SABE ROMANO- 2006,
LIEBER, N.S. constituída de
1.258 idosos e
a de 2010, de
865 idosos que
utilizaram
medicamentos.

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Diante do quadro mostrado acima, cada artigo induziu seus respectivos objetivos
listados a seguir:

Quadro 2 – Objetivos dos estudos selecionados


Nº DO ESTUDO OBJETIVO
E-1 Tem por finalidade estimar a prevalência, os motivadores e os fatores
associados à automedicação em adultos e idosos atendidos na
Atenção Primária à Saúde (APS).
E-2 Analisar a prática da automedicação na sociedade brasileira e
entender os riscos e complicações mais frequentes dessa prática.
E-3 Explorar através de revisão bibliográfica simples o que foi formulado
com a pesquisa sobre os riscos da automedicação.
E-4 Analisou a frequência de automedicação entre alunos do curso de
Enfermagem em uma universidade privada no sul de Minas Gerais.
E-5 Apresentar uma revisão de literatura sobre a prática da automedicação
durante o período da pandemia da COVID-19.
E-6 Determinar a prevalência da automedicação em estudantes de
Odontologia e Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí no
município de Parnaíba e avaliar se existe associação dessa tal prática
com o nível socioeconômico, o sexo dos acadêmicos, bem como com
o nível de conhecimento teórico-prático.
E-7 Conscientizar e orientar as pessoas sobre automedicação.
E-8 Definir o padrão de uso de analgésicos entre os portadores de dor
crônica (DC) e a sua potencial associação à automedicação
analgésica.
E-9 Conhecer a prevalência, classes medicamentosas e principais motivos
para a prática da automedicação entre os estudantes de ensino médio.
E-10 Examinar as tendências da prática de automedicação dos idosos do
Estudo SABE entre 2006 e 2010.

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4. DISCUSSÃO

Segundo um editorial publicado na Revista da Associação Médica Brasileira (2001),


a automedicação é uma prática bastante comum não apenas no Brasil, mas também no
mundo inteiro. Em alguns países com sistema de saúde pouco estruturado, a ida à farmácia
representa a primeira opção procurada para resolver um problema de saúde, e a maior
parte dos medicamentos consumidos pela população é vendida sem receita médica.
Entretanto, sabe-se que esta prática é extremamente prejudicial, visto que, segundo
Arrais et al. (2010), nenhum medicamento é inócuo à saúde. Além disso, conforme afirma
Gonçalves (2009), um simples analgésico pode provocar sérias reações de
hipersensibilidade, dependência ou até hemorragias digestivas. Desse modo, o uso
indevido de medicação sem avaliação criteriosa do profissional habilitado pode ocasionar
reações adversas, aparecimento de sintomas inespecíficos e piora da condição de saúde,
afirmam Secoli et al. (2019).
Ainda nesse sentido, Malik et al. (2020) e Quispe-Cañari et al. (2021) afirmam
que a automedicação pode ter como consequências o uso irracional de medicamentos,
efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças
evolutivas, além da ampliação de custos para o paciente e para o sistema de saúde.
De acordo com Xavier et al. (2021), a prevalência de automedicação no Brasil e no
mundo caracteriza-se como um agravo de saúde pública, sendo as classes mais afetadas,
pessoas mais jovens e de alta escolaridade. Contudo políticas públicas veem contribuindo
para a diminuição dessa prática.
Existem diferentes motivos que fazem com que a pessoa venha a se automedicar,
sendo a principal destas, a dor, informação que vem ser confirmada por Santos, Andrade e
Bohomol (2019), que em seus achados, asseveram que os principais motivos que levam à
prática da automedicação é e a tentativa de alivio rápido e imediato da dor, além do fácil
acesso do produto nas farmácias. No Brasil, outro motivo plausível que leva os indivíduos
a se automedicarem, de acordo com Morais e Furlan Júnior (2018), é a falta de recursos
destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), assim como o número insuficiente de
médicos nas unidades de saúde.
Um estudo realizado na Espanha mostra que de 1.964 pessoas, com idades
diferentes e de ambos os sexos, diante de um sentimento de dor, 27,6% se automedicam,
sem pensar em procurar atendimento médico (BASSOLS et al., 2002). Com isso, é de suma
importância esclarecer os riscos e as consequências de tal prática indevida, pois a ela pode

