Você está na página 1de 30

CONTEXTUALIZAÇÃO: transição demográfica,

Cuidador de Idosos

epidemiológica da população idosa; alterações


biológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do
envelhecimento dos sistemas do organismo

Aula Magna

Profa. Iride Cristofoli Caberlon


Especialista em Enfermagem Gerontológiaca
Dra. em Geontologia Biomédica
Representante titular da ABEn RS no Conselho Estadual de Saúde
Representante suplente do DCEG/ABEn RS no Conselho Estadual da Pessoa Idosa

Porto Alegre, 05 de outubro de 2020


Como está constituído o ciclo de vida?

12 anos 20 anos 60 anos ....


12 -19 anos

Concepção
embrião/feto

N Infância A Adulto Idoso Morte


a d
s o
c l
i e
m s
e c
n ê
t n
o c
i
a
Porque envelhecemos de forma diferente?

 Diferentes fatores interferem no processo de envelhecimento, como:


 Sexo e características diferentes de gênero e cultura;;
 Origem étnica, tradições, cultura específica, espiritualidade;
 Viver em área urbana, periférica e rural;
 Viver em clima e localização geográfica e áreas de risco natural;
 País industrializado ou não com PIB e IDH compatível ou não;
 Acesso à educação formal, aprendizagem continuada e oportunidades
diferentes ao longo da vida;
 Acesso a novas oportunidades de emprego, trabalho em condições adequadas
e renda compatível para atender as necessidades diárias de sobrevivência e
bem estar;
 Amor e apoio da família, amigos e colegas de trabalho;
 Aptidão para superar as dificuldades da vida, crises, perdas;
 Fortalecimento da resiliência e da espiritualidade.
O que é transição demográfica e epidemiológica?

 Transição demográfica: descreve a dinâmica do crescimento


populacional, decorrente dos avanços da urbanização, ciência,
da medicina, de novos medicamentos, cirurgias, diminuição da
natalidade e de outros fatores.
 Transição epidemiológica: são as mudanças ocorridas no
tempo e nos padrões de doenças, invalidez e mortes que
caracterizam uma população específica e que, em geral,
ocorrem em conjunto com outras transformações
demográficas, sociais e econômicas (Omram, 2001; Santos-
Preciado et al., 2003).

 A Transição Demográfica, Transição Epidemiológica e


Envelhecimento Populacional são processos interligados e
produzem impactos significativos na sociedade.
Envelhecimento da população brasileira, por
sexo, nos anos 2000, 2025 e 2050 – IBGE

Fonte: IBGE.

Legenda:
Azul escuro: Homens Azul claro: Mulheres
Aumento da população idosa no mundo e países desenvolvidos
e em desenvolvimento de 1950 a 2050
Exemplo de transição demográfica por faixa etária
e homens e mulheres entre 2000 e 2040

Legenda:
Azul escuro: Homens 2000 e Azul Claro: 2040
Vermelho escuro: Mulheres 2000 e Rosa claro: Mulheres 2040
Consequências da transição demográfica do envelhecimento
 A OMS considerado um país envelhecido quando 14% da sua população possui
mais de 65 anos. É a situação atual do Brasil? Sim.
 O IBGE mostra que, em 40 anos (2010-2050), a população idosa vai triplicar no
Brasil, que de 19,6 milhões (10%) passará em 2050 para 66,5 milhões de pessoas
(29,3%).
 Daqui a 14 anos (2030), os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as
crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo estimativas do IBGE (2016).
 A "virada" no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e
o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de
crianças de 0 a 14 anos.
 Aumento da expectativa de vida ao nascer e de sobrevida após 60+ anos.
 Também aumenta a mortalidade acima dos 90 anos. (Celso Simões,2016).
 Mudanças profundas em políticas públicas de saúde, assistência social, previdência,
educação, trabalho, renda, direitos humanos e sociais entre outras.
 Deficiência na formação e especialização de profissionais de nível médio (cuidadores
e técnicos e superior), necessidade de contratação destes profissionais nos serviços
de saúde, nos três níveis de atenção e outros.

