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É de extrema importância a detecção precoce do câncer de colo de útero que pode

ser feita através de um exame citológico conhecido como Papanicolau, exame esse criado
pelo patologista grego Georges Papanicolau, um método preventivo de colo do útero
conhecido em sua homenagem no início do século, também denominado como
colpocitologia oncótica cervical ou esfregaço cervicovaginal que tem como objetivo de
analisar o colo do útero para determinar se possui algumas alterações nas células ali
presentes. É uma forma eficiente e estratégica para reduzir a incidência de canceres.
(ZEFERINO; GALVÃO, 2008)

Esse tipo de exame pode causar um certo desconforto, podendo variar muito da
sensibilidade de cada paciente que realizará o exame e deve seguir algumas instruções
para a realização do mesmo (Tabela 3). (TAVARES; PRADO, 2006; SOARES et al, 2010).

TABELA 3 – PREPARO PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU

Preparo para a realização do Papanicolau


Não ter relações sexuais nas últimas 48 horas
Não utilizar duchas vaginais, medicamentos ou exames vaginais
Estar fora do período menstrual
FONTE: ELABORADA PELO PORTAL DRAUZIO VARELLA, 2018

Após a coleta, a fixação das células na lâmina deve ser imediata, sendo

fundamental não esquecer que esta lâmina e a caixa devem estar identificadas, da

mesma forma que o formulário de requisição de exames já preenchido. No caso de

mulheres histerectomizadas, recomenda-se verificar se o colo foi mantido. Havendo

colo, o exame deve ser procedido regularmente. No caso de pacientes grávidas, a

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coleta não é contra-indicada, mas deve ser realizada de maneira cuidadosa podendo

seguir-se de um pequeno sangramento (BRASIL, 2010).

Neste contexto, convém ressaltar que as estratégias de prevenção devem

respeitar as peculiaridades regionais envolvendo lideranças comunitárias,

profissionais de saúde, movimentos de feministas, meios de comunicação, entre


outros. Além disso, é preciso enfatizar as mulheres acima da faixa etária

recomendada, tornando-se imperativo que sejam levados em consideração, os

fatores de risco, a frequência de realização dos exames e os resultados dos exames

anteriores, sendo que a frequência do rastreamento deve ser individualizado

(CAETANO et al, 2006; BRASIL, 2006; GUARISI R et al, 2006; GUEDES T G et al,

2005; OLIVEIRA et al, 2006; ROBERTO NETO et al, 2005; TAVARES; PRADO,

2006).

Por último, o diagnóstico tardio do câncer de colo do útero pode estar

relacionado com a dificuldade de acesso da população feminina aos serviços de

saúde, a baixa capacitação de recursos humanos, envolvidos na assistência, bem

como fatores de ordem cultural, econômica e social (BRASIL, 2006).


Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico
da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. Pode ser feito em postos ou
unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. É fundamental
que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame
preventivo, pois sua realização periódica permite que o diagnóstico seja feito cedo e reduza
a mortalidade por câncer do colo do útero. O exame preventivo é indolor, simples e rápido.
Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir
relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.

Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com
camisinha) nos dois dias anteriores ao exame, evitar também o uso de duchas,
medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do
exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue
pode alterar o resultado.

Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou
a do bebê.

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