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WBA0836_v1.

Principais sistemas prediais e


seus elementos
Principais sistemas prediais
hidrossanitários
Sistema de água fria e quente

Bloco 1
Bianca Lopes de Oliveira
Sistema predial de água fria e água quente

• NBR 5626 (ABTN, 2020).


• Finalidade:
• Abastecer os aparelhos de utilização.
• Quantidade suficiente.
• Pressão adequada.
• Temperatura adequada.
• Potabilidade da água.
• Conforto do usuário.
Sistema Predial de água fria e quente - Componentes
Figura 1 – Sistema predial hidráulico de
1. Ramal predial.
água fria
2. Hidrômetro e cavalete.

3. Alimentador predial.

4. Reservatórios.

5. Conjunto Motobomba.

6. Tubulações de sucção e
recalque.

7. Barrilete.

8. Colunas de distribuição.

9. Ramais de distribuição.
Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 59).
Componentes
• Ramal predial: tubulação
Figura 2 – Ramal predial entre a rede pública de
abastecimento de água e a
extremidade do alimentador
predial.
• Hidrômetro: equipamento
para medir o consumo de
água  medição coletiva
versus medição
individualizada.
• Alimentador predial:
Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 59). tubulação que liga o
hidrômetro até a primeira
derivação.
Medição

• Realizada por meio dos hidrômetros de forma


periódica  mensal.
• Medição coletiva  volume de água engloba todos os
tipos de consumo e o hidrômetro é instalado na
entrada do edifício – RATEIO.
• Medição individualizada  instalação de um
hidrômetro em cada unidade  valor cobrado se
torna mais justo.
• Isso gera preocupação com desperdício de
água e reduz o consumo dela.
Medição individualizada

Figura 3 – Exemplo de edificação com


medidores individuais nos halls dos
pavimentos

Lei nº 13.312/2016 –
alterou a lei do
saneamento e tornou
obrigatória a
medição
individualizada nas
novas edificações a
partir de 2021.
Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 71).
Medição individualizada – Localização dos medidores
• No hall  mais recomendável.
• Reduz custo de tubulações e mão de obra.
• Facilita a leitura dos usuários.
• Dificulta medição pela concessionária.
• Opção: leitura remota.
• Na área do barrilete: pode ser antieconômica se houver
muitos pavimentos e unidades.
• No pavimento térreo:
• Facilita leitura dos hidrômetros.
• Emprego de maior extensão de tubulações.
• Possíveis problemas de falta de pressão.
Reservatórios
Figura 4 – Reservatórios Inferior e
Superior
Reservatórios: dispositivos
para reservar água, a fim de
garantir a continuidade do
abastecimento. Pode ser
dividido em reservatório
inferior e reservatório
superior. Possuem:
• Dispositivo de limpeza.
• Extravasor.
• Boia.

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 101-103).


Componentes
• Estação elevatória: possui a função de elevar a pressão de
água do sistema. Têm tubulações de sucção, tubulações de
recalque e dois conjuntos de bombas e motores.
• Barrilete: tubulação que inicia do reservatório superior e da
qual são derivadas as colunas de distribuição ou ramais.
• Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete que
alimenta os ramais.
• Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição que
alimenta os sub-ramais.
• Sub-ramal: tubulação que alimenta os pontos de utilização
derivados dos ramais.
Principais sistemas prediais
hidrossanitários
Sistema de esgoto sanitário

Bloco 2
Bianca Lopes de Oliveira
Sistema predial de esgoto sanitário
• NBR 8160 (ABNT, 1999).
• Finalidade:
• Evitar a contaminação da água, garantindo a qualidade de
consumo.
• Permitir que a água utilizada e os despejos introduzidos
sejam rapidamente escoados, evitando vazamentos e
formação de depósitos no interior das tubulações.
• Garantir que os gases provenientes do interior das
tubulações retornem ao ambiente de utilização, por meio
de fecho hídrico.
• Permitir inspeção do sistema.
• Não permitir o acesso de corpos estranhos ao interior do
sistema.
Sistema Predial de esgoto sanitário - Componentes
Figura 5 – Sistema predial de esgoto
sanitário
1. Ramais de descarga.
2. Ramais de esgoto.
3. Tubos de queda.
4. Tubos de gordura.
5. Colunas de ventilação.
6. Caixas de gordura.
7. Caixas de inspeção.
8. Sistema de recalque.
9. Coletor predial.

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 212).


Componentes - Sanitário
Figura 6 – Tubulações de esgoto em
um sanitário
Tubulação secundária:
protegida pelo desconector
(caixa sifonada).
Tubulação primária:
ventilada por meio do ramal
e coluna de ventilação
(ventilação secundária) e
pelo prolongamento do
tubo de queda (ventilação
primária).

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 214).


Componentes - Cozinha

Figura 7 – Tubulações de esgoto em


uma cozinha Despejos gordurosos  pias
de cozinha e máquinas lava-
louças lançam no tubo de
gordura que está ligado a uma
caixa de gordura em sua
extremidade inferior.
Ventilação primária realizada
pelo prolongamento do tubo
de gordura.