“Embora as pessoas estejam vivendo mais, elas não


necessariamente estarão mais saudáveis” (OMS, 2014)
Consequências da transição epidemiológica
 Aumento dos agravos (acidentes, quedas, violência) e doenças.
 Aumento da morbimortalidade por doenças crônicas degenerativas:
 Hipertensão, Infarto, Derrame celebral (AVC), Diabetes, Câncer
 A OMS refere que a diabetes, câncer e doenças cardiovasculares são responsáveis
por mais de 70% de todas as mortes no mundo – o equivalente a 41 milhões de óbitos.
 Ministério da Saúde apontam que 39,5% dos idosos possuem alguma doença crônica e
quase 30% possuem duas ou mais.
 O diagnóstico de diabetes aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017,
atingiu 7,1% dos homens adultos e 8,1% nas mulheres (OMS, 2018).
 Aumento de internações por agravos e doenças crônicas
 Aumento de pessoas idosas acamadas e em cuidados paliativos
 Aumento de produção de novos insumos no mercado para qualificar o cuidado, como:
pomadas, cremes, fraldas, roupa intima, vestuário adequado
 Aumento de equipamentos e acessórios para efetivar o cuidado
 Aumento de profissionais para cuidar as pessoas idosas nos serviços da rede de
promoção e atenção à saúde, assistência social, educação e direitos sociais.
Tudo isso leva a repensar a efetivação de mais políticas públicas e ações
e formação de mais profissionais das áreas e cuidadores.
Alterações biológicas, fisiológicas, psicológicas e
sociais do envelhecimento
 Estas ocorrem ao longo do tempo que envolve: alterações da
morfologia das células, moléculas, fisiológicas e de suas funções,
que vão causar declínio na eficiência funcional e na capacidade
de manutenção do equilíbrio interno e externo (homeostasia);
 Estas ocorrem em todos os níveis de função do corpo externa e
interna dos sistemas amplos, dos órgãos e entre os mesmos,
provocando a diminuição da capacidade funcional;
 As alterações biofisiológicas, as psicológicas e sociais
realizam a interrelação entre crescimento (ganhos) e declínio
(perdas) e influenciam o comportamento e a adaptação do
indivíduo no processo de envelhecimento;
 A estatura decai entre os 30 e 70 anos os homens podem
diminuir até 2,5 cm e, as mulheres, 5 cm.
 Depois dos 80, tanto homens quanto mulheres podem perder
mais 2,5 cm de altura pois os arcos dos pés reduzem e a coluna
fica mais curva;
Variação da composição do corpo: comparação entre
adulto jovem e idoso aos 75 anos

Itens corporais 25 anos 75 anos

Gordura 15% 30%

Tecidos 17% 12%

Ossos 6% 5%

Agua intracelular 42% 33%

Agua extracelular 20% 20%

Fonte: Biologia Geriatrica ilustrada. 1988 do autor Editorial BYK.


Alterações Sensoriais - Visão

 Diminuição na produção de lágrima (olho seco);


 Endurecimento e opacificação do cristalino;
 Menor visão noturna (devido a dilatação da pupila);
 Maior sensibilidade à luminosidade /ofuscamento;
 Dificuldade de adaptação à mudança de luz
 Percepção de profundidade alterada
 Vermelhidão (Hiperemia), lacrimejamento
 Queda da pálpebra (Ectrópio senil)
 Dificuldade de acomodação da visão para perto (Presbiopia);
 Doenças mais comuns: catarata, glaucoma, inflamação e infecção.
Alterações Sensoriais - Audição

 O pavilhão auditivo aumenta;


 Deficiência dos sons agudos
(Presbiacusia);
 Zumbido prologado;
 Diminuição ou atrofia das glândulas;
 Produtoras de cera (+ seca);
 Prurido (coceira) devido a atrofia da pele;
 Pelos mais grossos e maiores nos homens;
 Os ossículos do ouvido médio (martelo,
bigorna, estribo) sofrem degeneração e
diminuem a transmissão do som (sudez);
 Alterações do ouvido interno (tontura,
desequilíbrio, perda auditiva
neurossensorial.
Alterações Sensoriais – Olfato e paladar

 Queda da ponta do nariz, aumentando a


obstrução nasal, ressecamento da
mucosa nasal com predispõe à
rinosinusite crônica;
 Atrofia dos receptores do olfato (cheiro)
na cavidade nasal;
 Atrofia e diminuição das papilas
gustativas (despapilação);
 Alteração da saliva (xerostomia);
 Halitose: diminuição do paladar,
causando diminuição do apetite e da
sede e aumento do uso do sal, açúcar e
temperos;
 Os medicamentos também podem
interferir no paladar da pessoa.
Alterações Sensoriais – Tato

