Você está na página 1de 4

Tratamento farmacológico das dislipidemias

* Fase 1: Identificar a presença de doença aterosclerótica clinica ou equivalente


- Doença aterosclerótica arterial coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica, com manifestações clinicas
(eventos CV)

- Procedimentos de revascularização arterial

- Aterosclerose na forma subclínica, significativa, documentada por metodologia diagnostica

- Diabete melito tipo 1 e tipo 2

- Doença renal crônica

- Hipercolesterolemia familiar (HF): LDL > 190 mg/dL

- LDL > 190 mg/dL

* Fase 2: indivíduos sem doença aterosclerótica clinica ou equivalentes


- Uso do escore de risco global – risco de doença cardiovascular nos próximos 10 anos

- Calcula o risco absoluto de DAC, AVC, DAOP ou insuficiência carciada em 10 anos

- O critério é diferente entre os sexos

- Critérios: Idade, PAS (tratada ou não), CT, HDL, Tabagismo e DM

- Diabéticos sempre tem alto risco cardiovascular e não é necessário fazer sua estratificação pelo escore de risco
global.

- Cada critério é pontuado de acordo com sua gravidade. A partir da pontuação final, tem-se o resultado da
probabilidade de chance de sofrer um evento cardiovascular (morte cardiovascular, doença coronária, doença
cerebrovascular, DAOP, IC).

- Graduação de risco:

• Baixo risco: < 5% e homens e mulheres

• Risco intermediário: ≥ 5 e ≥ 10 % nas mulheres e ≥ 5 e ≥ 20 % nos homens

• Alto risco: > 10% nas mulheres e > 20% nos homens

- Presença de fator agravante + Médio risco – Tratar como alto risco

Obs: não é comprovado que aumentar o colesterol HDL diminui as chances cardiovasculares. Em contrapartida, é
comprovado que diminuir os níveis de LDL diminuem as chances de eventos cardiovasculares.
- Agravantes de risco para aterosclerose

• Histórico familiar de DAC prematura (parente de primeiro grau masculino < 55 anos ou feminino < 65 anos)

• Critérios de síndrome metabólica

• Microalbuminúria (30 a 300 microgramas/min)

• PCR de alta sensibilidade > 2 mg/L

• Exame complementar com evidencia de presença de placa aterosclerótica

- Metas lipídicas

Nível de risco Meta primária LDL (mg/dL) Meta primária (mg/dL)


Alto LDL < 70 Colesterol não HDL < 100

Intermediária LDL < 100 Colesterol não HDL < 130

Baixo Meta individualizada Meta individualizada


Decisão terapêutica para reduzir as metas de LDL

* Droga de primeira escolha para tratar dislipidemia: Estatinas


- Mecanismo de ação: inibe uma enzima essencial na formação do colesterol

- Reduz a síntese hepática de colesterol, diminuindo o colesterol intracelular, o que aumenta a produção de
receptores de LDL. Assim, ocorre retirada do LDL colesterol da circulação sistêmica.

- Usos contínuos de estatinas diminuem altamente o risco cardiovascular

- Tratamento com estatinas para pacientes dislipidêmicos é para o resto da vida.

- Potencia em ordem decrescente: Rosuvastatina, Atorvastatina e Sinvastatina

- Tipos: Sinvastatina, Atorvastatina, Rosuvastatina e Pravastatina.

- A escolha da estatina depende de quanto de redução de LDL é necessária.

- Efeitos adversos – dependente da dose – independe da droga

• Comuns: dor de cabeça, mialgia, fadiga, intolerância DI e mal estar

• Aumento das enzimas hepáticas

→ Ocorre em 0,5 a 2,5% dos casos


→ Dose dependente
→ Lesões hepática sérias são raras
→ Controle com redução da dose ou suspenção até normalização

• Miopatia

→ Ocorre em 0,2 a 0,4% dos pacientes


→ Casos raros de Rabdomiólise

* Ezetimiba
- Primeira terapêutica para dislipidemia em 15 anos

- Potencializa o efeito da estatina: Reduz LDL ao nível de intestino, diminuindo a absorção de colesterol.

- Inibidor da absorção do colesterol

- Bloqueia o transporte de colesterol da micela biliar para o enterócito. Consequentemente, o colesterol não é
absorvido e é excretado.

- Isento de efeito colateral

- Como qualquer tratamento hipolipomiante, deve-se orientar a manter dieta antes e após a ingestão do ezetimibe

- Administrado 1 vez ao dia

- Diminui o risco cardiovascular adicionalmente quando usado com estatinas.

- Indicado para pacientes com intolerância muscular a estatinas isoladas.


* Fibratos
- Indicações

• Terapia associada à dieta

• Usada quando existe Hipertrigliceridemia

• Associada a maior refeição do dia

• Reduz a chance de desenvolver pancreatite

• Não comprova a diminuição de doença cardiovascular

- Deve ser tratado quando TG > 500

- Aumento de HDL

* Ácido nicotínico
- Função: Aumenta em 10 a 20 X o HDL

- Associado a ácidos graxos específicos e atividade física

- Faz um "efeito menopausa"

Você também pode gostar