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Oscar Wilde
Durante décadas a arte se restringiu à uma classe restrita da sociedade, sendo que
somente as castas mais altas poderiam ter acesso ao material. Mas isso não significa que
não havia a construção de um perfil artístico entre as outras classes, sempre houve, só
não era valorizada e importante o suficiente para ser colocada em um museu ou
conservada. Com isso, manteve-se por muito tempo a ideia de que somente era arte o
que estava em um museu e era aclamado pela elite.
Com o passar dos anos, a arte passou a permear a sociedade independente de sua classe,
estilo, opinião, gosto, etc. Mas isso não implica que o preconceito deixou de existir, pois
através dessa expansão artística surgiram os conflitos em torno do que pode ser exposto
ou não e seus motivos para isso.
A partir da segunda metade do século XIX a arte modera desenvolveu-se, rompendo
com a tradição e com alguns padrões estéticos que encontrávamos dentro da história da
arte. A partir disso, surgiram as ‘’Vanguardas Europeias’’, mudando completamente a
compreensão artística de arte e seu processo.
Logo, chegamos ao ponto em que estamos atualmente e, consequentemente, ao nosso
tema: Como você justificaria e usaria obras de arte contemporânea no ensino de
linguagem/trabalho de edição?
Vivemos em uma sociedade que apesar de todos preconceitos e dificuldades ainda
existentes, encontrou caminhos para ampliação dos conceitos antes pré-estabelecidos e
exclusivos, permitindo que outras pessoas se sentissem parte dos cenários sociais, entre
eles, o cenário artístico.
Logo, torna-se necessário que o processo de ensino também se identifique com essa
ampliação, com a inclusão e com a exposição de expressões, independentemente de sua
cultura ou classe originária. Em um momento tão diverso, movimentado nas esferas
socias, com a inclusão digital e o acesso à informação, é importante que as instituições
educacionais estejam atentas em passar esse conceito de expansão, respeito e
diversidade para frente.
Dessa forma, torna-se importante que para introduzir os estudos sobre arte, possamos
conhecer o perfil artístico do estudante, suas preferências, qual seu conceito de arte, o
que ele viu e observou ao longo da vida e o que ele teve acesso para construir sua
opinião. Realizando essa exposição de opiniões, observaremos que os gostos são
diferentes, alguns batem, outros não, alguns preferem a música, outros a literatura, a
dança, a pintura, etc. No entanto, a diversidade não irá se restringir ao gênero ou a
categoria da arte, mas também encontraremos gostos musicais diferentes, alguns vão
preferir a literatura clássica, outros a moderna, há quem goste de balé, quem goste de
rock, e quem goste dos dois, pois a arte moderna é isso, permitir-se viver o que quiser.
Apresentada a discussão acima, é importante ressaltar que o uso de obras no ensino é de
grande importância para ampliar os horizontes dos alunos, haja vista que alguns podem
nunca ter tido contato ou conhecimento de outras formas de arte além daquelas que lhes
foram apresentadas desde que nasceram. Portanto, a arte deve ser utilizada de forma
inclusiva, buscando e tentando apresentar tudo que podemos classificar e temos como
construção artística, garantindo identificação pessoal entre os alunos e preservação da
transmissão de conhecimentos e cultura. Também é importante destacar a importância
de permear entre os diversos gêneros artísticos, de forma a acabar com a ‘’estranheza’’
em relação aquilo que não faz parte de suas realidades individuais.
Através disso, torna-se possível encontrar a diversidade e a riqueza presentes dentro de
uma sala de aula, permitindo que todos vejam seu lugar e sintam-se à vontade para
expor sua cultura, história e preferências, bem como, encontrem novas formas de
expressão.
Com uma educação mais inclusiva e abrangente, conseguiremos manter a ampliação da
arte e de seu conceito, diminuir o preconceito e promover o respeito entre todos.
Papa Francisco
Bibliografia
G1/BOM DIA BRASIL. 'A juventude é a janela pela qual o futuro entra no
mundo', diz o Papa. Disponível em:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/07/juventude-e-janela-pela-
qual-o-futuro-entra-no-mundo-diz-o-papa.html. Acesso em: 26 fev. 2021.