Caso Clínico 4

Farmacologia e Bioquímica
Docente: Tânia Nascimento

Discentes:
Matilde Marreiros nº84931
SLIDESMANIA

Martim Viegas nº80897

Orlando Marques nº85366
Sofia Jesus nº84934
 Introdução ao caso clínico

O Sr. António é um paciente de 77 anos, institucionalizado há 4

anos.

Tem diagnóstico de dislipidemia (análises clínicas com valores

controlados), de hipertensão arterial, de osteoatrite do joelho e faz
prevenção de acidentes.

Os valores médios da pressão arterial do Sr. António são de

135/76mmHg.
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 Introdução ao caso clínico
O perfil terapêutico do paciente encontra-se descrito no quadro
seguinte:

Medicamento Posologia
EZETIMIBA 10mg 1cp id
BISOPROLOL 2,5mg 2cp 1xdia
CLOPIDOGREL 75mg 1cp id
ACECLOFENAC 100mg 1cp id (+1SOS)
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 Dislipidemia

A Fundação Portuguesa de Cardiologia, define dislipidemia como

um termo que abarca todas as anomalias quantitativas ou qualitativas
dos lípidos (gorduras) no sangue.

Esta patologia é considerado o um dos principais fatores de risco

de arteriosclerose, provocando depósitos e acumulação de gordura nas
paredes arteriais, que acaba por resultar na obstrução parcial ou total do
fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro.
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 Dislipidemia

A dislipidemia pode assumir várias formas:

● pode assumir-se como um aumento dos triglicéridos (TG’s);

● por um aumento do colesterol;
● por uma combinação dos dois fatores anteriores (dislipidemia
mista);
● e por uma redução dos níveis de HDL (chamado colesterol
“bom”).
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 Dislipidemia

https://
www.msdmanua
ls.com/pt/casa/
dist
%C3%BArbios-
hormonais-e-
metab
%C3%B3licos/
dist
%C3%BArbios-
relacionados-ao-
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colesterol/
dislipidemia
 Dislipidemia- causa e fatores
A dislipidemia poderá ter como fatores A dislipidemia apresenta os seguintes fatores de
desencadeantes: risco:

● genéticos; ● hipertensão arterial;

● uma alimentação rica em gorduras e pobre em fibras ● tabagismo;
e vegetais; ● stress;
● obesidade; ● obesidade;
● sedentarismo; ● diabetes;
● insulinoresistência (doentes obesos e diabéticos); ● e sedentarismo.
● e hipotiroidismo (problemas endocrinológicos).
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 Ezitimiba – mecanismo de ação
A ezetimiba age de forma a inibir seletivamente a absorção intestinal de
colesterol, fazendo com que o excesso de colesterol LDL (colesterol prejudicial para a
nossa saúde) seja eliminado do organismo em vez de absorvido, resultando no controle
dos níveis de colesterol no corpo.

O alvo molecular da ezetimiba é o transportador esterol, Niemann-Pick C1-Like 1

(NPC1L1), que é o responsável pela absorção intestinal do colesterol e de fitoesteróis.
A ezetimiba fixa-se na bordadura em escova do intestino delgado e inibe a absorção de
colesterol, conduzindo a uma diminuição do aporte de colesterol intestinal para o
fígado.
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 Ezitimiba – mecanismo de ação
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 Precauções de
RAM frequentes utilização
As concentrações plasmáticas de ezetimiba total são
cerca de 2 vezes superiores nos idosos
● dor abdominal; (≥ 65 anos) em relação às dos jovens (18 a 45 anos).
● A redução do C-LDL e o perfil de segurança
diarreia;
são comparáveis entre os indivíduos idosos e jovens
● flatulência (gases intestinais); tratados com Ezetrol. Consequentemente,
● cansaço não é necessário qualquer ajuste posológico nos
idosos.
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 Hipertensão Arterial
Caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva e persistente nas paredes das artérias, acima
dos valores considerados normais, de forma crónica. Estima-se, que cerca de 35-40% da população
europeia seja afetada, menos de metade é medicada e apenas 12.2% são medicamentosamente
controlados.

Causas:

Hipertensão essencial (5%): sem causa previamente estabelecida.

