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Distúrbios dos lipídeos do sangue.

DIABÉTICOS
Aumento do LDL está associado a IAM e AVE Tem no mínimo risco intermediário mas a maioria é
Quanto menor o LDL, menor a chance de DAC de alto risco!!!

Lipoproteínas que transportam o colesterol para Estratificação de risco:


artérias: LDL - HDL - VLDL - Quilomícrons Idade ≥ 48 anos H e ≥ 54 anos M
Diagnóstico do DM > 10 anos
LDL-c → aterogênico (ruim) HF de DCV prematura (< 55 anos M e < 65 H )
HDL-c → neutraliza a aterogênese (bom) Tabagismo – HAS – SM
Albuminúria > 30 mg/g e/ou retinopatia
Lipoproteína A (apoB +glicoproteína) está associada TFG < 60 mL/min
a aterosclerose. HDL não tem apoB. Doença aterosclerótica subclínica (DAS)
PCR-us é um marcador de risco e pode ser usada
para classificação RISCO INTERMEDIÁRIO
Homens ERG 5 - 20%
Hipercolesterolemia ISOLADA Mulheres ERG 5 - 10%
Elevação isolada LDL ≥ 160 mg/dl Diabéticos sem estratificadores de risco e DAS

Hipertrigliceridemia ISOLADA BAIXO RISCO - Menor que 5%


Aumento isolado dos triglicérides ≥ 150 mg/dL
ou ≥ 175 mg/dL (jejum) Escore de Risco Global
Avalia o risco de AVE, IAM, IC e DAP em 10 anos
Hiperlipidemia MISTA Variáveis: idade (anos); HDL; colesterol total; PAS
Aumento do LDL-c ≥ 160 mg/dL e dos (não tratada); PAS (tratada); fumo; DM
TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL (jejum)
Alvos e Metas das Dislipidemias
HDL-c baixo Triglicerídeos
Redução do HDL-c (H < 40 mg/dL e M < 50 mg/dL) Alvo: < 150 (sem jejum < 175)
Terapia: MEV e se > 500 fibratos
Estratificação de Risco
HDL-c Alvo: > 40
MUITO ALTO RISCO Terapia: Ácido nicotínico - sem recomendação
Aterosclerose significativa ≥ 50%
Com ou sem eventos clínicos ou sintomas clínicos LDL-c Alvo: depende do Risco
(coronária, cerebrovascular e vascular periférica) Terapia: Estatina ou Inibidores PCSK9

ALTO RISCO Meta do LDL


Pacientes em prevenção primária (já tiveram algum
episódio)
ERG > 20% em H e > 10% em M

Condições agravantes de risco:


- LDL-c ≥ 190 mg/dL
- DRC – Clcr < 60 mL/min
- Aneurisma de aorta abdominal
- Aterosclerose Subclínica Para Meta de Não-HDL é só somar + 30
Meta primária: Qual estatina escolher?
Redução do colesterol LDL Redução de LDL % esperada com a dose

Meta secundária: Baixa < 30%


Redução do colesterol não HDL ● Lovastatina 20
● Sinvastatina 10
Fórmulas ● Pravastatina 10-20
Friedewald do LDL ● Fluvastatina 20-40
LDL = CT - HDL - TG/5 ● Pitavastatina 1

