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MATERIAL DO CURSO

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

APOSTILA

COMANDOS ELÉTRICOS
COMANDOS ELÉTRICOS

A eletricidade é a principal responsável pelo modo de vida que temos hoje, desde a
comunicação à distância, desenvolvimento das indústrias e o surgimento de um só
mundo com a internet, sendo seu estudo dividido normalmente em 4 grandes áreas
que são a geração, transmissão, distribuição e consumo.

Os comandos elétricos são referentes ao uso desta energia, na transformação da


mesma como parte de um produto, constituindo em técnicas e métodos para o
acionamento das máquinas elétricas e equipamentos.

Basicamente os comandos elétricos dividem-se em dois módulos/circuitos, o de força


(motores e equipamentos) onde as cargas se encontram, e o de comando/controle que
são onde ficam os dispositivos de acionamento e sinalização. Este circuito de cargas
pode ser monofásicas (uma fase), bifásicas (duas fases) ou trifásicas (três fases), onde
a quantidade de cargas elétricas utilizadas representa a potência total.

PRINCIPAIS COMPONENTES DOS COMANDOS ELÉTRICOS

BOTOEIRAS

Conhecidas de forma genérica como botão de comando, funciona como um elemento


responsável por ligar e desligar os circuitos, sendo as mais comuns os contatos do tipo
NA (normalmente aberto) e NF (normalmente fechado) permitindo uma grande
quantidade de configurações. Em algumas se encontra presente um dispositivo de
retorno por mola que após ser acionado retorna para a posição original (botões
pulsadores). Outros atuadores são chaves rotativas, pedais, fins de curso e etc.

Para facilitar seu funcionamento possuem cores definidas de acordo com sua função
pelas normas IEC 73 e VDE 0199, sendo:

Vermelho: parar, desligar, emergência.


Amarelo: intervenção.
Verde ou preto: ligar, partir, pulsar.
Azul ou branco: qualquer função diferente das citadas.
RELÉS

Os relés possuem como mecanismo básico ligar e desligar circuitos. O circuito básico
utilizado onde não há contato físico entre os terminais de acionamento e de trabalho
permitiu o surgimento dos módulos/circuitos mencionados anteriormente, além de ter
influenciado no conceito dos contatores. Grande parte deles executa uma comutação
de contato através de algum tipo de análise do circuito como os relés falta de fase, que
identificam a falta de uma fase e então comutam seus contatos internos. Em geral, são
usados para retransmitir sinais, em especial os eletromecânicos, que podem ter de um
a oito contatos.

CONTATORES

É o dispositivo eletromecânico principal em um comando elétrico, cuja função


predominante é controlar a passagem de altas correntes, possuindo também as
configurações NA e NF. São compostos por uma bobina que produz um campo
magnético que proporciona movimento e que por sua vez realiza uma mudança de
estado dos contatos, quando energizados os que estavam abertos quando
desenergizado fecham e os que estavam fechados abrem.

Tem dois tipos de contato, o de potência ou principal, que lidam com alta corrente
geralmente em blocos de 3 contatos (todos NA) para cargas trifásicas e auxiliares ou
de comando (mesclados entre contatos NA e NF de acordo com a necessidade), que
lidam com baixa corrente, utilizados para os comandos elétricos propriamente ditos.

SINALIZADORES

Servem para sinalizar o operador de uma situação que requer a sua atenção. Podem
ser do tipo luminoso ou sonoro, sendo o luminoso o mais utilizado, apresentando como
indicadores:

Vermelho: perigo, condição anormal.


Amarelo: atenção ou cuidado.
Verde: máquina liberada para operar.
Branco: máquina em movimento, operação normal.
Azul: qualquer função não englobada anteriormente.
FUSÍVEIS

São dispositivos conhecidos pelo grande público, pois estão presentes nas instalações
elétricas residenciais, estabelecimentos e carros. Sua função é proteger o circuito
contra curtos e queima, tendo como características:

Corrente nominal: valor de corrente que o fusível suporta sem interromper o circuito.
Corrente de ruptura (ka): valor máximo de corrente que o fusível consegue interromper.
Corrente de curto-circuito: valor de corrente máxima que deve ser interrompida pelo
fusível assim que atingida.
Tensão nominal: é a tensão para o qual o fusível foi desenvolvido

DISJUNTORES

É um dispositivo que assim como o fusível serve para proteger o circuito de um curto-
circuito ou sobrecarga atuando eventualmente como uma chave, interrompendo a
passagem de corrente.

Os disjuntores termomagnéticos atendem a norma NBR Nm 60947-2 para industriais e


NBR NM 60898 para residenciais, sendo nesta projetados para serem utilizados por
pessoas não especializadas em eletricidade e para não sofrerem manutenção.
Possuem ainda curvas cada qual com sua característica.

NORMAS REGULAMENTADORAS (NR)

São duas normas que devem ser observadas ao se lidar com comandos elétricos,a NR
10 (segurança em instalações e serviços em eletricidade) e a NR 12 (segurança no
trabalho em máquinas e equipamentos).

A NR 10 em sua definição estabelece os requisitos e condições mínimas que objetivam


a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a
segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade (10.1.1).

Entre as medidas preventivas podemos citar a obrigatoriedade de manter esquemas


unifilares atualizados das instalações elétricas com as especificações de aterramento,
adoção de medidas de proteção coletivas aplicáveis às atividades desenvolvidas e
adequação de equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento
elétrico às tensões envolvidas.
Já a NR 12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e,
estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho
nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos
(12.1).

Como exemplo de tais medidas temos os dispositivos presentes nos comandos de


partida ou acionamento das máquinas que visam impedir seu funcionamento
automático ao serem energizados, a atenção quando utilizados dispositivos de
comando bi manual de ter atuação síncrona, a conformidade das ligações e derivações
dos condutores elétricos das máquinas às normas técnicas oficiais vigentes de modo a
assegurar resistência mecânica e contato elétrico adequado.

SITUAÇÃO DOS COMANDOS ELÉTRICOS

Como dito anteriormente, são imprescindíveis no mundo atual com destaque para a
área industrial tornando possível o controle de múltiplas máquinas e suas atividades,
otimizando a produção, reduzindo preços e evitando desgaste de equipamentos. Todos
os dias surgem novas tecnologias e outros avanços, desde usos na engenharia
mecatrônica a motores elétricos de alta potência, mas mesmo com o uso de tais
tecnologias, podemos citar o uso do PLC (desenvolvido em 1968) que é imprescindível
para os comandos elétricos.

Com todo este uso não é de se espantar a preocupação para com os funcionários que
os manuseiam e conforme se expande seus usos pode-se esperar novos adendos às
NR vigentes, que estão sempre se adaptando às novas demandas e tecnologias,
visando uma maior harmonia do empregado com o ambiente de trabalho, e neste caso,
homem e máquina.

BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA-PE


REFERÊNCIA

MATTEDE, Henrique. Comandos elétricos: O que são e onde são


usados? Disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/comando-eletricos-o-
que-sao-e-onde-sao-usados/>. Acesso: 13/12/2023.
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