Hipertensão secundária (95%): insuficiência renal crónica; apneia obstrutiva do

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sono; doença da tireóide…

 Hipertensão Arterial- graus de hipertensão
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 Hipertensão Arterial- fatores de risco
A hipertensão arterial apresenta como principais fatores de risco:

. obesidade;

. consumo excessivo de sal;

. má alimentação;

. consumo excessivo de álcool;

. tabagismo;

. e stress e sedentarismo.
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 bisoprolol – mecanismo de ação
O Bisoprolol 2.5mg é um medicamento pertencente ao grupo dos
betabloqueadores.
Estes têm a capacidade de alterar a resposta do organismo a impulsos
nervosos, nomeadamente no coração.
É utilizado para o tratamento da insuficiência cardíaca crónica, da
hipertensão arterial e do tratamento da angina de peito crónica.
Deve ser administrado ao paciente, apenas quando o mesmo se
encontrar estável, ou seja, sem insuficiência aguda.
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 bisoprolol – mecanismo de ação
O Bisoprolol é um betabloqueador, ou seja, tem a capacidade de bloquear os receptores adrenérgicos
beta1. É um medicamento altamente selectivo, carecido de atividade estimulante intrínseca e sem uma
grande atividade estabilizadora de membrana.
É caracterizado por possuir uma baixa compatibilidade com os recetores beta2 dos músculos lisos
dos brônquios, assim como para os recetores beta2 que participam na regulação metabólica do
organismo.
Deste modo, não é expectável que o fármaco em questão, influencie a resistência das vias
respiratórias e os efeitos metabólicos mediados pelos recetores adrenérgicos beta2.
A competência seletiva do bisoprolol para os recetores adrenérgicos beta1, vai para além do
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intervalo de doses terapêuticas.

 bisoprolol – mecanismo de ação
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 Precauções de
RAM frequentes utilização
● Cansaço, Deverão ser tomados cuidados especiais em
● Sensação de fraqueza, pacientes com: Broncospasmo (asma brônquica e
● Bradicardia,
doenças obstrutivas das vias respiratórias),
● Tonturas,
● Hipotensão, diabetes, jejum prolongado, problemas a nível da
● Náuseas, circulação nos membros e com algumas doenças
● Vómitos.
cardíacas.
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 O Sr. António apresenta valores médios de pressão arterial de 138/86mmHg,
sendo medicado com bisoprolol.

Tendo em consideração a sua idade, pode concluir-se que os seus valores

tensionais se encontram dentro dos parâmetros aceitáveis.
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 clopidogrel – mecanismo de ação

Classificado como antiagregante plaquetário (profilático), o

clopidogrel é um pró-fármaco, o que significa que não é ativo na
sua forma original.

Por este motivo, terá de ser ativado para poder exercer o seu
papel de inibição sobre a coagulação plaquetária.
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 clopidogrel – mecanismo de ação

O seu local de ação é a circulação sistémica (ao nível das plaquetas, pois inibe a coagulação
plaquetária através do impedimento da ligação da molécula de ADP (difosfato de adenosina), ao receptor
P2Y12 da membrana das plaquetas.

Têm como alvo farmacológico as proteínas receptoras P2Y12, nas membranas das plaquetas. E tem
como efeito a desativação do complexo glicoproteína GPIIb-IIIa, impedindo a agregação plaquetária.
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 clopidogrel – mecanismo de ação
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 Precauções de
RAM frequentes utilização
● hematomas; ● risco de hemorragia interna, lesão
● epistáxis; grave ou cirurgia recente ou planeada
● hemorragia para os próximos sete dias;
● gastrointestinal, ● ocorrência de acidente vascular
● diarreia, cerebral nos últimos sete dias ou
● dor abdominal, historial clínico;
● dispepsia; ● patologia renal ou hepática;
● hemorragia em locais ● alergia ou reação medicamentosa.
de punção.
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Osteoartrite
É uma doença crônica que danifica a cartilagem e tecidos
circundantes.

Na osteoartrose a cartilagem torna-se numa superfície irregular e

áspera, aumentando a fricção, podendo evoluir até ao ponto em que
os próprios ossos se movem em contacto direto, causando um
desgaste dos mesmos.
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Osteoartrite- Principais sinais e sintomas

Geralmente apresenta-se sob forma de dor, inchaço e calcificações articulares.

Provocada por lesão tecidual e processos inflamatórios, que induzem um

crescimento ósseo anormal, tornam a cartilagem numa superfície áspera e perfurada,
perdendo a sua amplitude e capacidade de absorção de cargas.

A osteoartrite é classificada como:

● primária, sendo de causa desconhecida;

● secundária, onde existem fatores de doença ou quadro clínico associados.
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 Osteoartrite
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 Aceclofenac – mecanismo de ação

Anti-inflamatório não esteroide (AINE’s) o principal mecanismo de

ação é a inibição da atividade da enzima cicloxigenase (enzima que participa
na via metabólica do ácido araquidônico, precursor das prostaglandinas)
levando a uma diminuição da síntese de prostaglandinas, que têm um papel
na resposta inflamatória, pois aumentam a sensibilidade nas terminações
nervosas provocando dor no local.

O ácido acetilsalicílico, combate a inflamação e inibe a cicloxigenase

(COX), tem efeito antiagregante plaquetário.
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 Aceclofenac – mecanismo de ação
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 RAM frequentes Precauções de
utilização
• Úlceras pépticas

• Náuseas e vómitos Doentes idosos são mais propícios aos

• Hematemeses efeitos indesejáveis e têm mais

probabilidade de apresentar alterações da
• Dor abdominal
função renal, cardiovascular ou hepática
• Ostipação
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• Melenas
 Interações Medicamentosas
O aceclofenac diminui os efeitos do bisoprolol por antagonismo farmacodinâmico. O bisoprolol e
o aceclofenac aumentam o potássio sérico.

Não se sabe ao certo qual o mecanismo pelo qual a pressão arterial aumenta com os anti-
inflamatórios não esteróides, pensa-se que a inibição da síntese renal de prostaglandinas pelos AINE’s
leva ao aumento da pa, pois os mesmos influenciam na perfusão renal e na taxa de infiltração levando
ao aumento de sódio no trato renal e consequentemente a um aumento da pa.
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 Interações Medicamentosas
Os anti-inflamatórios não esteróides podem reduzir o efeito hipotensor do bisoprolol
intervindo no controlo da pressão arterial, fazendo os valores do Sr. António acima dos
valores de referência, o que aumenta a probabilidade de ocorrer problemas
cardiovasculares
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 Referências:
Medscape. Drug Interactions Checker. Reference Medscape. Consultado a 22/10/2023 em https://reference.medscape.com/drug-interactionchecker

INDICE.eu - Toda a Saúde. (2023, 25 de janeiro). INDICE.eu - Toda a Saúde. Consultado a 22/10/2023 em
https://www.indice.eu/pt/medicamentos/DCI/aceclofenac/informacao-geral

INFARMED. Aceclofenac Alter 100 mg Comprimidos. Resumo das Características do Medicamento. INFOMED. Consultado a 22/10/2023 em
https://extranet.infarmed.pt/INFOMED-fo/pesquisa-avancada.xhtml

Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINES): o que são e como funcionam - Sanar Medicina. (2019, 21 de julho). Sanar | Medicina. Consultado a
23/10/2023 em https://www.sanarmed.com/anti-inflamatorios-nao-esteroides-aines
Fundação Portuguesa de Cardiologia. Dislipidemia. https://www.fpcardiologia.pt/ .
https://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/dislipidemia/

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https://normas.dgs.min-saude.pt/wp-content/uploads/2019/09/hipertensao-arterial_definicao-e-classificacao.pdf

SNS24 (atualizado a 25/09/2023). Hipertensão arterial. Consultado em

https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-do-coracao/hipertensao-arterial/#o-que-e-a-hipertensao-arterial

Suddarth (2014). Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica (10.º ed.). Editora Guanabara Koogan.

INFOMED, Base de dados de medicamentos de uso humano. Consultado em https://extranet.infarmed.pt/INFOMED-fo/index.xhtml

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https://www.topdoctors.mx/diccionario-medico/dislipidemia/

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