Se triglicérides > 400 Moderada 30-50%


Colesterol não HDL = CT - HDL LDL 70-189 + DM ou potencializadores de risco (SM;
LOA; PCR elevado;)
META: LDL < 70
Tratamento
● Lovastatina 40
Dieta ● Sinvastatina 20-40
Excluir os ácidos graxos trans ● Pravastatina 40-80
Substituir os ácidos graxos saturados pelos mono e ● Fluvastatina 80
poli-insaturados ● Pitavastatina 2-4
● Atorvastatina 10-20
Risco intermediário: MEV → 3 meses ● Rosuvastatina 5-10
Risco baixo: MEV → 6 meses
Alta ≥ 50%
Estatinas Já teve doença aterosclerótica ou LDL > 190 mg/dl
Reduz a mortalidade META: Muito alto: LDL < 50 OU Alto risco: LDL < 70
Primeira opção para prevenção 1ª e 2ª
Reduz o LDL (pode reduzir TG) e aumentar HDL ● Atorvastatina 40-80
● Rosuvastatina 20-40
Porque tomar a noite? ● Sinvastatina 40 + Ezetimiba 10
A produção endógena de colesterol é maior no
período noturno! Ezetimiba
Estatinas de meia-vida longa podem ser tomadas em Inibe a absorção de colesterol na borda em escova
qualquer horário (rosuvastatina, atorvastatina) do intestino delgado
É um coadjuvante para ajudar a sinvastatina em
Interação Medicamentosa pacientes de risco ALTO e MUITO ALTO que não
Aumentam a concentração de sinvastatina e atingem a meta de LDL com estatinas
atorvastatina: macrolídeos; fluoxetina; verapamil; Reduz eventos em pacientes pós-SCA
varfarina; suco de grapefruit;
inibidores da protease – não usar sinvastatina Fibratos
REDUZ TRIGLICÉRIDES E AUMENTA HDL-c
Reduzem a concentração Não reduz eventos CV!!
barbitúrico; carbamazepina; fenitoína; rifampicina
Usado em paciente com triglicérides > 500 mg/dL
Efeitos colaterais: Hipertrigliceridemia - 3ª causa de pancreatite aguda
Cãibras, mialgia, com ou sem elevação da CPK,
rabdomiólise Usado em Diabéticos com TG > 200 mg/dL e
É simétrica, acomete os grandes grupos musculares, HDL < 35 mg/dL quando a MEV falhou
geralmente nas primeiras 4 semanas
Não associar estatina com genfibrozil!!! (fibrato)
Fatores de risco:
Idade > 80 anos – IMC reduzido Tratamento não farmacológico:
HAS – DM – DRC – disfunção hepática - Reduzir/suspender ingesta de álcool
Quadro tolerável e/ou CPK < 7x LSN = reduz dose - Reduzir/suspender ingesta de açúcar refinado
ou troca - Exercícios físicos/ Perda de peso
Quadro intolerável e/ou CPK > 7x LSN = suspende - Troca de gorduras saturadas por insaturadas
Porque diabéticos mal controlados possuem TG Hipercolesterolemia Familiar
elevados? Doença hereditária autossômica dominante
A redução ou ausência de insulina inibe a lipase Prejudica o catabolismo do LDL-c
lipoproteica, enzima que metaboliza o VLDL. Eventos CV precoce
Tem valores de TG normais
Doses de Fibratos:
Quando suspeitar?
CT ≥ 310 mg/dL
LDL ≥ 190 mg/dL em adultos
DAC precoce no paciente e na família
Morte súbita cardíaca na família
Depósitos de colesterol (arco corneano < 45 anos;
xantelasma; xantoma tendinoso)

Inibidores da PCSK9
Degrada os receptores de LDL da celular → absorve
mais LDL → menos LDL no sangue
Redução de 60% do LDL

Usar em pacientes com risco CV elevado


Com estatinas em dose máxima, associada ou não a
ezetimiba e estão fora da meta!
Porém é muito cara!

Resinas de troca
Usado na gravidez e lactação
Reduz LDL de 5 - 30% porém pode elevar TG

Ácido nicotínico
Pode reduzir o LDL e triglicérides
Pode aumentar o HDL mas não reduz eventos
Efeitos colaterais: rubor e prurido

Ômega 3
Diminui produção VLDL
Reduz eventos cardiovasculares

4 g/dia – ALTO RISCO CV com TG elevados (em


uso de estatina)
4 a 10 g/dia associados a outros hipolipemiante
para pacientes com hipertrigliceridemia grave e
fora da meta

Se LDL e TG elevados:
TG > 500 mg/dl → priorizar pois tem risco de
pancreatite aguda

TG < 500 mg/dl → priorizar redução do LDL com


estatinas

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