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Feriado Nacional

5 de outubro de 1910 - A Implantação da República


Há 112 anos, a Monarquia dava lugar à República no nosso país.
Portugal estava em crise e os fatores económicos, políticos e sociais contribuíram para a queda da
Monarquia.
A nível económico, as indústrias estavam concentradas, maioritariamente, no Porto e em Lisboa, a
balança comercial era negativa, ou seja, importavam-se mais produtos do que os se exportavam, o
que contribuiu para o aumento da dívida ao estrangeiro. Além disso, a falência dos bancos em
1890 criaram dificuldades nas pequenas e médias empresas.
A nível social, o povo continuava a viver em más condições de vida. O desemprego aumentava e
estes pagavam muitos impostos. A burguesia, tinha condições bem mais estáveis.
A nível político, em 1870 surgiu o Partido Republicano, cujo objetivo era apoiar a média e a
pequena burguesia, assim como os trabalhadores.
As colónias africanas, eram fonte de matérias-primas para as indústrias, o que suscitava o
interesse da Europa, por África. Em 1884, os países mais industrializados da Europa reuniram-se na
Conferência de Berlim decidindo que os territórios africanos pertenceriam aos países com
melhores condições. Assim, Portugal perdeu parte das suas colónias e criou um mapa cor-de-rosa,
onde exigia para si, Angola e Moçambique. Em 1890, Inglaterra apresentou um Ultimato a
Portugal, pois nunca esteve de acordo com o mapa cor-de-rosa. Portugal cedeu e a crise
aumentou. O Ultimato Britânico, os gastos da família real, a instabilidade social, o poder da igreja,
a alternância de partidos no poder e a deficiente capacidade de adaptação, contribuiu para o
desgaste da monarquia.
Numa revolução organizada pelo
Partido Republicano, iniciada a 2 de
outubro com término a 4 de
outubro de 1910, em Lisboa, houve
a destituição da Monarquia
Constitucional e a Implantação da
República. Os confrontos
envolveram civis e militares de um
lado e do outro.
Na manhã de 5 de outubro de 1910, José Relvas proclamou a Implantação da República na
varanda da Câmara Municipal de Lisboa, nos Paços do Concelho.
O rei de Portugal, D. Manuel de Bragança e a sua família, abandonaram Portugal e embarcaram na
Ericeira para o exílio, em Inglaterra, onde viria a falecer, em 1932.
Após esta revolução, surgiu um governo provisório chefiado por Teófilo Braga, que governou o
país até à aprovação da Constituição de 1911.
Esta mudança de regimes conduziu à alteração de alguns símbolos do nosso país, como o hino e a
bandeira nacional, que passou de azul e branca, para verde e vermelha.
Viva a República!

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de História:


Rita Almeida, 9ºA
Rodrigo Terra, 9ºA

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