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levar, em casos extremos, à morte, já que todo medicamento tem o potencial de causar
reações adversas, independentemente do quão corriqueiro seja o seu uso.
Entre a população que realiza automedicação, não estão somente os adultos.
Crianças, adolescentes e idosos são amplamente afetados pela utilização incorreta de
fármacos. Um estudo realizado por Santos, Andrade e Bohomol (2019), com 130
estudantes de uma escola estadual do município de São Paulo, constatou que a prática de
automedicação entre adolescentes tem alta prevalência. Já em relação à automedicação
praticada por idosos, Secoli et al. (2019) observaram uma redução dessa prática, de 42,3%
em 2006 para 18,2% em 2010. Porém, o idoso foi o principal responsável pela indicação da
automedicação em 2006 (65,2%) e 2010 (66,5%).
Outro fator que merece ser destacado, conforme os achados desta revisão, é alta a
frequência de automedicação entre acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Odontologia.
Na pesquisa de Pinto et al. (2021), que analisou a frequência de automedicação entre
alunos do curso de Enfermagem em uma universidade no sul de Minas Gerais, concluiu-se
que houve alta frequência de estudantes que relataram a prática de automedicação(94,5%),
inclusive para medicamentos de uso obrigatório de receitas (venda apenas sob prescrição)
e, sendo este hábito, mais comum entre os alunos dos últimos períodos do c principalmente
para tratar dor de cabeça, gripes e resfriados.
Corroborando o estudo Pinto et al. (2021), Araújo Júnior et al. (2021), mostraram,
por sua vez, que a prevalência de automedicação entre os pesquisados (estudantes de
graduação dos cursos de Odontologia e Enfermagem), foi de 97,1%, especialmente para o
combate da cefaleia, Além disso, essa prática foi estatisticamente mais prevalente no sexo
feminino e dentre aqueles estudantes que estavam no início do curso da graduação.
Em relação aos medicamentos mais utilizados para automedicação, segundo a
Revista da Associação Médica Brasileira (2001) são: Antibióticos (Penicilina, Tetraciclina,
Amoxicilina), Analgésicos (Nimesulida, Nimesulida, Paracetamol), Inibidores de ECA
(Enalapril, Losartana potássica, Captopril), Antidepressivos (Fluoxetina, Cloridrato de
amitriptilina, Citalopram) e os Inibidores de apetite (Cloridrato de Anfepramona,
Femproporex, Sibutramina).
Baseando-se no estudo de Arrais et al. (2010), os medicamentos mais procurados
para serem utilizados na automedicação são: 60% para o aparelho digestivo, 21,8%
correspondem ao sistema nervoso central e 18,2% ao sistema respiratório. Já na visão de
Vilarino et al. (1998), os analgésicos, antibióticos e antitérmicos são os mais utilizados.

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Em seus achados, Santos, Andrade e Bohomol (2019) também relatam que uma das
classes predominantes dos medicamentos utilizados foram os analgésicos, acrescidos de
relaxantes musculares e antiespasmódicos, sendo que, de acordo com Barros et al. (2020),
essa prática de automedicação analgésica é mais frequente entre os portadores de doença
crônica, o que pode ser consequência da pouca prescrição de analgésicos mais potentes,
como os opioides. Já o estudo de Aquino, Barros e Silva, (2010), revela a predominância
do uso de vitaminas e antianêmicos.
Ainda nesse sentido, convém ressaltar, conforme achados de Silva et al. (2021),
que a população aumentou o consumo de medicamentos por automedicação durante a
pandemia da COVID –19, como tentativa de prevenir o contágio do vírus ou curar a
patologia.
Estudos realizados sobre o uso abusivo de medicamentos sem prescrição relatam
que a indústria farmacêutica é uma das responsáveis por motivar a população à
automedicação, com a medicalização e estratégias promocionais (AQUINO; BARROS;
SILVA, 2010). Na visão de Moura et al. (2007) as propagandas publicitárias maçantes e a
dificuldade em conseguir uma opinião médica são os motivos pelos quais surge essa prática
na população. Em contrapartida, Arrais et al. (2010) alega que o motivo desse ato está
relacionado ao grau de instrução e informação sobre os medicamentos.
Mesmo na maioria dos países industrializados, vários medicamentos de uso mais
simples e comum estão disponíveis em farmácia, drogaria ou supermercados, e podem ser
obtidos sem necessidade de receita médica, sendo indicados na maioria das vezes por
pessoas leigas, como familiares, amigos, balconistas, podendo prejudicar ainda mais á
saúde. Acredita-se que mais 10% dos casos de alto risco de morte por doenças hepáticas
são causadas por fármacos. Temos casos de pessoas que tiveram distúrbios por uso
excessivo de fármacos como Carbomazipina e Clabozam, e continuou a usar outros
medicamentos, com isso piorou o caso clínico, tendo hemorragia pulmonar e insuficiência
chegando a óbito (AQUINO; BARROS; SILVA, 2010).
Ainda em relação aos riscos da automedicação, Silva (2021) relata que são diversos
e dentre eles estão o atraso de diagnóstico ou diagnóstico incorreto causado pelo
mascaramento dos sintomas que possibilita o agravamento dos distúrbios. O uso de
medicamento inadequado, a administração incorreta, a dosagem inadequada e seu uso por
longo prazo podem vir a ocasionar sérios danos à saúde tais como reações alérgicas,
intoxicações, entre outros. Teixeira et al. (2021) ainda reforça que este comportamento de