 Diminuição da percepção dolorosa mãos e pés


(calor e frio);
 Diminuição da sensibilidade, pele mais fina em
algumas áreas, calos em outras, menos
receptores de pressão e apreensão nas mãos;
 Diminuição nas habilidades manuais finas
(costura, escrita, crochê, pintura, varrer,
limpar);
Cuidados com o tato:
 Prevenir queimaduras (pelo sol, banho, estufa,
bolsa de água quente e de gelo, álcool em
gel);
 Inspecionar a pele diariamente em diabéticos e
naqueles com restrição da mobilidade).
Alterações do Sistema Tegumentar (pele)
 A pele fica cada vez mais ressecada, menos elástica e espessa;
 Aumento do tempo para a regeneração dos tecidos e a cicatrização dos ferimentos
são mais demoradas;
 As glândulas sudoríparas e sebáceas ficam menos numerosas, comprometendo ainda
mais a capacidade de hidratação de pele;
 Pelos: diminuição da espessura, crescimento mais lento, perda de pigmento,
alterações na distribuição nas axilas, púbis e membros
 Unhas: perda do brilho, estrias longitudinais,
crescimento mais lento, mais quebradiças e
mais espessas, opacas e em forma de garra
(onicogrifose);
 Nos homens aumento da suscetibilidade à
hipotermia no nariz e orelhas e nas mulheres na
face. Diminuição da gordura subcutânea (face,
nádegas, pés e mãos) ocorrendo flacidez da
pele;
 Aumento da gordura intra-abdominal, do quadril
e do peso corporal dos 30-65 anos. Diminuição
do peso corporal após 65 anos e da altura ,
cerca de 1 cm a cada 4 anos.
Alterações do Sistema Osteomuscular
 Os músculos e ossos perdem massa, dificultando
suas capacidades efetivas;
 A atrofia muscular provoca a perda do tônus e da
força e acomete todos os músculos do corpo;
 A massa muscular é progressivamente substituída
pelo tecido gorduroso, fenômeno chamado de
Sarcopenia;
 Os ossos são responsáveis pelo armazenamento de
cálcio e pelas funções motoras. Em média, o adulto
desenvolve massa óssea até por volta dos 35 anos
e, após essa fase, o organismo reabsorve essa
massa, levando os ossos a um progressivo
processo de porosidade;
 A reabsorção óssea no maxilar e na mandíbula que
provoca aproximação do queixo e do nariz;
desgaste e perda dos dentes; desgaste e
calcificação das articulações.
Alterações do sistema gastrointestinal

 Atrofia da mucosa oral e diminuição das pápulas da língua;


 Dificuldade na mastigação e para engolir (disfagia);
 Maior frequência de estomatite e candidíase oral,
decorrente de prejuízos no sistema gastrintestinal e
imunológico;
 Demora mais para esvaziar o estômago (digestão mais
demorada) e redução da secreção gástrica em decorrência
da senescência;
 Redução da mobilidade e da capacidade de absorção do
intestino (pode ocorrer que alguns medicamentos tenham
seus efeitos reduzidos);
 No intestino, as vilosidades reduzem, alterando a absorção
dos alimentos;
 O esfíncter anal perde a força e a capacidade de reter as
fezes (incontinência fecal), mais comum em idosos com
idade mais avançada exemplo, menor liberação da insulina;
 O peso do pâncreas e a secreção de suas substâncias
também se alteram.
Alterações do sistema circulatório

Coração:
 Degeneração do tecido muscular do coração;
 Calcificações ao redor das válvulas do coração;
 Diminuição da espessura do ventrículo esquerdo
e consequente menor rendimento do coração:
função e ritmo e batimentos.
Circulatório ou vascular (vasos sanguíneos):
 Rigidez e perda de elasticidade, maior espessura
das paredes dos vasos, causando maior
resistência ao fluxo sanguíneo e problemas no
funcionamento;
 Formação de placas de gordura (ateroma e
arteriosclerose), insuficiência e alterações na
pressão arterial;
 Predisposição à vasoconstrição (frio) e a
vasodilatação (calor, exercício, repouso).
Alterações do sistema reprodutor - Homem Mulher
Mulher:
 Diminuição dos níveis hormonais de estrogênio e
progesterona e aumento da testosterona.
 Atrofia de mamas, útero e ovários. Diminuição da
lubrificação e da elasticidade vaginal e afinamento da
parede vaginal, como perda da acidez vaginal que predispõe
à vaginite;
 Diminuição da vasocongestão na região pélvica, da libido e
resposta sexual mais lenta em todas as fases (de excitação,
lubrificação, de platô do orgasmo, duração e da intensidade
do orgasmo, duração e de relaxamento)
 Contrações vaginais mais fracas e
menores.
Homem:
 Atrofia das glândulas: hipófise, tireóide, paratireóide, timo,
pâncreas, supra-renal, ovários e testículos;
 Diminuição da tolerância à glicose, da sensibilidade à
insulina (pâncreas), dos hormônios estrogênio e
progesterona (ovário) e da testosterona livre (testículos).
Alterações do sistema urinário
 O peso dos rins diminui com o avançar da idade;
 A capacidade de filtragem também fica reduzida e,
daí a excreção de medicamentos fica prejudicada;
 Aumenta o risco de insuficiência renal;
 Redução da capacidade de armazenar a urina na
bexiga e isso leva a uma maior frequência de casos
de incontinência urinária;
 Perda de função da filtração pelo glomérulo);
 Diminuição do fluxo sanguíneo renal;
 Aumento da urina noturna (desperta para urinar/
nictúria), do resíduo pós-miccional, das contrações
involuntárias;
 Redução da pressão uretral, da capacidade de
armazenamento da bexiga e de adiar seu
esvaziamento.
Alterações do sistema respiratório

