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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO UFCAT


INSTITUTO DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS INHCS
CURSO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ANITGUIDADE ORIENTAL

ATIVIDADE AVALIATIVA I

DISCENTE:______________________________________________
Prof: Luiz Carlos do Carmo

Questão 01-
Com base na leitura do texto, nas discussões e na implicação das proposições do autor,
discorra/disserte sobre o trecho a seguir:
“Um outro fenômeno que grandes danos causou ao estudo objetivo do passado africano foi o
aparecimento, com o tráfico negreiro e a colonização, de estereótipos raciais criadores de
desprezo e incompreensão, tão profundamente consolidados que corromperam inclusive os
próprios conceitos da historiografia. Desde que foram empregadas as noções de “brancos” e
“negros”, para nomear genericamente os colonizadores, considerados superiores, e os
colonizados, os africanos foram levados a lutar contra uma dupla servidão, econômica e
psicológica. Marcado pela pigmentação de sua pele, transformado em uma mercadoria entre
outras, e destinado ao trabalho forçado, o africano veio a simbolizar, na consciência de seus
dominadores, uma essência racial imaginária e ilusoriamente inferior: a de negro. Este processo
de falsa identificação depreciou a história dos povos africanos no espírito de muitos, rebaixando-
a a uma etno-história, em cuja apreciação das realidades históricas e culturais não podia ser
senão falseada. A situação evoluiu muito desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em particular,
desde que os países da África, tendo alcançado sua independência, começaram a participar
ativamente da vida da comunidade internacional e dos intercâmbios a ela inerentes.
Historiadores, em número crescente, têm se esforçado em abordar o estudo da África com mais
rigor, objetividade e abertura de espírito, empregando – obviamente com as devidas precauções
– fontes africanas originais...” p XXII In: História Geral da África. II África Antiga. Brasília:
Unesco, 2010. Prefácio - M. Amadou - Mahtar M’Bow.

Questão 02-
Com base na leitura do texto, nas discussões e na implicação das proposições do autor,
discorra/disserte sobre o trecho a seguir:
“Trata-se, portanto, como se pode constatar, de uma empreitada gigantesca que constitui um
ingente desafio para os historiadores da África e para a comunidade científica em geral, bem
como para a UNESCO que lhe oferece sua chancela. Com efeito, pode-se facilmente imaginar a
complexidade de uma XXX África antiga tarefa tal qual a redação de uma história da África, que
cobre no espaço todo um continente e, no tempo, os quatro últimos milhões de anos,
respeitando, todavia, as mais elevadas normas científicas e convocando, como é necessário,
estudiosos pertencentes a todo um leque de países, culturas, ideologias e tradições históricas.
Trata-se de um empreendimento continental, internacional e interdisciplinar, de grande
envergadura. Em conclusão, obrigo-me a sublinhar a importância dessa obra para a África e para
todo o mundo. No momento em que os povos da África lutam para se unir e para, em conjunto,
melhor forjar seus respectivos destinos, um conhecimento adequado sobre o passado da África,
uma tomada de consciência no tocante aos elos que unem os Africanos entre si e a África aos
demais continentes, tudo isso deveria facilitar, em grande medida, a compreensão mútua entre
os povos da Terra e, além disso, propiciar sobretudo o conhecimento de um patrimônio cultural
cuja riqueza consiste em um bem de toda a Humanidade”. p XXIX e XXXI In: História Geral da
África. II África Antiga. Brasília: Unesco, 2010. Apresentação do Projeto - Bethwell Allan
Ogot.

Questão 03-
Com base na leitura do texto, nas discussões e na implicação das proposições do autor,
discorra/disserte sobre o trecho a seguir:

“A importância e a situação privilegiada do vale do Nilo devem-se à posição que ocupa na porção
nordeste do continente. O vale teria permanecido apenas um tema intelectualmente
estimulante, servindo, no máximo, como uma introdução à pesquisa histórica, se não fosse
também a região mais rica da África em fontes históricas antigas. Essas fontes nos permitem
controlar e avaliar o papel dos fatores geográficos na história da África como um todo, a partir
de -5000. Permitem-nos também alcançar um conhecimento acurado dos eventos históricos do
Egito propriamente dito, bem como, mais especialmente, fazer uma ideia precisa da cultura
material, intelectual e religiosa do baixo e médio vale do Nilo, até os pântanos do Bahr el-Ghazal.
As fontes de que dispomos são de natureza arqueológica – portanto, mudas, pelo menos
aparentemente – e literária. As primeiras, especialmente para os períodos mais antigos, só
foram exploradas e organizadas recentemente. Até o momento, elas não apenas são
incompletas e irregulares como também têm sido pouco ou mal utilizadas. As fontes literárias,
por outro lado, têm uma longa tradição. p XXXVI. In: História Geral da África. II África
Antiga. Brasília: Unesco, 2010. Introdução Geral - G. Mokhtar colaboração de J. Vercoutter.

