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Dislipidemias

AULA #44 MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

Dislipidemias
Definição

Alteração no metabolismo dos lipídios que podem ocasionar repercussões nos níveis séricos
das lipoproteínas, sendo um fator de risco cardiovascular relevante para o desenvolvimento da
aterosclerose. É importante a observação para definir se será necessário algum medicamento para
tratar/prevenir.

Rastreamento

Naquelas pessoas que não tem fator de risco, o rastreio deve ser feito acima de 35 anos para
homens e de 45 anos para mulheres, ambos sendo repetidos a cada 5 anos. Já na presença de elevados
fatores de risco cardiovasculares, deve-se rastrear ambos os sexos acima de 20 anos, a frequência
depende da necessidade e do risco que a pessoa tem. Para crianças não há necessidade de rastreio.
O rastreio deve ser encerrado de acordo com a necessidade e expectativa de vida de cada
paciente, vai viver por mais de 10 anos? Vale a pena o rastreio e a continuação das medicações?

Anamnese e Exame Físico

Na anamnese devem ser identificados fatores de risco, como:


➢ Diabetes e Hipertensão
➢ Tabagismo
➢ Obesidade
➢ Histórico familiar de doença coronariana
➢ IAM prévio

Bem como identificar fatores de gravidade, como hábitos alimentares, se realiza atividade
física, intensidade do tabagismo e de possível alcoolismo, medicamentos que está em uso e se há
sintomas de doença coronariana, bem como identificar outras doenças.
Já no exame físico deve-se atentar para a PA, cálculo do IMC do paciente, circunferência
abdominal, ausculta cardíaca e palpação de pulsos periféricos.

Exames de rastreio

Os exames de rastreio são: Colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos. Níveis de LDL acima de
100 indicam risco de desenvolvimento de evento aterosclerótico, bem como níveis de triglicerídeos
acima de 500 aumenta o risco de pancreatite aguda.
A meta dos níveis séricos dos exames é definida de acordo com os níveis recebidos nos exames
de rastreio e da classificação do risco cardiovascular do paciente, segundo tabela abaixo:

Tratamento

Não medicamentoso – É composto por uma abordagem multidisciplinar com terapia


nutricional, acompanhamento em atividades físicas e reforçar para o paciente a necessidade da
cessação do tabagismo e alcoolismo.
Medicamentoso – Tem-se as estatinas como fortes aliadas no tratamento das dislipidemias
(são exemplos: sinvastatina, atorvastatina), como foco principal o colesterol total, o LDL e são
principalmente tomadas a noite para melhor metabolização. Quando o paciente está em uso da
sinvastatina e não está sendo suficiente, pode ser associado a Ezetimiba 10mg que ajuda a diminuir
ainda mais o LDL. Já em um contesto onde os triglicérides estão elevados, os aliados nesses casos
serão os fibratos que devem ser tomados em horários diferentes da sinvastatina por exemplo, um
bom horário para tomar é pela manhã, um exemplo dos fibratos é o Ciprofibrato de 100mg.
O acompanhamento deve ser feito ao dosar CPK ou CK e transaminases; se aumento da CK for
de 3-7 vezes o valor normal + dores musculares, deve ser feita a diminuição ou suspensão da
medicação.
O tratamento medicamentoso e não medicamentoso deve ter inicio de acordo com o esquema
abaixo, sendo passivos de profilaxia secundária aquelas pessoas que já houveram um evento
aterosclerótico:

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