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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ

DEPARTAMENTO GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA


CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS “CEL MOREIRA”

MANEJO E CONDUTA DA
ESPINGARDA CBC PUMP MILITARY 3.0
CAP QOPM MAXWELL MATOS DE SOUSA

OUTUBRO / 2020

Polícia Militar 202 anos. Patrimônio do povo paraense.


Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105)
Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000.

CAPÍTULO II
DEFINIÇÕES

“IX - arma: artefato que tem por objetivo causar dano, permanente ou não,
a seres vivos e coisas;

XXII - arma portátil: arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja
transportada por um único homem, mas não conduzida em um coldre,
exigindo, em situações normais, ambas as mãos para a realização
eficiente do disparo.

XLIX - espingarda: arma de fogo portátil, de cano longo com alma lisa, isto
é, não-raiada.”
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"CEL MOREIRA"
CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO

a) Modelo: Pump Military 3.0 RT 12/19”;


b) Comprimento do cano: 19”;
c) Coronha: retrátil;
d) Telha: Polipropileno de alta resistência;
e) Capacidade do tubo do Depósito:
e.1.) Cartucho 2 1/6”: 10 (9 = capacidade do depósito + 1 na câmara);
e.2.) Cartucho 2 3/4”: 8 (7 = capacidade do depósito + 1 na câmara);
e.3.) Cartucho 3”: 7 (6 = capacidade do depósito + 1 na câmara);
f) Choke: cilíndrico;
g) Comprimento total aproximado: 94cm retraída e 104cm estendida;
h) Peso aproximado: 3,4kg.
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"CEL MOREIRA"
VERSATILIDADE
A espingarda pode ser empregada
com diferentes tipos de cartuchos,
letais ou de menor potencial
ofensivo.

A utilização dela favorece a


demonstração de força através do
uso dissuasivo da arma de fogo.

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"CEL MOREIRA"
NOMECLATURA DOS MECANISMOS

Fonte: CBC, [s.d.], p. 5. Fonte: CBC, [s.d.], p. 6.

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"CEL MOREIRA"
MANOBRA DA TELHA
1. Acionar a trava da telha;
2. Manobrar a telha à retaguarda;
3. Manobrar a telha à frente.

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REGULAGEM DA CORONHA
A coronha deve ser regulada a partir da necessidade do operador, conforme as dimensões
corporais e o equipamento conduzido pelo policial militar.
1. Pressionar o botão de regulagem;
2. Identificar a posição desejada, dentre as 06 (seis);
3. Confirmar o travamento do botão de regulagem para a condução do armamento.

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DESMONTAGEM
Para o processo de desmontagem, é fundamental que o armamento esteja desmuniciado e descarregado.
1. Confirmar que a telha esteja à frente e a janela de ejeção fechada;
2. Remover o bujão do depósito, girando-o no sentido anti-horário;

3. Remova o cano, puxando-o paralelamente ao tubo do depósito.

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MONTAGEM
1. Mover a telha, de forma que que o ferrolho fique no centro da janela de ejeção;
Obs.: Estando a telha totalmente recuada, ou a janela de ejeção fechada (telha totalmente à frente), não é possível introduzir o cano no
armamento.

2. Introduzir o cano no receptáculo, atentando para o encaixe completo dele na estrutura do armamento;

3. Inserir a travessa no tubo de depósito, deixando à mostra a rosca para receber o bujão do depósito;
4. Recuar a telha e confirmar o encaixe do cano;
5. Rosquear manualmente o bujão do depósito, aplicando força sobre ele, a fim de garantir a fixação ao armamento.

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MUNICIAMENTO DO TUBO DO DEPÓSITO
1. Confirmar que a telha está à frente e a janela de ejeção fechada;
2. Introduzir os cartuchos no tubo do depósito, através do receptáculo;

3. Em caso de emprego de cartuchos letais, o número máximo de cartuchos que o tubo do depósito recebe é
de 07 (sete);
4. Em caso de emprego de cartuchos de impacto controlado, o número máximo de cartuchos que o tubo do
depósito recebe é de 06 (seis).
5. Em ambos os casos o número de munições pode ser ampliado se um dos cartuchos for enviado para a
câmara.

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TRAVAMENTO DO GATILHO
A trava de segurança bloqueia o gatilho, se acionada, evita disparos acidentais ou não intencionais. O
travamento exige a ação sobre o botão da esquerda para a direita, de modo que a faixa vermelha não fique visível.
O destravamento é feito com o acionamento do botão no sentido contrário, deixando a faixa vermelha visível,
indicando que está com o gatilho destravado.

CARREGAMENTO
1. Acionar a trava da telha;
2. Manobrar a telha com energia para retaguarda;
3. Manobrar a telha com energia para frente.

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CONFIRMAÇÃO DE CARREGAMENTO
1. Acionar a trava da telha;
2. Movimentar a telha à retaguarda, o suficiente para visualizar o cartucho preso ao extrator e introduzido à
câmara.