Questão 04 -
Com base na leitura do texto, nas discussões e na implicação das proposições do autor,
discorra/disserte sobre o trecho a seguir:
“Foge à regra o testemunho de um cientista honesto, Volney, que viajou pelo Egito entre 1783
e 1785 – isto é, em pleno período da escravidão negra – e fez as seguintes observações sobre os
coptas (representantes da verdadeira raça egípcia, aquela que produziu os faraós). “Todos eles
têm faces balofas, olhos inchados e lábios grossos, em uma palavra, rostos realmente mulatos.
Fiquei tentado a atribuir essas características ao clima, até que, visitando a Esfinge e olhando
para ela, percebi a pista para a solução do enigma. Completando essa cabeça, cujos traços são
todos caracteristicamente negros, lembrei-me da conhecida passagem de Heródoto: ‘De minha
parte, considero os Kolchu uma colônia do Egito porque, como os egípcios, eles têm a pele negra
e o cabelo crespo’. Em outras palavras, os antigos egípcios eram verdadeiramente negros, da
mesma matriz racial que os povos autóctones da África; a partir desse dado, pode-se explicar
como a raça egípcia, depois de alguns séculos de miscigenação com sangue romano e grego,
perdeu a coloração original completamente negra, mas reteve a marca de sua configuração. É
mesmo possível aplicar essa observação de maneira ampla, e afirmar, em princípio, que a
fisionomia é uma espécie de documento, utilizável em muitos casos para discutir ou elucidar os
indícios da história sobre a origem dos povos...” p 18. In: História Geral da África. II África
Antiga. Brasília: Unesco, 2010. Origem dos antigos egípcios - Cheikh Anta Diop.

Questão 05 -
Com base na leitura do texto, nas discussões e na implicação das proposições do autor,
discorra/disserte sobre o trecho a seguir:

“Por não armazenar água, os egípcios ainda não eram capazes de atenuar as consequências de
enchentes anormalmente baixas, que ocasionavam a infertilidade em várias bacias, e de
enchentes excessivamente altas, que devastavam as terras e as habitações. O desenvolvimento
dos silos e do transporte fluvial, porém, permitiu-lhes assegurar o abastecimento alimentar de
uma província para outra ou de um ano para outro. Os rendimentos médios eram bons: os
excedentes alimentavam o grande número de funcionários governamentais e os trabalhadores
de fábricas de médio porte (estaleiros e arsenais, fiações ligadas a certos templos, etc.). As
autoridades dos templos e os altos funcionários exerciam poderes de patronato através do
controle dos recursos alimentares, que variavam conforme o período. O pão e a cerveja, feitos
de cereais, constituíam a base da dieta, mas a alimentação dos antigos egípcios era
surpreendentemente variada. É impressionante a variedade de tipos de bolos e pães
relacionados nos textos. Como ocorre atualmente, as hortas produziam vagens, grão-de-bico e
outras leguminosas, cebola, alho-porró, alface e pepino. Nos pomares cultivavam-se tâmaras,
figos, nozes de sicômoro e uvas. Também se produzia uma grande variedade de vinhos, com
uma viticultura engenhosa, praticada principalmente em diversos pontos do Delta e nos oásis.
A criação de abelhas fornecia o mel. O óleo era extraído do sésamo e do nabk; a oliveira,
introduzida durante o Novo Império, continuou rara, não sendo seu cultivo muito bem sucedido.
O Egito faraônico não transformou todo o vale em terras agrícolas: além dos recursos que extraía
dos campos e hortas, explorou também os grandes pântanos e lagos das bordas setentrionais
do Delta, as praias do lago Méride, bem como as depressões à beira do deserto e os meandros
do Nilo. ...” p 70. In: História Geral da África. II África Antiga. Brasília: Unesco, 2010.
Origem dos antigos egípcios - J. Yoyotte.

Boa atividade!

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