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Mulher de 50 anos de idade que se apresenta com TA: 160/90, glicémia capilar em jejum de 220 mg, obesa, com
valores de LDL-colesterol de 220. É observada em consulta de rotina.
HTA grau 2, Glicemia capilar indicadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (+ provável devido à idade e obesidade),
controlar a obesidade e baixar os níveis de LDL.
HIPERTENSÃO:
A paciente apresenta valores de tensão arterial coincidentes com uma hipertensão grau 2.
Avaliando os valores de pressão arterial da paciente, e como tem comorbilidades associadas como a diabetes,
encontra-se no estágio 2 com risco elevado.
O diagnóstico não deve ser baseado numa única medição a não ser que seja HTA3 e exista evidência de LOA. De outra
forma deverá basear-se nas medições de várias consultas ou na AMPA ou na MAPA, se exequível. Contudo a
abordagem será:
Resumidamente, os limiares de tratamento da PAD será sempre 90, e da PAS sempre 140, exceto em maiores de 80
anos que é 160.
De acordo com os parâmetros da WHO e ADA, uma glicemia capilar em jejum superior a 126 mg/dL, como é o caso
desta paciente com 220 mg/dL, é critérios para diagnóstico de Diabetes Mellitus.
Podemos diagnosticar? 220 mg/dL é muito provável que seja Diabetes mesmo sem sintomas
IMC entre 20-25 kg/m2 e cintura abdominal < 80 cm, perder e manter 5% ou mais
do peso – a redução é terapêutica apesar de não ser o alvo.
Uma vez que a nossa paciente tem diabetes tipo 2 e obesidade (que constitui um fator de risco cardiovascular),
considera-se o risco muito elevado pelo que o alvo terapêutico será C-LDL < 70 mg/dL ou 1,8 mmol/L e uma redução
igual ou superior a 50% dos níveis de C-LDL.
Guidelines das dislipidemias considera que é necessário uma LOA, para ser muito elevado → a professora guiou-se
por esta, mas é necessário saber a diferença.
Para a HIPERTENSÃO:
Devido aos valores de TA desta paciente e ao facto das suas comorbilidades a tornarem uma paciente de risco, não se
aconselha o tratamento inicial com monoterapia mas sim com uma combinação dupla em AUC de IECA(1º) ou ARA +
BCC ou Diurético (pode afetar a qualidade de vida). Não se utilizam os beta-bloqueantes devido à possibilidade de
mascarar situações de hipoglicemia.
A metformina é o tratamento farmacológico inicial de preferência para os pacientes com Diabetes tipo 2. No entanto,
em pacientes que têm comorbilidades que os tornam de elevado risco cardiovascular (como neste caso a obesidade e
PARA A DISLIPIDEMIA:
Terapia Farmacológica
Joana Costa a41284 & Rita Rosa a40998
Recomendam-se as estatinas como tratamento hipolipemiante de primeira escolha nos doentes com DM e níveis
elevados de C-LDL. As estatinas previnem eficazmente os eventos CV e reduzem a mortalidade CV. A sua administração
está associada a um número limitado de eventos adversos.
Devido ao perfil de alto risco dos doentes com DM, deve ser utilizada uma terapêutica intensiva com estatinas numa
base individualizada. Atualmente, as estatinas permanecem como o estado da arte terapêutico no tratamento
hipolipemiante na DM.
O uso de ezetimiba ou de um inibidor da PCSK9 para além da estatina – ou isolados, no caso de intolerância
documentada às estatinas – contribuem adicionalmente para a redução do C-LDL nos doentes com DM, reduzindo
assim os eventos e a mortalidade CV. A combinação da ezetimiba com uma estatina deve ser recomendada nos
doentes diabéticos após uma SCA recente, quando a estatina isolada não reduz os níveis de C-LDL para valores
inferiores a 1,4 mmol/L (55 mg/dL).
A estatina demora 10 anos em ter efeito na sobrevida, e como tal, acima dos 75 anos, se o risco CV não for muito
elevado, os riscos não compensam os benefícios; se houver um evento e/ou risco muito elevado dá-se e pronto.