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se automedicar, muitas vezes vem por influência de outras pessoas amigos, familiares,
internet ou prescrições antigas.
Segundo Fernando, Ravanhani e Bertonc (2009) a lesão celular acontece quando
limites da resposta adaptativa a um estímulo forem ultrapassados ou quando a adaptação
é possível, sobre vendo uma sequência de eventos. As lesões celulares podem ser
consideradas em dois grupos: as lesões celulares não-letal, que são aquelas compatíveis
com a regulação do estado de normalidade depois de cessada a agressão; a letalidade ou
não está frequentemente ligada á qualidade, a intensidade e a duração, bem como ao
estado funcional ou tipo de célula atingida. As agressões podem modificar o metabolismo
celular, introduzindo o acúmulo de substâncias intracelular (degenerações), ou podem
alterar os mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação celular (originando
hipotrofias, hipertrofias, hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias e neoplasias).
Outras vezes, acumulam-se nas células pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo
pigmentações, e a lesão celular letal, que são representadas pela necrose (morte celular
seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise).
Com relação à temática focalizada nestas produções cientificas referentes a
automedicação, é importante destacar que a atuação do profissional farmacêutico é
bastante significativa na atenção farmacêutica, acompanhando e orientando o paciente
durante todo tratamento. Desse modo, os achados reforçam a importância de monitorar,
avaliar e educar continuamente às pessoas acerca dos riscos e consequências do consumo
de medicamentos, sobretudo daqueles isentos de prescrição.
Já no que se refere a iniciativas que poderiam ser adotadas para diminuir o uso de
fármacos por conta própria, Ramires et al. (2022) destacam o favorecimento de um maior
e mais facilitado acesso a serviços de saúde, mantendo-se os benefícios do uso de
medicamentos sob menor risco. Os autores ainda afirmam que também são necessárias
restrições quanto a propagandas de medicamentos para evitar a divulgação de informações
não contidas em bula ou sem evidências científicas, além de expor adequadamente os
riscos nas mensagens publicitárias e a fiscalização da venda. Ainda sugerem campanhas
de conscientização na atenção primária à saúde, em relação aos riscos e ao uso racional
de medicamento.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao finalizar esse estudo, verificamos como esse tema é importante e precisa de ser
mais discutido para que a população tenha conhecimento dos riscos e das consequências
do uso da automedicação. Como foi visto, a prevalência de automedicação, no Brasil e no
mundo, consiste em um agravo de saúde pública. Ainda merece destaque que as classes
mais afetadas, são os pacientes mais jovens e de alta escolaridade.
Foi visto que essa prática traz diversos riscos, como por exemplo, o atraso de
diagnóstico ou diagnóstico incorreto, doses imprecisas, tudo isso, causa o mascaramento
dos sintomas e o agravamento de uma doença que poderia ser curada com os
medicamentos corretos e admirados de forma correta.
Portanto, é importante destacar a importância de se fazer campanhas para
conscientizar da população dos riscos da automedicação. Além disso, as indústrias
farmacêuticas têm responsabilidade nesse sentido, ou seja, por terem conhecimento desse
perigo e da importância do medicamento para as pessoas devem orientar no ato da venda,
mas às vezes, ocorre a venda sem essa preocupação, ou seja, o utiliza como estratégia de
mercado para fins lucrativos não se importando com as consequências que podem ocorrer
na vida do indivíduo leigo e na sociedade.

REFERÊNCIAS

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