 Aumento da rigidez da caixa torácica;


 Diminuição da flexibilidade;
 Enfraquecimento da musculatura;
 Redução das paredes e da capacidade
de expansão (perda da elasticidade)
dos pulmões;
 Diminuição do peso dos pulmões, atrofia
e estreitamento dos brônquios e sacos
alveolares, reduzindo assim a
capacidade ventilação e aumento do
consumo de oxigênio para compensar
essa dificuldade que o pulmão tem para
funcionar.
Alterações do sistema endócrino

 Atrofia das glândulas: hipófise,


tireóide, paratireóide, timo,
pâncreas, supra-renal, ovários e
testículos;
 Diminuição da tolerância à
glicose;
 Diminuição da sensibilidade à
insulina (pâncreas);
 Diminuição dos hormônios
estrogênio e progesterona
(ovário) e da testosterona livre
(testículos);
Alterações do sistema nervoso - Sono -
 Redução do peso do cérebro - perde entre 5% a 10% do peso;
 Modificação do padrão do sono com dificuldade de sono profundo e aumento do
superficial podendo prejudicar a memória e a atenção devido a doenças associadas e
medicamentos; com tendência de aumento do sono durante o dia;
 Redução das sensibilidades dolorosas e táteis;
 Distúrbios do sono: apneia, distúrbios associados a doenças, dor, incontinência
urinária, síndrome das pernas inquietas;

 Atrofia cerebral e redução progressiva de neurônios


(problemas entre as conexões dos neurônios), da velocidade
de condução e respostas, devido aos reflexos diminuídos, do
fluxo sanguíneo cerebral, da atenção e da sensação
dolorosa, da sede, do sono;
 Alteração das faculdades físicas e mentais: memória, fala e
comunicação (gestos, sinais, escrita, música e instrumentos),
de humor (r (alegria, tristeza físicas e mentais - que facilita o
aparecimento de transtornos mentais, muitos deles evitáveis,
aliviados ou mesmo revertidos.
Alterações do sistema imunológico
 Atrofia e involução do timo (produz anticorpos);
 Lentidão e diminuição da resposta imune (anticorpos);
 Diminuição na produção de linfócitos;
 Aumento da susceptibilidade às infecções em geral;
 Aumento da produção de muco nas doenças respiratórias (tosse, catarro
e obstrução dos brônquios, engasgo);
 Dificuldade em realizar o diagnóstico precoce de infecção, pela ausência
de sintomas e sinais clássicos, como febre.
Como promover o envelhecimento bem sucedido
Pelo cuidado continuado e integral com olhar multidimensional de equipe
multiprofissional e interdisciplinar. Para isso:
 Manter a independência, a autonomia e a qualidade de vida
 Manter as condições físicas, mentais, cognitivas
 Manter controlada a imunidade pela alimentação, proteção e defesa
do organismo, pelos cuidados, vacinas e outros
 Reduzir e manter baixo o risco para agravos, doenças e
comorbidades associadas ao envelhecimento
 Motivar a pessoa idosa para manter seu compromisso com o
envelhecimento ativo e saudável, realizando o autocuidado e/ou
prestando auxílio na execução dos cuidados básicos da vida diária

Atenção: Respeite a autonomia e independência da pessoa idosa,


não importa quanto demora, se faz bagunça,...ela tem seu ritmo
próprio, só ajude ou faça quando ela não puder.
Como promover um envelhecimento bem sucedido?

