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Gabriely de Souza Martins, João Batista Pereira Aguiar, João Paulo Victorino Aguiar, Lindsey
Welliss da Costa Silva, Lívia Serafini Nery, Maria Fernanda Santos Nogueira, Nycole Pereira
Paiva e Talyssa Maria Lucas de Oliveira.
A BANALIZAÇÃO DA ARTE
Colégio CESPACC/SESI
Machado-MG
2023
Ana Clara de Fátima Domingues, Camille Ávila de Matos, Gabriel Fernandes Mendes,
Gabriely de Souza Martins, João Batista Pereira Aguiar, João Paulo Victorino Aguiar, Lindsey
Welliss da Costa Silva, Lívia Serafini Nery, Maria Fernanda Santos Nogueira, Nycole Pereira
Paiva e Talyssa Maria Lucas de Oliveira.
A BANALIZAÇÃO DA ARTE
Trabalho de Filosofia
3° ano
Professor Ademir Dias de Aguiar
Colégio CESPACC/SESI
Machado-MG
2023
RESUMO
A banalização da arte refere-se à trivialização e perda de profundidade nas expressões
artísticas, muitas vezes resultante da comercialização excessiva. Na contemporaneidade, a arte
frequentemente se torna um produto de consumo, onde a busca por lucro supera a
autenticidade e significado. Plataformas digitais e redes sociais contribuem para uma
apreciação superficial, enquanto a reprodução em massa pode diluir a singularidade das obras.
A pressão por popularidade imediata pode comprometer a originalidade artística, levando a
uma produção que segue tendências em detrimento da inovação. A falta de educação artística
pode contribuir para a banalização, pois o público pode não estar preparado para apreciar
obras mais complexas. Em suma, a banalização da arte representa um desafio para a
preservação da autenticidade em uma sociedade voltada para o consumo rápido.
ÍNDICE
Introdução.................................................................................................................................. 5
Capítulo 1................................................................................................................................... 6
Capítulo 2................................................................................................................................... 7
Capítulo 3................................................................................................................................... 7
Capítulo 4................................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO
1. Comercialização e Mercantilização:
- A ascensão do mercado de arte global muitas vezes leva à comercialização excessiva, onde
obras são criadas visando mais ao valor comercial do que à expressão artística autêntica.
- A demanda do mercado muitas vezes resulta em produções em massa, diminuindo a
singularidade de cada obra.
Sendo assim, destaca os desafios enfrentados pela arte contemporânea diante da banalização e
sugere que a reflexão crítica, a educação e a promoção da originalidade são fundamentais para
preservar a integridade e o valor intrínseco da arte em um contexto cultural em constante
evolução.
A banalização da arte tem sido uma faceta complexa e controversa em nossa sociedade
contemporânea. À medida que a arte se tornou mais acessível e disseminada, observamos um
fenômeno onde a profundidade e significado muitas vezes cedem espaço à superficialidade e à
busca por entretenimento instantâneo.
A banalização da arte também pode contribuir para a perda da apreciação pela originalidade e
autenticidade. O valor de uma obra muitas vezes é eclipsado pela busca por popularidade
instantânea, levando artistas a seguir tendências em vez de explorar sua expressão única.
Além disso, a banalização da arte pode influenciar a percepção da sociedade em relação ao
papel da criatividade. À medida que a arte se torna mais commodificada e diluída em um mar
de imagens, há o risco de que seu potencial transformador e provocador seja minimizado,
perdendo a capacidade de desafiar ideias convencionais e inspirar mudanças significativas.
Em última análise, a banalização da arte pode resultar em uma sociedade que consome
superficialmente, perdendo a oportunidade de se envolver profundamente com as
complexidades e nuances que a arte pode oferecer. É essencial cultivar uma apreciação mais
crítica e reflexiva, reconhecendo a importância de preservar a integridade e o impacto da arte
em meio a um cenário saturado de estímulos visuais efêmeros.
CAPÍTULO 3: A BANALIZAÇÃO DA UNIDADE ARTÍSTICA
Muito se discute sobre até que ponto a “banalização” de uma obra artística pode depreciar o
seu valor enquanto arte e do seu significado perder a sua essência. Será isso uma espécie de
preço a ser pago por ser reconhecido? Ou até mesmo seria a globalização atingindo uma
proporção que nem mesmo o artista esperava que atingisse.
Há uma certa relatividade nesse processo de julgar a relevância de uma peça artística, por
vezes que haja os canons a questão do gosto e significado varia para cada indivíduo,
principalmente para o autor, que muitas vezes guarda para si o porquê daquilo e o porquê
disto.
Só pelo fato de algo poder ser copiado e reproduzido não significa que este algo se torne
menos do que aquilo que alguma vez foi único. Por bem ou por mal ela acaba por ser
conhecida e transformada.
[…] Pode dizer-se, de um modo geral, que a técnica de reprodução liberta o objeto
reproduzido do domínio da tradição.[…]
(Benjamin 2006:211)
CAPÍTULO 4: A INDÚSTRIA CULTURAL E A ARTE
Para Umberto Eco, por exemplo, é preciso aceitar que a sociedade atual é industrial, que os
meios de comunicação em massa fazem parte da nossa realidade e que seus produtos podem
servir como instrumento de alienação ou emancipação. O importante é lutar por uma
produção e veiculação de real valor artístico e cultural.
