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206-00-37 Informações Gerais do Sistema de Freio (Ka, 02/2009) 206-00-37

Testes de Componentes

Verificação de Vazamento Hidráulico

NOTA: há um reservatório comum de fluido para freio e embreagem, portanto é possível que o
vazamento da embreagem possa levar a uma redução no nível do reservatório.

O fluido para freios é solúvel em água e é possível que todos os indícios de vazamento de fluido
tenham sido eliminados se o veículo foi conduzido na chuva ou neve. REABASTEÇA o sistema,
SANGRE e APLIQUE os freios várias vezes. EXAMINE o sistema para verificar se o nível do
reservatório de fluido está realmente caindo. LOCALIZE e REPARE o vazamento externo. Se o nível
do fluido cair e nenhum vazamento externo for encontrado, VERIFIQUE quanto a vazamento no
vedador externo do êmbolo do cilindro-mestre do freio.

Verificação do Sistema de Freio

Verificação da Reserva do Pedal do Freio

Na existência de uma condição de pedal baixo ou sensação de pedal fundo, VERIFIQUE a reserva
do pedal do freio.

1. FUNCIONE o motor em marcha-lenta com a transmissão em ponto-morto.

2. APLIQUE levemente o pedal do freio três ou quatro vezes.

3. NOTA: essa maior resistência pode parecer como se alguma coisa estivesse presa no fundo
do pedal.

AGUARDE 15 segundos para que o vácuo reabasteça o servofreio.

4. APLIQUE o pedal do freio até o fundo ou até que ocorra maior resistência do curso do pedal.

5. NOTA: o movimento adicional do pedal do freio é resultante do aumento de vácuo do


manômetro do motor, que exerce mais força sobre o servofreio durante a
desaceleração e parada do motor. Isto significa que curso adicional está disponível
no cilindro-mestre do freio e que o sistema de freio não está prendendo no fundo.

MANTENHA o pedal do freio comprimido e AUMENTE a velocidade do motor para


aproximadamente 2000 rpm.

6. SOLTE o pedal do acelerador e OBSERVE se o pedal do freio movimenta-se para baixo conforme
o motor retorna para a marcha-lenta.

Teste Funcional do Servofreio

INSPECIONE todas as mangueiras e conexões. Todos os conectores de vácuo não utilizados devem
ser tampados. Mangueiras e suas conexões devem estar corretamente presas e em boas condições,
sem furos e áreas deformadas. INSPECIONE a válvula de retenção no servofreio quanto a danos.
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Verificação da Operação do Servofreio

1. VERIFIQUE se o sistema hidráulico dos freios apresenta vazamentos ou nível de fluido baixo.

2. Com a transmissão em ponto-morto, PARE o motor e APLIQUE o freio de estacionamento.


APLIQUE o pedal de freio diversas vezes para eliminar todo o vácuo do sistema.

3. Com o motor desligado e todo o vácuo eliminado do sistema, APLIQUE o pedal do freio e
MANTENHA-O comprimido. LIGUE o motor. Se o sistema de vácuo estiver funcionando, o pedal
do freio tenderá a movimentar-se para baixo sob pressão constante do pé. Se nenhum movimento
for percebido, o sistema de auxílio a vácuo não estará funcionando.

4. REMOVA a mangueira de vácuo do servofreio. Deve haver vácuo disponível na extremidade da


mangueira do lado do servofreio com o motor em marcha-lenta e a transmissão em ponto-morto.
CERTIFIQUE-SE de que todas as saídas de vácuo não utilizadas estejam corretamente
tampadas, os conectores das mangueiras estejam presos corretamente e as mangueiras de
vácuo estejam em boas condições. Ao se estabelecer que há vácuo do coletor disponível para o
servofreio, CONECTE a mangueira de vácuo ao servofreio e REPITA a Etapa 3. Se não ocorrer
movimento para baixo do pedal de freio, o sistema de auxílio a vácuo não estará funcionando.

5. FUNCIONE o motor no mínimo por 10 segundos em marcha-lenta acelerada. PARE o motor e


DEIXE o veículo parado por 10 minutos. A seguir, APLIQUE o pedal do freio com uma força de
aproximadamente 89 N (20 lbf). O comportamento do pedal do freio deve ser o mesmo percebido
com o motor em funcionamento. Se o pedal do freio estiver duro (sem auxílio do servo), INSTALE
uma nova válvula de retenção e, em seguida, REPITA o teste. Se o pedal do freio ainda estiver
duro, INSTALE um servofreio novo. Se o movimento do pedal do freio estiver esponjoso,
SANGRE o sistema de freio. Para mais informações, CONSULTE o item "Sangria do Sistema de
Freio", nesta seção.

Cilindro-mestre

Geralmente, o primeiro e mais forte indicador de que algo está errado no sistema de freio é o
comportamento do pedal do freio. No diagnóstico da condição do cilindro-mestre do freio,
VERIFIQUE o comportamento do pedal como um indício de problema do freio. VERIFIQUE se a luz
de advertência do freio está acesa e o nível do fluido no reservatório do cilindro-mestre.