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 215).


Componentes – Área de serviço
Figura 8 – Tubulações de esgoto
em uma área de serviço
Tanques e máquinas de lavar
roupas lançam os efluentes nos
tubos secundários.
Os tubos secundários estão
ligados em sua extremidade
inferior em uma caixa sifonada
especial.
Ventilação primária realizada
pelo prolongamento superior
do tubo secundário.

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 215).


Funcionamento do sistema
Figura 9 – Esquema de funcionamento do
sistema predial de esgoto sanitário

Completando o sistema:
sistema de ventilação por
meio de ventilação
primária (prolongamento
de TS, TG e TQ) e
ventilação secundária.

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 212).


Desconectores

Figura 10 – Caixa sifonada

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 219).

Fecho hídrico: vedar a passagem dos gases originados na


decomposição da matéria orgânica para o interior do
ambiente.
Principais sistemas prediais
hidrossanitários
Sistemas de águas pluviais e de combate ao
incêndio

Bloco 3
Bianca Lopes de Oliveira
Sistema predial de águas pluviais

• NBR 10844 (ABNT, 1989).


• Finalidade:
• Captar e conduzir as águas pluviais até os locais permitidos
pelos dispositivos legais.
• Ser estanques.
• Não provocar ruídos excessivos.
• Permitir inspeção e desobstrução.
• Utilizar materiais resistentes às intempéries e aos choques
mecânicos.
• Absorver os esforços causados pelas variações térmicas.
Sistema Predial de águas pluviais - Componentes

Figura 11 – Sistema predial hidráulico de água pluvial

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 295).


Calhas

Figura 12 – Captação de águas pluviais -


Telhado

Calhas: chapas em aço


galvanizado e tubos de PVC.

Fonte: inga/iStock.com.
Coletores verticais

Figura 13 – Captação de águas pluviais –


Coletores verticais

Coletores verticais:
tubulações em PVC.

Fonte: ronstik/iStock.com.
Sistema Separador Absoluto

Figura 14 – Sistema urbano de águas pluviais e esgoto

Fonte: Veról, Vazquez e Miguez (2021, p. 292).


Sistema de prevenção de incêndio

• Finalidade:
• Dificultar o princípio do incêndio.
• Dificultar a inflamação generalizada do
ambiente.
• Dificultar a propagação para outros ambientes.
• Permitir a extinção do incêndio.
• Permitir a fuga dos usuários da edificação.
• Permitir operações de combate ao fogo e de
resgate das vítimas.
Sistema de prevenção de incêndio
Figura 15 – Estrutura de proteção contra incêndio

Fonte: Andrade (2018, p. 100).


Medidas ativas: sistemas de hidrantes e extintores

Figura 16 – Sistema de hidrantes

Fonte: BrianAJackson/iStock.com.
Medidas ativas: sistemas de chuveiros automáticos

Figura 17 – Sistema de chuveiros automáticos

Fonte: MarcosMartinezSanches/iStock.com.
Teoria em Prática
Bloco 4
Bianca Lopes de Oliveira
Reflita sobre a seguinte situação
• Ao visitar uma obra, você se deparou com um tipo de
improvisação.

• Havia um “dente em gesso” sobressalente a parede. Ao


questionar o proprietário, ele disse que por algum motivo
o tubo do sistema de esgoto sanitário que descia do
banheiro do pavimento superior não pôde ser embutido.
Esse tubo apresentava um diâmetro de 10 mm, enquanto
a parede local apresentava uma espessura de 9 cm.

• Reflita: se você fosse contratado para realizar o projeto


dessa obra, qual cuidado poderia tomar para evitar essa
improvisação? Qual solução poderia ser adotada?
Norte para a resolução...
• Estabelecer a localização dos tubos.
• Verificar o projeto arquitetônico com relação à espessura das
paredes.
• Verificar quais são as dimensões das tubulações.

• Compatibilizar os projetos.
• Parede mais espessa? Pode ser uma alternativa.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Bianca Lopes de Oliveira
Dica do(a) Professor(a)

• Assista a palestra do Prof. Msc. Humberto Farina.


• Acesse canal de Sistemas Prediais gestão e eficiência
sustentável no Youtube. Palestra: BIM e os novos
paradigmas no desenvolvimento dos processos para a
construção dos sistemas prediais.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5626: sistemas prediais de
água fria e água quente – projeto, execução, operação e manutenção. Rio de
Janeiro: ABNT, 2020.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8160: sistemas prediais de


esgoto sanitário – projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10844: instalações prediais


de águas pluviais - procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

ANDRADE, F. D. Instalações prediais. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

BRASIL. Lei nº 13.312, de 12 de julho de 2016. Altera a Lei nº 11.445, de 5 de


janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico,
para tornar obrigatória a medição individualizada do consumo hídrico nas novas
edificações condominiais. Brasília, DF: Presidência da República, 2016.

VERÓL, A. P.; VAZQUEZ, E. G.; MIGUEZ, M. G. Sistemas prediais hidráulicos e


sanitários: projeto práticos e sustentáveis. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
Bons estudos!

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