 Manter a capacidade intrínseca, de todas as capacidades físicas,


psicológicas e mentais do indivíduo em qualquer ponto do tempo;
 Aperfeiçoar os ambientes nos quais vive e suas interações neles,
fornecendo recursos ou colocar barreiras de proteção para que conservem
a independência e autonomia para realizar as atividades básicas da vida
diária (ABVDs) e atividades instrumentais da vida diária (AIVDs);
 Incentivar atividades para manter adequada a capacidade funcional, para
assegurar qualidade de vida;
 Prevenir agravos (quedas, acidentes e violência), infecções e doenças
crônicas, transmissíveis e câncer.

Por ex.: uma pessoa com demência ou doença cardíaca avançada pode
melhorar se ela tiver acesso aos serviços, ações e cuidados pelos
profissionais do sistema de saúde e da família na otimização de suas
capacidades cognitivas, psicológicas, ambientais e sociais, de forma
contínua por cuidadores, profissionais, instituições públicas,
filantrópicas e organizações da comunidade.
Quais os profissionais que cuidam das pessoas idosas?

1.Profissionais da área da Saúde especializados em Gerontologia e Geriatria


Equipe de Enfermagem (Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem),
Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Farmacêutico, Educador Físico, Psicólogo, Nutricionista,
Odontólogo, Médico de várias especialidades, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social,
Biólogo, Tecnólogo e Biomedicina.
2.Profissionais das áreas de educação e social: Pedagogo, Psicologia das
organizações, assistente social e profissionais especializados em direitos de proteção e
defesa.
3. Profissionais de outras áreas afins: Arquiteto, Engenheiro (construção civil,
mobilidade urbana, habitação, projetos de acessibilidade e ergonomia).
4.Outros Profissionais de nível médio e fundamental: Pessoas com experiência,
ou treinadas e formadas em envelhecimento humano e cuidados a pessoas idosas: agentes
comunitários de saúde, cuidadores informais/familiares ou domésticos, formais ocupacionais
sempre sob a supervisão da família e de profissionais especializados em Gerontologia e
Geriatria;
5.Atualmente Técnico em Cuidador de idoso com formação em nível médio, já está
em funcionamento no Brasil, conforme o Catálogo Nacional das Ocupações do MEC/2016.
O que faz um cuidador de pessoas idosas?
 Conhece a pessoa idosa, sua rotina, suas necessidades de cuidado e sua família;
 Planeja, apoia, executa os cuidados diários, atende as solicitações e ocorrências;
Comunica e registra os cuidados diários realizados e as intercorrências.

 Cuidar significa: Ajudar, apoiar, vigiar, acompanhar, auxiliar e prestar o cuidado


sempre que for dependente, frágil e em cuidados paliativos.
Referências
1. FREITAS, E.V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
2.IBGE, Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios contínua – produtos
relacionados (2016-2017) publicada em 2018. Dados sobre a população Brasileira.
3.IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Bioestatistica. Censo 2010 [homepage [capturado em 14 de
setembro de 2020] Disponível em:
http://ibge.gov.br/home/estatistica/populaão/projecao}_da_populacao/2011/projecao.pdf.
4.MARTORELL-POVEDA, M.A. et al. Principais mudanças anatômicas e fisiológicas relacionadas ao
envelhecimento. In: MENEZES, M.R. et al (orgs.) Enfermagem gerontológica: um olhar diferenciado no
cuidado biopsicossocial e cultural. SP: Martinari, 2016. p. 79-92.
5. MORAES, E.N. et al. Fisiologia do envelhecimento. In: MORAES, E.N.; AZEVEDO, R. S..(org.)
Fundamentos do cuidado ao idoso frágil. BH: Folium, 2016. p. 41-65.
6.OLIVEIRA, S.F.D. Fisiologia do envelhecimento. In: NUNES, M.I. et al. (orgs.) Enfermagem em geriatria e
gerontologia. RJ: Guanabara Koogan, 2010. p. 9-19.
8. SIMÕES, Celso. Relações entre as alterações históricas na dinâmica demográfica brasileira, políticas
públicas e impactos futuros decorrentes do processo de envelhecimento da população. IBGE, 2016.
9.ZENEVICZ, L; MORIGUCHI, Y; MADUREIRA, V. S. F. A religiosidade no processo de viver
envelhecendo. São Paulo, SP: Rev Esc Enferm USP, (2012).

Você também pode gostar