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COMENTÁRIO:
CAPÍTULO I DO LIVRO: HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA I
CAPÍTULO II DO LIVRO: HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA II
VITÓRIA DA CONQUISTA
JULHO/2012
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
KI-ZERBOO, Joseph et. al. História geral da África I: Metodologia e pré-história
da África. 2 ed. – Brasília : UNESCO, 2010.
COMENTÁRIO DO CAPÍTULO II DO LIVRO: HISTÓRIA GERAL DA
ÁFRICA II: ÁFRICA ANTIGA.
O EGITO FARAÔNICO
De acordo com A. Abur Bakr, autor do capítulo II: O Egito Faraônico, contido
no livro História Geral da África vol. II, o fim da diminuição das chuvas na África
Saariana levou a população nômade a imigrar para o Vale do Nilo. Subtende-se que, o
primeiro povoamento efetivo do Vale do Nilo tenha ocorrido no início do Neolítico.
Comparado ao imenso continente que faz parte, o Egito é um país pequeno. De
início, a população que por ali passou a habitar, devido a diversidade de origens, havia
isolado os grupos que se fixaram ao longo do vale. Entretanto, o Nilo proporcionava um
meio de comunicação natural entre as diferentes localidades que se situavam em suas
margens. Aos poucos, as vantagens de utilização dos canais de irrigação levaram os
egípcios ao desenvolvimento de uma estrutura política em cada província.
De acordo com a teoria da realeza, o faraó era responsável pelo Estado e por
todas as atividades do país. Entretanto, necessitavam de representantes para executar
suas tarefas divinas. Durante toda a história do Antigo Egito, a arte e a literatura
representaram o faraó através de um ideal estereotipado. As nações antigas tinham
grande interesse pelas crenças egípcias. Para A. Abur Bakr, a veneração pela sabedoria
egípcia contribuiu para o desaparecimento das religiões politeístas.
Os primeiros egípcios viam força divina no sol, lua, estrelas, e nas cheias do
Nilo. As divindades eram representadas sob forma humana ou animal, o culto a estes
deuses não se limitava a uma forma específica. Em nenhuma nação antiga ou moderna,
a idéia de uma vida após a morte desempenhou um papel tão importante quanto no
Egito. A crença na vida após a morte foi influenciada pelas condições geográficas,
devido a aridez do solo e o clima quente que asseguravam a conservação dos corpos,
alimentando a convicção de vida após a morte.
A partir da II dinastia, o Egito tornou-se uma nação unificada, esta dinastia foi
fundada pelo rei Zoser. Entretanto, sua fama se tornou obscurecida pela fama de seu
súdito, Imhotep, que vinte e três séculos após sua morte tornou-se o deus da medicina e
realizou obras notáveis como arquiteto, tais como: pirâmides dos degraus e o vasto
complexo funerário construído num área de 15 ha.
A IV dinastia é considerada como um dos pontos mais altos da história egípcia,
devido às vitoriosas campanhas militares, a manutenção do comércio com a Síria e os
grandes empreendimentos de construção executados neste período. A origem da V
dinastia está ligada a influência do clero de Heliópolis, além da construção de muitos
templos. Os faraós desta dinastia concentravam suas atividades na defesa das fronteiras
do Egito e na expansão das relações comerciais com os países vizinhos.
Após a IV dinastia, o antigo império chegou ao fim, dano início ao período de
anarquia denominado como Primeiro período intermediário. Durante este período, o
Egito desintegrou-se, dando início a um período de anarquia, caos social e guerra civil.
É imprescindível destacar a contribuição do autor ao relatar que, durante a
XXVII dinastia, o Egito foi submetido ao poder dos Persas. Posteriormente, a segunda
dominação Persa iniciou-se em -341 e terminou em -332, devido a vitória de Alexandre,
o grande que, invade o Egito após ter derrotado a Pérsia.
No decorrer do capítulo, o autor estabelece as principais características de cada
dinastia existente no Egito, refletindo sobre os valores democráticos, políticos e
religiosos, trazendo informações com grande riqueza de detalhes e extremamente
importantes para que se possa compreender este período da história do Egito. Produções
como esta, são extremamente importantes nos dias atuais, pois trazem reflexão sobre as
abordagens já existentes, como também novas concepções sobre a história do Egito.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MOKHTAR, Gamal et. al. História geral da África II: África Antiga. 2 ed. Brasília :
UNESCO, 2010.