O capitalismo que visa o lucro incessante estaria comprometendo o valor crítico das formas
artísticas e acabando com a capacidade crítica do público ao impedir a sua participação
intelectual na análise da obra. Todos buscariam o já conhecido e experimentado e deixariam
de lado a crítica à sociedade, impedindo a formação de indivíduos autônomos, independentes,
capazes de julgar e decidir conscientemente.
Marcuse (1998) reforça que com a desestruturação da família burguesa, o indivíduo antes
socializado e formado por ela, também entra em decadência. Atualmente, o lego do individuo
é formado não mais pela família, mas sim pela indústria cultural. Desta forma, o individuo
identifica-se com a sociedade, mas sem critica, uma vez que ele não está adepto à isso, pois
foi socializado para não identificar as contradições e por consequência para que não tenha
uma consciência crítica. Antes, o líder da família era o pai, que, agora foi substituído pelos
ídolos produzidos pela indústria cultural. Para Marcuse (1979), a felicidade é incompatível
com o modo de vida capitalista, o pensamento otimista paralisa, porque não nega a realidade,
mantêm-se preso a uma ilusão. Mas, esta ilusão precisa ser mantida, os sujeitos precisam
acreditar na realização individual, precisam acreditar que têm controle sobre a sua vida, que
possuem liberdade de escolha, quando na verdade esta pretensa liberdade é mais uma das
categorias ideológicas, pois acreditando que têm poder de decisão, os indivíduos não resistem
ao controle imposto pelo sistema. Isto implica em que o individuo precisa consumir para se
constituir como sujeito.
Tal indústria não busca a promoção do conhecimento, mas sim a manipulação cultural e
política, a formação de opinião e o condicionamento de mentes, enfatizando tudo como
necessidade de consumo. Isto se torna notório pela tendência atual de reproduzir exposições e
de expor criações artísticas de forma exclusivamente comercial (sendo estampada em
chinelos, camisetas, canecas e etc; como por exemplo, as canecas com as pinturas de
Portinari). A cultura passa a ser mais um instrumento do capitalismo e se põe fim a autonomia
dos indivíduos com a manipulação de massas.
Outro exemplo é o movimento pop art, um dos primeiros movimentos que apareceram com o
surgimento da indústria cultural. O pop art é um movimento artístico que surgiu na década de
50, na Grã-Bretanha e Estados unidos da América, um dos seus percursores foi Andy Warhol.
O pop art é em si, um tipo de arte que utiliza figuras e ícones populares nos temas das suas
figuras. A razão crítica e irônica da sociedade capitalista. Irônica, pois a sociedade capitalista
apoderou-se desta forma de arte. Ela operava com jogos de cores, materiais, e produtos
intensos, reproduzindo objetos do cotidiano. Transforma- os desta forma, em arte.
A indústria cultural aparece também na mídia e realmente realiza uma comunicação unilateral.
Tal como coloca Baudrillard,
A televisão apresenta mensagens elaboradas por uma elite de especialistas que estão a serviço
da classe dominante. A seção de cartas em jornais e revistas, os pedidos e as entrevistas no
rádio e na TV são muito limitadas e marginalizadas (além de serem selecionadas de acordo
com os interesses de quem detém a propriedade desses meios). O que a mídia, tenta vender é a
felicidade através do consumo.
Portanto, ser visto e reconhecido pelo outro, confere ao indivíduo status e identidade, fazendo
com que o mesmo deixe de ser meramente um anônimo, ou até mesmo um ser invisível. O
advento da televisão e do computador, juntamente com as possibilidades que estes abriram,
foi o marco preponderante para permitir ao sujeito existir por meio da imagem.
Por fim, evidencia-se que o mundo inteiro é forçado a passar pelo filtro da indústria cultural.
A velha experiência do espectador de cinema, que percebe a rua como um prolongamento do
filme que acabou de ver, porque este pretende ele próprio reproduzir rigorosamente o mundo
da percepção quotidiana, tornou-se a norma da produção. Quanto maior a perfeição com que
suas técnicas duplicam os objetos empíricos, mais fácil se torna hoje obter a ilusão de que o
mundo exterior é o prolongamento sem ruptura do mundo que se descobre no filme. Desde a
súbita introdução do filme sonoro, a reprodução mecânica pôs-se ao inteiro serviço desse
projeto. A vida não deve mais, tendencialmente, deixar-se distinguir do filme sonoro.
CONCLUSÃO
https://www.unicamp.br/fea/ortega/sbcta98/sld007.htm
https://www.greelane.com/pt/humanidades/filosofia/oversimplification-and-exaggeration-
fallacies-3968441/
https://arteref.com/mercado/4-dicas-importantes-que-todo-artista-iniciante-deve-saber/
http://www.artistavisual.com.br/certificado-de-autenticidade-para-obra-de-arte/