Portanto, nesta paciente, o ideal seria começar a terapia com uma estatina e, caso os níveis de C-LDL não
regredissem para valores alvo, juntar ezetimiba ao tratamento. NÃO UTILIZAR VERAPAMIL E DILTIAZEM DEVIDO ÀS
INTERAÇÕES!
DIETA:
1. Restrição do sal para < 5g por dia (HTA), evicção do consumo de álcool, aumento do consumo de vegetais,
fruta, peixe, nozes, azeite, baixo consumo de carne vermelha, consumo de produtos com baixo teor em
gordura (dislipidemia)
2. Redução da ingesta calórica, redução dos hidratos de carbono (DM)
EXERCÍCIO FÍSICO:
1. Pelo menos 30 minutos de atividade física moderada a intensa com combinação de exercício aeróbio e de
resistência em 5-7 dias por semana; > 150 min/semana + Cessação tabágica
TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA:
2. Terapia dupla com IECA ou ARA + BCC ou diurético para HTA tentando atingir um objetivo de PAS entre 120-
129 mmHg e PAD 70-79 mm Hg
3. Terapia dupla com inibidor SGLT-2 (→ aumenta a frequência de infeções urinárias) ou agonista GLP-1 +
metformina para o controlo da glicemia tentando atingir HbA1c < 7% ou, caso seja possível, < 6,5%
4. Estatinas para controlo da dislipidemia tentando atingir C-LDL < 55 mg/dL
Mulher de 20 anos com história de tosse de dispneia com sibilância de repetição ao longo dos últimos 5 anos, que
agrava na primavera. Nos últimos dias apresenta agravamento com cansaço na deambulação. Tem provas de função
pulmonar que apresentam broncoconstrição moderada reversível.
A mãe apresenta também queixas de tosse e dispneia com expectoração esbranquiçada de 2 meses por ano, nos
últimos 3 anos, fumadora. Nunca esteve internada nem tinha precisado de medicação nas crises. Tem consigo o
resultado de FEV1: 0.60
A asma é uma doença que causa sintomas como respiração ofegante, dispneia, sensação de aperto no peito e tosse
que variam ao longo do tempo na sua ocorrência, frequência e intensidade. Estes sintomas estão associados com uma
dificuldade expiratória causada por uma broncoconstrição reversível e espessamento da via aérea e aumento da
produção de muco.
Existem fatores que podem desencadear ou piorar os sintomas da asma, como infeções virais, alergénios, uso de
tabaco, exercício e stress.
Medicações: o GINA recomenda que todos os adultos e adolescentes com asma recebam terapia com corticosteroides
inaláveis para reduzir o risco de exacerbações sérias da doença, mesmo pacientes com sintomas infrequentes. Todos
os pacientes com asma deviam ter um inalador.
Todos os pacientes deviam ser treinados em skills essenciais para o autocontrolo da asma.”
1. + SABA (agonista beta 2 de curta duração) se necessário; (neste caso o LABA – longa duração).
2. + corticoide parentérico ou oral se estiver muito mal
3. + terapia com O2 dependente da hipoxemia
PASSO 1 - Para asma leve: baixas doses de corticoide inalado ICS-formeterol (LABA – beta2 agonista de ação longa)
-> dose mínima necessária e só mesmo quando é preciso OU baixa dose de ICS sempre que se tome SABA em SOS
OU dose diária baixa de ICS
PASSO 2 (não é esporádico – uso da bomba algumas vezes durante o dia): dose baixa diária de ICS + LABA quando
necessário em SOS OU sempre que necessário baixa dose de ICS-formeterol OU dose baixa de ICS tomada sempre
que é necessário LABA em SOS OU leucotrieno (montelucast) OU dose diária baixa ICS + LABA
PASSO 3: ICS + LABA diários em dose baixa + SABA em SOS OU ICS-formeterol em dose baixa diária
PASSO 4: ICS + LABA dose média diária + SABA em SOS OU ICS-formeterol em doses baixas
PASSO 5: adicionar tiotrópio em pacientes com história de exacerbações; anti-IgE (omalizumab) para asma alérgica
severa; anti-IL5 para asma eosinofílica severa
Passagem 1 -> 2 -> 3 -> 4 -> 5 se há muitas agudizações ou se não conseguimos controlar a sintomatologia de base.
NESTE CASO: ICS (corticoide inalatório) + LABA (agonista beta 2 de longa duração) dose diária baixa (2)
Reavaliação em 1-3 meses após iniciação do tratamento e depois, para manutenção, reavaliação 6 meses – 1 anos
Se houver agudização grave -> avaliação em 1 semana -> avaliar técnica de avaliação + sintomas -> nova doença?
Falha na terapia?
Tratamento com corticosteroides inaláveis deve ser iniciado o mais brevemente após o diagnóstico possível:
Para a maioria dos pacientes com asma o tratamento de manutenção pode ser começado com ou baixas doses de
corticosteroides inaláveis consoante a necessidade (Formeterol (LABA), ou se não estiver disponível, baixas doses de
corticosteroides inaláveis quando o paciente toma broncodilatadores beta agonistas – Salbutamol) OU com baixas doses
diárias de corticosteroides inaláveis.” → CORTICOIDE COM A MINIMA DOSE QUE PRECISE.
Quadro prognóstico
Neste caso, com FEV1 = 0,6 = 60%, a gravidade é moderada (GRUPO 2 ou B da GOLD).
Doentes com agravamento da dispneia, da tosse e/ou da expetoração são considerados em exacerbações. A causa mais
comum são infeções respiratórias virais.
A exacerbação (tratamento só deve ser começado passado 2 semanas) pode ser classificada em:
1. salbutamol (BACD) por via inalatória: (100 microgramas/dose no inalador) 100-200 microgramas (1-2 puffs) a
cada 4-6 horas quando necessário
2. ipratrópio (SAMA) por via inalatória: (20 microgramas/dose no inalador) 40 microgramas (2 puffs) até quatro
vezes ao dia quando necessário
Só se dão corticoides caso os eosinófilos estiverem acima dos 300 (no grupo D), já que existe o risco do
desenvolvimento de pneumonia é elevado.
A reabilitação pulmonar compromete o exercício aeróbico, o treinamento de força e a educação, devendo ser iniciada
precocemente no ciclo da doença. A reabilitação pulmonar alivia a dispneia e a fadiga, melhora a função emocional e
estimula o senso de controle de maneira moderadamente relevante e clinicamente significativa.
➔ Corticoides → candida (lavar bem a boca) e pneumonia (na asma o risco vs benefício torna-o ideal para o
tratamento). Se tiver pneumonia NÃO DAR corticoide em caso de DPOC, em caso da asma, o TRATAMENTO É
CORTICOIDE.
➔ Antibiótico ao longo de um ano → diminui exacerbações e hospitalizações DPOC, contudo o risco não
compensa (seleção de flora) – só em caso de suspeita muito forte de infeção bacteriana.
➔ LABA → taquicardia e transtornos cardíacos, tremor no idoso e hipocaliemia; efeitos secundários reduzidos
➔ LAMA → boca seca
Os fibratos são agonistas dos recetores ativados de proliferação dos perixissomas alfa (PPAR-alfa), atuando através de
fatores de transcrição que, entre outros aspetos, regulam diversos passos do metabolismo dos lípidos e das
lipoproteínas. Como consequência, os fibratos têm uma boa eficácia em diminuir os níveis de TG em jejum assim como
dos TGs pós-prandiais e das partículas remanescentes das lipoproteínas ricas em TG (LRT). Nos ensaios com fibratos
sobre os efeitos Cv, a redução de risco pareceu ser proporcional ao grau de diminuição do c-não-HDL.
Os fibratos são geralmente bem tolerados com efeitos adversos ligeiros, com alterações GI em menos de 5% dos
doentes e alterações cutâneas em 2%. Em geral, a miopatia, as elevações das enzimas hepáticas e a colelitíase
representam os efeitos adversos mais conhecidos associados à terapêutica com fibratos.”