RECARREGAMENTO (APÓS DISPARO)


1. Manobrar a telha com energia para retaguarda;
2. Manobrar a telha com energia para frente.

DESCARREGAMENTO
1. Acionar a trava da telha;
2. Manobrar a telha à retaguarda.
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"CEL MOREIRA"
DESMUNICIAMENTO
1. Acionar a trava da telha.
2. Manobrar a telha à retaguarda;
3. Retirar o cartucho do receptáculo;
4. Movimentar a telha até que alinhe com a face posterior do receptáculo;
5. Girar o armamento, de forma que a janela de alimentação fique voltada para cima;
6. Posicionar o polegar no interior da janela de alimentação;
7. Pressionar o botão de desmuniciamento e permitir que o cartucho recue, controlando a saída dele com o
polegar;
8. Retirar o cartucho lançado do tubo do depósito;
9. Repetir a operação até que sejam lançados todos os cartuchos.

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"CEL MOREIRA"
MUNICIAMENTO TÁTICO
Ocorre após uma sequência de disparos, sendo necessário remuniciar o tubo do depósito. É realizado
inserindo mais cartuchos no tubo do depósito. O armamento deve estar carregado.

CARREGAMENTO EMERGENCIAL
Ocorre quando não há cartuchos no tubo do depósito e na câmara. É realizado deixando a telha à retaguarda
(janela de ejeção à mostra), inserindo no receptáculo o cartucho e manobrando a telha à frente.

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CONDUTA COM O ARMAMENTO

POSIÇÃO 01 POSIÇÃO 02 POSIÇÃO 03 POSIÇÃO 04

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"CEL MOREIRA"
MUNICIAMENTO TÁTICO
Ocorre após uma sequência de disparos, sendo necessário remuniciar o tubo do depósito. É realizado
inserindo mais cartuchos no tubo do depósito. O armamento deve estar carregado.

CARREGAMENTO EMERGENCIAL
Ocorre quando não há cartuchos no tubo do depósito e na câmara. É realizado deixando a telha à retaguarda
(janela de ejeção à mostra), inserindo no receptáculo o cartucho e manobrando a telha à frente.

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"CEL MOREIRA"
Vídeo: Funcionamento de uma calibre 12

CICLO DO TIRO
É o conjunto de todos os procedimentos
relacionados ao operador, mecanismos do
armamento e cartuchos, que tornam a
arma pronta para o disparo.

(Cap Matos)

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CICLO DA ESPINGARDA CBC 586.2
1.Municiamento do tubo do depósito.

2.Carregamento (recuo da telha + retirada do cartucho do tubo do depósito + avanço da telha +


apresentação do cartucho à câmara + trancamento do ferrolho).

3.Acionamento da tecla do gatilho.

3.Ação do martelo sobre o percursor.

4.Ação do percursor sobre a espoleta.

5.Queima do propelente.

6.Lançamento do projétil.

7.Recarregamento (recuo da telha + extração do estojo + ejeção do estojo + retirada do cartucho do tubo
do depósito + avanço da telha + apresentação do cartucho à câmara + trancamento do ferrolho).
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O ARMAMENTO ESTÁ EM PANE QUANDO AS FASES DO CICLO SÃO INTERROMPIDAS.

Logo, podemos afirmar, que PANE É UMA FALHA NO CICLO.

As falhas no ciclo podem ser CAUSADAS PELOS MECANISMOS, CARTUCHOS OU ATIRADOR.

Identificar e saber resolver cada um das panes é fundamental para tornar o armamento
funcional.

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"CEL MOREIRA"
As panes podem se apresentar como:
INCIDENTES ou ACIDENTES.

• INCIDENTES são falhas no ciclo que não


provocam danos/lesões/morte.

• ACIDENTES são falhas no ciclo que provocam


danos/lesões/morte.

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PANE SECA
Ocorre quando houver falha na liberação do cartucho do tubo do
depósito (localizador direito ou mola do tubo do depósito não realizando
a pressão para projeção do cartucho).

Resolva manobrando a telha e se certificando que o cartucho foi


conduzido à câmara.

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"CEL MOREIRA"
NEGA
Ocorre quando há falha na queima do propelente, portanto não há
disparo.

Resolva manobrando a telha, realizando um novo carregamento.

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"CEL MOREIRA"
EMBUCHAMENTO
Ocorre em função da dilatação do estojo na câmara, prendendo-o.

Dessa forma impede a extração e causando a não movimentação do ferrolho.

O atirador deve provocar a movimentação do ferrolho, através da manobra da telha


(com energia), realizando um novo carregamento.

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DUPLO CARREGAMENTO

Ocorre quando 1) o extrator não se encaixa ao culote do estojo/cartucho que ainda


está na câmara. 2) O cartucho que é apresentado à câmara não pode acessá-la, pois
ela já está ocupada.

O operador ao verificar esse incidente deve 1) recuar a telha, 2) tentar realizar a


retirada do cartucho que está sendo apresentado, 3) fechar e abrir o ferrolho, a fim de
que seja extraído o cartucho que está na câmara (se não for extraído poderá ocorrer
outra pane) e 4) fechar para realizar o carregamento.

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PROJÉTIL PRESO NO CANO

Ocorre em função da queima insuficiente do


propelente, não criando a energia necessária Vídeo: incidente pane projétil preso no cano espingarda II COPC FN
para o lançamento do projétil para fora do cano
(deixando-o preso ao cano).

Pode ocorrer ainda em razão do


“emborrachamento” do cano, após uma
sequência de disparos com projéteis de
elastômeros.

O atirador deve estar atento, pois não deve


proceder a outro carregamento e tentar outro
disparo, pois assim os projéteis se chocariam.

Deve ser realizada a desmontagem do


armamento e a retirada do projétil.
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"CEL MOREIRA"
DÚVIDAS?

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