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Resumo
Daqueles que sofrem qualquer discriminação seja pela sua raça, religião, posição
política, condição social e quaisquer outras, destacam-se os refugiados. Desde a
Segunda Guerra Mundial o número de refugiados apresentou em quantidade
significativa, aumentando a preocupação dos órgãos de proteção aos Direitos
Humanos, percebendo a necessidade de protegê-los. O Brasil, desde a criação do
ACNUR, se posicionou a favor da proteção destes povos. Para isso, criou-se a Lei
9.474/97, o Estatuto do Refugiado, que objetiva legislar sobre a proteção daqueles
que buscam refúgio. Entretanto, devido à dificuldade de integração, sendo um dos
problemas mais comuns, e a ainda, a falta de conhecimento da língua portuguesa,
faz com que muitos destes povos desconheçam tal lei, e não apropriem dos direitos
que ela garante. Dentre estes povos, destacam-se os sírios, vítimas de guerra civil.
Tendo o Brasil um histórico de formação imigratória, assim tornando mais possível a
integração dos refugiados com a sociedade, aqui é um grande alvo para buscar
refúgio. Portanto é necessário destacar se o país está apto a receber tais povos que
objetivam melhorar suas atuais condições de vida, vez que se encontram em
verdadeira precariedade.
INTRODUÇÃO
Uma questão que envolve a proteção dos direitos humanos, sendo este
uma preocupação da legislação brasileira em ser resguardado, importante destacar
o tema, uma vez que tais povos são vítimas de constantes atos de racismo e
discriminação. Uma vez que um país se compromete a receber povos que buscam
asilo, é necessário buscar meios que visam a integração dos refugiados na
sociedade.
Como acima referida, a Liga das Nações foi criada pós Primeira Guerra
Mundial, idealizada em Versalhes, quando a Conferência da Paz realizada em Paris,
preocupou-se com a criação de um organismo destinado a preservação da paz
mundial. Tratando-se de uma organização intergovernamental, pressionada por
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diversos países por ser cada vez mais alarmante a questão da situação dos
refugiados, esta organização criou o Alto Comissariado da Liga das Nações para
Refugiados - ACNUR.
Com tal preocupação ainda em foco, em 1951 em Genebra, foi
convocada uma Assembleia Geral para tratar sobre questões legais dos refugiados.
Assim, resultou a Convenção das Nações Unidas de 1951, que fornece padrões
básicos a serem tratados internacionalmente, para codificar sobre a proteção de
quem busca refúgio. É na Convenção de 1951 que se encontra condições
norteadoras para conduzir a proteção aos refugiados, abrangendo seu conceito e
aspectos relevantes para traçar metas e objetivos a fim de alcançar melhorias à
esses povos desamparados.
A Convenção de 1951 reafirma o princípio de que os indivíduos, sem
qualquer distinção que seja, devem gozar dos direitos humanos e liberdades
fundamentais. Diante disso, voltando a atenção aos refugiados, esta convenção
preocupou-se em trazer sua definição em seu artigo 1º, e em seu desenvolvimento,
buscou expressar condições que pudessem assegurar tais direitos, sendo modelo
dos países membros para que estes possam desenvolver seu próprio estatuto.
Desde o início, o Brasil mostrou preocupação sobre a proteção dos
refugiados. Liliana Lyra Jubilut, em sua obra O Direito Internacional dos Refugiados
e Sua Aplicação no Ordenamento Jurídico Brasileiro, aponta o panorama histórico
do Refúgio no Brasil:
Assim, o Brasil é um país que recebe muitos desses povos que perdem a
proteção em seus países de origem. Portanto, intensa é a preocupação de legislar
acerca do recebimento dos refugiados, uma vez que essas pessoas saem em busca
de um país que os acolham e lhes propiciem chances de conseguir reorganizar suas
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Por isso, como o Brasil tanto se importa com a devida obediência dos
Direitos Humanos e sendo os sírios vítimas de intensa violência, preocupa-se o
governo em facilitar a entrada destes povos no país.
O Instituto Rio Branco, a respeito de como o Brasil se posiciona sobre a
situação dos sírios diz:
completo suas reais necessidades. Diferente dos outros países que recebem
refugiados, o Brasil não tem programas específicos destinados a estes. Ademais, os
sírios contam com a diferença cultural, uma vez que a fidelidade à cultura síria se
nota visualmente, enquanto no Brasil trata-se de uma cultura mais liberal.
Diante da atual crise mundial, que logicamente afetou o Brasil, mesmo
com qualificações profissionais, os Sírios enfrentam muitas dificuldades no país, pela
falta de conhecimento da língua, complicando a comunicação e a dificuldade de
encontrar empregos e terem conhecimentos de seus direitos aqui no país.
Assim, sem a devida assistência, tornam-se alvos de organizações
criminosas que objetivam recrutar aqueles que podem ser enquadrados como
refugiados, podendo ser vítimas de trabalhos escravos, sujeitos a racismo e
qualquer outra forma de discriminação.
Mesmo diante de um leque de dificuldades que se encontra no país, é
aqui que muitos visam e sonham um recomeço, tendo em vista o sonho distante que
é os fins de conflitos internos. Constantemente o Brasil frisa a preocupação de
receber aqueles que requerem asilos, não só como uma condição solidária, mas
também uma preocupação em defesa internacional dos direitos humanos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS