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Pré-diabetes
Condição de risco para desenvolvimento de DM2
25% progridem para DM2, 50% permanecem como estão e 25% revertem para normalidade (3-5
anos)
Indivíduos mais idosos, com sobrepeso ou com outros fatores de risco, tendem a evoluir para DM2
com maior proporção
Fatores que determinam a progressão:
- História familiar de DM2
- Presença de sobrepeso e obesidade
- Síndrome metabólica
- Presença prévia de DCV
- história de DMG
- Uso crônico de drogas antipsicóticas
- valores elevados de HbA1c acima de 6% e glicemia de jejum igual ou maior que 110 mg/dL
*A principal medida na prevenção de DM2 é a MEV, incluindo adesão a uma dieta saudável visando
redução do peso corporal em pelo menos 5% nos indivíduos com sobrepeso ou obesidade, combinada
com atividade física regular
*Metformina ou MEV: jovens MEV=metformina, idosos a MEV é mais importante. MEV melhor que
metformina
*O uso da metformina, associado a MED, deve ser considerado na prevenção do DM2 em adultos
com pré-DM nas seguintes situação: idade menor que 60 anos, obesos com IMC acima de 35 kg,
mulher com história de DMG, síndrome metabólica, HAS ou glicemia em jejum maior que 110
mg/dL.
*Outras medicações com benefício podem ser consideradas: acarbose, pioglitazona, liraglutida,
orlistate.
HbA1c: 2x ao ano bem controlados; 3 vezes ao ano nos que precisam de ajuste
Glicemia capilar (pré-prandial; 2h)
CGM (monitoramento contínuo da diabetes)
Alvo: 7% (menos complicação)
Tratamento:
- Não farmacológico: perda de peso de 7% do peso corporal e 150 min de atividade física por
semana para todos
- Terapia farmacológica — DM tipo 2:
- Metformina continua sendo a chave fundamental no tratamento da diabetes
- Iniciar sempre se não tiver contra-indicação.
- Pode ser associado a outros antidiabéticos orais ou insulina.
Vamos resumir:
1. Terapia comportamental + metformina. Reavaliar em 3 meses. Se meta não for atingida seguir
para o passo 2;
2. Combinação com outros antidiabéticos (orais ou injetáveis) OU associação com insulina basal
Principais medicamentos
● Biguanidas: Metformina
Mecanismo de ação: aumento do efeito periférico da insulina (principalmente no fígado);
reduzindo a produção hepática de glicose, aumenta captação muscular de glicose (ativação da
AMPK)
Vantagens: redução de glicemia em jejum 60-70 mg/dL e HbA1c 1,5-2%; Potencialmente pode
reduzir eventos cardiovasculares, previne progressão para DM2, melhora perfil lipídico, não causa
ganho de peso, baixo custo
Efeitos adversos: Intolerância gastrointestinal (diarreia, nausea, anorexia, gosto metálico), acidose
lática (raro), Diminuição na absorção de vitamina B12
Principal droga de escolha na DM tipo 2
Contraindicações: insuficiência respiratória grave, ICC (classe IV), Doença hepática grave,
infecção grave, TFG <30: Clearance pra tirar a metformina: 30 (abaixo de 45 reduz a dose pela
metade)
* estimula a secreção de GLP-1 e aumenta a expressão de seu receptor. Aumenta a captaão e
utilização da glicose no intestino.
● Glitazonas (tiazolidinedionas)
Drogas: Rosiglitazona, Pioglitazona (não deve ser feita com IC classe III ou IV)
Mecanismo de ação: Aumento do efeito periférico da insulina no músculo, adipócito e hepatócito
(principalmente no músculo).
Vantagens: redução de glicemia de jejum 35-65 e HbA1c 0,5-1,4%; reduz a resistência à insulina,
prevenção de DM2, reduz o espessamento médio intimal carotídeo, melhora o perfil lipídico com
redução de triglicerideos, redução da gordura hepática, raramente causa hipoglicemia.
Efeitos adversos: ganho de peso, retenção hídrica, risco de ICC em pacientes propensos, risco de
fratura em idosos.
Contraindicações: IC (III ou IV). Insuficiência hepática. Gestação.
Pode ser usado como monoterapia ou em combinação com biguanidas
- Não deve ser utilizado em associação com a insulina (DM 1). Se for DM 2 pode sim.
Redução de mortalidade em desfecho composto (empagliflozina). Redução da
insuficiência cardíaca em não diabéticos.
- Evento cardiovascular: tem que obrigatoriamente deixar SGLT2 ou GLP 1 ou associar
os dois (dependendo da condição financeira)
Empa de 12,5mg/500mg de metformina (tem associação com metformina)
Clearance para usar pra correção: 20
Os cotransportadores de SGLT2 são expressos quase que exclusivamente nos rins. Eles estão
presentes na primeira porção do TCP e são responsáveis por 90% da glicose reabsorvida nos rins.
Cada molécula de Na reabsorvida pelos receptores SGLT2, é reabsorvida uma molécula de glicose.
Normalmente podemos identificar glicosúria quando os níveis séricos de glicose passam de 180
mg/dL. No entanto, em indivíduos com DM2, ocorre um up regulation desse cotransportador, fazendo
com que a glicosúria só ocorra com valores próximos de 250 mg/dL. O uso da medicação traz o limiar
de excreção renal de glicose para em torno de 80-90 mg/dL, fazendo com que o diabético apresente
glicosúria a partir desse valores glicêmicos.
- Perda de peso média de 2-3 Kg.
- Queda de 3 a 5 mmHg na PAS, sem aumenta a FC (reação do tônus simpático)
- Aumentam a metabolização de cetonas e AG livres pelo coração o que leva a uma melhor
eficiência energética. O consumo de corpos cetônicos exerce atividade anti-inflamatória.
Esse efeito metabólico associado a melhor reabsorção de magnésio e potássio nos rins: redução da
morte súbita. A própria hiperglicemia está ligada a ativação do SRAA o qual por sua vez pode causar
HVE e Fibrose miocárdica. Estudos mostram que os iSGLT2 também podem reduzir essa ativação do
SRAA.
- Proteção renal: ao reduzir a reabsorção de Na e glicose no TCP, chega mais Na no TCD, onde
está localizada a mácula densa: leva a vasoconstrição da arteríola aferente, o que reduz a
pressão intraglomerular. (reduz a hiperfiltração glomerular e o stress hemodinâmico causado
por esta.
Pode haver uma leve piora da função: redução de 3 a 5 ml/min. após isso a função renal estabiliza e os
iSGLT2 reduzem a progressão da nefropatia.