Condições Normais

As seguintes condições são consideradas normais e não são indicações de que o cilindro-mestre
precisa de reparos:

– os sistemas de freio modernos não são projetados para produzir esforço intenso do pedal como
no passado. As reclamações de esforço leve do pedal devem ser comparadas com o esforço do
pedal em outro veículo do mesmo ano e modelo;

– durante a operação normal do freio, o nível do fluido no reservatório aumentará durante a


aplicação do freio e cairá durante a desaplicação. O nível do fluido em repouso (após a aplicação
e desaplicação do freio) se manterá inalterado;
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– existirá um indício de fluido de freio no servofreio próximo ao flange de montagem do cilindro-


mestre. Isto resulta da ação de lubrificação normal do vedador externo do êmbolo do cilindro-
mestre;

– o nível do fluido de freio cairá com o desgaste das sapatas ou das lonas.

Condições Anormais

NOTA: antes de fazer qualquer diagnóstico, CERTIFIQUE-SE de que a luz de advertência do


freio esteja funcional.

Alterações no comportamento ou curso do pedal do freio são indicações de que algo pode estar
errado no sistema de freio.

Os procedimentos e técnicas de diagnóstico utilizam o comportamento do pedal do freio, a


iluminação da luz de advertência e o nível baixo do fluido como indicações de problemas no
diagnóstico do sistema de freio. As seguintes condições são consideradas anormais e indicam que o
cilindro-mestre precisa de reparos:

– o pedal do freio abaixa rapidamente. Isto pode ser causado por vazamento interno ou externo;

– o pedal do freio abaixa lentamente. Isto pode ser causado por vazamento interno ou externo;

– o pedal do freio está baixo e esponjoso. Esta condição pode ser causada por ausência de fluido
no reservatório do cilindro-mestre, obstrução dos furos de ventilação da tampa do reservatório ou
ar no sistema hidráulico;

– o esforço do pedal do freio é excessivo. Isto pode ser causado por emperramento ou obstrução
do pedal ou articulação, bloqueio da válvula de controle de fluido ou insuficiência do auxílio a
vácuo do freio;

– os freios traseiros travam ao se aplicar levemente o pedal. Isto pode ser causado por pressão
incorreta dos pneus, graxa ou fluido nas sapatas ou lonas, danos nas sapatas ou lonas, ajuste
incorreto do freio de estacionamento, dano ou contaminação das válvulas de controle de pressão;

– o esforço do pedal do freio é irregular. Esta condição poderia ser causada por mau funcionamento
do servofreio, recuo extremo do êmbolo da pinça ou instalação incorreta das sapatas ou lonas.

– a luz de advertência do freio está ACESA. Isto pode ser causado por baixo nível do fluido de freio,
fio de ignição passando muito perto do indicador de nível de fluido, ou dano no conjunto da bóia.

Teste da Condição de Desvio

1. VERIFIQUE o fluido no cilindro-mestre do freio. COMPLETE o nível do reservatório do cilindro-


mestre se estiver baixo ou vazio.

2. OBSERVE o nível do fluido no reservatório do cilindro-mestre do freio. Se após várias aplicações


do freio o nível do fluido permanecer o mesmo, MEÇA o torque necessário para girar as rodas
com os freios aplicados, da seguinte maneira:

COLOQUE a transmissão em ponto-morto, LEVANTE e APÓIE o veículo. Para mais informações


CONSULTE a Seção 100-02.
206-00-40 Informações Gerais do Sistema de Freio (Ka, 02/2009) 206-00-40

APLIQUE os freios, no mínimo, com uma pressão de 445 N (100 lbf) e MANTENHA o pedal
comprimido por aproximadamente 15 segundos. Com os freios ainda aplicados, EXERÇA um torque
nas rodas dianteiras de 10,1 N.m (75 lbf.pé). Se qualquer uma das rodas girar, INSTALE um cilindro-
mestre de freio novo.

Vazamentos sem Pressão

Qualquer condição de reservatório do cilindro-mestre do freio vazio pode ser causada por dois tipos
de vazamentos externos sem pressão:

Tipo 1: pode ocorrer vazamento externo na tampa do reservatório de fluido de freio em razão de
posicionamento incorreto da junta e tampa. POSICIONE novamente a junta e tampa.

Tipo 2: pode ocorrer vazamento externo nas vedações de montagem do reservatório. REPARE este
vazamento instalando novos vedadores.

Verificação do Empenamento dos Discos de Freio

Equipamento Geral: Comparador com base magnética.

1. LEVANTE e APÓIE o veículo. Para mais informações CONSULTE a Seção 100-02.

2. COLOQUE as porcas das rodas invertidas, para fixar os discos de freio.

3. MEÇA o empenamento interno e externo dos discos de


freios.
• VERIFIQUE se não há danos no cubo da roda.
• LIMPE as superfícies dos discos antes da medição.
• ROTACIONE os discos e MEÇA o empenamento no
centro da área de contato de cada pastilha.
4. O empenamento do disco não deve exceder 0,10 mm.

5. VERIFIQUE a variação de espessura dos discos de freio.


• Utilizando um micrômetro 0-25 mm, MEÇA a
espessura do disco em oito posições em intervalos de
45º e a 15 mm da borda externa do disco.
• Se existir uma diferença de 15 mm ou mais entre
qualquer uma das leituras efetuadas, ou se a
espessura do disco for inferior ao mínimo permitido, o
disco deve ser substituído.
6. REMOVA as porcas das rodas do disco de freio.
7. ABAIXE o veículo e INSTALE as rodas.

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